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UNIVERSIDADE FEDERAL DO MARANHÃOUNIVERSIDADE ABERTA DO SUS
CURSO DE ESPECIALIZAÇÃO EM SAÚDE DA FAMÍLIA
WALBERLENA ALICE DE MELO
PLANO DE AÇÃO PARA O FORTALECIMENTO DAS AÇÕES DE SAÚDE DA MULHER NA ESTRATÉGIA SAÚDE DA FAMÍLIA COM ENFOQUE NO CÂNCER
DE COLO UTERINO, NO MUNICÍPIO DE MIRANDA DO NORTE-MA
SÃO LUÍS2012
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WALBERLENA ALICE DE MELO
PLANO DE AÇÃO PARA O FORTALECIMENTO DAS AÇÕES DE SAÚDE DA MULHER NA ESTRATÉGIA SAÚDE DA FAMÍLIA COM ENFOQUE NO CÂNCER
DE COLO UTERINO, NO MUNICÍPIO DE MIRANDA DO NORTE-MA
Trabalho de Conclusão de Curso apresentado a Coordenação do Curso de Especialização em Saúde da Família da Universidade Aberta do SUS pela Universidade Federal do Maranhão, como requisito para obtenção do título de Especialista em Saúde da Família.
Orientadora: Profª. Ms. Nayra Anielly Lima Cabral
SÃO LUÍS2012
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WALBERLENA ALICE DE MELO
PLANO DE AÇÃO PARA O FORTALECIMENTO DAS AÇÕES DE SAÚDE DA MULHER NA ESTRATÉGIA SAÚDE DA FAMÍLIA COM ENFOQUE NO CÂNCER
DE COLO UTERINO, NO MUNICÍPIO DE MIRANDA DO NORTE-MA
Trabalho de Conclusão de Curso apresentado a Coordenação do Curso de Especialização em Saúde da Família da Universidade Aberta do SUS pela Universidade Federal do Maranhão, como requisito para obtenção do título de Especialista em Saúde da Família.
Aprovado em: / /
BANCA EXAMINADORA
____________________________________________________Profª. Ms. Nayra Anielly Lima Cabral (Orientadora)
Universidade Federal do Maranhão
____________________________________________________1º Examinador
Universidade Federal do Maranhão
____________________________________________________2º Examinador
Universidade Federal do Maranhão
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RESUMO
Este Plano de Ação tem por objetivo fortalecer o acompanhamento das ações de saúde da mulher na estratégia saúde da família com enfoque no câncer de colo uterino. Dentre estas estratégias, destacam-se: consolidação da parceria com a Secretaria Municipal de Saúde; elaboração de fichas e formulários para o controle e acompanhamento da atenção à saúde das mulheres dessa comunidade; envolvimento e participação abrangente dos Agentes Comunitários de Saúde; comunicação social efetiva e ampla visando informar a comunidade sobre as ações do Plano de Ação e organização do atendimento individual e de atividades educativas em grupos. As metas a serem alcançadas incluem: melhoria da qualidade da assistência à saúde da mulher em relação ao câncer do colo de útero; incentivar as mulheres da comunidade de Miranda do Norte a realizarem adequadamente a prevenção do câncer do colo uterino e assegurar condições para a realização de exames complementares e tratamento de câncer de colo uterino às mulheres com diagnóstico da doença. Os impactos para a comunidade esperados com a realização das atividades previstas neste plano, abrangem: participação das mulheres da comunidade na atenção à saúde da mulher com enfoque no câncer de colo uterino; prevenção sistemática do câncer de colo uterino e redução da incidência e, consequentemente, da prevalência do câncer de colo uterino nessa comunidade. Busca-se, assim, estabelecer ações de saúde da mulher na Estratégia Saúde da Família com enfoque no câncer de colo uterino, no Município de Miranda do Norte-MA.
Palavras-chave: Estratégia Saúde da Família. Ações de saúde. Câncer de colo uterino.
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1. IDENTIFICAÇÃO DO PLANO DE AÇÃO
1.1 Título
Plano de ação para o fortalecimento das ações de saúde da mulher na
estratégia saúde da família com enfoque no câncer de colo uterino, no município de
Miranda do Norte-MA.
