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Faculdade de Medicina de São José do Rio Preto Programa de Pós-graduação em Enfermagem CAMILLA CHRISTINA RODRIGUES PERFIL E EVOLUÇÃO CLÍNICA DO IDOSO HOSPITALIZADO ATENDIDO NAS UNIDADES DE INTERNAÇÃO DE UM HOSPITAL DE ENSINO São José do Rio Preto 2017

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  • Faculdade de Medicina de São José do Rio Preto Programa de Pós-graduação em Enfermagem

    CAMILLA CHRISTINA RODRIGUES

    PERFIL E EVOLUÇÃO CLÍNICA DO IDOSO HOSPITALIZADO

    ATENDIDO NAS UNIDADES DE INTERNAÇÃO DE UM

    HOSPITAL DE ENSINO

    São José do Rio Preto

    2017

  • Camilla Christina Rodrigues

    Perfil e evolução clínica do idoso

    hospitalizado atendido nas unidades de

    internação de um hospital de ensino

    Dissertação apresentada ao Programa de Pós-

    Graduação Stricto Sensu em Enfermagem da

    Faculdade de Medicina de São José do Rio Preto,

    para obtenção do Título de Mestre. Área de

    Concentração: Processo do Trabalho em Saúde.

    Linha de Pesquisa: Educação na Saúde e Processo

    do Cuidar nos Ciclos de Vida. Grupo de Pesquisa:

    Educação em Saúde (EDUS).

    Orientador: Profª. Drª. Rita de Cássia Helú Mendonça Ribeiro

    São José do Rio Preto

    2017

  • FICHA CATALOGRÁFICA

    Rodrigues, Camilla Christina Área do Conhecimento e Linhas de Pesquisa em Enfermagem: Educação na Saúde e Processo do Cuidar nos Ciclos da Vida/. Camilla Christina Rodrigues. São José do Rio Preto; 2017. 65 p.

    Dissertação (Mestrado) – Programa de Pós-Graduação Stricto Sensu em Enfermagem da Faculdade de Medicina de São José do Rio Preto. Área de Concentração: Processo do Trabalho em Saúde. Linha de Pesquisa: Educação na Saúde e Processo do Cuidar nos Ciclos de Vida. Grupo de Pesquisa: Educação em Saúde (EDUS). Orientador: Profª. Drª. Rita de Cássia Helú Mendonça Ribeiro 1. Idoso; 2. Evolução Clínica; 3. Enfermagem; 4. Hospitalização.

  • BANCA EXAMINADORA

    ________________________________________ Profª. Drª. Rita de Cássia Helú Mendonça Ribeiro

    Faculdade de Medicina de São José do Rio Preto - FAMERP

    ________________________________________ Profª. Drª.Marília Pilotto de Oliveira

    Universidade de São Paulo – Ribeirão Preto

    ________________________________________ Profª. Drª. Kátia Jaira Galisteu

    Faculdade de Medicina de São José do Rio Preto - FAMERP

    ________________________________________

    Profª. Drª.Luciana Kusumota Universidade de São Paulo – Ribeirão Preto

    ________________________________________ Profª. Drª. Maria Helena Pinto

    Faculdade de Medicina de São José do Rio Preto - FAMERP

    São José do Rio Preto, 04/04/2017.

  • Súmario

    Dedicatória .......................................................................................................................... i

    Agradecimentos .................................................................................................................. ii

    Epígrafe ............................................................................................................................... iii

    Lista de Tabelas .................................................................................................................. .iv

    Lista de Abreviaturas e Símbolos ....................................................................................... .v

    Resumo ............................................................................................................................... vi

    Abstrat ................................................................................................................................. vii

    Resumen .............................................................................................................................. viii

    1. Introdução .................................................................................................................... 01

    2. Objetivos ........................................................................................................................ 15

    3. Método ........................................................................................................................... 07

    4. Produção Científica ..................................................................................................... 10

    4.1 Manuscrito 1 ..................................................................................................... 12

    4.2 Manuscrito 2 ..................................................................................................... 31

    5. Conclusões ..................................................................................................................... 44

    6. Referências ................................................................................................................... 47

    7. Anexos ............................................................................................................................ 49

  • i

    Dedicatória

    Aos meus pais, Claudio e Fátima, que com muito carinho е apoio, não mediram

    esforços para que eu chegasse até esta etapa de minha vida.

    Aos meus irmãos, Andrea e Fernando, que vibraram junto comigo em cada vitória da

    minha trajetória profissional.

    Ao meu namorado, Vagner, pelo apoio e companheirismo em todos os momentos.

    Aos meus amigos pelo incentivo constante na busca por novos conhecimentos.

    Aos meus pacientes que me propiciam tantos momentos de aprendizado e amor todos

    os dias.

  • ii

    Agradecimentos

    Á Deus, por estar sempre ao meu lado, me dando forças para superar cada obstáculo.

    Em especial à minha orientadora Profª Drª Rita de Cássia Helú Mendonça Ribeiro por

    todo conhecimento compartilhado, pela confiança e amizade. Meu eterno

    agradecimento a você!

    Ás minhas companheiras de trabalho Márcia, Marina e Prisciani pela compreensão e por

    todas as trocas de plantão para que este trabalho pudesse ser concluído.

    Às professoras Kátia Galisteu e Daniela Comelis pelas sugestões e contribuições

    realizadas no exame de qualificação.

  • iii

    “O intervalo de tempo entre a juventude e a velhice é mais breve

    do que se imagina. Quem não tem prazer de penetrar no mundo

    dos idosos não é digno da sua juventude”.

    Augusto Cury

  • iv

    Lista de Tabelas

    Manuscrito 1

    Tabela 1. Variáveis de caracterização amostral dos pacientes idosos atendidos nas

    unidades de internação de um hospital de ensino, São José do Rio Preto, SP, Brasil,

    2014. .................................................................................................................................... 16

    Tabela 2. Variáveis clínicas dos pacientes idosos atendidos nas unidades de internação

    de um hospital de ensino, São José do Rio Preto, SP, Brasil, 2014. ................................... 18

    Tabela 3. Associação entre as doenças diagnosticadas e o sexo e etnia dos pacientes

    idosos atendidos nas unidades de internação de um hospital de ensino, São José do Rio

    Preto, SP, Brasil, 2014. ........................................................................................................ 20

    Manuscrito 2

    Tabela 1. Associação entre as doenças diagnosticadas e o tipo de atendimento e o

    destino final do paciente, São José do Rio Preto, SP, Brasil, 2014. .................................... 35

    Tabela 2. Relação entre as doenças diagnosticadas e a idade e do tempo de permanência

    dos pacientes, São José do Rio Preto, SP, Brasil, 2014. ...................................................... 36

  • v

    Lista de Abreviaturas e Símbolos

    CID Classificação Internacional de Doenças

    DP Desvio Padrão

    ESF Estratégia da Saúde da Família

    IRAS Infecções Relacionadas à Assistência à Saúde

    ITU Infecção do Trato Urinário

    SUS Sistema Único de Saúde

  • vi

    Resumo

    Introdução: O envelhecimento acarreta várias alterações no organismo do idoso, que

    deixam esta população em situação de fragilidade, aumentando assim os agravos à

    saúde e consequente aumento no número de hospitalizações. Além disto, a

    hospitalização pode levar ao agravamento das alterações funcionais pré-existentes,

    sendo assim um fator de risco para o declínio funcional do idoso. Portanto, conhecer as

    causas e os fatores associados às hospitalizações é de grande interesse. Objetivos:

