plano de recuperacao ambiental
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SUMÁRIO
1. INTRODUÇÃO ........................................................................................................................ 3
2. OBJETIVO ............................................................................................................................... 3
3. EQUIPE TÉCNICA .................................................................................................................... 4
4. CARACTERIZAÇÃO DO EMPREENDIMENTO .......................................................................... 4
4.1. Designação do Proprietário ........................................................................................... 4
4.2. Localização do Empreendimento .................................................................................. 4
4.3. Diagnósticos Anteriores ................................................................................................ 5
4.3.1. Quanto á flora e corpo hídrico existente .............................................................. 5
4.3.2. Quanto ao auto de infração .................................................................................. 5
5. CARACTERIZAÇÃO DA ÁREA DE TRABALHO E ENTORNO ...................................................... 65.1. Relevo ............................................................................................................................ 6
5.2. Solo ................................................................................................................................ 6
5.3. Clima .............................................................................................................................. 7
5.4. Vegetação ...................................................................................................................... 9
6. PROPOSTA DE PLANO DE RECUPERAÇÃO DE ÁREA DEGRADADA ...................................... 10
6.1. Da remoção do aterro e muro .................................................................................... 10
6.2. Do isolamento da Área de Preservação Permanente ................................................. 12
6.3. Do repovoamento arbóreo ......................................................................................... 13
6.3.1. Preparo do terreno .............................................................................................. 13
6.3.2. Espaçamento e locação ....................................................................................... 14
6.3.3. Abertura de covas ............................................................................................... 15
6.3.4. Terra vegetal e adubação .................................................................................... 15
6.3.5. Plantio e tutoramento ......................................................................................... 15
6.3.6. Porte das mudas .................................................................................................. 16
6.3.7. Manutenção ........................................................................................................ 16
7. CRONOGRAMA DE EXECUÇÃO ............................................................................................ 17
8. CONCLUSÃO ........................................................................................................................ 17
9. RESPONSABILIDADE AMBIENTAL E SOCIAL ......................................................................... 18
10. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ....................................................................................... 19
ANEXOS ....................................................................................................................................... 20
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ÍNDICE DE FIGURAS
Figura 1 - Aerofoto da localização do terreno .............................................................................................. 5
Figura 2 - Relevo característico e declividade local (adaptado ITCG, 2006) ................................................. 6
Figura 3 - Tipos de solos predominantes na região de Curitiba (adaptado ITCG, 2006) ....................... ....... 7
Figura 4 - Classificação climatológica da região leste do Paraná com ênfase em Curitiba (adaptado ITCG,
2006)............................................................................................................................................................. 8
Figura 5 - Mapas com temperaturas mínimas e máximas no Paraná com destaque para região de
Curitiba (SIMEPAR, 2002) ............................................................................................................................. 8
Figura 6 - Formação vegetal predominante na região de Curitiba (modificado ITCG, 2010) ..................... 10
Figura 7 - Localização do muro de alvenaria que será removido ............................................................... 11
Figura 8 - Localização do aterro que será removido .................................................................................. 12Figura 9 - Proposta de isolamento da APP por meio de gradil ou tela ....................................................... 12
Figura 10 - Área de repovoamento arbóreo proposta ............................... ................................................ 13
Figura 11 - Croqui de distanciamento da mudas ........................................................................................ 16
Figura 12 - Croqui demonstrativo do porte das mudas .............................................................. ................ 16
ÍNDICE DE GRÁFICOS
Gráfico 1 - Histórico de precipitação na região de Curitiba (SIMEPAR, 2002) .............................................. 9
ÍNDICE DE TABELAS
Tabela 1 - Definição de relevo quanto à declividade (LIMA, 2004) .............................................................. 4
Tabela 2 - Cronograma de execução dos serviços propostos para mitigação da área ............................... 17
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1. INTRODUÇÃO
Contemporaneamente, a relação entre a expansão urbanística e a conservação do
meio ambiente encontra-se extremamente abalada. Todavia, acredita-se que através da
conscientização e do esforço humano seja possível dirimir este estado conflituoso e, até
mesmo, torná-lo harmônico.
