perspectivas da aprendizagem ativa no …issn 2176-1396 perspectivas da aprendizagem ativa no ensino...
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ISSN 2176-1396
PERSPECTIVAS DA APRENDIZAGEM ATIVA NO ENSINO
FUNDAMENTAL: UMA REVISÃO SISTEMÁTICA
Bruna de Fátima Nicolini Rückl1 - PUCPR
Dilmeire Sant’Anna Ramos Vosgerau 2 – PUCPR
Eixo – Didática
Agência Financiadora: não contou com financiamento
Resumo
Os professores são uma parcela de grande importância no processo de ensino, estão presentes
no processo de desenvolvimento das gerações e formação da comunidade que almejamos.
Para tanto, os docentes necessitam de uma ferramenta em sala de aula que busque com que o
aluno deixe de ser um receptor de informações e seja protagonista de seu próprio aprendizado,
e neste caso, a presente pesquisa tem por objetivo analisar sobre uma proposta de ensino que
visa suprir as necessidades atuais, a aprendizagem ativa. Com a premissa de uma proposta
diferenciada na metodologia de ensino e aprendizagem para os anos iniciais do ensino
fundamental, busca-se descrever e analisar os desafios da aplicação dos princípios da
aprendizagem ativa relatados em artigos científicos, catalogados em bases internacionais. Esta
revisão sistemática utiliza o protocolo de Schiavon (2015) e pressupostos da base de revisões
sistemáticas da The Campbell Colaboration (2013). O referencial teórico se baseia em
Behrens e José (2001) Bergmann e Sams (2015), Manzur (2015), Moran (2015), Ortiz (2015),
Torres (2014) e Vickery (2016). Foram extraídos das bases de dados PROQUEST, SCOPUS
e WEB OF SCIENCE um montante de duzentos e noventa e oito pesquisas, desses, dezesseis
artigos científicos atenderam ao critério de inclusão na revisão sistemática e passaram pelo
processo de codificação e análise. Alguns dos propósitos da aplicação das abordagens da
aprendizagem ativa são de promover interação entre os estudantes, assim como criar
motivação e novas formas de aprendizagem, além de propiciar estratégias para o
desenvolvimento da criticidade. Como resultado foi evidenciado que os desafios da aplicação
da metodologia ativa estão relacionados com a infraestrutura escolar, gestão burocrática,
mudança na cultura da escola, despreparo profissional, adaptação dos professores com o uso
dos artefatos tecnológicos quanto a falta de intenção pedagógica embutida na tecnologia.
Palavras-chave: Aprendizagem ativa. Aplicação da metodologia de ensino. Educação Básica.
Ensino Fundamental.
1 Mestranda da disciplina isolada de Tecnologias em Educação pela Universidade Federal do Paraná (UFPR) e
Graduada em Pedagogia pela Pontifícia Universidade Católica do Paraná (PUCPR), E-mail: [email protected]. 2 PhD em Educação: Technologies Educationelles pela Université de Montréal - Canadá. Professora Adjunta da
Pontifícia Universidade Católica do Paraná (PUCPR). Pesquisadora Associada do CrifPE - Canadá. E-mail:
11884
Introdução
Parece existir um consenso perante alguns autores que existe uma necessidade de
mudança na escola (SAVIANI, 2012; MORAN, 2015, VYCKERY, 2015). Apontamentos de
Pestana (2003) sugere que há escolas que se mostram pouco atraentes, obsoletas, rotineiras,
inclusive as cores permanecem as mesmas, as disciplinas são soltas sem a integração com a
vida do aluno, o acesso do aluno com tecnologias digitais é limitado ou sem grandes
inovações e a transmissão do saber ainda é voltada a um processo de memorização,
padronização e tradicionalista (MORAN, 2015).
Ao relacionar com o aspecto da qualidade da aprendizagem na sala de aula, percebe-se
em muitos casos, na saída do aluno do ensino fundamental para o ensino médio, dificuldades
nos processos rudimentares de leitura, escrita e desenvolvimento intelectual do estudante,
danos esses causados por certas apatias de educadores, tanto quanto gestores escolares em
relação da metodologia de ensino utilizada em sala de aula (PARO, 2007). É uma repetição
contínua de erros pedagógicos, didáticos e metodológicos conforme apontam Gauthier e
Tardif (2010), no qual asseguram que o saber pedagógico está consolidado há mais de trinta
décadas e solidificado no conceito da imitação e conjunto de respostas prontas,
consequentemente gerando acúmulos de falhas.
