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PLANO DE MANEJO FLORESTAL
RESUMO PÚBLICO
2014 – 2015
v.10.0
Plano de Manejo Florestal RESUMO PÚBLICO
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APRESENTAÇÃO ......................................................................................................................... 4
Missão............................................................................................................................................. 4
Princípios ........................................................................................................................................ 4
A Empresa ....................................................................................................................................... 4
Localização e ocupação das áreas .................................................................................................... 5
1) PROCESSO DE PRODUÇÃO DE MADEIRA ...................................................................... 6
1.1) Plano Estratégico ...................................................................................................................... 6
1.2) Planejamento Técnico, Econômico, Ambiental e Social - PTEAS .................................................. 9
1.3) Produção de Mudas ................................................................................................................. 10
1.4) Atividades Silviculturais ............................................................................................................ 10
1.5) Inventário ................................................................................................................................ 11
1.6) Colheita / Transporte ............................................................................................................... 11
2) PESQUISA FLORESTAL ....................................................................................................... 12
2.1) Melhoramento Genético ........................................................................................................... 12
2.2) Manejo e Controle de Pragas Florestais .................................................................................... 12
2.3) Solos, Nutrição e Manejo Florestal ........................................................................................... 13
2.4) Produção Científica ................................................................................................................. 14
3) PROTEÇÃO FLORESTAL ..................................................................................................... 14
3.1) Prevenção e Controle de Incêndios Florestais ........................................................................... 14
3.2) Proteção Patrimonial e Acesso da Comunidade às Áreas da Empresa ....................................... 15
4) MEIO AMBIENTE .................................................................................................................... 16
4.1) Monitoramentos....................................................................................................................... 16
4.1.1) Flora .................................................................................................................................... 17
4.1.2) Fauna .................................................................................................................................. 18
4.1.3) Recursos Hídricos ................................................................................................................ 21
4.2) Área de Alto Valor Conservação – AAVC .................................................................................. 22
4.3) Educação e Comunicação Ambiental ........................................................................................ 25
5) POLÍTICA DE RECURSOS HUMANOS ............................................................................. 30
5.1) Recrutamento, Seleção e Remuneração ................................................................................... 30
5.2) Mão de Obra ........................................................................................................................... 31
5.3) Segurança e Saúde Ocupacional.............................................................................................. 31
5.4) Benefícios ............................................................................................................................... 32
5.5) Treinamento, Desenvolvimento e Qualidade de Vida ................................................................. 34
5.6) Perfil socioeconômico da área de influência da CENIBRA .......................................................... 36
6) ASPECTOS SOCIAIS - INSTITUTO CENIBRA ................................................................. 37
6.1) Missão do INSTITUTO CENIBRA ............................................................................................. 38
6.2) Princípios do INSTITUTO CENIBRA ......................................................................................... 38
6.3) Estratégia ............................................................................................................................... 38
6.4) Áreas Temáticas de Atuação .................................................................................................... 39
Plano de Manejo Florestal RESUMO PÚBLICO
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INFORMAÇÕES GERAIS
Nome: Celulose Nipo-Brasileira S.A. - CENIBRA
Endereço: BR 381, km 172 – Belo Oriente - Minas Gerais CEP: 35196-000
Fone/Fax: (31) 3829 5010 / 3829 5260
E-mail [email protected]
Internet: www.cenibra.com.br
Insc. Estadual: 063.141486.0136
CNPJ/Mf: 42.278.796/0001-99
Representante Legal Robinson Félix
Diretor Industrial e Técnico
Versão deste documento Versão 10.0, abril de 2014
Revisão deste documento Próxima revisão em abril de 2015
Plano de Manejo Florestal RESUMO PÚBLICO
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APRESENTAÇÃO
O Plano de Manejo Florestal da Celulose Nipo-Brasileira S. A. - CENIBRA S.A. é uma
ferramenta utilizada pela empresa no planejamento das atividades florestais. Ele descreve
claramente os objetivos, as responsabilidades, os recursos disponíveis e as estratégias para a
adoção de práticas de manejo sustentável.
Missão
“Agregar valor às florestas renováveis, com qualidade e competitividade, em parceria com os acionistas, clientes e colaboradores, contribuindo para o desenvolvimento da sociedade, em harmonia com o ambiente”.
Princípios
Valorizar a inovação, a competência, o compromisso e a contribuição dos profissionais;
Praticar a ética, a verdade e o respeito em todos os relacionamentos;
Preservar o meio ambiente como base do desenvolvimento;
Fazer tudo com qualidade, confiabilidade e competitividade;
Agir no presente com visão de futuro.
A Empresa
A CENIBRA é uma das maiores produtoras mundiais de celulose branqueada de fibra curta de
eucalipto. Está localizada em Belo Oriente (a 236 km de Belo Horizonte). Sua produção é
direcionada principalmente ao mercado externo, atendendo principalmente ao Japão, Estados
Unidos, países da Europa, América Latina e Ásia.
Para atender ao cliente do setor de celulose e papel, com matéria prima oriunda de
atividade florestal sustentável do ponto de vista econômico, social e ambiental e da saúde e da
segurança do trabalho, além de buscar a melhoria contínua em sua atuação, a CENIBRA utiliza
os sistemas de gestão ISO 9001:2008 e ISO 14.001: 2004. Em 2005, a Empresa obteve as
certificações do Conselho de Manejo Florestal (FSC), e Programa Nacional de Certificação
Florestal (CERFLOR), que são uma garantia de que o produto CENIBRA é originado de uma
floresta em que se pratica o manejo florestal sustentável, com responsabilidade sócio-
ambiental. O escopo da certificação contempla 243.774,68 hectares de área total, destes
127.838,91 hectares de plantações de eucalipto.
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Localização e ocupação das áreas
A CENIBRA possui áreas na porção Centro Leste de Minas Gerais, estendendo-se desde a
região próxima a Belo Horizonte até a porção próxima à Governador Valadares, conforme a
figura 1. Quanto à questão do uso anterior do solo, grande parte das áreas foi adquirida de
empresas reflorestadoras que já estavam cultivando estas áreas com eucaliptos. Este fato
demonstra a crença da empresa na sustentabilidade biológica dos ecossistemas cultivados
com o eucalipto, o que pode ser demonstrado pela grande proporção de áreas de Reserva
Legal e Preservação Permanente que são conservadas no manejo silvicultural (Quadro 1), que
são da ordem de 40% das áreas.
Figura 1: Distribuição de áreas da empresa.
A CENIBRA não tem como negócio a compra de terras para especulação imobiliária. Havendo
um aumento na produção de celulose, e conseqüentemente na necessidade de suprimento de
madeira, serão adquiridas ou arrendadas novas áreas para plantio e serão expandidos os
contratos do Programa Fomento Florestal.
As diretrizes abaixo deverão ser observadas no caso da aquisição de novas áreas:
Priorizar a área de abrangência dos projetos da CENIBRA;
Priorizar áreas já cultivadas com eucalipto;
Adotar uma medida de preços adequada à realidade de cada região;
Priorizar compra nos municípios que apresentam menores percentuais de áreas da
Empresa.
Adquirir áreas devidamente legalizadas, munidas de certidões negativas do
Ministério do Trabalho e do Instituto Estadual de Florestas/MG;
Observar oportunidades para manter desmembrada do imóvel objeto de compra a
unidade habitacional e as estruturas de seu entorno.
Quadro 1: Distribuição de ocupação das áreas da empresa
DISCRIMINAÇÃO HECTARES %
Plantios de eucalipto 126.688,55 51,97
Reserva Legal e Áreas de Preservação Permanente
101.260,52 41,54
Outros (estradas, aceiros, edificações, etc)
15.825,61 6,49
TOTAL 243.774,68 100
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Plano de Manejo Florestal RESUMO PÚBLICO
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1) PROCESSO DE PRODUÇÃO DE MADEIRA
1.1) Plano Estratégico
O Planejamento Estratégico é um processo que diz respeito à formulação de objetivos para a
escolha de programas e ou projetos de ação e para sua execução, levando em conta as
condições internas e externas à empresa e sua evolução esperada. O plano estratégico tem
como objetivo potencializar as condições favoráveis e minimizar as desfavoráveis. Para isso
são definidas as diretrizes básicas corporativas, buscando a sustentabilidade e competitividade
no mercado.
1.1.1) Planejamento de Longo Prazo (21 anos)
Com base no Planejamento Estratégico para produção de celulose são estabelecidas
as premissas de longo prazo (horizonte de 21 anos) como a produção de madeira; o percentual
de abastecimento com madeira própria e terceiros (fomento florestal e compra no mercado);
definição de estoque mínimo de madeira em pé; aquisição, desmobilização e substituição de
terras.
O Plano de Abastecimento de Madeira determina a estrutura de idade e o fluxo de
produtos florestais com suas receitas e custos, para um determinado horizonte de
planejamento.
Vários fatores devem ser considerados durante a elaboração deste plano, tais como:
demanda atual e futura por madeira, situação atual de terras e florestas, caracterização
topográfica do povoamento, níveis de produtividade, ganhos tecnológicos, custos e receitas
envolvidas, alternativas de manejo, dentre outros.
Horizonte de Planejamento O horizonte de planejamento é uma variável muito importante no planejamento,
principalmente levando-se em conta os aspectos da regulação florestal, responsável
pela conversão de uma distribuição de uma classe de idade atual em uma estrutura
regulada.
O período de planejamento de longo prazo adotado pela CENIBRA é de 21 anos, e a
ferramenta utilizada neste processo é o PLANFLOR, que é um sistema de suporte a
decisão (SSD) que utiliza a programação linear para otimização da seqüência das
atividades do processo florestal.
Restrições ao Planejamento Imposição de cotas anuais - garante um fluxo regular de produção a cada período de
colheita por região, através da imposição de níveis de oscilações permitidos;
Plano de Manejo Florestal RESUMO PÚBLICO
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Exigência de uma estrutura regulada - a opção mais comumente adotada para obter
uma floresta regulada ao final do horizonte de planejamento consiste na inclusão de
restrições que imponham uma distribuição adequada de classes de idade.
Nível de demanda de madeira - garante que no mínimo essa demanda seja atendida;
Nível desejável de estoque final - imposição de um nível de estoque mínimo ao final do
horizonte de planejamento.
Figura 2: Fluxograma do planejamento em longo prazo.
Plano
Estratégico
Premissas
Industriais
Premissas
Florestais
Cenário 3ª
Linha
Cenário atual
(sem expansão)
Demanda
abastecimento
Restrições
Própria
Fomento
Arrendamento
Fontes de
abastecimento
Plano de
produção fabril
Página 1
Fluxograma de Planejamento em Longo Prazo
Cotas de
produção
Madeira de
Terceiros
Regulação
Florestal
Modelo
Custos
Madeira
energiaTransporte
Colheita
Silvicultura
Sistema de Otimização
(REMSOFT /
PLANFLOR)
Estudos
Aprovado pelo
Gerente Geral?
FIM
SIM
NÃO
Rever
Rever
Madeira de
mercado
Ativo
Imobilizado
Cadastro
(Área - ha)
Produtivi-
dade
(m³/ha)
Inventário
Florestal
Contínuo
Prognose
A demanda foi
atendida?
Área
Plantada
SIM
NÃO
Adquirir
Terras
Plano Plurianual
(colh, transp, silv)
regulado?SIM
NÃO
Rever
1.1.2) Planejamento Tático – Médio Prazo (4 anos)
O objetivo do planejamento tático é informar os projetos que serão colhidos nos
próximos 4 (quatro) anos, de acordo com a necessidade de consumo da fábrica, levando-se
em consideração as dificuldades de infra-estrutura, colheita e transporte da madeira em função
dos períodos do ano (seco ou chuvoso). Também são verificadas, as seqüências de
deslocamentos, de modo a facilitar a fixação da mão-de-obra no próprio local de trabalho,
evitando-se deslocamentos longos ou transferência temporária de empregados.
Para isso, utilizam-se as informações geradas pelo Planejamento de Longo Prazo, onde
são selecionados os projetos dos 4 (quatro) primeiros anos que foram otimizados no sistema
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Planflor. A ferramenta utilizada neste planejamento é o SPMP – Sistema de Planejamento de
Médio Prazo.
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Figura 3: Fluxograma do planejamento em médio prazo.
