plastico (3)

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Page 1: Plastico (3)

1. Introdução

Atualmente vivemos em um mundo de produtos embalados e o plástico faz

parte de nossas vidas, praticamente todos os produtos vendidos são

embalados. Nossa economia tem uma estrutura muito complexa, e a

importância da embalagem dentro desse sistema está se tornando cada vez

mais significativa.

Ela contribui tanto para diminuição de perdas de produto, quanto para a

preservação do padrão de vida do homem moderno. As embalagens plásticas

apresentam uma ampla variedade de formas e modelos, algumas são

reconhecidas facilmente outras nem tanto, todas, porém proporcionam

benefícios que justificam a sua existência.

O produto e a embalagem estão tão relacionados que não podem ser

considerado um sem o outro. O produto não pode ser planejado separado da

embalagem, que por sua vez deve ser definida com base em engenharia,

marketing, comunicação, legislação, economia e inovação. Para alguns

produtos design, forma e função da embalagem podem ser tão importantes

quanto o seu conteúdo, por esses e por outros motivos podemos chamar a

embalagem de “vendedor silencioso”.

Nesse trabalho você ira ver diferentes tipos de plástico, suas propriedades,

aplicações, reciclagem e muito mais.

Page 2: Plastico (3)

2. Tipos

Existem muitos tipos de plásticos. Os mais rígidos, os fininhos e fáceis de

amassar, os transparentes, etc.. São divididos em dois grupos de acordo com

as suas características de fusão ou derretimento: termoplásticos e

termorrígidos. Os termoplásticos são aqueles que amolecem ao serem

aquecidos, podendo ser moldados, e quando resfriados ficam sólidos e tomam

uma nova forma.

Esse processo pode ser repetido várias vezes. Correspondem a 80% dos

plásticos consumidos. Os termorrígidos ou termofixos são aqueles que não

derretem e que apesar de não poderem ser mais moldados, podem ser

pulverizados e aproveitados como carga ou serem incinerados para

recuperação de energia.

Termofixos

PET – Polietileno Tereftalato

PEAD – Polietileno de Alta Densidade

PVC – Policloreto de Vinila

PEBD – Polietileno de Baixa Densidade

PP - Polipropileno

PS – Poliestireno

OUTROS

Termorrígidos

PU - Poliuretanos

EVA – Poliacetato de Etileno Vinil

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3. Classificação

As numerosas substâncias plásticas existentes, naturais ou artificiais, são

classificadas em dois grandes grupos, chamados de termoplásticos e

termoestáveis devido a seu comportamento ante as variações de temperatura.

Materiais termoplásticos.

Termoendurecíveis: ganham forma de produtos rígidos por ação do calor e

de reações químicas e não são susceptíveis de serem moldados novamente

por ação do calor;

Termoplásticos: amolecem quando aquecidos e endurecem de novo

quando arrefecem o que permite moldá-los sucessivas vezes. Mais de 80% dos

plásticos vulgarmente utilizados são deste tipo.

4. Propriedades

PEAD - Incolor e Opaco possui alta rigidez e resistência

PEBD - Incolor Translúcido ou Opaco possui alta flexibilidade e boa

resistência mecânica.

PP - Incolor e opaco possui boa resistência a choques e alta resistência

química

PS - Incolor e transparente, grande rigidez, baixa resistência a choques

e riscos, transparência.

PVC - Incolor e transparente, com flexibilidade com adição de

modificadores e alta resistência à chama.

PET incolor, transparente ou opaco, alta resistência mecânica e

química, transparência.

PU - Flexibilidade, leveza, resistência à abrasão, possibilidade de design

diferenciado.

Page 4: Plastico (3)

5. Aplicações

PET - (polietileno tereftalato) - garrafas de refrigerante, sucos e óleo de

cozinha, produtos farmacêuticos, produtos de limpeza, mantas de

impermeabilização e fibras

têxteis.