Imperfeições essas, que os processos metodológicos chamados de “aprendizagem
ativa”, “escola nova”, “educação progressiva”, “pedagogia aberta”, “construtivismo” e outras
nomenclaturas, buscam minimizar trazendo uma pedagogia voltada à aprendizagem do aluno
de forma significativa, na qual se espera desenvolver habilidades de pensamento críticas e
criativas, diferente de metodologias transmitidas pelo professor, de forma expositiva, em
processo de respostas prontas.
O termo “aprendizagem ativa” é originário do Inglês R.W. Revans com o objetivo de
se promover um método educativo, oportunizando crianças a se desenvolverem para uma
educação integral (WELTMAN, 2007). Weltman (2007, p.7) enfatiza que não existe na
literatura uma origem clara de quem foi o inventor desta prática, mas é notório pela
historicidade da educação a maturação e profundidade de práticas que foram desenvolvendo-
se até chegar nesta premissa educativa, em modo singular, que “não existe uma definição
única e definitiva de aprendizagem ativa”. Por outro lado, os princípios da aprendizagem
ativa, evidenciada pela Escola Nova, evoluíram a partir da segunda metade do século XX e
11885
que seu “objetivo era de formar os estudantes para uma vida mais democrática, inspirando-se
principalmente em Dewey (1938)” (BERTRAND, 1998, p.117).
Originário das contribuições de Dewey, a aprendizagem ativa é definida por Bonwell e
Eison (1991) como um processo no qual os alunos têm a oportunidade de fazer, pensar e
refletir criticamente sobre suas próprias ações, oportunizando a não se limitarem a
simplesmente a fazerem anotações em um caderno. A metodologia oportuniza a um alto
padrão de qualidade de aprendizagem perante uma realidade mútua de comunicação, que é
um princípio elementar da aprendizagem ativa (FELDER; BRENT, 2009).
A aprendizagem ativa contempla técnicas em que o professor deixa de ser o centro da
aprendizagem e passa a ser um mediador. Nesta proposta, por sua vez, o professor tem o
papel de “incentivar as crianças a serem ativas em relação à própria aprendizagem e ao
desenvolvimento da cognição e da metacognição” e para que isso aconteça, é necessária uma
pedagogia “que saliente as habilidades de pensamentos gerais” (VICKERY, 2016, p. 1).
Um dos princípios da aprendizagem ativa é promover a interação entre os estudantes
com o propósito de resultar em uma aprendizagem participativa e significativa, dentro e fora
de sala de aula, como é o caso da aprendizagem cooperativa e aprendizagem colaborativa
(TORRES, 2014), assim como as técnicas de aprendizagem PBL (Problem Based Learning e
Project Based Learning), (BEHRENS; JOSÉ, 2001), Peer Instruction - aprendizagem por
pares (MANZUR, 2015), Flipped Classroon - sala de aula invertida (MANZUR, 2015;
BERGMANN; SAMS 2016), Ensino Híbrido (BACICH et al, 2015), que salientam uma
abordagem pedagógica a partir do uso das TICs e materiais de suporte online como os blogs,
redes sociais, twitter, jogos interativos e até mesmo vídeos games (ORTIZ, 2015; MANZUR,
2015; VYCKERY, 2016).
É notório expressar que que a aprendizagem ativa pode ser aplicada para diferentes
áreas do conhecimento humano e nas diferentes modalidades de ensino, previstas pelas
diretrizes e bases da educação nacional, conforme aponta a Lei nº 9.394, de 20 de dezembro
de 1996, na qual consolida e amplia o dever do poder público para com a educação em geral e
em particular para com o ensino fundamental (BRASIL, 1997), conforme é visto no art. 22,
em que o ensino fundamental é integrante e deve assegurar a todos “a formação comum
indispensável para o exercício da cidadania e fornecer-lhes meios para progredir no trabalho e
em estudos posteriores”, fato que confere ao ensino fundamental, ao mesmo tempo, um
caráter de terminalidade e de continuidade (BRASIL, 1997).
11886
Desta forma, esta revisão sistemática busca descrever e analisar os desafios na
implementação da aprendizagem ativa no ensino fundamental.
Encaminhamento Metodológico
A revisão sistemática é um sistema padronizado com um complexo controle rígido dos
fatos, objetivado em sustentar as fundamentações determinando sua veracidade ou
ilegitimidade eliminando hipóteses (SCHIAVON, 2015). Tal metodologia utiliza um
procedimento de verificação de forma imparcial, que seleciona, localiza, avalia, analisa e
sintetiza as evidências de tais estudos científicos para chegar a um propósito de estimativa sob
o efeito da intervenção e atribui o valor e a credibilidade do estudo fundamentalmente da
transparência e do rigor metodológico empreendido pelo pesquisador (VOSGERAU;
ROMANOWSKI, 2014).
