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PREFEITURA MUNICIPAL DE SANTA ROSA DE VITERBO
PLANO DIRETOR DE MACRODRENAGEM DE
SANTA ROSA DE VITERBO
VOLUME I - RELATÓRIO
AGOSTO DE 2010
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2
ÍNDICE GERAL
ÍNDICE GERAL ....................................................................................................................... 2
ÍNDICE DE FIGURAS ............................................................................................................ 5
ÍNDICE DE QUADROS .......................................................................................................... 7
EQUIPE TÉCNICA .................................................................................................................. 9
1. APRESENTAÇÃO ........................................................................................................ 10
2. CARACTERIZAÇÃO GERAL DA ÁREA DE PROJETO ...................................... 11
2.1. CARACTERIZAÇÃO REGIONAL .............................................................................................. 11 2.1.1. UGRHI Pardo – 04 ........................................................................................................................ 12
2.2. CARACTERIZAÇÃO MUNICIPAL ............................................................................................. 20 2.2.1. Breve histórico ............................................................................................................................... 20
2.2.2. Localização e acessos .................................................................................................................... 21
2.2.3. Caracterização Socioeconômica .................................................................................................... 26
2.2.3.1. População ................................................................................................................................ 26
2.2.3.2. Estatísticas vitais e saúde ........................................................................................................ 27
2.2.3.3. Educação ................................................................................................................................. 28
2.2.3.4. Indicadores sócio-econômicos e ambientais ........................................................................... 29
2.2.3.4.1. Índice paulista de responsabilidade social – IPRS .......................................................... 29 2.2.3.4.2. Índice de desenvolvimento humano – IDH ..................................................................... 30 2.2.3.4.3. Indicadores ambientais .................................................................................................... 32
2.2.3.5. Fundo de participação dos municípios – FPM ........................................................................ 35
2.2.3.6. Produto interno bruto – PIB .................................................................................................... 35
2.2.4. Limite da área de projeto ............................................................................................................... 35
2.2.5. Caracterização Ambiental ............................................................................................................. 37
2.2.5.1. Climatologia ............................................................................................................................ 37
2.2.5.2. Cobertura Vegetal do município ............................................................................................. 39
2.2.5.2.1. Cobertura vegetal - natural remanescente ....................................................................... 39 2.2.5.2.2. Cobertura vegetal – área cultivada .................................................................................. 42
2.2.5.3. Dados hidrometeorológicos ..................................................................................................... 43
2.2.5.4. Geologia .................................................................................................................................. 47
2.2.5.5. Pedologia ................................................................................................................................. 49
2.2.5.6. Geomorfologia ........................................................................................................................ 53
2.2.5.7. Uso/ocupação do solo do solo ................................................................................................. 56
2.2.5.8. Hidrografia .............................................................................................................................. 58
2.3. SISTEMA DE SANEAMENTO BÁSICO EXISTENTE .................................................................... 59
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3
2.3.1. Abastecimento de água .................................................................................................................. 59
2.3.2. Esgoto sanitário ............................................................................................................................. 60
2.3.3. Resíduos sólidos ............................................................................................................................. 60
2.4. USOS DOS RECURSOS HÍDRICOS ............................................................................................ 60
3. CADASTRO DO SISTEMA DE DRENAGEM EXISTENTE .................................. 65
3.1. VISITA TÉCNICA ................................................................................................................... 65
3.2. RELATÓRIO FOTOGRÁFICO ................................................................................................... 68 3.2.1. Ponto “A” ...................................................................................................................................... 68
3.2.2. Ponto “B” ...................................................................................................................................... 69
3.2.3. Ponto “C” ...................................................................................................................................... 71
3.2.4. Ponto “D” ...................................................................................................................................... 72
3.2.1. Ponto “E” ...................................................................................................................................... 73
3.2.2. Ponto “F” ...................................................................................................................................... 75
3.2.3. Ponto “G” ...................................................................................................................................... 76
3.2.4. Ponto “H” ...................................................................................................................................... 77
3.2.5. Ponto “I” ....................................................................................................................................... 79
3.2.6. Ponto “J” ....................................................................................................................................... 80
3.2.7. Ponto “K” ...................................................................................................................................... 80
4. REDE DE DRENAGEM ............................................................................................... 82
4.1. TRAÇADO DAS SUB-BACIAS HIDROGRÁFICAS ....................................................................... 82
4.2. DIAGRAMA UNIFILAR ........................................................................................................... 85
4.3. DADOS POR SUB-BACIA ........................................................................................................ 88
5. RESULTADOS HIDROLÓGICOS ............................................................................. 92
5.1. CONSIDERAÇÕES GERAIS ...................................................................................................... 92 5.1.1. Equação de chuva .......................................................................................................................... 92
5.1.2. Tempo de retorno ........................................................................................................................... 93
5.1.2.1. Microdrenagem ....................................................................................................................... 93
5.1.2.2. Para a verificação hidráulica das interferências ...................................................................... 93
5.1.2.3. Determinação de volume de reserva dos barramentos propostos ............................................ 94
5.1.2.4. Dimensionamento dos vertedores dos barramentos ................................................................ 94
5.2. VAZÕES DE PROJETO DAS BACIAS DE MICRODRENAGEM .................................................... 94
5.3. VAZÕES DE PROJETO DAS BACIAS DE MACRODRENAGEM ................................................. 100
6. VERIFICAÇÃO HIDRÁULICA DAS SEÇÕES CADASTRADAS ....................... 102
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4
6.1. INSTRUÇÕES NORMATIVAS PARA PRÉ - DIMENSIONAMENTO E VERIFICAÇÃO HIDRÁULICA
DOS DISPOSITIVOS ...................................................................................................................................... 102 6.1.1. Folga sobre o dimensionamento .................................................................................................. 103
6.1.2. Coeficiente de rugosidade ............................................................................................................ 103
6.1.3. Restrições de velocidade .............................................................................................................. 104
6.2. MÉTODO DE VERIFICAÇÃO ................................................................................................. 104 6.2.1. Canais retangulares e trapezoidais .............................................................................................. 104
6.2.2. Galerias circulares ...................................................................................................................... 105
6.3. RESUMO DA VERIFICAÇÃO .................................................................................................. 106 6.3.1. Ponto “D” .................................................................................................................................... 106
6.3.2. Ponto “E” .................................................................................................................................... 106
6.3.3. Ponto “F” .................................................................................................................................... 107
6.3.4. Ponto “G” .................................................................................................................................... 107
6.3.5. Ponto “K” .................................................................................................................................... 107
6.4. CONCLUSÃO........................................................................................................................ 107
7. ANÁLISE, ALTERNATIVAS E PROPOSTAS ....................................................... 109
7.1. REVITALIZAÇÃO DAS MATAS CILIARES DOS CURSOS D´ÁGUA URBANOS ........................... 110
7.2. OCUPAÇÃO URBANA FORA DOS LIMITES DE DAS APPS ...................................................... 110
7.3. ADEQUAÇÃO DA REDE DE GALERIAS PLUVIAIS .................................................................. 111 7.3.1. Adequação e Complementação .................................................................................................... 112
7.3.2. Diminuição dos pontos de lançamento ........................................................................................ 113
7.3.3. Implantação de bacias de detenção e/ou dispositivo de dissipação ............................................. 113
7.4. IMPLANTAÇÃO DE BARRAMENTOS ..................................................................................... 114
7.5. PROPOSTA DE ADEQUAÇÃO DA PONTE DO “PONTO H” NO CÓRREGO DO BARRO PRETO ... 117
8. HIERARQUIZAÇÃO DA IMPLANTAÇÃO DAS OBRAS ................................... 119
9. DIRETRIZES BÁSICAS DE DRENAGEM ............................................................. 120
10. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ....................................................................... 121
ANEXO 01 - MAPA FLORESTAL: VEGETAÇÃO NATURAL REMANESCENTE . 124
ANEXO 02 – DETERMINAÇÃO DO CURVE NUMBER “CN” ................................... 126
ANEXO 03 – MÉTODO DO NRCS .................................................................................... 132
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ÍNDICE DE FIGURAS
Figura 1 – Posição do município nas UGRHI 04 e 09. ...................................................................... 11
Figura 2 - Localização das Bacias Hidrográficas do Estado de São Paulo. ....................................... 12
Figura 3 – Municípios com área na UGRHI ...................................................................................... 13
Figura 4 – Sub-UGRHI´s da UGRHI Pardo ....................................................................................... 14
Figura 5 - Cobertura Vegetal da UGRHI 04 ...................................................................................... 15
Figura 6 - Cobertura vegetal presente na UGRHI-4 (em área e porcentagem de ocorrência) ........... 16
Figura 7 – Níveis de susceptibilidade a erosão na bacia do rio Pardo ............................................... 17
Figura 8 - Municípios limítrofes de Santa Rosa de Viterbo. .............................................................. 21
Figura 9 - Localização do município de Santa Rosa do Viterbo no ................................................... 23
Figura 10: Acesso ao município de Santa Rosa de Viterbo ............................................................... 24
Figura 11: Acesso ao Distrito de Nhumirim ...................................................................................... 25
Figura 12 – Limite da área de projeto ................................................................................................ 36
Figura 13 – Classificação atualizada de Köppen – Geiger para o município .................................... 39
Figura 14 - Disposição dos postos pluviométricos ............................................................................. 45
Figura 15 – Superfície de Precipitação .............................................................................................. 46
Figura 16 – Distribuição geológica da UGRHI 4. .............................................................................. 48
Figura 17 - Geologia do município de Santa Rosa de Viterbo ........................................................... 49
Figura 18 - Pedologia da área em estudo ........................................................................................... 50
Figura 19 – Pedologia do Município de Santa Rosa de Viterbo ........................................................ 51
Figura 20 - Geomorfologia de Santa Rosa de Viterbo ....................................................................... 56
Figura 21 – Uso e ocupação da área de projeto, conforme NRCS ..................................................... 57
Figura 22 - Rede hidrográfica do município ...................................................................................... 59
Figura 23 – Locais visitados ............................................................................................................... 66
Figura 24 – Locais com seções cadastradas ....................................................................................... 67
Figura 25 – Local “A” (Rua de terra paralela a Rua Professor Solano Pereira) ................................ 68
Figura 26 – Vista de montante do barramento ................................................................................... 69
Figura 27 – Vista de jusante do barramento ....................................................................................... 69
Figura 28 – Vista geral do barramento ............................................................................................... 70
Figura 29 – Jusante da confluência no córrego da Lagoa .................................................................. 71
Figura 30 – Panorama da seção de montante da travessia ................................................................. 72
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Figura 31 – Vista de montante da travessia ................................................................................... 73
Figura 32 - Vista de jusante da travessia ............................................................................................ 73
Figura 33 – Vistas sob a travessia da Rua Fátima Salim ................................................................... 74
Figura 34 – Montante da travessia (Margem direita e esquerda) ....................................................... 75
Figura 35 – Seção da travessia ........................................................................................................... 76
Figura 36 – Última travessia antes do acesso a Fazenda Amália ....................................................... 77
Figura 37 – Montante, sobre a ponte e jusante ................................................................................... 78
Figura 38 – Antiga nascente do córrego da Lagoa vista da Rua Piauí ............................................... 79
Figura 39 – Nascente do córrego da Lagoa vista da Rua Paraná ....................................................... 80
Figura 40 – Travessia em estrada Municipal SRV 248. Fonte: VM Engenharia (2010) ................... 81
Figura 41 – Sub – bacias do município (Macrodrenagem) ................................................................ 83
Figura 42 - Sub-bacias do município (Microdrenagem) .................................................................... 84
Figura 43– Diagrama Unifilar ............................................................................................................ 85
Figura 44 – Diagrama Unifilar (continuação) .................................................................................... 86
Figura 45 – Diagrama Unifilar (continuação) .................................................................................... 87
Figura 46 – Seção circular ................................................................................................................ 106
Figura 47 – Localização dos barramentos e suas bacias de contribuição. ....................................... 116
Figura 48 – Esquema do canal retangular da travessia .................................................................... 118
Figura - 49 “CN” composto para áreas impermeáveis conectadas .................................................. 131
Figura 50 - “CN” composto para áreas impermeáveis isoladas e inferior a 30% ............................ 131
Figura 51 - Hidrograma Unitário Curvilíneo Adimensional e o Hidrograma Unitário Triangular
Equivalente ....................................................................................................................................... 136
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ÍNDICE DE QUADROS
Quadro 1 – Classificação dos município quanto ao tratamento do esgoto doméstico ....................... 18
Quadro 2 – Dados de coleta e tratamento de esgoto dos municípios da UGRHI 4 ........................... 19
Quadro 3- Evolução da população de 2000 -2010 ............................................................................. 26
Quadro 4- Informações de estatísticas vitais e saúde do ano de 2008 ............................................... 28
Quadro 5 – Educação em Santa Rosa de Viterbo ............................................................................... 28
Quadro 6 - Evolução dos Índices que compõem o IPRS ................................................................... 30
Quadro 7: IDH-M de Santa Rosa de Viterbo. .................................................................................... 32
Quadro 8 – Diretivas Ambientais da Projeto Município Verde Azul ................................................ 33
Quadro 9 – Certificação Município Verde-Azul dos municípios da UGRHI-Pardo ......................... 34
Quadro 10 - Indicadores de Produto e Renda .................................................................................... 35
Quadro 11 - Evolução dos Setores quanto à participação no total do Valor Adicionado (%). .......... 35
Quadro 12 - Temperaturas mensais máximas, médias e mínimas e precipitação média mensal ....... 38
Quadro 13 - Área cultivada do município de Santa Rosa de Viterbo ................................................ 43
Quadro 14 – Postos pluviométricos ................................................................................................... 44
Quadro 15 – Geologia de Santa Rosa de Viterbo ............................................................................... 47
Quadro 16 –Pedologia do Município de Santa Rosa de Viterbo ........................................................ 52
Quadro 17 –Grupos hidrológicos ....................................................................................................... 52
Quadro 18 – Classificação dos solos compostos quanto ao grupo hidrológico ................................. 53
Quadro 19 - Uso/ocupação do solo conforme NRCS da área de projeto ........................................... 58
Quadro 20 – Usos e interferências públicos de Santa Rosa de Viterbo ............................................. 61
Quadro 21 –Usos e interferências privados de Santa Rosa de Viterbo .............................................. 62
Quadro 22 – CNs das sub - bacias de macrodrenagem ...................................................................... 89
Quadro 23 – CNs sub- bacias de microdrenagem .............................................................................. 89
Quadro 24 – Dados gerais das sub-bacias de macrodrenagem .......................................................... 90
Quadro 25 – Dados gerais das sub-bacias de microdrenagem ........................................................... 91
Quadro 26 – Vazões máximas de projeto das bacias de microdrenagem .......................................... 95
Quadro 27 – Vazões máximas de projeto das bacias de microdrenagem .......................................... 97
Quadro 28 – Volume do hidrograma .................................................................................................. 98
Quadro 29– Volume do hidrograma ................................................................................................... 98
Quadro 30 - Volume a reter nas bacias de detenção dos pontos de lançamento ................................ 99
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8
Quadro 31 – Vazões máximas de projeto das bacias de macrodrenagem ........................................ 100
Quadro 32– Vazões máximas de projeto das bacias de macrodrenagem ......................................... 101
Quadro 33 – Valores mínimos de folga sobre dimensionamento .................................................... 103
Quadro 34 – Valores recomendados para o coeficiente de Manning ........................................ 104
Quadro 35 – Limites de velocidade .................................................................................................. 104
Quadro 36 – Verificação hidráulica Ponto “D” ............................................................................... 106
Quadro 37 – Verificação hidráulica Ponto “E” ................................................................................ 106
Quadro 38 – Verificação hidráulica Ponto “F” ................................................................................ 107
Quadro 39 – Verificação hidráulica Ponto “G” ............................................................................... 107
Quadro 40 – Verificação hidráulica Ponto “K” ............................................................................... 107
Quadro 41 – Vazão de projeto x capacidade de escoamento das seções cadastradas ...................... 108
Quadro 42 – Dados para dimensionamento dos barramentos .......................................................... 116
Quadro 43- Bacias contribuintes para a seção em estudo ................................................................ 117
Quadro 44 – “Curve Number” para Áreas Rurais (Agricultura) (1) .................................................. 127
Quadro 45 – “CN” de escoamento superficial para usos agrícolas (Ia = 0,2.S, condição II de
umidade antecedente e condição hidrológica superficial média) ..................................................... 129
Quadro 46 – “Curve Number” para áreas urbanas ........................................................................... 130
Quadro 47 - Relações para o calculo do hidrograma curvilíneo do NRCS e de sua curva de massa.
.......................................................................................................................................................... 135
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EQUIPE TÉCNICA
Profissional Especialidade Engenheiro Marcelo Malheiros Duclerc Verçosa
Hidrologia, Hidráulica e Educação Ambiental
Engenheiro Raphael Machado Hidrologia Computacional Engenheira Dea Carolina Thieme Hidrologia, Hidráulica e SIG Engenheiro Luiz Fernando de Araujo Hidrologia e Hidráulica
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1. APRESENTAÇÃO
Trata-se de relatório previsto no contrato firmado entre a PREFEITURA
MUNICIPAL DE SANTA ROSA DE VITERBO e a VM ENGENHARIA DE RECURSOS
HÍDRICOS LTDA., empresa brasileira registrada no CNPJ sob o
nº. 04.257.647/0001-54 com sede à Rua Dom Pedro II, nº. 1241, São Carlos -
SP.
Este relatório consubstancia o Relatório Final do “Plano Diretor de
Macrodrenagem de Santa Rosa de Viterbo”, que contempla os diversos tópicos
constantes do Termo de Referência, tais como:
• Levantamento e análise estudos existentes;
• Pesquisa, coleta e análise de dados e informações gerais sobre as
bacias existentes;
• Levantamento planialtimétrico cadastral dos elementos importantes
do sistema de macro e microdrenagem existentes, assim como outras
interferências julgadas relevantes;
• Estudos Hidrológicos e hidráulicos para determinação das vazões de
projeto, diagnóstico e prognóstico da situação das cheias dos
córregos da área urbana;
• Caracterização geral do sistema existente e diagnóstico, indicando as
deficiências atuais e necessidades futuras;
• Estudo de alternativas e concepção geral do sistema proposto;
• Estimativa de custo e hierarquização das obras;
• Definição de medidas não estruturais e definição de diretrizes básica
de drenagem;
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2. CARACTERIZAÇÃO GERAL DA ÁREA DE PROJETO
2.1. CARACTERIZAÇÃO REGIONAL
O município de Santa Rosa de Viterbo está localizado em duas unidades
de gerenciamento de recursos hídricos: a do Pardo (UGRHI 04) e a Mogi Guaçu
(UGRHI 09). Como se pode observar na figura abaixo, a maior parte do seu
território está dentro da UGRHI 04, inclusive a área urbana da sua sede. O
presente Plano é financiado pelo Comitê do Pardo.
PARDO
MOGI-GUAÇU
Tambaú
São Simão
Cajuru
Mococa
Santa Rita do Passa Quatro
Santa Rosa de Viterbo
Casa Branca
Figura 1 – Posição do município nas UGRHI 04 e 09.
Fonte: Adaptado por VM Engenharia (2010)
A UGRHI 04 é definida pela bacia do rio Pardo e seus afluentes, a
montante da foz do rio Mogi Guaçu. Seu território limita-se nas UGRHI´S: Mogi
Guaçu (UGRHI 09), Baixo Pardo/Grande (UGRHI 12) e Sapucaí-Mirim Grande
(UGRHI 08). Ao leste e sudoeste está o Estado de Minas Gerais, como mostra
a Figura 2.
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Figura 2 - Localização das Bacias Hidrográficas do Estado de São Paulo.
Fonte: Plano de Bacia Hidrgráfica 2008-2011, CBH – Mogi.
A Bacia do Pardo foi dividida em 6 sub-bacias, as quais foram ordenadas
aproximadamente de oeste para leste e de norte para sul. Santa Rosa de
Viterbo está dentro da sub-UGRHI Médio – Pardo. A bacia do Mogi Guaçu
possui 4 sub-UGRHI, sendo que o município está inserido na Médio Mogi
Superior.
A caracterização regional irá abranger somente a UGRHI Pardo, uma vez
que a área de estudo desse Plano de Macrodrenagem está inserida somente
nessa unidade de gerenciamento de recursos hídricos.
2.1.1. UGRHI PARDO – 04
Inicialmente o comitê era composto de 24 municípios: Altinópolis,
Brodowski, Caconde, Cajuru, Casa Branca, Cássia dos Coqueiros, Cravinhos,
Divinolândia, Itobi, Jardinópolis, Mococa, Ribeirão Preto, Sales de Oliveira,
Santa Cruz da Esperança, Santa Rosa de Viterbo, São José do Rio Pardo, São
Sebastião da Grama, São Simão, Serra Azul, Serrana, Sertãozinho, Tambaú,
Tapiratiba, Vargem Grande do Sul. Posteriormente foram inclusos os
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municípios de Pontal, Santo Antonio da Alegria e Águas da Prata, perfazendo
um total de 27 municípios.
LegendaMunicípio com área total na UGRHI 4
Município com parte da área na UGRHI 4 e sede em outra UGRHI
Município com parte da área na UGHRI 4 e sede na UGRHI 4
Mococa
Cajuru
Tambaú
Caconde
Altinópolis
São Simão
Jardinópolis
Casa Branca
Ribeirão Preto
Itobi
Pontal
Serra Azul
Brodowski
Tapiratiba
Sales Oliveira
Batatais
São José do Rio PardoDivinolândia
Morro Agudo
Serrana
Cravinhos
Batatais
Santa Rosa de Viterbo
São Sebastião da Grama
Sertãozinho
Cássia dos CoqueirosSanta Cruz da Esperança
Orlândia
Vargem Grande do Sul
Santo Antônio da Alegria
Águas da Prata
Nuporanga
Figura 3 – Municípios com área na UGRHI
Fonte: Adaptado pela VM Engenharia
A unidade de gerenciamento de recursos hídricos Pardo, é composta pos 6
sub-UGRHI´s, são elas: Ribeirão São Pedro/Ribeirão da Floresta, Ribeirão da
Prata/ Ribeirão Tamanduá, Médio Pardo, Rio Canoas, Rio Tambaú/Rio Verde e
Alto Pardo, como mostra a figura abaixo.
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Médio Pardo
Alto Pardo
Rio Tambaú
Rio Canoas
Ribeirão da Prata/ Ribeirão Tamanduá
Ribeirão São Pedro/ Ribeirão da Floresta
Figura 4 – Sub-UGRHI´s da UGRHI Pardo
Fonte: Adaptado pela VM Engenharia.
A Bacia Hidrográfica do Pardo encontra-se inserida no domínio do Cerrado,
ocorrendo também encraves de Floresta Estacional Semidecidual.
O Instituto de Pesquisas Tecnológicos (IPT) realizou em 2007 o
levantamento da cobertura vegetal da bacia, tomando como referência o
“Inventário Florestal da Vegetação Natural do Estado de São Paulo“ (IF, 2005).
A seguir estão apresentadas as tipologias encontradas:
• Formações Savânicas (Cerrado)
o Savana Florestada (Cerradão)
o Savana Típica (Cerrado stricto sensu)
• Floresta Estacional Semidecidual;
• Área de tensão ecológica
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o Floresta Estacional em contato Savana/Floresta Estacional
• Vegetação Secundária
o Floresta Estacional Semidecidual
o Floresta Estacional em contato Savana/Floresta Estacional
• Áreas Úmidas – várzeas
• Reflorestamento.
