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PORQUE PRECISAMOS DE UMA NOVA POLÍTICA
ECONÓMICA
Universidade de VerãoCastelo de Vide, 25 de Agosto de
2009António Borges
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SUMÁRIO
• O fraco desempenho da economia: um problema estrutural
• Uma economia estagnada, desigual e vulnerável• O declínio da poupança• O problema da competitividade• Consequências do endividamento externo• O problema estrutural – persistência das
dificuldades• Quem ganha e quem perde• Uma política económica dirigista
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A ECONOMIA PORTUGUESA TRAÇOS GERAIS
• O drama do crescimento lento• O enigma do excesso de despesa• O problema da competitividade• O dilema da dualidade económica• Repartição de rendimentos funcional e regional• Evolução gradual do poder de compra
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TENDÊNCIA DO PIB
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EUR ALE GRE ESPFRA ITA POR
PIB tendencial, % ano
Fonte: dados e previsões PIB da AMECO, cálculos PIB tendencial do PSD
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PODER DE COMPRA PAÍSES EUROPEUS
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1997-2005
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PIB per capita em PPS, EU27=100
Fonte: Eurostat, 2008 é previsão
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POUPANÇA, INVESTIMENTO E DÉFICIT
• Déficit externo e excesso de despesa• Queda dramática da poupança nacional• Investimento em níveis elevados• Problema da qualidade do investimento
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DÉFICIT EXTERNO EM % DO PIB
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TAXAS DE POUPANÇA
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PORTUGALPOUPANÇA NACIONAL E DAS FAMÍLIAS
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TAXAS DE INVESTIMENTO
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TAXAS DE INVESTIMENTO
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INVESTIMENTO NÃO RESIDENCIAL
Bélgica Dinamarca Finlândia França Alemanha Grécia IrlandaAgricultura, metais e máquinas 48.2 40.1 36.7 35.3 41.6 31.1 30.0
Transportes 14.3 15.3 9.6 11.5 14.1 16.6 21.7
Construção não resid. 32.1 34.1 44.6 42.3 36.3 50.2 46.1
Software 5.4 10.6 9.2 11.0 6.1 2.1 2.2
Outros 48.2 40.1 36.7 35.3 43.6 31.1 30.0
Itália Holanda Portugal Espanha SuéciaReino Unido EUA
Agricultura, metais e máquinas 42.8 40.1 38.7 30.6 43.7 43.7 35.9
Transportes 12.2 12.8 14.8 12.7 10.0 10.7 11.6
Construção não resid. 31.2 38.5 45.1 50.7 32.2 32.8 34.2
Software 4.7 8.7 1.4 4.7 14.2 12.7 13.1
Outros 52.0 40.1 38.7 31.9 43.7 43.7 41.1Fonte: OCDE
% do investimento não residencial, média 95-05
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EVOLUÇÃO DO ENDIVIDAMENTO
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1997 1999 2001 2003 2005 2007
Endividamento por sectores institucionais
SNF
Particulares
% do PIB
Fonte: BdP.
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FINANCIAMENTO DO DEFICIT CORRENTE
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1996 1998 2000 2002 2004 2006 2008
Balança de Pagamentos
Balança corrente Balança de capitalBalança financeira
103 euros
Fonte: BdP.
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PORTUGAL E A GLOBALIZAÇÃO
• Impacto da globalização• Perda sistemática de quotas de mercado• O drama da competitividade• Produtividade estagnada• Economia sem inovação• O fracasso do plano tecnológico
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IMPACTO DA GLOBALIZAÇÃO
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PORTUGALQUOTA DE MERCADO DAS EXPORTAÇÕES
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PORTUGALQUOTA DE MERCADO DAS EXPORTAÇÕES
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EVOLUÇÃO DA PRODUTIVIDADE
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EVOLUÇÃO DA PRODUTIVIDADE
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1980-1990
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PROTUGALCONTRIBUIÇÃO DA ESPECIALIZAÇÃO
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PORTUGALIMPACTO DA EFICIÊNCIA E DA INOVAÇÃO
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CRESCIMENTO DAPRODUTIVIDADE TOTAL DOS FACTORES
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PRODUTIVIDADE TOTAL DOS FACTORES
6065707580859095
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Portugal EU15
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EXPORTAÇÕES E TECNOLOGIA
Partes nas exportaçõestecnologia Mundo Portugal Espanha Irlanda Grécia
Alta 26.0 10.8 10.6 57.7 10.6Média-alta 35.6 31.2 46.6 26.3 15.9Média-baixa 17.5 15.6 19.6 2.5 32.5Baixa 20.9 42.4 23.1 13.5 41
Source: Economic Bulletin , Autumn 2007, p. 153, Table 3, Banco de Portugal.
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INVESTIMENTO EM TIC
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1985-1994
1995-1999
2000-2006
Parte do investimento em TIC no PIB
Fonte: OCDE e EUKLEMS
%
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O PROBLEMA ESTRUTURAL
• Sectores transacionável e não transacionável• Política económica discriminatória• Consequências de longo prazo• Estagnação económica e investimento no
estrangeiro• Políticas expansionistas ou políticas estruturais
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TAXA DE CÂMBIO REAL
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CUSTOS UNITÁRIOS DE TRABALHO
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UMA POLÍTICA ECONÓMICA DIFERENTE
• Orientação para o sector transacionável (PMEs)• Promoção da poupança e do investimento de
qualidade• Fomento da inovação e progresso tecnológico• Redução sistemática de custos • Alteração de modelos de regulação• Eficiência microeconómica• Prioridade ao emprego• Gestão da carga fiscal
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REGULAMENTAÇÃO DA ECONOMIA
0.00.51.01.52.02.53.03.54.04.5
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1998
2003
Regulamentação de mercados, índice 0-6
Fonte: OCDE
Mais regulamentado
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PESO DO SECTOR EMPRESARIAL PUBLICO
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Tamanho do sector empresarial público em relação ao resto da economia, índice
1998 2003
Mínimo
Máximo
Fonte: OCDE
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CONTROLE DO ESTADO SOBRE AS EMPRESAS
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1998
2003
Controle do Estado sobre o sector empresarial, índice
Fonte: OCDE
Máximo
Mínimo
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CRIAÇÃO DE EMPRESAS: 1995 - 2005
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DESIGUALDADE DA REPARTIÇÃO
0.20
0.25
0.30
0.35
0.40
0.45
0.50Coeficientes de Gini, meados dos anos 2000
Mais desigual
Fonte: OCDE
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QUEM GANHA COM A ACTUAL POLÍTICA
• Incumbentes do sector não transacionável• Grandes empresas cotadas em Bolsa• Grupos económicos de grande peso com ligações
fortes ao Governo• Consultores, assessores e técnicos• Razões de uma política dirigista
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FIM