Em uma revisão sistemática a transparência da questão é fundamental para se obter um
resultado satisfatório (DAVIES, 2007), e a partir da linha da pesquisa e da revisão sistemática
estabeleceu-se a pergunta desse trabalho científico: Quais são as abordagens propostas pelas
técnicas da metodologia ativa que são aplicadas nos anos iniciais do ensino fundamental?
Em conseguinte ao questionamento proposto, passa-se à elaboração do protocolo de
revisão (Figura 1).
Figura 1 - Protocolo de revisão
Fonte: Adaptado de Schiavon (2015).
11887
Processo de Triagem: Seleção dos artigos
Perante uma seleção dos descritores “active learnig”, “teaching methods” e “primary
School”, sendo as duas primeiras validadas pelo thesauro ERIC - Institute of Education
Sciences, a exploração foi realizada nas bases de dados internacionais PROQUEST, SCOPUS
e WEB OF SCIENCE. Por conseguinte, houve um critério de inclusão e exclusão
fundamental para não perder dados indispensáveis. Sampaio e Mancini (2007) certificam que
se o título e o resumo assimilar-se duvidosamente, é extremamente necessário recorrer ao
artigo na íntegra para evitar perder informações pertinentes ao estudo da revisão sistemática.
No caso dessa pesquisa, o critério utilizado para inclusão dos artigos científicos foram:
a) todos os anos de publicação;
b) artigos com pesquisa empírica;
c) área da educação básica;
d) que apresentem na íntegra abordagens das técnicas da aprendizagem ativa.
Esses elementos se descrevem conforme a ilustração da Figura 2:
Figura 2 - Aplicação do protocolo de revisão
Fonte: Adaptado de Schiavon (2015).
Ao todo foram localizados 298 artigos e equivalem-se separadamente em tais bases: na
base de dados PROQUEST foram localizados 152 artigos científicos, SCOPUS foram
localizados 79 artigos científicos enquanto na WEB OF SCIENCE com a colocação de tais
filtros foram localizados 67 artigos científicos (Tabela 1).
11888
Tabela 1 - Total de títulos selecionados
Base de Dados
1ª Busca 1ª Seleção
Título
2ª Seleção
Resumo
3ª Seleção
Texto
PROQUEST
SCOPUS
WEB OF SCIENCE
152
79
67
68
15
38
18
17
24
9
7
4
Fonte: autora, 2016.
Ao fazer a triagem de artigos pelo gerenciador Mendeley, dos 298 artigos científicos,
apenas 48 referências foram selecionadas para a leitura completa dos artigos. Com esses,
foram transpassados para um quadro no software Excel, tabuladas suas referências, títulos e
bases de dados, posteriormente feita as análises.
Aplicação do protocolo de revisão: análise dos artigos
Nessa etapa da revisão sistemática segue-se as etapas propostas na Figura 3:
Figura 3 – Análise dos artigos
Fonte: Adaptado de Schiavon (2015).
Após a leitura dos 48 artigos na íntegra, verificou-se a necessidade de excluir 32
artigos, os quais não atendiam ao critério de inclusão. Desta forma, foram reprovados nas
buscas pela seleção de texto ou descartados pela impossibilidade de acesso restando apenas
20, dos quais 4 demonstraram repetidos. Portanto, 16 artigos foram selecionados para o
processo de codificação e análise, conforme demonstrado no Quadro 1:
Quadro 1 – Estudos incluídos na análise:
Referência Título
11889
(AGBATOGUN, 2014) Developing learners' second language communicative competence through active:
learning: Clickers or communicative approach?
(CHEN; CHOU;
HUANG, 2016)
An Augmented-Reality-Based Concept Map to Support Mobile Learning for
Science
(CHIPHIKO; SHAWA,
2014)
Implementing learner-centred approaches to instruction in primary schools in
Malawi
(HASTIE; CHEN;
HUNG, 2007) Instructional Design for Best Practice in the Synchronous Cyber Classroom
(HUS; 2013) How teachers evaluate the environmental studies subject textbook sets
(JARVINEN;
TWYFORD, 2000)
The Influences of socio-cultural interaction upon children's thinking and actions
in prescribed and open-ended problem solving situations (an investigation
involving design and technology lessons in English and Finnish primary schools)
(KALDI;
FILIPPATOU;
GOVARIS, 2009)
Project-Based Learning in Primary Schools: Effects on Pupils' Learning and
Attitudes
(LIH et al., 2006) Factors influencing technology integration in teaching: a Taiwanese perspective
(MCINERNEY,2005) Educational Inquiry and Creativity: Developing Digital Resources in Ireland's
Information Age Town
(PETRUCCO;
AGOSTINI, 2016) Teaching our cultural heritage using mobile augmented reality
(PRAGNELL et al,
2006)
Can a Hypermedia Cooperative e-Learning Environment Stimulate Constructive
Collaboration?