1.2 Equipe Executora
Profª. Ms. Nayra Anielly Lima Cabral - (Orientadora)
Walberlena Alice de Melo - Enfermeira/PSF
Agentes comunitários de Saúde - Colaboradores
Enfermeiras do PSF - Colaboradores
1.3 Parcerias Institucionais
Secretaria Municipal de Saúde
Centro de Saúde do Município de Miranda do Norte (MA)
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2. APRESENTAÇÃO
O Programa Estratégia Saúde da Família (ESF) foi instituído em 1994,
pelo Ministério da Saúde (MS) com a finalidade de promover e prevenir a saúde,
baseado nos princípios do Sistema Único de Saúde (SUS). Esse Programa propõe
um modelo de assistência integral, ao mesmo tempo, em que enfatiza a atenção
primária e a promoção da saúde familiar1.
A iniciativa para a criação desse Programa atende ao que preceitua a
Constituição Federal de 1988, ao determinar garantia de saúde para todos. No
entanto, para o alcance desse preceito, fazem-se necessárias mudanças no modelo
de atenção em vigor, de modo a preencher o conceito amplo de saúde e, em
especial, a capacitação de recursos humanos visando à reorganização da atenção
básica em saúde conforme recomendação do Ministério da Saúde1.
As ações e serviços de saúde desenvolvidos pela Estratégia Saúde da
Família envolvem uma equipe interdisciplinar que, a princípio, era formada por
médicos, enfermeiros, auxiliares de enfermagem e agentes comunitários de saúde.
Porém, com o passar dos anos, sentiu-se a necessidade de incluir outros
profissionais da área de saúde, visando a promoção da saúde em problemas
específicos, haja vista a proposta do Ministério da Saúde de oferecer um
atendimento integral2.
O Sistema Único de Saúde (SUS), de acordo com a Lei Federal n.
8.080/90, envolve um conjunto de ações e serviços prestados por órgãos e
instituições públicas federais, estaduais e municipais da administração direta e/ou
indireta e fundações mantidas pelo poder público, complementados pela iniciativa
privada2.
Esse sistema de prestação de saúde à população tem por objetivo final a
assistência baseada no modelo de promoção, proteção e recuperação da saúde.
Para tanto, torna-se indispensável à implantação de meios, ou seja, processos,
estruturas e métodos e de uma equipe interdisciplinar2.
A intenção do governo com o SUS foi apresentar uma nova formulação
política e de organização ao prestar atendimento à saúde, com vistas a alterar a
situação de desigualdade no acesso aos meios de promoção da saúde pelas
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populações, atendendo um dos pré-requisitos, qual seja o atendimento de qualidade
prestado por uma equipe de profissionais da área de saúde1.
Os programas visando oferecer Atenção Integral em saúde, com
qualidade de saúde que integram o SUS devem estar organizados em redes
regionalizadas e hierarquizadas, orientadas pela atenção primária, e capazes de
responder a necessidades de saúde individuais e coletivas1.
Estudos apontam que sistemas orientados pela Atenção Primária à Saúde
(APS) apresentam melhores resultados no que se refere à provisão dos cuidados em
saúde, ao alcance de maior equidade e eficiência, à continuidade da atenção e à
satisfação dos usuários3,4,5. Além disso, há certo consenso de que a atenção primária
deve constituir-se como a base do sistema de saúde com capacidade para organizá-lo
em sua totalidade4. No país, a APS é atualmente definida como um conjunto de ações
de promoção e proteção à saúde, prevenção de agravos, diagnóstico, tratamento,
reabilitação e manutenção da saúde nas dimensões coletiva e individual, por meio de
ações gerenciais e sanitárias participativas e democráticas, trabalho em equipe,
responsabilização sanitária, base territorial e resolução dos problemas de saúde mais
frequentes e relevantes em determinado contexto6.
Na prevenção e controle do câncer do colo do útero, muitas ações são
executadas nesse nível de atenção, desde aquelas voltadas para a prevenção de
doenças sexualmente transmissíveis (DST), até as dirigidas para a detecção
precoce do câncer: informação e esclarecimento da população sobre o
rastreamento, identificação da população feminina na faixa etária prioritária,
identificação de mulheres com risco aumentado, convocação para exame, realização
da coleta da citologia, identificação de faltosas e reconvocação, recebimento dos laudos,
identificação das mulheres com resultados positivos ao rastreamento para
vigilância do caso, orientação e encaminhamento das mulheres para unidade
secundária, avaliação da cobertura de citologia na área, avaliação da qualidade da
coleta e supervisão dos técnicos para coleta, planejamento e execução de ações, na
área sob responsabilidade sanitária da equipe, voltadas para a melhoria da cobertura
do exame. A equipe é também responsável pela vigilância dos casos encaminhados
para confirmação diagnostica e tratamento, identificação de falhas no acesso e
fechamento dos casos. Pode também oferecer diferentes modalidades de suporte a
pacientes em tratamento curativo ou paliativo¹.
