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A VISÃO DO LEGISLATIVO SOBRE O COOPERATIVISMO Pesquisa de opinião parlamentar

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Page 1: Pesquisa Parlamentar

A Visão do legislAtiVo sobre o cooperAtiVismopesquisa de opinião parlamentar

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A Visão do legislAtiVo sobre o cooperAtiVismopesquisa de opinião parlamentar

Brasília - DF

2011

Page 4: Pesquisa Parlamentar

Ficha Técnica

Organização das Cooperativas Brasileiras - OCB Presidente: Márcio Lopes de Freitas Superintendente: Renato NobileSetor de Autarquias Sul, Quadra 04, Bloco “I”70070-936 – Brasília-DFTel.: (61) 3217-2119Fax: (61) 3217-2121Home Page: www.brasilcooperativo.coop.br E-mail: [email protected]

RealizaçãoOCB – Gerência de Relações InstitucionaisSetor de Autarquias Sul, Quadra 04, Bloco “I”70070-936 – Brasília-DFTel.: (61) 3217-2107http://ocbnocongresso.brasilcooperativo.coop.br

Coordenação Técnica da PesquisaTânia Regina Zanella

Equipe Técnica da PesquisaClara Pedroso MaffiaDaniela de Jesus AntunesEduardo Lima QueirozFabíola Nader MottaJoana Laura Marinho NogueiraThiago Borba Abrantes

Apoio à Coleta e Análise de DadosStrategos – Empresa Júnior de Consultoria Política da Universidade de Brasília (UnB)

Coordenação de Comunicação Eruza Rodrigues

Apoio ao Projeto GráficoCláudio Nóbrega

RevisãoGabriela Prado

Projeto Gráfico e DiagramaçãoAgência Duo Design, Brasília-DF

ImpressãoGráfica Teixeira, Brasília-DF

Brasília-DF, 6 de setembro de 2011

Page 5: Pesquisa Parlamentar

ÍNDICE

� Apresentação..................................................................................................................................................................................................6Os Desafios do Cooperativismo no Poder Legislativo ......................................................................................................................................................................................................6

O Cooperativismo no Brasil e no Mundo ..................................................................................................................................................................................................................................................8

O Papel do Sistema OCB .......................................................................................................................................................................................................................................................................................................14

A Frencoop no Congresso Nacional ...............................................................................................................................................................................................................................................................15

Portfólio de Produtos e Serviços ............................................................................................................................................................................................................................................................................23

� Pesquisa de Opinião Parlamentar ................................................................................................................................30Introdução .......................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................31

Objetivos ............................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................32

Metodologia ................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................33

Perfil da Amostra .................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................34

Resultados .......................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................37

Principais Interesses dos Deputados .......................................................................................................................................................................................................................37

Cooperativismo ...............................................................................................................................................................................................................................................................................................38

Sistema OCB e Representação Política ................................................................................................................................................................................................................44

Frencoop ......................................................................................................................................................................................................................................................................................................................54

Conclusão.........................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................56

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A VIsãO DO lEgIslAtIVO sObrE O COOPErAtIVIsmO: PEsquIsA DE OPINIãO PArlAmENtAr.6

APrEsENtAÇãO

Os DEsAFIOs DO COOPErAtIVIsmO NO PODEr lEgIslAtIVO

“Representar o sistema cooperativista nacional, respeitando a sua diversidade e promovendo a eficiência e a eficácia econômica e social das cooperativas”. Com esta missão, a Organização das Cooperativas Brasileiras (OCB) atua em todas as instâncias políticas e institucionais na defesa das bandeiras do cooperativismo.

Nesse processo, vale ressaltar que as ações têm um direcionamento maior. Elas estão alinhadas às diretrizes do planeja-mento estratégico da entidade e do XIII Congresso Brasileiro do Cooperativismo (XIII CBC), evento determinante na busca pela sustentabilidade do movimento cooperativista. 

No papel de fio condutor das cooperativas, a OCB trabalha com afinco pela definição de marcos regulatórios que são fundamentais para o desenvolvimento da prática cooperativista no país. Vitórias importantes foram registradas e são, com certeza, resultado da eficiência desse trabalho de representação e articulação política.  

À frente de tudo está a OCB, mas, nesse cenário, contamos com um ator social determinante. Na luta incansável pelo fortalecimento das cooperativas brasileiras, o comprometimento dos deputados e senadores da Frente Parlamentar do Co-operativismo (Frencoop) tem sido decisivo.  

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A VIsãO DO lEgIslAtIVO sObrE O COOPErAtIVIsmO: PEsquIsA DE OPINIãO PArlAmENtAr. 7

Foi pensando em intensificar essa atuação e conquistar novas vitórias, que realizamos uma pesquisa de opinião com os parlamentares no início da 54ª Legislatura. O objetivo foi identificar a percepção dos representantes políticos sobre coope-rativismo, o próprio Sistema OCB e suas ações no Legislativo.

Desta maneira, o livro “A Visão do Legislativo sobre o Cooperativismo: Pesquisa de Opinião Parlamentar” vem somar ao trabalho já realizado pela OCB, retratando potencialidades e desafios do setor. Os principais resultados do estudo foram com-pilados e analisados nesta publicação, que também traz informações sobre outros produtos voltados à articulação política do sistema cooperativista.

O processo, que foi coordenado pela Gerência de Relações Institucionais da OCB, tem um foco ainda mais amplo. Nossa intenção é desenvolver estratégias inova-doras, que marquem a presença do cooperativismo no Congresso Nacional e ratifiquem sua importância no de-senvolvimento do país. 

Márcio Lopes de FreitasPresidente da Organização das Cooperativas Brasileiras (OCB)

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COOPErAtIVIsmO

� O quE ÉUma forma de organização que tem como diferencial promover o desenvolvimento econômico e o bem-estar social

simultaneamente. Baseado na união de pessoas, sendo este o seu maior capital, o cooperativismo é um modelo socioe-conômico com referenciais de participação democrática, solidariedade, independência e autonomia.

Ele visa às necessidades do grupo e não ao lucro, busca a prosperidade conjunta e não a individual. Por sua natureza e particularidades, o cooperativismo alia o economicamente viável ao ecologicamente correto e ao socialmente justo.

COOPErAtIVAs

� O quE sãOSão organizações de pessoas que se unem em busca de melhoria de renda, baseadas em valores de ajuda mútua,

responsabilidade, democracia, igualdade, equidade e solidariedade. Os objetivos econômicos e sociais nas cooperativas são comuns a todos e os aspectos legais e doutrinários são distintivos de outras sociedades.

O empreendimento cooperativo tem características próprias e se fundamenta nos valores humanos e na dignidade pessoal. Busca a solução de problemas que, de maneira individual, seriam mais difíceis de serem resolvidos. Tem o obje-tivo de viabilizar o associado economicamente, mediante prestação de serviços, desenvolvimento cultural e profissional. As cooperativas funcionam como referência e centros de segurança para seus cooperados.

O COOPErAtIVIsmO NO brAsIl E NO muNDO

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COOPErAtIVIsmO NO muNDO

A ideia de trabalhar com o modelo cooperativo surgiu no século XVIII, após a Revolução Industrial, na Inglaterra. Um grupo de 28 operários da cidade de Rochdale, na região de Manchester, em sua maioria tecelões, se uniu para superar as dificuldades e buscar uma forma de organização na qual fossem respeitados os valores do ser humano e praticadas regras, normas e princípios próprios. Em 1844, nascia a primeira cooperativa moderna, a Sociedade dos Probos de Ro-chdale, pertencente ao Ramo Consumo, e, com ela, o movimento cooperativista começava a ganhar espaço no mundo. Em 1848, já eram 140 membros e, 12 anos depois, chegou a 3.450 associados com um capital de 152 mil libras.

Hoje, o setor cooperativo reúne mais de 800 milhões em mais de 100 países, responde pela geração de mais de 100 milhões de empregos e está presente nos cinco continentes. Em 2008, por exemplo, as 300 maiores cooperativas do mundo tiveram uma movimentação econômico-financeira de US$ 1,1 trilhão, valor aproximado ao PIB da Espanha, con-siderada a décima economia.