(ROBERTS;
EDWARDS; BROWN,
2015)
Participatory action research in two primary schools in a rural Tanzanian village:
an exploration of factors to cultivate changes in teaching and learning
(SUTIAH, 2011) The implementation of communicative language teaching (clt) within group-work
in an english as foreign language (efl) elementary classroom in indonesia
(TOMLJENOVIC,
2015) An Interactive Approach to Learning and Teaching in Visual Arts Education
(WESTWOOD, 2011) The problem with problems: Potential difficulties in implementing problem-based
learning as the core method in primary school mathematics
Fonte: autora, 2016.
Por fim, é a etapa da codificação, aquela qual “um código associa na maioria das vezes
uma palavra ou frase curta que atribui simbolicamente um significado, salienta a essência de
captura [...] para uma porção de dados baseados na linguagem” (SALDAÑA, 2013, p. 3). Esta
etapa foi realizada pelo software Atlas TI através de códigos associados aos objetivos gerais e
específicos: “método”, “propósito” e “desafio”.
Resultados
O Quadro 2 sintetiza os objetivos com que a aprendizagem ativa é realizada, os
métodos empregados e tecnologias que as apoiam.
Quadro 2 - Relação de métodos, técnicas e objetivos: quadro geral
Referência Objetivos Método ou estratégia Tecnologia
(AGBATOGUN,
2014)
Interação social
Motivação
Peer-Instruction
Abordagem Comunicativa Clickers
(CHEN; CHOU; Interação social Mapas Conceituais Programas interativos em
11890
HUANG, 2016) Motivação tablets: AR e CMAR
(CHIPHIKO, 2014) Experiência
Aprendizagem ativa
Aprendizagem Colaborativa
Aprendizagem Cooperativa
PBL – Aprendizagem
Baseada em Problemas
Trabalho em grupo
(HASTIE; CHEN;
HUNG, 2007) Capacidades cognitivas
Aprendizagem Cooperativa
Peer-Instruction
(tutoria entre pares)
AVA – Ambiente Virtual
de Aprendizagem
E-learning
(HUS, 2013) Autonomia/
Experiência
Aprendizagem Colaborativa
Peer-Instruction
Discussão
Livro Didático
Trabalho em grupo
Laboratório
(JARVINEN;
TWYFORD, 2000)
Interação social
Aprendizagem de física
Tecnologia
Aprendizagem Colaborativa
Aprendizagem Baseada por
Projetos (PBL)
PBL – Aprendizagem
Baseada em Problemas
Conhecimento prévio
Discussões
Estudo de meio
Portfólio
Trabalho em grupo
(KALDI;
FILIPPATOU;
GOVARIS, 2009)
Interação entre
diferentes etnias
Aprendizagem Baseada por
Projetos (PBL)
Aprendizagem Cooperativa
Peer-Instruction
Trabalho em grupo
(LIH et al., 2006) Criatividade
Aprendizagem Baseada por
Projetos (PBL)
PBL – Aprendizagem
Baseada em Problemas
Computador
(MCINERNEY,
2005)
Alfabetização/
Criação de livros e
histórias
Aprendizagem Baseada por
Projetos (PBL)
Aprendizagem Colaborativa
Computador
Web, Website
Clickers
Câmeras Digitais
(NAIK; TEELOCK
2006)
Aprendizagem de
história e geografia
Aprendizagem Interativa Role-playing
Jogos ONLINE
(PETRUCCO;
AGOSTINI, 2016)
Aprendizagem de
história e cultura da
cidade de Vêneto
Aprendizagem Baseada por
Projetos (PBL)
Smartphone
Aplicativo de software
(PRAGNELL et al,
2006)
Eficácia do sistema de
tecnologia educacional Aprendizagem Cooperativa Web
(ROBERTS;
EDWARDS;
BROWN, 2015)
Interação social
Quebra de paradigmas
Educação de valores
Peer-Instruction
Conhecimentos prévios
Estudo de meio
Relatórios
Trabalhos em grupo
Trabalhos em conjunto
com a comunidade
(SUTIAH, 2011)
Interação social
Aprendizagem de
inglês
Aprendizagem Comunicativa
Aprendizagem Interativa
Trabalhos em grupo
Role-playing
(TOMLJENOVIC,
2015)
Interação
Criatividade
Aprendizagem Cooperativa
Aprendizagem Interativa
PBL – Aprendizagem
Baseada em Problemas
Brainstornm
Trabalho em grupo
(WESTWOOD,
2011)
Aprendizagem de
Matemática
PBL – Aprendizagem
Baseada em Problemas Ensino orientado
Fonte: autora (2016).
