portólio 1

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A, TR A Ç D N I Ç A Ã R O E U O A G T D E E N A D Z S I I M E N N A TO M H U 2012 1942

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Peça desenvolvida junto a PalavraCom

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Page 1: Portólio 1

A, TRAÇ DN IÇA ÃR O EU O AG T DEE N AD ZS I IME NN ATO M HU

2012

1942

Page 2: Portólio 1
Page 3: Portólio 1

Índice

CONTEÚDO

4

6

10

14

18

22

Evolução constante

Salto de qualidade

Inovação em Medicina desde 1942

Doutor em pioneirismo

Na mesma chácara, uma capela e um hospital

Trajetória de conquistas

Melhor e mais moderna

A palavra de quem faz a Casa de Saúde

Quarenta anos de dedicação

Unidas até pelo nome

Duas vidas em paralelo

5

8

12

16

19

CASA DE SAÚDE SÃO SEBASTIÃO | 70 ANOS 3

Edição Especial da Casa de Saúde São Sebastião

Rua Bocaiúva, 72, Largo São Sebastião

Centro - Florianópolis/SC

Fone/Fax: (48) 3221 1000

www.cssaosebastiao.com.br

Produção: PalavraCom - Diretor: Carlos Stegemann

Twitter: @palavracom

Blog: palavracom.wordpress.com

Fone: (48) 3025 6595

[email protected]

Imagens: Arquivo CSSS, SXC.HU e Marcelo Fernandes

Page 4: Portólio 1

Evolução constante

ARTIGOS

É gratificante fazer parte da Casa de

Saúde São Sebastião neste momento tão

especial, em que a instituição comemora 70

anos dando andamento a um processo de

modernização para atender ainda melhor

seus clientes. Com a reestruturação e

ampliação das instalações em curso,

aumentará o número de leitos, os serviços

serão mais eficientes e estaremos

capacitados para procedimentos médicos de

alta complexidade.

Tantos planos para um futuro que já

estamos vivenciando não seriam possíveis

sem as sementes plantadas pelo doutor

Djalma Moellmann, o fundador da São

Sebastião. Como médico formado pela

Universidade Federal do Paraná em 1961 e

especializado em cardiologia no Hospital

das Clínicas da Universidade de São Paulo,

eu já sabia da excelente reputação da casa

de saúde antes mesmo de integrar o seu dia

a dia.

Não cheguei a conhecê-lo pessoalmente

– no entanto, por ser casado com sua

sobrinha, Norma, acompanhei sua

inestimável contribuição para o avanço do

tratamento de saúde no estado e tive o

privilégio de herdar seus livros: clássicos de

clínicos como Trousseau, Dieulafoie,

Ramond, Vogel, McKenzie e Lewis, todos

cheios de anotações.

Convicto de que um acervo desses seria

de grande utilidade para as próximas

gerações, doei as obras para a biblioteca do

hospital Santa Isabel, em Blumenau, onde

eu servia na época.

Muitos anos depois, quis o destino que

eu voltasse a me encontrar com o legado

do doutor Djalma: Norma assumiu a

administração da Casa de Saúde São

Sebastião e me nomeou diretor técnico.

Nesta função inédita para mim, tive de

diminuir minhas atividades em Blumenau

para dar conta dos desafios que me

esperavam. Além de participar da seleção e

contratação de médicos, dividi com os

demais gestores a identificação de

necessidades do hospital e passamos a

trabalhar com afinco para providenciá-las.

Entre as medidas tomadas, destaco as

inovações em nossa estrutura e logística,

passando a Casa de Saúde a possuir, por

exemplo, desde 2007, um novo serviço de

diagnóstico por imagem, compatível com

os outros bons recursos que o hospital já

oferecia.

Outra conquista importante foi a

construção da Unidade de Terapia

Intensiva (UTI), indispensável para fazer

daqui um hospital com mais segurança.

Inaugurada em 2008 com equipamentos de

última geração e capacidade de oito leitos,

tornou-se referência pelos resultados

obtidos. Sua implantação foi um grande

passo para continuarmos a aperfeiçoar a

Casa de Saúde São Sebastião.

Hoje, temos a nítida consciência de que

ainda precisamos de mais espaço. Nossos

esforços atuais apontam para este sentido,

certos de que estamos trilhando o caminho

da evolução constante seguido e ensinado

pelo doutor Djalma.

Dr. Roberto BuecheleDiretor Técnico daCasa de Saúde São Sebastião

4 CASA DE SAÚDE SÃO SEBASTIÃO | 70 ANOS

Page 5: Portólio 1

Salto de qualidade

Quem procura a Casa de Saúde São

Sebastião encontra tradição, credibilidade,

confiança e seriedade, valores que evoluem

desde sua fundação, em 1942. Nos últimos

cinco anos este processo foi acentuado para

melhorar e ampliar os serviços oferecidos.

Com um planejamento estratégico que

prevê ações contínuas, acreditamos no

potencial da instituição para se tornar, cada

vez mais, referência na área de saúde.

Nossa primeira providência teve como

finalidade aperfeiçoar o que a São Sebastião

já fazia bem-feito. Para isso, priorizamos

reformas estruturais nas instalações do

hospital, reforma da central de materiais

esterilizados, considerada como modelo

pela vigilância sanitária, a modernização

das acomodações e a renovação dos

equipamentos.

Formamos uma equipe capacitada tendo

como foco a segurança, tanto para reduzir

ao máximo os riscos aos pacientes, quanto

para que a instituição avance no

atendimento humanizado que caracteriza

sua história. Ficamos mais criteriosos na

seleção dos profissionais que aqui

trabalham, com resultados evidentes.