    Caracterizar os aspectos demográficos e clínicos dos idosos internados nas unidades de

    internação de um hospital de ensino; identificar a evolução clinica destes pacientes

    durante a hospitalização (alta, óbito). Métodos: Foi realizada uma pesquisa de análise

    de prontuário eletrônico, tipo transversal, dos pacientes idosos atendidos nas unidades

    de internação no período de janeiro/2014 a dezembro/2014. A análise estatística foi

    realizada através do teste de qui-quadrado, teste Análise de Variância (ANOVA),

    analise descritiva das variáveis de caracterização amostral, aplicação do teste

    associativo pela estatística qui-quadrado. Resultados: Os resultados mostram que a

    maioria dos pacientes avaliados é do sexo masculino (8014-53,8%), com grau de

    instrução fundamental (9183-68,0%), com companheiro (8750-62,4%), do lar (4652-

    33,1%), seguido de trabalhadores do setor de serviços (3595-25,6%), de etnia branca

    (13902-93,5%) e católica (11291-80,2%). A maioria dos pacientes apresentou doenças

    cardiovasculares (3689-24,8%), seguido de neoplasias (1953-13,1%) e doenças

    gastrointestinais (1733-11,64%). Apesar de a maioria das doenças serem prevalentes no

    sexo masculino, algumas apresentam um percentual maior de ocorrência, como as

    neoplasias, as doenças hematológicas, doenças nefrourológicas e os traumas. A maior

    incidência de óbito ocorreu devido a infecções (817-60,0%), neoplasias (212-10,9%),

    doenças respiratórias (95-9,1%) e traumas (47-8,6%). As doenças respiratórias,

    infecções e traumas foram mais frequentes em pacientes com idades avançadas (>74

    anos). Pacientes com infecções, doenças respiratórias e de pele apresentaram maior

    tempo de permanência, (tempo médio de permanência superior a 7,0 dias). Conclusão:

    Com o aumento da taxa de sobrevida há também um aumento no número de doenças

    crônicas, levando cada vez mais a hospitalização do idoso. Ações voltadas para

    prevenção destas doenças no âmbito da Atenção Básica é de grande importância para

    que ocorra uma mudança neste panorama no país. A capacitação dos cuidadores pela

    equipe multiprofissional e a realização de um plano de alta precoce contribuem para a

    diminuição das reinternações destes idosos. As infecções apresentaram maior causa de

    óbitos e de tempo de permanência dessa população no hospital. Faz-se importante a

    educação da população e profissionais da saúde quanto aos cuidados para se evitar a

    disseminação de infecções.

    Descritores: Idoso; Evolução Clínica; Hospitalização; Saúde do Idoso; Enfermagem.

  • vii

    Abstract

    Introduction: Aging causes several changes in the elderly’s body, which leave this

    population fragile, thus increasing the health problems and consequently, raising the

    number of hospitalizations. In addition, hospitalization may lead to aggravation of pre-

    existing functional changes, thus being a risk factor for the functional decline of the

    elderly. Therefore, it is of great interest to know the causes and factors associated with

    hospitalizations. Objectives: Characterize the demographic and clinical aspects of the

    elderly hospitalized in inpatient care units within a teaching hospital; identify the

    clinical evolution of these patients during hospitalization (discharge, death). Methods:

    We carried out a cross-sectional electronic records analysis of the elderly patients

    treated at inpatient care units from January 2014 to December 2014. Statistical analysis

    was performed using the chi-square test, Analysis of Variance (ANOVA), descriptive

    analysis of the variables of sample characterization, application of the associative

    statistics through chi-square test. Results: The results show that the majority of the

    patients were male (8014-53.8%), with primary education (9183-68.0%), living with a

    partner (8750-62.4%), household (4652-33.1%), followed by service sector workers

    (3595-25.6%), white (13902-93.5%), and Catholic (11291-80.2%). The majority of

    patients presented cardiovascular diseases (3689-24.8%), followed by neoplasias (1753-

    13.1%), and gastrointestinal diseases (1733-11.64%). Although most diseases are

    prevalent in males, some have a higher percentage of occurrences, such as neoplasms,

    hematological diseases, nephrological diseases, and traumas. The highest incidence of

    death was due to infections (817-60.0%), neoplasias (212-10.9%), respiratory diseases

    (95-9.1%), and traumas (47-8.6%). Respiratory diseases, infections, and trauma were

    more frequent in older patients (> 74 years). Patients with infections, respiratory, and

    skin diseases had a longer length of hospital stay (mean length of hospital stay greater

    than 7 days). Conclusion: With an increase in the survival rate, also occurs an increase

    in the number of chronic diseases, leading progressively to the hospitalization of the

    elderly. Actions aimed at the prevention of these diseases, in the context of Primary

    Care, are important in order to promote a change in this panorama in the country. The

    multiprofessional team should train the caregivers. The achievement of an early hospital

    discharge plan contributes to the decrease of the readmissions of these elderly people.

    Infections presented a higher number of deaths and length of hospital stay in this

    population. It is important to educate the population and health professionals about care

    to avoid the spread of infections.

    Descriptors: Elderly; Clinical evolution; Hospitalization; Health of the elderly;

    Nursing.

  • viii

    Resumen

    Introducción: El envejecimiento provoca varios cambios en el cuerpo del anciano, que

    hacen a esta población frágil, aumentando así los problemas de salud y

    consecuentemente ampliando el número de hospitalizaciones. Además, la

    hospitalización puede llevar al agravamiento de los cambios funcionales preexistentes,

    siendo así un factor de riesgo para el deterioro funcional en los ancianos. Por lo tanto, es

    de gran interés por conocer las causas y factores asociados a las hospitalizaciones.

    Objetivos: Caracterizar los aspectos demográficos y clínicos de los ancianos

    hospitalizados en unidades de atención hospitalaria dentro de un hospital de enseñanza;

    Identificar la evolución clínica de estos pacientes durante la hospitalización (alta,

    muerte). Métodos: Se realizó un análisis transversal de los registros electrónicos de los

    pacientes ancianos tratados en unidades de atención hospitalaria entre enero de 2014 y

    diciembre de 2014. El análisis estadístico se realizó mediante la prueba de chi-cuadrado,

    análisis de varianza (ANOVA), análisis descriptivo de las variables de caracterización

    de la muestra, aplicación de las estadísticas asociativas a través de la prueba del chi-

    cuadrado. Resultados: muestran que la mayoría de los pacientes eran varones (8014-

    53,8%), con educación primaria (9183-68,0%), con pareja (8750-62,4%), familia (4652-

    33,1%), seguidos por trabajadores del sector servicios (3595-25,6%), blanco (13902-

    93,5%) y católicos (11291-80,2%). La mayoría de los pacientes presentaron

    enfermedades cardiovasculares (3689-24,8%), seguidos por neoplasias (1953-13,1%) y

    enfermedades gastrointestinales (1733-11,64%). Aunque la mayoría de las

    enfermedades sean frecuentes en los hombres, algunas tienen un mayor porcentaje de

    ocurrencias, como neoplasias, enfermedades hematológicas, enfermedades nefrológicas

    y traumas. La mayor incidencia de muerte se debió a infecciones (817-60,0%),

    neoplasias (212-10,9%), enfermedades respiratorias (95-9,1%) y traumas (47-8,6%).

    Las enfermedades respiratorias, las infecciones y los traumastismos fueron más

    frecuentes en pacientes mayores (> 74 años). Los pacientes con infecciones,

    enfermedades respiratorias y de la piel tuvieron una estancia en el hospital más larga

    (duración media de la estancia en el hospital mayor de 7 días). Conclusión: Con un

    aumento en la tasa de supervivencia, también se produce un aumento en el número de

    enfermedades crónicas, que conduce progresivamente a la hospitalización de los

    ancianos. Las acciones orientadas a la prevención de estas enfermedades, en el contexto

    de la Atención Primaria, son importantes para promover un cambio en este panorama en

    el país. El equipo multiprofesional debe capacitar a los cuidadores. El logro de un plan

    de alta hospitalaria temprana contribuye a la disminución de los reingresos de essas

    personas mayores. Las infecciones presentaron un mayor número de muertes y la

    duración de la estancia en el hospital de esta población. Es importante educar a la

    población y los profesionales de la salud sobre el cuidado para evitar la propagación de

    infecciones.