11891
Métodos sem a utilização de dispositivos eletrônicos ou artefatos digitais
As estratégias mais utilizadas foram a aprendizagem cooperativa, aprendizagem
comunicativa, aprendizagem colaborativa, aprendizagem interativa, aprendizagem baseada
em projetos, aprendizagem baseada em problemas, peer-instruction.
Pelas pesquisas realizadas, nas escolas que possuem um regime cultural tradicionalista
no ensino tanto quanto na gestão escolar, as tentativas de uma implementação das abordagens
que têm como princípio a atividade ativa mostraram dificultoso, como é o caso da pesquisa de
Chiphiko (2014) e Roberts, Edwards e Brown (2015). Ambos apontam uma gama de
dificuldades, imposta por autoritarismo da gestão, tanto quanto o espaço físico precário na
escola.
Nas pesquisas de Roberts, Edwards e Brown (2015), apesar das dificuldades
encontradas, os resultados dessa experiência foram positivos para os alunos e professores,
ambos se tornaram bastante participativos e durante o processo, as regras de respeito com os
colegas foram realizadas.
Assim como as pesquisas de Chiphiko (2014) e Roberts, Edwards e Brown (2015), nos
estudos de Sutiah (2011) percebe-se a necessidade de uma implantação de uma nova
metodologia na escola. Sutiah (2011) proporcionou interações entre alunos e professores
através de experiências, e como segundo objetivo, ter domínio da língua inglesa. Os
resultados mostraram que foi estimulado a prática oral, inclusive a oralidade na língua
inglesa, o que, aos dizeres de Sutiah (2011) “anteriormente nas aulas tradicionais, raramente
um aluno interagia com o outro na língua estrangeira”.
Para Järvinem e Twyford (2000), Kaldi, Filippatou e Govaris (2009) e Westwood
(2011), escolas da Finlândia, Austrália, utilizam como estratégia principal para a aplicação da
aprendizagem aviva a aprendizagem por projetos. A ideia, a partir de um objeto de partida, foi
de desenvolver um produto. Nas pesquisas de Järvinem e Twyford (2000), o objeto de partida
foi o “som”, elemento da disciplina de física, para Kaldi, Filippatou e Govaris (2009) o
elemento foi “animais marinhos” e “matemática” para Westwood (2011).
Nas pesquisas de Järvinem e Twyford (2000), os alunos tiveram que elaborar um
equipamento capaz de transmitir um ruído e expor como o som é transmitido pelo aparelho. O
uso do portfólio, estudo de meio, interação social e resolução de problemas, foram essenciais
para um resultado satisfatório, referenciando às palavras do autor, Järvinem e Twyford
(2000).
11892
A partir de um tema proposto a partir dos interesses dos alunos, e escolhido por
votação, a proposta de Kaldi, Filippatou e Govaris (2009) perante a peer-instruction,
aprendizagem cooperativa, PBL – projetos e a interdisciplinaridade que o projeto e objetivo
cumpriram com as expectativas. Ainda com a aprendizagem baseada em projetos, Westwood
(2011) tem o desafio de ensinar ao ensino primário matemática por aprendizagem de
resolução de problemas, e para isso empenhou-se em planejar métodos adequados com que as
crianças entendessem o conceito da disciplina, utilizando a instrução dirigida para apoio das
atividades em grupo no foco do PBL, a partir de um ensino dirigido pelo professor. Não foi
relatado o processo em sala de aula.
Em uma escola da República da Eslovênia, é pesquisado melhores estratégias de
trabalhar com livro didático em uma abordagem construtivista, ou seja, trazer o ensino
“tradicional” para uma concepção moderna, usando assim uma metodologia criativa dos
professores. Esse estudo é realizado por Hus (2013), com o intento dos alunos explorarem o
seu próprio conhecimento, serem críticos e protagonistas de sua aprendizagem. Os livros são
utilizados em sala de aula, em processo de peer-instruction perante pesquisas e também em
trabalhos experimentais, proporcionando assim a autonomia dos alunos. Após a análise dos
livros e levantamento de hipóteses, os alunos também passam pelo método de discussão,
trabalho experimental e laboratorial, efetivando assim a aprendizagem ativa dos estudantes e
cumprindo com o currículo escolar designado.
Métodos com a utilização de dispositivos eletrônicos ou artefatos digitais
Ainda nessa revisão sistemática, nove estudos utilizam como tecnologias educacionais
algum dispositivo eletrônico ou ferramenta que se associe das TICs, nessa perspectiva de
abordagem, os principais propósitos apontados objetivam estímulo motivacional, interação,
despertar criativo, modernização de ensino.