O fio condutor destas mudanças é

assegurar que a Casa de Saúde São

Sebastião tenha todas as condições possíveis

para diagnóstico e tratamento. Essa meta

teve considerável progresso com a

inauguração da Unidade de Terapia

Intensiva (UTI) e o incremento do serviço

de imagem. O aumento do número de

leitos e a expansão das instalações são

outros grandes passos rumo ao salto de

qualidade que pretendemos atingir.

Todas estas inovações contam com uma

vantagem que nasceu junto com a Casa de

Saúde: sua localização. O terreno onde está

situada é plano, no coração da Ilha,

próximo da principal avenida da cidade e

das saídas rumo às praias ou à área

continental. Mesmo assim, é um ambiente

de muita tranquilidade. Se isso não

chamava muito a atenção na provinciana

Florianópolis de 70 anos atrás, hoje é um

diferencial cada vez mais percebido.

Queremos ser o hospital onde a pessoa

sinta-se mais segura, mais bem-acolhida,

mais bem-cuidada. Afinal, mais do que um

hospital, somos uma casa de saúde, como

preconizou o pioneiro Djalma Moellmann.

Jackson SuleimanSuperintendente da Casade Saúde São Sebastião

CASA DE SAÚDE SÃO SEBASTIÃO | 70 ANOS 5

Page 6: Portólio 1

Inovação emMedicina desde 1942

HISTÓRIA

Em 22 de fevereiro de 1942, a medicina

em Florianópolis ingressava em uma nova

era. Na manhã daquele domingo,

“autoridades civis, militares e eclesiásticas”

e “famílias da alta sociedade, distintos

cavalheiros e pessoas do povo”

compareceram ao “magnífico arrabalde da

Praia de Fora”, como descreveu um jornal

do dia seguinte, para a cerimônia de

abertura da Casa de Saúde e Maternidade

São Sebastião. A solenidade foi encerrada

pelo interventor Nereu Ramos, que desatou

a fita inaugural do estabelecimento que iria

revolucionar o tratamento médico pelos

próximos 70 anos.

A ideia de criar a Casa de Saúde foi de

Djalma Moellmann, figura fundamental

para o progresso da medicina catarinense.

“Como Florianópolis era uma cidade muito

pequena, com poucos recursos hospitalares,

ele resolveu fazer uma instituição seguindo

parâmetros mais modernos e técnicas mais

avançadas”, explica a atual diretora Norma

Buechele, sua sobrinha. Na época, o

atendimento à população limitava-se ao

Hospital de Caridade, existindo apenas

unidades para serviços ou pacientes

específicos: às parturientes, na Maternidade

Carlos Corrêa; aos militares, no Hospital da

Guarnição, e aos policiais militares, na

Enfermaria Regimental.

Preocupado com a carência de leitos e

de recursos, o doutor Djalma decidiu

fundar “uma organização sem

exclusivismos, que assegurasse – com a

colaboração dos colegas de boa vontade –

Com equipamentos de última geração e profissionais qualificados, instituição nasceu já como referência em saúde

6 CASA DE SAÚDE SÃO SEBASTIÃO | 70 ANOS

Vista geral da Casa de Saúde São Sebastião, em 1952

Page 7: Portólio 1

imediata e eficaz atenção a qualquer

enfermidade, a qualquer hora do dia e da

noite, de forma que os doentes possam

encontrar assistência completa e eficiente”,

conforme disse o diretor técnico da

instituição, Aurélio Rotolo, no discurso de

inauguração.

A chácara onde seria construída a Casa

de Saúde, situada nos fundos da igreja

homônima, à rua Bocaiúva, pertencia ao

comerciante Eduardo Moellmann (dono da

loja batizada com seu sobrenome), que

dividiu o terreno entre os filhos José,

Egberto e Djalma. Com sua parte da

herança, Djalma associou-se ao também

médico Rotolo e ao arquiteto e engenheiro

suíço Tom Wildi para dar início ao projeto.

Um ano depois de ter sua pedra

fundamental lançada, a obra foi concluída.

Além de equipamentos de última

geração, a São Sebastião dispunha de

profissionais com qualificação indiscutível.

Os setores de enfermagem, cozinha e

limpeza ficaram a cargo das irmãs da

Divina Providência. Para o recém-

implantado serviço de raios X, Moellmann

convocou Paulo Tavares, seu cunhado e

parceiro no consultório.

Para o corpo clínico, foi recrutado na

Alemanha o professor de oftalmologia da

Universidade de Hamburgo, Otto

Freusberg. De lá, veio também o cirurgião

Richard Gottsmann, diplomado pela

Universidade de Nuremberg – mais tarde

substituído pelo jovem médico paulista

Roldão Consoni, que acabou sendo um dos

artífices da criação da faculdade de medici-

na de Santa Catarina.

“O doutor Djalma possuía a clientela

mais diferenciada de Florianópolis e região.

Extremamente dedicado aos seus pacientes,

estudioso e falando fluentemente francês e

alemão, era, sem dúvida, o maior clínico

catarinense”, assinalou Consoni em suas

memórias.

Com a morte de Moellmann, em 1956, o

comando da Casa de Saúde passou para sua

mulher, Ina. A viúva adquiriu a parte de

Wildi e dirigiu a instituição até morrer, em

25 de fevereiro de 1995, em paralelo com

sua atuação na Rede Feminina de Combate

ao Câncer, da qual fora fundadora. Ela foi

sucedida, na Direção Geral, pela bioquími-

ca Norma Tavares Buechele, com o apoio

permanente de seu marido, o Diretor

Médico Roberto Buechele, e de seu filho, o

Advogado Paulo Armínio Tavares Buechele.