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A prevalência desse diagnóstico citológico no Brasil foi de 0,2% dentre
todos os exames realizados e de 7% considerando-se apenas os resultados alterados
em 20097.
Estudos revelam prevalência de lesão de alto grau entre 12,2% e 68% e de
câncer em torno de 1,3% a 3% nas mulheres com citologia de ASC-H (Atipias de
significado indeterminado em células escamosas não podendo excluir lesão de alto grau)8.
No único artigo original publicado no Brasil, a prevalência de lesão intraepitelial de
alto grau (NIC II/III) entre usuárias do SUS com esse diagnóstico citolopatológico foi
de 19,29%. Nenhum caso de câncer cervical foi identificado9.
Considerando essa realidade, a presente proposta para a realização deste
Plano de Ação voltado para o acompanhamento das Ações de Saúde da Mulher com
enfoque no Câncer de Colo Uterino tem um grande significado de importância para a
comunidade de Miranda do Norte-MA, uma vez que se trata de uma atividade a ser
desenvolvida pela Estratégia Saúde da Família.
3. JUSTIFICATIVA
A ESF possui abrangência teórica voltada especificamente para a
vigilância da saúde. Assim, suas ações estão centradas no território, conforme as
concepções apresentadas pela Organização Pan-Americana de Saúde.
Nessa dimensão, predomina o entendimento de que as atividades do
programa estão voltadas para os cuidados a serem dispensados em cada ambiente,
consequentemente não prioriza a prática clínica nem a abordagem individual em sua
atenção singular, necessária para os casos em que os processos mórbidos já estão
instalados, reduzindo então, “as autonomias nos modos de se andar a vida”10,11.
Dessa maneira, a ESF rompe com seu potencial de transformação,
expressando-se pelo trabalho em ato, ações, em saúde, em normas e regulamentos
definidos de acordo com o ideal da vigilância à saúde, desenvolvendo práticas
dependentes.
Ao definir uma atuação não direcionada também para a área clínica,
equipara-se à Medicina Comunitária e os Cuidados Primários em Saúde e age na
linha do Modelo Médico Hegemônico. Parece que a ESF está preocupada em
delimitar limites de competência entre si e os profissionais da área médica: “da
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saúde coletiva, cuidamos nós a ESF, da saúde individual cuidam vocês, a
corporação médica”12.
Campos10 propõe que as equipes multiprofissionais sejam reestruturadas.
Essa organização é justificada em dois sentidos, sendo:
Quebrar a costumeira divisão do processo de trabalho em saúde segundo recortes verticais, compondo segmentos estanques por categorias profissionais [...] responsabilizar cada uma dessas equipes por um conjunto de problemas muito bem delimitados e pelo planejamento e execução de ações capazes de resolvê-los, o que ocorreria por meio da vinculação de cada equipe a um certo número de pacientes previamente inscritos, do atendimento de uma certa parcela da demanda que espontaneamente procura a unidade, bem como pela responsabilidade em relação aos problemas coletivos.
Os princípios da unidade de saúde da família estão apresentados por
Franco e Merhy12 da seguinte forma:
Caráter substitutivo: substituição às práticas convencionais de
assistência por um novo processo de trabalho, centrado na promoção
e vigilância à saúde;
Integralidade e hierarquização: a Unidade de Saúde da Família está
inserida no primeiro nível de ações e serviços do sistema local de
saúde;
Territorialização e adscrição da clientela: trabalha com território de
abrangência definido;
Equipe multiprofissional: a Equipe de Saúde da Família é composta
minimamente por um médico generalista ou médico de família, um
enfermeiro, um auxiliar de enfermagem e até 12 agentes comunitários
de saúde (ACS).
A ESF incorpora a diretriz de vínculo propondo a adscrição de clientela,
de 600 a 1000 famílias em uma determinada área física, que passam a receber
atenção de uma equipe composta por um médico, uma enfermeira, um auxiliar de
enfermagem e até 12 agentes comunitários de saúde no mínimo.