    Descriptores: Ancianos; Evolución clínica; Hospitalización; Salud de los ancianos;

    Enfermería.

  • 1

    Introdução ______________________________________________________________________

  • 2

    Introdução

    1 Introdução

    O Brasil teve um rápido aumento da população idosa nas últimas décadas e os

    dados indicam que em 2050, estará entre os seis países com maior proporção de

    idosos(1)

    .

    O significativo declínio da mortalidade e da taxa de fecundidade, juntamente

    com a melhora da qualidade de vida da população foram fatores contribuintes para a

    alteração da pirâmide etária, tornando a base mais estreita e sua parte superior mais

    alargada(2)

    .

    A Política Nacional do Idoso - PNI (1994) e o Estatuto do Idoso (2003) definem

    Idoso como sendo pessoas com 60 anos ou mais(3-4)

    . Já a Organização Mundial da

    Saúde - OMS (2002) define o idoso a partir da idade cronológica, portanto, idosa é

    aquela pessoa com 60 anos ou mais, em países em desenvolvimento e com 65 anos ou

    mais em países desenvolvidos(5)

    .

    É importante reconhecer que a idade cronológica não é um marcador preciso

    para as mudanças que acompanham o envelhecimento. Existem diferenças significativas

    relacionadas ao estado de saúde, participação e níveis de independência entre pessoas

    que possuem a mesma idade(6)

    .

    Um estudo realizado sobre identificação etária (grau de identificação da pessoa

    com uma faixa etária) e classificação etária (demarcação de idade por faixa etária)

    apontou que o inicio da velhice para os idosos se assemelha ao preconizado pelo Estado

    brasileiro, porém está diretamente associada à satisfação com a vida comparada a outros

    idosos e a escolaridade. Também é influenciada por variáveis, como as

    sociodemográficas, saúde física, mental e emocional(7)

    .

  • 3

    Introdução

    O envelhecimento é o período da vida que sucede à fase da maturidade, sendo

    caracterizado por declínio das funções orgânicas, principalmente dos sistemas

    cardiovascular, respiratório, digestivo, renal e neurológico. Além das alterações

    fisiológicas, os hábitos de saúde e alimentar, autoconceitos, nível de estresse e controle,

    ocupação e atividades diárias e interferências ambientais, agem de forma positiva ou

    negativa na vida dos idosos. Tais alterações levam a uma maior susceptibilidade a

    doenças, que não sendo tratadas podem levar o idoso à morte e/ou à dependência para

    os cuidados antes mesmo do término da vida(2,5)

    .

    A diminuição da reserva fisiológica que acompanha o processo de

    envelhecimento, os efeitos dos hábitos de vida inadequados e lesões de órgãos-alvo

    provocadas pelas doenças crônico-degenerativas tornam o organismo incapaz de superar

    os agravos à saúde(8)

    .

    Estas condições clínicas colocam o idoso em situação de fragilidade,

    aumentando assim, o surgimento de doenças crônicas. Estas possuem duração longa,

    podendo muitas vezes ocasionar sequelas que impõem limitações às funções do

    indivíduo acarretando anos de utilização contínua dos serviços de saúde(9)

    Além das doenças crônicas e incapacidades, outros agravos também acometem

    os idosos, como maior número de queda, hospitalização e mortalidade. Esta necessidade

    de cuidados mais intensivos impacta em um aumento de custos para o governo e na vida

    dos próprios idosos, familiares e de toda sociedade(10)

    .

    Além disto, a hospitalização pode levar ao agravamento das alterações

    funcionais pré existentes devido a situações como o repouso prolongado, alteração na

    ingestão alimentar, alterações do sono e uso de medicamentos variados, sendo assim

    um fator de risco para o declínio funcional do idoso(11)

    .

  • 4

    Introdução

    Os fatores que levam idosos à hospitalização, muitas vezes podem ser

    identificados principalmente pela atenção básica, onde são realizadas ações preventivas

    e de identificação de fatores de riscos físicos e ambientais, a fim de modificá-los ou

    adaptá-los, reduzindo assim o número de internações desta população(8)

    .

    Portanto, conhecer as causas e os fatores associados às hospitalizações é de

    grande interesse, pois contribui para a elaboração de políticas de saúde que fortaleçam

    tanto a Atenção Terciária como a Primária, no sentido de identificar idosos em risco e

    assim prevenir hospitalizações desnecessárias(8)

    .

    Desta forma, optamos por realizar uma pesquisa exploratória para investigar as

    afecções que mais afetam os idosos hospitalizados, qual o perfil deste idoso e qual o

    destino dele após a hospitalização (alta ou óbito), por acreditarmos que essas afecções

    podem ser prevenidas e tratadas se diagnosticadas precocemente.

  • 5

    Objetivos

  • 6

    Objetivos

    2 Objetivos

    Caracterizar os aspectos sociodemográficos e clínicos dos idosos internados nas

    unidades de internação de um hospital de ensino;

    Identificar a evolução clinica destes pacientes durante a hospitalização (alta,

    óbito).

  • 7

    Método

  • 8

    Método

    3 Método

    O estudo foi realizado nas unidades de internação de um Hospital de Escola

    localizado no interior do estado de São Paulo, que atende pacientes clínicos e cirúrgicos.

    O referido hospital funciona como centro de referência para a população local, cidades

    vizinhas e até outros estados; possuindo materiais de tecnologia de ponta para

    atendimento de seus pacientes.

    Para atendermos aos objetivos deste estudo optamos por realizar uma pesquisa

    de análise de prontuário eletrônico, tipo transversal, com a finalidade de verificar as

    causas de admissão e o perfil demográfico e clínico dos pacientes idosos atendidos nas

    unidades de internação do referido hospital.

    A amostra foi constituída por todos os prontuários de pacientes adultos maiores

    de 60 anos, atendidos nos períodos de janeiro /2014 a dezembro/ 2014 nas unidades de

    internação no referido hospital.

    Foram excluídos do estudo os pacientes idosos que permaneceram durante todo

    o período de internação nos setores de emergência ou unidade de terapia intensiva.

    Os parâmetros a serem estudados no prontuário foram dados demográficos,

    como idade, sexo, cor, como também motivo de internação dos pacientes. Também foi

    estudada a evolução clínica (principais causas de óbito, tempo de internação, relação

    doenças x idade) dos pacientes idosos atendidos nas unidades de internação do referido

    hospital.

    Para análise descritiva dos dados clínicos e sócio demográficos foram utilizados

    as medidas de posição, dispersão e variabilidade (média, desvio padrão, máximo e

    mínimo). Para variáveis quantitativas e frequência simples (número e frequência) para

    variáveis categóricas. Para a associação entre as doenças diagnosticadas e o sexo e a

    etnia foi utilizado o teste de qui-quadrado.

    Para realizar a associação entre as doenças diagnosticadas e o tipo de

    atendimento e o destino final foi utilizado o teste qui-quadrado. Para associação entre as

    doenças diagnosticadas e a idade e o tempo de permanência, o teste estatístico utilizado

    foi a Análise de Variância (ANOVA) e o teste de comparação múltipla de Turkey e de

    Games-Howell.

  • 9

    Método

    Para essa análise estatística, os destinos finais considerados foram alta e óbito, já que os

    demais destinos (evasão, transferência e outros) não apresentaram representatividade

    amostral sendo, portanto, excluídos da análise.

    O presente trabalho foi aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa da

    FAMERP, sob o parecer consubstanciado CAAE: 41857015.0.0000.5415.

  • 10

    Produção Científica

  • 11

    Produção Científica

    4 Manuscritos

    Os achados do presente estudo deram origem a dois manuscritos que foram submetidos

    à publicação em revistas indexadas.