Os cooperativistas são representados mundialmente pela Aliança Cooperativa Internacional (ACI), uma associação independente e não governamental. Atualmente com sede em Genebra, a ACI foi fundada em Londres, em 1895, e seus integrantes são organizações de cooperativas atuantes em diversos setores econômicos.

*Fonte: ICA.coop

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sEtE lINHAs OrIENtAm O COOPErAtIVIsmO

O cooperativismo está fundamentado em sete princípios, a partir dos quais leva seus valores à prática. São eles:

1. Adesão voluntária;2. Gestão democrática;3. Participação econômica dos membros;4. Autonomia e independência;5. Educação, formação e informação;6. Intercooperação;7. Interesse pela comunidade.

COOPErAtIVIsmO NO brAsIl

No Brasil, a prática do cooperativismo teve início no final do século XIX, mas a cultura já poderia ser observada desde a época da colonização portuguesa. Ela se desenvolveu tanto no meio urbano quanto no rural, tendo forte influ-ência das culturas alemã e italiana, principalmente na área agrícola. Os imigrantes trouxeram de seus países de origem a bagagem cultural, o trabalho associativo e a experiência de atividades familiares comunitárias, que os motivaram a organizar-se em cooperativas.

Com a propagação da doutrina cooperativista, as cooperativas tiveram sua expansão num modelo autônomo, voltado para suprir as necessidades dos próprios membros, evitando, assim, a dependência de outros atores do mercado.

Para atuar em defesa do movimento cooperativista, foi criada em 1969 a Organização das Cooperativas Brasileiras (OCB), entidade reconhecida constitucionalmente como representante oficial do setor no país. A OCB é uma sociedade civil, sem fins lucrativos, com neutralidade política e religiosa.

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Em 1971, ocorreu a regulamentação do segmento, com a sanção da Lei 5.764, na qual são especificadas, por exemplo, as regras para a criação de cooperativas. A autogestão do processo foi instituída em 1988, com a promulgação da Cons-tituição Federal, que prevê a não interferência do Estado nas associações.

COOPErAtIVIsmO Em tODA A PArtE

O cooperativismo brasileiro expandiu-se para os centros urbanos e deu uma nova dimensão ao modelo societário democrático e participativo que chegou ao Brasil com a imigração europeia. Atualmente, as cooperativas man-têm atividade em 13 setores distintos da economia, intitulados de “ramos” pelo Conselho Diretor da OCB, em 1993. Agrupá-las dessa forma tem o objetivo de dar mais visibilidade a cada tipo de negócio e mostrar a diversidade do cooperativismo brasileiro.

Os ramos foram aprovados pelo Conselho-Diretor da OCB, em 4 de maio de 1993.

Agropecuário: cooperativas de produtores rurais ou agropastoris e de pesca, cujos meios de produção pertencem ao cooperado.

Consumo: cooperativas dedicadas à compra em comum de artigos de consumo para seus cooperados.

Crédito: cooperativas destinadas a promover a poupança e financiar necessidades ou empreen-dimentos dos seus cooperados.

Educacional: cooperativas de profissionais em educação, de alunos, de pais de alunos, de empre-endedores educacionais e de atividades afins.

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Especial: cooperativas constituídas por pessoas que precisam ser tuteladas ou que se encontram em situação de desvantagem, nos termos da Lei nº 9.867/1999.

Habitacional: cooperativas destinadas à construção, à manutenção e à administração de conjun-tos habitacionais para seu quadro social.

Infraestrutura: cooperativas que atendem direta e prioritariamente ao seu quadro social com serviços essenciais, como energia e telefonia.

Mineral: cooperativas com a finalidade de pesquisar, extrair, lavrar, industrializar, comercializar, im-portar e exportar produtos minerais.

Produção: cooperativas dedicadas à produção de um ou mais tipos de bens e produtos, quando detenham os meios de produção.

Saúde: cooperativas que se dedicam à preservação e à promoção da saúde humana.

Trabalho: cooperativas que se dedicam à organização e à administração dos interesses inerentes à atividade profissional dos trabalhadores associados para prestação de serviços não identificados com outros ramos já reconhecidos.

Transporte: cooperativas que atuam na prestação de serviços de transporte de cargas e passageiros.

Turismo e Lazer: cooperativas que atendem direta ou prioritariamente ao seu quadro social, com serviços turísticos, de lazer, de entretenimento, de esportes, artísticos, de eventos e de hotelaria.

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Ramo de Atividade Cooperativas Associados Empregados

Agropecuário 1.548 943.054 146.011

Consumo 123 2.297.218 9.892

Crédito 1.064 4.019.528 56.178

Educacional 302 57.547 3.349

Especial 12 397 14

Habitacional 242 101.071 1.676

Infra-estrutura 141 778.813 5.775

Mineral 63 20.792 144

Produção 235 11.454 3.669

Saúde 852 246.265 56.776

Trabalho 1.024 217.127 3.879

Transporte 1.015 321.893 10.787

Turismo e Lazer 31 1.368 32

T O T a i S 6.652 9.016.527 298.182

Fonte: Organizações estaduais e OCBElaboração: OCB/GemercData base: dez/2010

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PrOmOÇãO E DEFEsA DO COOPErAtIVIsmO brAsIlEIrO

A Organização das Cooperativas Brasileiras (OCB) é a entidade de representação das cooperativas no país e está es-truturada para promover uma governança democrática e transparente. Ela é responsável pela promoção, fomento e defesa do sistema cooperativista brasileiro em todas as instâncias políticas e institucionais, no Brasil e no exterior. São 26 organizações estaduais, além daquela que representa o Distrito Federal, que integram a OCB. Em cada organização, as cooperativas encontram o apoio necessário ao seu desenvolvimento.

Com o intuito de potencializar as ações em prol do cooperativismo brasileiro, a OCB desenvolveu o Plano Estratégico 2009-2013. Dessa forma, a entidade investe em organização e gestão, e na qualidade dos serviços prestados, promoven-do, assim, seu fortalecimento institucional.

A partir dessa diretriz estratégica, a organização promoveu, em setembro de 2010, o XIII Congresso Brasileiro do Cooperativismo, evento que reuniu líderes do setor para um processo de reflexão e definição de proposições a serem priorizadas nos próximos três anos. O objetivo foi criar um ambiente favorável ao desenvolvimento e à consolidação do segmento.

Nesse contexto, contribuindo para o fortalecimento da representação do setor cooperativista, em novembro de 2010, foi aprovado o registro sindical da Confederação Nacional das Cooperativas (CNCoop). O reconhecimento da categoria econômica das cooperativas em área de abrangência e base territorial nacional veio fortalecer e consolidar o Sistema Confederativo de Representação Sindical das Cooperativas.

O PAPEl DO sIstEmA OCb

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FrENCOOP: 25 ANOs Em DEFEsA DO COOPErAtIVIsmO

A Frente Parlamentar do Cooperativismo (Frencoop) é composta por deputados e senadores que atuam na defesa dos interesses do sistema cooperativista no Congresso Nacional, independentemente do seu estado de origem ou filiação partidária. Com o apoio e o acompanhamento da Organização das Cooperativas Brasileiras (OCB), a Frencoop participa de discussões e deliberações legislativas referentes ao setor, tanto nas comissões temáticas, como nos plenários da Câmara dos Deputados e do Senado Federal.

Instalada pela primeira vez em 1986, a Frencoop está em evidência no Poder Legislativo desde a Constituinte, período em que inseriu a criação de cooperativas e sua autogestão entre os direitos e garantias fundamentais dos cidadãos brasi-leiros, conforme dispõe o art. 5º da Constituição Federal de 1988. Ao longo de mais de duas décadas de atuação, partici-pou ativamente de debates nos Três Poderes da República, aproximando, simultaneamente, os líderes cooperativistas do processo político-decisório, sendo um importante agente de representação política do setor cooperativista.