Figura 5 - Cobertura Vegetal da UGRHI 04
Fonte: IF (2005).
A figura abaixo permite a visualização da proporção entre os diversos
tipos de cobertura vegetal ao longo da bacia do Rio Pardo.
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Figura 6 - Cobertura vegetal presente na UGRHI-4 (em área e porcentagem de
ocorrência) Fonte: IF (2005)
Quanto à susceptibilidade a erosão, de acordo com CPTI (2008), a UGRHI-
4 apresenta em grande parte de seu território terrenos de média à baixa
suscetibilidade à erosão, sendo o desmatamento nas áreas de cabeceiras,
encostas e margens dos rios, o principal motivo desencadeador dos processos
erosivos existentes.
A Figura 7 apresenta os níveis de susceptibilidade a erosão, sendo que os
intervalos considerados para análise de criticidade são:
• Áreas de alta e muito alta suscetibilidade à erosão > 50% da área
total da sub-bacia e índice de concentração de erosões > 5 %
apresentam alta criticidade;
• Áreas de alta e muito alta suscetibilidade à erosão entre 25% e 50%
da área total da sub-bacia e índice de concentração de erosões entre
3% e 5% apresentam média criticidade;
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• Áreas de alta e muito alta suscetibilidade à erosão < 25% da área
total da sub-bacia e índice de concentração de erosões < 3%
apresentam baixa criticidade.
Figura 7 – Níveis de susceptibilidade a erosão na bacia do rio Pardo
Fonte: CPTI –IPT (2008)
A economia da região é concentrada no setor primário, sendo que apenas
em alguns municípios concentram-se as atividades secundárias da região.
O setor primário na UGHRI 04, com lavouras permanentes e temporárias
e pecuárias, como principal atividade.
Os principais produtos da lavoura temporária que se desenvolvem na
Bacia, de acordo com CPTI – IPT (2008) são: Amendoim, Arroz, Batata-
Inglesa, Cana-de-Açúcar, Cebola, Feijão, Milho, Soja e Tomate.
Na lavoura permanente os produtos mais representativos são: Abacate,
Café, Laranja, Limão, Manga e Tangerina.
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A laranja era cultivada em 14 municípios da UGRHI-4 em 2006,
correspondendo a 5,3% da produção paulista. Os municípios de Casa Branca,
Tambaú e Mococa lideraram a produção, totalizando 89% da produção total da
Bacia. O café e o abacate são nessa ordem, o segundo e o terceiro tipo de
cultivo permanente mais importante da região.
Na pecuária, os principais rebanhos da Bacia do Pardo são de Bovinos,
Eqüinos, Bubalinos, Asininos, Muares, Suínos, Caprinos, Ovinos, Galináceos e
Coelhos, sendo os galináceos, o mais numeroso, correspondendo a 98% de
todos os rebanhos da UGRHI-4.
No que diz respeito à coleta e tratamento de esgoto, de acordo com o
“Relatório das Águas Interiores no Estado de São Paulo de 2008” (CETESB,
2008) mostrou que o índice de coleta de esgoto doméstico na UGRHI atingiu
99%. No entanto, apenas 52% do total gerado recebe tratamento.
A Cetesb classificou os municípios em 5 faixas, de acordo com os
percentuais de tratamento de esgoto doméstico. De acordo com essa
classificação, 11 municípios aparecem com índice de tratamento inferior a
10%, que são exatamente os mesmos municípios que não possuem nenhum
tipo de tratamento para o esgoto coletado.
Dos outros 12 municípios da Bacia, 01 está na faixa de 10 a 25%, 02
estão entre 26 a 50%, 02 na faixa entre 51 a 75% e 06 aparecem classificados
na faixa de tratamento de esgoto superior a 75%, como mostra o Quadro 1.
Quadro 1 – Classificação dos município quanto ao tratamento do esgoto doméstico
Faixas percentuais
Municípios da UGRHI 4
< 10% Brodowski, Caconde, Casa Branca Cravinhos, Divinolândia, Itobi, Jardinópolis, São José do Rio Pardo, São Simão, Serrana, Vargem Grande do Sul
10 a 25% Tambaú 26 a 50% São Sebastião da Grama, Tapiratiba 51 a 75% Mococa, Ribeirão Preto
> 75% Altinópolis, Cajuru, Cássia dos Coqueiros, Sales Oliveira, Santa Cruz da Esperança, Serra Azul , Santa Rosa de Viterbo
Fonte: CBH – Pardo (2008)
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19
O Quadro 2 apresenta os dados de todos os municípios pertencentes à UGRHI 4 quanto a coleta de tratamento de
esgoto.
Quadro 2 – Dados de coleta e tratamento de esgoto dos municípios da UGRHI 4
Município Concessão Atendimento (%)
Eficiência (%) Carga Poluidora (kg DBO/dia)
Corpo Receptor Coleta Tratamento Potencial Remanescente
Altinópolis DAE 100 100 85 784 118 Córrego Mato Grosso Brodowski DAE 100 0 - 1,015 1,015 Córregos da Divisa e Matadouro Caconde DAE 100 0 - 749 749 Rio São Miguel Cajuru Sabesp 99 99 90 1,111 131 Córrego Cajuru Casa Branca SAEE 100 0 - 1,256 1,256 Rib. das Congonhas Cássia dos Coqueiros Sabesp 92 100 60 112 50 Rio Cubatão Cravinhos SAEE 100 0 - 1715 1715 Rib. Preto Divinolândia Sabesp 99 0 - 427 427 Rio do Peixe Itobi Sabesp 87 0 - 379 379 Rio Verde Jardinópolis DAE 100 0 - 1809 1809 Córrego Matadouro Mococa Sabesp 100 75 90 3,424 1,113 Córrego Santa Elisa Ribeirão Preto DAERP 100 70 98 29,989 9,512 Ribeirão Preto e Rio Pardo Sales Oliveira DAE 100 100 85 499 75 Córregos Aurora e Lageado Santa Cruz da Esperança Sabesp 100 100 85 77 12 Córrego Brilhante Santa Rosa do Viterbo Sabesp 100 100 84 1,176 182 Córregos Bibiano e Caçador São José do Rio Pardo SAE 92 4 45 2,543 2,508 Rio Pardo São Sebastião da Grama DAE 98 30 40 475 421 Córrego Fartura São Simão DAE 99 0 - 730 730 Córrego São Simão Serra Azul Sabesp 96 100 90 426 58 Córrego. Serra Serrana DAE 100 0 - 2,107 2,107 Córrego. Serrinha Tambaú DAE 89 15 50 1,148 1,081 Córrego. Tambaú Tapiratiba DAE 100 40 85 569 375 Rib. Conceição e Rib. Soledade Vargem Grande do Sul DAE 97 0 - 2,062 2,062 Rio Verde e Rio Jaguari Mirim UGRHI – 23 municípios 8 concessões 99 52 - 54,582 27,886 -
Fonte: CETESB (2008)
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20
2.2. CARACTERIZAÇÃO MUNICIPAL
2.2.1. BREVE HISTÓRICO
Segundo SEADE, o município era antigo pouso de tropeiros. O local onde
se constituiria Santa Rosa do Viterbo transformou-se, aos poucos, em um
centro de apoio a viajantes.
Seu desenvolvimento foi decorrência natural por ter se firmado como
ponto de suprimentos na rota daqueles que se dirigiam ao interior do Estado
de São Paulo. Fundou-se, então, em 1850, um povoado em terras doadas por
Francisco Feliciano. A população manifestou, inicialmente, o desejo de
construir uma capela em louvor de Nossa Senhora Aparecida, porém a imagem
adquirida para a futura capela foi, segundo o pároco Cajuru, de Santa Rosa do
Viterbo, uma santa de origem italiana.
Em meados do século XIX, já se desenvolviam atividades agropastoris na
região, e, por volta de 1880, chegaram os trilhos da então Companhia Mogiana
de Estradas de Ferro, através de um ramal que deveria atender à Fazenda
Santa Amália, importante núcleo rural para o crescimento de Santa Rosa do
Viterbo. Em 5 de agosto de 1896, criou-se o distrito com o nome de Santa
Rosa em território do município de São Simão, que trouxe ainda mais
progresso à região. Em 21 de dezembro de 1910, foi elevado à categoria de
município com a denominação de Ibiquara e sede no povoado de Santa Rosa.
Em 30 de julho de 1912, o nome foi alterado para Santa Rosa e
posteriormente, em 30 de novembro de 1944, para Icaturama.
Mas somente em 24 de dezembro de 1948, houve a substituição definitiva
do nome pelo atual, Santa Rosa de Viterbo.
Os municípios vizinhos de Santa Rosa de Viterbo: Santa Rita do Passa
Quatro, Tambaú, Mococa, Cajuru e São Simão, como se observa na Figura 8.
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21
Tambaú
São Simão
Cajuru
Santa Rosa de Viterbo
Mococa
Santa Rita do Passa Quatro
Serra Azul
Figura 8 - Municípios limítrofes de Santa Rosa de Viterbo.
Fonte: adaptado pela VM Engenharia de Recursos Hídricos (2010).
De acordo com a ABAG/RP, Santa Rosa de Viterbo tem o maior parque
fabril da região: usina de açúcar e álcool, fábrica de ácido cítrico, fábrica de
papel e embalagens, fábrica de sabonetes, todas localizadas nas terras da
antiga Usina Amália, além de um comércio local forte. O Distrito Industrial da
cidade abriga ainda uma fábrica de brinquedos educativos, uma fábrica de
compressores e fabricas de móveis e pequenas funilarias.
A vocação agroindustrial tem proporcionado, ao longo dos anos, uma
estabilidade econômica singular, que se reflete no fortalecimento do comércio
local.
2.2.2. LOCALIZAÇÃO E ACESSOS
O município de Santa Rosa de Viterbo localiza-se a uma latitude 22º28’22”
sul e a uma longitude 47º21'47" oeste e altitude de 675 metros.
O acesso ao município pode ser feito pelas seguintes rodovias:
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22
SP -253, chamada Rodovia Conde Francisco Matarazzo Junior, liga o
município a via Anhanguera (SP-330);
SP -332, conhecida como Rodovia Padre Donizete, que liga Santa Rosa de
Viterbo a Santa Cruz das Palmeiras. Por essa rodovia também é feito o acesso
de Santa Rosa de Viterbo e o Distrito de Nhumirim.
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23
Figura 9 - Localização do município de Santa Rosa do Viterbo no
Estado de São Paulo. Fonte:http://upload.wikimedia.org/wikipedia/commons/b/b0/SaoPaulo_Municip_SantaRosadeViterbo.svg
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24
Figura 10: Acesso ao município de Santa Rosa de Viterbo
Fonte: Google Maps. Disponível em http://maps.google.com.br/.
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25
Figura 11: Acesso ao Distrito de Nhumirim Fonte: Google Maps. Disponível em http://maps.google.com.br/.
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2.2.3. CARACTERIZAÇÃO SOCIOECONÔMICA
2.2.3.1. POPULAÇÃO
De acordo com dados da Fundação SEADE, no município de Santa
Rosa de Viterbo há em 2010 uma população estimada de 23.184
habitantes, com densidade demográfica igual a 80,04 habitantes/ km² e
taxa Geométrica de Crescimento Anual da População no período de
2000/2010 de 0,80% a.a.
O Quadro 3 mostra a evolução da população total, urbana e rural
entre os anos de 1980 e 2010, demonstrando o aumento da população no
município, e uma migração da população rural para a área urbana ao
longo do tempo.
Quadro 3- Evolução da população de 2000 -2010 1980 1985 1990 1995 2000 2005 2009 2010
População 14.370 16.419 18.655 20.170 21.413 22.320 23.008 23.184 População Rural 2.815 2.401 1.799 1.504 1.238 1.077 961 - População Urbana 11.555 14.018 16.856 18.666 20.175 21.243 22.047 -
Fonte: Fundação SEADE
O grau de urbanização do município tem crescido ao longo do tempo,
sendo que em 2000 apresentava 94,22% da população residindo na área
urbana, e em 2009 este percentual subiu para 95,82%.
A população feminina é predominante sendo que em 2010 estima-se
haver 93,51 homens para cada 100 mulheres.
O índice de envelhecimento da população, que é dado pelo numero
de pessoas com 60 anos ou mais para cada 100 entre 0 a 14 anos,
cresceu entre 2000 e 2010, sendo no primeiro 41,36% e no ultimo
64,04%.
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27
2.2.3.2. ESTATÍSTICAS VITAIS E SAÚDE
A taxa de natalidade municipal no ano de 2008 foi de 13,88. Essa
taxa é relativa à relação entre os nascidos vivos, ocorridos e registrados
em 2008, e a população do município multiplicado por 1000
000.1_×=
ríodoaomeiodopenatalidade População
vivosNascidosT
Equação 1: Taxa de natalidade
A taxa de fecundidade geral, no mesmo período, foi de 49,99. Essa
taxa é relativa à relação entre o número de nascidos vivos ocorridos no
município e a população feminina em idade fértil (15 a 49 anos) (Equação
2).
000.1min__
4915
×=anosa
efecundidad afePopulaçãovivosNascidosT
Equação 2: Taxa de fecundidade geral.
A taxa de mortalidade municipal no ano de 2008 da população entre
15 e 34 anos foi de 77,05 por cem mil habitantes nessa faixa etária. Essa
taxa representa a relação entre os óbitos da população dessa faixa etária
e a população dessa mesma faixa etária (Equação 3).
000.1003415
3415 ×=anosa
anosaemortalidad População
ÓbitosT
Equação 3: Taxa de mortalidade da população entre 15 e 34 anos. Os dados relativos às taxas de mortalidade infantil, do ano de 2008,
foram registrados em 6,31 a cada mil nascidos vivos.
O quadro abaixo apresenta os valores acima citados e outros, como
também a relação desses com os índices dos estados de São Paulo.
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28
Quadro 4- Informações de estatísticas vitais e saúde do ano de 2008
Estatísticas Vitais e Saúde Município Estado
Taxa de Natalidade (Por mil habitantes)
13,88 14,63
Taxa de Fecundidade Geral Por mil mulheres entre 15 e 49 anos)
49,99 51,76
Taxa de Mortalidade Infantil (Por mil nascidos vivos)
6,31 12,56
Taxa de Mortalidade na Infância (Por mil nascidos vivos)
6,31 14,56
Taxa de Mortalidade da População entre 15 e 34 Anos (Por cem mil habitantes nessa faixa etária)
77,05 120,75
Taxa de Mortalidade da População de 60 Anos e Mais (Por cem mil habitantes nessa faixa etária)
3.512,40 3.656,94
Mães Adolescentes (com menos de 18 anos) (Em %) 8,52 7,13 Mães que Tiveram Sete e Mais Consultas de Pré-natal (Em %) 48,72 76,89 Partos Cesáreos (Em %) 73,42 56,69 Nascimentos de Baixo Peso (menos de 2,5kg) (Em %) 12,38 9,03
Gestações Pré-termo (Em %) 11,76 8,27
Fonte: Fundação SEADE
2.2.3.3. EDUCAÇÃO
Em relação a educação, o município conta com:
• Conselho Municipal de Educação implantado em 1990;
• Conselho Municipal de Alimentação Escolar implantado em 2000;
• Conselho de Acompanhamento e Controle Social do Fundef
implantado em 1998.
• Plano de Carreira e Remuneração do Magistério Municipal
implantado em 2002.
• Transporte escolar
O quadro abaixo mostra os principais indicadores da educação no
município, como também os índices no estado.
Quadro 5 – Educação em Santa Rosa de Viterbo Educação Ano Município Estado
Taxa de Analfabetismo da População de 15 Anos e Mais (Em %) 2000 7,31 6,64 Média de Anos de Estudos da População de 15 a 64 Anos 2000 6,86 7,64 População de 25 Anos e Mais com Menos de 8 Anos de Estudo (Em %) 2000 65,87 55,55
População de 18 a 24 Anos com Ensino Médio Completo (Em %) 2000 33,97 41,88 Fonte: Fundação SEADE
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29
2.2.3.4. INDICADORES SÓCIO-ECONÔMICOS E AMBIENTAIS
2.2.3.4.1. ÍNDICE PAULISTA DE RESPONSABILIDADE SOCIAL – IPRS
Santa Rosa de Viterbo, que em 2004 pertencia ao Grupo 4,
classificou-se no Grupo 3, em 2006. O Grupo 3, de acordo com o SEADE,
refere-se municípios com:
• Baixa riqueza, alta longevidade e alta escolaridade;
• Baixa riqueza, alta longevidade e média escolaridade;
• Baixa riqueza, média longevidade e alta escolaridade;
• Baixa riqueza, média longevidade e média escolaridade,
No que se refere à riqueza, o indicador agregado de Santa Rosa de
Viterbo (39), estava abaixo da média estadual (52), no período de 2004.
Embora tenha somado pontos nesse escore, em 2006 seu indicador foi 42,
o município permaneceu abaixo da média estadual e o município perdeu
posições nesse ranking no período. A posição no ranking estadual quanto
a riqueza em 2006 era 226.
No que se refere à longevidade, o município apresenta índice igual a
74 superior à média estadual que é de 72 pontos (2006).
Santa Rosa de Viterbo superou a média estadual no escore de
longevidade e avançou posições nesse ranking, a sua posição no ranking
estadual em 2006 foi 219..
O município somou vários pontos nesse escore da escolaridade, já
que em 2004 o índice era 53, abaixo da média estadual que era 54 e em
2006 se igualou a média estadual com 65. Sua colocação no ranking
nessa dimensão é 392.
O Quadro 6 apresenta a evolução dos índices que compõem o IPRS
para o município, obtidos nos anos de 2004 e 2006.
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30
Quadro 6 - Evolução dos Índices que compõem o IPRS Índice Paulista de Responsabilidade Social - IPRS Ano Município Estado
Dimensão Riqueza 2004 39 52 2006 42 55
Dimensão Longevidade 2004 73 70 2006 74 72
Dimensão Escolaridade 2004 53 54
2006 65 65
Fonte: Fundação SEADE
2.2.3.4.2. ÍNDICE DE DESENVOLVIMENTO HUMANO – IDH
O índice de desenvolvimento humano (IDH) é uma medida
comparativa que engloba três dimensões: riqueza, educação e esperança
média de vida. É uma maneira padronizada de avaliação e medida do
bem-estar de uma população. O índice foi desenvolvido em 1990 pelo
economista paquistanês Mahbub ul Haq, e vem sendo utilizado desde
1993 pelo Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento no seu
relatório anual.
Os critérios para avaliação são: educação, longevidade e renda;
apresentados a seguir:
Educação: Para avaliar a dimensão da educação o cálculo do IDH
considera dois indicadores. O primeiro, com peso dois, é a taxa de
alfabetização de pessoas com 15 anos ou mais de idade — na maioria dos
países, uma criança já concluiu o primeiro ciclo de estudos (no Brasil, o
Ensino Fundamental) antes dessa idade. Por isso a medição do
analfabetismo se dá, tradicionalmente a partir dos 15 anos. O segundo
indicador é o somatório das pessoas, independentemente da idade,
matriculadas em algum curso; seja ele fundamental, médio ou superior;
dividido pelo total de pessoas entre 7 e 22 anos da localidade. Também
entram na contagem os alunos dos cursos de supletivo, de classes de
aceleração e de pós-graduação universitária, nesta área também está
incluído o sistema de equivalências, apenas classes especiais de
alfabetização são descartadas para efeito do cálculo;
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Longevidade: O item longevidade é avaliado considerando a
esperança de vida ao nascer. Esse indicador mostra a quantidade de anos
que uma pessoa nascida em uma localidade, em um ano de referência,
deve viver. Ocultamente, há uma sintetização das condições de saúde e
de salubridade no local, já que a expectativa de vida é fortemente
influenciada pelo número de mortes precoces;
Renda: A renda é calculada tendo como base o produto interno bruto
(PIB) per capita do país. Como existem diferenças entre o custo de vida
de um país para o outro, a renda medida pelo IDH é em dólar PPC
(paridade do poder de compra), que elimina essas diferenças.
Para calcular o IDH de uma localidade faz-se a seguinte média
aritmética:
,
Em que:
• L = longevidade;
• E = educação;
• R = renda.
Para calcular os índices em separado utilizam-se as seguintes
fórmulas:
; ;
Em que:
• EV = esperança média de vida;
• TA = taxa de alfabetização;
• TE = taxa de escolarização;
Log10PIBpc = logaritmo decimal do PIB per capita.
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32
O índice varia de 0 (zero) (nenhum desenvolvimento humano) até 1
(um) (desenvolvimento humano total), sendo a classificação apresentada
deste modo:
• IDH entre 0 e 0,499: desenvolvimento considerado baixo;
• IDH entre 0,500 e 0,799: desenvolvimento considerado médio;
• IDH entre 0,800 e 1: desenvolvimento considerado alto.
O Quadro 7 apresenta os IDH-M do município, enquadradado na
classificação acima como desenvolvimento médio, e a posição do mesmo
no ranking dos municipios para o ano de 2000.
Quadro 7: IDH-M de Santa Rosa de Viterbo. IDHM 0,804 IDHM - Ranking dos Municípios 142
Fonte: Fundação SEADE.
2.2.3.4.3. INDICADORES AMBIENTAIS
No que diz respeito ao meio ambeinte, segundo o SEADE, o município
de Santa Rosa de Viterbo, a partir de 2003, possui: Unidades de
Conservação Ambiental Municipais, Consórcios Intermunicipais
Relacionados a Meio Ambiente e Conselho Municipal de Meio Ambiente;
Estabelecido por meio da Resolução SMA – 9, de 31 de janeiro de
2008, o Projeto Ambiental Estratégico Município Verde criou incentivos ao
planejamento de ações de conservação e recuperação ambiental. Para
obter a certificação, o município necessita atender a dez diretivas
estabelecidas pelo Estado, tais como: tratamento de esgoto; gestão de
resíduos sólidos; recuperação de mata ciliar; arborização urbana e
educação ambiental; habitação sustentável, com a diminuição de uso da
madeira oriunda da Amazônia e o incentivo ao uso de madeira certificada;
implantação de programa que reduza o desperdício de recursos hídricos;
controle da poluição atmosférica e de gases do efeito estufa; implantação
de uma estrutura ambiental responsável pela proteção ao meio ambiente
e aos recursos naturais e constituir um conselho ambiental.
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33
Os sub-itens de cada diretiva ambienta do Projeto Município Verde-
Azul está mostrado no quadro abaixo.