    Manuscrito 1

    Perfil do idoso hospitalizado em um hospital de ensino

    Profile of the elderly hospitalized in a teaching hospital

    Periódico: Revista Mineira de Enfermagem – REME

    Manuscrito 2

    Evolução clínica do idoso hospitalizado

    Clinical evolution of hospitalized elderly

    Periódico: Revista Brasileira de Enfermagem - REBEN

  • 12

    Produção Científica

    4.1 Manuscrito 1

    Perfil do idoso hospitalizado em um hospital de ensino

    Camilla Christina Rodrigues¹; Samaris Cristina Jorge¹; Claudia Bernardi Cesarino²;

    Daniela Comelis Bertolin³; Renato Mendonça Ribeiro4; Rita de Cássia Helú Mendonça

    Ribeiro²;

    1. Enfermeira. Mestranda em Enfermagem pela Faculdade de Medicina de São José do Rio Preto – FAMERP. São José do Rio Preto, SP, Brasil.

    2. Professora Doutora. Departamento de Enfermagem Geral. Faculdade de Medicina de São José do Rio Preto -FAMERP. São José do Rio Preto, SP,

    Brasil.

    3. Professora Doutora. União das Faculdades dos Grandes Lagos – UNILAGO. São José do Rio Preto, SP, Brasil.

    4. Enfermeiro. Unidade de Pronto Atendimento Unimed Rio Preto. São José do Rio Preto, SP, Brasil.

    Autor para correspondência:

    Camilla Christina Rodrigues

    End: Luiz Venesiano, 211, Villa Scarpelli

    Potirendaba/SP

    CEP:15105-000

    E-mail: [email protected]

    Pesquisa

    Descritores: Idoso; hospitalização; evolução clínica; enfermagem.

    mailto:[email protected]

  • 13

    Produção Científica

    Resumo

    Objetivo: Conhecer os idosos hospitalizados nas unidades de internação de um hospital de ensino quanto

    ao seu perfil clínico e demográfico e sua evolução clinica. Metodologia: Foi realizado uma pesquisa de

    análise de prontuário eletrônico, tipo transversal, com a finalidade de verificar as causas de admissão

    pacientes idosos atendidos unidades de internação de um hospital de ensino, no período de janeiro /2014 a

    dezembro/ 2014. A análise estatística foi realizada através da análise descritiva das variáveis de

    caracterização amostral, aplicação do teste associativo pela estatística qui-quadrado. Resultados: Os

    resultados mostraram que a maioria dos pacientes avaliados é do sexo masculino (8014-53,8%), com grau

    de instrução fundamental (9183-68,0%), com companheiro (8750-62,4%), do lar (4652-33,1%), seguido

    de trabalhadores do setor de serviços (3595-25,6%), de etnia branca (13902-93,5%) e católica (11291-

    80,2%). A maioria dos pacientes apresentou doenças cardiovasculares (3689-24,8%), seguido de

    neoplasias (1953-13,1%) e doenças gastrointestinais (1733-11,64%). Apesar de a maioria das doenças

    serem prevalentes no sexo masculino, algumas apresentam um percentual maior de ocorrência, como as

    neoplasias, as doenças hematológicas, doenças nefrourológicas e os traumas. Conclusão: Com o aumento da taxa de sobrevida há também um aumento no número de doenças crônicas, levando cada vez mais a

    hospitalização do idoso. Ações voltadas para prevenção destas doenças no âmbito da Atenção Básica são

    de grande importância para que ocorra uma mudança neste panorama no país.

  • 14

    Produção Científica

    Introdução

    Desde o nascer até a morte, vivenciamos um contínuo e permanente processo de

    envelhecimento, em que a senilidade é o último estágio da evolução natural da vida e é

    caracterizada por uma sucessão de alterações biológicas, econômicas, parâmetros

    políticos e sociais que compõem a vida cotidiana das pessoas nesta fase.¹

    A população idosa vem apresentando uma taxa de crescimento maior do que a

    população total. Devido às suas características, esta população traz consequências para

    o planejamento do desenvolvimento econômico e social de um país, uma vez que o

    objetivo principal é o de melhorar qualitativamente a saúde deste faixa etária da

    população para conseguir uma adequada qualidade de vida.²

    Um dos principais impactos do envelhecimento populacional é a mudança no

    perfil de morbimortalidade, sendo este caracterizado por aumento significativo das

    doenças crônico degenerativas.³

    Dados sobre a situação de saúde e a necessidade de atendimento médico são primordiais

    para o planejamento de estratégias de prevenção, atenção e promoção da saúde. O Brasil

    apresenta um número elevado de internações e reinternações hospitalares entre as

    pessoas com idade igual ou maior que 60 anos. Consequentemente, os custos com a

    saúde nesta faixa etária também é maior que nas demais.4

    Devido à diminuição da capacidade de responder ao estresse e o quadro de maior

    vulnerabilidade dessa faixa etária, a doença que desencadeou a hospitalização do idoso

    exige cuidados permanentes e intensivos, sendo de grande importância o apoio e

    acompanhamento familiar.5

    A hospitalização acarreta sofrimento para o idoso uma vez que, ao ser afastado

    de seu contexto social, perde uma parte da sua autonomia, particularmente em relação

    aos seus hábitos, condutas e rotinas, que são modificados com a rotina hospitalar.6

    O perfil de saúde dos idosos deve ser analisado por profissionais da saúde e seus

    gestores, a fim de desenvolver estratégias de promoção da saúde e prevenção de

    doenças e seus agravos, garantindo uma melhoria na qualidade de vida desta população

    e um maior acesso aos cuidados.7

  • 15

    Produção Científica

    Desta forma, optamos por realizar uma pesquisa exploratória para investigar as

    causas de internação que mais afetam os idosos hospitalizados, qual o perfil

    demográfico e clínico deste idoso e qual o destino dele após a hospitalização (alta ou

    óbito), por acreditarmos que essas podem ser prevenidas e tratadas se diagnosticadas

    precocemente.

    Método

    O estudo foi realizado nas unidades de internação de um Hospital de Escola

    localizado no interior do estado de São Paulo, que atende pacientes clínicos e cirúrgicos.

    O referido hospital funciona como centro de referência para a população local, cidades

    vizinhas e até outros estados; possuindo materiais de tecnologia de ponta para

    atendimento de seus pacientes.

    Para atendermos aos objetivos deste estudo optamos por realizar uma pesquisa

    de análise de prontuário eletrônico, tipo transversal, com a finalidade de verificar as

    causas de admissão e o perfil demográfico e clínico dos pacientes idosos atendidos nas

    unidades de internação do referido hospital.

    A amostra foi constituída por todos os prontuários de pacientes adultos maiores

    de 60 anos, atendidos nos períodos de janeiro /2014 a dezembro/ 2014 nas unidades de

    internação no referido hospital.

    Foram excluídos do estudo os pacientes idosos que permaneceram durante todo

    o período de internação nos setores de emergência ou unidade de terapia intensiva.

    Os parâmetros a serem estudados no prontuário foram dados demográficos,

    como idade, sexo, cor, como também motivo de internação dos pacientes.

    Para análise descritiva dos dados clínicos e sócio demográficos foram utilizadas

    as medidas de posição, dispersão e variabilidade (média, desvio padrão, máximo e

    mínimo). Para variáveis quantitativas e frequência simples (número e frequência) para

    variáveis categóricas. Para a associação entre as doenças diagnosticadas e o sexo e a

    etnia foi utilizado o teste de qui-quadrado.

    O presente trabalho foi aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa da

    FAMERP, sob o parecer consubstanciado CAAE: 41857015.0.0000.5415.

  • 16

    Produção Científica

    Resultados

    A tabela abaixo (Tabela 1) descreve as variáveis de caracterização amostral dos

    pacientes avaliados no estudo.

    Tab. 1 – Variáveis de caracterização amostral dos pacientes idosos atendidos

    nas unidades de internação de um hospital de ensino, São José do Rio Preto, SP, Brasil,

    2014.