Ao terminar a legislatura anterior com uma formação de 245 parlamentares, a Frencoop recompôs o seu quadro de integrantes, contando já nos primeiros meses da 54ª Legislatura com 248 deputados e senadores, e, assim, iniciou um trabalho de fortalecimento de sua atuação para os próximos anos.

Contribuindo diretamente para esse processo, a Gerência de Relações Institucionais da OCB trabalha para ampliar os canais de comunicação entre parlamentares integrantes da frente, seus gabinetes e representantes do cooperativismo. Por meio da divulgação de boletins periódicos, materiais de apoio à atuação parlamentar, eventos institucionais e reuni-ões de trabalho, há uma constante troca de informações, que permitem aproximar ainda mais o sistema cooperativista brasileiro do processo político-decisório.

Esses produtos, assim como as características e particularidades do cooperativismo, são apresentados durante visitas institucionais aos gabinetes, aos próprios políticos e seus assessores. Além disso, para alinhar as demandas do setor com os atores-chave do processo decisório, são realizadas, sistematicamente, audiências e reuniões, especialmente com a diretoria e representantes de áreas temáticas da Frencoop.

Enquanto entidade de representação política do sistema cooperativista, a OCB tem entre seus objetivos prioritários buscar o fortalecimento daqueles que estão à frente, na defesa das bandeiras do cooperativismo, no Congresso Nacional.

A FrENCOOP NO CONgrEssO NACIONAl

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quADrO DE INtEgrANtEs DA FrENCOOP

As frentes parlamentares são associações suprapartidárias compostas de pelo menos 1/3 dos integrantes do Poder Le-gislativo. Com o início da 54ª Legislatura e a necessidade de sua recomposição, a Frente Parlamentar do Cooperativismo (Frencoop) se manteve como uma das mais representativas do Congresso Nacional, unindo 224 deputados federais e 24 senadores na defesa dos interesses cooperativistas.

� CâmArA DOs DEPutADOs

Deputado Partido UF

Abelardo Lupion DEM PR

Ademir Camilo PDT MG

Aelton Freitas PR MG

Afonso Hamm PP RS

Agnolin PDT TO

Aguinaldo Ribeiro PP PB

Alberto Filho PMDB MA

Alceu Moreira PMDB RS

Aldo Rebelo PCdoB SP

Alex Canziani PTB PR

Alexandre Leite DEM SP

Alexandre Roso PSB RS

Alfredo Kaefer PSDB PR

Deputado Partido UF

Alfredo Sirkis PV RJ

Aline Corrêa PP SP

André Figueredo PDT CE

André Moura PSC SE

André Zacharow PMDB PR

Aníbal Gomes PMDB CE

Antônia Lúcia PSC AC

Antônio Andrade PMDB MG

Antonio Balhmann PSB CE

Antônio Carlos Biffi PT MS

Antônio Carlos Mendes Thame PSDB SP

Ariosto Holanda PSB CE

Arnaldo Jardim PPS SP

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Deputado Partido UF

Artur Bruno PT CE

Assis do Couto PT PR

Átila Lins PMDB AM

Audifax PSB ES

Augusto Carvalho PPS DF

Berinho Bantim PSDB RR

Bernardo Santana de Vasconcellos

PR MG

Bruna Furlan PSDB SP

Carlaile Pedrosa PSDB MG

Carlos Alberto Leréia PSDB GO

Carlos Bezerra PMDB MT

Carlos Magno PP RO

Carlos Sampaio PSDB SP

Carlos Souza PP AM

Celso Maldaner PMDB SC

Cesar Conalgo PSDB ES

Chico Lopes PCdoB CE

Cida Borghetti PP PR

Deputado Partido UF

Cleber Verde PRB MA

Dalva Figueiredo PT AP

Darcísio Perondi PMDB RS

Décio Lima PT SC

Dilceu Sperafico PP PR

Dimas Ramalho PPS SP

Domingos Savio PSDB MG

Dr. Jorge Silva PDT ES

Dr. Ubiali PSB SP

Duarte Nogueira PSDB SP

Edinho Bez PMDB SC

Edson Pimenta PCdoB BA

Eduardo Azeredo PSDB MG

Eduardo Barbosa PSDB MG

Eduardo Sciarra DEM PR

Eleuses Paiva DEM SP

Erika Kokay PT DF

Eros Biondini PTB MG

Esperidião Amin PP SC

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A VIsãO DO lEgIslAtIVO sObrE O COOPErAtIVIsmO: PEsquIsA DE OPINIãO PArlAmENtAr.18

Deputado Partido UF

Eudes Xavier PT CE

Fábio Faria PMN RN

Fábio Trad PMDB MS

Fátima Bezerra PT RN

Fátima Pelaes PMDB AP

Fernando Francischini PSDB PR

Fernando Marroni PT RS

Fernando Torres DEM BA

Flávia Morais PDT GO

Flaviano Melo PMDB AC

Francisco Praciano PT AM

Gastão Vieira PMDB MA

Genecias Noronha PMDB CE

Geraldo Resende PMDB MS

Geraldo Thadeu PPS MG

Giovani Cherini PDT RS

Giovanni Queiroz PDT PA

Giroto PR MS

Givaldo Carimbão PSB AL

Deputado Partido UF

Gladson Cameli PP AC

Gorete Pereira PR CE

Guilherme Campos DEM SP

Henrique Oliveira PR AM

Heuler Cruvinel DEM GO

Homero Pereira PR MT

Hugo Leal PSC RJ

Irajá Abreu DEM TO

Jaime Martins PR MG

Janete Rocha Pietá PT SP

Jerônimo Goergen PP RS

Jesus Rodrigues PT PI

João Ananias PCdoB CE

João Dado PDT SP

João Magalhães PMDB MG

João Rodrigues DEM SC

Jonas Donizette PSB SP

Joaquim Beltrão PMDB AL

Jorge Boeira PT SC

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A VIsãO DO lEgIslAtIVO sObrE O COOPErAtIVIsmO: PEsquIsA DE OPINIãO PArlAmENtAr. 19

Deputado Partido UF

Jorge Tadeu Mudalem DEM SP

Jorginho Mello PSDB SC

José Airton PT CE

José Guimarães PT CE

José Linhares PP CE

José Mentor PT SP

José Otávio Germano PP RS

Josias Gomes PT BA

Josué Bengtson PTB PA

Julio Cesar DEM PI

Júlio Delgado PSB MG

Junji Abe DEM SP

Laurez Moreira PSB TO

Lázaro Botelho PP TO

Leandro Vilela PMDB GO

Lelo Coimbra PMDB ES

Leonardo Quintão PMDB MG

Leopoldo Meyer PSB PR

Lindomar Garçon PV RO

Deputado Partido UF

Lincoln Portela PR MG

Lira Maia DEM PA

Lourival Mendes PTdoB MA

Luciana Santos PCdoB PE

Luciano Castro PR RR

Luiz Carlos PSDB AP

Luis Carlos Heinze PP RS

Luiz Carlos Setim DEM PR

Luiz Couto PT PB

Luiz Fernando Faria PP MG

Luiz Nishimori PSDB PR

Luiz Noé PSB RS

Manato PDT ES

Mandetta DEM MS

Manoel Junior PMDB PB

Manuela D’avila PCdoB RS

Marçal Filho PMDB MS

Márcio Bittar PSDB AC

Marcio Marinho PRB BA

Page 20: Pesquisa Parlamentar

A VIsãO DO lEgIslAtIVO sObrE O COOPErAtIVIsmO: PEsquIsA DE OPINIãO PArlAmENtAr.20