“Com seriedade e dedicação, estamos

aperfeiçoando o legado de Djalma

Moellmann e garantindo, cada vez mais,

eficiência, comodidade e segurança aos

pacientes”, afirma Norma.

CASA DE SAÚDE SÃO SEBASTIÃO | 70 ANOS 7

Visão humanitária e qualidade

Djalma Moellmann, com um padree as irmãs da Divina Providência

Page 8: Portólio 1

Doutor empioneirismo

PERFIL

Quando criou a Casa de Saúde São

Sebastião, Djalma Moellmann estava

prestes a completar 47 anos. A essa altura,

era já um profissional reconhecido pelo

empenho com que exercia sua vocação.

Pioneiro em cardiologia, atribui-se a ele a

primeira aplicação de penicilina e a

introdução do uso de eletrocardiograma em

Florianópolis.

Nascido em 1º de maio de 1895 em

Florianópolis, Moellmann iniciou seus

estudos na Faculdade de Medicina de Porto

Alegre. No terceiro ano do curso, descobriu

que estava com tuberculose. “Todos ficaram

assustados, pois a mãe de Djalma já

morrera da mesma doença”, conta a

sobrinha Norma Buechele, atual Diretora

Geral da Casa de Saúde São Sebastião.

Por determinação do pai, abandonou a

sala de aula e embarcou para a Suíça, em

busca de tratamento. “Ele se curou e

continuou estudando por lá mesmo,

formando-se em Genebra”, afirma Norma.

Com o diploma na mão e o título de

cidadão suíço, permaneceu naquela cidade

por mais dois anos, especializando-se em

clínica médica, oftalmologia, pediatria e

microbiologia.

Fundador Djalma Moellmann notabilizou-se pelo conhecimento, competência eempenho com que exerceu seu ofício

Nos anos 1920, Djalma Moellmann na Suíça,em busca de tratamento contra a turberculose

8 CASA DE SAÚDE SÃO SEBASTIÃO | 70 ANOS

Aventurasde um médico Ao chegar a Canoinhas,

Djalma Moellmann encontrou

uma cidade ainda tumultuada

pelo recente fim da Guerra do

Contestado. Era comum

algum ferido à bala aparecer

em seu consultório. Um dos

primeiros médicos a usar

anestesia para extrair os

projéteis, ele ouviu de um

enfermeiro: “Doutor, se o

senhor fizer isso sem dor, aí

mesmo é que não vai mais

restar ninguém vivo por aqui”.

Talvez por isso, um dia

Moellmann embarcou num

trem e voltou para

Florianópolis.

Envolvido o dia inteiro (e

muitas vezes atravessando as

noites) com a medicina, o

doutor se distraía cuidando da

cadela Macaca, uma pinscher

que gostava de se enfiar

embaixo de suas cobertas.

Apaixonado por tango, ainda

arrumava tempo para tocar a

canção “Donde Estás Corazon”

ao piano.

Em 1930, foi o primeiro a

subir a Serra do Rio do Rastro

em uma “baratinha”.

Como hobby, tinha uma

chácara no Saco Grande, com a

qual abastecia a Casa de Saúde

com queijo, ovos e frango.

Page 9: Portólio 1

Ao voltar da Europa, instalou-se em

Canoinhas, no norte do estado. De lá, retornou a

Florianópolis, onde passou a trabalhar com o

colega Fritz Gofferjé. Em 1937, tornou-se o

primeiro presidente da Sociedade Catarinense de

Medicina, transformada, em 1951, na atual

Associação Catarinense de Medicina. Depois,

abriu o Instituto de Diagnóstico Clínico com o

radiologista Paulo Tavares, especializado em

higiene e saúde pública.

O consultório, no centro da cidade, contava

com laboratório de bacteriologia e análises

clínicas e aparelhos de metabolismo basal, ondas

curtas, infravermelho e eletrocardiografia.

Sempre disposto a ajudar os que dele

precisavam, era comum que ele subisse morros

ou fosse para o interior da ilha, fazendo partos e

assistindo a todo tipo de doentes. Com a

colaboração da enfermeira Erna Grauss,

inventou uma espécie de substituto ao leite, que

fornecia gratuitamente em mamadeiras

oferecidas às mães sem recursos.

Em 1942, com a clientela consolidada por sua

competência e generosidade, ele uniu

experiência, dedicação e tecnologia e fundou a

Casa de Saúde São Sebastião. A instituição

nasceu como referência, equipada com os mais

avançados recursos da

época e tendo em seu

corpo clínico nomes

que deixariam sua

marca na medicina

local, como Richard

Gottsmann, Otto

Freusberg e Roldão

Consoni.

Moellmann só

deixou de participar

das decisões da

instituição no final de

sua vida, abatido com

os problemas cardíacos

que o vitimariam em 15

de abril de 1956. Seus

últimos dias foram

passados no hospital.

CASA DE SAÚDE SÃO SEBASTIÃO | 70 ANOS 9

Ina Tavares

Moellmann, a

grande

companheira

de Djalma

Moellmann,

nasceu em 26

de janeiro de

1904. Auxiliou

e empenhou-

se com amor na construção e

montagem da Casa de Saúde São

Sebastião. Sublimou na Casa de

Saúde a falta dos filhos que não

teve.