1.1.3) Planejamento Operacional – Curto Prazo (18 meses)
O objetivo do planejamento operacional é a seleção dos projetos a serem orçados
(orçamento físico) para colheita, transporte e silvicultura, obedecendo a uma seqüência de
corte que contemple os projetos estratégicos para os meses de chuva (novembro a março),
bem como atender as possíveis demandas de consumo adicionais da fábrica no período e
regulação do estoque de madeira pronta para transporte.
Os projetos selecionados deverão ser aqueles contemplados no Planejamento Tático –
Médio Prazo. A ferramenta utilizada neste planejamento é o SPCP – Sistema de Planejamento
de Curto-Prazo.
1.2) Planejamento Técnico, Econômico, Ambiental e Social - PTEAS
O PTEAS é elaborado de forma participativa e interdepartamental e utilizado para
assegurar que os princípios econômicos, da qualidade, do respeito ao meio ambiente e das
comunidades do entorno sejam levados em consideração quando do planejamento das
atividades de implantação, reforma, colheita e transporte.
O planejamento inicia-se com uma vistoria de campo realizada pelos supervisores e
monitores, antes da colheita, onde são discutidos e locados em mapas aspectos relevantes
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com respeito à locação de estradas, retificação de trajetos e fluxos de carregamento, dentre
outros. São definidas as principais restrições técnicas (afloramentos rochosos, dificuldade de
acesso, declividade restritiva, dentre outros); restrições ambientais e legais (passivos
ambientais, relacionados às áreas de reserva legal e de preservação permanente, áreas
susceptíveis à erosão, e sítios de valor histórico, ecológico, cultural, religioso ou arqueológico);
e as demandas ou necessidades da sociedade (nas proximidades de assentamentos
populacionais são considerados os aspectos de geração de poeira, impacto visual, risco de
acidentes, água de servidão, dentre outros).
Todo o trabalho é então analisado e validado pelos responsáveis das áreas
operacionais, pesquisa e meio ambiente; as alterações indicadas no PTEAS são incorporadas
ao micro-planejamento de colheita e de silvicultura, e alimentam o sistema de cadastro
florestal. Ao longo dos ciclos florestais, o PTEAS é uma fonte de registro e monitoramento das
mudanças ocorridas no manejo das florestas.
1.3) Produção de Mudas
Objetivando centralizar, em uma única unidade, todas as atividades de produção de
mudas para abastecer as futuras florestas renováveis de eucalipto mantidas pela empresa, a
CENIBRA investiu na implantação do novo Viveiro Florestal, um dos mais modernos do mundo
no que se refere às técnicas empregadas na produção de mudas de eucalipto por clonagem.
Tendo capacidade de produção anual de 25 milhões de mudas e localizado a cerca de
2 (dois) quilômetros da Unidade Industrial da Empresa, o complexo agrega o que de mais
inovador e sofisticado existe hoje em termos tecnológicos, contando com uma estrutura que
permite controlar os fatores de produção tais como temperatura, umidade, luz, nutrientes e
água. Além destes pontos vitais para a produção o meio ambiente e o capital humano da
empresa também foram diretamente incorporados no projeto, resultando em melhor
aproveitamento de fertilizantes, água, inclusive com tratamento e reuso deste recurso, além
disto todo o viveiro foi ergonomicamente adequado para que o trabalhador execute as
atividades com o menor esforço possível.
A partir de material genético próprio, originado do Programa de Melhoramento Genético
e Desenvolvimento Clonal da Empresa, as mudas são produzidas em tubetes com substrato de
vermiculita, casca de arroz carbonizada e fibra de coco, sendo manejadas e preparadas para o
plantio conforme procedimento de Produção de Mudas Clonais de Eucalipto da CENIBRA.
1.4) Atividades Silviculturais
Para que sejam iniciadas as atividades silviculturais em cada projeto, as áreas
operacionais realizam o PTEAS (Planejamento Técnico, Econômico, Ambiental e Social de
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Projetos Florestais), conforme o procedimento da Empresa. Na fase de microplanejamento
silvicultural são demarcadas as áreas de reserva legal e de preservação permanente conforme
o Procedimento para Locação, Averbação de Reserva Legal e Preservação Permanente, bem
como definidas as restrições que possam interferir na adequada implantação (ou reforma) de
um talhão. Tais restrições podem ser de ordem técnica, operacional ou ambiental. Também são
definidas as áreas de mecanização e, juntamente com a área de pesquisa e desenvolvimento
florestal, a recomendação de material genético, baseando-se principalmente na adaptação de
determinado clone à condição ambiental específica e ao plantio de clones diversos em áreas
contínuas.
1.5) Inventário
O uso eficiente, a conservação e o manejo dos recursos florestais requerem o
conhecimento de características quantitativas e qualitativas das florestas e o acompanhamento
contínuo da sua produtividade (m³/ha/ano). Esse conhecimento é possível por meio de
inventários florestais, técnica que utiliza dados de parte da população (amostras) para gerar
estimativas para todo o povoamento florestal.
A capacidade produtiva do setor florestal, bem como os números característicos de
cada unidade de produção, podem ser consultados no Relatório Anual de Inventário Florestal
Contínuo e no Relatório de Terras e Florestas, disponíveis na Coordenação de Ordenamento e
Mensuração Florestal.
1.6) Colheita / Transporte
O suprimento de 100% da madeira de eucalipto é realizado com o sistema de corte raso
da floresta em rotações médias de 7 (sete) anos, com posterior reforma ou condução da
regeneração por mais uma rotação, ou seja, ao invés de realizar novamente plantio, faz-se a
condução das brotações das cepas de eucalipto recém cortadas.
A colheita das áreas é feita de forma mecanizada. As máquinas utilizadas nesta
modalidade de colheita são: Feller-buncher, Clambunk, Garra-traçadora, Harvester e
Forwarder. Desde o ano de 2012 a empresa deixou de utilizar o sistema de colheita semi-
mecanizada (motosserra + guincho TMO) graças ao desenvolvimento do “Guincho-Work”, que
permitiu a utilização de máquinas de colheita em terrenos com declividade superior a 27º.
A madeira colhida e baldeada é transportada para a unidade industrial, em Belo Oriente,
em caminhões do tipo rodotrem (para colheita realizada em áreas próprias) ou truck (para
colheita realizada em áreas de fomento florestal). Os modelos de colheita utilizados pela
CENIBRA estão sintetizados no quadro a seguir.
Plano de Manejo Florestal RESUMO PÚBLICO
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Nas operações de transporte, a cadeia de custódia é garantida em qualquer momento
pelo preenchimento da NTM (Nota de Transporte de Madeira), desde a fase de corte até a
entrega da madeira na fábrica.
2) PESQUISA FLORESTAL
As atividades de pesquisa florestal na CENIBRA, além de contar com equipe especializada, em
diversas áreas da ciência florestal, tem como forte aliada à realização de parcerias com
Universidades e outras instituições de pesquisa, coordenadas por especialistas que agregam
conhecimento e têm como suporte estrutura de laboratórios bem equipados para o atendimento
das demandas de análises.
Os aspectos mais relevantes das principais áreas de atuação da Área de Pesquisa
Florestal são descritos a seguir:
2.1) Melhoramento Genético
A base desta importante área da engenharia florestal que compõe o setor de pesquisa
da CENIBRA é, em primeiro lugar, a própria genética. Ela é de fato uma área do conhecimento
que exige a integração e uso de vários campos do conhecimento, como a botânica, taxonomia,
genética, citologia, fitopatologia, entomologia, biologia molecular, fisiologia, estatística, entre
outras. E quando o objetivo é selecionar e indicar árvores para plantio comercial, com maiores
teores de celulose e maior facilidade de extração pela indústria, conhecimentos e trabalhos na
área de tecnologia da madeira são imprescindíveis para a condução de um programa de
melhoramento genético.
2.2) Manejo e Controle de Pragas Florestais
Na CENIBRA, em virtude de características ambientais da região e do modelo de
manejo das florestas, não tem ocorrido pragas florestais que promovam danos econômicos
expressivos, com exceção das formigas cortadeiras. A manutenção da população de pragas
florestais abaixo do nível de dano econômico é fundamental para garantir a produtividade dos
plantios. Para isso é implementado o Manejo Integrado de Pragas visando preservar os fatores
de controle populacional, tendo-se como base o respeito aos aspectos ecológicos, sociais e
econômicos. O monitoramento das pragas florestais esporádicas é feito pelos monitores
florestais, que além de proteger o patrimônio da empresa, auxiliam na detecção de eventuais
focos de insetos praga. Dessa forma, ao ser localizado um foco de inseto praga, o mesmo é
monitorado até a sua extinção ou, caso necessário, o seu combate, que somente ocorre ao se
iniciarem os danos econômicos. Nesta atividade são utilizados produtos biológicos, catação
Plano de Manejo Florestal RESUMO PÚBLICO
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manual e, em último caso, com uso de inseticida químico devidamente registrado no órgão
competente.
O controle de formigas cortadeiras, que é uma praga constante, no primeiro e segundo
ano de idade, é feito sistematicamente por equipes treinadas com o uso de iscas formicidas
granuladas à base de sulfluramida. Nas outras idades dos plantios, previamente, é feito o
monitoramento de formigas cortadeiras que, com o emprego de modelos estatísticos determina
ou não a necessidade de controle.
A Empresa estabeleceu um Plano de Otimização do Uso de Defensivos Agrícolas, que
fornece as diretrizes para a condução e otimização do Manejo Integrado de Pragas, Doenças e
da Matocompetição. O Plano está arquivado no Departamento de Planejamento, Controle e
Pesquisa, área de Pesquisa e Desenvolvimento (DEPLA-D).
2.3) Solos, Nutrição e Manejo Florestal
Na CENIBRA, o fator edáfico de produção representa um diferencial que pode garantir
tanto o aumento do potencial competitivo, quanto da manutenção da sustentabilidade produtiva
ao longo dos ciclos. Para garantir a conservação desse recurso, a CENIBRA desenvolve vários
trabalhos nas áreas classificação de solos, fertilidade e nutrição; conservação do solo e da
água, climatologia,entre outros.
Todos esses pontos apresentados acima são regidos pelas Diretrizes da CENIBRA
para conservação do Solo e da Água, que visam práticas de manejo capazes de garantir a
sustentabilidade desses recursos naturais. Essas diretrizes são:
1 – O solo deve ser utilizado de modo a sustentar a produtividade biológica das florestas
plantadas de eucalipto com o mínimo de impacto sobre suas funções de manter a qualidade
ambiental do ecossistema;
2 - As operações realizadas no Processo Florestal devem ser conduzidas causando o mínimo
impacto possível sobre as funções produtivas e ambientais do solo e da água.
3 – A empresa deve estruturar sistema de monitoramento contínuo e definir indicadores que
possam ser utilizados para diagnóstico da qualidade do solo (em relação à suas funções
produtivas e ambientais) e da qualidade e quantidade de água existente em microbacias
hidrográficas representativas de áreas da empresa.
4 – A divulgação e discussão destes indicadores deve acontecer periodicamente (no mínimo a
cada dois anos) com representantes de todas as partes interessadas (clientes, acionistas,
sociedade e funcionários).
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2.4) Produção Científica
A CENIBRA desenvolve, incentiva e apóia trabalhos de pesquisa científica que tenham
como referência suas atividades de planejamento, práticas operacionais e de cuidados
ambientais.
3) PROTEÇÃO FLORESTAL
3.1) Prevenção e Controle de Incêndios Florestais
A CENIBRA possui um sistema de Prevenção e Controle de Incêndios Florestais, com a
adoção de técnicas e recursos que maximizam a eficiência e incorporam permanentemente
novas técnicas visando à redução da ocorrência de incêndios florestais que possam provocar
danos ao patrimônio florestal e ecológico da Empresa. A prioridade do sistema é voltada para
as ações preventivas e todo o trabalho é realizado pela integração dos esforços dos setores
técnicos, operacionais e administrativos da Empresa. As linhas de atuação são as seguintes:
Campanhas e Atividades Educativas
As datas de comemorações e eventos como Exposições Agropecuárias, Semana
Florestal, Semana do Meio Ambiente são realizadas campanhas educativas de Prevenção de
Incêndios Florestais nos municípios localizados na área de influência da CENIBRA, com a
divulgação de mensagens, palestras, filmes e material educativo aos participantes. Nos
períodos mais secos, de maior risco de incêndios (junho a outubro), intensifica-se a distribuição
de material educativo. Além destes eventos, anualmente são realizadas reuniões e contatos
pessoais com o maior número de confrontantes possíveis onde, além do material educativo
com mensagens prevencionistas, são discutidos aspectos gerais sobre o uso e controle do
fogo.