Deputado Partido UF

Márcio Reinaldo Moreira PP MG

Marco Tebaldi PSDB SC

Marcos Montes DEM MG

Maurício Trindade PR BA

Marinha Raupp PMDB RO

Mauro Lopes PMDB MG

Mauro Mariani PMDB SC

Mauro Nazif PSB RO

Mendonça Prado DEM SE

Moacir Micheletto PMDB PR

Moreira Mendes PPS RO

Neilton Mulim PR RJ

Nelson Marquezelli PTB SP

Nelson Meurer PP PR

Nelson Pellegrino PT BA

Neri Geller PP MT

Nilton Capixaba PTB RO

Odair Cunha PT MG

Onofre Santo Agostini DEM SC

Deputado Partido UF

Osmar Serraglio PMDB PR

Osmar Terra PMDB RS

Padre João PT MG

Pastor Eurico PSB PE

Pastor Marco Feliciano PSC SP

Pauderney Avelino DEM AM

Paulo Abi-Ackel PSDB MG

Paulo Cesar Quartiero DEM RR

Paulo Foletto PSB ES

Paulo Piau PMDB MG

Paulo Pimenta PT RS

Paulo Rubem Santiago PDT PE

Paulo Wagner PV RN

Pedro Fernandes PTB MA

Pepe Vargas PT RS

Perpétua Almeida PCdoB AC

Professor Sétimo PMDB MA

Professora Dorinha Seabra Rezende

DEM TO

Page 21: Pesquisa Parlamentar

A VIsãO DO lEgIslAtIVO sObrE O COOPErAtIVIsmO: PEsquIsA DE OPINIãO PArlAmENtAr. 21

Deputado Partido UF

Raimundo Gomes de Matos PSDB CE

Raul Lima PP PR

Rebecca Garcia PP AM

Reinaldo Azambuja PSDB MS

Reinhold Stephanes PMDB PR

Renato Molling PP RS

Renzo Braz PP MG

Ribamar Alves PSB MA

Roberto Balestra PP GO

Roberto Britto PP BA

Roberto de Lucena PV SP

Roberto Dorner PP MT

Rodrigo Garcia DEM SP

Rogério Marinho PSDB RN

Rogério Peninha Mendonça PMDB SC

Ronaldo Benedet PMDB SC

Ronaldo Caiado DEM GO

Ronaldo Nogueira PTB RS

Rose de Freitas PMDB ES

Deputado Partido UF

Rubens Otoni PT GO

Rui Costa PT BA

Sabino Castelo Branco PTB AM

Sandes Júnior PP GO

Sandra Rosado PSB RN

Sandro Alex PPS PR

Sebastião Bala Rocha PDT AP

Sibá Machado PT AC

Silas Câmara PSC AM

Solange Almeida PMDB RJ

Sueli Vidigal PDT ES

Taumaturgo Lima PT AC

Valdir Colatto PMDB SC

Valdivino de Oliveira PSDB GO

Valtenir Pereira PSB MT

Vander Loubet PT MS

Vicente Candido PT SP

Vieira da Cunha PDT RS

Vilson Covatti PP RS

Page 22: Pesquisa Parlamentar

A VIsãO DO lEgIslAtIVO sObrE O COOPErAtIVIsmO: PEsquIsA DE OPINIãO PArlAmENtAr.22

Deputado Partido UF

Vitor Penido DEM MG

Waldir Maranhão PP MA

Walney Rocha PTB RJ

Walter Ihoshi DEM SP

Wandenkolk Gonçalves PSDB PA

Washington Reis PMDB RJ

Weliton Prado PT MG

William Dib PSDB SP

Zé Silva PDT MG

Zeca Dirceu PT PR

� sENADO FEDErAl

Senador Partido UF

Ana Amélia PP RS

Ana Rita PT ES

Casildo Maldaner PMDB SC

Cícero Lucena PSDB PB

Ciro Nogueira PP PI

Senador Partido UF

Cyro Miranda PSDB GO

Delcídio Amaral PT MS

Francisco Dornelles PP RJ

Gim Argello PTB DF

Inácio Arruda PCdoB CE

Ivo Cassol PP RO

Jorge Viana PT AC

José Pimentel PT CE

Kátia Abreu DEM TO

Luiz Henrique PMDB SC

Paulo Bauer PSDB SC

Paulo Paim PT RS

Ricardo Ferraço PMDB ES

Rodrigo Rollemberg PSB DF

Valdir Raupp PMDB RO

Vanessa Grazziotin PCdoB AM

Waldemir Moka PMDB MS

Walter Pinheiro PT BA

Welington Dias PT PI

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A VIsãO DO lEgIslAtIVO sObrE O COOPErAtIVIsmO: PEsquIsA DE OPINIãO PArlAmENtAr. 23

POrtFÓlIO DE PrODutOs E sErVIÇOs

A Gerência de Relações Institucionais da OCB tem por objetivo identificar e implementar estratégias que fortaleçam, ampla e nacionalmente, o movimento cooperativista. Para tanto, realiza interlocução política, legislativa e estratégica no Congresso Nacional, acompanhando a tramitação de proposições e de questões prioritárias discutidas nas comissões técnicas e plenários. Apoia, ainda, os trabalhos da Frente Parlamentar do Cooperativismo e analisa politicamente o com-portamento dos partidos, das bancadas regionais e suprapartidárias.

Como forma de inovar e desenvolver novas estratégias de atuação, e promover a transparência de suas ações, de-senvolve diversos produtos voltados tanto aos parlamentares e seus assessores como às cooperativas e organizações estaduais do Sistema OCB.

Apresentamos a seguir a relação dos itens já desenvolvidos e os veículos de comunicação utilizados para divulgação das ações.

PublICAÇÕEs:

� AgENDA lEgIslAtIVA DO COOPErAtIVIsmO

Publicação que contempla as principais propos-tas de interesse do setor em tramitação no Congres-so Nacional.

Seu principal objetivo é informar aos parlamentares a posição do sistema cooperativista sobre esses temas, auxiliando-os em sua atuação nas Casas Legislativas.

A agenda é também um instrumento de informa-ção para todo o movimento cooperativista sobre os principais temas e iniciativas da OCB e da Frencoop no Legislativo.

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A VIsãO DO lEgIslAtIVO sObrE O COOPErAtIVIsmO: PEsquIsA DE OPINIãO PArlAmENtAr.24

�NOÇÕEs básICAs sObrE PrOCEssO lEgIslAtIVO

� Descrição:

Publicação desenvolvida para facilitar o entendimen-to sobre o processo legislativo, levando tais informações ao conhecimento dos integrantes do Sistema OCB.

Além de textos explicativos, possui ilustrações dos fluxogramas de tramitação das proposições mais significativas.

� COmO CrIAr umA FrENCOOP

� Objetivo:

Publicação que visa aproximar lideranças cooperativistas e políticas por meio da implantação e fortalecimento de frentes representativas do setor nas assembleias legislativas e nas câma-ras de vereadores de todo o país.

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A VIsãO DO lEgIslAtIVO sObrE O COOPErAtIVIsmO: PEsquIsA DE OPINIãO PArlAmENtAr. 25

FErrAmENtAs DE AtuAÇãO:

� AgENDA E rEsultADO DA sEmANA

� Descrição:

Mapeamento das atividades legislativas – votações de pro-posições e audiências públicas – que serão acompanhadas pela Gerência de Relações Institucionais a cada semana.

O documento apresenta cada proposição com um resumo dos seus principais pontos, autor, parecer do relator, posicio-namento do sistema, ação pretendida, contato e informações de data, local e horário. No caso das audiências públicas, são repassados tema, relação de convidados e participação de re-presentantes do setor cooperativista.

� DIsCursO PArlAmENtAr

� Descrição:

É um produto que tem a finalidade de monitorar e divulgar os pronuncia-mentos parlamentares sobre o cooperativismo.

O discurso, na íntegra, é enviado para as organizações estaduais do siste-ma e aos representantes de ramos. Caso seja produzida matéria sobre o pro-nunciamento, esta é encaminhada ao gabinete do parlamentar e publicada pela Gerência de Comunicação da OCB no portal e informativo da instituição.

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EstuDOs:

� PErFIl PArlAmENtAr

� Descrição:

É um estudo elaborado para fornecer informações aos estados e à diretoria da OCB sobre o trabalho desenvolvido pelos parla-mentares no Congresso Nacional.

A ideia é subsidiar a entidade e as lideranças cooperativistas com da-dos coletados ao longo das legislaturas e, assim, contribuir para a escolha, promoção e apoio de representantes que defendam o cooperativismo brasileiro no Legislativo.