Nessa perspectiva, Tomljenovic (2015), trouxe em suas experiências na disciplina de
artes visuais pela sensibilização da arte, pensamento crítico, produção de arte com diferentes
materiais e elementos visuais. Os resultados foram positivos quanto aos objetivos a serem
alcançados e foram realizados principalmente pelas técnicas de brainstorming, aprendizagem
por problemas, aprendizagem cooperativa e aprendizagem de investigação, auxiliado pela
utilização de computador e do software power point.
11893
Nos estudos de Agbatogun (2014), o propósito de sua pesquisa o ensino da língua
inglesa para 99 alunos de três escolas primárias na Nigéria, perante aprendizagem por pares,
utilização de clickers na flipped classroom. Os alunos trabalharam em grupos e foram
distribuídas diferentes tarefas pelo professor. Com a utilização do quadro negro o professor
escreveu no quadro para que fossem discutidos com todos em sala de aula.
Lih et al. (2006) em Taiwan, contextualizam a premiação dos professores participantes
do Chinese Creativity Development Association, uma associação na qual premia professores
que comportam um designer criativo no processo de ensino aprendizagem. Os premiados
estavam envoltos com metodologias ativas, em totalidade e todas contavam com a utilização
de tecnologias digitais como internet, power point, desenvolvimento de jogos, registro em
vídeos e criação de página na internet.
Nas pesquisas de McInerney (2005), como projeto inovador, as crianças criam livros e
postam em um blog da escola e os pais acompanham o seu progresso via internet. Para o
processo de alfabetização, é usado a troca de pequenos e-mails com seus pares, em Dublin.
em um projeto chamado “Teddy on Tour”. Assim, as crianças mandam e-mail para o urso de
pelúcia e o e-mail é retornado, com as respostas, desta forma, a tecnologia apoia a
comunicação, a prática de alfabetização diante o desafio de reconhecer palavras e leitura. É
utilizado clickers como programas de processamento de texto e utilização de câmeras digitais
e headphones que proporcionam a gravação e criação de histórias e livros, produzindo através
de softwares como HyperStudio e Storymaker. O projeto consiste em parceria com a família,
que corroboram com fotos e atividades para alimentar as histórias. Com esse projeto,
constroem narrativas, desenvolvem enredos e histórias.
Em um processo de aprendizagem colaborativa, outro projeto evidenciado na escola se
chama “Birds in the School Yard”, nesse, alunos de onze anos de idade observam as espécies
de pássaros sobrevoarem pela escola e a partir das observações, utilizam as tecnologias
educacionais para fazerem pesquisas e escrever no website suas pesquisas. Com esses
projetos, a escola desenvolveu bibliotecas virtuais de aprendizagem utilizando as pesquisas e
materiais desenvolvidos dos alunos, com acesso restrito aos educadores, pais e alunos.
Naik e Teelock (2006) fizeram uma experiência com os alunos entre 8 a 10 anos de
idade a fim de oportunizar melhores condições de aprendizagem nas disciplinas de história e
geografia. Entre as abordagens utilizadas, há jogos em que contemplam a arqueologia, pontos
cardeais e temperatura e, usufruíram-na com atividades de role-playing. Os jogos contemplam
11894
atividades de narração e textos, de interface colorida e motivacional. O maior objetivo é tentar
suprir a deficiência de aprendizagem no ensino primário e incentivar os docentes a utilizarem
abordagens que contemplem a aprendizagem ativa, visto que os professores são bastante
resistentes e apegados ao ensino tradicional.
A partir do momento em que os anos passaram, surgiram novos sistemas de
tecnologia, inclusive um processo pedagógico realizado pelas telas dos smartphones. Assim,
Petrucco e Agostini (2016) elaboraram um projeto em que as crianças tiveram a oportunidade
de conhecer a cultura e história da cidade de Vêneto perante um aplicativo no celular e,
conectado ao GPS, levaram o aluno para fora de sala de aula. Por mais que os professores
compreenderam e avaliaram positivamente o aplicativo, a experiência não tornou exitosa pelo
fato dos alunos não terem compreendido em totalidade a utilização do aplicativo e
enfatizaram a aprendizagem apenas na visualização dos elementos e paisagens, o que
evidencia a carência do preparo pedagógico.
Nas pesquisas realizadas por Pragnell et al. (2006), a disciplina de geometria foi
realizada perante duas formas de aprendizagem: a aprendizagem colaborativa via sistema e
aprendizagem colaborativa mediada por um professor em sala de aula. Para se obter os
resultados foram feitos pré e pós testes que constataram que não houve diferença significativa
nas diferentes modalidades de ensino.