A criação de áreas protegidas é um dos instrumentos estabelecidos pela Política
Nacional do Meio Ambiente, cujo objetivo primordial é a sustentabilidade ambiental. Dentro
do universo das áreas protegidas estão as chamadas unidades de conservação, que por meio
do Sistema Nacional de Unidades de Conservação da Natureza (SNUC), Lei n˚ 9985/00, foi
reunida em dois grupos: de uso sustentável e de proteção integral.
O estudo a seguir tem como fundamento justamente o restabelecimento do equilíbrio
entre o homem e a natureza, enfatizando a preservação e mitigação de unidades de
conservação.
2. OBJETIVO
O presente Plano de Controle Ambiental tem por objetivo identificar o panorama atual
da área de conservação, apontando a composição de elementos ambientais para,
posteriormente, promover a revitalização e controle da unidade, através de repovoamento
arbóreo, práticas conservacionistas de solo e recursos hídricos, de acordo com procedimentos
pré-estabelecidos e normatizados, visando mitigar os impactos sobre o meio ambiente e trazer
benefícios às novas comunidades e ecossistemas que lá se instalarão, tais como:
Refúgio para avifauna e fauna edáfica;
Nutrição do solo com maior acúmulo de matéria orgânica;
Diminuição do impacto dos ventos pela formação de dossel vigoroso;
Proteção do solo contra o impacto da gota da chuva;
Amenização da temperatura;
Rebatimento parcial da radiação solar;
Embelezamento e harmonia do meio;
Restabelecimento da biodiversidade da fauna e estabilidade entre
espécies;
Estabilização da umidade atmosférica e microclima local;
Conservação da Área de Preservação Permanente.
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3. EQUIPE TÉCNICA
Para execução dos serviços, contamos com profissionais altamente qualificados sendo:
Antonio Koczicki Neto – CREA/PR 66.352-D
Engenheiro Agrônomo;
Engenheiro Civil;
ESP. Engenharia Ambiental
4. CARACTERIZAÇÃO DO EMPREENDIMENTO
4.1.
Designação do Proprietário
Denomina-se, aqui, o proponente Sr. Francisco Carlos Bergami inscrito no C.P.F. nº
560.750.657/68 e Registro Geral nº 13.076.944-6 SSP/PR, residente à rua Eduardo Sprada ,
4.831, casa 80, CIC.
4.2.
Localização do Empreendimento
O terreno em questão localiza-se na rua Eunice Weaver, nº 401, bairro Seminário,
quadrícula L-08 da planta de arruamento do Município de Curitiba, Zona Residencial – 2 (ZR-2)
e subdivide-se em duas Indicações Fiscais: Lote frontal nº 45.169.015.000-0, que a partir da
agora será denominado Lote 01 e Lote dos fundos nº 45.169.015.000-3, denominado Lote02.
Com base na planta de projeto de implantação e topográfico do empreendimento
(Anexo), documentos imobiliários de referido (Anexo) e visita técnica realizada ao local,
constatou-se que o terreno possui o formato geométrico irregular, com testada principal
pertencente ao Lote 01 em 50 m (cinquenta metros) com relevo plano, sendo sua declividade
variável entre zero a 3% (LIMA, 2004).
CLASSE DE RELEVO DECLIVE
Relevo plano 0 – 3%
Relevo suave ondulado 3% - 8%
Relevo ondulado 8% - 20%
Relevo forte ondulado 20% - 45%
Relevo montanhoso 45% - 75%
Relevo escarpado > 75%
Tabela 1 - Definição de relevo quanto à declividade (LIMA, 2004)
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Figura 1 - Aerofoto da localização do terreno
Foto: Google Maps ©2013 Google
4.3.
Diagnósticos Anteriores
Por meio de trâmites legais visando a viabilidade de empreender no terrenomencionado, foram emitidos pareceres técnicos que nortearam o solicitante, conforme
segue no itens subseqüentes.