Por falar alemão, teve papel

importante na recepção dos

médicos e suas famílias, vindos da

Alemanha, ajudando a instalá-los

e inseri-los no ambiente social de

Florianópolis. Ina teve

participação importante na vida

social de Florianópolis. Foi

Soroptimista, representando o

Brasil em congresso da

organização no Peru.

Foi fundadora em Santa

Catarina da Rede Feminina de

Combate ao Câncer, da qual foi

presidente por muitos anos,

criando inúmeras regionais em

todo o estado.

Após a morte do Dr. Djalma,

Ina sucedeu-o no comando da

Casa de Saúde São Sebastião até

seu falecimento, em 26 de

fevereiro de 1995.

Dr. DjalmaMoellmannem Curitiba

Amor e dedicaçãoà obra de uma vida

Page 10: Portólio 1

Na mesma chácara, uma capela e um hospital

IGREJA

A capela de São Sebastião tem um

vínculo histórico-fundiário com a Casa de

Saúde: o terreno onde foi construída a

igreja fazia parte da mesma chácara que,

anos mais tarde, seria adquirida por

Eduardo Moellmann e dividida entre os

filhos José, Egberto e Djalma; na parte que

lhe coube, Djalma ergueu, 86 anos depois

de construída a capela, a Casa de Saúde São

Sebastião.

A chácara pertencia inicialmente a José

Maria da Luz, que doou o terreno e liderou

a construção do “templo em honra daquele

glorioso Mártir, por cuja intercessão temos

sido até agora preservados do flagelo da

peste”. Na época, 1856, a então Desterro era

assolada por doenças graves e “terríveis

epidemias”, como relata Sara Poyares dos

Reis, no livro “Capela São Sebastião-150

anos de História”.

A cidade era dividida em duas partes

distintas: o centro e seu entorno – com os

bairros mais pobres, incluindo a zona

portuária, foco irradiador das epidemias – e o

“paraíso” da baía norte, com suas chácaras e

belas residências, “longe dos miasmas do

centro, como se fosse um outro local, um

mundo à parte”, segundo o livro. Era lá que

os moradores procuravam refúgio contra a

peste e onde devia ser erguida a obra em

louvor de quem os livraria da insalubridade.

10 CASA DE SAÚDE SÃO SEBASTIÃO | 70 ANOS

Parte da chácara compradapela família Moellmann havia sidodoada para a construção da capela

A igreja de São Sebastião, patrimônio da cidade desde 1995

Page 11: Portólio 1

CASA DE SAÚDE SÃO SEBASTIÃO | 70 ANOS 11

“Adornado do diadema de glória com

que o Senhor costuma condecorar os seus

mártires, seu corpo inanimado ainda opera

estupendos milagres; e a simples invocação

de seu nome, há muitos séculos, tem sido

considerada como arma fortíssima

contra o flagelo da peste, esse

medonho instrumento com que o

braço de Deus soe profligar o seu

povo, quando este, esquecido de seus

deveres, menoscaba e ultraja a

Justiça Divina”, disse o padre Paiva

– depois Arcipreste Paiva, hoje

denominação de uma rua ao lado

da Catedral Metropolitana – ao

benzer a primeira pedra da

construção, em 20 de janeiro de

1856.

A imagem do santo – “de um barroco

tardio, que possuía um planejamento

policrômico com toques de ouro” – veio da

Bahia e chegou muito antes de a capela

ficar pronta. Nesse meio tempo, ficou

exposta à visitação pública no

sobrado onde residia Maria

Joaquina da Luz, mãe de José

Maria, na rua Augusta (hoje, João

Pinto). Em 21 de dezembro de 1856 a

imagem foi benta; em 28 de dezembro, foi

trasladada para a igreja, seguida por uma

grande procissão.

A capela era inicialmente algo bastante

tosco e singelo: uma porta de madeira

encimada por duas janelas e um contraforte

que servia de receptáculo ao sino. A primeira

torre sineira foi construída ainda no final do

século XIX. Entre 1928 e 1929, a igreja

passou por ampla reforma – que não foi

exatamente uma reforma, mas um

verdadeiro trabalho de descaracterização,

segundo Sara Poyares dos Reis – e ganhou

sua segunda torre, que fica à esquerda de

quem olha a construção de frente.

A igreja de São Sebastião foi tombada

como patrimônio do município em 1995.

Page 12: Portólio 1

1750 1782 1789 1927 1930 1937 1942 1943 1955 1956

Criação da Enfermaria

Militar de Santa Catarina, na

então Vila do Desterro. Em

1953, após ter sido chamado

de Hospital Militar de 3ª

Classe (1890) e Hospital

Militar (1937), passou a

chamar-se Hospital de

Guarnição de Florianópolis.

A Irmandade do

Senhor Jesus dos

Passos inicia a

prática de obras de

misericórdia,

prestando

assistência aos

doentes pobres,

com alimentação e

cuidados médicos

gratuitos.1º de janeiro

Inauguração

do Hospital

de Caridade.

6 de fevereiro

Abertura da Maternidade Florianópolis,

rebatizada como Maternidade Dr. Carlos

Corrêa em 1948. A Enfermaria

Regimental, destinada exclusivamente

aos policiais militares e seus

dependentes, entra em operação.

Djalma

Moellmann

retorna de

São Paulo,

onde

cursou

especializa-

ção em

cardiologia

e eletrocar-

diografia, e conquista notorie-

dade por seu interesse na

aplicação de novas técnicas. Seu

consultório era equipado com

modernos recursos de diagnós-

tico: laboratório de bacteriolo-

gia e análises clínicas, apare-

lhos de metabolismo basal,

infravermelho e um rudimen-

tar eletrocardiógrafo.