Quadro 8 – Diretivas Ambientais da Projeto Município Verde Azul
Esgoto tratado
Nota ICTEM/CETESB (Indicador de coleta e tratabilidade de esgoto do município) Ações que visem equacionar o Sistema de Coleta e Tratamento de Efluentes no município
Lixo mínimo
Nota IQR/CETESB (Índice de Qualidade de aterro de resíduos)
Ações voltadas para a coleta seletiva e reciclagem
Recuperação da Mata ciliar
Proporcional a área de cobertura vegetal natura – referencia 20% da área do município Projeto de conservação e/ou recuperação de matas ciliares (urbanas e rurais) realizado ou em andamento Revitalização de córregos urbanos
Programa de recuperação e proteção de nascentes
Arborização urbana
Proporcional a área arborizada urbana atual - teta 25m²/hab Plano de arborização Lei que institui a obrigatoriedade da arborização urbana nos novos parcelamentos de solo Existência de viveiros municipais ou consorciados
Educação ambiental
Existência de instrumento Legal instituindo a Educação Ambiental como matéria transversal nas escolas municipais Existência de centro de educação ambiental
Ações de Ecoturismo
Lei que institui calendário comemorativo de datas ambientais
Participação no Projeto Criança Ecológica Ações de capacitação de dirigentes e agentes multiplicadores municipais
Habitação sustentável
Instrumento legal que favoreça a expedição de alvarás para construções civis que utilizem madeiras legalizadas e de origem comprovada Instrumento Legal que esxija que as obras públicas utilizem madeira apenas de empresas cadastradas no CADMADEIRA Ações visando à diminuição da utilização de recursos naturais
Uso da água
Programa municipal de combate ao desperdício de água
Atuação nos Comitês de Bacia Instrumento Legal voltado a proteção das águas para abastecimento público (mananciais) Adesão ao Pacto das águas
Poluição do Ar
Instrumento Legal que institua a inspeção veicular da frota municipal própria ou terceirizada Realização da inspeção veicular na frota municipal ou terceirizada
Ações voltadas à redução da emissão de gases de efeito estufa
Estrutura ambiental
Instrumento legal que estabeleça uma pasta de meio ambiente na Prefeitura Capacitação dos agentes públicos municipais
Conselho ambiental
Existência e funcionamento de Conselho Municipal de Meio Ambiente instituído por instrumento legal ATA sobre o panorama do município com relação às 10 Diretivas Ambientais do Projeto Município Verde-Azul
Fonte: http://www.ambiente.sp.gov.br/municipioverdeazul/criterios.php
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34
Além da vantagem de ser considerado um município “ambientalmente
correto”, o município que contar com a certificação terá prioridade no
recebimento de recursos do governo estadual para melhorias no setor
ambiental.
O município de Santa Rosa de Viterbo obteve a certificação em 2009,
estando na colocação 14 do Estado com nota de 92,77 (Município Verde).
Dentro os municípios da UGRHI 4 ele está em primeira colocação,
como mostra o
Quadro 9 – Certificação Município Verde-Azul dos municípios da UGRHI-Pardo Posição Município Nota final Certificado
14 Santa Rosa de Viterbo 92,77 SIM
62 Santa Cruz da Esperança 87,84 SIM
69 Ribeirão Preto 86,75 SIM
79 Mocóca 86,05 SIM
109 Altinópolis 83,44 SIM
181 Serrana 77,86 NÃO
184 Sertãozinho 77,76 NÃO
233 Cajuru 72,52 NÃO
245 Casa Branca 71,06 NÃO
248 Santo Antonio da Alegria 70,46 NÃO
254 São Sebastião da Grama 69,72 NÃO
260 São José do Rio Pardo 68,64 NÃO
311 Sales Oliveira 62,84 NÃO
318 Tambaú 61,6 NÃO
352 São Simão 57,74 NÃO
435 Tapiratiba 46,73 NÃO
442 Brodowski 45,8 NÃO
447 Cravinhos 45,08 NÃO
460 Pontal 42,68 NÃO
466 Divinolândia 41,06 NÃO
468 Caconde 40,75 NÃO
489 Águas da Prata 35,95 NÃO
513 Cássia dos Coqueiros 29,75 NÃO
528 Serra Azul 26,53 NÃO
551 Itobi 15,62 NÃO
* Vargem Grande do Sul * *
* Jardinópolis * *
* Dados não encontrados
Fonte:http://www.ambiente.sp.gov.br/municipioverdeazul/municipios_certificados_2009.pdf
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35
2.2.3.5. FUNDO DE PARTICIPAÇÃO DOS MUNICÍPIOS – FPM
O valor total da receita municipal por transferências da cota-parte do
FPM, no ano de 2007 foi de R$ 7.863.538,00
2.2.3.6. PRODUTO INTERNO BRUTO – PIB
O Produto Interno Bruto – PIB no município de Santa Rosa de Viterbo
em 2007 foi de R$ 359.970.000,00, com evolução significativa do valor
apresentado no ano de 2000 igual a R$ 153.630.000,00. O PIB per capita
também apresentou aumento expressivo neste período, atingindo
aproximadamente 45% de aumento (Quadro 10).
Quadro 10 - Indicadores de Produto e Renda 2000 2005 2006 2007 PIB (Em milhões de reais correntes) 153,63 344,14 398,47 359,97 PIB per Capita (Em reais correntes) 7.119,03 15.068,67 17.256,34 15.858,57 Participação no PIB do Estado (Em %) 0,04 0,047338 0,049644 0,039874
Fonte: Fundação SEADE
O Quadro 11 mostra o percentual de participação por setor no valor
adicionado total do município de Santa Rosa de Viterbo e sua evolução ao
longo do período de 2000 a 2007.
Quadro 11 - Evolução dos Setores quanto à participação no total do Valor Adicionado (%).
Participação no Total do Valor Adicionado (%)
2000 2003 2004 2005 2006 2007
Serviços (Em %) 50,82 44,15 44,19 41,73 41,48 46,84
Agropecuária (Em %) 3,83 6,75 4,82 6,41 6,68 6,23
Indústria (Em %) 45,36 49,1 50,99 51,87 51,84 46,94
Administração Pública (Em %) 11,02 9,64 9,82 8,72 8,75 11,91
2.2.4. LIMITE DA ÁREA DE PROJETO
Esse Plano Diretor de Macrodrenagem tem como foco principal as
áreas que contribuem hidrologicamente para a ocorrência de problemas
na porção urbana do município. A maioria dos municípios brasileiros tem
sofrido com problemas relacionados à drenagem urbana causados
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36
principalmente pelo processo de ampliação e adensamento da
urbanização, assim como pela falta de planejamento adequado.
A área urbana de Santa Rosa de Viterbo está inserida em área com a
presença muitos cursos d´águas, entre eles: Córrego do Barro Preto,
Córrego das Pedras, córrego da Monteira (afluente do córrego das
Pedras),córrego Caçador e seus afluentes, além do córrego cruza a
cidade, conhecido pelos moradores como córrego da Lagoa.
Com o propósito de englobar toda a área urbana do município,
delimitou-se uma área para a caracterização ambiental, assim como
realizar estudos hidráulicos e hidrológicos. A figura abaixo apresenta a
área na qual o Plano de Macrodrenagem de Santa Rosa de Viterbo.
Córrego das Pedra
s
Cór
rego
da
Lago
a
córrego do Barr
o Pre
to
C
Figura 12 – Limite da área de projeto
A partir dessa área foram realizados os estudos de pedologia e uso e
ocupação do solo, sendo que os dois últimos são de essencial importância
para a classificação do solo quanto ao “Curve Number”, parâmetro da
metodologia do NRCS, com a qual será realizado estudo de vazões.
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37
2.2.5. CARACTERIZAÇÃO AMBIENTAL
2.2.5.1. CLIMATOLOGIA
De acordo com CEPAGRI, o Estado de São Paulo está cortado pelo
trópico de Capricórnio e possui praticamente todo seu território entre os
paralelos 20 e 25º sul. Pode, assim, ser considerado como de
características tipicamente tropicais. Grande parte dele, porém, por se
achar em áreas montanhosas de altitude, onde as temperaturas se
mostram bastante amenas, pode ser classificada como tropical de altitude.
As chuvas são em geral abundantes, sobretudo na estação estival,
tornando o clima, tropical úmido, uma condição que favorece
enormemente a agricultura e a pecuária em geral.
Segundo a classificação climática de Köppen, o Estado de São Paulo
abrange seis tipos climáticos distintos, todos correspondentes a climas
úmidos. O tipo que compreende a maior área é o “Cwa”. Toma toda a
parte central do planalto, sendo caracterizado pelo clima tropical de
altitude, com inverno seco e verão quente. Algumas áreas serranas, com
o verão ameno, nela encravadas, são classificadas no tipo ”Cwb”.
As regiões mais baixas, a noroeste, situadas nas proximidades dos
rios Paraná e Grande, mais quentes, pertencem ao tipo “Aw”, tropical
chuvoso com inverno seco. Ao sul do planalto, margens do rio
Paranapanema, e do vale do rio Ribeira de Iguape, aparecem faixas de
clima tropical, com verão quente, sem estação seca de inverno, do tipo
“Cfa”. As áreas serranas, mais altas, das serras do Mar e da Mantiqueira,
com verão ameno e chuvoso o ano todo, têm o clima classificado como
“Cfb”. Finalmente, a faixa litorânea recebe a classificação “Af”,
caracterizada pelo clima tropical chuvoso, sem estação seca.
Santa Rosa de Viterbo está localizada, segundo o CEPAGRI, em área
onde o tipo climático, conforme a classificação de Köppen é o Cwa. A sigla
de classificação segue a seguinte ordem de nomenclatura: a primeira letra
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38
é equivalente ao grupo, a segunda é indicador de tipo de clima e a
terceira é um indicativo de subtipo de clima. Nessa ordem:
• “C”: Clima temperado ou temperado quente, cuja descrição é a
seguinte:
o Climas mesotérmicos;
o Temperatura média do ar dos 3 meses mais frios
compreendidas entre -3°C e 18°C;
o Temperatura média do mês mais quente > 10°C;
o Estações de Verão e Inverno bem definidas;
• “w”: Chuvas de verão
• “a”: Temperatura média do ar no mês mais quente > 22°C.
A seguir apresentam-se alguns dados sobre o clima do município de
Santa Rosa de Viterbo:
• Altitude média: 740 metros
• Classificação Climática de Köppen-Geiger (CEPAGRI): “Cwa”
Quadro 12 - Temperaturas mensais máximas, médias e mínimas e precipitação média mensal
MÊS TEMPERATURA DO AR (ºC)
CHUVA (mm) Mínima média (°C)
Máxima média (°C)
Média (°C)
Janeiro 18,0 29,1 23,5 258,7
Fevereiro 18,2 29,1 23,6 218,3
Março 17,5 28,9 23,2 168,5
Abril 15,0 27,6 21,3 69,1
Maio 12,3 25,9 19,1 53,6
Junho 11,0 24,9 18,0 30,0
Julho 10,5 25,2 17,8 21,5
Agosto 11,9 27,5 19,7 22,1
Setembro 14,0 28,8 21,4 61,2
Outubro 15,8 28,9 22,3 134,5
Novembro 16,4 28,9 22,7 173,5
Dezembro 17,5 28,6 23,0 255,2
Fonte: CEPAGRI - UNICAMP
No entanto, segundo PEEL, et al (2007), o município de Santa Rosa
de Viterbo engloba dois tipos de clima, de acordo com o mapa de
atualização mundial da classificação de clima de Köppen-Geiger, são eles:
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39
Cwa e Cfa. O primeiro já descrito anteriormente (Cwa), é o clima
referente à porção norte do município e o segundo, da porção sul está
descrito a seguir:
Clima “Cfa”: clima subtropical húmido, em que, “C” indica: clima
temperado ou temperado quente; “f” indica clima úmido, ocorrência de
precipitação em todos os meses do ano e inexistência de estação seca
definida e “a” indica: verão quente, com temperatura média do ar no mês
mais quente maior que 22ºC;
LegendaClimatologia Köppen Geiger, PELL (20
Aw
Cfa
Cwa
Tambaú
São Simão
Cajuru
Santa Rosa de Viterbo
Mococa
Santa Rita do Passa Quatro
Serra Azul
Figura 13 – Classificação atualizada de Köppen – Geiger para o município
2.2.5.2. COBERTURA VEGETAL DO MUNICÍPIO
2.2.5.2.1. COBERTURA VEGETAL - NATURAL REMANESCENTE
De acordo com o “Inventário Florestal” de 2005, que fez uso de
modernos recursos das ciências computacionais e apresenta um
detalhamento dos dados da publicação de 1993, incorporando os padrões
utilizados pelo IBGE para o sistema de classificação fisionômico-ecológico
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40
hierarquizado da vegetação, o município de Santa Rosa de Viterbo
apresenta 4.319 ha de vegetação remanescente, segundo a Legenda IBGE
(Projeto RADAM) sendo que desse total:
• 3.260 ha são de Floresta Estacional Semidecidual;
• 313 ha são de Formação Arbórea / Arbustiva em Região de
Várzea;
• 746 ha são de Savana.
A adequação da terminologia de caráter regional com aquela próxima
de uma classificação mais universal foi efetuada mediante associação dos
remanescentes da vegetação natural, devidamente atualizados, com as
unidades fisionômico-ecológicas mediante composição de suas respectivas
bases digitais georreferenciadas. Observadas as limitações apresentadas
pelos sensores orbitais utilizados em termos de escalas foram definidas as
seguintes legendas:
Floresta Ombrófila Densa:
É uma formação com vegetação característica de regiões tropicais
com temperaturas elevadas (média 25ºC) e com alta precipitação
pluviométrica bem distribuída durante o ano (de 0 a 60 dias secos), sem
período biologicamente seco.
Esta legenda abrangeu, na sua região de ocorrência, duas categorias
de fitofisionomias da antiga legenda de caráter regional: mata e capoeira.
Desta forma a "mata" passou a ser Floresta Ombrófila Densa, dividida nas
seguintes categorias em função de gradientes altitudinais:
• Floresta Ombrófila Densa de Terras Baixas: 0 a 40 metros.
• Floresta Ombrófila Densa Submontana: 40 a 500 metros.
• Floresta Ombrófila Densa Montana: 500 a 1500 metros.
• Floresta Ombrófila Densa Alto-Montana:1500 a 2000 metros.
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41
De igual forma, a fitofisionomia "capoeira", passou a ser Vegetação
Secundária da Floresta Ombrófila Densa, dividida também nas mesmas
categorias em função dos gradientes altitudinais:
• Vegetação Secundária de Floresta Ombrófila Densa de Terras
Baixas: 0 a 40 metros.
• Vegetação Secundária de Floresta Ombrófila Densa Submontana:
40 a 500 metros.
• Vegetação Secundária de Floresta Ombrófila Densa Montana:
500 a 1500 metros.
• Vegetação Secundária de Floresta Ombrófila Densa Alto-
Montana: > 1500 metros.
Floresta Ombrófila Mista:
Conhecida como "mata de araucária ou pinheiral" sendo encontrada
em regiões da Serra da Mantiqueira e na Serra do Mar, sendo dividida nas
seguintes categorias em função de gradientes altitudinais:
• Floresta Ombrófila Mista Montana: 1200 a 2000 metros
• Floresta Ombrófila Mista Alto-Montana: > 1200 metros.
De igual forma, a fitofisionomia capoeira passou a ser vegetação
secundária de Floresta Ombrófila Mista, dividida também nas mesmas
categorias em função dos gradientes altitudinais:
• Vegetação Secundária da Floresta Ombrófila Mista Montana:
1200 a 2000 metros.
• Vegetação Secundária da Floresta Ombrófila Mista Alto-Montana:
> 1200 metros.
Savana (cerrado):
As diferentes fitofisionomias classificadas regionalmente como
cerrado, cerradão, campo cerrado e campo, foram assim identificadas:
• Savana: cerrado
• Savana florestada: cerradão
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42
• Savana arborizada: campo cerrado
• Savana gramíneo-lenhosa: campo
Formações Arbóreo-Arbustiva-Herbácia de Terrenos Marinhos
Lodosos:
Esta legenda abrangeu, na sua região de ocorrência, a categoria
chamada "mangue", na legenda regional.
Formações Arbóreo-Arbustiva-Herbácia sobre Sedimentos
Marinhos Recentes:
Abrange a categoria chamada "restinga", na legenda regional.
Formações Arbóreo - Arbustiva-Herbácia em Regiões de
Várzea:
Abrange a categoria de vegetação chamada "vegetação de várzea"
Em anexo está apresentado o Mapa Florestal do município de Santa
Rosa de Viterbo, referente a vegetação natural remanescente.
2.2.5.2.2. COBERTURA VEGETAL – ÁREA CULTIVADA
Os tipos de culturas normalmente encontradas no município, de
acordo com dados do Levantamento Censitário das Unidades de Produção
Agropecuária do Estado de São Paulo – LUPA da Coordenadoria de
Assistência Técnica Integral – CATI são: cana-de-açúcar, baquiária
(principal capim nas áreas de pastagem) e eucalipto, como se pode
observar no Quadro 13.
A cana-de-açúcar é a principal cultura da cidade, empregando cerca
de 3200 pessoas (ABAG-RP, 2003).
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43
Quadro 13 - Área cultivada do município de Santa Rosa de Viterbo
CULTURA TOTAL (ha)
Cana-de-açúcar 13.699,5
Braquiária 4.339,3
Eucalipto 2.985,4
Laranja 1.062,2
Gramas 458,4
Capim-jaragua 164,7
Milho 146,9
Milho-silagem 105,8
Colonião 75,8
Capim-napier (ou capim-elefante) 74,5
Café 68,6
Setária 53,1
Seringueira 30,5
Pomar doméstico 29,6
Limão 9,0
Horta doméstica 7,3
Mandioca 4,4
Jabuticaba 3,5
Viveiro de florestais 2,0
Arroz 0,6
Alface 0,6
Coco-da-baia 0,5
Feijão 0,4
Chicória (ou chicória-de-folha-crespa) 0,3
Outras olerícolas 0,3
Cenoura 0,2
Couve (ou couve-crespa) 0,2
Couve-flor 0,2
Abóbora (ou jerimum) 0,1
Alho 0,1
Fonte: LUPA 2007 – 2008
2.2.5.3. DADOS HIDROMETEOROLÓGICOS
A contratada realizou levantamento de dados hidrometereológicos de
Santa Rosa de Viterbo, para a construção de uma superfície
computacional de precipitação, sendo que para tanto também foram
utilizados dados de alguns municípios limítrofes. A seguir estão
apresentados os postos pluviométricos existentes, conforme informações
do Banco do DAEE - Departamento de Águas e Energia Elétrica.
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44
Conforme mostra o quadro abaixo, foram identificados 5 postos
pluviométricos no município e todos possuem série histórica disponível no
Banco de Dados do DAEE. Observando-se o número de anos da série de
dados e a posição dos postos pluviométricos com série histórica foram
selecionados mais dois postos para o estudo da precipitação média anual
e mensal por posto, sendo que dois pertencem ao município de São Simão
e um ao município de Tambaú.
Quadro 14 – Postos pluviométricos Posto Pluviométrico Dados de Série Histórica
Cód. DAEE
Nome do Posto Município Início
Final
Período
Condições dos dados
C4-079 Faz. Morrinhos Tambaú
1969
2000 31 Bom
C4 - 005 Santa Rosa de Viterbo (CMEF)
Santa Rosa de Viterbo
1936
1974 38 Bom
C4 - 043 Usina Amália 1942
2004 62 Ótimo
C4 - 045 Colônia Baixa (Us. Amália)
1942
1976 34 Bom
C4 - 049 Fazendinha (Us. Amália) 1942
1972 30 Bom
C4 - 103 Bom Sucesso 1972
2004 32 Bom
C4 - 017 São Simão (CMEF) São Simão
1936
1959 23 Bom
C4 - 050 Faz. Parasita (Us. Amália)
1942
1972 30 Bom
Para cada posto pluviométrico apresentado no
Quadro 14, foi realizado um estudo da série histórica de dados. Para
o calculo dos totais anuais foram desconsideradas as lacunas na série
histórica.
A partir dos totais anuais de cada posto pluviométrico foi
confeccionada uma superfície de precipitação média anual, realizada em
ambiente SIG, com a utilização do software ARCGIS versão 9.3, de forma
a cobrir toda a área de estudo do projeto, tal superfície está mostrada a
seguir na Figura 15.
Essa superfície engloba toda a área em estudo do município, portanto
toda a área urbana tanto de Santa Rosa de Viterbo quanto do Distrito de
Nhumirim.
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45
C4-079
C4 - 050
C4 - 017
C4 - 103
C4 - 049
C4 - 045
C4 - 043
C4 - 005
Tambaú
São Simão
Santa Rosa de Viterbo
Cajuru
Mococa
Santa Rita do Passa Quatro
Serra Azul
Figura 14 - Disposição dos postos pluviométricos
Fonte: Adaptada pela VM Engenharia
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46
LegendaPrecipitação Média Anualmm/ano
1.130 - 1.232
1.233 - 1.308
1.309 - 1.365
1.366 - 1.413
1.414 - 1.458
1.459 - 1.503
1.504 - 1.551
1.552 - 1.619
1.620 - 1.712
1.713 - 1.851
Santa Rosa do Viterbo
Nhumirim
Figura 15 – Superfície de Precipitação
Fonte: Adaptada pela VM Engenharia
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47
2.2.5.4. GEOLOGIA
De acordo com CPTI-IPT (2008) a área da UGRHI-4 está situada, em sua
parte leste-sudeste, sobre terrenos pré-cambrianos e paleozóicos do
embasamento cristalino, em geral de médio a alto grau metamórfico e
complexa estrutura policíclica. Já nas porções central e noroeste, os terrenos
pré-cambrianos passam a ocultar-se sob os sedimentos e as rochas basálticas
da bacia do Paraná e das coberturas cenozóicas, em contato erosivo (IPT,
2000). A Figura 16 apresenta a distribuição geológica na UGRHI 4.
O município de Santa Rosa de Viterbo está localizado em área de
predomínio do Grupo São Bento e pequena presença do Grupo Passa Dois,
como se pode observar na Figura 17. Na área do município são encontradas as
formações geológicas apresentadas e descritas no Quadro 15.
Quadro 15 – Geologia de Santa Rosa de Viterbo Legenda Período Formação Grupo Minerais de Rocha Jksg Jurássico Serra Geral São Bento Efusivas Básicas
Jkbp Cretáceo Botucatu/ Pirambóia
São Bento Arenitos, argilitos, conglomerados
Pc Permiano Corumbataí Passa Dois Siltitos, falhelhos, arenitos,calcários e silex
Ν (Ni) Jurássico/Cretáceo - - Intrusivas Básicas
CZ Cenozóico - - Areias, argilas, cascalhos, arenitos e folhetos pirobetuminosos
CPt Carbonífero Permiano - Tubarão Arenitos, siltitos, diamictitos,rilmitos e mistitos
Fonte: Adaptada pela VM Engenharia (2010).
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48
Figura 16 – Distribuição geológica da UGRHI 4.
Fonte: CPTI – IPT (2008).
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49
LegendaGeologia
CPt
CZ
JKbp
JKsg
PC
PEgn
ni
Água
JKbp
ni
CPt
CPt
ni
PC
CZ
PC
CZ
PC
JKsg
ni PC
Água
Figura 17 - Geologia do município de Santa Rosa de Viterbo
Fonte: Digitalização do Mapa Geológico do Estado de São Paulo (1974).
2.2.5.5. PEDOLOGIA
O estudo pedológico da área de projeto é de grande importância uma vez
que a metodologia utilizada para o cálculo das vazões máximas de cada sub-
bacia, Método NRCS, faz uso dos valores dos curves number (CN1) de cada
sub-bacia, que variam conforme o uso do solo e a sua pedologia. Além da
pedologia, os CN dependem do uso e ocupação de cada local. Essa
classificação será apresentada em capítulo oportuno.
Neste item somente estão apresentadas a classificação pedológica e a
definição dos grupos hidrológicos para cada solo existente no município.
1 Curve number: parâmetro empírico, uso em hidrologia para estimativa do escoamento superficial e
infiltração de uma precipitação determinada.
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50
O estudo pedológico do município foi realizado com base no Mapa
Pedológico do Estado de São Paulo em escala 1:500.000 (Oliveira et al.,
1999), fomentado pela Embrapa e IAC.
A classificação foi realizada em ambiente SIG utilizando para tanto o
software ARCGIS 9.3. Com sobreposição do mapa pedológico acima citado com
o limite do município, que engloba toda a área de estudo, foi possível definir os
tipos de solos existentes em todo o município e em cada sub-bacia.