Treinamento e Capacitação
Regularmente são realizados treinamentos práticos e teóricos em prevenção e controle de
incêndios florestais, com o objetivo de capacitar o corpo técnico e operacional da empresa. O
objetivo deste treinamento é o de evitar ocorrência de incêndios e aumentar a rapidez de
mobilização de pessoal quando os mesmos ocorrem.
Identificação de Riscos
Em caráter permanente, são catalogadas as ocorrências e aspectos gerais das áreas da
Empresa, para a determinação de locais sujeitos a maiores riscos de ocorrência de incêndios
florestais.
Plano de Manejo Florestal RESUMO PÚBLICO
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Manutenção de Aceiros
Atenção especial é dada na orientação que envolve a construção e manutenção de aceiros,
para a prevenção de incêndios florestais.
Detecção de Incêndios
A CENIBRA conta com 24 torres e 6 pontos de observação e vigilância de incêndios, instaladas
em suas áreas e entorno, localizadas em pontos estratégicos, todas equipadas com sistema de
rádio-comunicação que possibilitam a cobertura de mais de 90% da área total da empresa.
Brigadas de Incêndios Florestais
Existem na Empresa diversas brigadas de controle de incêndios florestais, sendo cada uma
delas composta por 1 líder e de 08 a 12 empregados, todos especialmente treinados e em caso
de ocorrência de focos de incêndio são os primeiros a serem arregimentados, com condições
de chegar até o local no menor tempo possível.
Equipamentos Exclusivos para Controle de Incêndios
Em locais estratégicos e pré-determinados, de conhecimento dos funcionários, são mantidas
caixas de ferramentas e equipamentos de uso exclusivo no controle de incêndios florestais.
Este material é composto de bombas costais, enxadas, pás, foices, abafadores, lanternas e
outros, para equipar as brigadas e empregados. Nas ocorrências maiores são utilizados
caminhões pipas, tratores agrícolas, motosserras e outros equipamentos auxiliares.
Estações Climatológicas
Atualmente encontram-se em operações 9 (nove) estações climatológicas com o objetivo
principal de determinar e informar as diversas áreas da empresa, os índices de risco de
incêndios. Estas informações são de grande importância na prevenção de incêndios, uma vez
que, permitem o planejamento das ações e do nível de mobilização nos diversos períodos.
Rádio - Comunicação
O sistema de rádio comunicação é o principal instrumento para a mobilização das equipes e
repasse de orientações na hora dos combates. Três repetidoras possibilitam comunicações em
VHF entre fontes com distância de até 50 km. As estações fixas são distribuídas
estrategicamente; permitindo ao patrulhamento terrestre alcançá-la com facilidade e transmitir
qualquer ocorrência anormal.
3.2) Proteção Patrimonial e Acesso da Comunidade às Áreas da Empresa
A CENIBRA possui um procedimento onde se define os usos predatórios e não predatórios da
Unidade de Manejo Florestal. Atividades, tais como, a catação de lenha para a cocção de
alimentos, folha de palmeira para artesanato, dentre outros produtos e serviços da floresta são
Plano de Manejo Florestal RESUMO PÚBLICO
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contemplados neste procedimento. Já as atividades ilegais ou predatórias, eventualmente
exercidas nas unidades de manejo da CENIBRA, tais como roubo de madeira nativa e de
eucalipto, caça de animais silvestres e pesca sem autorização se dá através de um sistema de
vigilância composto por monitores próprios motorizados, vigilância terceirizada, e convênios
estabelecidos com o órgão de segurança estadual (Polícia Ambiental).
4) MEIO AMBIENTE
Com o reconhecimento, na Política do Sistema Integrado de Gestão, do desenvolvimento
sustentável como uma das bases para as suas atividades de produção de madeira e celulose,
a CENIBRA desenvolve uma série de ações no sentido de promover a proteção dos recursos
naturais existentes em sua área de atuação, bem como a conscientização ambiental de seus
trabalhadores e das comunidades.
Com práticas operacionais referenciadas em procedimentos no contexto das normas ISO
9001-2008 e 14001-2004, e com a adoção de um intenso programa de monitoramento e
melhoria dos recursos naturais, a Empresa garante a prevenção e a minimização dos impactos
ambientais decorrentes de suas atividades, além da proteção do patrimônio natural existente
nas áreas de reservas e de preservação permanente, que correspondem em cerca de 40% de
sua área total.
De forma a elaborar e conduzir projetos específicos de caracterização da biodiversidade,
manejo dos recursos naturais, monitoramentos, relação institucional com as comunidades e
educação ambiental, a Empresa criou, em 2000, um departamento específico para o trato
destas questões, a Superintendência Florestal – Meio Ambiente (SPF-M); em 2007, dentro do
programa de reestruturação organizacional, esta coordenação foi transferida para a ASMIF –
Assessoria de Meio Ambiente Industrial e Florestal. Em 2008, após uma nova reestruturação, a
área foi renomeada para Departamento de Meio Ambiente e Qualidade – DEMAQ. A seguir
são apresentadas as linhas de ação do DEMAQ relativas ao processo florestal, e suas
diretrizes, de forma a garantir a sustentabilidade do empreendimento, interagindo com todos os
segmentos produtivos e interfaces externas, inserindo as variáveis ambientais em toda cadeia
produtiva, assegurando uma convivência harmoniosa com o meio ambiente.
4.1) Monitoramentos ambientais
A CENIBRA monitora os impactos de suas atividades no meio ambiente e nas comunidades
onde atua. Estes monitoramentos são importantes porque é com base neles que a empresa
adota medidas de prevenção e minimização de eventuais impactos, bem como medidas para
melhorias. Um bom exemplo dessas ações de melhoria é o caso dos trabalhos de
enriquecimento de reservas nativas e recuperação ambiental de áreas.
Plano de Manejo Florestal RESUMO PÚBLICO
17
Diretrizes do Monitoramento:
Promover estudos e investigações de modo a identificar tendências de impactos na
fauna, flora e água oriundos das atividades florestais, provendo dados e
conhecimentos que subsidiem ações preventivas e mitigadoras;
Mapear e classificar sítios de relevante valor ambiental, histórico, arqueológico e
cultural nas áreas de atuação da empresa. Promover a recuperação dos passivos;
Promover parcerias com instituições de pesquisa, universidades e ONGs, para
enriquecer a base de conhecimento sobre os ecossistemas nas áreas de atuação
da empresa.
Nas próximas páginas serão apresentados os principais monitoramentos e alguns dos
resultados. Para maiores informações sobre os monitoramentos da CENIBRA, consulte o Plano
de Manejo na íntegra que está disponível no site da empresa na internet - www.cenibra.com.br
– ou entre em contato com os Escritórios Regionais (ver endereços e telefones no final deste
resumo) ou pelo e-mail [email protected].
Plantar florestas e manter áreas preservadas em bom estado de conservação, incluindo
todos os componentes ambientais (fauna, flora, recursos hídricos, relações ecológicas e
evolutivas) é uma questão fundamental para as empresas de base florestal. Assim, as
respostas desta questão devem estar fundamentadas em um programa de monitoramento
ambiental que, além de produzir diagnósticos detalhados das mudanças no ambiente, tenha
também o compromisso de subsidiar o aprimoramento das técnicas de manejo das florestas
plantadas.
Estes programas têm por objetivo o registro e a avaliação dos resultados de quaisquer
fenômenos e alterações naturais ou induzidos, através do acompanhamento da evolução dos
recursos das Unidades de Manejo Florestal da CENIBRA e Área de Influência. Para tanto, são
identificados e utilizados indicadores como forma de percepção da direção de mudanças
ambientais e subsidiar a elaboração e a melhoria contínua do manejo florestal da CENIBRA.
Na seqüência, são apresentados alguns resultados dos monitoramentos da flora, fauna e
recursos hídricos.
4.1.1) Flora
A CENIBRA possui um total de 103.260 hectares de áreas destinadas à conservação, onde
estão incluídas as áreas de reserva legal, de preservação permanente e outras matas nativas
que perfazem 40% da área da base florestal da empresa. A empresa classificou e mapeou
estas áreas com relação aos estágios de sucessão ecológica. Isso significa que, hoje, ela sabe
exatamente em que estado de conservação está cada reserva de vegetação nativa.
Plano de Manejo Florestal RESUMO PÚBLICO
18
A CENIBRA desenvolve uma série de ações visando o manejo das áreas de reserva legal e de
preservação permanente. Os trabalhos de reabilitação destes ecossistemas naturais se
baseiam no plantio de mudas de espécies nativas e cuidados com as já existentes, na
adubação e no controle de pragas e ervas invasoras. Nos últimos 11 anos, a empresa plantou
mais de 400 mil mudas de espécies nativas, ultrapassando 2.000 hectares de áreas
trabalhadas. Estas áreas são identificadas por meio dos monitoramentos e do Planejamento
Técnico, Econômico, Ambiental e Social – PTEAS.
Desde o ano de 2003, a CENIBRA já realizou mais de 9 (nove) estudos florísticos e
fitossociológicos, abrangendo áreas em todas as suas regionais. Para este trabalho, a empresa
firmou uma parceria com a Sociedade de Investigações Florestais (SIF) que conta com o apoio
direto do corpo docente e discente da Universidade Federal de Viçosa (UFV).
Tabela 1: Espécies da flora ameaçadas de extinção encontradas em áreas da CENIBRA
Nome popular Nome científico
Braúna Melanoxylon braúna Schott
Candeia Vanillosmopsis erythropappa (DC.) Sch.Bip.
Canela-sassafrás Ocotea odorífera (Vell.) Rohwer
Embira-preta Guatteria selowiana Schecht.
Fruta-conde Rollinia laurifólia Schltdl
Gonçalo-Alves Astronium fraxinifolium Schott
Guaribú Astronium concinnum Schott.
Jacarandá-caviúna Dalbergia nigra (Vell.) Fr. All. ex Benth
Mauí Tapirira marchandii Engl.
Palmito-doce Euterpe edulis Mart.
Peroba-do-campo Paratecoma peroba (Rec.) Kuhlm.
Peroba-rosa Aspidosperma polyneuron M. Arg.
4.1.2) Fauna
O monitoramento da fauna é realizado desde 2003 e suas atividades abrangem todas as
regiões de atuação da CENIBRA. Dada a abrangência das áreas da empresa (mais de 240 mil
hectares) os trabalhos são sendo desenvolvidos com o objetivo de identificar e caracterizar a
fauna presente nessas áreas. A partir de 2010 foram escolhidas áreas representativas para
serem monitoradas com indicadores em longo prazo. O Quadro 2 apresenta as regiões e
projetos contemplados até o momento pelos monitoramentos de fauna, sendo destacados em
negrito os projetos selecionados para avaliação de indicadores em longo prazo.
Plano de Manejo Florestal RESUMO PÚBLICO
19
Quadro 2: Regiões abrangidas pelos monitoramentos de fauna e os respectivos projetos florestais onde foram definidos os pontos de amostragem. Em negrito, destacam-se os projetos selecionados para avaliação de indicadores em longo prazo.
REGIÃO PROJETOS
Belo Oriente Marola, Garapa, Fábrica, Cajá, Marcocem, Ipabinha, Caxambu, Trevo, Baixada do Cajá, Córrego do Brejo, Água Suja, Tamanduá.
Ipaba Córrego Novo, Lagoa Nova, Lagoa Perdida, Lagoa Piau, Lagoa Silvana, Beira Rio, Macedônia, Rio Branco, São Lourenço, Ribeirão do Boi, Cordeiros, Boachá.
Cocais Ipanema, São José, Córrego dos Machados, Córrego dos Vieira, Barbosão, Ribeirão Grande, Caladão, Achado, Cocais dos Arrudas, Cocais das Estrelas, Alto da Pedra, Taquaral, Jatobá, Baratinha.
Piracicaba Pedra Furada, Piçarrão, Turvo, Serra, Tijuco Preto.
Santa Bárbara Jararaca, Valéria, Paraíso, Catas Altas I, Catas Altas II, Catas Altas III, Gabiroba, Brumadinho, Serra do Pinho, Carlos Hosken, Irmãos Fonseca, Cascapau, Agregado, Curral de Pedra, Chapadão, Maravilha.
