poesia - lucas rodrigues de campos

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Seu título cristão seu título orienta a dor orientador seu título oriental servidor serve a dor - , seu título vai se emprosa entrosa com o título na mão o título caneta e cruz na mão Seu título cristão - - - , maldito fichário o chá dessa capa me custou livro de poesia, vol. 1 sem título lucas rodrigues de campos, o autor sÓ sem biografia, sÓ [email protected] [email protected]

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livro de poesia, vol. 1 sem título lucas rodrigues de campos, o autor sÓ sem biografia, sÓ [email protected] [email protected]

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Page 1: poesia - Lucas Rodrigues de Campos

Seu título cristão

seu título orienta a dor

orientador

seu título oriental servidor

serve a dor

- , seu título vai se emprosa

entrosa com o título na mão

o título caneta e cruz na mão

Seu título cristão

- - -

,maldito fichário

o chá dessa capa me custou

livro de poesia, vol. 1sem título

lucas rodrigues de campos, o autor sÓsem biografia, sÓ

[email protected]@gmail.com

Page 2: poesia - Lucas Rodrigues de Campos

- - - :todos trabalham incorrendo no risco de

varises

estresse

pedras

todos trabalham incorrendo no risco de

aderir à homeopatia da morte

, :todos trabalham sozinhos incorrendo no risco de

-capitalizar se

- todos trabalham sozinhos incorrendo no risco de transformar se em apólice

- - - ,porra no peru de natal

.é o presente da família

, .porra quanta graça

, !porra no peru de natal

Page 3: poesia - Lucas Rodrigues de Campos

- - - a muamba corre tão solta

- , , , que emboabas podem reerguer se junto aos cabanos ainda e sempre , invictos na história verem caídos o banditismo bandeirante e o

totalitarismo da coroa

, não desatinados com a gerência do bode passarão a descontar virando mesas

, como toda a história daqui partiremos

sem aquele esquema de ser rei

queima esse esquema de ser rei

ou coloca numa uRna

enterra e dá as cabeças pra baleia

?vai que ela morre e sai da história

Hipotermia no deserto

, são coisas temerosas espinhos

na regra és pasmo de calor

, -aqui você aprende a beber água liquefaça se

, segue na travessia

ainda estamos em desacordo

e o nosso trato é descontar

dá essa caligrafia pra conferirmos

tem um cara bom de olho ali

, da pra ele

, mas espera uns séculos sem cabeça caso seja inquisidor

sem cabeça

Page 4: poesia - Lucas Rodrigues de Campos

- - - aperfeiçoa um reduto incerto

toma posições se tem um dos sentidos

aprende o que será

logo útil

, despeja saltos dialéticos arremata o espaço

logo o capital é guia de mãos sujas

do esgoto que não para de correr

logo rio

se os saltos dialéticos pulassem de alegria

risadas correriam pelos esgotos

, logo em casa a distração

nos departamento de saber

logo insuficiente

ou logo departamentos

suficiente das ciências

das ciências sementes caem mais

mas sempre no mesmo lugar

se mais mentes

mentem mais

sementes caem mais

mas sempre no mesmo lugar

?atesta a mente de quem

parto da ciência semente

, departamento a testa

há testa ciente

se há mentes de apartamento

sementes germinam

sementirinhas na estufa

? da testa de quem

?deste departamento

Page 5: poesia - Lucas Rodrigues de Campos

- - - Sádicos

, pouco ou muito sádico

pouco com a terra que o traga

muito com a vela içada da despedida

tanto que esfola o próprio punho

- - -:

eis que é suprida

necessidade suprida

neural inteligentisia neural

de dois pontos e sons poucos

sois

:

Page 6: poesia - Lucas Rodrigues de Campos

- - - reciclagem de corpos

adubo de primeira qualidade

o combate ao meio ambiente

pode colocar aí como

: nota resistência

o combate ao meio ambiente

organismo em harmonia

,um gozo mais

diremos ancestral

:sobrevida diária

8 , h um pouco além da média

4 , h média

2 , h ideal

0 [ ], h ou nada o gozo

pouco ou nada para o plano

meta de desestabilização

procriação metazoária

vidas comprometidas com o ataque das horas

, péssimo o seu relógio

, traste o seu relatório

, recruta ou um

– ! -pasmem

, um cúmplice do capital

a pasmaceira do avanço

a montagem do progresso

arquitetura do nobre presunto

a complacência Desastre do Astro Capital

, , recruta predileto do plano triste

! oh maldito capital

Page 7: poesia - Lucas Rodrigues de Campos

- - - palavra vinte e dois

preciso delas

22, aos mais do que nunca

desejo ao precisar

delas a surgir

preciso mais do que nunca

delas pra comprovar

22 1 - distrair

22 2 - compor22 3 – mentir

assim falando delas

disposto a cumprir

minha tendência às falhas

incorro

nas fichas e numeração gentil

leito

, das leis delas

Page 8: poesia - Lucas Rodrigues de Campos

- - - extratos noise

nurseria da comarca

, !catas estrofe

Trofegares resolutos

gritantes além dos tropos

- - -

das vitrines !PALESTINOS

Figuras eram de ação

mãos mouras desfilavam

, , como a pai filho mãos e gondolas

rosadas sob exércitos briguentos

antirestauração

Page 9: poesia - Lucas Rodrigues de Campos

- - - numas

dessas

aulas

, nada nada

?aprendi

Prova dos nove cardíaca

um desenho

um coração

Page 10: poesia - Lucas Rodrigues de Campos

- - - o canto das ruas

gritos

o canto das ruas de cá

grito abafado

nos cantinhos das ruas

, trocos o grito

nos cantinhos das ruas de cá

, gritos fumaças

troços no canto das ruas

qualquer

uma

rua

partem do meio

partem ao meio

caminha até o ponto da rua

o grito abafado

, para e partem

na dança comezinha

pernas pra que te quero sem trançar

nesse buzum não posso voar

, só partir e a espera

aguardando chegar

Page 11: poesia - Lucas Rodrigues de Campos

- - - as enterra de uma vez e me chama de viado

ou assa as partes se deleitando

.ou ainda imagina uma peça fugaz queimando

- - - a produção com toxina

, ruim mas servil

os últimos dias tem sido assim

- - -, psicodelia acá

há cá

acá pandemoniar

, padarias só vivem a glória dos insumos

pães de ar pão demônio e ar

Page 12: poesia - Lucas Rodrigues de Campos

- - -

não é cretino

o ópio do povo tem o instrumento da desgraça

, ,alheia o povo senões

e critica de novo

, pára de falar não viu os sorrisos

, , , , ouviu os risos graça falo de novo

, e agora mais é mais

, , e quanto menos espera o pote é um milagre

- - - , O lú um

' o talento do lú não era evidente

, olhares poucos

dóceis tão decadentes

, O lú um

lunático cadente

Page 13: poesia - Lucas Rodrigues de Campos

- - - se eu vou

ao galinheiro

milhares de galinhas

se eu vou

ao amazonas

milhares de piranhas

,a zona

, , milhares centenas um pouco

, , ,xavasca mulheres Lisergia

um troco

Page 14: poesia - Lucas Rodrigues de Campos

- - - guerra fria

micro forno

radarondas

satélite

vigília e

leite quente

- - - por trato

retrato portrait

perda trágica

partido tráfego

Page 15: poesia - Lucas Rodrigues de Campos

- - - afã africa

françáfrica

oh mar

, uma sei lá dá cilada

olfatada e cangotê

,de noite sê suí

, oh mar a francesa

foi que eu pensei

em contar

um mito francês

, , um dois francês

falado em dó

, , uni doá a francesa

morna nesse mar

foi quando pensei

, ,um grito a chuva

o marfranjesui

, , amoá amô aí

, a francesa jesuí

, força a frança é da áfrica

franceis é áfrica

Page 16: poesia - Lucas Rodrigues de Campos

- - - meu sobrenome é zulu

mas eu não sei

vou te matar

filha da renda

a costura é minha

a textura da mãe

a forma da avó

mas eu nem sei

vai tomar no cu

filho da renda

, de citroen de honda

, estou nem aí dona

, estou sou sua

, , foda fodinha tia

black , xeque é cheque o escambau

, navalha mix de diamantes

, desculpas nem sou vampiro

mas é seu pescoço

sente o drama

cadê seus vocais

sente o drama

seu pescoço

dama

Page 17: poesia - Lucas Rodrigues de Campos

- - - ?como vão os seus mortos

?ainda há algum querido

?imagina algum ao seu lado

?ou seu pragmatismo repele deus e gritas sou ateu

?como vão os seus mortos

, ?ainda há algum Querido

.imagina algum ao seu lado

, .ou seu pragmatismo repele deus e gritas sou Ateu

, como vão os seus mortos

, ... ainda há algum querido

! Imagina algum ao seu Lado

! ! ?ou Seu pragmatismo repele deus e gritas sou ateu agora

?!Defunto

- - - ganham substâncias as palavras recolhidas

, desse chão pouco alto e nada supenso

atrelado a suspenses dizeres vivos que começam a rastejar e tomam pernas

contadas e registradas as passadas nos olhos

e

línguas do guardião espiado ao avesso

de tanto desinteresse carregado dado e apregoado

o funcionalismo sem caráter dos que acham tudo

e vão desaguar podres no nada