� PErFIl FrENCOOP

� Descrição:

O estudo traça um panorama da Frencoop, com in-formações aos representantes do sistema cooperativista sobre a composição da frente e a disposição desta no Congresso Nacional.

Os dados retratam o alcance da Frencoop em cada estado, podendo ser utilizados para a elaboração de es-tratégias parlamentares.

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FErrAmENtAs DE DIVulgAÇãO

� POrtAl brAsIl COOPErAtIVO, ráDIOCOOP E INFOrmAtIVO OCb

São veículos de comunicação que têm como obje-tivo divulgar as ações desenvolvidas pelo sistema coo-perativista. Tem destaque no portal Brasil Cooperativo, RádioCoop e Informativo OCB o trabalho de represen-tação política realizado pela Organização das Coopera-tivas Brasileiras e Frente Parlamentar do Cooperativismo no Poder Legislativo. 

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� blOg OCb NO CONgrEssO

� Descrição:

Trata-se de mais um instrumento de interação com nosso público-alvo. Seu objetivo é facilitar o acesso aos produtos e publicações produzidos pela Gerência de Relações Institucio-nais da OCB, colocando à disposição informações rápidas e atualizadas a respeito do andamento dos trabalhos legislativos.

� rElAtÓrIO mENsAl

� Descrição:

Produto desenvolvido para destacar todas as atividades de in-teresse do cooperativismo que ocorreram, mensalmente, no Con-gresso Nacional.

Seu objetivo é divulgar, de maneira clara e transparente, a atua-ção da OCB e da Frencoop – suas ações e conquistas – no âmbito do Legislativo.

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� PAINEl DE VOtAÇÕEs

� Descrição:

Produto que visa identificar o comportamento dos parlamentares na votação de projetos de interesse do cooperativismo, monitorando o comprometimento de deputados e senadores com o setor.

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PEsquIsA DE OPINIãO PArlAmENtAr

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INtrODuÇãO

O livro “A Visão do Legislativo sobre o Cooperativismo: Pesquisa de Opinião Parlamentar” faz parte de uma série de pro-dutos desenvolvidos pela Gerência de Relações Institucionais da Organização das Cooperativas Brasileiras (OCB), como forma de inovar e desenvolver novas estratégias de atuação do setor no Congresso Nacional1. O objetivo dessas ferra-mentas, entre as quais se destaca a Agenda Legislativa do Cooperativismo, é promover a troca de informações entre lide-ranças cooperativistas e formuladores de políticas públicas, bem como o amadurecimento do marco regulatório do setor.

O projeto de realização da pesquisa teve início em 2010, quando foi firmada a parceria entre OCB e Strategos – Empre-sa Júnior de Consultoria Política da Universidade de Brasília (UnB). Primeiramente, a organização promoveu o Workshop “Atuação Política no Congresso Nacional” com a intenção de pautar os aplicadores da pesquisa quanto às especificidades do sistema cooperativista brasileiro. Ao longo desse processo, as duas instituições trabalharam em conjunto na elabora-ção do questionário, na coleta de dados e na apresentação do relatório final.

O estudo se insere no contexto de início da 54ª Legislatura, com a renovação de 46,4% do quadro de parlamentares na Câmara dos Deputados. A ideia, portanto, foi realizar um prognóstico do cooperativismo a partir do marco inicial do mandato parlamentar, sendo possível uma comparação futura para mensurar, ao longo do tempo, a atuação do Sistema OCB e a influência do setor no Congresso Nacional.  

A expectativa é que, por meio do panorama evidenciado a partir desse trabalho, a entidade amplie sua percepção so-bre as oportunidades e desafios do cooperativismo no processo político, gerando indicadores e metas para sua atuação e sofisticando as ações estratégicas do setor em debates e votações legislativas.

1. A intenção inicial era realizar a Pesquisa de Opinião Parlamentar na Câmara dos Deputados e no Senado Federal, de modo a obter um cenário das perspectivas do Con-gresso Nacional a respeito do cooperativismo. Contudo, em virtude de norma interna do Senado que impede a aplicação de questionários na Casa, não foi possível alcançar amostra representativa dos senadores. Por isso, os resultados desta publicação referem-se apenas aos dados coletados na Câmara dos Deputados.

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ObjEtIVOs

1trAÇAr um PANOrAmA

gErAl sObrE O grAu DE CONHECImENtO DOs PArlA-mENtArEs ACErCA DO COO-PErAtIVIsmO, DO sIstEmA

OCb E DA FrENCOOP.

2mAPEAr A OPINIãO DOs

PArlAmENtArEs, INDIVIDuAlmENtE, PArA A ElAbOrAÇãO DE AÇÕEs

EstrAtÉgICAs VOltADAs à trAmItAÇãO DE PrOPOsIÇÕEs DE

INtErEssE DO sEtOr COOPErAtIVIstA.

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mEtODOlOgIA

Os dados da pesquisa foram coletados a partir da aplicação de questionário na Câmara dos Deputados, com base em amostra não-probabilística de 80% dos parlamentares da Casa. A sondagem não utilizou critério de estratificação da população-alvo, sendo a escolha dos 408 parlamentares entrevistados realizada de maneira aleatória.

As entrevistas foram feitas em pontos de fluxo, entre 24 de fevereiro e 31 de maio de 2011, por consultores da empresa júnior de consultoria política da Universidade de Brasília. O questionário foi composto por 12 questões objetivas relacio-nadas ao cooperativismo, e outra aberta sobre as principais áreas de interesse dos parlamentares.

Para o tratamento e sistematização das informações, por meio da tabulação dos dados obtidos, da categorização de variáveis e da construção de tabelas e gráficos, foram utilizados os programas Statistical Package for the Social Sciences (SPSS) e Microsoft Office Excel. 

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PErFIl DA AmOstrA

A pesquisa de opinião parlamentar contou com a participação de cerca de 80% dos deputados da Câmara, garantindo uma representatividade expressiva da amostra em relação ao número total de parlamentares da Casa. Da mesma manei-ra, a porcentagem de integrantes da Frencoop entre os entrevistados foi bastante relevante, com a participação de 83% da frente na pesquisa.

PArlAmENtArEs AmOstrACâmArA 513 408

FrENCOOP 224 186

Câmara dos Deputados

EntrevistadosNão entrevistados

Frencoop

EntrevistadosNão entrevistados

80% 20% 83% 17%

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AmOstrA POr PArtIDO

Nota-se, no gráfico, que a amostra é fiel à porcentagem de deputados em relação à proporcionalidade dos partidos políticos na Câmara dos Deputados.

DEm PCdob PDt PHs PmDb PmN PP PPs Pr Prb PrPCâmArA 8,4% 2,9% 5,3% 0,4% 15,6% 0,8% 8% 2,3% 7,8% 2,3% 0,2%

AmOstrA 9,6% 3,4% 4,9% 0,5% 13,7% 1,2% 6,9% 2,7% 7,4% 2% 0,7%

Comparação por Partido

CâmaraAmostra

Prtb Psb PsC PsDb Psl PsOl Pt Ptb PtC Ptdob PVCâmArA 0,4% 5,8% 3,5% 10,3% 0,4% 0,6% 17,2% 4,1% 0,2% 0,8% 2,7%

AmOstrA 0,2% 5,4% 3,9% 10% 0,2% 0,5% 17,9% 4,7% 0,2% 1% 2,9%

20,0%

15,0%

10,0%

5,0%

0%

DEm

PCdob

PDt

PHs

PmDb

PmN

PP

PPs

Pr

PrbPrP Prtb

Psb

PsC

PsDb

Psl PsOl

Pt

Ptdob

Ptb PV

PtC

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AmOstrA POr uNIDADE DA FEDErAÇãO

Da mesma maneira, a amostra retrata com precisão a correlação entre os deputados entrevistados e as bancadas estaduais existentes na Câmara dos Deputados.