Virginópolis Godinho, Córrego das Almas, Aricanga
Sabinópolis Cachoeira das Pombas, Aricanga, Quartel, Recreio, Correntinho, Primavera, Corrente Canoa I, Corrente Canoa II, Babilônia I, Babilônia II, Aeroporto I, Anta, Panorama, Tucano, Sabinópolis II, Amância.
Considerando o monitoramento em todas as Regionais da CENIBRA, até o momento
foram observadas e identificadas 310 espécies de aves em áreas da Empresa, equivalendo a
40,0% do total de espécies de aves já registradas para Minas Gerais e a 50% de espécies para
a Mata Atlântica. Deste total, 13 espécies encontram-se relacionadas em listas oficiais de
espécies ameaçadas de extinção e 28 espécies são consideradas endêmicas do Brasil. A
figura 4 apresenta a evolução dos registros de espécies de aves nas áreas de influência da
CENIBRA no período de 2003 a 2012.
Plano de Manejo Florestal RESUMO PÚBLICO
20
Figura 4: Quantidade (Riqueza) de espécies de aves registradas nas áreas da CENIBRA
Quanto à fauna de mamíferos de médio e grande porte, até o momento foi registrado
um total de 40 espécies em regiões da Cenibra, sendo que destas, 12 espécies encontram-se
relacionadas em listas oficiais de espécies ameaçadas de extinção em Minas Gerais e, ou no
Brasil. A figura 5 apresenta a evolução dos registros de espécies de mamíferos de médio e
grande porte nas áreas de influência da CENIBRA no período de 2003 a 2012.
Figura 5: Quantidade (Riqueza) de espécies de mamíferos registradas nas áreas da CENIBRA
AVES - Riqueza Acumulada
154
240250 250 255 255
285300 305 310
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2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011 2012
Período/ano
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MAMÍFEROS - Riqueza Acumulada
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39 39 39 40
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20
30
40
50
2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011 2012
Período/ano
Riq
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sp
écie
s
Plano de Manejo Florestal RESUMO PÚBLICO
21
4.1.3) Recursos Hídricos
Os monitoramentos dos recursos hídricos são realizados desde 2001 através de uma
parceria com o UNILESTE/MG, que desenvolve pesquisas para estudar a qualidade e
quantidade das águas do médio rio Doce, na forma de uma comparação das condições
ecológicas de córregos e lagos em terras de pastagens, plantações de eucalipto e mata nativa.
Essa pesquisa de longo prazo, inédita no Brasil em termos da duração e número de ambientes
estudados, tem o objetivo de caracterizar quantitativa e qualitativamente os corpos hídricos
sobre influência dos diferentes usos do solo e compará-los. Para a aferição, foram escolhidos
dez córregos e cinco lagos da região, drenando as águas de:
Áreas com matas nativas: Córrego Vai-e-Vem, APA de Jaguaraçu, Cascatinha, Lagoa Pedra
e Lagoa Carioca.
Áreas com plantações de Eucaliptos: Projeto Macedinha, Projeto Rubro-negro, Projeto
Córrego Grande, Projeto Batinga, Projeto Rio Branco, Projeto Lagoa Cristal e Projeto Lagoa
Hortência.
Áreas com pastagens: Córrego São Mateus, Córrego P1 e Lagoa Redonda.
Este estudo evidenciou com clareza uma significativa característica da silvicultura do
eucalipto que é praticada pela CENIBRA. Demonstrou que a qualidade e a quantidade de água
drenadas nas áreas com cultivo de eucalipto são superiores àquelas águas que são drenadas
em áreas de pastagem e muito semelhantes àquelas águas drenadas em áreas inteiramente
protegidas com vegetação nativa.
Após o entendimento que esta questão foi inteiramente respondida, buscou-se, a partir
de 2010 uma nova abordagem para os monitoramentos. Iniciaram-se então estudos com vistas
a subsidiar melhorias ao manejo florestal.
O novo ciclo de estudos que foi iniciado comparará as águas drenadas em diferentes
condições de manejo, tais como declividade dos cursos d’água, percentuais de plantação de
eucalipto nas bacias estudadas, percentuais de áreas destinadas à conservação, densidade de
estradas nas bacias estudadas, classes de declividade dos solos das bacias, altitude das
bacias, interferência das operações nos cursos d’água, entre outros.
A comparação da qualidade e quantidade das águas que são drenadas nestas
diferentes condições indicará quais operações e que intensidades de manejo impactam mais
os recursos hídricos, bem como subsidiará o desenvolvimento de ações com vistas a mitigar ou
eliminar tais impactos.
Este monitoramento está sendo realizado com periodicidade mensal e passou a
abranger duas bacias hidrográficas que já possuem monitoramentos quantitativos como, por
Plano de Manejo Florestal RESUMO PÚBLICO
22
exemplo: índices pluviométricos, vazão do curso d’água, altura do lençol freático, entre outras.
Desta forma as informações quantitativas citadas serão consideradas nas análises das
informações do biomonitoramento que é realizado pelo Departamento de Engenharia
Ambiental do UNILESTE, dando subsídios a análises mais complexas dos resultados obtidos.
4.2) Área de Alto Valor Conservação – AAVC
A CENIBRA possui mais de 100.000 hectares de área de reserva legal e preservação
permanente. Todas essas áreas estão inseridas no domínio de Mata Atlântica, considerada
uma das grandes prioridades para a conservação de biodiversidade em todo o continente
americano.
Ainda assim, existem algumas áreas específicas em que ocorrem atributos especiais que
conferem um status de especialmente importantes no sentido da efetiva proteção da
biodiversidade nos remanescentes de Mata Atlântica. Estes atributos conferem a estas áreas
uma condição de “Áreas de Alto Valor de Conservação”, como é o caso da RPPN Fazenda
Macedônia. Nessa área, além dos monitoramentos normais realizados pela empresa, são
desenvolvidos monitoramentos especiais, de forma a garantir que os atibutos identificados
sejam mantidos ou melhorados.
RPPN Fazenda Macedônia
REGIONAL Rio Doce
MUNICÍPIO Ipaba
NOME RPPN Fazenda Macedônia
ÁREA (ha) 753,14
PRINCIPAL ATRIBUTO Local de desenvolvimento de um importante programa de reintrodução de aves silvestres ameaçadas de extinção.
ITENS DE MONITORAMENTO
- Fauna
STATUS DA CONSERVAÇÃO DOS ATRIBUTOS
Houve aumento da qualidade ambiental, conforme as evidências do
monitoramento apresentadas a seguir:
· Foram registrados até 2012 o nascimento de 103 filhotes de
Mutum-do-Sudeste e 21 filhotes de Jacutinga.
· O número de espécies de aves aumentou de 105 para 157 entre
os anos de 2003 e 2012.
· O número de espécies de mamíferos aumentou de 23 para 27
entre os anos de 2003 e 2012.
Plano de Manejo Florestal RESUMO PÚBLICO
23
Dentre as medidas de proteção para a AAVC RPPN Fazenda Macedônia, destacam-se:
Manejo florestal em mosaico, com talhões de várias idades, garantindo também que as
operações de manejo sejam menos impactantes;
Restrição do trânsito de veículos em áreas adjacentes à AAVC;
Intensificação da proteção contra caça, pesca ilegal e incêndios florestais;
Realização de campanhas e projetos de educação;
Sistema de comunicação com vizinhos e educação ambiental com os trabalhadores
florestais;
Vigilância motorizada reforçada nas áreas adjacentes a AAVC.
A efetividade das medidas adotadas é avaliada por meio da evolução dos resultados dos
monitoramentos ambientais que são realizados anualmente, como monitoramento de fauna
silvestre e de cinco em cinco anos, no caso do monitoramento de flora. Os resultados destes
monitoramentos vêm permitindo verificar a eficácia das medidas empregadas visando manter
ou incrementar os atributos de conservação da biodiversidade da área avaliada.
A fauna é monitorada dentro das atividades do projeto de Monitoramento de Aves e
Mamíferos de Médio e Grande Porte e são realizadas pelo menos duas visitas por ano, sendo
uma na estação chuvosa e uma na estação seca.
Realizado desde 2003, até o momento foram registradas 157 espécies de aves,
representando 20,12% das espécies já catalogadas para o Estado de Minas Gerais. Deste
total, 6 espécies encontram-se registradas em listas oficiais de espécies de aves ameaçadas
de extinção. Este resultado expressa o potencial avifaunístico da RPPN Fazenda Macedônia e
áreas no entorno, onde podem ser observadas cerca de 50% das espécies de aves já
registradas nas Regiões amostradas da CENIBRA. Esta riqueza expressa também o potencial
avifaunístico da Bacia do Rio Doce.
A evolução da riqueza de espécies de aves na região da RPPN Macedônia, ao longo
dos anos de monitoramento, pode ser observada na Figura 6 e apresenta tendência a
estabilização. Verificou-se uma manutenção da riqueza de espécies de aves ao longo do
período avaliado. Até o momento, na região da RPPN Macedônia foram observadas 6 espécies
de aves ameaçadas em nível estadual e 3 em nível nacional.
Plano de Manejo Florestal RESUMO PÚBLICO
24
Figura 6: Evolução da riqueza de aves na FAVC RPPN Fazenda Macedônia.
A evolução da riqueza de mamíferos levantada para a região da RPPN Fazenda
Macedônia, ao longo dos períodos de monitoramento, pode ser observada na Figura 7. Em
relação às espécies ameaçadas de extinção, foram registradas 3 espécies na região da
RPPN, quais sejam: o sagui-da-serra (Callithrix flaviceps), a jaguatirica (Leopardus
pardalis) e o gato-maracajá (Leopardus wiedii).
Figura 7: Evolução da riqueza de mamíferos na FAVC RPPN Fazenda Macedônia.
Plano de Manejo Florestal RESUMO PÚBLICO
25
Os resultados deste monitoramento, que incluem a riqueza e composição de espécies,
caracterização a distribuição ambiental da aves e mamíferos nas áreas estudadas, permitiram
constatar que os biótopos onde foram realizadas as observações estão conservados e
propiciam a manutenção de espécies de aves e mamíferos na região.
Verificou-se que a riqueza de espécies de mamíferos de médio e grande porte na RPPN
Macedônia e entorno (Região de Ipaba) tem-se mantido equilibrada, sujeita às oscilações
naturais decorrentes da sazonalidade.
Atualmente a empresa está realizando análises de novas áreas que possuem algumas
características que podem ser consideradas atributos de Alto Valor de Conservação. No
sentido de promover uma gestão mais democrática, assim que as análises estiverem
concluídas, estas áreas serão submetidas a consultas públicas às partes interessadas.
4.3) Educação e Comunicação Ambiental
A CENIBRA Desenvolve um processo de educação ambiental em consonância com as políticas
da qualidade da Empresa, que é executado de forma sistemática e integrado ao processo
florestal, mudando paradigmas referentes à cultura do eucalipto, promovendo a consciência
ambiental e colaborando para o exercício da cidadania.
Diretrizes:
Promover a sensibilização e a conscientização ambiental do público interno
envolvido nas atividades operacionais do processo florestal;
Elaborar e implementar processos de comunicação visando capacitar
multiplicadores internos para demonstrar ao público externo o comprometimento da
Empresa com o desenvolvimento sustentável;
Informar e conscientizar os gerentes, coordenadores, supervisores e monitores,
bem como os administradores dos serviços terceirizados, sobre os principais
assuntos inerentes a cada regional, no que se refere à fauna, flora e recursos
hídricos.
Estabelecer mecanismos corporativos de integração entre a Empresa e seus
confrontantes e participantes do programa de Fomento Florestal.
Promover a educação ambiental, por meio da formação de multiplicadores na rede
pública de ensino, como ferramenta para a mudança de comportamento das
pessoas com relação às questões de cidadania e meio ambiente; e
Proporcionar o estreitamento da relação CENIBRA-Comunidade, criando
oportunidades para que a comunidade conheça o processo florestal, o industrial e a
importância econômica e ambiental dessas atividades;
Plano de Manejo Florestal RESUMO PÚBLICO
26
Cada linha de ação, com base nas suas respectivas diretrizes, dá origem a programas e
atividades que são desenvolvidas pelas áreas operacionais e de apoio da CENIBRA, por
prestadores de serviços, além de parcerias estabelecidas com organizações não-
governamentais e de pesquisa e extensão. A seguir estão descritos os principais programas
desenvolvidos e seus objetivos (Quadro 3).