O raio-x chega a

Florianópolis, instalado

por Antônio Modesto

Primo no Hospital de

Caridade.

28 de abril

O Sindicato Médico de

Santa Catarina, criado

em 1924, é dissolvido

para dar lugar à

Sociedade Catarinense

de Medicina. Djalma

Moellmann torna-se o

primeiro presidente da

entidade, que em 1951

seria substituída pela

Associação

Catarinense de

Medicina.

22 de fevereiro

Fundada por Djalma Moellmann, a Casa

de Saúde e Maternidade São Sebastião

começa a funcionar, “dotada de

completo aparelhamento médico,

cirúrgico e eletroterápico e obedecendo

aos mais modernos preceitos da

medicina e da higiene”, como destacou

o diretor Aurelio Rotolo na cerimônia

de inauguração. A instituição foi a

primeira em Santa Catarina a realizar

um parto de cesariana, entre outras

novidades que implantou no tratamento

de saúde à época.

Inaugurado o Hospital

Nereu Ramos, com a

missão de oferecer

atendimento sanatorial a

pacientes de doenças

infecto-contagiosas.

3 de junho

Inaugurada a

Maternidade

Carmela Dutra.

EVOLUÇÃO

12 CASA DE SAÚDE SÃO SEBASTIÃO | 70 ANOS

Trajetóriade conquistasAs transformações do tratamento médico em Florianópolis

Alvará de licença (1942)

Page 13: Portólio 1

1956 1966 1968 1979 1980 1986 2001 2008 2012

22 de fevereiro

Fundada por Djalma Moellmann, a Casa

de Saúde e Maternidade São Sebastião

começa a funcionar, “dotada de

completo aparelhamento médico,

cirúrgico e eletroterápico e obedecendo

aos mais modernos preceitos da

medicina e da higiene”, como destacou

o diretor Aurelio Rotolo na cerimônia

de inauguração. A instituição foi a

primeira em Santa Catarina a realizar

um parto de cesariana, entre outras

novidades que implantou no tratamento

de saúde à época.

Inaugurado o Hospital

Nereu Ramos, com a

missão de oferecer

atendimento sanatorial a

pacientes de doenças

infecto-contagiosas.

3 de junho

Inaugurada a

Maternidade

Carmela Dutra.

15 de abril

Djalma

Moellmann

morre aos 61

anos, vítima de

insuficiência

cardíaca. Sua

esposa, Ina,

assume o

comando da Casa

de Saúde São

Sebastião.

16 de junho

6 de novembro

As Irmãs Salvatorianas da Paróquia de

Fátima, no bairro Estreito, montam o

Hospital e Maternidade Sagrada Família;

adquirido em 1974 pelo Instituto

Nacional de Previdência Social (INPS),

passou a chamar-se Hospital

Florianópolis.

Os servidores públicos estaduais ganham

o Hospital Celso Ramos, o maior do Sul

do país.

Primeira Unidade de

Terapia Intensiva (UTI)

de Florianópolis, no

Hospital Celso Ramos.

13 de março

O Hospital Infantil

Joana de Gusmão é

construído.

2 de maio

Fica pronto o

Hospital

Universitário

Polydoro Ernani

de São Thiago,

vinculado à

UFSC.

26 de junho

O Centro de Pesquisas

Oncológicas (Cepon)

inicia suas atividades.

A farmacêutica

Norma Buechele

torna-se diretora

da Casa de Saúde

São Sebastião.

A Casa de Saúde São

Sebastião inaugura

sua UTI.

A Casa de Saúde São Sebastião

completa 70 anos com planos

de ampliação e modernização

de suas instalações.

CASA DE SAÚDE SÃO SEBASTIÃO | 70 ANOS 13

Alvará de licença (1942)

Page 14: Portólio 1

Melhor emais moderna

ESTRUTURA

Aos 70 anos, a Casa de Saúde São

Sebastião prepara-se para mais uma etapa

histórica em sua trajetória. O processo de

modernização pelo qual passam todos os

departamentos da instituição será

concluído com a ampliação de suas

instalações. “Teremos mais leitos e

melhores serviços para atender à crescente

demanda na área de saúde na Grande

Florianópolis”, relata o administrador

Jackson Suleiman.

O plano está afinado com o preceito que

levou Djalma Moellmann a fundar a CSSS:

oferecer sempre equipamentos e

tratamento de ponta aos pacientes. A Casa

de Saúde já impressionava em 1942, em

razão do projeto arquitetônico do suíço

Tom Wildi, adepto das formas

arredondadas para impedir o acúmulo de

impurezas em cantos e frestas. Mas era em

seu interior que a edificação provocava as

maiores exclamações.

A comitiva que a conheceu no dia da

inauguração, por exemplo, saiu de lá

admirada. “O mobiliário é

confortabilíssimo, camas modernas, mesas

de cabeceira, aparelhos sanitários em cada

dependência; tudo obedecendo às regras do

conforto e da higiene do corpo e da alma”,

relatou o Diário da Tarde. “O vasto prédio é

banhado de luz e ar por todos os lados,

separando as enfermarias e outras

dependências extenso corredor, cujo piso,

todo atapetado, não deixa ao doente a

inconveniência do menor ruído”,

continuava o jornal.