    Caracterização amostral n %

    Sexo 14892 100

    Feminino 6878 46,2

    Masculino 8014 53,8

    Grau de instrução 13500 100

    Não alfabetizado 1815 13,4

    Alfabetizado 164 1,2

    Fundamental 9183 68,0

    Médio 1493 11,1

    Superior 845 6,3

    Estado civil 14028 100

    Com companheiro 8750 62,4

    Sem companheiro 5278 37,6

    Situação ocupacional 14067 100

    Setor agrícola 1355 9,6

    Aposentado 3161 22,5

    Setor comercial 698 5,0

    Do lar 4652 33,1

    Setor empresarial 56 0,4

    Setor de ensino 164 1,1

    Setor industrial 66 0,5

    Setor da saúde 162 1,1

    Setor de serviços 3595 25,6

    Outros setores 158 1,1

    Etnia 14860 100

    Branca 13902 93,5

    Preta ou parda 936 6,3

    Amarela 22 0,2

    Religião 14070 100

    Católica 11291 80,2

    Espírita 404 2,9

    Evangélica 2026 14,4

    Outras 349 2,5

  • 17

    Produção Científica

    Os resultados mostram que a maioria dos pacientes avaliados é do sexo

    masculino (8014 - 53,8%), com grau de instrução fundamental (91-83 - 68,0%), com

    companheiro (8750 - 62,4%), do lar (4652 - 33,1%), seguido de trabalhadores do setor

    de serviços (3595 - 25,6%), de etnia branca (13902 - 93,5%) e católica (11291 - 80,2%).

    A Tabela 2 mostra os percentuais das variáveis clínicas referentes aos pacientes

    avaliados no estudo.

  • 18

    Produção Científica

    Tab. 2 - Variáveis clínicas dos pacientes idosos atendidos nas unidades de internação de

    um hospital de ensino, São José do Rio Preto, SP, Brasil, 2014.

    Variáveis clínicas N %

    Tipo de atendimento 14892 100

    Convênio (particular) 3264 21,9

    SUS 11628 78,1

    Grupo CID 14892 100

    Doenças cardiovasculares 3689 24,8

    Doenças de pele 182 1,2

    Doenças endócrinas 146 1,0

    Doenças gastrointestinais 1733 11,6

    Doenças ginecológicas 150 1,0

    Doenças hematológicas 155 1,0

    Doenças nefrourológicas 1473 9,9

    Doenças neurológicas 456 3,1

    Doenças oftálmicas 172 1,1

    Doenças ortopédicas 893 6,0

    Doenças respiratórias

    1058 7,1

    Dor 367 2,5

    Infecções 1368 9,2

    Neoplasias 1953 13,1

    Outras 536 3,6

    Traumas 561 3,8

    Tipo de internação 14892 100

    Cirúrgico 6942 46,6

    Clínico 7950 53,4

    Destino do paciente

    14891 100

    Alta 13160 88,9

    Evasão 62 0,5

    Óbito 1565 10,5

    Outros 11 0,1

    Transferência 93 0,6

    De acordo com os dados (Tabela 2), a maioria dos pacientes foi atendido pelo

    Sistema Único de Saúde (SUS) (11628 - 78,9%), apresentou doenças cardiovasculares

    (3689 - 24,8%), seguido de neoplasias (1953 - 13,1%) e doenças gastrointestinais (1733

  • 19

    Produção Científica

    - 11,6%). As doenças menos frequentes foram doenças hematológicas (155 - 1,0%),

    doenças ginecológicas (150 - 1,0%) e doenças endócrinas (146 - 1,0%). A maioria dos

    pacientes avaliados apresentou internação clínica (7950 - 53,4%) e apresentou alta como

    destino final (13160 - 88,4%).

    A idade dos pacientes apresentou média de 72,1 anos com desvio padrão de 8,6

    anos e mediana de 71,0 anos. Os dados não seguiram normalidade, havendo presença de

    inúmeros valores discrepantes superiores. A idade mínima observada foi de 60,0 anos e

    a máxima de 103,0 anos. A média do tempo de permanência dos pacientes

    hospitalizados foi de 5,9 dias com desvio padrão de 8,8 dias e mediana de 3,0 dias. O

    tempo mínimo de internação foi de 1,0 dia e o máximo de 227,0 dias. Os dados não

    seguiram normalidade e a distribuição do tempo de internação apresentou inúmeros

    valores discrepantes superiores.

    A Tabela 3 mostra a associação entre as doenças diagnosticadas e o sexo e a

    etnia. Vale ressaltar que para possibilitar essa análise, os pacientes de etnia diferente da

    etnia branca foram agrupados em um mesmo grupo denominado etnia não branca.

  • 20

    Tab. 3 - Associação entre as doenças diagnosticadas e o sexo e etnia dos pacientes idosos atendidos nas unidades de internação de um hospital de

    ensino, São José do Rio Preto, SP, Brasil, 2014.

    Doenças diagnosticadas

    Sexo Etnia

    Feminino Masculino Branca Não branca

    N

    (6878)

    % (100) N

    (8014)

    % (100) N

    (13902)

    % (100) N

    (958)

    % (100)

    Doenças cardiovasculares 1604 43,5 2085 56,5 3432 93,2 250 6,8

    Doenças de pele 82 45,1 100 54,9 168 92,3 14 7,7

    Doenças endócrinas 73 50,0 73 50,0 133 91,1 13 8,9

    Doenças gastrointestinais 764 44,1 969 55,9 1629 94,1 103 5,9

    Doenças ginecológicas 150 100 0 0,00 140 94,0 9 6,0

    Doenças hematológicas 64 41,3 91 58,7 151 97,4 4 2,6

    Doenças nefrourológicas 620 42,1 853 57,9 1382 94,1 86 5,9

    Doenças neurológicas 236 51,8 220 48,2 413 90,6 43 9,4

    Doenças oftálmicas 79 45,9 93 54,1 167 97,1 5 2,9

    Doenças ortopédicas 584 65,4 309 34,6 847 95,2 43 4,8

    Doenças respiratórias

    511 48,3 547 51,7 984 93,4 70 6,6

    Dor 215 58,6 152 41,4 340 93,2 25 6,8

    Infecções 598 43,7 770 56,3 1270 92,8 98 7,2

    Neoplasias 790 40,5 1163 59,5 1835 94,2 114 5,8

    Outras 270 50,4 266 49,6 495 92,9 38 7,1

    Traumas 239 42,6 322 57,4 516 92,3 43 7,7

    Valor P1

  • 21

    Produção Científica

    Os resultados da Tabela 3 indicam a existência de associação significativa entre as

    doenças diagnosticadas e o sexo dos pacientes (P

  • 22

    Produção Científica

    Em relação aos dados obtidos no presente estudo, houve uma predominância do

    gênero masculino. A pouca procura por serviços de saúde na Atenção Básica e a maior

    exposição a fatores externos podem contribuir para este dado.10-11

    A baixa adesão dos homens aos programas de prevenção de doenças está relacionada à

    cultura de que o homem deve ser invulnerável, forte e viril, o que para eles, seriam abaladas

    pela procura aos serviços de saúde. Desta forma, a procura por atendimento acontece quando

    o problema torna-se insuportável, ocasionando maior número de hospitalizações,

    complicações e óbitos.12

    O baixo nível de escolaridade encontrado está relacionado à dificuldade de acesso a

    educação no passado, uma vez que o incentivo ao estudo e sua valorização foi intensificado

    mais recentemente, atingindo assim faixas etárias mais jovens.13

    A idade média de 72 anos, a

    etnia branca e o estado civil casado corroboram com o encontrado em outras pesquisas.14

    O principal motivo de internação foram as doenças cardiovasculares. Outro estudo

    realizado em Maceió também aponta para maior número de internações em idosos devido a

    doenças do aparelho circulatório.15

    Além de ser a principal causa de admissão em ambiente hospitalar, as doenças

    cardiovasculares são também a principal causa de óbito entre idosos, tanto para os mais

    jovens (60-79 anos) quanto em idosos longevos (com mais de 80 anos) sendo nestes, ainda

    mais importantes. Assim como no presente estudo, um estudo realizado no Rio Grande do