Quadro 3: Descrição das Linhas de Ação e Programas ambientais desenvolvidos no
Departamento de Meio Ambiente e Qualidade - DEMAQ.
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O programa de monitoramento, numa fase inicial, consistiu de levantamentos de entomofauna,
avifauna, mastofauna, ictiofauna e herpetofauna, utilizando-se de convênios e contratação de
serviços de Universidades e institutos de pesquisas. Elegeu-se como bioindicadores as aves e
os mamíferos de médio e grande porte, sendo que o trabalho de monitoramento está a cargo da
MANEJO Instituto de Pesquisas e Consultoria Ambiental Ltda. O trabalho de campo ocorre em
pontos representativos das diferentes regionais de atuação da CENIBRA. Estes estudos vêm
demonstrando a alta riqueza e diversidade biológica existente nas áreas preservadas pela
CENIBRA, onde são encontradas diversas espécies raras, endêmicas e ameaçadas de
extinção. Relatórios parciais estão à disposição dos interessados no Departamento de Meio
Ambiente e Qualidade.
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O programa de monitoramento contemplou, numa primeira etapa, a classificação e
mapeamento das áreas de reserva legal e de preservação permanente com relação aos
estágios de sucessão ecológica, tamanho e estrutura dos fragmentos, localização, presença ou
não de eucaliptos junto à vegetação nativa. A segunda etapa contemplou a estimativa de
parâmetros florísticos e fitossociológicos. Atualmente estas informações estão sendo
incorporadas e ou avaliadas no projeto de corredores ecológicos. Os levantamentos florísticos e
fitossociológicos estão sendo realizados em três eco-regiões de atuação da Empresa, nas
regionais Ipaba, Nova Era (Cocais) e Guanhães. Tais levantamentos estão sendo conduzidos
pelo Departamento de Engenharia Florestal da UFV e deverão ser repetidos no máximo a cada
5 (cinco) anos. Estes estudos constituem a principal base de planejamento da conservação dos
remanescentes florestais nativos situados nas áreas da CENIBRA. Relatórios parciais estão à
disposição dos interessados no Departamento de Meio Ambiente e Qualidade.
Em 2010, foi realizado um estudo com uma abordagem mais pragmática, objetivando avaliar as
relações das atividades florestais com as áreas que objetivam a conservação da biodiversidade
e dos ecossistemas naturais. Desenvolvido em conjunto com a Sociedade de Investigações
Florestais / Universidade Federal de Viçosa, o objetivo deste estudo foi avaliar os impactos das
operações florestais nas bordas das áreas de preservação permanente e de reserva legal e
buscar desenvolver ações com vistas a minimizar ou eliminar tais impactos.
Plano de Manejo Florestal RESUMO PÚBLICO
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Numa primeira etapa, o programa de monitoramento dos recursos hídricos consistiu na
identificação e quantificação dos principais impactos das atividades do manejo florestal nos
recursos hídricos superficiais, e assim obteve informações confiáveis para auxiliar na tomada de
decisões do manejo que busquem a mitigação dos impactos. Foram avaliados 10 ambientes
lóticos (córregos), sendo 3 controles, fora das áreas da Cenibra e 5 ambientes lênticos (lagos),
sendo 3 controles, fora das áreas da Cenibra. Este estudo evidenciou com clareza uma
significativa característica da silvicultura do eucalipto que é praticada pela CENIBRA.
Demonstrou que a qualidade e a quantidade de água drenadas nas áreas com cultivo de
eucalipto são superiores àquelas águas que são drenadas em áreas de pastagem e muito
semelhantes àquelas águas drenadas em áreas inteiramente protegidas com vegetação nativa.
A partir de 2010 buscou-se uma nova abordagem para os monitoramentos, iniciando-se então
estudos com vistas a subsidiar melhorias ao manejo florestal. O novo ciclo de estudos que foi
iniciado comparará as águas drenadas em diferentes condições de manejo, tais como
declividade dos cursos d’água, percentuais de plantação de eucalipto nas bacias estudadas,
percentuais de áreas destinadas à conservação, densidade de estradas nas bacias estudadas,
classes de declividade dos solos das bacias, altitude das bacias, interferência das operações
nos cursos d’água, entre outros. Essa comparação indicará quais operações e que intensidades
de manejo impactam mais os recursos hídricos, bem como subsidiará o desenvolvimento de
ações com vistas a mitigar ou eliminar tais impactos.
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Anualmente, a Empresa desenvolve ações visando à reabilitação de áreas de reserva legal e de
preservação permanente. Grande parte dessas áreas, no passado, era ocupada com pastagem
ou com eucalipto. A partir do PTEAS, envolvendo as áreas de meio ambiente e operacionais,
define-se os locais prioritários para reabilitação; estas ações envolvem o plantio de mudas de
essências nativas e o manejo da vegetação existente, com a eliminação de ervas daninhas,
gramíneas invasoras e cipós; são também realizadas adubações e retirada de eucaliptos
eventualmente presentes nestas áreas. Dentre os resultados mais expressivos, cita-se a
recuperação de 35 km de margem do rio Doce. As mudas de nativas são produzidas em
parceria com o Instituto Estadual de Florestas, e selecionadas para plantio com base nos
levantamentos florísticos e fitossociológicos realizados nas áreas de CENIBRA.
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Visa desenvolver e implementar, em parceria com a Universidade Federal de Viçosa, um
modelo de interligação dos fragmentos de vegetação nativa, compatíveis com as peculiaridades
da CENIBRA. O modelo leva em consideração a rede de drenagem natural da paisagem, que
deverá ser o eixo mestre do corredor onde os fragmentos deverão ser conectados. A fase de
concepção do modelo, bem como a avaliação do status atual foi concluída em 2004. Este
projeto demonstra que as áreas preservadas pela CENIBRA apresentam alta conectividade,
permitindo a circulação da fauna silvestre e grande eficiência para conservação de espécies
raras, endêmicas e ameaçadas de extinção. As demais áreas preservadas vêm sendo
conectadas tendo como base as diretrizes deste projeto, acrescidas das observações do
Planejamento Técnico Econômico Ambiental e Social - PTEAS.
Plano de Manejo Florestal RESUMO PÚBLICO
28
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Desenvolvido desde 1990 na RPPN Fazenda Macedônia, município de Ipaba, o programa visa
a recomposição ambiental através da reintrodução de aves silvestres ameaçadas de extinção.
Iniciado com o mutum-do-sudeste (Crax blumenbachii), o programa já contemplou a
reintrodução de outras 6 espécies (capoeira, jaó, jacutinga, macuco, inhambuaçu e jacuaçu). Os
monitoramentos deste projeto indicam que estas espécies estão reproduzindo e povoando as
matas nativas da região, sendo a Fazenda Macedônia uma importante fonte de biodiversidade.
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Todo empregado recém-admitido, temporário, fixo ou estagiário é conscientizado com relação
às normas de segurança e cuidados com o meio ambiente. A coleta seletiva de lixo, os
trabalhos de monitoramento e melhorias implementadas à fauna, flora, água, são repassados
em palestras e em visitas de campo. A consciência do papel desempenhado por cada
empregado na proteção ao meio ambiente, o atendimento à legislação e outros aspectos, são
enfatizados nos treinamentos programados e registrados pelo Departamento de Recursos
Humanos (DERHU). Ocorre uma reciclagem periódica destes treinamentos.
2.
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Anualmente, em comemoração à Semana do Meio Ambiente, a Empresa desenvolve uma série
de atividades procurando envolver tanto o público interno quanto o externo. Estas atividades
visam desenvolver nas pessoas a consciência da necessidade da preservação do meio
ambiente, bem como estimular a reflexão sobre tópicos ligados à agenda ambiental.
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3.
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vel Unidade móvel de integração com a comunidade, equipado com recursos áudiovisuais,
informações sobre o meio ambiente, a cultura do eucalipto e dos programas sócio-ambientais
desenvolvidos pela Empresa. A Unidade participa de eventos nas comunidades, tais como
feiras e exposições agropecuárias, cavalgadas, datas cívicas e religiosas, eventos estudantis,
além dos programas corporativos de educação e comunicação ambiental (Escola de Vida,
Portas Abertas, Vizinho Legal, Semana do Meio Ambiente).
4.
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Visa estabelecer um mecanismo corporativo de integração entre a Empresa e seus vizinhos
proprietários de terras e participantes do Programa Fazendeiro Florestal; todos os vizinhos são
cadastrados em um sistema informatizado, onde são registrados dados sobre a propriedade e
sobre as atividades econômicas e sociais desenvolvidas pelos proprietários. Anualmente, são
realizados encontros por região, onde são apresentadas informações sobre o incêndio florestal,
legislação e meio ambiente, dentre outras. O principal aspecto do encontro é o conhecimento
recíproco dos técnicos da CENIBRA e vizinhos, iniciando-se uma troca de informações e uma
maior aproximação.
Plano de Manejo Florestal RESUMO PÚBLICO
29
5.
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IEC
O
As Unidades de Integração Empresa-Comunidade são baseadas na estruturação de centros de
educação ambiental e vivência em comunidades da área de atuação da Empresa. Local onde a
comunidade pode ser ouvida e pode encaminhar suas observações pertinentes ao plano de
manejo. Nestes centros são desenvolvidos programas corporativos de educação ambiental,
além de oferecer à comunidade uma infra-estrutura educacional (recursos audiovisuais,
biblioteca, videoteca, salas de estudo, etc.). A Empresa possui 4 Unidades em funcionamento:
Fazenda Macedônia (Ipaba), Guanhães, Peçanha e Lagoa São José (Nova Era), esta última em
parceria com o governo municipal.
6.
Po
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s A
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s Visa estreitar o relacionamento com a comunidade (escolas, associações, organizações não-
governamentais, órgãos de controle, clubes de serviço, parceiros, etc), criando oportunidades
para que a Empresa demonstre as implicações ambientais, sociais e econômicas de um projeto
de base florestal. Desenvolvido desde 2002, o projeto prevê a realização de visitas à unidade
fabril, viveiro florestal, RPPN Fazenda Macedônia e projetos florestais de propriedade da
Empresa.
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7.
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Desenvolvido em parceria com o Centro Universitário do Leste de Minas Gerais (Unileste-MG),
o projeto tem como objetivo contribuir para a formação de uma consciência crítica nas
comunidades, empregados e familiares e prestadores de serviços, com relação às questões
sociais e ambientais. A partir da exibição de obras cinematográficas, o projeto busca estimular a
discussão e reflexão sobre temas diversos relacionados ao dia-a-dia das comunidades.
A escolha dos filmes é feita a partir de visitas às escolas, quando são identificadas as temáticas
de maior interesse e urgência por parte das comunidades. Logo após as exibições, são
realizadas discussões conduzidas pelos coordenadores do projeto.
8.
Es
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la d
e V
ida
É um programa de conscientização ambiental realizado com os professores do 1o ao 5
o ano das
séries iniciais das escolas localizadas nos municípios onde a empresa atua. Os trabalhos são
desenvolvidos em parceria com a ONG Fundação Relictos, entidade ambientalista sediada no
município de Ipatinga–MG e as Superintendências Regionais de Ensino – Pólo Vale do Aço.
O projeto tem como objetivos principais: discutir e desenvolver em conjunto com os professores,
conceitos sobre meio ambiente e métodos de sensibilização e divulgação junto às crianças;
incentivar a melhoria do meio ambiente nas escolas e seus arredores; incentivar a criação das
“Escolinhas de Vida”, grupos de crianças para realização de projetos ambientais; fazer com que
os participantes do programa sejam multiplicadores do exercício da cidadania; aprimorar a
integração entre as comunidades e a empresa. O projeto é desenvolvido sob a forma de
seminários e visita técnica, com carga horária total de 48 horas de capacitação, distribuída em
seis módulos de 08 horas.
Plano de Manejo Florestal RESUMO PÚBLICO
30
5) POLÍTICA DE RECURSOS HUMANOS
A CENIBRA, por meio de uma Política de Recursos Humanos, procura manter-se alinhada às
melhores práticas referentes a salários, benefícios, formação, treinamento e desenvolvimento,
em comparação às empresas de porte e atuação semelhantes. Dessa forma, a Empresa busca
atrair e manter pessoas conscientes dos desafios que todo crescimento profissional exige, com
iguais oportunidades de reconhecimento e desenvolvimento profissional.