Resultado de investimentos contínuos

em infraestrutura e recursos humanos

nestes últimos anos, o projeto da futura São

Sebastião prevê também a reestruturação

de suas atuais instalações, com

significativas melhorias tanto no centro

cirúrgico quando na UTI. “Os dois

ambientes serão ampliados e estarão

Projeto de ampliação prevê transformações significativas no centro cirúrgico e na UTI

Com a ampliação, “mais leitos e melhores serviços”

14 CASA DE SAÚDE SÃO SEBASTIÃO | 70 ANOS

Recepção hospitalarinformatizada e eficiente

Page 15: Portólio 1

capacitados para procedimentos médicos de

alta complexidade, reforçando nosso

compromisso em garantir segurança e

qualidade a seus clientes”, afirma Suleiman.

Antes dessa obra, a transformação mais

perceptível no exterior da instituição fora o

fechamento das “varandas da cura” – como

Moellmann referia-se ao alpendre que

integrava a fachada – para dar mais espaço

aos quartos.

CASA DE SAÚDE SÃO SEBASTIÃO | 70 ANOS 15

8.979

7.850

200

38

atendimentos *

procedimentos/cirurgias *

médicos credenciados

leitos(dez na enfermaria, oitona UTI, 17 nos quartosprivativos e quatro nos

quartos duplos)

* dados de 2011

A Casa de Saúde

em números

Mais conforto e comodidade nas novas suítesda Casa de Saúde São Sebastião

Especialidades

Anestesiologia

Angiologia

Cirurgia Vascular

Cardiologia

Cirurgia Bucomaxilofacial

Cirurgia do Aparelho Digestivo

Cirurgia Geral

Cirurgia Plástica

Cirurgia Torácica

Gastroenterologia

Ginecologia e Obstetrícia

Hematologia

Infectologia

Mastologia

Nefrologia

Neurocirurgia

Neurologia Clínica

Oncologia Clínica

Ortopedia/Traumatologia

Otorrinolaringologia

Pneumologia

Proctologia

Radiologia (anexo)

Radioterapia (anexo)

Terapia Intensiva

Urologia

O moderno centro deterapia intensiva do hospital

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A palavra de quem faz a Casa de Saúde

DEPOIMENTOS

“Já fui diretor clínico da Casa de Saúde

São Sebastião por três vezes e, nos últimos

20 anos, tenho acompanhado a evolução da

instituição em equipamentos e na

incorporação de novas tecnologias. É um

hospital moderno, com todos os cuidados e

um zelo cada vez maior em oferecer os

melhores recursos para proporcionar

cirurgias mais seguras e recuperação mais

rápida, como oxímetros de pulso,

identificadores automáticos de agente

anestésico e ventiladores de última geração.

É uma honra fazer parte deste processo.”

Dr. Roberto Benedetti,

anestesiologista

“Comecei a atender na Casa de Saúde São Sebastião em 2008, quando foi aberta a sua UTI.

É uma das poucas instituições na cidade em que o corpo clínico, além de ser 100%

especializado (medicina interna, nefrologistas, cardiologistas, cirurgiões, infectologistas,

hematologista, hemodinamicista e pneumologista), é quase que inteiramente formado por

especialistas em terapia intensiva. Os demais profissionais envolvidos acompanham esse nível

de excelência. As equipes de apoio praticam a enfermagem com foco na humanização, aliada

à experiência em doentes graves, com uma fisioterapia intensiva muito atuante, nutrologia

completa, fonoaudiologia e psicologia, entre outros. É um hospital com um potencial enorme,

um lugar no qual todos podemos confiar.”

Dr. Marcelo Zanchet,

intensivista e cirurgião torácico

“A Casa de Saúde São Sebastião sempre

foi uma referência científica e tecnológica.

O doutor Djalma era um grande clínico

geral, capaz de trazer os equipamentos mais

modernos e cirurgiões do exterior com alto

desempenho técnico. Ao mesmo tempo,

tinha uma visão mais humana da medicina,

com um envolvimento maior com o

paciente – o que a ciência já comprovou

que influencia a cura.”

Dr. Ernani de Lange São Thiago,

diretor da Radioterapia São

Sebastião, parceira há 32 anos

Um pouco da história e dos diferenciais da São Sebastião na visão de profissionais queatuam - e até de quem nasceu - na Casa

16 CASA DE SAÚDE SÃO SEBASTIÃO | 70 ANOS

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CASA DE SAÚDE SÃO SEBASTIÃO | 70 ANOS 17

“A Casa de Saúde São Sebastião é um

hospital plano, integrado com uma área

verde. Nem parece que se está no centro da

cidade, dá até para ouvir os passarinhos

cantando. Tem como grande diferencial um

atendimento humanizado, sem abrir mão

da tecnologia, imprescindíveis para a

satisfação e segurança do paciente.”

Dr. Lessandro Gesser,

ortopedista

“Em 22 de novembro de 1954, nasci na

Casa de Saúde e Maternidade São Sebastião

pelas mãos do Dr. Gottsmann. Minha

ligação com a instituição começou neste

dia. O tempo passou e formei-me médico.

Ha 25 anos, Dona Ina Tavares Moellmann

me convidou para ser Urologista da casa

onde permaneço ate hoje. As razões de

minha escolha são simples: a CSSS não

parece hospital, tem um jardim lindo e

uma energia ímpar e inconfundível. É

maravilhoso por ser horizontal, detesto

elevadores. Não tem camas Mercedes, mas

tem coração. Os dirigentes são pessoas

especiais, o corpo administrativo e de

enfermagem, de primeira linha. Aqui, o

paciente não vai nem vem do andar ou para

o andar. Estamos todos sempre no mesmo

plano, na mesma linha vibratória. Convites

mil já recebi para trabalhar em outros

hospitais, mas minha ligação é com a CSSS.