    Norte também aponta como causas de mortalidade entre idosos as neoplasias e as doenças do

    aparelho gastrointestinal.16

    A atuação da Estratégia da Saúde da Família (ESF) através de ações de prevenção de

    doenças, promoção da saúde e minimização dos danos é importância para diminuição dos

  • 23

    Produção Científica

    processos agudos das doenças do aparelho circulatório e consequentemente a queda do

    número de internações dos idosos.17

    O principal destino dos idosos foi a alta hospitalar e o tempo médio de permanência

    nas unidade de internação foi de 5,9 dias (DP= 8,8 dias ) e mediana de 3,0 dias. O cuidado de

    enfermagem é fundamental no desfecho do paciente. O planejamento precoce da alta

    hospitalar pela equipe de enfermagem juntamente com a equipe multidisciplinar diminui

    iatrogenias, declínio funcional, tempo de estadia hospitalar, desfechos ruins após a alta,

    mortalidade e readmissões hospitalares.18

    O paciente idoso demanda mais cuidados por parte da equipe de enfermagem. Porém o

    quantitativo destes profissionais, na maioria das vezes está aquém do que o necessário,

    comprometendo a qualidade da assistência, contribuindo para um maior número de

    ocorrências como desenvolvimento de lesões por pressão, quedas e dificultando a

    identificação das necessidades individuais de cada paciente.19

    Outro fator importante é a realização da referência e contrarreferência entre a

    Estratégia de Saúde da Família e a unidade hospitalar. A comunicação entre a Atenção

    Primária e Terciária facilita o planejamento da alta e adequação para que os cuidados

    individualizados possam ser efetivos.20

    Apesar de a maioria das doenças serem prevalentes no sexo masculino, algumas

    apresentam um percentual maior de ocorrência, como as neoplasias, as doenças

    hematológicas, doenças nefrourológicas e os traumas. Como citado anteriormente, os homens

    tendem a recorrer menos às consultas médicas, procurando por atendimento atendimentos de

    emergência, o que leva ao agravamento da mesma e a um índice maior de mortalidade do

    sexo masculino.21

  • 24

    Produção Científica

    Estudos realizados no Sul e na região Norte do país apontam para um maior número

    de atendimentos devido a trauma em idosos do sexo feminino, diferindo do achado em nossas

    pesquisas. Ambos apontam também para a queda como principal motivo de traumas entre os

    idosos.22-23

    O elevado número de quedas em idosos pode estar diretamente relacionado à síndrome

    da fragilidade, que tem como uma de suas principais características as alterações da marcha.

    Estudos apontam que esta síndrome atinge principalmente idosos longevos e do sexo

    feminino, tendo como consequência mais evidenciada, o risco de quedas.24

    Em relação às doenças hematológicas, uma pesquisa realizada em Minas Gerais

    mostra a prevalência de anemia, sendo esta também mais identificada em homens.25

    Já as

    neoplasias não apresentaram diferenças significativas entre os sexos em pesquisa realizada no

    Rio Grande do Sul, sendo o câncer de mama o que mais ocorre em mulheres e o de próstata,

    nos homens.26

    Dentre as doenças nefrourológicas, a infecção do trato urinário (ITU) tem grande

    destaque entre os idosos devido a múltiplos fatores, como alterações anatômicas e funcionais

    do trato urinário, incontinência urinária, entre outros. Dados da literatura apontam para uma

    maior incidência de ITU no sexo feminino, o que difere dos dados encontrados no presente

    estudo.27

    Conclusão

    Esta pesquisa possibilitou observar que as doenças crônicas foram as principais causas

    de hospitalização dos idosos estudados, tendo como principal causa de internação hospitalar,

    as doenças cardiovasculares.

  • 25

    Produção Científica

    Ações voltadas para prevenção destas doenças no âmbito da Atenção Básica são de

    grande importância para que ocorra uma mudança neste panorama no país. Também é

    importante definir estratégias de controle e prevenção de agravos das doenças crônicas.

    O trabalho de capacitação do cuidador do idoso realizado pela equipe multidisciplinar

    durante a internação hospitalar e o desenvolvimento de um plano de alta precoce bem como a

    realização da contra referência do serviço de Atenção Básica, são fatores contribuintes para

    evitar as reinternações.

    A principal limitação do estudo é a impossibilidade de obtenção de dados

    contribuintes para a pesquisa como as comorbidades pré-existentes através do sistema

    utilizado na instituição da pesquisa. Dados como a presença de diabetes e hipertensão arterial

    contribuiriam para uma visão mais ampla do perfil de saúde deste idoso.

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    Produção Científica

    14. Gutierrez BAO, Silva HS, Shimizu HE. Aspectos biopsicossociais e a complexidade

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    17. Pedreira RBS, Lobo LM, Medeiros ACM, Sampaio PC, Reis MC, Pinto Júnior EP.

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    Arq Ciênc Saúde. 2015;22(3):31-6. [Citado em 2016 mai. 18]. Disponível em:

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  • 29

    Produção Científica

    20. Thieme RD, Pinto LM, Macedo DS, Palm RCM, Schieferdecker MEM. Elaboração e

    implantação de protocolo de alta responsável para idosos com doenças crônicas hospitalizados

    e com necessidades alimentares especiais. Demetra [Periódico na internet]. 2014 [acesso em

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    21. Freire GA, Nardi EFR, Santos LMR, Sawada MO. Mortalidade por causas externas em

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    24. Certo A, Sanchez K, Galvão A, Fernandes H. A síndrome da fragilidade nos idosos:

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    11. Disponível em:

    http://www.actasdegerontologia.pt/index.php/Gerontologia/article/view/56/60

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    Prevalência e fatores associados à presença de anemia em idosos do município de Viçosa

    (MG), Brasil. Ciênc Saúde Coletiva [periódico na Internet]. 2015 [acesso em 2016 Jul

    http://www.e-publicacoes.uerj.br/index.php/demetra/article/view/10347/9701#.WREUeuXyvIUhttp://www.e-publicacoes.uerj.br/index.php/demetra/article/view/10347/9701#.WREUeuXyvIUhttp://www.pgsskroton.com.br/seer/index.php/JHealthSci/article/view/744/713http://www.revista.ufpe.br/revistaenfermagem/index.php/revista/article/view/7305/pdf_7384http://www.scielo.br/pdf/rlae/v24/0104-1169-rlae-24-02690.pdfhttp://www.actasdegerontologia.pt/index.php/Gerontologia/article/view/56/60

  • 30

    Produção Científica

    18];20(12):[aproximadamente 9 p.]. Disponível em:

    http://www.scielo.br/pdf/csc/v20n12/1413-8123-csc-20-12-3733.pdf

    26. Viero FT, Lara JM. Perfil socioeconômico e clínico de pacientes em tratamento

    oncológico em um município do Norte do Rio Grande do Sul. Rev Iniciação Cientific

    ULBRA [periódico na Internet]. 2015 [acesso em 2016 Jul 18];13:[aproximadamente 11 p.].

    Disponível em: http://www.periodicos.ulbra.br/index.php/ic/article/view/1418/1188

    27. Tavares IVB, Sá AB. Perfil de prescrição de antimicrobianos para as infecções do tracto

    urinário nos cuidados de saúde primários. Rev Port Med Geral Fam [periódico na Internet].