A Figura 18 apresenta o resultado gráfico da classificação citada acima,
detalhando da área do projeto. A Figura 19 mostra a pedologia de todo o
município.
O Quadro 16 apresenta os tipos de solo encontrados dentro do município
e também a descrição desses e de seus componentes.
RQ 4
LV 19
LV 19
Córrego das Pedras
córrego do Bar
ro P
reto
Cór
rego
da
Lago
a
Córrego da Monteira
Figura 18 - Pedologia da área em estudo
Fonte: Adaptada pela VM Engenharia
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51
RQ 4
LV 19
LV 13
RQ 4
LV 49
RU 1
LVA 34
LV 66
LV 49
Figura 19 – Pedologia do Município de Santa Rosa de Viterbo
Fonte: Adaptada pela VM Engenharia
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52
Quadro 16 –Pedologia do Município de Santa Rosa de Viterbo Pedologia Classe Descrição
LV 13 Latossolo vermelho Distroférricos, A moderado, textura argilosa, relevo forte ondulado e ondulado
LV 19 Latossolo vermelho Distroférricos, textura argilosa, A moderado, relevo suave ondulado e ondulado
Distróficos, textura média, A moderado, relevo suave ondulado e ondulado
LV 66 Latossolo vermelho
Latossolo vermelho, Distróficos, textura média, A moderado, relevo suave ondualdo Neossolos quartzarênicos órticos, distróficos, A moderado, relevo suave ondualdo
Latossolos vermelhos - amarelo, textura média, distróficos, A moderado, relevo suave ondualdo
LVA 34 Latossolos vermelho-amarelos
Latossolos vermelho - amarelo, distróficos, textura média, A moderado, relevo suave ondulado ondulado Latossolos vermelhos, distróficos, textura argilosa, A moderado, relevo suave ondulado ondulado
RQ 4 Neossolos Quartzarênicos Órticos, A fraco e moderado, Distróficos, relevo suave ondulado e plano Latossolos vermelhos-amarelos, A moderado, textura média, Distróficos, relevo suave ondulado e plano
RU 1 Neossolos Flúvicos Distróficos, A moderado, texuta argilosa e média, relevo de várzea
Após o estudo pedológico, os solos apresentados na Figura 19 foram classificados quanto ao grupo de hidrológico,
conforme Sartori (2004), como mostra o Quadro 17.
Quadro 17 –Grupos hidrológicos Pedologia Grupo Hidrológico
LV 13 A
LV 19 A
LV 66 A/B
LVA 34 B/A
RQ 4 B
RU 1 C
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53
Alguns tipos de solos são associações pedológicas, como é o caso LV-66 e
do LVA-34 que é associação de dois tipos de solos diferentes, como se pode
observar no Quadro 16.
Para esses solos a classificação se dá para cada componente, resultando
no final num grupo misto no qual é considerada a escala de ocorrência (%) de
cada parte constituinte. Por falta de metodologia consagrada na área
acadêmica e por não ser possível determinar a porcentagem de cada
constituinte nos solos composto, adotou-se a proporção exposta no quadro
abaixo, uma vez que a primeira nomenclatura é do tipo predominante:
Quadro 18 – Classificação dos solos compostos quanto ao grupo hidrológico
Pedologia Descrição Grupo Hidrológico % de ocorrência
Sigla
LV 66
Latossolo vermelho, Distróficos, textura média, A moderado, relevo suave ondualdo
A
50%A 50% B
A/B Neossolos quartzarênicos órticos, distróficos, A moderado, relevo suave ondualdo
B
Latossolos vermelhos - amarelo, textura média, distróficos, A moderado, relevo suave ondualdo
B
LVA 34
Latossolos vermelho - amarelo, distróficos, textura média, A moderado, relevo suave ondulado ondulado
B 60% B 40%A
B/A Latossolos vermelhos, distróficos, textura argilosa, A moderado, relevo suave ondulado ondulado
A
2.2.5.6. GEOMORFOLOGIA
Segundo Plano de Bacia da CHB-Pardo (2008), a bacia hidrográfica do Rio
Pardo, na qual o município de Santa Rosa de Viterbo está inserido, possui
quatro grandes províncias geomorfológicas: Planalto Atlântico, Depressão
Periférica, Cuestas Basálticas e Planalto Ocidental.
O Planalto Atlântico localiza-se nas nascentes do Rio do Peixe e do Rio
da Fatura, além do Alto Rio Pardo, nos municípios de São Sebastião da Gama,
Divinolândia, Caconde e Tapiratiba. Os planaltos locais são: Planalto de Serra
Negra / Lindóia e Planalto do Alto Rio Grande (ROSS; MOROZ, 1997).
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54
A depressão Periférica localiza-se nas sub-bacias dos rios
Tambaú/Verde e Canoas, abrangendo os municípios de Tambaú, Casa Branca,
Itobi e Mococa.
As Cuestas Basálticas ocorrem principalmente nos municípios de São
Simão, Serra Azul, Serrana, Brodowski e Altinópolis.
O Planalto Ocidental Paulista localiza-se no Baixo Rio Pardo, nas
regiões dos municípios de Jardinópolis e Sales Oliveira.
O território do município de Santa Rosa de Viterbo possui as seguintes
formas de relevo, conforme Mapa Geomorfológico do Estado de São Paulo
(SÃO PAULO, 1981):
Relevos de Agradação
• Continentais:
o Planícies Aluviais (111) - terrenos baixos e mais ou menos
planos, junto as margens dos rios, sujeitos periodicamente a
inundações;
Relevos de Degradação, em planaltos dissecados:
• Relevo Colinoso (predominam baixas declividades – até 15% e
amplitudes locais inferiores a 100 metros):
o Colinas médias (213) – predominam interflúvios com área 1 a 4
km², topo aplainados, vertentes com perfis convexo a retilíneos.
Drenagem média a baixa densidade, padrão sub-retangular,
vales abertos a fechados, planícies aluviais interiores restritas,
presença eventual de lagoas perenes ou intermitentes;
• Relevos de Morros com encostas suavizadas (predominam
baixas declividades - até 15% e amplitudes locais de 100 a
300 metros):
o Morros amplos (221) – constituem interflúvios arredondados com
área superior a 15 km², topos arredondados a achatados,
vertentes com perfis retilíneos a convexos. Drenagem de baixa
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55
densidade, padrão dendrítico, vales abertos, planícies aluviais
interiores restritas. Em vários locais há presença de boçorocas.
• Relevos de Morros (predominam declividades médias a altas –
acima de 15% e amplitudes locais de 100 a 300 metros):
o Morros arredondados (241) – topos arredondados e localmente
achatados, vertentes com perfis convexos a retilíneo, localmente
ravinados. Exposições locais de rocha. Presença de espigões
curtos locais. Drenagem de média densidade, padrão dendrítico
a subdendrítico, vales fechados;
Relevos de Transição
• Escarpas (predominam declividades altas –acima de 30% e
amplitude maiores que 100 metros):
o Escarpas festonadas (521) – desfeitas em anfiteatros separados
por espigões, topos angulosos, vertentes com perfis retilíneos.
Drenagem de alta densidade, padrão subparalelo a dendritico,
vales fechados.
A figura abaixo mostra a disposição dos diferentes tipos de relevo
presentes no município de Santa Rosa de Viterbo.
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56
241
213
221
521
213213
111
234
Figura 20 - Geomorfologia de Santa Rosa de Viterbo Fonte: Digitalização do Mapa Geomorfológico do Estado de São Paulo (1981)
2.2.5.7. USO/OCUPAÇÃO DO SOLO DO SOLO
Elaborou-se, para o presente trabalho um mapa de uso e ocupação com
base na imagem de satélite disponível no GOOGLE EARTH, classificada
manualmente, quanto aos tipos de cobertura previstos pela metodologia do
NRCS2 (210-VI-NEH, July 2004) para a área de estudo, que compreende toda
a área das sub-bacias.
Tal classificação tem como objetivo determinar os “Curve Number” de
cada classe de cobertura de acordo com o grupo hidrológico que varia com a
pedologia do local (item 2.2.5.5). A metodologia de classificação assim como
as tabelas com os “Curve Number” podem ser encontradas no ANEXO 02.
2 US Department of Agriculture, Bureau of National Resources Conservation Service (antigo SCS -
Soil Conservation Service)
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57
A Figura 21 apresenta a classificação do uso e ocupação do solo da região
em estudo conforme a metodologia do NRCS.
Tal classificação pode ser vista com maior detalhe no mapa apresentado
no Volume II – Mapas. As classes encontradas na área limite do projeto serão
apresentados para cada sub-bacia de projeto e no mapa no Volume II desse
relatório, que apresenta a distribuição dos CN na área de projeto.
Observação: Os valores dos códigos são meramente ilustrativos estão
descritas no Quadro 19.
LegendaUso/ocupação do solo
A
B
C
D
E
F
G
H
I
J
K
L
M
N
O
P
Q
R
S
T
U
V
o g e r r ó C
o g e r r ó C
l A
o ã
p a
C
Lago
a
da
o g e r r
ó C
o t e r P
o r r a
B o
g e r r ó
C
o t
no M
da
Córrego das Ped
ras
Cór
rego
da
Lago
a
Córre
go da Monteira
córrego do Barro Preto
Figura 21 – Uso e ocupação da área de projeto, conforme NRCS
Fonte: Adaptada pela VM Engenharia
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58
Quadro 19 - Uso/ocupação do solo conforme NRCS da área de projeto
Cód Resumo tipo de ocupação
Uso do solo Descrição
A Preparo para o cultivo solo exposto
Áreas agrícolas
Solo exposto (preparo para cultivo) Solo exposto
B Preparo para o cultivo – cr pobre
Solo exposto (preparo para cultivo) Cobertura de resíduos de culturas (cr)
C Preparo para o cultivo boa cobertura Solo exposto (preparo para cultivo) -
D Pequena plantação, cn e cr pobre Pequenas plantações ou culturas c + cr
E Pequena plantação, cn e cr boa
Pequenas plantações ou culturas -
F Pastagem e áreas florestadas ou reflorestamento - média
Combinação de áreas com pastagens e Áreas florestadas ou reflorestadas (7)
-
G Pastagem pobre Pastagens, cultura permanente ou forragem para formação de pastagens (4)
-
H Pastagem média Pastagens, cultura permanente ou forragem para formação de pastagens (4)
-
I Parques e jardins boa Parques e jardins (5) -
J Cultura permanente boa Pastagens, cultura permanente ou forragem para formação de pastagens (4)
-
K Cultivado -c,t,cr - pobre Solo cultivado c & t + cr
L Chácaras Chácaras, construções rurais e estradas de terra
-
M Áreas livres condição ruim
Área urbana totalmente desenvolvida (vegetação estabilizada)
Espaços livres (parques, cemitérios, etc) Condições ruins (cobertura vegetal < 50%)
N Áreas livres condição média
Espaços livres (parques, cemitérios, etc) Condições médias (cobertura vegetal 50-75%)
O Área urbana residencial Distritos residenciais pelo tamanho médio de lote
Tipo 1 ( aprox. 500 m²)
P Área urbana industrial Distritos urbanos Industriais
Q Área florestada condição pobre
Áreas agrícolas
Áreas florestadas (8) -
R Área florestada condição média
Áreas florestadas (8) -
S Área florestada condição boa
Áreas florestadas (8) -
T Área em desenvolvimento
Área urbana totalmente desenvolvida (vegetação estabilizada)
Áreas urbanas em desenvolvimento Áreas recentemente demarcadas/ niveladas
U Ruas pavimentadas, sem sistema de drenagem
Ruas e rodovias Pavimentadas, com sistema de drenagem
V Área urbana comercial Distritos urbanos Comerciais
Cr: cobertura de resíduo de culturas; cn: com curvas de nível; t: terraceado
Fonte: Adaptado pela VM Engenharia
2.2.5.8. HIDROGRAFIA
A área urbana do município de Santa Rosa de Viterbo está localizada
entre o córrego do Barro Preto, córrego da Lagoa (denominação regional),
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59
córrego das Pedras, córrego da Monteira e córrego Caçador. A figura abaixo
ilustra a posição do centro urbano entre esses cursos d´água.
Córrego das P
edras
Có rrego do Caçador
Córrego da Monteira
córrego do Bar
ro P
reto
Cór
rego
da
Lago
a
Figura 22 - Rede hidrográfica do município
2.3. SISTEMA DE SANEAMENTO BÁSICO EXISTENTE
2.3.1. ABASTECIMENTO DE ÁGUA
O município de Santa Rosa de Viterbo possui sistema de abastecimento
de água sob responsabilidade da SABESP - Companhia de Saneamento
Básico do Estado de São Paulo, sendo que, de acordo com dados do Plano de
Bacia da Unidade de Gerenciamento de Recursos Hídricos Pardo (2008), a
cobertura de atendimento era de 100% no ano 2006, para uma população de
22.699 habitantes. Atualmente a captação é realizada em sua totalidade por
meio de mananciais superficiais, sendo em 2006 141.754 m³/mês.
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60
2.3.2. ESGOTO SANITÁRIO
O sistema de esgotamento sanitário também está sob responsabilidade
da SABESP - Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo. O
percentual de atendimento, conforme dados da CBH - Pardo (2008) é de
100%.
O sistema de tratamento do esgoto coletado possui 84% de eficiência.
Os corpos receptores são o Córrego Bibiano e Caçador, e a carga poluidora
potencial é de 1.176 kgDBO/dia.
2.3.3. RESÍDUOS SÓLIDOS
O município de Santa Rosa de Viterbo gera em média 9,0 tonelada/dia
de resíduos sólidos diariamente, sendo que o IQR (Índice de Qualidade de
Aterros medido pela CETESB) em 2008 era de 9,0, ou seja, a disposição
destes resíduos encontra-se em condições adequadas (Enquadramento: “A”),
conforme avaliação do referido órgão. A deposição é feita em aterro
particular que possui Licença de Instalação e de Operação (LI e LO).
2.4. USOS DOS RECURSOS HÍDRICOS
No Cadastro do Departamento de Águas e Energia Elétrica – DAEE, para
o município de Santa Rosa de Viterbo constam diversos usos consuntivos
cadastrados, a saber, captações superficiais, subterrâneas, e demais
interferências em recursos hídricos. A grande maioria dos processos de
captação de água é para uso privado, conforme ilustrado apresentado no
Quadro 21. Os usos públicos estão listados separadamente no Quadro 20.
O município capta 2525 m³/h, sendo que aproximadamente 98,5% são
em mananciais superficiais e nascentes e 1,5% em captações subterrâneas,
conforme o cadastro do DAEE. Além das captações e lançamentos existem
interferências em recursos hídricos cadastrados no DAEE.
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Quadro 20 – Usos e interferências públicos de Santa Rosa de Viterbo
Nome do Rio/Aquífero
Autos Usuário Finalidade de Uso
Uso SitAdmin Vazão (m³/h)
Hora /Dia
UTM-Norte (Km)
UTM-Leste (Km)
CACADOR,COR DO 9302338 PUBLICO PASSAGE
TRAVESSIA AEREA PORTARIA 0 0 7.622,89 247,85
CACADOR,COR DO 9300612 PUBLICO SANITAR
LANCAMENTO SUPERFICIAL 32 24 7.620,00 250,7
SNA1 CACADOR,COR DO
9300612 PUBLICO SANITAR LANCAMENTO SUPERFICIAL 3 24 7.618,10 254,2
BIBIANO,COR 9300612 PUBLICO SANITAR LANCAMENTO SUPERFICIAL
IMPL AUTORIZADA 140 24 7.626,10 255,55
BIBIANO,COR 9302338 PUBLICO PASSAGE TRAVESSIA INTERMEDIARIA PORTARIA 0 0 7.623,92 255,06
SNA1 BIBIANO,COR 9300612 PUBLICO SANITAR
LANCAMENTO SUPERFICIAL 83 24 7.625,10 255,15
QUEBRA-CUIA,RIB 9300612 PUBLICO AB,PUBL
CAPTACAO SUPERFICIAL 219 24 7.613,65 257,3
QUEBRA-CUIA,RIB
9300612 PUBLICO ELEVNIV BARRAMENTO 0 0 7.613,65 257,3
BARREIROS,COR DOS
9302338 PUBLICO PASSAGE TRAVESSIA AEREA
PORTARIA 0 0 7.619,54 256,42
MONTEIRA,COR 9300612 PUBLICO SANITAR CAPTACAO SUPERFICIAL
133 15 7.621,75 256,25
SNA1 MONTEIRA,COR 9302338 PUBLICO SOS
CAPTACAO SUPERFICIAL PORTARIA 7,5 8 7.621,41 256,36
FORMACAO PIRAMBOIA
9300612 PUBLICO SANITAR CAPTACAO SUBTERRANEA
LICENCA OPERACAO
5,7 20 7.617,80 254,6
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Quadro 21 –Usos e interferências privados de Santa Rosa de Viterbo
Nome do Rio/Aquífero Autos Usuário Finalidade de Uso Uso SitAdmin
Vazão (m³/h)
Hora /Dia
UTM-Norte (km)
UTM-Leste (Km)
9305094 INDUSTRIAL SANITAR CAPTACAO SUPERFICIAL
CADASTRADO 0,17 1 7.613,64 249,82
9302109 US RURAL SANITAR LANCAMENTO EM SOLO CADASTRADO 0 0 0 0
FORMACAO SERRA GERAL - BOTUCATU
9305221 INDUSTRIAL SAN/IND CAPTACAO SUBTERRANEA
LIC,PERF E IMPL,
20 20 7.627,91 257,16
9304793 SOLALT I SANITAR LANCAMENTO EM REDE CADASTRADO 0 0 0 0
9304104 US RURAL SANITAR LANCAMENTO EM SOLO
CADASTRADO 0 0 0 0
9304260 AQUICULTOR SANITAR LANCAMENTO EM SOLO
CADASTRADO 0 0 0 0
9304560 US RURAL SANITAR LANCAMENTO EM SOLO CADASTRADO 0 0 0 0
9304482 INDUSTRIAL SAN/IND LANCAMENTO EM SOLO CADASTRADO 0 0 0 0
9303547 INDUSTRIAL SAN/IND LANCAMENTO EM REDE
CADASTRADO 0 0 0 0
9300883 OUTROS SANITAR LANCAMENTO EM SOLO
0 0 0 0
27371 INDUSTRIAL INDUSTR LANCAMENTO SUPERFICIAL 1,550,00 24 0 0
20000 INDUSTRIAL SANITAR LANCAMENTO SUPERFICIAL 0 9 0 0
20000 INDUSTRIAL SANITAR CAPTACAO SUBTERRANEA 0 9 0 0
27371 INDUSTRIAL CAPTACAO SUPERFICIAL
0 0 0 0
27371 INDUSTRIAL INDUSTR LANCAMENTO SUPERFICIAL
84 24 0 0
PARDO,R 9303856 IRRIGANTE INDUSTR LANCAMENTO SUPERFICIAL
RESOLUCAO ANA 185 24 7.630,47 257,38
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63
PARDO,R 9303674 INDUSTRIAL INDUSTR LANCAMENTO SUPERFICIAL
RESOLUCAO ANA
200 24 7.630,26 257,69
PARDO,R 9303674 INDUSTRIAL INDUSTR CAPTACAO SUPERFICIAL
RESOLUCAO ANA 250 24 7.630,26 257,7
PARDO,R 27371 INDUSTRIAL SAN/IND CAPTACAO SUPERFICIAL 1,866,00 24 7.630,25 257,95
PARDO,R 9300221 INDUSTRIAL SAN/IND CAPTACAO SUPERFICIAL
RESOLUCAO ANA
573 22 7.630,20 258,07
AGUAS CLARAS,RIB DAS
9300883 OUTROS IRRIGAC CAPTACAO SUPERFICIAL
PORTARIA 4 7 7.612,29 251,53
CACADOR,COR DO 9302811 IRRIGANTE IRRIGAC CAPTACAO SUPERFICIAL PORTARIA 135 20 7.619,69 250,92
SNA1 CACADOR,COR DO 9300894 AQUICULTOR HIDROAG
LANCAMENTO SUPERFICIAL PORTARIA 4,62 24 7.620,80 251,2
SNA2 CACADOR,COR DO
9300894 AQUICULTOR HIDROAG CAPTACAO SUPERFICIAL
PORTARIA 2,26 24 7.621,00 251,7
SNA3 CACADOR,COR DO
9300894 AQUICULTOR HIDROAG CAPTACAO SUPERFICIAL
PORTARIA 1,26 24 7.621,20 251,42
SNA3 CACADOR,COR DO 9300894 AQUICULTOR HIDROAG
CAPTACAO SUPERFICIAL PORTARIA 1,1 24 7.621,20 251,42
SNA1 RETIRINHO,COR DO 9302811 IRRIGANTE IRRIGAC
CAPTACAO EM NASCENTE PORTARIA 2 11 7.619,01 250,54
SNA1 AGUAS CLARAS,RIB DAS 9300036 PECUARISTA DESSED BARRAMENTO PORTARIA 0 0 7.615,20 249,1
SNA1 AGUAS CLARAS,RIB DAS
9300036 PECUARISTA DESSED CAPTACAO SUPERFICIAL
PORTARIA 1 24 7.615,02 248,9
BIBIANO,COR 9303674 INDUSTRIAL PASSAGE TRAVESSIA AEREA PORTARIA 0 0 7.628,30 257,25
BIBIANO,COR 9302999 INDUSTRIAL INDUSTR LANCAMENTO SUPERFICIAL
PORTARIA 18 24 7.628,25 257,1
BIBIANO,COR 9303856 IRRIGANTE PASDUTO TRAVESSIA AEREA PORTARIA 0 0 7.628,13 256,72
BIBIANO,COR 9302999 INDUSTRIAL PASSAGE TRAVESSIA AEREA PORTARIA 0 0 7.627,76 256,17
BIBIANO,COR 9302999 INDUSTRIAL INDUSTR CAPTACAO SUPERFICIAL PORTARIA 152 24 7.625,56 255,56
BIBIANO,COR 9302999 INDUSTRIAL REGVAZ BARRAMENTO PORTARIA 0 0 7.625,93 255,56
BIBIANO,COR 27371 INDUSTRIAL INDUSTR BARRAMENTO 0 0 7.625,90 255,55
BIBIANO,COR 27371 INDUSTRIAL INDUSTR CAPTACAO SUPERFICIAL
200 24 7.625,62 255,62
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64
BIBIANO,COR 9302999 INDUSTRIAL PASSAGE TRAV AEREA PORTARIA 0 0 7.626,09 255,61
BARRO PRETO,COR 9302999 INDUSTRIAL INDUSTR CAPTACAO SUPERFICIAL
PORTARIA 233 24 7.626,12 254,91
BARRO PRETO,COR 9302999 INDUSTRIAL REGVAZ BARRAMENTO PORTARIA 0 0 7.626,12 254,91
BARRO PRETO,COR 27371 INDUSTRIAL INDUSTR BARRAMENTO 0 0 7.626,05 245,9
BARRO PRETO,COR 27371 INDUSTRIAL INDUSTR CAPTACAO SUPERFICIAL
300 24 7.626,00 254,62
QUEBRA-CUIA,RIB 9304837 IRRIGANTE IRRIGAC CAPTACAO SUPERFICIAL
PORTARIA 66 21 7.624,38 263,9
CUBATAO,R 27371 INDUSTRIAL INDUSTR CAPTACAO SUPERFICIAL
200 24 7.635,65 258,38
BARREIROS,COR DOS 9304261 US RURAL SANITAR CAPTACAO EM NASCENTE
CADASTRADO 3 1 7.620,28 257,26
BARREIROS,COR DOS 9304260 AQUICULTOR HIDROAG LANCAMENTO SUPERFICIAL PORTARIA 1,5 24 7.619,96 257,22
BARREIROS,COR DOS 9304260 AQUICULTOR HIDROAG LANCAMENTO SUPERFICIAL PORTARIA 1,5 24 7.619,88 257,13
SNA1 BARREIROS,COR DOS 9304260 AQUICULTOR HIDROAG
CAPTACAO SUPERFICIAL PORTARIA 3 24 7.619,70 257,05
FORMACAO PIRAMBOIA 9302109 US RURAL SANITAR CAPTACAO SUBTERRANEA
CADASTRADO 1 1 7.621,33 250,44
FREATICO 9303547 INDUSTRIAL SAN/IND CAPTACAO SUBTERRANEA
PORTARIA 0,4 10 7.620,80 253,85
FREATICO 9304560 US RURAL SANITAR CAPTACAO SUBTERRANEA CADASTRADO 2 1 7.620,79 255,98
FORMACAO BOTUCATU - PIRAMBOIA
9304104 US RURAL SANITAR CAPTACAO SUBTERRANEA
PORTARIA 1,8 3 7.622,75 251,56
FREATICO 9304793 SOLALT I SANITAR CAPTACAO SUBTERRANEA
CADASTRADO 5 1 7.622,23 254,8
FORMACAO BOTUCATU-PIRAm 9300883 OUTROS CAPTACAO SUBT TAMPONADO 0 0 7.611,40 252,98
FORM. ADAMANTINA 9304482 INDUSTRIAL SAN/IND CAPTACAO SUBT REQ INDEFERIDO
0,3 20 7.620,12 253,59
FREATICO 9304260 AQUICULTOR SANITAR CAPTACAO SUBT PORTARIA 2,5 2 7.619,86 257,22
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65
3. CADASTRO DO SISTEMA DE DRENAGEM EXISTENTE
3.1. VISITA TÉCNICA
No dia 23 de julho de 2010, a equipe técnica da consultora contratada esteve
no município de Santa Rosa de Viterbo para realizar uma visita técnica. Foram
realizados o cadastro das seções existentes e a análise da rede de drenagem
existente. Tal visita foi registrada por meio de fotos e cadastro das seções das
interferências.
