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ANDRÉA FREIRE

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Page 1: Portifólio - Andréa Freire

ANDRÉA FREIRE

Page 2: Portifólio - Andréa Freire

FORMAÇÃOFORMAÇÃO

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FORMAÇÃOFORMAÇÃO

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INTERPRETAÇÃO

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INTERPRETAÇÃOINTERPRETAÇÃO

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DIREÇÃODIREÇÃO

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DIREÇÃODIREÇÃO

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DIREÇÃODIREÇÃO

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DIREÇÃODIREÇÃO

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DIREÇÃODIREÇÃO

Page 11: Portifólio - Andréa Freire

OFICINAS MINISTRADASOFICINAS MINISTRADAS

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OFICINAS MINISTRADASOFICINAS MINISTRADAS

Page 13: Portifólio - Andréa Freire

GESTÃO E PRODUÇÃO CULTURALGESTÃO E PRODUÇÃO CULTURAL

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GESTÃO E PRODUÇÃO CULTURAL

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CERTIFICADOS, RECONHECIMENTOS E ENTREVISTASCERTIFICADOS, RECONHECIMENTOS E ENTREVISTAS

Page 16: Portifólio - Andréa Freire

!"#$%&'!( Hoje, após quase dois anos de fundação, como você avalia a atuação do Pontão de Cultura Guaicuru?

Andréa Freire - Acho que conse-guimos alcançar as metas que nos propusemos quando fizemos o pro-jeto. É claro que isso dá muita satis-fação, porque quando você planeja uma coisa e consegue executar até mais do que planejou, como é o nosso caso, é um orgulho. Nós temos cinco grandes metas de ação aqui e extra-polamos essas metas, todas na área do cinema, do teatro e das novas tec-nologias e, em especial, a do software livre. A gente conseguiu ultrapassar isso porque uma coisa vai se trans-formando em outra, e coisas que você não tinha pensado vão surgindo à medida que vai tendo contato com os grupos culturais. O Pontão também é muito convidado para ser parceiro de outras instituições e ações, à medida que nós temos o portal na internet, o estúdio multimídia e, às vezes, fa-zemos a cobertura de alguns eventos, tudo de forma colaborativa. Teve re-centemente um encontro de capoeira em Camapuã e eles nos procuraram e achamos que tinha a ver, porque entre as metas do Pontão está a de se rela-cionar com outros grupos culturais e sociais, que também têm interesse em trabalhar de forma colaborativa. Acaba que nesses dois anos nós não paramos nenhum dia. As coisas foram tomando uma proporção e é isso que nos alimenta, nos nutre. Isso também vai direcionando um outro tipo de ação, além de agregar. Nós vamos modificando a partir da interação que fazemos com a dinâmica da cultura na cidade. Outro dia, teve um grupo aqui e um deles falou “puxa, que bacana estarmos aqui neste espaço debatendo sobre isso, com todas essas tecnologias à disposição”. Aí, teve um menino que disse: “não consigo mais imaginar Campo Grande sem o Pontão”.

!"#$%&'!( O Pontão acabou se tornando uma referência?

Andréa Freire - Acho que sim. O nosso trabalho está muito focado na diversidade. Em unir os grupos, que existem na cidade, estão aí, mas se relacionam pouco e têm em comum atuações muito diversas. A gente tem trabalhado com os pontos de cultura, cultura negra, indígena, paraguaia, boliviana, e expandido isso também para fora, porque a ação do Pontão

não se restringe a Mato Grosso do Sul. Hoje, nós temos uma ação na-cional que é referência no Brasil. Somos muito convidados para ir pra fora daqui, participar de congressos, seminários, festivais de teatro fora do Estado. Isso também é muito im-portante, porque você não só leva o que se faz aqui, mas também troca e divulga a identidade de Mato Grosso do Sul em outras regiões brasileiras. O Pontão está no âmbito do programa “Cultura Viva”, que é esse programa de valorização das comunidades a partir do reconhecimento como ponto de cultura. Então, estamos debatendo muito a comunicação, mídias livres e gestão compartilhada. Todo ponto de cultura é uma gestão compartilhada entre o Estado e a sociedade civil. É preciso que a sociedade civil entenda os mecanismos de funcionamento

do poder público e como a cultura acontece no âmbito do Estado. E possibilita que o Estado observe como são feitas essas comunidades. Ele vem rompendo paradigmas. O Estado não faz para as comunidades, mas faz com as comunidades. Não é uma coisa de “fazer para eles”, que é muito comum você ver nas secretarias e órgãos de cultura. Mas não é fazer para, é fazer com. Porque quando você faz para, acha que está fazendo aquilo que é melhor para as comunidades, mas nem sempre faz aquilo que elas querem. O programa “Cultura Viva” estabelece uma comunicação dialó-gica entre as duas camadas da socie-dade: a pública e a civil.