Diante da realidade observada em todo o país, supõe-se que ainda não
há concretamente desburocratização do acesso aos serviços, uma vez que o
atendimento às urgências, que é muito importante do ponto de vista do usuário, não
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está incluso na agenda de trabalho do programa. A falta de determinados serviços
nessa agenda tem sido fator para a baixa de credibilidade por parte dos usuários13.
A ESF enquanto proposta de “estratégia de mudança do modelo
assistencial” do país, dos vários problemas identificados nessa proposta, Franco e
Merthy12 apontam que:
A idéia, que já se descreveu, de que esteja mais voltado para ações as de natureza ‘higienistas’, do que as de cunho "sanitaristas", não dando valor e importância suficientes a uma rede básica assistencial, integrada ao sistema de saúde, ganha um grande destaque por tornar-se uma perspectiva muito polêmica em um país como o Brasil, pois ao se verificar, que de acordo com dados do Ministério da Saúde de 1998, há no país 55.647 Unidades Ambulatoriais, das quais 31.342 constituem-se de Unidades Básicas de Saúde, o que fazer com esta ampla e capilar rede de serviços, locais. No Brasil, há em média uma Unidade Básica para cada 5.424 habitantes, valor muito melhor do que o recomendado pela OMS, que é de uma UBS para cada 20.000 habitantes. Esta rede, construída ao longo da história da saúde pública neste país, oferece um equipamento importante para operar a assistência à saúde e deve necessariamente ser considerado para a organização de um novo modelo assistencial.
A organização e forma de trabalho da equipe, apesar das ações estarem
direcionadas para as práticas multiprofissionais, não há nenhuma proposta na
estratégia, que assegure ruptura com a dinâmica da assistência centrada, do modelo
hegemônico atual. Pois, não há dispositivos potentes para esse alcance, visto que o
programa está voltado para uma mudança de estrutura, isto é, para o modelo que
operacionaliza o serviço, no entanto, não atua de forma ampla no microprofissional,
aspectos estes marcantes na definição do perfil da assistência.
As visitas domiciliares devem ser concebidas como recursos que podem
ser utilizados pelos estabelecimentos de saúde, quando se fizer necessário inclusive
já faz parte dos procedimentos práticos de várias redes de serviços, que atuam
organizados em outras modalidades de assistência, as quais têm mostrado
resultados acima dos esperados.
A ênfase dada à visita domiciliar pela ESF não significa que o médico
tenha rompido com a prática “procedimento centrada” e que os demais profissionais
não sigam as orientações e saberes médico.
Outro aspecto a ser destacado refere-se ao fato dos mentores optarem
por organizar e estruturar a demanda de serviços das UBS, considerando apenas os
usuários referenciados pelas equipes da ESF, eliminando, assim, a possibilidade de
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atendimento à demanda espontânea, tendo-se, então, uma cobertura assistencial
ainda fragmentada.
Apesar desses direcionamentos, a ESF desenvolve, além de outros, o
Programa de Controle do Câncer do Colo de Útero que resulta da evolução de
iniciativas que começaram a ser organizadas e consolidadas a partir do Programa
de Saúde Materno-Infantil (1977) e que, a partir da década de 1990, expandiu-se
consideravelmente. Atualmente, cerca de 12 milhões de exames citopatológicos são
realizados anualmente no âmbito do Sistema Único de Saúde (SUS)1.
Situando-se a comunidade de Miranda do Norte-MA, destaca-se como
situação-problema a dificuldade de acompanhamento/seguimento a mulheres com
resultado de exame citopatológico alterado. Essa realidade tem contribuído para a
existência de um grave problema no tocante ao acompanhamento de mulheres com
esse resultado, principalmente nos sistemas de informação, referência e contra-
referência das pacientes que necessitam realizar exames complementares e
tratamento.
Frente a esse quadro, justifica-se a presente proposta, qual seja, de
acompanhamento das ações de saúde da mulher com enfoque no câncer de colo
uterino, integrando-se, assim, à atenção integral à saúde da mulher, que se constitui
em uma vertente da ESF.
4. OBJETIVOS
4.1 Objetivo Geral
Fortalecer o acompanhamento das ações de saúde da mulher na
estratégia saúde da família com enfoque no câncer de colo uterino no
município de Miranda do Norte-MA.