Para Chen, Chou e Huang (2016) as experiências com novos sistemas para as aulas de
ciências naturais em Taiwan promoveram motivação. Essas, propõem integração com mapas
de conceitos, bases de dados, programas de simulação de computador e sistemas especialistas.
É uma tecnologia de computação gráfica com a ótica em 3D, com a utilização em tablet, na
qual proporciona um aspecto mais real do estudo e a partir de objetos reais, a imagem do
elemento é ampliada para fins de estudo. Foi desenvolvido uma interface mista, utilizando os
elementos do livro real para a realidade virtual. A proposta de ensino em ciências acabou
alimentando as bases de outras disciplinas, como matemática e geometria. Para a aplicação da
metodologia em sala de aula, foi realizado um pré-teste de conhecimento prévios,
posteriormente a aplicação da atividade pelo professor através de mapas conceituais e um pós-
teste. Como resultado, a estimativa foi superada mostrando resultados satisfatórios,
principalmente na motivação e interação que era o objetivo da proposta. Na questão da
aprendizagem não foi descrito pelos autores como que os alunos realizaram os mapas
conceituais, prevalecendo a integração aos equipamentos.
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Com metodologias diferenciadas, as aulas realizadas na Brisbane School of Distance
Education (BSDE) na região da Austrália foram relatadas por Hastie, Chen e Hung (2007),
evidenciaram um processo de ensino online, através de um AVA (ambiente virtual de
aprendizagem) destinada aos pequenos aprendizes de cinco a oito anos de idade. A
experiência foi realizada em um prazo de seis anos e o julgamento das experiências foram
realizadas pela escola australiana em parceria com a National Sun Yat-set University
(NSYSU) em Taiwan.
Os principais objetivos da pesquisa são desenvolver estratégias para a aplicação da
modalidade à distância, assim como promover a interação entre o docente e o aprendiz,
reduzir o tempo em que o aluno permanece na tarefa além de adaptar os alunos a diferentes
formas de aprendizagem. Os autores Hastie, Chen e Hung (2007), evidenciam que o ganho
cognitivo é uma das metas mais importantes nesse processo de aprendizagem online
educacional, e para que isso aconteça, enfatizam o planejamento do professor e aplicação da
aprendizagem ativa. O acesso dos alunos ao AVA é feito em suas residências em um diálogo
síncrono com o professor. Nos acessos a plataforma pelo aluno e professor, evidenciava-se a
utilização de fones de ouvido com microfones embutidos, lousa interativa, webcam, VoIP,
tablet gráfico, utilização do Chat. Em uma fase inicial, com o contato direto entre o professor
e aluno (assistenciado por um tutor) a partir do uso da webcam e demais aparatos
tecnológicos, a se ter um estudo dirigido pelo professor.
Todas as propostas evidenciam dificuldades no processo, porém obtiveram resultados
positivos e satisfatórios, com exceção a pesquisa de Chiphiko (2014) em que o processo da
aprendizagem ativa teve como resultado falho.
Dificuldades
Em maioria, as pesquisas tiveram como resultado uma classificação satisfatória,
entretanto, encontraram-se dificuldades na aplicação da aprendizagem ativa em todas as
pesquisas realizadas. Os principais apontamentos evidenciam despreparo no planejamento
pedagógico do professor tanto quanto treinamento especializado para professores
(AGBATOGUN, 2014; CHIPHIKO, 2014; NAIK E TEELOCK, 2006, KALDI,
FILIPPATOU E GOVARIS, 2009, MCINERNEY, 2005; WESTWOOD, 2011; HUS, 2013;
SUTIAH, 2011; HASTIE, CHEN E HUNG, 2007; PETRUCCO E AGOSTINI, 2016; CHEN,
CHOU E HUANG, 2016; PRAGNELL ET AL., 2006; JÄRVINEM E TWYFORD, 2000),
11896
falta de criatividade dos docentes (CHIPHIKO, 2014; HUS, 2013; SUTIAH, 2011), percebe-
se que há necessidade de mudança de cultura na escola, ao que se refere à gestão
(MCINERNEY, 2005; NAIK E TEELOCK, 2006; HUS, 2013; SUTIAH, 2011,
AGBATOGUN, 2014) precariedade na infraestrutura escolar (AGBATOGUN, 2014;
CHIPHIKO, 2014; NAIK E TEELOCK, 2006, CHIPHIKO, 2014), falta de recursos materiais
e financeiros (AGBATOGUN, 2014; CHIPHIKO, 2014; NAIK E TEELOCK, 2006,
CHIPHIKO, 2014; HUS, 2013; SUTIAH, 2011), desmotivação salarial dos profissionais da
educação (MCINERNEY, 2005; ROBERTS, EDWARDS E BROWN; 2015), absenteísmo
dos professores (ROBERTS, EDWARDS E BROWN; 2015).