    2014 [acesso em 2016 Jul 20];30:[aproximadamente 16 p.]. Disponível em:

    http://www.scielo.mec.pt/pdf/rpmgf/v30n2/v30n2a04.pdf

    http://www.scielo.br/pdf/csc/v20n12/1413-8123-csc-20-12-3733.pdfhttp://www.periodicos.ulbra.br/index.php/ic/article/view/1418/1188http://www.scielo.mec.pt/pdf/rpmgf/v30n2/v30n2a04.pdf

  • 31

    Produção Científica

    4.2 Manuscrito 2

    Evolução clínica do idoso hospitalizado

    Camilla Christina Rodrigues¹; Rita de Cássia Helú Mendonça Ribeiro²; Samaris Cristina

    Jorge³; Claudia Bernardi Cesarino4; Joseli Ferreira Angelini Fantini

    5; Daniela Comelis

    Bertolin6

    Autor para correspondência:

    Camilla Christina Rodrigues

    End: Luiz Venesiano, 211, Villa Scarpelli

    Potirendaba/SP

    CEP:15105-000

    E-mail: [email protected]

    Resumo

    Objetivo: investigar as principais causas que levam o idoso à hospitalização e sua evolução

    clínica. Método: Foi realizada uma pesquisa de análise de prontuário eletrônico, tipo

    transversal, dos pacientes idosos atendidos nas unidades de internação no período de

    janeiro/2014 a dezembro/2014. A análise estatística foi realizada através do teste de qui-

    quadrado e teste Análise de Variância (ANOVA). Resultados: A maior incidência de óbito

    ocorreu devido a infecções (817-60,0%), neoplasias (212-10,9%), doenças respiratórias (95-

    9,1%) e traumas (47-8,6%). As doenças respiratórias, infecções e traumas foram mais

    frequentes em pacientes com idades avançadas (>74 anos). Pacientes com infecções, doenças

    respiratórias e de pele apresentaram maior tempo de permanência hospitalizados, (tempo

    médio de permanência superior a 7,0 dias). Conclusão: As infecções apresentaram maior

    número de óbitos e tempo de permanência dessa população no hospital. Faz-se importante a

    educação da população e profissionais da saúde quanto aos cuidados para se evitar a

    disseminação de infecções.

    Descritores: Idoso; Evolução Clínica; Hospitalização; Infecção; Saúde do Idoso;

    Enfermagem.

    mailto:[email protected]

  • 32

    Produção Científica

    Introdução

    Durante o envelhecimento, o indivíduo passa por diversas modificações, sendo que

    estas ocorrem tanto na estrutura orgânica quanto no emocional e no intelectual. Todas estas

    alterações tornam o idoso vulnerável, facilitando o surgimento de doenças e exigindo assim,

    mais atenção e cuidado diferenciado(1)

    .

    O crescimento da população idosa nos próximos anos acarretará em maior número de

    indivíduos fragilizados, sendo esse um dos fatores que aumentam o número de idosos

    necessitando de cuidados de longo prazo(2)

    .

    Concomitantemente, ocorre o aumento do número de idosos acometidos por doenças

    crônicas e por suas complicações(3)

    gerando um crescimento de hospitalizações de homens e

    mulheres com idade igual ou superior a 60 anos, com percentual de internações aumentando

    simultaneamente à idade(4)

    .

    Os investimentos em saúde voltados ao pagamento de internações hospitalares estão

    cada vez mais acentuados, principalmente nos extremos de idade, sendo progressivamente

    maiores para os idosos longevos(5)

    .

    Além dos elevados custos, as internações podem submeter estes pacientes a

    complicações variadas como diminuição da capacidade funcional, necessidade de uso de

    dispositivos, retirada não programada destes dispositivos, desenvolvimento de lesão por

    pressão, polifarmácia, infecções, dentre outras(6)

    .

    Diante dos prejuízos ocasionados pela hospitalização aos idosos e ao sistema de saúde,

    faz se necessário investigar as principais causas que levam este idoso à hospitalização, bem

    como a evolução clínica deste paciente após sua admissão.

    Método

    O estudo foi realizado nas unidades de internação de um Hospital Escola localizado no

    interior do estado de São Paulo, que atende pacientes clínicos e cirúrgicos. O referido hospital

    funciona como centro de referência para a população local, cidades vizinhas e até outros

    estados; possuindo materiais de tecnologia de ponta para atendimento de seus pacientes.

  • 33

    Produção Científica

    Para atendermos aos objetivos deste estudo optamos por realizar uma pesquisa de

    análise de prontuário eletrônico, tipo transversal, com a finalidade de verificar a evolução

    clínica (principais causas de óbito, tempo de internação, relação doenças x idade) dos

    pacientes idosos atendidos nas unidades de internação do referido hospital.

    A amostra foi constituída pelos prontuários de todos os pacientes idosos atendidos nos

    períodos de janeiro /2014 a dezembro/ 2014 em unidades de internação do referido hospital.

    Foram excluídos do estudo os prontuários de pacientes idosos que permaneceram

    durante todo o período de internação nos setores de emergência ou unidade de terapia

    intensiva.

    Para análise estatística os testes estatísticos foram aplicados com nível de significância

    de 5% ou (P

  • 34

    Produção Científica

    De acordo com os dados, a maioria apresentou doenças cardiovasculares (3689 -

    24,8%), seguido de neoplasias (1923 - 13,1%) e doenças gastrointestinais (1733 - 11,64%) e

    apresentou alta como destino final (13160 - 88,9%).

    A idade dos pacientes apresentou média de 72,1 anos com desvio padrão de 8,6 anos e

    mediana de 71,0 anos. A média do tempo de permanência dos pacientes foi de 5,9 dias com

    desvio padrão de 8,8 dias e mediana de 3,0 dias.

    A Tabela 1 mostra a associação entre as doenças diagnosticadas e o tipo de

    atendimento e o destino final do paciente.

  • 35

    Produção Científica

    Tabela 1- Associação entre as doenças diagnosticadas e o tipo de atendimento e o destino

    final do paciente, São José do Rio Preto, SP, Brasil, 2014.

    Doenças diagnosticadas

    Tipo de atendimento Destino

    Convênio SUS Alta Óbito

    N % n % n % n %

    Doenças cardiovasculares 576 15,6 3113 84,4 3384 93,4 240 6,6

    Doenças de pele 47 25,8 135 74,2 173 96,1 7 3,9

    Doenças endócrinas 25 17,1 121 82,9 143 99,3 1 0,7

    Doenças gastrointestinais 363 20,9 1370 79,1 1663 96,5 61 3,5

    Doenças ginecológicas 46 30,7 104 69,3 149 99,3 1 0,7

    Doenças hematológicas 49 31,6 106 68,4 153 100 0 0,00

    Doenças nefrourológicas 585 39,7 888 60,3 1430 97,8 32 2,2

    Doenças neurológicas 99 21,7 357 78,3 423 94,6 24 5,4

    Doenças oftálmicas 30 17,4 142 82,6 166 98,2 3 1,8

    Doenças ortopédicas 285 31,9 608 68,1 873 98,2 16 1,8

    Doenças respiratórias

    290 27,4 768 72,6 946 90,9 95 9,1

    Dor 154 42,0 213 58,0 362 99,7 1 0,3

    Infecções 118 8,6 1250 91,4 544 40,0 817 60,0

    Neoplasias 360 18,4 1593 81,6 1727 89,1 212 10,9

    Outras 175 32,7 361 67,3 522 98,5 8 1,5

    Traumas 62 11,1 499 88,9 502 91,4 47 8,6

    Valor P1

  • 36

    Produção Científica

    refere ao atendimento particular com o uso do convênio. A associação entre as doenças e o

    destino promoveu um resultado interessante do ponto de vista estatístico, a maior incidência

    de óbito em pacientes acometidos por infecções (817 - 60,0%), seguido de neoplasias (212 -

    10,9%), doenças respiratórias (95 - 9,1%) e traumas (47 - 8,6%).

    Tabela 2- Relação entre as doenças diagnosticadas e a idade e do tempo de permanência dos

    pacientes, São José do Rio Preto, SP, Brasil, 2014.