4.2 Objetivos Específicos
Traçar o perfil socioeconômico das mulheres com resultados de
exames citopatológicos alterados;
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Identificar a dificuldade no acompanhamento a mulheres com resultado
de exame citopatológico alterado;
Estabelecer diretrizes que vise à melhoria na qualidade de atenção a
saúde da mulher.
5. METAS
Melhoria da qualidade da assistência à saúde da mulher em relação ao
câncer do colo de útero;
Incentivar as mulheres da comunidade de Miranda do Norte a
realizarem adequadamente a prevenção do câncer do colo uterino;
Assegurar condições para a realização de exames complementares e
tratamento de câncer de colo uterino às mulheres com diagnóstico da
doença.
6. IMPACTOS PARA A COMUNIDADE
Participação das mulheres da comunidade na atenção à saúde da
mulher com enfoque no câncer de colo uterino;
Prevenção sistemática do câncer do colo uterino;
Redução da incidência e, consequentemente, da prevalência do câncer
de colo uterino nessa comunidade.
7. METODOLOGIA
7.1 População-alvo
Todas as mulheres residentes na comunidade de Miranda do Norte-MA.
7.2 Período
O plano terá sua implantação iniciada a partir de janeiro de 2012.
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7.3 Estratégias do Plano de Ação
Para a implantação desse Plano serão desenvolvidas as estratégias:
Consolidação da parceria com a Secretaria Municipal de Saúde para a
execução das ações que serão implementadas;
Elaboração de fichas e formulários para o controle e acompanhamento
da atenção à saúde das mulheres dessa comunidade, tais como: ficha
de cadastro do PSM e ficha para o controle de frequência das
participantes e formulários de acompanhamento/seguimento;
Envolvimento e participação abrangente dos Agentes Comunitários de
Saúde, especialmente no recrutamento das mulheres que serão
integradas às ações do Plano de Ação;
Comunicação social efetiva e ampla visando informar a comunidade
sobre as ações do Plano de Ação;
Organização do atendimento individual e de atividades educativas em
grupos, na perspectiva de garantir maior participação da população-
alvo.
7.4 Organização e Planejamento
1º Passo: Divulgação das ações desenvolvidas pelo Plano de Ação
através de todos os veículos de comunicação existentes. Para tanto,
serão elaborados impressos informativos em formato de cartilhas e
outros;
2º Passo: Mobilização e busca da clientela alvo do Plano de Ação
pelos Agentes Comunitários de Saúde e inscrições com a ajuda dos
enfermeiros da ESF;
3º Passo: Organização dos espaços físicos que serão utilizados para
as ações do Plano de Ação, as quais envolverão os profissionais da
saúde e as mulheres da comunidade.
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7.5 Atividades a serem desenvolvidas
Serão desenvolvidas as seguintes atividades:
Exposições orais e de vídeos mostrando os procedimentos
necessários aos cuidados da saúde da mulher, bem como relato de
experiências das mulheres participantes das ações do Plano de Ação.
Durante essas atividades serão utilizadas dinâmicas de grupos;
Realização de palestras, informações e orientações serão voltadas
para a temática da saúde da mulher com enfoque no câncer de colo de
útero;
Visitas domiciliares;
Consultas médicas e de enfermagem para a prevenção de câncer no
colo uterino.
8. COMPETÊNCIA
Equipe Executora Função
Orientadora: Profª. Nayra Anielly Lima Cabral Orientação na constituição do plano de ação.
Coordenadora: Walberlena Alice de Melo Execução e avaliação do plano em todos os
passos.
Colaboradores: Agentes Comunitários de
Saúde do Centro de Saúde do Município de
Miranda do Norte (MA)
Divulgação
Busca ativa
Inscrição das participantes
Enfermeiras do Programa de Saúde da Família Palestrantes
Acompanhamento da assistência
PARCERIAS INSTITUCIONAIS FUNÇÃO
Secretaria Municipal de Saúde
Centro de Saúde do Município de Miranda do
Norte (MA)
Apoio com recursos didáticos
Apoio logístico em termos de material de
expediente e equipamentos que se fizeram
necessários, por exemplo, data show e outros.
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9. SISTEMA DE CONTROLE E AVALIAÇÃO
Reuniões técnicas com os profissionais envolvidos nas ações do plano
para fins, de avaliação e discussão das metas preestabelecidas no
Plano de Ação, quando serão apresentados e discutidos os resultados;
Utilização de dados contidos nos registros dos pacientes, dentre estes,
prontuários e fichas de encaminhamento dos diagnósticos suspeitos
visando consolidar as informações.