4.3.1. Quanto á flora e corpo hídrico existente
Segundo parecer técnico da Secretaria Municipal do Meio Ambiente a propriedade
encontra-se atingida por Bosque Nativo Relevante BO – 0737. Além disso, possui Área de
Preservação Permanente relativa ao Rio Barigui que avizinha-se ao lote na região sudeste
do mesmo, conforme plotado no projeto de implantação anexado a este PRAD.
4.3.2. Quanto ao auto de infração
O presente plano será embasado na solicitação AUS – 14000241 emitida na data de
09/12/2014 referindo-se ao parecer técnico 1-03/1191 e AEO 07/1166 onde os mesmos
mencionam o auto de infração e pedem ajuste de conduta.
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5. CARACTERIZAÇÃO DA ÁREA DE TRABALHO E ENTORNO
5.1.
Relevo
O Paraná possui um relevo com formas de vasto planalto com uma pequena
inclinação nas direções noroeste, oeste e sudoeste do Estado.
Segundo Reinhard Maak (1984), as terras do Estado do Paraná estão agrupadas
em cinco unidades geomorfológicas que se sucedem de leste para oeste: Litoral; Serra do
Mar; Primeiro Planalto ou de Curitiba; Segundo Planalto ou de Ponta Grossa; Terceiro
Planalto ou de Guarapuava.
O ITCG (2006) classifica a região onde se localiza o lote em questão como Bacia
Sedimentar de Curitiba contemplada pelo Planalto de Curitiba, conforme ilustra a Figura 2.
Figura 2 - Relevo característico e declividade local (adaptado ITCG, 2006)
5.2.
SoloResultante de ações integradas de intemperismo e organismos sobre o material de
origem, o solo de determinada região possui características provindas da intensidade em
que a rocha mãe sofre devido aos efeitos externos. Processos de perdas, adições,
transportes e transformações diferenciam cada tipo de solo por sua coloração, composição
química, resistência e profundidade do perfil (Departamento de Solos e Engenharia
Agrícola da UFPR, 2007).
O material de origem geralmente é a rocha podendo ser gerados a partir da mesma
solos arenosos, argilosos ou siltosos. Além disso o relevo exerce função de extrema
importância na confabulação de determinado tipo de solo por norteia o depósito ou
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carreamento do mesmo. Regiões muito acidentadas tendem a possuir solos profundos em
baixadas e rasos em morros (LIMA e LIMA, 2007).
Para a área em estudo o ITCG (2006) caracteriza o solo regional provindo de
intempéries em rocha magmática com predominância de granito, com relevo já
mencionado anteriormente, gerando solo denominado Latossolo vermelho típico
distrófico com ocorrência de Cambissolo e Argissolos em menor proporção (LIMA, 2002).
Figura 3 - Tipos de solos predominantes na região de Curitiba (adaptado ITCG, 2006)
5.3.
Clima
A precipitação é menor no inverno, todavia não há estação seca definida ao longo do
ano. Segundo Köppen, possui clima oceânico Cfb, subtropical úmido mesotérmico onde o
verão é mais úmido que o inverno e há chuvas abundantes distribuídas durante o ano, com
média de temperatura máxima anual de 22,7°C e mínima de 11,2°C, sem estação seca,
com verões frescos e úmidos. Nas Figuras 4 e 5 são representadas as variações de clima e
temperaturas máximas e mínimas na região leste do estado com destaque à região de
Curitiba, corroborando com a classificação acima mencionada (SIMEPAR, 2002).
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Figura 4 - Classificação climatológica da região leste do Paraná com ênfase em Curitiba (adaptado ITCG, 2006)
Figura 5 - Mapas com temperaturas mínimas e máximas no Paraná com destaque para região de Curitiba (SIMEPAR,
2002)
O índice pluviométrico alcança 1.574 mm em média por ano, pois as chuvas são uma
constante do clima local. Este fato em parte deve-se ao grande desmatamento da Serra do
Mar, barreira natural de umidade. A estação de hibernação é caracterizada por temperaturas
baixas e geada periódica (IAPAR, 1990).