! "#$%&'! ( A sociedade tem correspondido e participado desta troca?

Andréa Freire - Tem, com cer-teza. Aqui, no Estado, por exemplo, as coisas melhoraram bastante. O

“Cultura Viva” é um novo paradigma de re-lacionamento. E aqui no nosso Estado, essa é uma opinião minha, a gente tem pouco o exercício do diálogo. Até pela cultura do Es-tado, em que as coisas vêm de cima para baixo, os movimentos

sociais ainda são tímidos e não existe estímulo às manifestações. Nós temos um governo rígido e fechado para algumas discussões. Então, ele não propicia que os movimentos sejam legitimados por meio de suas manifes-tações. Certos ou errados, eles têm o direito de se manifestar.

!"#$%&'!(!E em relação ao poder público, ele se abriu mais para este diálogo?

Andréa Freire - Acho que sim. Isso estou falando no âmbito nacional. O programa “Cultura Viva” existe em todos os Estados. E teve uma aber-tura, isso é inegável. O governo do Lula por ser mais popular foi que pro-piciou que esse diálogo se estreitasse e o governo saiu do âmbito da cultura de massa, para se relacionar com uma cultura genuína das comunidades que

existe, mas não está colocada no mer-cado. As comunidades reconhecidas como ponto de cultura trabalham in-dependente de ter ou não recurso e o governo olhou para isso. Aí, descobriu a cultura brasileira, de fato. Descobriu a cultura, que está entranhada na nossa sociedade, mas nem sempre está na mídia. Começa o processo de valorização da cultura. Por isso que agora é de baixo para cima. Hoje, são quase três mil pontos de cultura no Brasil, de diferentes facetas e lingua-gens. Os pontos de cultura mudaram a cara do país. Aqui em Mato Grosso do Sul não é diferente. Hoje, temos 50 pontos de cultura. A princípio eram todos conveniados ao Ministério da Cultura. Depois, vieram os convênios com o governo do Estado, que está na última fase de seleção. E, recente-mente, Campo Grande conveniou 15 entidades.

!"#$%&'!( Os pontos de cultura aqui em Mato Grosso do Sul têm sido responsáveis por uma eferves-cência cultural?

Andréa Freire - Aqui, no Estado, esse movimento é recente. Tem os pontos que são conveniados com o MinC há mais tempo, como é o caso do Pontão, o do Moinho Cultural, o caso da professora Marlei Sigrist. Sem dúvida, que o reconhecimento como ponto de cultura abriu nossas perspectivas de relacionamento entre essas instituições culturais e a so-ciedade. Cria novas maneiras de se relacionar com a sociedade. O que acontece, por exemplo, diferente das leis de incentivo, em que se aprova um projeto que são temporadas. O projeto não necessariamente repete o fazer daquele grupo, porque, geralmente, ele está ligado a um evento. O ponto de cultura vem e quebra isso. A política pública na área da cultura não pode se restringir meramente a oficinas e produtos culturais. Precisa ser mais ampla, ou seja, reconhecer a auto-nomia das comunidades que fazem cultura, porque aí ela vai fortalecer o protagonismo dessas comunidades e gerar empoderamento. Entende-se o que: vamos respeitar a autonomia desse grupo cultural, deixar que ele seja o protagonista de suas ações,

porque em comum entre os pontos de cultura é que eles atuam. Eles geram meios próprios de fazer. São reconhe-cidos para continuarem fazendo o que já fazem de maneira organizada, potencializando suas ações. Aí, entra uma questão fundamental que é a comunicação. Todo ponto tem como contrapartida para a sociedade tra-balhar com mídias sociais. À medida que cada ponto recebe R$ 20 mil para montar o seu estúdio multimídia, e ali precisa ter uma câmera fotográfica, uma filmadora e uma ilha de edição, o MinC está dizendo: “vocês também vão se apropriar das ferramentas de comunicação, para falar de vocês por vocês mesmo”. Isso é um tipo de empoderamento, que é dar poder. Então, você reafirma sua identidade enquanto grupo cultural. Isso é muito importante. A gente viu todo esse trabalho com os índios guaranis no “Ava Marandu”. É de uma riqueza cultural enorme. O “Ava Marandu” fez com que olhássemos para esse grupo

que está do nosso lado o tempo todo. Gerou uma reflexão muito positiva para a cidade.

!"#$%&'! ( E o “Ava Marandu” alcançou esse objetivo?