A principal diretriz do Departamento de Recursos Humanos é atuar como um agente de
transformação, tratando os Recursos Humanos da Empresa como uma vantagem competitiva,
convertendo informação em conhecimento compartilhado.
O Departamento de Recursos Humanos direciona esforços na busca de Políticas e Práticas
que propiciam o aprimoramento, integridade e bem estar a seus Empregados.
O planejamento Empresarial de Recursos Humanos é um processo dinâmico de administração
da organização humana, em interação com as expectativas do negócio da Empresa. A área de
Recursos Humanos contribui com os objetivos organizacionais à medida que oferece à direção,
política para captar, manter, desenvolver e antever as necessidades dos empregados,
promovendo sua motivação, elevando a organização aos mais altos padrões de qualidade.
A seguir estão descritos os principais itens da Política de Recursos Humanos da
Empresa.
5.1) Recrutamento, Seleção e Remuneração
Procurando qualidade na captação de mão-de-obra, a CENIBRA tem atuado com os
mais modernos métodos para seleção de candidatos, visando o perfeito entrosamento
empregado x empresa. O recrutamento interno tem como objetivo a valorização do empregado
proporcionando-lhe ascensão profissional. Quando não é possível o aproveitamento interno, a
Empresa utiliza seu banco de dados onde são cadastrados os currículos dos diversos
profissionais disponíveis, priorizando os candidatos da região e considerando o portador de
necessidades especiais.
Consciente de seu papel na criação de melhores oportunidades para seus empregados,
a CENIBRA procura remunerá-los dentro dos padrões definidos como de primeira linha. O
objetivo principal é o de atrair, reter e desenvolver profissionais motivados e qualificados,
administrando profissionalmente, remunerando-os através de uma política salarial baseada em
acordos coletivos e pesquisas de mercado. Além de remuneração fixa, mantém programas de
incentivo em virtude da superação de metas estabelecidas, como a Participação nos Lucros e
Resultados – PLR.
A Empresa desenvolve uma relação amistosa com os sindicatos de trabalhadores.
Plano de Manejo Florestal RESUMO PÚBLICO
31
5.2) Mão de Obra
A CENIBRA adota um modelo misto de utilização da mão-de-obra no desenvolvimento
das atividades operacionais e de apoio (silvicultura, colheita, infra-estrutura, topografia).
Naquelas atividades em que a mão-de-obra provém de terceiros, os contratos são
estabelecidos e gerenciados de modo a garantir o atendimento à legislação trabalhista, de
segurança e saúde ocupacional. O monitoramento do cumprimento ao que foi estabelecido no
contrato é feito por equipe da CENIBRA, conforme estabelecido em procedimento. A principal
motivação para a terceirização é a existência de empresas especializadas em determinadas
atividades, que as executam com qualidade. A CENIBRA envida esforços no sentido de evitar
a precarização das condições de trabalho destas empresas.
5.3) Segurança e Saúde Ocupacional
A CENIBRA e suas prestadoras de serviços adotam as melhores práticas de gestão de
segurança e saúde ocupacional com vistas à proteção da saúde e integridade física dos
empregados, por meio de técnicas de levantamento dos perigos, avaliação e implementação
de medidas de controle dos riscos ocupacionais.
Merecem destaque os trabalhos de implementação da Norma OHSAS 18001:2007;
elaboração de Análise Preliminar de Riscos de todas as atividades; realização de campanhas
de segurança e saúde ocupacional para melhoria do nível de conscientização dos empregados
na prevenção de acidentes e doenças; realização de diálogos diários de segurança e saúde
ocupacional; realização de ginástica laboral e pausas para repouso; apoio à Comissão Interna
de Prevenção de Acidentes do Trabalho Rural – CIPATR; realização de auditorias e inspeções
de rotina de segurança e saúde ocupacional; realização de treinamentos legais e operacionais
de segurança e saúde ocupacional;
O monitoramento dos indicadores de segurança, de empregados próprios e de
prestadores de serviços, é realizado mensalmente pela Coordenação de Segurança e Saúde
Ocupacional, por meio de estatísticas de ocorrências de acidentes de trabalho com e sem
afastamento, taxas de freqüência e gravidade de acidentes, horas-homem de exposição ao
risco, dias perdidos por acidente com afastamento e ocorrência de acidentes de trabalho no
trajeto. Os resultados do monitoramento desses indicadores são disponibilizados por meio da
Intranet/Menu Segurança/Estatísticas de Acidentes.
O monitoramento da saúde ocupacional é realizado pelo Programa de Controle Médico
de Saúde Ocupacional – PCMSO, sob a responsabilidade técnica do Médico do Trabalho da
CENIBRA e suas prestadoras de serviços.
Plano de Manejo Florestal RESUMO PÚBLICO
32
RESULTADOS
A CENIBRA e suas empresas parceiras prestadoras de serviço desenvolvem inúmeras
iniciativas como treinamentos, palestras, workshops, entre outros eventos e ações, com
enfoque na segurança e saúde ocupacional de seus colaboradores, tanto no local de trabalho
como no cotidiano do funcionário. Estas ações buscam levar conhecimento sobre estes
aspectos, proporcionando maior bem-estar e qualidade de vida a todos os envolvidos nas
atividades do manejo florestal.
Os quadros 4, 5 e 6 apresentam os resultados, respectivamente do número de
Campanhas, Treinamentos e Ações sobre Segurança e Saúde Ocupacional do Trabalho que
foram realizados em toda área florestal da empresa no ano de 2013.
Quadro 4: Campanhas de Saúde e Segurança
Nº Campanhas TEMA
2 Blitz Educativa e dia do motorista
18 Drogas, Alcoolismo e Tabagismo
3 Saúde da mulher e acompanhamento de gestantes
20 Conscientização e Prevenção de Acidentes no Trânsito
1 Higienização pessoal
2 Olho na Segurança
1 Proteção visual
1 Acidente zero
1 Nossos planos para amanhã dependem da Segurança de hoje
7 Vacinação Antitetânica / Hepatite / Febre amarela e Gripe H1N1
23 DST / AIDS
1 Palestra sobre o SONO.
11 Palestra sobre diabetes / hipertensão
2 Os cuidados com animais peçonhentos
17 Prevenção de acidentes com agrotóxicos
1 Prevenção de acidentes nos membros inferiores
1 Prevenção de acidentes com as mãos
3 Conservação Auditiva
16 Semana Interna de Saúde e Segurança
5 Dia da Segurança e Saúde no Transporte de madeira
1 Mutirão de Segurança
1 Segurança no abastecimento de Máquinas
1 Segurança no embarque e desembarque de equipamento na prancha
Totalizando 139 campanhas sobre Saúde e Segurança.
Plano de Manejo Florestal RESUMO PÚBLICO
33
Quadro 5: Treinamentos em Saúde e Segurança
Nº Treinamentos TEMA
126 Primeiros Socorros
1 Segurança para operação de empilhadeira.
1 Segurança para operação do caminhão guindauto
56 Uso e Conservação de EPI’s
56 Ergonômico postural NR 17 e NR31
76 Introdutório
5 Segurança para ajudantes da roçada / plantio
14 Segurança para operadores de Motocoveador / Motopoda
8 Desgalha com machadinha
27 Empilhamento e tombo manual
1 Para representantes da CIPATR
1 “5S” na área de trabalho,
1 NR 31
40 Política da qualidade / meio ambiente
26 APR (análise preliminar de risco) e RQA (registro de quase acidente)
1 Segurança no arraste de árvores
15 FSC e CERFLOR
7 Comportamento pessoal
1 Mapa de risco
21 Operação de TMO / trator pneu / motosserra / grua e motoniveladora
1 Ordem de serviço
22 Plano de Gerenciamento de Emergência – PGE Florestal
1 Sinalização de Estrada
1 Solda e oxi-corte
7 Trabalho beira de barranco
11 Uso do Bafômetro e Direção Defensiva
1 Teste mão amiga
1 Técnicas ao subir e descer do equipamento (escada)
1 Segurança na amarração de carga e descarga de madeira
1 Segurança na atividade de manutenção mecânica
Totalizando 531 Treinamentos em Saúde e Segurança
Plano de Manejo Florestal RESUMO PÚBLICO
34
Quadro 6: Ações sobre Saúde e Segurança
Nº Ações TEMA
14 Diálogo Diário Ambiental
2823 Diálogo Diário de Segurança - DDS
13 Divulgação do FISPQ (Ficha de Informação de Segurança de Produtos Perigosos)
13 Divulgação do PPRA Programa de Prevenção de Riscos Ambientais
780 Inspeções de segurança
1 Instrução sobre a Formação de comboio nos trajetos
45 Noções de prevenção e combate a incêndios / simulados
11 Observação trabalho seguro
2 Os 10 princípios da segurança
1 Palestra de Relações Humanas para Encarregados e Administrativos
12 Reuniões do comitê de segurança da regional
10 Gerenciamento de Resíduos Sólidos
1 Programa de Acompanhamento dos Recém Admitidos
2 Reciclagem sobre Aspecto e Impactos Ambientais
22 Reciclagem sobre Coleta Seletiva
54 Reuniões de segurança
16 Semana Interna de Prevenção de Acidentes do Trabalho Rural – SIPATR
Totalizando 3.820 Ações sobre Saúde e Segurança
5.4) Benefícios
A CENIBRA oferece aos seus empregados e dependentes, assistência à saúde por
meio de um plano de autogestão, com uma rede credenciada arrojada e qualificada, permitindo
aos usuários toda a assistência: hospitalar, médica, odontológica, farmacêutica, ótica,
funerária, psicologia, fisioterapia, fonoaudiologia, psiquiatria e medicina alternativa, além de
outros benefícios complementares tais como: previdência privada, seguro de vida em grupo,
transporte, alimentação, reembolso educacional, reembolso de idiomas e outros.
5.5) Treinamento, Desenvolvimento e Qualidade de Vida
O Mapeamento de T&D é realizado em conformidade com um ou mais critérios abaixo:
Visão, Missão e Valores da Empresa;
Os objetivos estratégicos da Empres;
Gestão de recursos;
Os requerimentos definidos para os cargos / posições;
Os resultados operacionais estabelecidos;
Legislação e outros requisitos;
Plano de Manejo Florestal RESUMO PÚBLICO
35
M0002 – Sistema Integrado de Gestão.
É através do treinamento que as pessoas desenvolvem suas habilidades e tornam-se
aptas para tarefas determinadas. A CENIBRA conhece na prática os resultados positivos de
uma boa política de treinamento: aumento da produtividade e estímulo para o crescimento
profissional dos seus colaboradores.
Na CENIBRA, as atividades de treinamento e desenvolvimento são oferecidas à todos
os empregados, com o objetivo de garantir a manutenção e a continuidade do processo de
melhorias. Após a atividade de treinamento/desenvolvimento, é realizada a Avaliação de
Resultado/Eficácia, com o objetivo de registrar as mudanças no comportamento dos treinados,
identificando as melhorias e se o objetivo foi alcançado.
As informações a respeito da descrição de competências x função, dados de formação
educacional, treinamento, conhecimentos e experiências requeridas são contempladas na
Descrição de Cargo, que está disponível no Sistema de Gestão R/3. Para o cumprimento do
planejamento, a empresa investe anualmente em treinamento, reciclagens, formação escolar
formal, especializações e idiomas, seguindo procedimentos operacionais de Gestão de
Educação Formal (P0615), de Idioma (P0614) e Treinamento e Desenvolvimento (P0619).
Cabe aos administradores de contratos assegurarem que os empregados das empresas
contratadas, recebam treinamento para conscientização do Sistema Integrado de Gestão da
CENIBRA. Desta forma garantem o conhecimento destes, em relação à preservação do meio
ambiente, qualidade e prevenção de impactos ambientais significativos, prevenção da saúde e
segurança ocupacional, no decorrer do prazo de permanência nas instalações da CENIBRA. O
escopo do treinamento deve ser adaptado às características dos serviços prestados por cada
empresa contratada à CENIBRA.
Para garantir a adequação do escopo do evento, a Coordenação de Administração de
Pessoal - DERHU-P é responsável por capacitar multiplicadores das empresas contratadas e
estes são responsáveis pela disseminação aos demais empregados da respectiva empresa
contratada. Os registros destes treinamentos são providenciados e arquivados pelas empresas
contratadas.