Lembrando Jorge Amado e Dorival

Caymmi, em tempos de Gabriela: Eu nasci

aqui, eu cresci aqui, vou ficar sempre aqui

no ambiente que me recebeu para o mundo

há 58 anos. Obrigado, CSSS.”

Dr. Ivam Moritz Martins da Silva,

urologista

“É com muita alegria que vemos a Casa

de Saúde São Sebastião comemorando os

seus 70 anos. Nossa relação com esta

instituição é familiar porque já meu pai, Dr.

João Harold Bertelli, trabalhou como

psiquiatra na Casa de Saúde São Sebastião.

Os anos passaram rapidamente e me dou

conta que já se foram 30 anos desde a

minha primeira incursão na Casa de Saúde

São Sebastião, para acompanhar os

cirurgiões plásticos Dr. João Francisco do

Valle Pereira e Rodrigo D'Eça Neves. Isto,

na época em que eu era estudante de

medicina. Nos últimos anos, a Casa de

Saúde inovou criando uma nova central de

esterilização de material, UTI e ampliando

as suítes e postos de enfermagem. Sabemos

que novas reformas estão programadas,

sobretudo no centro cirúrgico, e contamos

com o dinamismo desta administração para

executá-las. Na Casa de Saúde São

Sebastião, para realização de cirurgias

reconstrutivas do plexo braquial,

recebemos pacientes de todos os estados

brasileiros e de alguns países do Mercosul.

Estes pacientes são unânimes em elogiar o

atendimento que receberam por parte dos

funcionários. Que a Casa de Saúde São

Sebastião siga prestando este valoroso

serviço para nossa comunidade. Estão todos

de parabéns.”

Dr. Jayme Augusto Bertelli,

cirurgia reconstrutiva da mão e

do membro superior

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Quarenta anosde dedicação

VIDAS DEDICADAS À CASA DE SAÚDE

Quarenta anos é uma vida inteira. Se é

uma vida de dedicação à nobre causa de

salvar vidas, de mitigar dores, de combater

o sofrimento, então, é uma vida inteira

digna de referência nos livros de história da

Humanidade. Se alguém passou 40 anos de

sua vida caminhando ao lado de uma

entidade cujo destino é combater os males

do mundo, merece menção especial. Como

é o caso do cirurgião geral Sérgio Müller, o

mais antigo colaborador da Casa de Saúde,

que dedica 40 anos de sua vida à ajuda ao

próximo. Confira seu depoimento:

“Há 40 anos, no ano de 1972, iniciamos

nosso relacionamento com a Casa de Saúde

São Sebastião, na época como acadêmico de

Medicina e acompanhando o cirurgião Dr.

Celso Lopes, mentor do nosso

envolvimento crescente com a cirurgia.

Recordo-me que, na ocasião, o hospital

somente dispunha de duas salas cirúrgicas

e que havia grande movimento de

oftalmologia, conduzido pelo Dr. Otto, e

que ainda funcionava uma enfermaria de

pediatria. A partir de 1979, começamos a

operar nossos próprios pacientes e

lentamente a complexidade dos casos foi

aumentando, bem como o número de

pacientes, pois na época atendíamos

pacientes do INAMPS.

“O convívio diário com pacientes da

Radioterapia São Sebastião e da Oncologia

Clínica foi-nos conduzindo para um maior

envolvimento oncológico, tornando o

hospital um ponto de referência. Então,

passamos a compor reuniões clínicas todas

as quartas-feiras à noite, onde todas as

especialidades envolvidas no atendimento

oncológico multidisciplinar participavam,

levando a uma melhor condição

terapêutica do paciente. Contávamos com o

apoio de uma boa equipe cirúrgico-

anestésica e de estagiários, que

trabalhavam conosco, e muitos deles hoje

enriquecem o quadro de especialidades

médicas de nosso hospital. O crescimento

do hospital permitiu o aumento da

complexidade das cirurgias, a partir de

2008 com a inauguração da UTI, que

trouxe uma maior segurança aos pacientes.

“Nossa Direção mantém-se em

permanente estudo e acompanhamento

para incorporar mais benefícios aos

pacientes e segurança aos serviços médicos.

Não podemos deixar de elogiar a recente

participação da Casa de Saúde nas

atividades do "Outubro Rosa", cuja

mensagem principal foi chamar a atenção

sobre o Câncer de Mama. O nosso hospital

cedeu espaço cirúrgico e materiais médico

e humano para que ali se realizassem seis

cirurgias de reconstrução de mama em

pacientes carentes. Selecionamos através do

GAMA, AMUCC e CEPON com

participação da equipe anestésica da

SIANEST, do fornecedor de prótese

mamária ALLERGAN e da equipe de

cirurgia plástica do Dr. Henrique Muller.”

O cirurgião Sérgio Müller éo parceiro mais antigo daCasa de Saúde

18 CASA DE SAÚDE SÃO SEBASTIÃO | 70 ANOS

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Unidas atépelo nome

Apesar do nome em comum e das

instalações contíguas, a Casa de Saúde São

Sebastião e a Radioterapia São Sebastião

são entidades distintas. Mas é como se

fossem uma só: há 34 anos,

complementam-se. “Criar parcerias entre

empresas e mantê-las ao longo do tempo

significa exercitar alguns dos aspectos mais

positivos dos valores humanos”, diz o

diretor da radioterapia, Ernani Lange de

São Thiago. “A sinergia operacional vem da

soma dos pontos convergentes ou pela

incorporação positiva de visões diferentes”,

completa.