Andréa Freire - Com certeza. Ajudou a diminuir o fosso do pre-conceito que é muito grande e co-locou o tema da cultura indígena guarani na pauta da cidade de uma maneira muito bacana e positiva, porque quando o músico Milton Nas-cimento diz: “eu fui convidado aqui para fazer esse show pelos guarani e com eles, estou até me sentido mais importante”, todo mundo olha e vê a importância. O projeto foi gerado de uma maneira muito interessante. O tempo todo havia conversa com eles. Todas as etapas foram conversadas com eles.

!"#$%&'!( Era esse novo modelo de gestão cultural que faltava para que os projetos dessem certo?

Andréa Freire - Esse é um modelo de gestão, mas não podemos dizer que é o que faltava. Ele tem o espaço dele, as pessoas fazem cultura aqui com financiamento de leis de incentivo e editais. Isso, tem uma relação muito específica. Quando você vai gerir um projeto com o poder público, isso abre as mentalidades para um outro tipo de relação. Quando os profissio-nais do Estado entenderem o tipo de relacionamento que eles devem ter com as pessoas das comunidades e porque elas são fundamental, e para as comunidades o porque que o Es-tado tem esse tipo de funcionamento e como, a partir do conhecimento, você pode sugerir e interferir. É isso que o ponto de cultura faz. Você passa a entender porque um recurso não saiu, porque houve atraso. Cobranças de ambas as partes passam a ser mais consequentes. O que vemos

hoje em dia é que para as coisas avançarem é preciso entender. Hoje, não existe mais aquela coisa de que não quero saber de burocracia. Não tem como. Se você é cidadão brasi-leiro, artista ou que trabalha com movi-

mentos sociais, e é subsidiado pelo poder público, você precisa entender, sim, como funciona. Tem de se apro-ximar. Porque é essa aproximação que faz com que o poder público também entenda como pode inter-ferir. O Plano Municipal de Cultura de Campo Grande foi um avanço enorme, por exemplo. Sentaram juntos artistas de vários segmentos e discutiram o plano. Agora, temos um novo desafio que é a implementação do plano. As coisas não se encerram por si só. É um processo molecular: aprovou o plano e, agora, precisa ser implementado na Câmara. O plano só vai ser imple-mentado lá se aquelas pessoas, que participaram da discussão, cobrarem. Para cobrar, é preciso saber cobrar e isso é uma discussão de coletivo. Esse tem sido um exercício que vem se firmando cada vez mais aqui.

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" Sábado, 16 de outubro de 2010

Entrevista Andréa Freire coordenadora do Pontão de Cultura Guaicuru

Patrícia Belarmino

Excelência é a palavra que define e norteia o trabalho da diretora teatral Andréa Freire, de 44 anos. Há dois anos, ela tem uma nova função: coordenar as atividades do Pontão de Cultura Guaicuru, um dos primeiros cre-denciados pelo MinC (Ministério da Cultura) em Mato Grosso do Sul.

Para Andréa, o programa “Cultura Viva”, no qual está inserido a implantação dos pontos de cultura, mudou

a cara do Brasil. “As comunidades reconhecidas como ponto de cultura trabalham independente de ter ou não recurso e o governo olhou para isso. Aí, descobriu a cul-tura brasileira, de fato”, afirma em entrevista exclusiva ao jornal !"#$%&')

Autonomia, protagonismo e empoderamento. São essas as propostas que direcionam o trabalho do Pontão Guaicuru. Para que isso aconteça, de fato, é preciso que sejam implementadas políticas públicas que não contem-plem apenas os produtos culturais. “A política pública

precisa ser mais ampla, ou seja, reconhecer a autonomia das comunidades que fazem cultura, porque aí ela vai fortalecer o protagonismo dessas comunidades e gerar empoderamento”, defende.

Nascida em Ponta Porã, Andréa se prepara, agora, para a execução de um projeto musical na fronteira Brasil-Paraguai. Previsto para acontecer em janeiro, o projeto vai levar músicos sul-mato-grossenses, como os irmãos Tetê e Jerry Espíndola, para uma verdadeira troca cultural nas cidades fronteiriças.

Pontos mudaram a cara do paísHá dois anos, a diretora teatral coordena as atividades do Pontão de Cultura Guaicuru na Capital

João Carlos Castro

A diretora de teatro Andréa Freire coordena as atividades do Pontão de Cultura Guaicuru há dois anos e se prepara para a execução de um projeto musical na fronteira Brasil-Paraguai

A política pública precisa ser mais ampla, ou seja, reconhecer a autonomia das comunidades que fazem cultura

As comunidades reconhecidas como ponto de cultura trabalham independente de ter ou não recurso e o governo olhou para isso

CERTIFICADOS, RECONHECIMENTOS E ENTREVISTASCERTIFICADOS, RECONHECIMENTOS E ENTREVISTAS

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