Ao que se refere exclusivamente a tecnologia digital, as principais necessidades
apontam aos desenvolvedores e a falta de suporte técnico para a realização das tecnologias
utilizadas (AGBATOGUN, 2014; LIH et al., 2006), o atento com os professores em trabalhar
com os alunos a questão do “copia e cola” da internet (LIH et al., 2006) e ainda pesquisas
sugerem aos desenvolvedores de softwares criarem programas pedagógicos para o público
infantil com necessidades especiais (MCINERNEY, 2005; NAIK; TEELOCK, 2006).
Discussão
Em base aos trabalhos realizados, em artigos (conforme apontado nas dificuldades
representadas no tópico anterior) percebe-se que os professores tiveram um certo empenho em
enquadrar uma postura de professor mediador, sendo eles tão acostumados a uma
metodologia tradicional em sala de aula, entretanto, em meio as dificuldades presentes, a
postura como mediadores, os fizeram perceber o quão foi importante para o incentivo, a
interação social, motivação do grupo e pessoal, conforme aponta os estudos de Dewey (1938),
Vickery (2016), Moran (2015).
As pesquisas demonstram que as propostas metodológicas não precisam estar
diretamente ligadas com o artefato tecnológico, o que valida os conceitos de Dewey (1938),
na abordagem progressista, que mesmo com a utilização de um livro e caderno, o mais
importante é mudar o conceito e metodologia do professor. Corroborando com o anteposto, é
perceptível nas experiências de Chiphiko (2014), Hus (2013), Jarvinen; Twyford, (2000),
Kaldi; Filippatou; Govaris (2009), Roberts; Edwards; Brown (2015), Tomljenovic, (2015) e
Westwood (2011). Entretanto, as tecnologias educacionais fomentam um processo lúdico e
interativo (ORTIZ, 2015) conforme apontam as pesquisas realizadas, perpetuando projeto
11897
educativo é inovador, fomentando um processo “rico e estimulante” (MORAN, 2015, p. 31),
perceptível em todas as pesquisas realizadas em que utilizaram esse meio (AGBATOGUN,
2014; CHEN, CHOU E HUANG (2016); HASTIE; CHEN; HUNG, 2007; LIH et al., 2006;
MCINERNEY, 2005; NAIK; TEELOCK 2006; PRAGNELL et al, 2006; PETRUCCO;
AGOSTINI, 2016; TOMLJENOVIC, 2015).
Considerações Finais
Percebe-se que a finalidade das abordagens evidenciadas nas pesquisas é voltada a
mudar o foco do ensino burocrático e tradicionalista para um processo mais criativo,
interativo em que a aprendizagem seja significativa, além de transferir a autonomia para o
aluno, assim como apontam onze dos quinze estudos analisados.
A maior predominância de abordagens foi a da aprendizagem baseada em problemas,
aprendizagem baseada em projetos, a peer-instruction e aprendizagem cooperativa,
enfatizando que as tecnologias que utilizam os dispositivos eletrônicos estão presentes, quase
que na totalidade, de forma direta ou indireta e, as que não utilizam, em grande parte são
atribuídas a limitações financeiras da instituição de ensino, e posteriormente a falta de
treinamento adequado aos educadores.
Apesar dos estudos relatarem diversos prós da aplicação da aprendizagem ativa na
escola, ressalta-se os desafios emergentes que precisam de amparo, como a falta de acesso a
tecnologias educacionais, falta de treinamento especializado, falta de criatividade e inclusive a
escassez de confiança que o aluno tem em aderir a uma proposta de ensino diferenciada já que
sempre o aluno foi acostumado em receber os conhecimentos de uma forma instituída.
Para os professores que pretendem aplicar a metodologia na escola, é essencial
analisar com antecedência os prós e contras de experiências relatadas a fim de prover um
planejamento ideal, adequado a realidade da escola, assim como verificar os materiais que
sejam disponíveis e a abordagem propícia para determinado fim. É importante que o aluno se
sinta motivado, integrado e disposto a quebrar paradigmas.
A pesquisa favoreceu um significativo aprendizado sobre as possibilidades de
utilização da aprendizagem ativa para os aprendizes dos anos iniciais do ensino fundamental
os dados levantados podem contribuir para a reflexão dos professores e de pesquisadores, nos
quais têm anseio em utilizar como método de uma estratégia criativa e diferenciada.
11898
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