O Gráfico 1 aborda o histórico pluviométrico da região de Curitiba
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Gráfico 1 - Histórico de precipitação na região de Curitiba (SIMEPAR, 2002)
5.4.
VegetaçãoGrande parte do planalto meridional dos estados do Paraná, Santa Catarina e Rio
Grande do Sul, incluindo-se aí o planalto onde se localiza a cidade de Curitiba, foram outrora,
recobertos por uma vegetação típica, na qual o pinheiro-do-paraná ou Araucaria angustifolia,
imprimia o aspecto fisionômico próprio à floresta em virtude, principalmente, de sua
abundância, porte agigantado de seus fustes e copas corimbiformes muito características,
providas de folhas verde-escuras, que emergem por diversos metros por sobre o restante da
vegetação arbórea (CARVALHO, 2003).Segundo Klein (1984), no planalto de Curitiba e no 2° planalto paranaense, o pinheiro
estava geralmente associado à imbuia (Ocotea porosa), que formava, por vezes,
aproximadamente 60 a 70 % da cobertura do sub-bosque. Outras vezes associava-se com a
sapopema (Sloanea monosperma).
Nas formações onde o sub-bosque apresentava-se mais desenvolvido, os
agrupamentos vegetais eram constituídos por um relativo pequeno número de espécies.
Dentre as principais convém citar o cedro (Cedrela fissiliis), a erva-mate (Ilex paraguaiensis), a
congonha (Ilex theezans), a guaçatunga (Casearia decandra), a carne-de-vaca (Styrax leprosus),
o guabiju (Myrcianthes pungens), bem como outras Mirtáceas e bambus (Chusquea spp.) e os
carás (Merostachys multiramea) (CARVALHO, 2003).
Ao que tudo indica, constituíam estes agrupamentos, os estágios mais evoluídos da
Floresta Ombrófila Mista. Todos os demais estágios parecem anteceder a esta, uma vez que as
espécies dominantes como a imbuia e a sapopema, que parecem melhor corresponder aos
fatores climáticos regionais, se encontram nas demais submatas em estágios de sucessão
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A Figura 6 ilustra a formação regional de Curitiba abrangendo em grande parte
vegetação de Campo Natural e Formação pioneira em mata ciliar devido às contribuições de
rios e córregos. Na parte oeste destaca-se a formação de Floresta Ombrófila Mista Montana
devido à ocorrência de povoamentos puros de pinheiro e bracatinga (ITCG, 2010).
Figura 6 - Formação vegetal predominante na região de Curitiba (modificado ITCG, 2010)
6. PROPOSTA DE PLANO DE RECUPERAÇÃO DE ÁREA
DEGRADADA
Conforme exigência emitida segundo parecer técnico da SMMA AUS – 140000241, o
proprietário se dispõe a atender as solicitações mediante um plano de ação proposta
neste PRAD.
6.1.
Da remoção do aterro e muroEm cumprimento ao parecer mencionado, propõe-se a remoção parcial do muro de
alvenaria localizado a sudeste do lote, medindo aproximadamente 109 metros lineares,conforme ilustra Figura 7. Tal remoção se dará de forma deixar lacunas que serão
preenchidas atenderá as exigências ambientais procurando causar o menor dano possível
à APP, conforme recomendação abaixo:
a) Proporcionar acesso restrito às dimensões de veículos leves para retirada de
entulhos;
b) A demolição deverá ser feita manualmente ou com auxilio de equipamento
mecânico leve. Isto deverá prevenir o deslocamento de resíduos ao leito do
Rio Barigui;
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c) Os resíduos de demolição deverão ser acondicionados em local adequado fora
da APP para posterior remoção;
d) Após a supressão total do muro as valas devem ser preenchidas com solo
orgânico de boa qualidade;
e) Durante a operação evitar o pisoteio ou arranque de vegetação de sub-bosque
ou regenerações.