A visita contemplou doze locais com relevante importância ao município: as
principais interferências nos cursos d´água da área urbana (pontes), pontos na
rede de microdrenagem e locais de interesse da municipalidade para projeto
futuros.
A Figura 23 mostra os locais visitados e a Figura 24 apresenta, dentre os
locais visitados os que foram objeto de cadastro das seções transversais. Cabe
informar que o ponto denominado “Ponto H”, localizado na estrada de terra,
prolongamento da rua João Nava e passa sobre o córrego do Barro Preto, não foi
cadastrado por estar submerso. Esse local será objeto de estudo em capítulo
oportuno.
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66
"/
"/
"/
"/"/
"/
"/
"/"/
"/
"/
"/
Córrego das Pedras
Cór
rego
da
Lago
a
córrego do Barro P
reto
Córrego da Monteira
H
I
J
GF
E
D
BC
A
K
L
Figura 23 – Locais visitados
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67
"/
"/
"/
"/"/
"/
Córrego das Pedras
Cór
rego
da
Lago
a
córrego do Barro P
reto
Córrego da Monteira
H
GF
E
D
K
Figura 24 – Locais com seções cadastradas
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68
3.2. RELATÓRIO FOTOGRÁFICO
A ordem de apresentação segue a ordem da visita técnica. As seções visitadas e cadastradas estão
apresentadas a seguir:
3.2.1. PONTO “A”
Vista do córrego da Lagoa tomada da rua de terra paralela a Rua Professor Solano Pereira. Este local
poderá ser cedido para prefeitura, possivelmente destinando-se à localização de uma área de lazer do
município. A topografia dessa área é favorável para a construção de um barramento, com finalidades
paisagísticas e que auxilie o amortecimento da onda de cheia e no controle a erosão. O panorama apresentado
abaixo foi construído a partir das fotos tiradas no local.
Figura 25 – Local “A” (Rua de terra paralela a Rua Professor Solano Pereira)
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69
3.2.2. PONTO “B”
Pequeno afluente da margem direita do Córrego da Lagoa, a jusante do local “A”. A pequena represa está
localizada dentro de uma propriedade particular, e pode ser vista no fim da Rua Francisco Carvalho de
Andrade, na esquina com a Rua Doutor Henrique Dumont.
Figura 26 – Vista de montante do barramento
Fonte: VM Engenharia (2010)
Figura 27 – Vista de jusante do barramento
Fonte: VM Engenharia (2010)
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70
Figura 28 – Vista geral do barramento
Fonte: VM Engenharia (2010)
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71
3.2.3. PONTO “C”
Vista do córrego da Lagoa, a jusante da confluência do afluente da margem direita (Ponto “B”), na Rua do
Comércio.
Figura 29 – Jusante da confluência no córrego da Lagoa
Fonte: VM Engenharia (2010)
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72
3.2.4. PONTO “D”
Este ponto localiza-se à travessia existente no cruzamento das Ruas Fiuta Ribeiro Garcia e da Rua
Tiradentes, sobre o córrego da Lagoa.
A travessia é constituída de um tubo corrugado, tipo Armco de cerca de 3 metros de diâmetro, acima do
qual existe uma escada hidráulica que encaminha o escoamento de água da rua, tanto a montante quanto a
jusante.
A montante da travessia pode-se observar algum assoreamento, porém não há acúmulo de lixo, ou odor
no local.
Figura 30 – Panorama da seção de montante da travessia
Fonte: VM Engenharia (2010)
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73
Figura 31 – Vista de montante da travessia
Fonte: VM Engenharia (2010)
Figura 32 - Vista de jusante da travessia
Fonte: VM Engenharia (2010)
3.2.1. PONTO “E”
Localizada na Rua Fátima Salim sobre o córrego da Lagoa, essa travessia possui, aproximadamente, 10
metros de altura e 12 de largura. No eixo da travessia há proteção nas margens com alvenaria de pedras. O
local apresenta odor leve de esgoto e um pouco de lixo nas margens.
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74
Figura 33 – Vistas sob a travessia da Rua Fátima Salim
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75
3.2.2. PONTO “F”
Travessia localizada na Rua Cícero Martinelli, no córrego da Lagoa. Nesse local a água se apresenta com
cor escura, forte odor de esgotos e há acúmulo de lixo.
Existe, a montante da travessia, uma proteção da margem esquerda executada com pneus e na margem
direita com elementos de gabião.
Figura 34 – Montante da travessia (Margem direita e esquerda)
Fonte: VM Engenharia (2010)
A seção de concreto está posicionada cerca de 3 metros abaixo da rua, possui 3 metros de altura e 4,5 de
largura. Atrás dos muros de alas há pequenos sinais de erosão.
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76
Figura 35 – Seção da travessia
Fonte: VM Engenharia (2010)
3.2.3. PONTO “G”
Localizada na junção das Ruas do Comércio e Doutor Henrique Dumont, onde inicia a Avenida Amália
(acesso a fazenda Amália), sobre o segundo afluente da margem direita do córrego da Lagoa, a montante de
sua foz no córrego da Lagoa. Nesse local encontra-se muito lixo depositado e cheiro forte.
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A travessia é de tubo corrugado do tipo Armco com 2 metros de diâmetro. A jusante do tubo a água cai
cerca de 1,8 m até chegar a cota de fundo do córrego.
Figura 36 – Última travessia antes do acesso a Fazenda Amália
Fonte: VM Engenharia (2010)
3.2.4. PONTO “H”
Localizada na estrada Municipal (SRV 322) sobre o córrego do Barro Preto, essa travessia estava
completamente inundada e assoreada no dia da visita técnica. Estava visível, apenas, seu guarda-corpo. A
água fluia sobre o tabuleiro da ponte. A montante e a jusante, o leito do rio encontrava-se muito assoreado,
como se pode observar nas fotos abaixo.
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78
Figura 37 – Montante, sobre a ponte e jusante
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79
3.2.5. PONTO “I”
Local original da nascente do Córrego da Lagoa. Hoje é uma área de lazer com campo de futebol.
Figura 38 – Antiga nascente do córrego da Lagoa vista da Rua Piauí
Fonte: VM Engenharia (2010)
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80
3.2.6. PONTO “J”
200 m de distância a partir da nascente original do córrego da Lagoa. Pode-se observar vegetação
característica de mata ciliar.
Figura 39 – Nascente do córrego da Lagoa vista da Rua Paraná
Fonte: VM Engenharia (2010)
3.2.7. PONTO “K”
Localiza-se na continuação em terra da Rua Eduardo Gubitoso, estrada municipal SRV 248. É uma
travessia antiga com cerca de 4 metros de diâmetro, em concreto. As suas laterais possuem proteção em pedra
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81
até uma altura de aproximadamente 2 metros que estão diminuído a sua eficiência hidráulica. Há uma pequena
queda na saída da travessia.
Figura 40 – Travessia em estrada Municipal SRV 248. Fonte: VM Engenharia (2010)
Fonte: VM Engenharia (2010)
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82
4. REDE DE DRENAGEM
4.1. TRAÇADO DAS SUB-BACIAS HIDROGRÁFICAS
Para o estudo das sub-bacias hidrográficas estabeleceu-se que a delimitação
das áreas de contribuição de macrodrenagem fosse feita a partir dos locais das
interferências cadastradas e outros pontos de interesse. Correspondem a 17
pontos estudados nos cursos d’água, conforme indicado na Figura 44. São
travessias, locais para previsão de obras de controle de vazões, ocorrências de
erosão, etc.
A Figura 42 apresenta as áreas de contribuição da rede de galerias, que
equivale a microdrenagem urbana da cidade. Tais bacias podem ser vistas com
mais detalhe no mapa apresentado no Volume II desse relatório.
A Prefeitura Municipal de Santa Rosa de Viterbo forneceu para a Consultora o
cadastro das redes de galerias de águas pluviais existentes. A análise desse
material permitiu a correta visualização das bacias de contribuição de cada
lançamento.
O cadastro apresentava os pontos de lançamento atuais. A empresa
Consultora, visando à implantação de bacias de detenção para armazenar a vazão
afluente em cada ponto de lançamento, propôs, como solução de mitigação, que
algumas pontas de rede fossem reunidas para que contribuissem em conjunto
para uma única bacia de detenção.
As bacias de microdrenagem, que estão apresentadas no mapa (Volume II –
Mapas), referem-se ao sistema atual já com as alterações propostas. Tais
recomendações serão apresentadas detalhadamente em capitulo oportuno.
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83
Córrego das Pedras
Cór
rego
da
Lago
a
córrego do Barro P
reto
Córrego da Monteira
16
217
11
3
15
9
1
87
12
10
5
6
4
13
14
Figura 41 – Sub – bacias do município (Macrodrenagem)
Fonte: VM Engenharia (2010)
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84
�40
�60
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�60
�60
�60
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%%C50
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C60
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%%
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%%
C60
%%
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%%C60
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C60
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C60
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C60
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%%
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C40
%%
C4 0
%%
C40
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C40
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%%C80
%%
C80
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C80
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C60
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C60
%%
C60
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C60
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C60
%%
C60
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%%
C60
%%
C60
%%
C60
%%
C60
%%
C60
%%
C60
%%C60
%%
C40
%%C60
%%C60
%%C80
%%C80%%C80 %%C80
%%C60
%%C60
%%C60
%%
C60
%%C60
%%
C40
%%C60
%%
C60
Córrego das Pedras
córrego do Barro Pre
to
Córrego da Monteira
133
6
9
8
12
247
27
2216
4
10
17
1411
26
15
25
23
2
21
5
13
32
3
28
2919
18
20
31
30
Figura 42 - Sub-bacias do município (Microdrenagem)
Fonte: Adaptado por VM Engenharia (2010)
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85
4.2. DIAGRAMA UNIFILAR
A partir da Base Gráfica e do traçado das sub-bacias do sistema de
macrodrenagem, foi elaborado um “Diagrama Unifilar”, referente aos trechos de
cada um dos corpos d’água pertencentes à bacia hidrográfica em estudo de Santa
Rosa de Viterbo, contendo as respectivas seções, as sub-bacias de contribuição, e
a localização das interferências existentes. A partir desses desenhos
esquemáticos, apresentados a seguir, as informações necessárias à modelagem
do sistema foram extraídas.
Figura 43– Diagrama Unifilar
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86
Figura 44 – Diagrama Unifilar (continuação)
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87
Figura 45 – Diagrama Unifilar (continuação)
(*) conhecido regionalmente por córrego do Barro Preto
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88
4.3. DADOS POR SUB-BACIA
O exame das cartas pedológicas, a verificação do uso/ocupação do solo e dos
seus grupos hidrológicos da área em estudo propicia a estimativa dos CNs pela
sobreposição em ambiente SIG desses dados.
Tal sobreposição gerou inúmeros polígonos, sendo que cada um deles possuí
um CN diferente, podendo-se obter por meio desses o “CN” médio de cada sub-
bacia de estudo. A metodologia aplicada para determinação dos “CN” está
discutida no ANEXO 02.
Para a determinação do tipo de solo por sub-bacia foram sobrepostos em
ambiente SIG as seguintes informações digitalizadas: o Mapa Pedológico do
Estado de São Paulo em escala 1:500.000 (Oliveira et al., 1999), e a base gráfica
com as sub-bacias de Santa Rosa de Viterbo. O estudo de uso e ocupação foi
realizado com a imagem de satélite disponível no GOOGLE EARTH, fotos do ano
2009.
A determinação do curve number médio por sub-bacias foi realizada para as
bacias de macro e de microdrenagem, e os resultados estão mostrados a seguir.
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89
Quadro 22 – CNs das sub - bacias de macrodrenagem
N° bacia CN (médio)
1 65,92 2 70,33 3 80,73 4 87,90 5 88,19 6 65,18 7 88,53 8 73,36 9 83,50 10 77,39 11 69,22 12 84,87 13 78,83 14 85,07 15 76,29 16 61,18
17 79,62 Fonte: VM Engenharia (2010)
Quadro 23 – CNs sub- bacias de microdrenagem
N° bacia CN (MÉDIO)
1 88,04 2 89,37 3 89,12 4 88,80 5 90,34 6 88,31 7 87,44 8 89,97 9 82,03 10 89,47 11 88,19 12 88,56 13 88,57 14 85,56 15 88,41 16 87,92 17 88,08 18 85,79 19 89,09 20 88,91 21 87,97 22 88,28 23 88,74 24 87,41 25 89,23 26 88,53 27 89,68 28 89,49 29 85,72 30 90,08 31 89,06 32 87,34
33 85,18 Fonte: VM Engenharia (2010)
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90
Após o a delimitação das sub-bacias foram traçados os talvegues e definidas
as cotas máximas e mínimas destes. Para tanto foi montado um mosaico com as
folhas do IBGE: Santa Rita do Passa Quatro (SF – 23 – V – C – V – 1) e Cajuru
(SF – 23 – V - C – II – 3).
Os dados obtidos (bacias, talvegues, etc) foram reunidos e podem ser
observados, juntamente com outros dados relevantes no quadro-resumo abaixo:
Quadro 24 – Dados gerais das sub-bacias de macrodrenagem
N° bacia Área (km²) CN (médio) N° talvegue
L (m) H min H máx ΔH (m) i (m/m)
1 0,37 65,92 16 956,99 698,61 761,03 62,42 0,0652
2 1,70 70,33 13 2029,12 708,20 772,44 64,24 0,0317
3 0,76 80,73 12 1368,35 732,29 769,08 36,79 0,0269
4 0,17 87,90 1 516,06 737,05 741,59 4,55 0,0088
5 0,19 88,19 14 565,61 727,02 747,42 20,40 0,0361
6 0,18 65,18 2 347,95 724,48 744,84 20,36 0,0585
7 0,31 88,53 0 973,39 723,68 747,28 23,59 0,0242
8 0,37 73,36 15 815,56 701,72 743,38 41,65 0,0511
9 0,51 83,50 10 725,65 697,83 747,49 49,66 0,0684
10 0,42 77,39 3 753,13 705,05 745,71 40,65 0,0540
11 1,54 69,22 4 2019,06 677,38 752,39 75,01 0,0371
12 0,61 84,87 8 803,22 685,69 731,40 45,70 0,0569
13 0,20 78,83 9 340,34 663,46 690,43 26,97 0,0792
14 0,07 85,07 7 447,15 658,24 704,87 46,63 0,1043
15 1,08 76,29 6 1719,85 658,92 741,65 82,72 0,0481
16 5,15 61,18 5 2875,29 653,74 765,81 112,07 0,0390
17 1,67 79,62 11 2264,34 695,98 762,98 67,00 0,0296
Fonte: VM Engenharia (2010)
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91
Quadro 25 – Dados gerais das sub-bacias de microdrenagem
N° bacia Área (km²) CN (MÉDIO) N° comprimento L (m) H min H máx ΔH (m) i (m/m)
1 0,74 88,04 30 1042,09 731,21 759,32 28,11 0,0270 2 0,03 89,37 9 465,82 675,19 708,77 33,58 0,0721 3 0,02 89,12 32 153,74 672,26 695,36 23,10 0,1502 4 0,08 88,80 15 487,44 679,41 703,30 23,89 0,0490 5 0,03 90,34 17 421,35 660,02 680,09 20,07 0,0476 6 0,30 88,31 0 1254,60 712,63 741,29 28,65 0,0228 7 0,10 87,44 24 365,98 701,12 739,79 38,67 0,1057 8 0,17 89,97 10 488,08 686,36 723,13 36,77 0,0753 9 0,27 82,03 23 972,56 697,42 745,99 48,56 0,0499 10 0,16 89,47 28 174,36 753,39 756,22 2,84 0,0163 11 0,11 88,19 21 532,21 718,52 747,63 29,12 0,0547 12 0,31 88,56 1 921,87 723,68 743,60 19,92 0,0216 13 0,05 88,57 22 275,26 730,63 745,60 14,97 0,0544 14 0,15 85,56 20 757,28 724,08 746,59 22,50 0,0297 15 0,10 88,41 29 472,66 757,52 762,13 4,61 0,0098 16 0,17 87,92 31 469,82 735,60 741,83 6,23 0,0133
17 0,15 88,08 25 569,07 706,39 726,77 20,38 0,0358 18 0,03 85,79 11 487,20 660,16 716,11 55,95 0,1148 19 0,05 89,09 7 479,05 680,89 719,21 38,33 0,0800 20 0,02 88,91 6 234,42 692,44 707,80 15,36 0,0655 21 0,06 87,97 5 554,09 693,86 733,20 39,34 0,0710 22 0,19 88,28 2 572,43 728,01 747,42 19,42 0,0339 23 0,09 88,74 3 647,41 730,37 745,03 14,66 0,0226 24 0,21 87,41 4 629,96 707,74 746,72 38,98 0,0619 25 0,10 89,23 26 648,65 679,07 722,55 43,48 0,0670 26 0,10 88,53 13 585,76 716,50 724,07 7,57 0,0129 27 0,20 89,68 14 696,12 689,89 701,05 11,17 0,0160 28 0,03 89,49 19 132,07 655,11 663,31 8,20 0,0621 29 0,03 85,72 8 134,20 704,94 712,06 7,12 0,0531 30 0,01 90,08 16 181,98 668,41 683,23 14,81 0,0814 31 0,01 89,06 18 228,20 657,81 672,92 15,11 0,0662 32 0,04 87,34 12 514,99 657,72 704,87 47,16 0,0916
33 0,60 85,18 27 1366,39 731,51 763,13 31,6131 0,0231 Fonte: VM Engenharia (2010)
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92
5. RESULTADOS HIDROLÓGICOS
5.1. CONSIDERAÇÕES GERAIS
Para que fossem estudados os impactos hidrológicos no âmbito macro e
micro do município, foram calculadas as vazões máximas de projeto de cada sub-
bacia (microdrenagem 5.2 e macrodrenagem - 5.3) com a utilização do método
do NRCS, antigo Soil Conservation Service.
Para tanto, além dos dados citados em 4.3, outros dois de grande relevância
foram considerados na estimativa das vazões: a equação de chuva adotada para
o município e o tempo de retorno.
5.1.1. EQUAÇÃO DE CHUVA
A equação de chuva utilizada para o calculo das vazões máximas de projeto
foi a do posto pluviométrico do município de Serrana, localizado a pouco mais de
70 km de Santa Rosa de Viterbo, disponível no site do SIGRH3,
www.sigrh.sp.gov.br. Optou-se por essa equação, por segurança, uma vez que
determina valores de intensidade maiores que as das demais localidades
próximas de Santa Rosa de Viterbo.
A equação do município de Serrana é do tipo “ln ln“. Esse tipo de equação foi
desenvolvido entre os anos de 1979 e 1982 para o estado de São Paulo,
considerando séries anuais e parciais de intensidade de chuva. A equação de
Serrana fez uso de série de dados dos anos entre 1972 a 1985, 1988 a 1994 e
1996, do posto C4-083R.
As equações “ln ln” possuem o seguinte formato:
[ ][ ]1/lnln)()(, −⋅+⋅+⋅++⋅= TTHGEtDBtAi FCTt
Sendo que:
3 SIGRH - Sistema Integrado de Gerenciamento de Recursos Hídricos
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t é a duração da chuva;
T é o tempo de retorno.
Os valores dos parâmetros da equação de Serrana são:
A B C D E F G H
39,8213 25 -0,8987 9,1245 15 -0,8656 -0,4786 -0,9085
Portanto a equação fica:
[ ][ ]1/lnln9085,04786,0)150(1245,9)25(8213,39 8656,08987,0, −⋅−−⋅+⋅++⋅= −− TTtti Tt
5.1.2. TEMPO DE RETORNO
Foram considerados três tempos de recorrência distintos no estudo
hidrológico: um visando à rede de microdrenagem, outro a rede de
macrodrenagem e o terceiro, ainda focado na macrodrenagem do município, mas
utilizado para o predimensionamento das estruturas de segurança das barragens
propostas.
5.1.2.1. MICRODRENAGEM
Para o cálculo dos volumes das bacias de detenção propostas foi utilizado
tempo de retorno de 10 anos, ou seja, probabilidade de risco de falha da
estrutura de R(T) =[1/T] = 10%.
5.1.2.2. PARA A VERIFICAÇÃO HIDRÁULICA DAS INTERFERÊNCIAS
Foi adotado o cálculo tempo de retorno igual a 100 anos, pois de acordo com
a DPO nº002:
“Em projetos de canalizações ou de travessias de maior importância ou
porte, independentemente de sua localização, deve ser adotado o mínimo de 100
anos para o período de retorno”.
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Observação: Mesmo no caso de em que as interferências não sejam de
grande porte, mas se localizem na área urbana de um município deve-se adotar
um período de retorno de 100 anos.
5.1.2.3. DETERMINAÇÃO DE VOLUME DE RESERVA DOS BARRAMENTOS
PROPOSTOS
Para o cálculo do volume a ser retido/amortecido em cada barramento o
tempo de retorno adotado foi de 100 anos, sendo que a soleira do vertedor será
disposta na cota da lamina d´água de correspondente a chuva de 100 anos.
5.1.2.4. DIMENSIONAMENTO DOS VERTEDORES DOS BARRAMENTOS
De acordo com a Instrução Normativa DPO n° 002 de julho de 2007, para
barragens até 5 metros de altura, que apresentam riscos para habitações e
pessoas é recomendado que se utilize TR = 500 anos para o cálculo da vazão
máximas.