Para garantir a efetividade, a Coordenação de Pesquisa e Desenvolvimento Industrial e
Sistemas de Gestão - DEMAQ-S durante as auditorias integradas verifica a aderência das
atividades avaliadas aos procedimentos e práticas da CENIBRA, do grau de conscientização
dos funcionários, do conhecimento da documentação do Sistema Integrado de Gestão e de
outros elementos. A auditoria integrada é utilizada como subsídio para concluir sobre a eficácia
das eventuais ações de desenvolvimento correlatas. Não conformidades com relação a estes
temas podem implicar na identificação de causas eventualmente relacionadas a ações de
desenvolvimento.
Plano de Manejo Florestal RESUMO PÚBLICO
36
O Departamento de Recursos Humanos oferece outros projetos que visam à melhoria
da qualidade de vida dos empregados como: Semana de Bem com a Vida, Semana da Saúde,
Semana da Cultura, Projeto Cegonha, Projeto Integração Família/Empresa, Planejamento
Econômico Familiar, Projeto Adolescer, Projeto Nutrição Ecologia e Educação Alimentar, Coral,
Projeto Viva Vida – Preparação para Aposentadoria, Projeto Mais Saúde, Projeto – AMA –
Acompanhamento para melhoria do afastado, Yoga no horário de trabalho, Corridas nas
dependências da fábrica e participação em eventos externos, Massagem expressa e convênios
com academias.
5.6) Perfil socioeconômico da área de influência da CENIBRA
A CENIBRA atua em 56 municípios, situados na bacia do rio Doce, e nas sub-bacias
dos rios Santo Antônio, Piracicaba, Suaçuí Pequeno, Corrente Grande e Suaçuí Grande. As
águas do rio Doce e do Piracicaba são utilizadas predominantemente para fins industriais.
A região onde se encontram os plantios de eucalipto da CENIBRA é utilizada, desde a
década de 40, para este tipo de cultivo, tendo se expandido, a partir da década de 60, em
função dos incentivos fiscais federais. A área de atuação da Empresa encontra-se dividida em
três regionais. Rio Doce, Nova Era e Guanhães. O perfil de uso das terras na área de influência
da Empresa é o seguinte: 54,05% ocupadas com pastagens, 18,46% com florestas nativas,
11,42% com silvicultura, 9,68% com agricultura, temporária ou permanente; 6,39% das terras
não são utilizadas ou são inaproveitáveis.
Os núcleos urbanos, com exceção daqueles maiores como Ipatinga e Governador
Valadares, principalmente os distritos, não dispõem de infra-estrutura adequada de
saneamento, serviços de saúde, educação e segurança. As condições de moradia,
principalmente nas periferias, são precárias e as estradas, sobretudo as vicinais, são muitas
delas implantadas e mantidas pela CENIBRA.
O comércio é restrito, apresentando pouca movimentação econômica. As opções de
trabalho, além da CENIBRA e das mineradoras e siderúrgicas, são os empregos públicos
municipais. Destaca-se também a produção do carvão vegetal, pelos preços atrativos e pelo
mercado garantido, realizada com os resíduos da madeira, que não atendem aos padrões para
fabricação de celulose, e outras fontes de lenha obtidas na região.
O grau de urbanização nas regionais de atuação da Empresa são os seguintes: mais de
90%, na região Belo Oriente (regional Rio Doce), 87%, na regional Nova Era, 75% na região
Ipaba (regional Rio Doce) e 55% na regional Guanhães.
As carências regionais contrastam com o afluxo de recursos às prefeituras,
principalmente nos municípios de Ipatinga, Timóteo e João Monlevade devido à presença das
unidades industriais de mineradoras e siderúrgicas, e no município de Belo Oriente, devido à
fábrica da CENIBRA, gerando valores elevados de arrecadação de impostos e taxas.
Plano de Manejo Florestal RESUMO PÚBLICO
37
A área de influência da CENIBRA é cortada, de norte a sul, pela BR 381, que é utilizada
para o transporte de madeira para a fábrica de celulose em Belo Oriente. Parte da madeira
colhida nas áreas mais distantes da fábrica é transportada pela estrada de ferro Vitória –
Minas, a partir da estação de Costa Lacerda, no município de Santa Bárbara, e Drumond, em
Nova Era. Esta ferrovia pertence a Vale e transporta principalmente minérios para as fábricas
siderúrgicas instaladas na região, assim como para exportação.
Considerando a localização da empresa no contexto da Bacia do Médio Rio Doce,
região de topografia acidentada e cobertura original do tipo mata, onde dadas estas
características a principal vocação para uso destas terras é o florestal, o empreendimento
CENIBRA, com o cultivo de baixo impacto, contribui com o desenvolvimento regional, na
medida em que desenvolve e transfere tecnologia de florestas plantadas, contribui com a
geração de emprego e renda e traz divisas para o País.
6) ASPECTOS SOCIAIS - INSTITUTO CENIBRA
A Política do Sistema Integrado de Gestão da CENIBRA estabelece o compromisso da
manutenção do diálogo permanente com clientes, fornecedores, empregados, comunidades e
demais partes interessadas. A comunicação com as partes interessadas no processo florestal é
feita corporativamente pelas áreas de Comunicação, Meio Ambiente e Relações com a
Comunidade (Instituto CENIBRA).
A Empresa possui um programa de apoio às comunidades dos 54 municípios onde atua,
primando pelo processo de desenvolvimento humano e sustentável, criando espaços de
discussões, de reflexões, e articulação de organizações comunitárias produtivas e institucionais
através: do Fortalecimento do Tecido Social - buscando a qualificação das comunidades,
através de suas organizações representativas, para ocuparem os atuais espaços de discussão
e formulação de políticas públicas; Fortalecimento Institucional – Fortalecimento das
Administrações, Câmaras de Vereadores e Conselhos Setoriais para uma democracia mais
participativa, e uma melhoria no atendimento ao cidadão; Fortalecimento da Economia
Local/Regional - Definição e redefinição dos eixos econômicos, articulação dos atores tendo
como referência, a análise das cadeias produtivas, a construção de redes e alianças
estratégicas de micro e pequenos empreendedores, para se inserirem competitivamente na
economia.
Com o objetivo de fomentar um desenvolvimento sustentável conceituado como processo de
mudança social e de elevação das oportunidades das comunidades, compatibilizando, no
tempo e no espaço, o crescimento e a eficiência econômica, a conservação ambiental, a
qualidade de vida e a equidade social, participando de um claro compromisso com o futuro e a
solidariedade entre gerações é que, em 2003, a CENIBRA criou o Instituto CENIBRA que hoje
vive momentos de maturidade e de grande atuação, tendo como diretrizes as definições a
seguir:
Plano de Manejo Florestal RESUMO PÚBLICO
38
6.1) Missão do INSTITUTO CENIBRA
Promover ações de apoio à cidadania, ao bem-estar coletivo, ao desenvolvimento
social, ao crescimento econômico e a melhoria da qualidade de vida da população das
comunidades inseridas na área de atuação e de abrangência da CENIBRA, Empresas
Controladas e Coligadas.
6.2) Princípios do INSTITUTO CENIBRA
Desenvolver ações que tenham como objetivo o desenvolvimento social e econômico,
por meio de programas de geração de emprego e renda, de educação e de proteção ao
meio ambiente.
Apoiar iniciativas autênticas e legítimas das comunidades inseridas na base territorial de
atuação e de abrangência da CENIBRA, Empresas Controladas e Coligadas;
Priorizar iniciativas de organizações não-governamentais, devidamente registradas e de
representação legítima.
6.3) Estratégia
Promover o diálogo constante e manter canais de comunicação permanente com a
população das comunidades, com o objetivo de valorizar e aprimorar as relações dos
diversos segmentos da sociedade dos municípios de atuação e abrangência;
Interagir positivamente com organizações governamentais e não-governamentais,
especialmente nos projetos e ações que tenham afinidade com a Missão e os Princípios do
Instituto;
Integrar os fornecedores de bens e serviços, os clientes e os empregados, como
parceiros e co-responsáveis pela execução da política das empresas instituidoras na
relação com a comunidade;
Identificar e ampliar sinergias e atuar como agente catalisador de projetos e ações para
benefício da população dos municípios de atuação e abrangência;
Estabelecer parcerias com organizações governamentais e não-governamentais para
realização de projetos e ações que promovam o desenvolvimento regional;
Estimular a participação voluntária dos empregados em projetos e ações do Instituto.
Plano de Manejo Florestal RESUMO PÚBLICO
39
6.4) Áreas Temáticas de Atuação
Pelas características, pela dispersão geográfica e pela predominância de comunidades rurais,
o Instituto atua nos seguintes pontos:
Cultura
Saúde
Educação
Esporte e Lazer
Meio Ambiente
Promoção Social e Geração de Riquezas
Emergências/Contingências
Quadro 7: Programas Sociais
ÁREA
PROGRAMÁTICA PROGRAMA OBJETIVOS
CULTURA
Projeto + Cultura
Promover atividades de cunho cultural nos municípios de atuação da
CENIBRA, visando o desenvolvimento integrado e sustentável.
Público: 56 municípios de atuação da Empresa.
Incentivo a Cultura
Patrocinar Projetos culturais com o objetivo de melhorar o acesso à
cultura nos municípios. Patrocínio a projetos culturais por meio da Lei
de benefício fiscal "Rouanet.
Público: 56 municípios de atuação da Empresa.
Projeto Luthier
Ensinar a arte da construção de viola caipira, com madeira de
Eucalipto. Qs integrantes do Projeto Luthier aprendem a tocar e
valorizar a cultura caipira por meio da música.
Público: Adolescentes carentes do município de Barão de Cocias.
ESPORTE
Projeto + Esporte
Promover o gosto pela prática desportiva nos municípios de atuação
da empresa, elevando com isto a qualidade de vida de seus
habitantes.
Público: 56 municípios de atuação da Empresa.
Projeto Judô
Incentivar a prática esportiva por meio do esporte, modalidade judô.
Além de contribuir para formação moral e integração social dos
envolvidos.
Público: Crianças e adolescentes de Belo Oriente, Periquito e Naque.
Plano de Manejo Florestal RESUMO PÚBLICO
40
SAÚDE
Ação e Cidadania
Mobilizar as comunidades da área de atuação para a busca da
cidadania e a busca de qualidade de vida, por meio de ações de
saúde, educação, cidadania e lazer. O Projeto é desenvolvido em
parceria com os Clubes de Lions, Secretaria de Estado de Defesa
Social, Prefeituras e Organizações Comunitárias.
Público: 56 municípios de atuação da Empresa.
Campanha de Saúde
Realizar ações, nos municípios de atuação da empresa em parceria
com a Prefeitura, que abordam questões relativas ao
desenvolvimento humano, à sexualidade, aos valores e à prevenção
de violência.
Público: 56 municípios de atuação da Empresa.
EDUCAÇÃO
Conselho Eficaz
O Projeto Conselho Eficaz, desenvolvido pelo Instituto CENIBRA em
parceria com a Associação Beneficente Ágape, promove a
capacitação dos Conselhos Municipais dos Direitos da Criança e do
Adolescente, e proporciona o fortalecimento dos conselhos no
controle das políticas públicas, com capacidade de monitoramento e
intervenção no Orçamento público.
Público: 54 municípios de atuação da Empresa.
Educação de Jovens e Adultos
– EJA
Promover a Inclusão Social e Construção de Cidadania por meio do
acesso a educação para jovens e adultos com ensino fundamental e
médio. O Instituto CENIBRA se responsabiliza pelo fornecimento de
todo o material didático e pelas despesas referentes ao pagamento
dos instrutores.
Intervenção Pedagógica
Capacitar professores com técnicas lúdicas, com objetivo de
promover um ensino que desperte o interesse dos alunos.
Público: Professores da Rede Pública Municipal.
Mutirão da Educação
Minimizar a carência de recursos do sistema de ensino na região e
permitir à CENIBRA integrar-se sempre mais às comunidades e ser
reconhecida como parte efetiva delas, é o principal objetivo do
projeto.
O projeto que, desde sua criação, em 1995, tinha como foco a
distribuição de material escolar, passou a ter como premissa a
contribuição para a melhoria das condições da infra-estrutura da rede
escolar pública (área rural). Assim o projeto passou a contemplar
ampliação e reforma de instalações, fornecimento de material
esportivo, equipamentos, móveis e livros para bibliotecas e
parquinhos construídos em madeira de eucalipto tratado.