Figura 7 - Localização do muro de alvenaria que será removido
Passada a etapa de demolição e remoção do muro de alvenaria, inicia-se o
procedimento de escavação e retirada do aterro existente. Conforme Figura 8 ilustra, a
ocorrência do aterro é de formato geométrico irregular com espessuras de camadas de
solo variadas. Devido a estes fatores a abrangência e volumetria são estimadas sendo
calculadas em aproximadamente 90 m³ (noventa metros cúbicos).
A operação de escavação deve ser cautelosa procurando impactar o mínimo possívelem áreas adjacentes ao aterro, conforme segue:
a) Demarcar a área a ser escavada, averiguado a presença de vegetação nativa
em regeneração. Caso ocorra deverá ser promovido o transplante de tal
espécie ao bosque nativo presente no lote.
b) Escavar com auxílio de maquinário leve de pequeno porte, podendo ser mini
escavadeira ou mini carregadeira. O solo removido deve ser embarcado em
um caminhão basculante e descartado em local adequado fora da APP.
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Figura 8 - Localização do aterro que será removido
6.2.
Do isolamento da Área de Preservação Permanente
O proprietário promoverá, como proposta mitigatória, o isolamento da área de APP
por meio de grade vazada ou tela com dimensões de 1,80 (um metro e oitenta
centímetros) de altura. Tal medida visa a conservação da área causando uma barreia à
entrada de pessoas estranhas ao local, proporcionando ao futuro bosque um meio mais
apropriado de regeneração sem interferências externas do meio antrópico. A Figura 9
demonstra o local de implantação.
Figura 9 - Proposta de isolamento da APP por meio de gradil ou tela
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6.3.
Da povoamento arbóreo
Após operações efetuadas no muro e aterro, o proprietário propõe-se a efetuar o
plantio arbóreo no local atingido pelas ações antrópicas anteriores, sendo que o mesmo
será executado no distanciamento mínimo de 30,00 metros a partir da margem do rio
Barigui. O croqui de implantação do futuro bosque segue na Figura 10 e contempla uma
faixa de 50,00 metros, contudo a implantação do futuro bosque abrange 30,00 metros,
conforme mencionado anteriormente.
Figura 10 - Área de repovoamento arbóreo proposta
6.3.1. Preparo do terrenoAo se identificar a região de plantio, deve-se preparar o terreno, limpando-se a área de
serviço através de roçada controlada e capina, inspecionando o terreno para constatação
de animais peçonhentos ou que demandem cuidados adicionais, demarcando os locais de
escavações (covas) e verificando a qualidade do solo observando a necessidade da adição
ou não de solo vegetal mais apropriado. Para tanto se torna necessária a presença de
profissional habilitado e competente (Eng. Agrônomo).
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6.3.2. Espaçamento e locaçãoA distância entre árvores dependerá da disponibilidade de plantio do lote. Para o caso
específico do lote em muitos locais o plantio será efetuado próximo aos bosques
existentes, portanto não havendo uma uniformidade de espaçamento, no entanto
devendo seguir a distância mínima 3,00 m (três metros) entre a muda e a árvore já
existente. Para os locais completamente desprovidos de vegetação está previsto um
espaçamento de 3,00 m x 3,00 m, totalizando 9,00 m² por muda, sendo que a distância
máxima entre plantio é de 3,00 (três) metros.
Formulário:
Apl = Aterr + Am Q a = Aterr/Fc
Onde:Apl = área destinada à implantação do futuro bosqueAterr = área destinada ao plantio no terrenoAm = área destinada ao plantio da margem do rioQ a = quantidade de árvores.Fc = 9 = fator de projeção de copada da árvore em m².
Desta maneira tem-se:
Apl = 459 m²Q a = 459/9 = 51 árvores.
Portanto para o presente PRAD, propõe-se o plantio de 51 (cinqüenta e uma) mudas
de árvores nativas da região de Curitiba.