5.2. VAZÕES DE PROJETO DAS BACIAS DE MICRODRENAGEM
Com o traçado das bacias de contribuição das redes de microdrenagem e sua
caracterização, foram calculadas, por meio do método do NRCS, as vazões
máximas de projeto da cada lançamento, para período de retorno de 10 anos.
Calcularam-se os volumes dos hidrogramas afluente para duas situações:
pré-urbanização e pós-urbanização. Para pré-urbanização adotou-se CN (curve
number) igual a 60 para todas as bacias. Para a situação de pós-urbanização os
valores são apresentados no item 2.2.5.7, de acordo com o estudo do uso e
ocupação da área de projeto do município.
Tratando-se de estimativas preliminares, resolveu-se adotar metodologia
expedita, mas bem conservadora. Nesse sentido, com relação ao tempo de
concentração (tc) foi adotado o seguinte critério para todas as bacias de
microdrenagem:
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95
• O tc adotado para a situação pré-existente foi o de 20 minutos;
• O tc de pós foi de 15 minutos., por questão de padronização dos
hidrogramas afluentes.
A integral do hidrogramas afluentes das duas situações resultou no volume
de escoamento das referidas condições de uso/ocupação do município. As bacias
de detenção propostas devem ser capazes de reter diferença entre o volume do
hidrograma de pós e de pré-urbanização.
Os quadros a seguir apresentam os resumos dos dados hidrológicos das duas
situações supracitadas das bacias de contribuição dos pontos de lançamento da
rede de microdrenagem do município: vazão máxima de projeto, volume do
hidrograma e por fim o volume a ser retido.
Sendo que, nos quadros:
• “Tc” é o tempo de concentração;
• “D” á duração do evento chuvoso;
• “Tp” é o tempo de pico, calculado pelo método do NRCS;
• “i” é a intensidade de precipitação estimada substituindo-se a duração
“D” na equação de chuva do município de Serrana;
• Vazão máxima é a estimada para TR = 10 anos.
No Quadro 30 estão apresentadas as estimativas de volumes que as bacias de
detenção devem ter para armazenar temporariamente os volumes gerados pelo
escoamento pluvial de sua bacia. Enfatizamos que a área necessária para
implantação, informação também mostrada. É apenas uma estimativa que
considerou que todas as bacias possuirão profundidade de 1,2 metros. Para a
implantação desses dispositivos faz-se necessário um levantamento
planialtimétrico detalhado dos locais propostos e o respectivo Projeto Básico.
Quadro 26 – Vazões máximas de projeto das bacias de microdrenagem (Pré-urbanização)
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96
Bacia Tc (min)
D (min)
Tp (min)
i (mm/h)
Precipitação total (mm)
Precipitação Excedente (mm)
Vazão Máxima (m³/s)
1 20,00 110,71 67,35 42,00 77,49 8,94 1,23
2 20,00 110,71 67,35 42,00 77,49 8,94 0,06
3 20,00 110,71 67,35 42,00 77,49 8,94 0,03
4 20,00 110,71 67,35 42,00 77,49 8,94 0,14
5 20,00 110,71 67,35 42,00 77,49 8,94 0,05
6 20,35 111,10 67,76 41,89 77,57 8,96 0,50
7 20,00 110,71 67,35 42,00 77,49 8,94 0,17
8 20,00 110,71 67,35 42,00 77,49 8,94 0,29
9 20,00 110,71 67,35 42,00 77,49 8,94 0,45
10 20,00 110,71 67,35 42,00 77,49 8,94 0,27
11 20,00 110,71 67,35 42,00 77,49 8,94 0,18
12 20,00 110,71 67,35 42,00 77,49 8,94 0,51
13 20,00 110,71 67,35 42,00 77,49 8,94 0,08
14 20,00 110,71 67,35 42,00 77,49 8,94 0,25
15 20,00 110,71 67,35 42,00 77,49 8,94 0,16
16 20,00 110,71 67,35 42,00 77,49 8,94 0,29
17 20,00 110,71 67,35 42,00 77,49 8,94 0,26
18 20,00 110,71 67,35 42,00 77,49 8,94 0,05
19 20,00 110,71 67,35 42,00 77,49 8,94 0,08
20 20,00 110,71 67,35 42,00 77,49 8,94 0,04
21 20,00 110,71 67,35 42,00 77,49 8,94 0,10
22 20,00 110,71 67,35 42,00 77,49 8,94 0,31
23 20,00 110,71 67,35 42,00 77,49 8,94 0,14
24 20,00 110,71 67,35 42,00 77,49 8,94 0,36
25 20,00 110,71 67,35 42,00 77,49 8,94 0,16
26 20,00 110,71 67,35 42,00 77,49 8,94 0,16
27 20,00 110,71 67,35 42,00 77,49 8,94 0,33
28 20,00 110,71 67,35 42,00 77,49 8,94 0,06
29 20,00 110,71 67,35 42,00 77,49 8,94 0,05
30 20,00 110,71 67,35 42,00 77,49 8,94 0,02
31 20,00 110,71 67,35 42,00 77,49 8,94 0,02
32 20,00 110,71 67,35 42,00 77,49 8,94 0,07 33 21,63 112,50 69,23 41,50 77,81 9,06 0,98
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97
Quadro 27 – Vazões máximas de projeto das bacias de microdrenagem (Pós-urbanização)
Bacia Tc (min)
D (min)
Tp (min)
i (mm/h)
Precipitação total (mm)
Precipitação Excedente (mm)
Vazão Máxima (m³/s)
1 16,55 40,98 30,42 81,64 55,76 28,64 8,70
2 15,00 37,80 27,90 85,52 53,87 29,32 0,46
3 15,00 38,14 28,07 85,08 54,08 29,06 0,24
4 15,00 38,58 28,29 84,53 54,35 28,74 1,05
5 15,00 36,47 27,23 87,26 53,04 30,31 0,41
6 20,35 43,75 34,09 78,55 57,28 30,36 3,34
7 15,00 40,46 29,23 82,25 55,46 27,41 1,22
8 15,00 36,98 27,49 86,58 53,36 29,93 2,34
9 15,00 48,30 33,15 73,99 59,56 22,53 2,28
10 15,00 37,66 27,83 85,69 53,79 29,41 2,15
11 15,00 39,42 28,71 83,49 54,86 28,13 1,36
12 16,40 40,12 29,90 82,65 55,27 29,11 3,71
13 15,00 38,89 28,45 84,14 54,54 28,51 0,61
14 15,00 43,09 30,55 79,26 56,93 25,64 1,55
15 15,00 39,12 28,56 83,86 54,68 28,35 1,19
16 15,00 39,79 28,90 83,04 55,07 27,87 2,10
17 15,00 39,58 28,79 83,30 54,95 28,02 1,87
18 15,00 42,77 30,39 79,61 56,75 25,85 0,35
19 15,00 38,18 28,09 85,03 54,11 29,03 0,60
20 15,00 38,43 28,21 84,72 54,26 28,85 0,31
21 15,00 39,73 28,86 83,12 55,03 27,92 0,73
22 15,00 39,30 28,65 83,64 54,78 28,22 2,33
23 15,00 38,66 28,33 84,43 54,40 28,68 1,08
24 15,00 40,51 29,25 82,19 55,49 27,37 2,51
25 15,00 37,98 27,99 85,28 53,99 29,18 1,24
26 15,00 38,95 28,48 84,07 54,58 28,47 1,22
27 15,00 37,38 27,69 86,06 53,61 29,63 2,68
28 15,00 37,63 27,82 85,73 53,77 29,44 0,46
29 15,00 42,87 30,43 79,51 56,81 25,78 0,31
30 15,00 36,82 27,41 86,79 53,26 30,04 0,15
31 15,00 38,22 28,11 84,98 54,13 29,00 0,17
32 15,00 40,59 29,30 82,09 55,54 27,31 0,50
33 21,63 49,35 37,65 73,02 60,06 27,50 5,48 Fonte: VM Engenharia (2010)
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98
Quadro 28 – Volume do hidrograma (Pré-urbanização)
Bacia Vazão Máxima (m³/s)
Volume Total (m³)
1 1,23 6622,03
2 0,06 310,83
3 0,03 164,14
4 0,14 737,90
5 0,05 262,29
6 0,50 2694,99
7 0,17 932,79
8 0,29 1540,35
9 0,45 2403,76
10 0,27 1457,95
11 0,18 996,56
12 0,51 2728,75
13 0,08 434,76
14 0,25 1326,86
15 0,16 858,14
16 0,29 1556,70
17 0,26 1378,10
18 0,05 293,58
19 0,08 413,23
20 0,04 218,10
21 0,10 539,30
22 0,31 1695,87
23 0,14 767,69
24 0,36 1918,55
25 0,16 852,12
26 0,16 874,74
27 0,33 1793,14
28 0,06 312,62
29 0,05 261,36
30 0,02 98,94
31 0,02 115,54
32 0,07 385,75
33 0,98 5446,75
Fonte: VM Engenharia (2010)
Quadro 29– Volume do hidrograma (Pós-urbanização)
Bacia Vazão Máxima (m³/s)
Volume Total (m³)
1 8,70 21218,22
2 0,46 1019,50
3 0,24 533,71
4 1,05 2372,78
5 0,41 889,50
6 3,34 9127,98
7 1,22 2860,11
8 2,34 5157,31
9 2,28 6060,20
10 2,15 4797,66
11 1,36 3136,76
12 3,71 8886,96
13 0,61 1387,00
14 1,55 3806,07
15 1,19 2721,94
16 2,10 4854,19
17 1,87 4320,76
18 0,35 848,98
19 0,60 1342,26
20 0,31 704,01
21 0,73 1684,53
22 2,33 5354,71
23 1,08 2463,43
24 2,51 5875,23
25 1,24 2781,62
26 1,22 2786,48
27 2,68 5943,80
28 0,46 1029,64
29 0,31 753,97
30 0,15 332,59
31 0,17 374,94
32 0,50 1178,70
33 5,48 16537,73
Fonte: VM Engenharia (2010)
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99
Quadro 30 - Volume a reter nas bacias de detenção dos pontos de lançamento
Bacia Volume total – Pós (m³)
Volume total – Pré (m³)
Volume a reter (m³)
Área de implantação [h=1,2 m] (m³)
1 21218,22 6622,03 14596,19 12163,50
2 1019,50 310,83 708,67 590,56
3 533,71 164,14 369,57 307,98
4 2372,78 737,90 1634,88 1362,40
5 889,50 262,29 627,21 522,67
6 9127,98 2694,99 6432,99 5360,83
7 2860,11 932,79 1927,32 1606,10
8 5157,31 1540,35 3616,97 3014,14
9 6060,20 2403,76 3656,44 3047,03
10 4797,66 1457,95 3339,71 2783,09
11 3136,76 996,56 2140,20 1783,50
12 8886,96 2728,75 6158,21 5131,85
13 1387,00 434,76 952,23 793,53
14 3806,07 1326,86 2479,21 2066,01
15 2721,94 858,14 1863,81 1553,17
16 4854,19 1556,70 3297,49 2747,91
17 4320,76 1378,10 2942,66 2452,22
18 848,98 293,58 555,40 462,83
19 1342,26 413,23 929,03 774,19
20 704,01 218,10 485,90 404,92
21 1684,53 539,30 1145,23 954,36
22 5354,71 1695,87 3658,83 3049,03
23 2463,43 767,69 1695,74 1413,12
24 5875,23 1918,55 3956,69 3297,24
25 2781,62 852,12 1929,50 1607,92
26 2786,48 874,74 1911,73 1593,11
27 5943,80 1793,14 4150,66 3458,88
28 1029,64 312,62 717,02 597,52
29 753,97 261,36 492,62 410,51
30 332,59 98,94 233,64 194,70
31 374,94 115,54 259,40 216,16
32 1178,70 385,75 792,95 660,79
33 16537,73 5446,75 11090,99 9242,49
Fonte: VM Engenharia (2010)
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100
5.3. VAZÕES DE PROJETO DAS BACIAS DE MACRODRENAGEM
As vazões máximas de projeto apresentadas a seguir foram calculadas
com tempo de retorno de 100 anos. Com essas vazões, foram verificadas as
seções transversais das interferências cadastradas mostradas no capitulo 6.
Será proposta uma seção para a ponte que está completamente assoreada no
córrego do Barro Preto a jusante da área urbana do município. A disposição
dessas sub-bacias de macrodrenagem pode ser melhor entendida visualizando-
se o diagrama unifilar apresentado nas Figura 43, Figura 44e Figura 45.
Quadro 31 – Vazões máximas de projeto das bacias de macrodrenagem (Pré-urbanização)
Bacia Tc (min)
D (min)
Tp (min)
Intensidade de Chuva (mm/h)
Precipitação Total (mm)
Precipitação Excedente (mm)
Vazão Máxima (m³/s)
1 11,03 68,63 40,93 84,30 96,42 16,87 1,92
2 25,99 84,15 57,67 73,08 102,49 19,79 7,30
3 20,44 78,75 51,64 76,60 100,54 18,84 3,44
4 14,82 72,89 45,34 80,87 98,24 17,73 0,85
5 9,24 66,51 38,80 86,13 95,47 16,43 1,00
6 5,28 61,50 33,91 90,80 93,07 15,33 1,02
7 16,36 74,55 47,09 79,61 98,91 18,05 1,46
8 10,72 68,26 40,56 84,61 96,26 16,80 1,90
9 8,75 65,91 38,21 86,66 95,19 16,30 2,70
10 9,87 67,25 39,55 85,47 95,81 16,59 2,17
11 24,34 82,58 55,90 74,06 101,94 19,52 6,70
12 10,16 67,60 39,90 85,17 95,96 16,66 3,17
13 4,62 60,61 33,08 91,69 92,62 15,13 1,16
14 5,13 61,29 33,72 91,00 92,96 15,29 0,41
15 19,48 77,79 50,58 77,27 100,18 18,66 4,99
16 31,38 89,08 63,36 70,15 104,15 20,61 21,38
17 29,03 86,96 60,89 71,38 103,45 20,27 6,94
Fonte: VM Engenharia (2010)
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101
Quadro 32– Vazões máximas de projeto das bacias de macrodrenagem (Pós-urbanização)
Bacia Tc (min)
D (min)
Tp (min)
Intensidade de Chuva (mm/h)
Precipitação Total (mm)
Precipitação Excedente (mm)
Vazão Máxima (m³/s)
Volume do Hidrograma (m³)
1 11,03 56,71 34,98 95,80 90,55 21,12 2,82 7899,48
2 25,99 63,87 47,53 88,52 94,23 29,44 13,17 50183,78
3 20,44 45,72 35,12 109,91 83,75 38,78 10,43 29356,77
4 14,82 33,59 25,68 131,82 73,79 43,83 3,71 7633,90
5 9,24 28,19 19,64 144,95 68,09 39,42 4,75 7484,95
6 5,28 51,06 28,70 102,54 87,26 18,46 1,45 3340,35
7 16,36 34,23 26,93 130,42 74,40 45,67 6,46 13943,24
8 10,72 45,43 29,14 110,34 83,54 26,93 4,23 9881,01
9 8,75 32,17 21,34 135,00 72,39 34,54 10,24 17514,59
10 9,87 39,72 25,78 119,68 79,22 29,91 6,01 12421,33
11 24,34 64,21 46,71 88,20 94,39 27,91 11,46 42907,24
12 10,16 32,28 22,23 134,76 72,49 37,01 12,65 22547,97
13 4,62 32,05 18,80 135,28 72,27 27,10 3,66 5519,85
14 5,13 26,55 16,35 149,52 66,15 32,18 1,78 2328,66
15 19,48 50,12 36,75 103,75 86,67 33,54 12,34 36358,88
16 31,38 86,12 61,88 71,88 103,17 21,68 23,02 114164,97
17 29,03 53,58 44,21 99,41 88,78 40,78 19,24 68161,58 #“Tc” é o tempo de concentração; “D” á duração do evento chuvoso; “Tp” é o tempo de pico,
calculado pelo método do NRCS; “i” é a intensidade de precipitação.
Fonte: VM Engenharia (2010)
O quadro acima colocado mostra, além das vazões de projeto, o volume
do hidrograma para período de retorno de 100 anos que deve ser utilizado
para dimensionar o reservatório dos barramentos dos locais indicados no mapa
apresentado no Volume II – Mapas.
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102
6. VERIFICAÇÃO HIDRÁULICA DAS SEÇÕES CADASTRADAS
Foram cadastrados cinco pontos que, em ordem alfabética, são: “D”, “E”,
“F”, “G”, “K”. Ressalte-se que, conforme informado no item 3.1, essa
verificação não foi realizada para a travessia do local denominado ponto “H”,
por estar completamente submersa, como mostrou o relatório fotográfico.
Porém, no item 7, será proposta a adequação necessária para que a vazão de
cheia seja veiculada com segurança.
Determinou-se a capacidade máxima das travessias, com bases nas
recomendações da Instrução Normativa DPO – DAEE n° 002 de julho de 2007.
Os dados da capacidade máxima de escoamento de cada seção foram
confrontados com as vazões máximas de projeto calculadas em 5.3 para o
cenário de ocupação exposto em 2.2.5.7.
A seguir, estão apresentados os resumos dos dados da verificação
hidráulica. As plantas dos cadastros dos levantamentos estão apresentadas no
Volume II.
6.1. INSTRUÇÕES NORMATIVAS PARA PRÉ - DIMENSIONAMENTO E
VERIFICAÇÃO HIDRÁULICA DOS DISPOSITIVOS
O DAEE – Departamento de Águas e Energia Elétrica é o órgão
responsável pela aprovação e fiscalização de projeto de travessias e
barramentos, entre outros tipos, quanto as questões hidráulicas e hidrológicas.
O órgão em seu “Guia Prático para Projetos de Pequenas Obras
Hidráulicas”, como também na “Instrução Normativa da DPO/DAEE nº 002”,
restringe categoricamente os projetos de drenagem, quanto a folgas de
dimensionamento (bordas livres), velocidades máximas para cada tipo de
material, coeficiente de Manning dos materiais das travessias, entre outras
coisas.
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103
Algumas dessas restrições serão utilizadas para a verificação das seções
das travessias cadastradas, visando à máxima utilização dessas estruturas,
porém com o atendimento das restrições apresentadas a seguir.
6.1.1. FOLGA SOBRE O DIMENSIONAMENTO
No dimensionamento deverão ser observados os valores mínimos de
folga, ou seja, bordas livres.
Quadro 33 – Valores mínimos de folga sobre dimensionamento Obra Hidráulica Tipo / Características Folga sobre dimensionamento (f)
Canalização Seção aberta f ≥ 0,20 hTR
Seção em contorno fechado f ≥ 0,20 H
Travessia Aérea (pontes) f ≥ 0,20 hTR , com f ≥ 0,4 m
Intermediária (galerias) f ≥ 0,20 H
Bueiro Previsto para trabalhar em carga
Sendo que:
• “hTR” - profundidade da lâmina d’água correspondente à vazão
máxima de projeto, associada a um período de retorno (TR), em
conformidade com o estabelecido no Quadro 33;
• Canalizações em seção aberta – “f” é o desnível entre a linha d’água
correspondente à máxima vazão possível de escoar sem
extravasamento e a lâmina d’água correspondente à vazão máxima
de projeto;
• Canalizações em contorno fechado: “H” é a altura máxima da seção
transversal, medida internamente;
• Travessias aéreas: “f” é o desnível entre a face inferior da estrutura
de sustentação do tabuleiro da ponte e a lâmina d’água
correspondente à vazão máxima de projeto;
6.1.2. COEFICIENTE DE RUGOSIDADE
Conforme a Tabela 5 da DPO - DAEE n°002 os coeficientes de rugosidade
de Manning recomendados pelo DAEE para determinação da capacidade de
escoamento em canais, são:
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104
Quadro 34 – Valores recomendados para o coeficiente de Manning
Tipo de superfície ou de revestimento n
Terra
0, 035 Grama
Rachão
Gabião 0, 028
Pedra argamassada 0, 025
Aço corrugado 0, 024
Concreto 0, 018
6.1.3. RESTRIÇÕES DE VELOCIDADE
As velocidades máximas permissíveis para escoamento em canais
relacionadas com o tipo de revestimento estão apresentadas abaixo:
Quadro 35 – Limites de velocidade Revestimento V máx (m/s) Terra 1,5 Gabião 2,5 Pedra argamassada 3,0 Concreto 4,0
6.2. MÉTODO DE VERIFICAÇÃO
6.2.1. CANAIS RETANGULARES E TRAPEZOIDAIS
Para a verificação dos canais será utilizado o equacionamento de Manning:
32
RhAnIQ m ⋅⋅=
Equação 4
mAVQ ⋅=
Equação 5
m
m
PA
Rh =
Equação 6
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105
• Q: vazão máxima da seção (m³/s);
• v: velocidade média da seção transversal (m/s);
• Am: seção transversal na altura da lâmina d'água (m²);
• Pm: perímetro molhado (m);
• Rh: raio hidráulico da seção (m);
• i: declividade longitudinal média do trecho (m/m);
• n: coeficiente de rugosidade de Manning equivalente à altura do
escoamento.
Para o cálculo dos dados de área molhada e perímetro molhado, por se
tratar uma verificação da capacidade, foi adotado a altura da lamina d´água
máxima de acordo com a relação de freeboard (borda livre) recomendada para
cada tipo de travessias, conforme Quadro 33. A mesma consideração foi
realizada para o cálculo do “n” Manning equivalente, quando a seção
transversal é composta por mais de um material. Calculou-se por meio de uma
média ponderada dos trechos com diferentes materiais até a altura da lamina
máxima imposta pela relação citada anteriormente.
LLn
n ii∑ ⋅=
Sendo que L é o comprimento do trecho com o mesmo material ”n”.
6.2.2. GALERIAS CIRCULARES
Segundo Porto (1998), o dimensionamento ou verificação de seções
circulares pode ser feito com as seguintes relações geométricas:
( )
( )
nIRhAQ
SENDDRh
SENDDA
⋅⋅=
−⋅=⋅=
−⋅=⋅=
32
22
4
18
θθ
β
θθα
Os coeficientes α e β são tabelados conforme a relação Y0/D.
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106
Figura 46 – Seção circular
Fonte: Porto, 1998.
Conforme Porto (1998) o escoamento da vazão máxima ocorre quando a
relação lâmina/diâmetro (Y0/D) é 0,94, porém para a verificação adotou-se a
recomendação da relação de borda livre para se obter a máxima vazão
conforme a norma.