AC Al Am AP bA CE DF Es gO mA mg ms mtCâmArA 1,6% 1,8% 1,6% 1,6% 7,6% 4,3% 1,6% 1,9% 3,3% 3,5% 10,3% 1,6% 1,6%

AmOstrA 1,7% 1,5% 1,7% 1% 7,8% 4,2% 2,2% 1,7% 3,9% 3,7% 10,5% 1,7% 1,5%

Comparação por uF

CâmaraAmostra

PA Pb PE PI Pr rj rN rO rr rs sC sE sP tOCâmArA 3,3% 2,3% 4,9% 1,9% 5,8% 9% 1,6% 1,6% 1,6% 6% 3,1% 1,6% 13,6% 1,6%

AmOstrA 3,7% 2% 4,2% 1,7% 6,6% 8,6% 1,2% 1,5% 1,5% 6,6% 3,4% 1,7% 13% 1,2%

15,0%

10,0%

5,0%

0%

AC Al Am

AP

bA

CE

DF Es

gO

mA

mg

ms mt

PA

Pb

PE

PI

Prrj

rN

rO

rr

rs

sCsE

sP

tO

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PrINCIPAIs INtErEssEs DOs DEPutADOs

Com o início da legislatura, percebe-se maior incidência de respostas sobre temas genéricos, não havendo número considerável de citações de setores específicos. No caso do cooperativismo, seis parlamentares (1,5%) indicaram ser esse o tema de principal interesse para sua atuação legislativa.

Nota-se ainda aproximação entre as prioridades definidas pelos parlamentares em suas respostas com a divisão em ramos do cooperativismo. Há possibilidade, então, do desenvolvimento de um trabalho direcionado das demandas do setor com àqueles que têm maior proximidade aos temas de interesse.

Dez principais áreas citadas

Fortalecimento da Democracia

Desenvolvimento Econômico e Social

Educação

Saúde

Matérias Fiscais e Tributárias

Direitos e Garantias Fundamentais

Trabalho

Infraestrutura

Agropecuária

Meio Ambiente

0% 5,0% 10,0% 15,0% 20,0%

17,7%

10,1%

7,8%

6,7%

6,6%

5,6%

5,5%

5%

4,6%

4,4%

rEsultADOs

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COOPErAtIVIsmO

� grAu DE CONHECImENtO sObrE O COOPErAtIVIsmO

Ao agregar as categorias “Conhece” e “Conhece Muito”, percebe-se que mais da metade dos deputados (55,2%) possui bom conhecimento acerca do cooperativismo.

qual é o grau de conhecimento que tem sobre o cooperativismo no brasil?

1%

9,6%

34,1%36,3%

18,9%

0,2%

Não Conhece

Já ouviu falar Razoável Conhece Conhece

MuitoNão

respondeu

40,0%

30,0%

20,0%

10,0%

0%

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A VIsãO DO lEgIslAtIVO sObrE O COOPErAtIVIsmO: PEsquIsA DE OPINIãO PArlAmENtAr. 39

COOPErAtIVIsmO

� grAu DE CONHECImENtO sObrE O COOPErAtIVIsmO

Depreende-se do gráfico abaixo que a experiência parlamentar não influenciou significativamente o grau de conhe-cimento dos parlamentares acerca do cooperativismo, existindo um parâmetro de respostas parecido entre deputados de 1º mandato e aqueles que foram reeleitos.

qual é o grau de conhecimento que tem sobre o cooperativismo no brasil?CâmaraNovosreeleitos

60,0%

50,0%

40,0%

30,0%

20,0%

10,0%

0%bAIxO mÉDIO AltO

CâmArA 10,6% 34,1% 55,2%

NOVOs 13,2% 31,4% 55,4%

rEElEItOs 7,9% 36,8% 54,9%

Page 40: Pesquisa Parlamentar

A VIsãO DO lEgIslAtIVO sObrE O COOPErAtIVIsmO: PEsquIsA DE OPINIãO PArlAmENtAr.40

COOPErAtIVIsmO

� grAu DE CONHECImENtO sObrE O COOPErAtIVIsmO

Quando comparados a outros parlamentares, os integrantes da Frencoop possuem, em geral, maior conhecimento so-bre o cooperativismo. Dessa forma, nota-se um resultado positivo da parceria entre OCB e Frencoop, bem como do processo de composição da frente nesta legislatura, com a adesão de parlamentares que têm maior afinidade com o setor.

qual é o grau de conhecimento que tem sobre o cooperativismo no brasil?Integrantes da FrencoopNão Integrantes da FrencoopCâmara

70,0%

60,0%

50,0%

40,0%

30,0%

20,0%

10,0%

0%bAIxO mÉDIO AltO

CâmArA 10,6% 34,1% 55,2%

NãO INtEgrANtEs DA FrENCOOP 13,6% 39% 47,4%

INtEgrANtEs DA FrENCOOP 6,7% 27,8% 65%

Page 41: Pesquisa Parlamentar

A VIsãO DO lEgIslAtIVO sObrE O COOPErAtIVIsmO: PEsquIsA DE OPINIãO PArlAmENtAr. 41

COOPErAtIVIsmO

� grAu DE CONHECImENtO sObrE O COOPErAtIVIsmO

Os representantes da região Centro-Oeste possuem o maior grau de conhecimento sobre cooperativismo, com inci-dência de 68,4% das respostas “Conhece” e “Conhece Muito”. Contudo, de maneira geral, o conhecimento sobre o setor é similar entre as regiões do país.

Vale ressaltar que o índice de baixo conhecimento é, em sua maioria, inferior ou igual a 10% das respostas.

CENtrO - OEstE NOrDEstE NOrtE suDEstE sulbAIxO 7,9% 8,8% 8% 15,2% 10,6%mÉDIO 23,7% 37,7% 44% 33,3% 34,1%AltO 68,4% 53,5% 48% 50,7% 55,2%

Altomédiobaixo

70,0%

60,0%

50,0%

40,0%

30,0%

20,0%

10,0%

0%

qual é o grau de conhecimento que tem sobre o cooperativismo no brasil?

Page 42: Pesquisa Parlamentar

A VIsãO DO lEgIslAtIVO sObrE O COOPErAtIVIsmO: PEsquIsA DE OPINIãO PArlAmENtAr.42

COOPErAtIVIsmO

� IDENtIFICAÇãO COm rAmOs DO COOPErAtIVIsmO

O ramo agropecuário é aquele de maior identificação entre os parlamentares que dizem conhecer o cooperativismo, com 42,9% das respostas. Depreende-se que o resultado espelha a importância desse segmento no desenvolvimento histórico do movimento cooperativista no Brasil.

Também foram mencionados por muitos deputados os ramos saúde (11%) e crédito (10,3%), possivelmente em virtu-de da crescente participação do cooperativismo nesses setores.

Um fator que pode ter influenciado o desempenho dos ramos na pesquisa foi a realização dos seminários da Fren-coop no Congresso Nacional, que, em 2008 e 2009, destacaram as perspectivas e desafios das cooperativas de crédito e saúde, respectivamente.

qual é o ramo do cooperativismo com o qual mais se identifica?

42,9%11%11%10,3%

7,4%6,7%

3,2%2,5%1,8%1,4%1,1%0,4%0,4%

Agropecuário Saúde

Outros Crédito

Não Respondeu Produção

Habitacional Transporte

Todos Educacional

Trabalho Consumo

Mineral

0% 10,0% 20,0% 30,0% 40,0% 50,0%

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A VIsãO DO lEgIslAtIVO sObrE O COOPErAtIVIsmO: PEsquIsA DE OPINIãO PArlAmENtAr. 43

COOPErAtIVIsmO

� PArtICIPAÇãO Em COOPErAtIVA

Cerca de ¼ dos deputados são associados a uma cooperativa. Dentre os integrantes da Frencoop, a participação é ainda maior (37%).

Aproximadamente 20% dos deputados que participam de cooperativas dizem ser associados à Unimed, enquanto 5,3% ao Sicoob e 3,5% ao Sicredi. Porém, o ramo agropecuário é aquele que representa o maior número de deputados co-operados, respondendo por 27,6% dos parlamentares que declararam participar de alguma organização dessa natureza.