As mudas deverão ser distribuídas de maneira irregular e aleatória não linear, evitando
formação de fileiras ou colunas retilíneas descaracterizando assim reflorestamento,
aproximando-se ao máximo das características naturais de um povoamento florístico.
As espécies indicadas seguem abaixo:
1. Cabralea glaberrima - Canjerana
2. Campomanesia xanthocarpa - Guabiroba
3. Cassia multijuga - Cássia cigarreira
4. Cedrela fissilis - Cedro Rosa
5. Erythrina falcata - Corticeira
6. Eugenia uniflora - Pitanga
7. Jacaranda puberula - Caroba
8. Lafoensia pacari - Dedaleiro
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9. Lonchocarpus sp. - Timbó
10. Ocotea porosa - Imbuia
11. Piptadenia peregrina - Angico
12. Podocarpus lambertii - Pinheiro Brabo
13. Prunus brasiliensis - Pessegueiro Brabo
14. Psidium catlelianum - Araçá
15. Schinus terebentifolius - Aroeira
16. Tabebuia roseo-alba - Ipê Amarelo
17. Tibouchina sellowiana - Quaresmeira
18. Vitex megapotamica - Tarumã
6.3.3.
Abertura de covasAs covas deverão ser abertas nos locais previamente demarcados, com dimensões de
0,60 m x 0,60 m x 0,60 m, com o auxílio de ferramental apropriado, removendo o solo e
mantendo limpo o seu entorno.
6.3.4. Terra vegetal e adubaçãoA terra que por ventura possuir características organo-químicas duvidosas ao bom
desenvolvimento da vegetação, deverão ser retirada da cova e substituída por outra que
seja de boa qualidade, além da adubação com 200 g de calcário dolomítico (por cova), 100g de adubo NPK 4-14-8 (por cova). Para tanto, a operação deverá ser acompanhada por
profissional habilitado (Eng. Agrônomo).
6.3.5. Plantio e tutoramentoA muda de árvore deverá ser colocada na cova na mesma altura do colo que se
encontra na embalagem produzida ou criada, com remoção de embalagem plástica
impermeável, podendo manter-se a embalagem se for de fibras naturais, materiais
putrefatos, ou saco de estopa. A muda deverá ser colocada no leito da cova, sobre terrasolta, e aterrada pelas bordas com terra vegetal previamente adubada, pressionando a
parte superior, formando uma concavidade para reter água das chuvas ou irrigação
manual.
Ressalta-se, aqui, a implantação de reflorestamento misto, ou seja, a vegetação deverá
ser distribuída de modo aleatório, mantendo certa diversidade de espécies em cada ponto
do futuro bosque.
Em seguida ao plantio, a muda de árvore deverá ser tutorada com estaca de bambu ou
similar, efetuando o amarrio das mesmas no mínimo em 2 pontos, através de fitilho ou
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tiras de borracha, de maneira a evitar movimentos provocados por ventos, direcionar o
crescimento e visualizar a árvore que está sendo tratada.
Figura 11 - Croqui de distanciamento da mudas
6.3.6. Porte das mudasComo citado anteriormente, a composição arbórea de recomposição do bosque nativo
deverá conter mudas de árvores nativas com no mínimo 1,50 m (um metro e cinquenta
centímetros) de altura de tronco até a primeira bifurcação da copa e 0,03 m (três
centímetros) de DAP (diâmetro na altura do peito).
Figura 12 - Croqui demonstrativo do porte das mudas
6.3.7. ManutençãoPara o pleno desenvolvimento das mudas plantadas deverão ser feitas manutenções
periódicas com remoção de ervas daninhas e/ou capins no entorno que possam concorrer
com o desenvolvimento da muda, mantendo um coroamento capinado, bem como fazer
substituição de tutor em caso de apodrecimento precoce do mesmo. É absolutamente
necessário efetuar vistorias constantes, para verificar o ataque de formigas carregadeiras
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9. RESPONSABILIDADE AMBIENTAL E SOCIAL
A preservação do meio ambiente diz respeito também à sociedade, pois dependemos
dos recursos naturais nela presente. Cabe ao meio antrópico procurar maneiras de adaptação
e convivência harmônica para com a natureza, visando sempre o desenvolvimento
sustentável:”... garantindo a sobrevivência do presente sem prejudicar as gerações futuras.”