Dr. Ernani formou-se na UFSC em 1968,

especializado em cabeça e pescoço. Em

1974, optou por radiologia. Quatro anos

depois, juntou-se à Casa de Saúde, onde

havia estado algumas vezes quando

estudante para auxiliar cirurgias. “Era

preciso estar acoplado a uma estrutura

hospitalar e surgiu a possibilidade de abrir

a clínica ao lado”, conta. Desde então

impera a cooperação entre as duas

instituições, reiterado pelo caminho da

renovação trilhado pela radioterapia para

acompanhar a modernização da São

Sebastião.

O desafio envolveu a reconstrução da

área física e a compra de equipamentos.

“Adquirimos os melhores sistemas de

radioterapia disponíveis, com tecnologia de

aplicação conformada tridimensional e

intensidade modulada”, destaca o diretor.

Segundo ele, esta solução permite

tratamento mais potente com maior

definição. “Em uma cirurgia do sistema

nervoso central, por exemplo, o feixe de

radiação é tão preciso que destrói a lesão

em uma aplicação”, explica, lembrando que

antes eram usados “aparelhos de cobalto,

bidimensionais”.

A radioterapia São Sebastião investe

também no crescimento humano, com a

realização de mesas-redondas com

profissionais de várias especialidades e

reuniões com médicos, físicos, enfermeiros,

tecnólogos e equipe de apoio. Valem

observações de participantes de todas as

áreas, como telefonistas e secretárias, desde

que focadas nos pacientes. “Apontamos para

o futuro, aprimorando cada vez mais nossas

bases operacionais e técnicas, a par da

evolução intelectual e afetiva, formando

corpo único que incorpore aqueles que nos

procuram e aos quais estaremos ligados em

definitivo”, conclui.

Parceria com a Radioterapia São Sebastião,do médico Ernani São Thiago refletecolaboração mútua e sinergia

CASA DE SAÚDE SÃO SEBASTIÃO | 70 ANOS 19

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Rua Bocaiúva, 72

Largo São Sebastião - Centro

Florianópolis/SC - CEP: 88015-530

Fone/Fax: (48) 3221 1000

www.cssaosebastiao.com.br

Instalações modernas e tradição deatendimento humanizado desde 1942.

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Duas vidasem paralelo

PACIENTE HÁ 70 ANOS

Em sete décadas de funcionamento,

quantos milhares de pessoas não

passaram pelas salas, enfermarias,

ambulatórios, apartamentos da Casa de

Saúde São Sebastião? São milhares de

histórias de vida associadas para sempre

à história da Casa de Saúde.

Mas a uma delas é preciso fazer

menção especial: uma personagem que

mantém-se “fiel” aos serviços médicos

nos dois polos da existência do hospital,

submetendo-se a uma cirurgia em 1942

– ano de fundação – e a outra

recentemente, ano do septuagésimo

aniversário. Isso sem contar as “visitas”

intermediárias, inclusive para os partos

de três filhas.

Essa personagem é dona Elys Eliette

Lebarbenchon Riggenbach – sogra do Dr.

Sérgio Müller – nascida em dezembro de

1929 e que, aos 12 anos, foi internada

pela primeira vez na recém-inaugurada

Casa de Saúde São Sebastião, com

apendicite aguda, operada pelo médico e

escritor Osvaldo Rodrigues Cabral. Dona

Elys lembra que, na época, havia apenas

três pacientes no hospital e que uma

delas era atendida por um médico

alemão, Dr. Gottsmann , que, por

imposição das circunstâncias históricas –

estava em andamento a 2ª Guerra

Mundial – ficava detido na Penitenciária

do Estado e era levado diariamente ao

hospital para atendê-la.

Casada com o Raul Arthur

Riggenbach, dona Elys voltou ao

hospital em 1952 e 1956 para o

nascimento de suas filhas Rejane e

Cynthia. Na época, segundo ela, o parto

era realizado no quarto. A “parteira” era

a Dra. Wanda Schmidt, que morava no

hospital e estava sempre à disposição de

suas pacientes. Ainda com a Dra.

Wanda, dona Elys teria sua terceira

filha, Martha, em 1959.

Antes disso, em 1958, dona Elys

passou três meses internada na Casa de

Saúde São Sebastião, sob os cuidados do

Dr. Antônio Mussi, por causa de uma

hepatite grave. Durante o período de

internação, por causa de fortes dores no

peito, o Dr. Orlando Borges Schroeder

descobriu que ela sofria também de

pericardite e a tratou desse mal.

Este ano, aos 82, dona Elys voltou à

Casa de Saúde para a extração de um

pequeno tumor de pele e fez questão de

ressaltar sua satisfação com o carinho

que lhe vem sendo dedicado ao longo

destes 70 de existência. Ela manifestou

confiança em que o hospital continue

crescendo e confidenciou que ainda

pretende viver muito e, se necessário,

voltar à Casa de Saúde São Sebastião.

Dona Elys, a paciente que frequentaa Casa de Saúde desde a fundação

22 CASA DE SAÚDE SÃO SEBASTIÃO | 70 ANOS

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De comunicação corporativa a gente entende. E quando conquistamos um cliente com tradição em atendimento e inovação, ganhamos ainda mais confiança em nosso trabalho.

Nestes cinco anos de convívio e reuniões ouvimos casos, depoimentos e histórias destes setenta anos dedicados com carinho à saúde e bem-estar das pessoas. Essa trajetória nos ensinou muito e merece o nossa admiração. Longa vida à Casa de Saúde.

PalavraCom, desde 2008 a agência da Casa de Saúde São Sebastião.

Há cinco anos temos o prazer de atenderquem é referência em atendimento há 70.

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