Participa de alguma cooperativa?Câmara dos Deputados

simNão

26%

74%

simNão

Participa de alguma cooperativa?Integrantes da Frencoop

37%

63%

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A VIsãO DO lEgIslAtIVO sObrE O COOPErAtIVIsmO: PEsquIsA DE OPINIãO PArlAmENtAr.44

sIstEmA OCb E rEPrEsENtAÇãO POlÍtICA

� OrgANIzAÇÕEs EstADuAIs

Percebe-se um alto nível de conhecimento dos deputados sobre as entidades estaduais de representação do coope-rativismo (70%). Dentre os membros da Frencoop, o resultado é ainda mais expressivo (79%), o que reforça a conclusão de que aqueles que integram a frente possuem maior identidade com o setor.

Apesar de grande parte dos deputados conhecerem a entidade estadual, percebe-se que o grau de relacionamento com a mesma ainda pode ser fortalecido, já que há similaridade entre as variáveis “Baixo”, “Médio” e “Alto”. Isso evidencia que o trabalho desenvolvido nos estados é fundamental para a construção, a partir do contato com a realidade local, de um relacionamento mais estreito entre as lideranças cooperativistas e políticas.

qual é o seu grau de relacionamento com ela?

33,3% 34%30,9%

1,8%

Baixo Médio Alto Não respondeu

40,0%

30,0%

20,0%

10,0%

0%

Conhece a entidade de representação do cooperativismo do seu estado?

simNãoNão respondeu

70%

29%

1%

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A VIsãO DO lEgIslAtIVO sObrE O COOPErAtIVIsmO: PEsquIsA DE OPINIãO PArlAmENtAr. 45

sIstEmA OCb E rEPrEsENtAÇãO POlÍtICA

� rEPrEsENtANtE máxImO DO COOPErAtIVIsmO

Ao não indicar, na pergunta, a existência de uma entidade de representação nacional, buscou-se verificar o real re-conhecimento da OCB enquanto representante máximo do cooperativismo brasileiro. Dentre aqueles que reconhecem alguma entidade, verificou-se que a OCB foi mencionada por mais da metade dos deputados, sendo citadas também outras instituições do sistema cooperativista, como Sescoop e Unimed. Esse dado demonstra a necessidade de fortalecer a ligação entre o cooperativismo e o trabalho realizado pela Organização das Cooperativas Brasileiras.

reconhece alguma entidade como representante máximo do cooperativismo brasileiro?

simNãoNão respondeu

46%

53%

1%

se sim, qual?

54,3%18,1%

13,8%3,2%2,7%2,1%1,6%1,1%1,1%1,1%1,1%

OCB

Não Respondeu

Outros

UNIMED

FRENCOOP

Confederação

SESCOOP

CNA

SICOOB

UNISOL

OCERGS

0% 15,0% 30,0% 45,0% 60,0%

Page 46: Pesquisa Parlamentar

A VIsãO DO lEgIslAtIVO sObrE O COOPErAtIVIsmO: PEsquIsA DE OPINIãO PArlAmENtAr.46

sIstEmA OCb E rEPrEsENtAÇãO POlÍtICA

� rEPrEsENtANtE máxImO DO COOPErAtIVIsmO

Apesar da experiência parlamentar não influenciar significativamente o grau de conhecimento dos deputados sobre o cooperativismo (ver página 39), esse é um fator importante para o reconhecimento da entidade de representação do siste-ma, já que a OCB atua em nível federal, junto aos Poderes Executivo, Legislativo e Judiciário. Assim, ao contrário do conheci-mento sobre o setor, que acredita-se ser adquirido principalmente na base, a OCB tem maior visibilidade a partir do contato direto com os deputados no Congresso Nacional.

reconhecimento de representante máximo do Coperativismo brasilieiro

Novosreeleitos

Novos Reeleitos

35,8%

56,4%60,0%

45,0%

30,0%

15,0%

0%

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sIstEmA OCb E rEPrEsENtAÇãO POlÍtICA

� rEPrEsENtANtE máxImO DO COOPErAtIVIsmO

Assim como retratado no grau de conhecimento sobre o cooperativismo (ver página 40), os integrantes da Frencoop demonstram ter maior identidade com o setor, reconhecendo, em sua maioria, existir uma entidade de representação máxima do cooperativismo.

reconhecimento de representante máximo do Cooperativismo brasileiro

Integrantes da FrencoopNão Integrantes da Frencoop

62,2%

33,3%

Integrantes da Frencoop Não Integrantes da Frencoop

70,0%

52,5%

35,0%

17,5%

0%

Page 48: Pesquisa Parlamentar

A VIsãO DO lEgIslAtIVO sObrE O COOPErAtIVIsmO: PEsquIsA DE OPINIãO PArlAmENtAr.48

sIstEmA OCb E rEPrEsENtAÇãO POlÍtICA

� AtuAÇãO DA OCb

Dentre os deputados que reconhecem uma entidade representativa do cooperativismo, 69,1% conhecem as ações promovidas pela OCB. O número é significativamente menor dentre os que dizem não reconhecer um órgão de repre-sentação política do setor (17,4%). Esse dado reforça a visibilidade da OCB e a sua atuação na defesa dos interesses do cooperativismo no âmbito do Poder Legislativo.

Conhece as ações promovidas pela OCb no Congresso Nacional?

simNãoNão respondeu

41%

58%

1%

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A VIsãO DO lEgIslAtIVO sObrE O COOPErAtIVIsmO: PEsquIsA DE OPINIãO PArlAmENtAr. 49

sIstEmA OCb E rEPrEsENtAÇãO POlÍtICA

� AtuAÇãO DA OCb

A OCB é avaliada positivamente (atuação “boa” ou “ótima”) por 70,9% dos integrantes da Frencoop, enquanto apenas 44,6% dos demais parlamentares avaliaram sua atuação de maneira favorável. Esse dado pode indicar que a falta de co-nhecimento ou a pouca identidade com o cooperativismo influenciam negativamente na avaliação das ações realizadas pela OCB. Essa distinção verifica-se também pelo direcionamento da divulgação e das estratégias de atuação da entidade, voltadas principalmente aos integrantes da Frencoop.

É importante ressaltar que a avaliação negativa (“péssima” ou “ruim”) é praticamente inexistente dentre os entrevistados. Há então uma oportunidade de aproximação entre a OCB e os integrantes do Poder Legislativo, de modo a permitir o aper-feiçoamento de um marco regulatório que atenda às especificidades do setor.

Integrantes da FrencoopNão Integrantes da FrencoopComo avalia a atuação da OCb no Congresso Nacional?

Péssima Ruim Razoável Boa Ótima Nãorespondeu

60,0%

50,0%

40,0%

30,0%

20,0%

10,0%

0% 1,5% 1,5%

40% 41,5%

3,1%

12,3%

1%

23,3%

50,5%

20,4%

4,9%

Page 50: Pesquisa Parlamentar

A VIsãO DO lEgIslAtIVO sObrE O COOPErAtIVIsmO: PEsquIsA DE OPINIãO PArlAmENtAr.50

sIstEmA OCb E rEPrEsENtAÇãO POlÍtICA

� PrODutOs E PublICAÇÕEs

Como política de divulgação e transparência, a OCB desenvolve diversos produtos voltados tanto aos parlamentares e seus assessores como às cooperativas e organizações estaduais. Acredita-se que as publicações impressas possuem maior visibilidade, já que chegam de maneira mais direta ao deputado, enquanto os produtos enviados via e-mail atingem seus objetivos mesmo sendo utilizados apenas pelos assessores parlamentares.

A Agenda Legislativa do Cooperativismo, publicada desde 2007, é conhecida por 29% dos parlamentares, sendo o produto mais citado na pesquisa.