Assinam abaixo os responsáveis.
Antonio Koczicki Neto CREA/PR 66.352-D
Eng. Agrônomo/ Eng. Civil
Carlos Bergami CPF 560.750.657-68
Proprietário
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10. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
Ambiente Brasil – Jornal do Meio Ambiente – Disponível em .Acesso em 9 de julho de 2015.
Anais do VI Simpósio Nacional e Congresso Latino-Americano de Recuperação de Áreas Degradadas,SOBRADE, Curitiba PR., 2005.
ITCG - Instituto de Terras, Cartografia e Geociências do Paraná – Disponível em . Acesso em 8 de julho de 2015.
KLEIN, R.M. – Aspectos Dinâmicos de Vegetação do sul do Brasil, Rev. Sellowia, sep.36, Itajaí SC., 1984.
LIMA, V.C. – Fundamentos de pedologia, UFPR/ Setor de Ciências Agrárias, Departamento de Solos eEngenharia Agrícola, 233p:Il, Curitiba, 2004.
LORENZI, H – Árvores Brasileiras – Manual de Identificação e Cultivo de Plantas Nativas do Brasil,vol. 1.Editora Plantarum, Nova Odessa SP., 2000.
LORENZI, H et. al . – Árvores Brasileiras – Manual de Identificação e Cultivo de Plantas Nativas do Brasil,vol. 2. Editora Plantarum, Nova Odessa SP., 2002.
LORENZI, H et. al . – Árvores Brasileiras – Manual de Identificação e Cultivo de Plantas Nativas do Brasil,vol. 3. Editora Plantarum, Nova Odessa SP., 2009.
LORENZI, H et. al . – Árvores Exóticas do Brasil – Madeireiras, ornamentais e aromáticas, EditoraPlantarum, Nova Odessa SP., 2003.
LORENZI, H et. al . – Palmeiras brasileiras e exóticas cultivadas, Editora Plantarum, Nova Odessa SP.,2004.
O Solo no Meio Ambiente: Abordagem para Professores do Ensino Fundamenta e Médio e Alunos doEnsino Médio. UFPR. Departamento de Solos e Engenharia Agrícola, Curitiba PR, 2007.
Pesquisas em Meio Ambiente: Subsídios para Gestão de Políticas Públicas / org: WENDLAND,E. eSCHALCH, V. – São Carlos, SP., 2003.
SIMEPAR – Sistema Meteorológico do Paraná – Disponível em . Acesso em 8de julho de 2015.
http://www.ambientebrasil.com.br/http://www.ambientebrasil.com.br/http://www.ambientebrasil.com.br/http://www.ambientebrasil.com.br/http://www.ambientebrasil.com.br/http://www.ambientebrasil.com.br/http://www.ambientebrasil.com.br/http://www.ambientebrasil.com.br/http://www.itcg.pr.gov.br/http://www.itcg.pr.gov.br/http://www.itcg.pr.gov.br/http://www.itcg.pr.gov.br/http://www.itcg.pr.gov.br/http://www.itcg.pr.gov.br/http://www.itcg.pr.gov.br/http://www.simepar.br/http://www.simepar.br/http://www.simepar.br/http://www.simepar.br/http://www.simepar.br/http://www.simepar.br/http://www.simepar.br/http://www.simepar.br/http://www.simepar.br/http://www.simepar.br/http://www.simepar.br/http://www.itcg.pr.gov.br/http://www.itcg.pr.gov.br/http://www.ambientebrasil.com.br/http://www.ambientebrasil.com.br/
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ANEXOS
1 – Documentos do proprietário2 – Documentos da propriedade
3 – Auto de infração4 – Planta de implantação5 – Planta topográfica