6.3. RESUMO DA VERIFICAÇÃO
6.3.1. PONTO “D”
Quadro 36 – Verificação hidráulica Ponto “D” RESUMO
Tipo Travessia intermediária – galeria de seção circular
D = 3,00 m Diâmetro da tubulação
h/H = 0,80 m Relação de freeboard
h = 2,40 m Altura da lâmina de água no canal
neq = 0,018 - Coeficiente de Manning equivalente
i = 0,062 m/m Declividade conforme dados IBGE
Qmáxima= 105,13 m³/s Capacidade máxima de escoamento (de acordo com as normas DAEE)
Fonte: VM Engenharia (2010)
6.3.2. PONTO “E”
Quadro 37 – Verificação hidráulica Ponto “E” RESUMO
Tipo Travessia aérea (Ponte) – Seção retangular
H= 9,25 m Altura disponível no canal
h/H 0,83 m Relação de freeboard
h 7,71 m Altura da lâmina de água no canal
i 0,0267 m/m Declividade conforme dados IBGE
n equivalente 0,0267 - n de Manning equivalente para hágua= 7,71m
Qmáxima 1235,87 m³/s Capacidade máxima de escoamento (De acordo com as normas DAEE)
Fonte: VM Engenharia (2010)
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107
6.3.3. PONTO “F”
Quadro 38 – Verificação hidráulica Ponto “F” RESUMO
Tipo Canalização de contorno fechado retangular
H= 1 m Altura disponível no canal
h/H 0,8 m Relação de freeboard
h 2,40 m Altura da lâmina de água no canal
i = 0,0267 m/m Declividade conforme dados IBGE
n = 0,018 - Coeficiente de Manning equivalente
Qmáxima 61,96 m³/s Capacidade máxima de escoamento (De acordo com as normas DAEE)
Fonte: VM Engenharia (2010)
6.3.4. PONTO “G”
Quadro 39 – Verificação hidráulica Ponto “G” RESUMO
Tipo Travessia intermediária – galeria de seção circular
D = 2,00 m Diâmetro da tubulação
h/H = 0,8 m Relação de freeboard
h = 1,60 m Altura da lâmina de água no canal
neq = 0,018 - Coeficiente de Manning equivalente
i = 0,0439 m/m Declividade conforme dados IBGE
Qmáxima= 30,00 m³/s Capacidade máxima de escoamento (de acordo com as normas DAEE)
Fonte: VM Engenharia (2010)
6.3.5. PONTO “K”
Quadro 40 – Verificação hidráulica Ponto “K” RESUMO
Tipo Canalização de contorno fechado circular
H = 4 m Altura disponível no canal
h/H 0,8 m Relação de freeboard
h = 3,20 m Altura da lâmina de água no canal
neq = 0,0230 - Coeficiente de Manning equivalente
i = 0,0645 m/m Declividade conforme dados IBGE
Qmáxima= 102,68 m³/s Capacidade máxima de escoamento (de acordo com as normas DAEE)
Fonte: VM Engenharia (2010)
6.4. CONCLUSÃO
Após a análise hidráulica das travessias, concluiu-se que todas as
interferências da área urbana possuem capacidade de escoar a vazão máxima
de projeto para período de retorno de 100 anos. No entanto, ressalvamos que,
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108
devido às altas declividades dos talvegues estudados, as velocidades do
escoamento da lâmina máxima nessas seções podem chegar a valores muito
superiores aos recomendados pelo órgão responsável pela fiscalização dos
projetos desse tipo de estrutura. Essas circunstâncias poderão colocar as
estruturas em risco, desde que tendem a atacar as suas fundações.
No Quadro 41 está apresentada a comparação entre as vazões máximas
de projeto e a capacidade de escoamento máximo, considerando as normas de
borda livre recomendadas pelo DAEE, assim como a contribuição total afluente
em cada bacia, conforme ilustra o Diagrama Unifilar do item 4.2.
.
Quadro 41 – Vazão de projeto x capacidade de escoamento das seções cadastradas
Ponto Bacia Bacias de montante Q máx projeto [Tr = 100 anos] (m³/s)
Q máx [capacidade] (m³/s)
LOCAL D 12,00 9,00 7,00 - - 29,35 105,13
LOCAL E 13,00 12,00 9,00 7,00 - 33,01 1235,87
LOCAL F 14,00 13,00 12,00 9,00 7,00 34,79 61,96
LOCAL G 15,00 - - - - 12,34 30,00
LOCAL K 10,00 6,00 4,00 - - 11,17 102,68
Todas as plantas com as seções transversais de cada travessia estão
apresentadas no Volume II desse relatório.
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109
7. ANÁLISE, ALTERNATIVAS E PROPOSTAS
Na área urbana do município de Santa Rosa de Viterbo estão localizadas
as nascentes de vários cursos d´água da região. Esses cursos d’água, em sua
maioria, possuem talvegues bem rebaixados com relação às margens. A
deficiência de matas ciliares em alguns córregos pode ser uma das causas dos
problemas de erosão e assoreamento detectados nos cursos d’água que sofrem
influência da urbanização.
Constatou-se, nesse trabalho, que não existem trechos canalizados dos
cursos água que cruzam o trecho urbano do município. As altas declividades da
rede de drenagem urbana do município fazem com que as velocidades de
escoamento atinjam valores inaceitáveis, podendo colocar em risco travessias
já construídas.
Observou-se também que a rede de microdrenagem (galerias de águas
pluviais) pode estar incompleta e que, na grande maioria, os lançamentos
dessas galerias devem ser melhorados. Não existem em todo o município
estruturas de detenção desses escoamentos pluviais.
Algumas medidas devem ser adotadas para adequar a rede hidrográfica
de maneira a prevenir problemas futuros e garantir a segurança das estruturas
existentes. Estão listadas a seguir:
• Revitalização das matas ciliares dos cursos d´água urbanos;
• Ocupação urbana fora dos limites das Áreas de Preservação
Permanente exigidos pelo Código Florestal;
• Adequação da rede de galerias pluviais;
• Implantação de barramentos nos dois principais cursos dá água do
município;
• Estudo específico das travessias urbanas;
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110
7.1. REVITALIZAÇÃO DAS MATAS CILIARES DOS CURSOS D´ÁGUA
URBANOS
Pode-se afirmar que a revitalização da mata ciliar é a principal medida a
ser adotada pela municipalidade, pois esta é a proteção natural contra a
erosão das margens e assoreamento do leito dos cursos d´água. A ausência da
mata ciliar propicia que a erosão das margens leve sedimentos para dentro do
rio. Os sólidos em suspensão ocasionam também dificuldades no tratamento
de água para abastecimento, entupimento de tubulações de captação e
mudança no traçado dos corpos d’água.
O desmatamento aumenta o escoamento superficial e diminui a
infiltração, acarretando enchentes nos córregos, rios e os riachos durante as
chuvas. A diminuição da infiltração reduz o armazenamento no lençol freático,
diminuindo o volume disponível no subsolo. E, finalmente, cabe ressaltar que
a conservação das matas ciliares possibilita que as espécies da biosfera
possam se deslocar e reproduzir mediante a manutenção de corredores
naturais, garantindo assim a biodiversidade da flora e da fauna da região.
7.2. OCUPAÇÃO URBANA FORA DOS LIMITES DE DAS APPS
Observou-se que no município, as área próximas às nascentes da maioria
dos cursos água estão ocupadas ou utilizadas para agricultura. Em alguns
locais, a revitalização das APP nas nascentes, como proposto no item anterior
pode ser complicada, porém ao longo de alguns cursos d´água, assim como
em algumas nascentes, existem ainda áreas que podem, com facilidade, ser
utilizadas para colocar em prática os limites legais do Código Florestal
Brasileiro.
Esse Plano Diretor apresenta, em forma de mapa no seu Volume II, as
faixas das APPs dos córregos urbanos e de suas nascentes. Nele será possível
observar em quais locais a ocupação inadequada dessas áreas é mais crítica.
A empresa Consultora acredita que o controle, por meio da Municipalidade
da ocupação desses locais indicados no mapa, trará benefícios, tais como:
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111
diminuição do escoamento pluvial devido a maior infiltração; redução da
velocidade devida ao aumento da rugosidade do solo, diminuição do
carregamento de sedimentos, como informado no item 7.1, contribuindo
significativamente para a atenuação do assoreamento dos córregos urbanos.
A seguir estão transcritas as partes do Código Florestal Brasileiro que a
Consultora julgou pertinente para a delimitação das áreas que devem ser
controladas pelo município de Santa Rosa de Viterbo:
“Art. 2° Consideram-se de preservação permanente, pelo só efeito desta Lei, as
florestas e demais formas de vegetação natural situadas:
a) Ao longo dos rios ou de qualquer curso d'água desde o seu nível
mais alto em faixa marginal cuja largura mínima será:
1. De 30 (trinta) metros para os cursos d'água de menos de 10
(dez) metros de largura;
b) Ao redor das lagoas, lagos ou reservatórios d'água naturais ou
artificiais;
c) Nas nascentes, ainda que intermitentes e nos chamados "olhos
d'água", qualquer que seja a sua situação topográfica, num raio
mínimo de 50 (cinquenta) metros de largura.”
Por conseguinte, a empresa consultora sugere a adoção de medidas de
caráter legal para a proteção dessas áreas de maneira a atenuar as
conseqüências desse uso e ocupação indiscriminada.
7.3. ADEQUAÇÃO DA REDE DE GALERIAS PLUVIAIS
O município de Santa Rosa de Viterbo possui rede de galerias de águas
pluviais na maioria dos seus bairros. No entanto há a necessidade de
melhoramentos, tais como, prolongar as galerias existentes e adequar os seus
equipamentos.
Cabe ressaltar que o redimensionamento da rede de microdrenagem do
município de Santa Rosa Viterbo não faz parte do escopo do projeto. As
propostas apresentadas nesse item referem-se apenas a sugestões feitas com
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112
base na análise da rede existente, na visita técnica e na experiência da equipe
técnica da empresa consultora. É necessária a contratação de projeto
específico para se realizar as devidas adequações.
Em suma, as principais propostas para a adequação da rede de
microdrenagem são as listadas a seguir:
• Adequação e complementar as redes de galerias existentes;
• Ligação entre algumas galerias existentes, para reduzir o número de
pontos de lançamentos;
• Implantação de bacias de detenção nas pontas das redes de galerias
pluviais, antes dos respectivos lançamentos;
7.3.1. ADEQUAÇÃO E COMPLEMENTAÇÃO
A conclusão da rede de microdrenagem é de suma importância uma vez
que tem como principal função conduzir os volumes do escoamento pluvial
para a rede natural de drenagem. Se bem implantada, a rede proporciona ao
município inúmeras vantagens, tais como: diminuição de danos imobiliários,
problemas sanitários e até risco de fatalidades.
Os bairros de Santa Rosa de Viterbo que não possuem galerias de águas
pluviais, conforme dados fornecidos pela Prefeitura Municipal, são: Jardim
Petrópolis e Jardim Alto da Boa Vista.
Muitos bairros dispõem de rede de galerias insuficientes, assim sendo
necessitam de adequação, com a implantação complementos, a saber:
• Jardim Nova Roma;
• Vila Ranzani;
• Vila Bandeirantes;
• Jardim das Flores;
• Parque do sol nascentes;
Além desses bairros, outros locais isolados do município requerem atenção
na prioridade de contratação de projetos de microdrenagem. São a Rua Doutor
Mario Carneiro e a Avenida São Paulo. Localizam-se nas cotas mais altas do
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113
município e possuem baixa declividade. Por esse motivo, em época chuvosa
ocorre a formação de uma lâmina de água nessas ruas, trazendo transtornos à
população.
A Rua Sete de Setembro e a Rua Rio Branco são duas importantes vias do
município de Santa Rosa de Viterbo que, de acordo com informações colhidas
no local, serão repavimentadas em breve. A empresa consultora ressalva que o
aumento da velocidade de escoamento devido à substituição do pavimento por
um material de menor rugosidade poderá ocasionar a redução do tempo de
concentração da bacia. Esse fato, associado à ausência de galerias de águas
pluviais nessas duas ruas, pode originar problemas nas regiões de cotas mais
baixas.
Portanto, a proposta da Contratada quanto a adequação da rede de
microdrenagem é:
• Elaboração de estudo da rede dos bairros que estiverem
insuficientes;
• Elaboração de projeto específico de galeria de águas pluviais para a
Rua Sete de Setembro e a Rua Rio Branco;
• Elaboração de projeto específico de galeria de águas pluviais para a
Rua Doutor Mario Carneiro e a Avenida São Paulo.
7.3.2. DIMINUIÇÃO DOS PONTOS DE LANÇAMENTO
A ligação entre os lançamentos tem como principal finalidade viabilizar
estruturalmente e economicamente a implantação das bacias de detenção ao
final de cada rede. Em mapa no Volume II estão apresentados os pontos de
lançamento existentes e as sugestões de unificação.
7.3.3. IMPLANTAÇÃO DE BACIAS DE DETENÇÃO E/OU DISPOSITIVO DE
DISSIPAÇÃO
A empresa consultora sugere a implantação de bacias de detenção ao final de cada rede de microdrenagem com vistas à retenção do volume do escoamento superficial dos bairros temporariamente. Para tanto, recomenda-se a contratação de projetos
específicos para análise de viabilidade e dimensionamento dessas bacias. Nesse
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114
Plano Diretor de Macrodrenagem apresentou-se o volume a ser reservado quando da implantação dessas estruturas
Quadro 30.
Na metodologia adotada para a estimativa de tal volume, considerou-se
que:
Vbacia = Vpós-urbanização – Vpré-urbanização (m³),
Onde:
Vbacia: Volume a reter no reservatório
Vpós-urbanização: Volume do hidrograma do cenário pós-urbanizado
Vpré-urbanização: Volume do hidrograma do cenário pré-urbanizado
Além dos volumes a reter, no Quadro 30, foram apresentadas ainda a área necessária para a
implantação dessas bacias, considerando-se sua profundidade não maior que
1,2 metros. Os locais para a implantação dessas estruturas propostas estão
apresentados na forma de mapa no Volume II desse relatório.
7.4. IMPLANTAÇÃO DE BARRAMENTOS
No mapa apresentado no Volume II desse relatório, estão apontados os
quatro locais propostos para a implantação de barramentos para
amortecimento da vazão de cheia, a saber, um no córrego da Lagoa e outros
três no córrego que é afluente do Barro Preto, conhecido regionalmente como
o próprio Barro Preto.
A localização desses locais é:
• No primeiro afluente da margem direita do córrego do Barro Preto, a
montante da Rua João Zanella, no Jardim Julio Moretti (Proposta
n°1).
• A montante da travessia da Rua Eduardo Gubitoso, no primeiro
afluente da Margem direita do córrego do Barro Preto (Proposta
n°2).
• Na direção da Rua Efren Testa, próximo ao conjunto habitacional
Delduque Ribeiro Garcia I e II (Proposta n°3).
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115
• Área livre próximo a cabeceira do córrego da Lagoa (Propostan°4).
Todos esses barramentos têm como principal finalidade o amortecimento
da vazão de cheia, mas, como atenuam a declividade média dos talvegues,
também funcionam para controlar as causas da erosão e assoreamento dos
cursos d´água.
A seguir está apresentada a proposta da metodologia de
dimensionamento desses barramentos, consoante com normativas do DAEE –
Departamento de Águas e Energia Elétrica.
• Adotaram-se alturas máximas de 5 metros para os aterros;
• O volume a ser amortecido por cada barramento é o próprio volume
de seu hidrograma calculado por meio da metodologia descrita
anteriormente, cujos valores estão apresentados de forma reduzida
a seguir, e podem ser encontrados no item 5.3 e no Quadro 42.
• Os reservatórios desses barramentos devem ser capazes de
amortecer os volumes dos hidrogramas de pós-urbanização de suas
bacias de contribuição, descontando-se as reservas a montante.
• As barragens devem ser dimensionadas para que o volume a ser
amortecido, calculado para período de retorno de 100 anos atinja no
máximo a cota de seu vertedor;
• Os vertedores devem ser dimensionados, para a vazão afluente
obtida com o seguinte critério:
Vefluente=V pós(500) - Vretido,
Onde:
Vefluente: Volume que passa no extravasor;
Vpós(500): Volume do hidrograma calculado com tempo de retorno de 500
anos;
Vretido: Volume retido no barramento calculado com tempo de retorno de
100 anos.
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116
O Quadro 42 apresenta as vazões para tempo de retorno de 500 anos
assim como os volumes dos hidrogramas.
Quadro 42 – Dados para dimensionamento dos barramentos
Barramento Bacias de contribuição*
Reservação de montante nas bacias
Reservação dos volumes das bacias
TR = 100 anos TR = 500 anos
Q máx projeto (m³/s)
Volume Total do Hidrograma (m³)
Q máx projeto (m³/s)
Volume Total do Hidrograma (m³)
Proposta 1 11,3,10,6,4 6,4 11,3 21,89 72264 34,41 105907
Proposta 2 10,6,4 6,4 10 6,01 12421 9,40 17693
Proposta 3 6,4 - 6,4 5,16 10974 7,87 15373
Proposta 4 9,7 - 9,7 16,70 31458 24,44 42991
*A bacia desse barramento proposto recebe as águas de todas essas bacias, porém só serão considerados os volumes de todas essas se não existir reservação a montante.
O barramento n° 4 no córrego da Lagoa, está sendo proposto em local
onde se pretende implantar uma área de lazer comunitária. Portanto,
considerando os aspectos paisagísticos que deve contemplar, sugere-se que
esta represa mantenha espelho d’água permanente.
Córrego das Pedras
Cór
rego
da
Lago
a
córrego do Barr
o Preto
2
11
3
16
9
7
17
12
15
10
85
1
6
4
13
3
1
42
Figura 47 – Localização dos barramentos e suas bacias de contribuição.
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117
7.5. PROPOSTA DE ADEQUAÇÃO DA PONTE DO “PONTO H” NO
CÓRREGO DO BARRO PRETO
A ponte existente sobre o córrego do Barro Preto nesse local estava
completamente submersa na ocasião da visita técnica. O leito se encontrava
intensamente assoreado, tanto a montante como a jusante de sua seção.
Neste item a empresa contratada apresenta um pré-dimensionamento da
ponte que deve ser reconstruída no córrego do Barro Preto, atendendo as
recomendações do órgão responsável, tais como as mostradas no item 6.1.
Para a elaboração desse estudo preliminar, foi determinada a declividade
do local com base na carta topográfica em escala 1: 50.000 do IBGE –
Instituto Brasileiro de Geografia e Estatístico. Porém, cabe salientar, que para
a implantação dessa nova ponte faz-se necessária à realização de
levantamento planialtimétrico do local,para estudo da situação real do local do
implantação.
Esse local é o exutório da sub-bacia de macrodrenagem 16, e além da
contribuição de sua área de drenagem, recebe as águas das bacias 3,4,6,10 e
11, todas situadas a montante. Considerando-se todas essas contribuições a
vazão máxima de projeto para tempo de retorno de 100 anos que essa
travessia deve ser capar de veicular é igual a 56,10 m³/s.
Quadro 43- Bacias contribuintes para a seção em estudo
Bacia Bacias de montante Q máx proj [Tr = 100 anos] (m³/s)
16 3 4 6 10 11 56,10
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118
Figura 48 – Esquema do canal retangular da travessia
O dimensionamento foi realizado com a metodologia de Manning para
canais retangulares discutido anteriormente. Para a vazão de projeto máxima,
as características da seção proposta são:
SEÇÃO DO CANAL
Vazão de projeto 56,10 m³/s
Revestimento Concreto
Seção Retangular
Taludes laterais [H:V] 1:1
Declividade 0,45%
Largura de fundo 7,00 m
Altura da lâmina de água 1,88 m
Freeboard 0,56 m
Altura total do canal 2,44 m
Velocidade do escoamento 4,26 m/s
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8. HIERARQUIZAÇÃO DA IMPLANTAÇÃO DAS OBRAS
Santa Rosa de Viterbo apresenta apenas problemas críticos na bacia do
afluente do córrego do Barro Preto, onde existe processo acelerado de erosão.
Existe também uma travessia que precisa ser adequada para atender à
vazão de projeto para período de retorno de 100 anos.
A empresa consultora teve a oportunidade de analisar o projeto de
galerias pluviais da área urbanizada e concluiu que a complementação e
adequação da rede de galerias são de suma importância para que as condições
de drenagem do município se mantenham.
O Volume III do Plano Diretor de Macrodrenagem apresenta as diretrizes
de drenagem urbana para o município de Santa Rosa de Viterbo. Nele podem
ser encontrados, entre outras coisas, os tipos de medidas não estruturais
propostas para controle e manutenção dos sistemas de drenagem urbana.
As propostas para hierarquização das ações com relação à drenagem são
as seguintes:
Item Ação
1 Executar projetos executivos e obras para o controle de controle de erosão no afluente do córrego do Barro Preto
2 Regulamentar as ações mitigatórias não - estruturais previstas no Volume III do presente Plano,de forma a evitar o agravamento das situações críticas apresentadas pela drenagem urbana.
3 Adotar o Manual Simplificado de Drenagem Urbana como diretriz para novos loteamentos de áreas urbanas e demais intervenções em Recursos Hídricos.
4 Contratar Plano de Recuperação de Matas Ciliares e implantá-lo
5 Contratação de projetos específicos para a adequação e complementação da rede de galerias de águas pluviais
6 Conclusão das adequações e complementação do sistema de galerias de águas pluviais 7 Contratação de projetos específicos para as bacias de detenção 8 Implantação das bacias de detenção 9 Contratação de projetos específicos para a execução dos barramentos propostos 10 Implantação dos barramentos *
11 Contratação de projetos específicos para a adequação da travessia do “PONTO H”, no córrego do Barro Preto, assim como levantamento planialtimétrico
12 Adequação da travessia do “PONTO H” Fonte: VM Engenharia (2010)
*Os reservatórios de retenção e detenção, assim como os barramentos,
devem ser executados de montante para jusante.
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120
9. DIRETRIZES BÁSICAS DE DRENAGEM
Os crescentes problemas de inundações nos municípios brasileiros têm
como principal causa a urbanização desordenada e acelerada. A
impermeabilização do solo sem limites traz grandes prejuízos aos municípios.
O Manual de Drenagem encaminhado como parte integrante do Plano
Diretor de Macrodrenagem de Santa Rosa de Viterbo, tem como escopo
principal estabelecer diretrizes básicas para os projetos de microdrenagem
urbana no Município, e orientar os profissionais da Prefeitura, prestadores de
serviços e empreendedores, que atuam nas áreas de planejamento, projetos
de drenagem urbana, planejamento e controle do uso do solo, como também
projeto, análise e aprovação de novos empreendimentos.
O manual apresenta as metodologias de dimensionamento das estruturas
de microdrenagem e considerações de projeto. Projetos de microdrenagem
devem se basear nas metodologias e as restrições impostas pela
municipalidade, devido à inexistência normas que padronizem esse tipo de
projeto.
Além dessas diretrizes, o manual apresenta de forma reduzida algumas
considerações sobre o dimensionamento de dispositivos de macrodrenagem.
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121
10. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
210-VI-NEH - National Engineering Handbook. Chapter 9 Hydrologic Soil-
Cover Complexes, July 2004. Disponível em
http://policy.nrcs.usda.gov/OpenNonWebContent.aspx?content=17758.wba.
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Hidroweb. Disponível em http://hidroweb.ana.gov.br/.
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Oficina de Textos, 2005.
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INSTITUTO DE PESQUISAS TECNOLÓGICAS – IPT. Plano de Bacia da Unidade
de Gerenciamento de Recursos Hídricos do Pardo (UGRHI – 4). São Paulo.
2008.
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da DPO/DAEE 001, 002, 003 e 004. São Paulo. 30 de julho de 2007.
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Vazões Máximas, Médias e Mínimas para as Bacias Hidrográficas do Estado de
São Paulo. São Paulo, Departamento de Águas e Energia Elétrica - DAEE,
1994, 64p
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1:500.000).1999.
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Tecnológico de Hidráulica e Recursos Hídricos. Equações de Chuvas Intensas
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do Estado de São Paulo. Convênio Departamento de Águas e Energia Elétrica e
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em:<http://www.iflorestal.sp.gov.br/sifesp/estadosaopaulo/santarosadoviterb
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Município Verde. Disponível em: <
http://www.ambiente.sp.gov.br/municipioverdeazul/municipios_certificados_2
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PEEL, M. C. and Finlayson, B. L. and McMahon, T. A. "Updated world map
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SÃO PAULO. Secretaria do Meio Ambiente/Instituto Florestal. Inventário
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Geológico Mapa Geológico do Estado de São Paulo. Escala 1:1000.000. Ano de
referência: 1974.