PEAD - (polietileno de

alta densidade) - frascos de

shampoo e maquiagem, baldes,

utensílios domésticos,

embalagens para cosméticos,

produtos químicos e de

limpeza, tubos para líquidos e

gás, tanques de combustível

para veículos automotivos;

PVC - (Policloreto de

Vinila) - tubos e conexões de encanamento; alguns frascos de detergente,

pastas para material escolar, calçados. É mais rígido, porém resistente, frascos

de agua mineral, tubos e conexões, calçados, encapamentos de cabos

elétricos, equipamentos medico-cirúrgicos, esquadrias e revestimentos.

PEBD - (polietileno de baixa densidade) - plástico "filme" - sacos

plásticos de lixo, brinquedos. São finos e bastante flexíveis, embalagens de

alimentos, sacos industriais, sacos para lixo, lonas agrícolas, filmes flexíveis

para embalagens e rótulos de brinquedos.

PP - (Polipropileno) - plásticos "filme" de proteção de alimentos, peças

de automóveis, embalagens de massas e biscoitos, potes de margarina,

seringas descartáveis, equipamentos medico-cirúrgicos, fibras e fios têxteis,

utilidades domesticas, autopeças (para-choque de carro).

PS – (poliestireno) - copos plásticos; sacos de batata, copos

descartáveis, placas isolantes, aparelhos de som e TV, embalagens de

alimentos, revestimento de geladeiras, material escolar;.

OUTROS – Utilizados em eletrodomésticos, aparelhos telefônicos,

revestimentos diversos, pisos, plásticos especiais e de engenharia, CDs,

corpos de computadores etc.

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PU & EVA – solados de calçados, interruptores, peças indústrias

elétricas, peças para banheiros, prato, travessas, cinzeiros, telefones e etc.

6. Problemas Ambientais

Em 1997, pesquisadores estimaram que o Oceano Atlântico estivesse

contaminado com 580.000 peças flutuantes de plástico por quilômetro

quadrado. De acordo com o

Greenpeace, o problema

não é apenas o plástico que

flutua: 70% do plástico

afundam, contaminando o

fundo dos oceanos, com

cerca de 110 pedaços de

lixo por quilômetro quadrado.

No oceano Pacífico, existe

uma enorme ilha de plástico

chamada de Grande Porção de Lixo do Pacífico. Calcula-se que sua área seja

maior do que a dos estados brasileiros de São Paulo, Rio de Janeiro, Minas

Gerais e Goiás somado. A degradação do plástico é de até 450 anos. O

descarte, na natureza, de material plástico à base de poliuretano, causa

problemas ambientais. Uma hipótese, ainda em estudo, para solucionar tal

problema seria o uso do fungo Pestalotiopsis Microspora, supostamente capaz

de alimentar-se de poliuretano.

Devido à sua insolubilidade

em água e inércia química

relativa, plásticos puros

geralmente têm baixa

toxicidade. Alguns produtos de

plástico contêm uma variedade

de aditivos, alguns dos quais

podem ser tóxicos. Por

exemplo, plastificantes como

Page 6: Plastico (3)

ftalatos e adipatos são muitas vezes adicionados aos plásticos frágeis, como

cloreto de polivinila, para torná-los flexíveis o suficiente para uso em

embalagens de alimentos, brinquedos e muitos outros itens. Traços destes

compostos podem lixiviar para fora do produto. Devido a preocupações sobre

os efeitos que isso pode causar, a União Europeia tem restringido o uso do

DEHP e outros ftalatos em algumas aplicações. Alguns compostos de lixiviação

de recipientes para alimentos de poliestireno têm sido propostos para interferir

nas funções hormonais e são suspeitos de causar câncer.

As embalagens plásticas estão sendo mais usadas devidas algumas

vantagens que apresentam. Elas são obtidas a baixo custo, são impermeáveis,

flexíveis e ao mesmo tempo são resistentes a impactos. Sendo assim, foram

substituindo as antigas embalagens até serem usadas em larga escala como

nos dias atuais.

Durante muitos anos as embalagens plásticas estão sendo despejadas em

aterros sanitários, mas o fato de não serem biodegradáveis faz com que se

acumulem no ambiente conservando por muitos anos suas propriedades

físicas, já que possuem elevada resistência.

São necessários de 100 a 150 anos (aproximadamente) para que os

polímeros sejam degradados no ambiente. Por isso a poluição causada pelos

polímeros se tornou uma preocupação em escala mundial, além de poluir rios e

lagos, polui também o solo de um modo geral.