0% 5% 10% 15% 20% 25% 30%

Agenda Legislativa do Cooperativismo

Livro “Noções Básicas sobre o Processo Legislativo”

Manual “Como Criar uma Frencoop”

Gestão e Redação de Discursos

Perfil Frencoop

Agenda Semanal de Deliberações

Portal Brasil Cooperativo

RádioCoop

29%22%

17%13%

12%10%10%

5%

Conhecimento dos Produtos e Publicações da OCb

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A VIsãO DO lEgIslAtIVO sObrE O COOPErAtIVIsmO: PEsquIsA DE OPINIãO PArlAmENtAr. 51

sIstEmA OCb E rEPrEsENtAÇãO POlÍtICA

� PrODutOs E PublICAÇÕEs

Novamente, percebe-se que a experiência parlamentar influencia significativamente o grau de conhecimento sobre a atuação da OCB no Congresso Nacional. Isso indica que as ações realizadas pela entidade nas últimas legislaturas foram positivas, ampliando sua visibilidade na Câmara dos Deputados e no Senado Federal. Especialmente em relação à Agenda Legislativa do Cooperativismo, lançada anualmente em um evento que conta com a participação de parlamentares e lideranças cooperativistas, é possível notar que há um aumento de sua visibilidade ao longo dos anos.

Conhecimento da Agenda legislativa do Cooperativismo Novosreeleitos

14,7%

42,6%

Novos Reeleitos

50,0%

37,5%

25,0%

12,5%

0%

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A VIsãO DO lEgIslAtIVO sObrE O COOPErAtIVIsmO: PEsquIsA DE OPINIãO PArlAmENtAr.52

sIstEmA OCb E rEPrEsENtAÇãO POlÍtICA

� AgENDA lEgIslAtIVA DO COOPErAtIVIsmO

Além da identificação com o setor, como demonstrado nos gráficos anteriores (ver página 40 e 47), há maior conhe-cimento da Agenda Legislativa do Cooperativismo por parte dos parlamentares integrantes da Frencoop, possivelmente em virtude da ampla participação destes no lançamento da publicação. Em 2011, por exemplo, estiveram presentes na cerimônia 84 parlamentares.

Conhecimento da Agenda legislativa do Cooperativismo

44%

16,2%

Integrantes da Frencoop Não Integrantes da Frencoop

50,0%

37,5%

25,0%

12,5%

0%

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A VIsãO DO lEgIslAtIVO sObrE O COOPErAtIVIsmO: PEsquIsA DE OPINIãO PArlAmENtAr. 53

sIstEmA OCb E rEPrEsENtAÇãO POlÍtICA

� AgENDA lEgIslAtIVA DO COOPErAtIVIsmO

Cerca de 76% dos integrantes da Frencoop avaliaram a Agenda Legislativa do Cooperativismo como um produto importante para o desenvolvimento de suas atividades parlamentares. Apesar de inferior, a avaliação também é positiva dentre os demais deputados, alcançando 59% de respostas “Importante” e “Muito Importante”.

Integrantes da FrencoopNão Integrantes da FrencoopComo avalia a importância da Agenda legislativa para o seu trabalho?

Sem Importância

Pouco Importante Razoável Importante Muito

ImportanteNão

respondeu

50,0%

40,0%

30,0%

20,0%

10,0%

0%

29,7%

37,8%

21,6%

10,8%

2,5% 3,8% 5%

45%

38,8%

5%

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A VIsãO DO lEgIslAtIVO sObrE O COOPErAtIVIsmO: PEsquIsA DE OPINIãO PArlAmENtAr.54

FrENCOOP

� AtuAÇãO DA FrENCOOP

Há similaridade entre o reconhecimento das ações promovidas pela OCB (41%) (ver página 48) e pela Frencoop (37%), possivelmente em virtude de sua atuação conjunta no Congresso Nacional. Novamente, há uma distinção clara entre a opinião de membros e não membros da frente quanto à visibilidade de suas ações.

53,9%

24,1%

Integrantes da FrencoopNão Integrantes da Frencoop

Conhecimento sobre as ações promovidas pela Frencoop no Congresso Nacional

Integrantes da Frencoop

Não Integrantes da Frencoop

60,0%

45,0%

30,0%

15,0%

0%

Conhece as ações promovidas pela Frencoop no Congresso Nacional?

simNãoNão respondeu

37%

62%

1%

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A VIsãO DO lEgIslAtIVO sObrE O COOPErAtIVIsmO: PEsquIsA DE OPINIãO PArlAmENtAr. 55

FrENCOOP

� AtuAÇãO DA FrENCOOP

Dentre aqueles que dizem conhecer a atuação da Frencoop no Congresso Nacional, a maioria indicou ter ciência de sua legiti-midade e imagem, o que está provavelmente vinculado à própria percepção positiva do cooperativismo entre os parlamentares.

Percebe-se ainda que há correlação entre influência e visibilidade, sendo, então, fundamental desenvolver estratégias de di-vulgação para que haja destaque da atuação da Frencoop dentre as inúmeras frentes parlamentares que operam no Legislativo.

Como avalia a atuação da Frencoop?

VIsIbIlIDADE INFluêNCIA ArtICulAÇãO trANsPArêNCIA ImAgEm lEgItImIDADEAltA 47,3% 50,7% 57,3% 59,9% 68,4% 71,7%

mÉDIA 34,2% 34,9% 28,3% 22,4% 16,4% 13,8%

bAIxA 8,6% 5,2% 5,3% 4,6% 4,6% 3,3%

Visibilidade

Influência

Articulação

Trasnparência

Imagem

Legitimidade

0% 10,0% 20,0% 30,0% 40,0% 50,0% 60,0% 70,0% 80,0%

Altamédiabaixa

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CONClusãO

Um trabalho de representação política estrategicamente desenhado para atender às bandeiras do cooperativismo no Congresso Nacional, somado a uma frente parlamentar atuante e comprometida. É o que mostra a presente pesquisa, e isso ratifica que o sistema cooperativista brasileiro está no caminho certo.

Traçar essas estratégias no início do mandato significa contar com um cenário vasto de possibilidades para articulação, como, por exemplo, o mapeamento dos interesses parlamentares nas comissões e no Plenário. Dessa maneira, a expec-tativa é de que o presente estudo direcione as ações da Organização das Cooperativas Brasileiras (OCB) em proposições referentes ao cooperativismo, fortalecendo sua atuação como entidade representativa do setor.

Essa articulação tem início na base, nas próprias cooperativas, com a escolha e o apoio àqueles que serão seus repre-sentantes oficiais na Câmara dos Deputados e no Senado Federal. De acordo com o resultado auferido, ¼ dos deputados são associados a cooperativas e, portanto, já têm ligação com o movimento. Essa proximidade reflete diretamente na visão positiva que os parlamentares trazem da prática cooperativista. A maior identificação se dá com os ramos agrope-cuário (42,9%), saúde (11%) e crédito (10,3%).

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 Quando avaliada a percepção sobre a OCB e as ações desenvolvidas pela instituição nas duas Casas legislativas, o levantamento comprova que a experiência parlamentar influencia no grau de conhecimento dos deputados. Os mais antigos têm mais ciência do trabalho realizado pela organização. Nesse contexto, percebe-se, então, resultados positivos da atuação do sistema cooperativista no Congresso Nacional. A Agenda Legislativa do Cooperativismo, por exemplo, é conhecida por 29% dos políticos.

Há, ainda, afinidade entre o reconhecimento das atividades promovidas pela OCB (41%) e pela Frente Parlamentar do Cooperativismo (Frencoop) (37%), que pode ser justificada pela atuação conjunta em defesa das causas cooperativistas. É importante ressaltar que, em todas as oportunidades, os integrantes da frente demonstram ter maior identidade com o tema, no comparativo aos demais parlamentares. Os resultados destacam a Frencoop como bancada atuante e influente, em um cenário político onde existe um grande número de frentes parlamentares.

Todo esse esforço tem se concretizado na definição de marcos regulatórios determinantes para o desenvolvimento do cooperativismo brasileiro, e a meta é intensificar as ações e continuar trabalhando para garantir um ambiente político e legal favorável para o crescimento do setor. O cenário é positivo e o espaço, amplo, segundo retrata a própria pesquisa, ou seja, totalmente propícios à maior divulgação e presença do movimento cooperativista no Poder Legislativo.

Page 58: Pesquisa Parlamentar

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