SÃO PAULO. Governo do Estado de São Paulo. Secretaria da Indústria,
Comércio, Ciência e Tecnologia. Companhia de Promoção de Pesquisa Científica
e Tecnológica do Estado de São Paulo – PROMOCET. Programa de
Desenvolvimento de Recursos Minerais Pró-Minério. IPT Instituto de Pesquisas
Tecnológicas do Estado de São Paulo S.A. Mapa Geomorfológico do Estado de
São Paulo. Escala 1:1000.000. Ano de referência 1981.
SARTORI, A. Avaliação da Classificação dos grupos hidrológicos do Solo
para a Determinação do Excesso de Chuva do Método do Serviço de
Conservação do Solo dos Estados Unidos. Total p. Dissertação (mestre em
engenharia civil), Universidade Estadual de Campinas - UNICAMP, Faculdade
de Engenharia Civil, Arquitetura e Urbanismo, Campinas, SP, 2004.
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SARTORI, A. LOMBARDI NETO, F. & GENOVEZ, A. M. Classificação dos
grupos hidrológicos de solos brasileiros para a estimativa da chuva excedente
com o método do Serviço de Conservação do Solo dos Estados Unidos Parte 1:
Classificação. 2005. Revista Brasileira de Recursos Hídricos – RBRH, v.10, n.4,
out/dez, pág. 05-18. 2005a.
SARTORI, A. LOMBARDI NETO, F. & GENOVEZ, A. M. Classificação dos
grupos hidrológicos de solos brasileiros para a estimativa da chuva excedente
com o método do Serviço de Conservação do Solo dos Estados Unidos Parte 2:
Aplicação. 2005. Revista Brasileira de Recursos Hídricos – RBRH, v.10, n.4,
out/dez, pág. 05-18. 2005b.
SECRETARIA DE ESTADO DE ENERGIA, RECURSOS HÍDRICOS
SANEAMENTO, DEPARTAMENTO DE ÁGUAS E ENERGIA ELÉTRICA. Guia prático
para projetos de pequenas obras hidráulicas. São Paulo, DAEE 2ª Edição, 2006
TUCCI, C. E. M. Hidrologia: ciência e aplicação. Organizado por Carlos E.
M. Tucci, André L. L. da Silveira... [et al.] – 3ª ed., primeira reimpressão.
Porto Alegre: Editora da UFRGS/ABRH, 2004. 1ª ed. 1993.
TUCCI, C.E.M., Porto, R.L.L., Barros, M.T. Drenagem Urbana, Porto
Alegre: ABRH/Editora da Universidade/UFRGS, 1995
TOMAZ, P. Best Management Practices (Melhoria da qualidade das águas
pluviais), 2008.
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124
ANEXO 01 - MAPA FLORESTAL: VEGETAÇÃO NATURAL REMANESCENTE
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126
ANEXO 02 – DETERMINAÇÃO DO CURVE NUMBER “CN”
“Curve Number”, ou Número da Curva, é o principal parâmetro para
elaboração do estudo de vazões de pico de uma determinada região, desta
forma, a aproximação dos valores leva em consideração as características do
solo, conforme acima apresentado, segundo a Classificação dos grupos
hidrológicos do mesmo, combinando estes aos tipos de uso e ocupação do solo
evidenciado na referida região.
No Brasil a classificação dos solos existente diverge da classificação
proposta pela metodologia NRCS, tradicionalmente utilizada, pois existem tipos
de solos e de uso do solo diversos daqueles calibrados para os Estados Unidos.
Desta forma, a seguir está apresentada a metodologia de classificação
quanto ao “CN” que foi utilizada nesse projeto, que é uma adaptação para a
realidade brasileira selecionadas dentre as bibliografias estudadas, sendo ela:
a metodologia proposta por Lombardi Neto em 1989, que foi ampliada e
aplicada por Sartori (2004), conforme publicações da Revista Brasileira de
Recursos Hídricos – ABRH (Sartori et al., 2005).
Sartori et. al (2005)
A proposta de extensão e adaptação do método elaborado por Lombardi
Neto (1989) publicada por Sartori et al (2005), tem por objetivo utilizar a
metodologia proposta pelo NRCS para determinação de chuva excedente, de
forma que a mesma possa ser adaptada à realidade brasileira, quando aos
tipos de solos existentes, e as características dos mesmos que os classificam
como pertencentes aos grupos hidrológicos “A”, “B”, “C” ou “D”.
De acordo com o manual – National Engineering Handbook, Part. 630,
Capítulo 9 – Hydrologic Soil-Cover Complexes, o “Curve Number”, para áreas
rurais e urbanas podem ser definidos, conforme mostram os quadros a seguir.
Estes mesmos quadros foram adaptados e apresentados por McCuen (2004)
em Hydrologic Analysis and Design – Third Edition. Os quadros a seguir foram
traduzidos de forma a facilitar a compreensão.
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127
Quadro 44 – “Curve Number” para Áreas Rurais (Agricultura) (1) Uso do solo
Descrição do tipo de uso e ocupação do solo (2)
Condição Hidrológica (3)
Grupos Hidrológicos A B C D
Solo exposto (preparo para cultivo) Solo exposto -- 77 86 91 94 Cobertura de resíduos de culturas (CR)
Pobre 76 85 90 93 Boa 74 83 88 90
Solo Cultivado Superfície limpa (SR) Pobre 72 81 88 91 Boa 67 78 85 89
SR + CR Pobre 71 80 87 90 Boa 64 75 82 85
Com curvas de nível (C) Pobre 70 79 84 88 Boa 65 85 82 86
C + CR Pobre 69 78 83 87 Boa 64 74 81 85
Com curvas de nível & terraceado (C & T)
Pobre 66 74 80 82 Boa 62 71 78 81
C & T + CR Pobre 65 73 79 81 Boa 61 70 77 80
Pequenas plantações ou culturas SR Pobre 65 76 84 88 Boa 63 75 83 87
SR + CR Pobre 64 75 83 86 Boa 60 72 80 84
C Pobre 63 74 82 85 Boa 61 73 81 84
C + CR Pobre 62 73 81 84 Boa 60 72 80 83
C & T Pobre 61 72 79 82 Boa 59 70 78 81
C & T + CR Pobre 60 71 78 81 Boa 58 69 77 80
Plantações de legumes ou cultivados ou Culturas ou pastos rotativos
SR Pobre 66 77 85 89 Boa 58 72 81 85
C Pobre 64 75 83 85 Boa 55 69 78 83
C & T Pobre 63 73 80 83 Boa 51 67 78 80
Pastagens, cultura permanente ou forragem para formação de pastagens (4)
-- Pobre 68 79 86 89 -- Média 49 69 79 84 -- Boa 39 61 74 80
Campos permanente -- Boa 30 58 71 78 Parques e Jardins (5) -- Pobre 48 67 77 83
-- Média 35 56 70 77 -- Boa 30
(6) 48 65 73
Combinação de áreas com pastagens e áreas florestadas ou reflorestadas (7)
-- Pobre 57 73 82 86 -- Média 43 65 76 82 -- Boa 32 58 72 79
Áreas Florestadas (8) -- Pobre 45 66 77 83 -- Média 36 60 73 79 -- Boa 30 55 70 77
Chácaras, construções rurais e estradas de terra
-- -- 59 74 82 86
Vias Não pavimentada -- 72 82 87 89 Cascalho -- 76 85 89 91
Fonte: 210-VI-NEH, July 2004
1) Condição media de Número da Curva (runoff), considerando Ia=0.2;
2) Áreas cobertas com resíduos de culturas deverá ser utilizado para até 5% de
cobertura durante o ano;
3) Condições hidrológicas são baseadas em uma combinação de fatores que pode
afetar a infiltração e o escoamento superficial, incluindo: a) densidade de áreas
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128
cultivadas por vegetais; b) período no qual a área esta coberta ou vegetada
durante o ano; c) quantidade de área gramada ou cultivada por leguminosas; d)
percentual de resíduos de culturas anteriores sobre a superfície (boa > 20%), e
e) grau de superfície compacta. Pobre: fatores que dificultam a infiltração e
colaboram com o aumento do escoamento superficial. Bom: fatores que
colaboram com a infiltração, e, portanto, reduzem o escoamento superficial.
4) Pobre: < 50% cobertura ou pastagem densa. Média: 50-75% coberto, sem
pastagem densa; boa > 75% de cobertura e pastagem rara ou ocasional.
5) Pobre: < 50% cobertura; Média: 50-75% cobertura; Boa> 75% de cobertura.
6) O valor mínimo de “CN” deve ser igual a 30, ainda que o valor obtido seja
inferior.
7) “CN” determinado neste caso considera 50% da área coberta com árvores ou
vegetação densa, e os outros 50% de área com pastagem. Outras combinações
podem ser obtidas calculando-se “CN” de áreas florestadas em composição com
o “CN” de áreas de pastagens.
8) Pobre: pequenas florestas, árvores de pequeno porte, e áreas arbustivas
destruídas por pastagens ou queimadas regularizadas. Média: as árvores estão
menos densas, mas não houve queima, e há uma cobertura razoável de área
florestada. Boa: as árvores estão protegidas e as demais áreas cobertas.
De acordo com Sartori (2004), a adaptação das tabelas do “CN” para usos
agrícolas, principalmente sobre as definições dos tipos de culturas e manejo
agrícola baseada nos resultados do estudo proposto em sua dissertação e nos
trabalhos de Silva (1996) e Lombardi Neto (não publicado), e também nos
próprios valores do “CN” da tabela do NRCS, resultam no quadro a seguir.
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129
Quadro 45 – “CN” de escoamento superficial para usos agrícolas (Ia = 0,2.S, condição II de umidade antecedente e condição hidrológica superficial média)
Descrição da cobertura Número da curva para os grupos
Uso Tratamento ou manejo do solo A B C D
Solo Exposto Solo exposto 83 86 91 94 Terra Arada + SRC 81 85 90 93 RCS 75 83 88 90
Culturas Anuais (Ca)
N* + SRC 77 84 89 91 N* + RCI 72 80 85 88 N* + RCSI 66 74 80 82 N* + RCS 63 70 77 80
Culturas Temporárias (Ct) N* 65 75 81 83 N* + RCS 61 71 78 81
Culturas Perenes (Cp) N* 43 65 76 82 N* + RCS 32 58 72 79
Pastagem Degradada 68 79 86 89 Nativa 49 69 79 84 Melhorada 39 61 74 80
Reflorestamento N* 45 66 77 83 N* + RCS 35 55 70 77
Vegetação Natural Capoeira 30 48 65 73 Mata 20 400 49 52
Estradas e Construções Rurais < 50% impermeável 59 74 82 86 Estradas e Construções Rurais > 50% impermeável 72 82 87 89
Fonte: Sartori (2004)
Legenda:
N*: Plantio em nível ou contorno
Ca: Culturas anuais (plantio e colheita anual). Exemplo: milho, soja, etc.
Ct: Culturas temporárias (plantio a cada 3 ou mais anos). Exemplo: cana-de-açúcar
Cp: Culturas perenes. Exemplo: pomar, café.
SRC: Sem resíduo cultural
RCI: Resíduo cultural incorporado < 2 t/ha
RCSI: Resíduo cultural semi-incorporado 2 a 4 t/ha
RCS: Resíduo cultural na superfície > 5 t/ha
Pastagem: Degradada - presença de compactação superficial, utilização de queimadas, e até
25 % da área sem vegetação, mesmo no período chuvoso. Nativa: Pasto natural sendo feito
controle de manejo de animais e limpezas esporádicas. Melhorada: Correção de acidez e
fertilização, plantio de gramíneas adaptadas, manejo de animais.
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130
Quadro 46 – “Curve Number” para áreas urbanas4
Descrição do tipo de cobertura e condições hidrológicas Área Impermeável (%)5 Grupo Hidrológico A B C D
Área urbana totalmente desenvolvida (vegetação estabilizada) -- -- -- -- Espaços livres (parques, cemitérios, etc)6 -- -- -- -- Condições ruins (cobertura vegetal < 50%) 68 79 86 89 Condições médias (cobertura vegetal 50-75%) 49 69 79 84 Condições boas (cobertura vegetal > 75%) 39 61 74 80 Áreas impermeáveis -- -- -- -- Estacionamentos pavimentados, telhados e ruas 98 98 98 98 Ruas e rodovias -- -- -- -- Pavimentadas, com sistema de drenagem 98 98 98 98 Pavimentadas, sem sistema de drenagem 83 89 92 93 Cascalho 76 85 89 91 Não pavimentada 72 82 87 89 Áreas urbanas não ocupadas -- -- -- -- Áreas permeáveis (natural)7 63 77 85 88 Áreas impermeáveis (artificial) 96 96 96 96 Distritos urbanos: Comercial 85 89 92 94 95 Distritos urbanos: Industrial 72 81 88 91 93 Residencial: Tipo 1 (aprox. 500 m²) 65 77 85 90 92 Residencial: Tipo 2 (aprox. 1000 m²) 38 61 75 83 87 Residencial: Tipo 3 (aprox. 1350 m²) 30 57 72 81 86 Residencial: Tipo 4 (aprox. 2000 m²) 25 54 70 80 85 Residencial: Tipo 5 (aprox. 4050 m²) 20 51 68 79 84 Residencial: Tipo 6 (aprox. 8100 m²) 12 46 65 77 82 Áreas urbanas em desenvolvimento (permeável, sem vegetação) 77 86 91 94
Fonte: 210-VI-NEH, July 2004
4 Condição de escoamento superficial média, e Ia = 0.2S; 5 O percentual de área impermeável considerado foi utilizado na composição do “CN”. Outros aspectos
adotados: áreas impermeáveis estão conectadas diretamente ao sistema de drenagem, áreas impermeáveis
tem “CN” igual a 98, e áreas permeáveis são consideradas como espaços abertos e com boas condições de
drenagem; 6 “CN” apresentado equivale ao de áreas gramadas ou com pastagem. Um “CN” composto pode ser
utilizada para outras combinações de áreas abertas; 7 “CN” composto para áreas naturalmente desocupadas devem ser consideradas utilizando as figuras
abaixo, fundamentadas na área impermeável (“CN” = 98) e na área permeável (“CN” variável). Para as áreas
permeáveis adota-se como equivalente condições hidrológicas ruins.
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131
Figura - 49 “CN” composto para áreas impermeáveis conectadas
Fonte: 210-VI-NEH, July 2004
Figura 50 - “CN” composto para áreas impermeáveis isoladas e inferior a 30%
Fonte: 210-VI-NEH, July 2004
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132
ANEXO 03 – MÉTODO DO NRCS
O Departamento de Recursos Naturais e Conservação do Solo norte-
americano, NRCS (“National Resources Conservation Service”), antigo SCS (Soil
Conservation Service) realizou trabalhos com o objetivo de estabelecer relações
entre precipitação, deflúvio superficial, vegetação, tipo e ocupação do solo.
Apesar de, originalmente ter sido desenvolvido para pequenas bacias rurais e
eventos chuvosos diários, tem sido adaptado para as condições urbanas. O
método propõe um simples equacionamento relacionando a altura precipitada ,hp,
à altura da lâmina escoada,hq, e o índice de armazenamento d’água na bacia, S,
como apresentado pela equação a seguir:
8,0
2,02
+
⎟⎟⎠
⎞⎜⎜⎝
⎛−
=
ShSh
Sh
p
p
q
Equação 7 Em que:
hq: altura da lâmina d‘água escoada (mm);
hp: altura precipitada (mm);
S : índice de armazenamento d’água na bacia (mm);
Válida quando hp.>0,2 .S Para hp ≤0,2.S o modelo admite que não ocorre
deflúvio superficial, ou seja, hq = 0
O índice de armazenamento de água na bacia é expresso conforme a
equação a seguir:
( )CN
CNS −⋅=
100254
Equação 8
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133
Em que:
• “CN”: “Curve Number” ou número de deflúvio.
Sabe-se que a quantidade de chuvas anteriores e conseqüentes umidades
anteriores do solo são bastante significativas para o cálculo das vazões extremas.
Dessa maneira, o Método NRCS distingue três condições de umidade do solo:
• Condição I: solos secos - chuvas recentes não ultrapassam 1 mm;
• Condição II: solos umedecidos - chuvas nos últimos cinco dias atingindo
um total de até 40 mm. Esta condição é normalmente assumida em
projetos de drenagem urbana;
• Condição III: solos úmidos (próximos da saturação) - chuvas nos
últimos dias superiores a 40 mm.
Hawkins et al. (1985) desenvolveram correlações entre a retenção potencial
máxima para as condições I e III (SI e SIII) e a retenção potencial máxima para
a condição II (SII):
III SS ⋅= 281,2 Equação 9
IIIII SS ⋅= 427,0 Equação 10
Em que:
• IS : ·índice de armazenamento para a condição I
• IIS : ·índice de armazenamento para a condição II
• IIIS : ·índice de armazenamento para a condição III
Hawkins et al. ainda determinaram equações que correlacionam o “CN” da
condição II com as demais condições, as quais são válidas para o intervalo 50 ≤
“CN” ≤ 95:
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134
CNCNCNI ×−
=01281,0281,2
Equação 11
CNCNCNIII ×−
=00573,0427,0
Equação 12 O Método NRCS também distingue quatro tipos de solos, a saber:
• Grupo A: solos arenosos com baixo teor de argila; total inferior a 8%;
não há rocha nem camadas argilosas, até profundidade de l m;
• Grupo B: solos arenosos, menos profundos que os solos do Grupo A e
com maior teor de argila total, porém ainda inferior a 15%;
• Grupo C: solos barrentos com teor de argila entre 20 e 30%, mas sem
camadas argilosas impermeáveis ou contendo pedras até a profundidade
de 1,2 m;
• Grupo D: solos barrentos com teor de argila acima de 30%.
As tabelas referentes ao Número da Curva (“CN”) a serem adotadas para as
áreas urbanas e rurais no presente estudo serão apresentadas em item especifico
a seguir onde se procede a explanação acerca do Método de determinação do
“CN”.
O Método NRCS prevê ainda determinação do volume escoado nas bacias de
cabeceira utilizando a técnica do hidrograma unitário, tendo em vista a ausência
de medidas hidráulicas nas bacias em questão.
O método do hidrograma unitário adimensional do NRCS foi obtido após uma
extensiva análise de dados observados em várias pequenas bacias hidrográficas
de diversas partes dos Estados Unidos. O hidrograma unitário adimensional é um
hidrograma unitário médio que melhor representou os diversos hidrogramas
unitários obtidos para as diversas bacias hidrográficas estudadas (McCuen, 2004).
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135
Hjelmfelt e Cassidy (1975) citados por Genovez (1991) recomendam o método
para bacias com áreas menores que 2.600 km².
O hidrograma unitário adimensional do NRCS, também conhecido como
hidrograma unitário curvilíneo (HUC-NRCS), possui o tempo de base igual a cinco
unidades do tempo de pico (5tp) e cerca de 3/8 (37,5%) do volume total escoado
superficialmente ocorre antes do tempo de pico. O ponto de inflexão ocorre
aproximadamente a 1,7 tp. Este hidrograma é apresentado na Figura 51 e na
Quadro 47 encontram-se os valores da abscissa (t/tp) e da ordenada (q/qp) do
HUC-NRCS.
Quadro 47 - Relações para o calculo do hidrograma curvilíneo do NRCS e de sua curva de massa.
q: vazão no tempo t; qp: vazão de pico; Qa: volume acumulado no tempo t; Q: volume total; tp:
tempo de pico do hidrograma.
Fonte: McCuen, 2004.
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136
Figura 51 - Hidrograma Unitário Curvilíneo Adimensional e o Hidrograma Unitário
Triangular Equivalente Fonte: McCuen, 2004.
O HUC-NRCS foi aproximado por um hidrograma unitário adimensional
triangular (HUT-NRCS), o qual possui características similares a do HUC-NRCS.
Isso pode ser observado na Figura 51. O tempo de base do HUT-NRCS é menor
que o do HUC-NRCS, sendo somente 8/3 do tempo de pico (2,67tp). A área antes
do tempo de pico para os dois hidrogramas é a mesma, ou seja, o volume
escoado superficialmente que ocorre antes do pico nos dois hidrogramas é igual a
3/8 (37,5%) do volume total escoado superficialmente.
A área abaixo da linha que desenha o hidrograma unitário é igual ao volume
do escoamento superficial, para o HUT-NRCS esse volume pode se determinado
pelas características geométricas (McCuen, 2004):
( )rpp ttqQ +⋅⋅=21
Equação 13 Em que,
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137
qp - vazão de pico
tp - tempo de pico
tr - tempo de recessão
Isolando qp temos:
pp t
QKq ⋅=
Equação 14 Sendo que:
p
r
ttK
+=
1
2
Equação 15 O valor de tr/tp é uma constante que para uma dada cheia pode ser obtida
através dos hidrogramas registrados. Da grande análise de dados, foi adotado o
valor médio de 5/3 para tr/tp (Ogrosky e Mockus, 1964; USBR, 1977). Com este
valor, obtêm-se K = 3/4.
Para se obter qp em m²/s, usando tp em horas, Q em cm e introduzindo a
área da bacia de drenagem A em km², no segundo membro da Equação 14, é
necessário multiplicá-lo pela constante 25/9 (2,778). Introduzindo também o
valor de K, chega-se a equação:
pp t
QAq ⋅⋅= 083,2
Equação 16 Em que:
qp - vazão de pico em m³/s
A - área de drenagem em km²
tp – tempo de pico em horas
Q - precipitação excedente em cm.
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Segundo McCuen (2004), a constante 25/12 (2,083) reflete um hidrograma
unitário triangular que tem 3/8 de sua área abaixo da curva de ascensão. Para
bacias localizadas completamente ou parcialmente em regiões montanhosas,
pode-se esperar um valor maior que 3/8 e, portanto, a constante da equação
2.29 pode se aproximar de 625/242 (2,582). Para bacias planas, em áreas de
brejo ou alagadas (banhados), pode ser da ordem de 625/484 (1,291).
O tempo de retardamento tl e o tempo de recessão tr foram associados
empiricamente ao tempo de concentração, chegando às seguintes relações
(Genovez, 2001):
cl tt ⋅= 6,0
Equação 17
pr tt ⋅= 67,1
Equação 18
O termo 0,6.tc é um fator empírico adotado por hidrólogos do NRCS como
representativo do tempo de retardamento tl. Este fator depende do tempo de
concentração tc (Genovez, 2001).
Com base na figura 2.11, o tempo de pico tp pode ser expresso em função
da duração unitária da precipitação excedente D e do tempo de concentração da
bacia tc, permitindo duas relações (McCuen, 2004):
pc tDt ⋅=+ 7,1
Equação 19
pc ttD=⋅+ 6,0
2
Equação 20
Resolvendo o sistema formado pelas equações acima para D, encontra-se
(McCuen, 2004):
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ctD ⋅= 133,0
Equação 21 Portanto, o tempo de pico pode ser escrito em função do tempo de
concentração:
cp tt ⋅=32
Equação 22 Expressando a Equação 16 em função do tempo de concentração, resulta
(McCuen, 2004):
cp t
QAq ⋅⋅= 125,3
Equação 23 Sendo:
qp - vazão de pico em m³/s
A - área de drenagem em km²
tc – tempo de concentração em horas
Q - precipitação excedente em cm.
Com os valores de qp, A, tc e Q = 1 cm obtêm o hidrograma unitário
adimensional triangular do NRCS. O hidrograma unitário adimensional curvilíneo
pode ser construído com os valores de qp e tp, usando as relações do Quadro 47.