Os grandes vilões deste século são os materiais poliméricos como as

garrafas PET de refrigerantes, que acarretam problemas ambientais pelas

características de serem descartáveis. A poluição pelos polímeros poderia ser

minimizada com a reciclagem dos plásticos ou o emprego de polímeros

biodegradáveis.

7.Reciclagem

A Reciclagem Energética:

É hoje uma realidade e uma importante alternativa no gerenciamento do

lixo urbano. É a tecnologia que transforma lixo urbano em energia elétrica e

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térmica, um processo amplamente utilizado no exterior e que aproveita o alto

poder calorífico contido nos plásticos para uso como combustível.

Países que adotam esse processo,

além de criar novas matrizes energéticas,

conseguem reduzir substancialmente o

volume de seus resíduos, um benefício

incalculável para cidades com problemas

de espaço para a destinação do lixo

urbano.

Embora a Reciclagem Energética

ainda não exista no Brasil, a Plastivida

entende que essa é uma alternativa

ambientalmente correta, economicamente

viável e socialmente recomendável.

Investir na Reciclagem Energética do lixo urbano proporciona vantagens e

benefícios inquestionáveis:

Reciclagem Mecânica:

No Brasil, é amplamente; é mais barata e mantém uma boa qualidade do

produto: Para facilitar a separação dos materiais plásticos para a reciclagem,

foram estabelecidos códigos para diferenciar cada tipo.

Reciclagem Química:

Esse tipo de reciclagem reprocessa os plásticos transformando-os em

petroquímicos básicos: monômeros ou misturas de hidrocarbonetos que

servem como matéria-prima, em refinarias ou centrais petroquímicas, para a

obtenção de produtos nobres de elevada qualidade.

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O objetivo da reciclagem química é a recuperação dos componentes

químicos individuais para serem reutilizados como produtos químicos ou para a

produção de novos plásticos.

Essa reciclagem permite tratar mistura de plásticos, reduzindo custos de

pré-tratamento, custos de coleta e seleção. Além disso, permite produzir

plásticos novos com a mesma qualidade de um polímero original.

Os novos processos de reciclagem química desenvolvidos permitem a

reciclagem de misturas de plásticos diferentes, com aceitação de determinado

grau de contaminantes (ex.: tintas, papéis etc.).

Existem vários processos de reciclagem química, entre eles:

o HIDROGENAÇÃO: As cadeias são quebradas mediante o tratamento com hidrogênio e

calor, gerando produtos capazes de serem processados em refinarias.

o GASEIFICAÇÃO: Os plásticos são aquecidos com ar ou oxigênio, gerando-se gás de

síntese contendo monóxido de carbono e hidrogênio.

o QUIMÓLISE: Consiste na quebra parcial ou total dos plásticos em monômeros na

presença de glicol/metanol e água.

o PIRÓLISE:É a quebra das moléculas pela ação do calor na ausência de oxigênio. Este

processo gera frações de hidrocarbonetos capazes de serem processados em

refinarias.

8. Conclusão

Tente viver no mundo de hoje sem o plástico. Observe ao seu redor, com

certeza algum material próximo será de plástico. Agora, imagine se a matéria-

prima dessa peça fosse substituída por outro material em pleno século XXI. Um

pen-drive de alumínio? Uma seringa de metal? Nos dias de hoje, é impossível

pensar no bem-estar da população sem os benefícios gerados pela indústria

plástica e seus progressos tecnológicos. O plástico é indispensável na

infraestrutura atual e do futuro, em tubulações e canalizações, assim como nos

meios de transporte, tornando trens, carros e aviões mais leves e, portanto,

mais econômicos. Isso sem falar na biomedicina, na qual temos seringas,

implantes e próteses e até um coração artificial de plástico, que mantém o

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paciente vivo até ser transplantado. O consumo per capita do material vem

registrando taxas de crescimento superiores às do Produto Interno Bruto (PIB).

Vendo por este ponto é impossível viver sem plástico, ele nos trás muitas

praticidades e é impossível de imaginar substituir tudo de plástico por outros

materiais.