Inclusão Digital – Salinha de Informática
Minimizar a carência de recursos do sistema de ensino na região e
permitir à CENIBRA integrar-se sempre mais às comunidades e ser
reconhecida como parte efetiva delas.
Atualmente são cerca de 100 escolinhas montadas em diversos
municípios de atuação da empresa.
Plano de Manejo Florestal RESUMO PÚBLICO
41
PROMOÇÃO
SOCIAL E
GERAÇÃO DE
TRABALHO
Parceria com Apicultores
Fortalecer o segmento produtivo da apicultura, mediando encontros,
discussões e fomentando a melhoria da produção e escoamento do
mel. Permitir, por meio de contratos de parceria com as associações
de apicultores, o acesso às áreas de plantios de eucalipto e florestas
nativas, para instalação de apiários.
Em uma parceria com Associações de Apicultores das regiões Leste
e Metalúrgica de Minas Gerais, a Empresa, por meio de contratos de
parceria rural, cede áreas de plantio e florestas nativas para uso de
apicultores da região, possibilitando a criação de novos postos de
trabalho, além de assegurar a permanência do homem no campo.
Esta parceria oferece inúmeros benefícios ambientais, na medida em
que fazem dos apicultores parceiros da CENIBRA na fiscalização das
áreas contra incêndios florestais, caça e pesca predatória. A parte da
produção que cabe à Empresa é repassada a instituições
assistenciais da região.
Esta iniciativa recebe apoio técnico da EMATER - Empresa de
Assistência Técnica e Extensão Rural do Estado Minas Gerais,
totalizando e beneficiando aproximadamente 500 famílias.
Projeto de Fruticultura
Objetivo: Contribuir para a geração de trabalho e renda, o
desenvolvimento social, o crescimento econômico e a melhoria da
qualidade de vida das famílias da Comunidade de Pedra Redonda,
no município de Coroaci.
A parceria entre Instituto CENIBRA, Prefeitura Municipal de Coroaci e
a Associação Comunitária de Pedra Redonda foi formalizada em
novembro de 2011 com a criação do projeto de fruticultura com a
doação de mudas de frutíferas que beneficiou diretamente 34 famílias
do município de Coroaci.
O Projeto é mais uma alternativa de geração de trabalho e renda, de
igualdade entre os sexos e valorização da mulher e todo mundo
trabalhando para o desenvolvimento.
Panificação Cota's
Parceria entre Instituto CENIBRA, Associação Comunitária Cotas e
EMATER de capacitação e qualificação profissional, com intuito de
gerar melhoria na condição financeira e de vida.
O escopo do trabalho é focado na produção e comercialização de
pães, bolos e biscoitos, empregando diversas pessoas da Associação
Comunitária Cotas, localizada no município de Peçanha-MG.
Tecelãs de Brumal
O projeto tem foco na promoção da melhoria dos produtos e das
artesãs por meio de cursos e suporte técnico, onde a atuação maior é
junto às mulheres do município de Santa Bárbara (Brumal).
Plano de Manejo Florestal RESUMO PÚBLICO
42
PROMOÇÃO
SOCIAL E
GERAÇÃO DE
TRABALHO
Agricultura Familiar
Fortalecer o segmento produtivo da Agricultura Familiar nos
municípios onde a CENIBRA atua.
É um projeto criado para beneficiar famílias e gerar novas alternativas
de trabalho e fixação do homem no campo, por meio da cessão de
áreas para cultivo de grãos e hortaliças e apoio na organização,
desenvolvendo ações para fortalecimento deste segmento. A
empresa tem atualmente 04 projetos que atende cerca de 300
famílias de pequenos produtores rurais.
É um projeto estratégico no que diz respeito à proposta de
Desenvolvimento Social Integrado e Sustentável, fomentando o
manejo e diversificação da alimentação e geração de renda das
famílias, além de proporcionar a interação entre diversos parceiros
como: poder público, iniciativa privada e sociedade civil organizada.
Santa Marta: desenvolvido desde o ano 2000, junto ao Sindicato dos
Trabalhadores Rurais e Prefeitura Municipal de Ipaba, em área de
63,37 ha, em localidade denominada Fazenda Santa Marta. Neste
projeto são beneficiadas 127 famílias, em um total aproximado de
450 pessoas por meio do cultivo de milho, feijão, mandioca e
hortaliças.
Praia da Missa: parceria agrícola empreendida há cerca de vinte anos
pela CENIBRA em conjunto com a Prefeitura Municipal de Belo
Oriente. Uma área de 100 ha, localizada às margens do Rio Santo
Antônio, é disponibilizada pela empresa a cerca de 100 famílias de
trabalhadores rurais do município para o cultivo de lavouras de milho
e feijão.
Bom Jesus da Boa Vista: O projeto contempla diretamente 12
famílias e duas entidades sendo a Creche e o Conselho Comunitário
com repasse dos 10% da produção local. Acompanhamento das
atividades desenvolvidas pelos agricultores trabalhando a importância
do associativismo para o desenvolvimento local sustentável.
Marcocem: Iniciado em abril de 1999 numa área de 37,68 ha cedida
pela CENIBRA às margens do Rio Doce, próximo à Ipaba do Paraíso,
município de Santana do Paraíso, em parceria com a AMIP-
Associação dos Moradores de Ipaba do Paraíso. Esse projeto
beneficia 84 famílias com o cultivo de milho, mandioca, amendoim e
feijão.
Nota: Em todos os projetos os 10% da produção que cabe à
CENIBRA são repassados a instituições assistenciais, ampliando
ainda mais o alcance social do projeto.
Os projetos contam também com o apoio técnico da EMATER -
Empresa de Assistência Téc. e Extensão Rural-MG.
Plano de Manejo Florestal RESUMO PÚBLICO
43
PROMOÇÃO
SOCIAL E
GERAÇÃO DE
TRABALHO
Água limpa
Contribuir para o desenvolvimento local, integrado e sustentável,
estimulando o fortalecimento da comunidade por meio da produção
de alimentos para geração de renda para famílias, principalmente
para as mulheres da Comunidade de Água Limpa dos Antunes e
Guerra.
A parceria entre Instituto CENIBRA e a Associação de Produção
Agropecuária da Comunidade dos Antunes e Guerra foi formalizada
em maio de 2011 com a criação do projeto Água Limpa que beneficia
diretamente 30 pessoas do município de Ipaba.
O Projeto é mais uma alternativa de geração de trabalho e renda, de
igualdade entre os sexos e valorização da mulher.
Sabor Solidário
Contribuir para o desenvolvimento local, integrado e sustentável,
estimulando o fortalecimento do grupo de Economia Solidária na
busca de constituir uma cooperativa de produção de alimentos e
promover a geração de renda para as mulheres.
Os parceiros Instituto CENIBRA, Prefeitura Municipal de Açucena e a
Arte e Vida Associação de Artesanato de Açucena, motivados pela
necessidade de fortalecer e ampliar suas ações no município com
uma abordagem social diferenciada que se caracteriza pela
superação das ações isoladas e pontuais, construindo estratégias e
estruturando-as a partir da elaboração e implementação de ações
conjuntas e articuladas para desenvolvimento de capacitação de um
grupo de pessoas na busca da promoção de geração de trabalho e
renda.
Implantado em agosto de 2011 o projeto beneficiou diretamente 10
mulheres com o curso de capacitação para produção de salgados
diversos. Após o curso já foi inaugurada uma lanchonete Sabor
Solidário que é mais uma opção gastronômica no município de
Açucena.
O Projeto é mais uma alternativa de geração de trabalho e renda, de
igualdade entre os sexos e valorização da mulher.
Chapeleiras do Indaiá
Tendo a sensibilidade de reconhecer mais do que um direito
costumário, mas um valoroso artesanato local, a empresa
disponibiliza áreas para coleta da palha da palmeira Indaia, além de
fornecer apoio técnico visando a diversificação da produção, bem
como o aumento da geração de renda de todos os artesãos e artesãs
que trabalham com este tipo de artesanato.
Plano de Manejo Florestal RESUMO PÚBLICO
44
PROMOÇÃO
SOCIAL E
GERAÇÃO DE
TRABALHO
Mulher de Fibra
Objetivo: Fortalecer a atuação das mulheres que desempenham
liderança na vida familiar e comunitária atuando como agentes de
proteção social e canalizadoras do desenvolvimento de sua
comunidade, bem como, serem referenciais, para multiplicação de
informações sobre a empresa CENIBRA.
No ano de 2005, iniciou-se a abordagem às mulheres por meio da
Associação de Moradores de Ipaba do Paraíso – AMIP e da
Secretaria de Desenvolvimento Social da Prefeitura Municipal. Devido
conflito nestas duas esferas institucionais a mobilização do grupo de
mulheres ficou fragilizada. Em 2006, ampliou-se o processo de
aproximação e sensibilização das mulheres, através das mães de
alunos da escola, bem como de mães atendidas pelo Programa
Saúde da Família – PSF, operacionalizado por agentes de saúde da
Prefeitura Municipal. A proposta se sedimentou, havendo a
participação de 50 mulheres de Ipaba do Paraíso, município de
Santana do Paraíso.
No decorrer do ano de 2010 várias atividades foram desenvolvidas
para melhor atender as comunidades de Ipaba do Paraíso. Dentre
elas destacam-se: o convite para atender as escolas do município de
Santana do Paraíso com o lanche. Um apoio do Governo Estadual
para adquirir equipamentos. Receberam o Título de Utilidade Pública
Estadual.
O Movimento Mulher de Fibra participou em julho de 2011 de uma
feira de grande visibilidade regional em estande da
CENIBRA/Instituto CENIBRA onde teve a oportunidade de expor os
produtos produzidos pelo grupo de mulheres bem como divulgar o
trabalho realizado.
Em Agosto de 2011 foi renovado o contrato de parceria entre Instituto
CENIBRA e Movimento Mulher de Fibra para manutenção das
despesas do projeto.
Programa Balde Cheio
Este é um projeto da EMATER que tem total apoio da empresa em
todas as etapas de desenvolvimento. O trabalho com pequenos
produtores de gado leiteiro visa aumentar a produção de leite, além
de promover a otimização dos recursos naturais de pequenas
propriedades rurais.
RESPONSÁVEIS TÉCNICOS O quadro a seguir apresenta a relação dos profissionais responsáveis pela elaboração e revisão deste documento e suas respectivas atribuições de responsabilidades.
PROFISSIONAIS CARGO ATRIBUIÇÕES DE RESPONSABILIDADES
Deuseles João Firme Gerente de Operações Florestais CREA-MG 41262/D
Elaboração dos textos relacionados às atividades de produção de mudas, silvicultura, colheita e proteção florestal.
Alexandre Schettino de Castilho Gerente de Logística e Desenvolvimento Florestal CREA-MG 34858/D
Elaboração dos textos relacionados às atividades de logística, manutenção e desenvolvimento de equipamentos florestais e programa de fomento florestal.
José Marcio Cardoso Coordenador de Planejamento e Controle Florestal CREA-MG 40431/D
Elaboração dos textos relacionados às atividades de planejamento florestal, inventário e sistema de informações geográficas.
Fernando Palha Leite Coordenador de Pesquisa e Desenvolvimento Florestal CREA-MG 53032/D
Elaboração dos textos relacionados às atividades de pesquisa, gestão do material genético e da qualidade florestal.
Sandro Morais Santos Gerente de Meio Ambiente e Qualidade CRQ 02300850
Elaboração dos textos relacionados às atividades de gestão ambiental e política do sistema integrado de gestão.
Leida Hermsdorff Horst Gomes Coordenadora de Comunicação Coorporativa e Relações Institucionais Elaboração dos textos relacionados aos aspectos sociais, comunicação corporativa e relações institucionais.
Fernando Sérgio da Mata Borel Gerente de Recursos Humanos Elaboração dos textos relacionados à política de recursos humanos.
Paulo Henrique de Souza Dantas Coordenador de Meio Ambiente Industrial e Florestal CREA-MG 39824/D
Revisão anual do documento Plano de Manejo Florestal.
Andre Luis Petean Sanches Engenheiro Florestal CREA-MG 136445/D
Revisão anual do documento Plano de Manejo Florestal.