10. CRONOGRAMA
Atividades2011 2012Out Nov Dez Jan Fev Mar Abr
Levantamento e atualização
bibliográficaX X X X
Elaboração do plano de
açãoX X
Envio para aprovação da
coordenação do cursoX
Reunião com a equipe
profissional e parcerias
institucionais
X
Apresentação da proposta
aos diretores da UnidadeX
Apresentação da proposta
aos enfermeiros e ACSX
Divulgação/mobilização X
Execução e implementação
do planoX
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11. PREVISÃO ORÇAMENTÁRIA/FINACIAMENTO
Material didático Quantidade Valor Parceria
Canetas 70 75,00 Secretaria Municipal de Saúde de Miranda
do Norte (MA)
Data Show 1 500,00 Secretaria Municipal de Saúde de Miranda
do Norte (MA)
Prontuários 150 150,00 Secretaria Municipal de Saúde de Miranda
do Norte (MA)
Ficha de avaliação 150 75,00 Secretaria Municipal de Saúde de Miranda
do Norte (MA)
Impressão de cartilha 800 600,00 Secretaria Municipal de Saúde de Miranda
do Norte (MA)
Local e equipamento Quantidade Valor Parceria
Local 1 - Centro de Saúde do Município de Miranda
do Norte (MA)
Caixa amplificada 2 - Secretaria Municipal de Saúde de Miranda
do Norte (MA)
Microfone 2 - Secretaria Municipal de Saúde de Miranda
do Norte (MA)
TOTAL 1.400,00
12. REFERÊNCIAS
1. Brasil. Instituto Nacional de Câncer. Coordenação Geral de Ações Estratégica. Divisão de Apoio à Rede de Atenção Oncológica. Diretrizes brasileiras para o rastreamento do câncer do colo do útero. Rio de Janeiro: INCA, 2011.
2 Araújo MFS, Lima GD. A Estratégia Saúde da Família Dentro do Sistema Único de Saúde. CAOS – Revista Eletrônica de Ciências Sociais, 2009; set., 14:30-40.
3. Starfield B. Atenção Primária: equilíbrio entre necessidades de saúde, serviços e tecnologia. Brasília: Unesco/ Ministério da Saúde, 2002.
4. Macinko J, Starfield B, Shi L. The Contribution of Primary Care Systems to Health Outcomes within Organization for Economic Cooperation and Development (OECD) Countries, 1970-1998. Health Services Research. 2003; 38(3):831-65.
15
5. Kringos DS et al. The breadth of primary care: a systematic literature review of its core dimensions. BMC Health Services Research. 2010; 10:65.
6. Brasil. Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção à Saúde. Departamento de Atenção Básica. Política Nacional de Atenção Básica. Brasília, DF: Editora MS, 2006.
7. Brasil. Ministério da Saúde. Sistema de informação do câncer do colo do útero e sistema de informação do câncer de mama. 2010. Disponível em: <w3.datasus.gov.br/siscam/índex.php?area=0401>. Acesso em: 12 dez. 2011.
8. Duncan LD, Jacob SV. Atypical squamous cells, cannot exclude a high-grade squamous intraepithelial lesion: the practice experience of a hospital-based reference laboratory with this new Bethesda system diagnostic category. Diagn Cytopathol. 2004; 32(4):243-6.
9. Cytryn A et al. Prevalence of cervical intraepithelial neoplasia grades II/III and cervical cancer in patients with cytological diagnosis of atypical squamous cells when high-grade intraepithelial lesions (ASC-H) cannot be ruled out. São Paulo Med J. 2009; 127(5):283-7.
10. Campos G WS. Reforma da Reforma, repensando a saúde. São Paulo: HUCITEC, 1992.
11. Merhy EE. A perda da dimensão cuidadora na produção da saúde - uma discussão do modelo assistencial e da intervenção no seu modo de trabalhar a assistência. In: Xamã VM. Sistema Único de Saúde em Belo Horizonte – reescrevendo o público. Belo Horizonte, 1998.
12. Franco T, Merhy E. PSF: contradições e novos desafios. Belo Horizonte: UNICAMP, 1999.
13. Campos GW, Chakour M, Santos RC. Análise crítica sobre especialidades médicas e estratégias para integrá-las ao Sistema Único de Saúde (SUS). In: Cadernos de Saúde Pública, Rio de Janeiro: ENSP, 1997.
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