    Doenças diagnosticadas Idade

    1 Tempo de permanência (dias)

    2

    Média±desvio padrão Mediana Média±desvio padrão Mediana

    Doenças cardiovasculares 72,0±8,3 de 71,0 5,2±7,2 cd 3,0

    Doenças de pele 71,3±8,9 defghi

    70,0 7,8±11,0 bc 4,0

    Doenças endócrinas 71,8±8,7 cdefghi

    71,0 4,1±6,5 defg 2,5

    Doenças gastrointestinais 71,1±8,3 egi

    69,0 4,7±5,5 de 3,0

    Doenças ginecológicas 67,5±6,0 j

    66,5 2,0±1,8 h 1,5

    Doenças hematológicas 72,4±9,4 bcdefghi

    70,0 3,8±4,0 efg 2,0

    Doenças nefrourológicas 72,5±9,0 d

    71,0 5,5±9,5 cd 3,0

    Doenças neurológicas 72,8±8,7 bcd

    72,0 4,1±5,9 ef 2,0

    Doenças oftálmicas 70,6±7,5 defghij

    69,5 1,5±1,5 h 1,0

    Doenças ortopédicas 72,2±9,0 de

    71,0 4,9±5,3 de 3,0

    Doenças respiratórias

    75,8±9,3 a

    76,0 7,8±8,8 b 5,0

    Dor 71,3±8,3 defghi 70,0 2,9±3,6 g 1,0

    Infecções 74,4±9,3 b

    74,0 14,5±16,2 a 9,0

    Neoplasias 69,9±7,3 fghij 69,0 5,0±5,9 cde 3,0

    Outras 70,0±7,9 hij

    68,0 3,5±6,8 fg 1,0

    Traumas 74,2±9,0 bc

    74,0 3,7±6,7 fg 1,0

    Valor P

  • 37

    Produção Científica

    1 Valor P referente ao teste Análise de Variância (ANOVA). Médias com letras distintas na

    mesma coluna diferem-se significativamente pelo teste de comparação múltipla de Tukey a

    P

  • 38

    Produção Científica

    As doenças cardiovasculares também são apontadas pela literatura como uma das

    principais causas de óbitos entre os idosos, seguida por neoplasias e doenças do aparelho

    respiratório(8)

    . O presente estudo corrobora em partes com o encontrado, apontando como a

    principal causa de óbitos, as infecções seguidas por neoplasias, doenças respiratórias e os

    traumas.

    As infecções podem ser classificadas como comunitária e hospitalar, sendo a

    comunitária aquela constatada antes da admissão hospitalar e que não esteja relacionada à

    internação anterior. Já a hospitalar, hoje também denominada Infecções Relacionadas à

    Assistência à Saúde (IRAS) é aquela produzida por micro-organismos adquiridos após a

    hospitalização do paciente ou após a realização de procedimentos invasivos no ambiente

    hospitalar(9)

    .

    Uma das limitações desta pesquisa é a impossibilidade de identificação da etiologia da

    infecção, uma vez que não há um dado que permita relacionar a mesma a uma hospitalização

    ou procedimento anterior. Outro dado ausente que limita a pesquisa é a impossibilidade da

    identificação do sitio da infecção, uma vez que aparece apenas como infecção bacteriana.

    Assim como demonstrado neste estudo, a idade avançada aumenta a morbidade e

    mortalidade por doenças infecciosas destes pacientes quando comparados aos indivíduos mais

    jovens(10)

    .

    As infecções bacterianas são as que mais acometem os idosos, sendo que o seu

    diagnóstico muitas vezes é lento, pois podem se manifestar de maneira atípica, apresentando-

    se como um estado confusional agudo, quedas ou inapetência ao invés dos sinais clássicos,

    como hipertermia, taquicardia, hipotensão arterial, entre outros(11)

    .

    Os idosos hospitalizados devido à infecção permanecem um número maior de dias no

    ambiente hospitalar, aumentado também os custos da internação deste paciente, assim como

    foi possível observar em nosso estudo(12)

    .

    Além disto, o idoso hospitalizado dispende um maior tempo de cuidado por parte da

    equipe de enfermagem que, na maioria das vezes está aquém do que o necessário,

    comprometendo a qualidade da assistência e colaborando para a ocorrência de iatrogenias(13)

    .

  • 39

    Produção Científica

    Este aumento no tempo de permanência hospitalar está relacionado muitas vezes à

    vulnerabilidade do idoso devido às alterações ocasionadas em seu sistema imunológico

    característico do envelhecimento(14)

    .

    Outro fator contribuinte é a não identificação precoce do patógeno causador da

    infecção e o uso indiscriminado de antibióticos, que associados a outros medicamentos

    de uso prévio do idoso podem levar ao desenvolvimento de uma nova patologia(15)

    . A

    resistência dos micro-organismos aos antimicrobianos também dificulta o tratamento das

    infecções, prolongando assim os dias de internação(16)

    .

    Em relação às neoplasias, estudos apontam para a segunda maior causa de morte entre

    os idosos, principalmente entre os idosos mais jovens. Já em relação às doenças respiratórias,

    o maior número de mortalidade está relacionado aos idosos longevos, dados esses que

    corroboram com o presente estudo(17)

    .

    A mortalidade de idosos por causas externas também apresenta valor expressivo,

    sendo que dentre os traumas, a queda se encontra em maior evidência ocasionando nesses

    idosos frequente perda funcional, ingresso precoce em instituições de longa permanência e

    aumento da morbidade e mortalidade(18)

    .

    Conclusão

    Os achados do presente estudo indicam que as doenças cardiovasculares foram as mais

    prevalentes nos idosos hospitalizados, porém as infecções foram responsáveis pelo maior

    número de óbitos e maior tempo de permanência dessa população no ambiente hospitalar,

    principalmente entre os idosos com idade mais avançada.

    As alterações fisiológicas decorrentes do envelhecimento deixam o idoso mais

    vulnerável, fato este que contribui para a suscetibilidade às infecções, como também para

    complicações que prolongam o tempo de internação deste idoso.

    É de grande importância à educação da população e principalmente dos profissionais

    da saúde quanto aos cuidados para se evitar a disseminação de infecções relacionadas à

    assistência à saúde.

    Orientações quanto à higienização correta das mãos podem contribuir

    significativamente para a diminuição dos índices de infecção nessa população.

  • 40

    Produção Científica

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    idosos com doenças crônicas ao tratamento medicamentoso. Rev Pesq Saúde [periódico na

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  • 41

    Produção Científica

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  • 42

    Produção Científica

    10. Sousa MAS, Lima TR, Sousa AFL, Carvalho MM, Brito GMI, Camilotti A. Prevalência

    de infecção da corrente sanguínea em idosos internados em um hospital geral. Rev Pre Infec e

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  • 43

    Produção Científica

    15. Sousa KC, Pinto ACG, Silva MV, Soler O, Cuentro V, Andrade M. Tendências de

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    http://periodicos.unicesumar.edu.br/index.php/saudpesq/article/view/4499/2699http://revistainterdisciplinar.uninovafapi.edu.br/index.php/revinter/article/view/590/pdf_272http://www.scielo.br/pdf/rbgg/v18n1/1809-9823-rbgg-18-01-00085.pdfhttp://www.scielo.br/pdf/rbgg/v18n4/pt_1809-9823-rbgg-18-04-00769.pdf

  • 44

    Conclusões

  • 45

    Conclusões

    Conclusão

    O envelhecimento populacional acarretou em um aumento significativo do número de

    doenças crônicas e consequentemente, elevação do número de internações hospitalares destes

    idosos. A partir dos resultados deste estudo, podemos observar que a principal causa de

    admissão desta população deve-se ás doenças cardiovasculares, sendo que a maioria dos

    idosos hospitalizados era do gênero masculino e receberam alta após a hospitalização. Quando

    associado às doenças diagnosticas ao gênero, a maioria das doenças foi mais prevalentes nos

    homens, com destaque para neoplasias, doenças hematológicas, doenças nefrourológicas e

    traumas. Em relação à etnia, houve maior prevalência na etnia branca para todas as doenças.

    Quando relacionado às doenças diagnosticadas ao destino final e ao tempo de permanência, as

    infecções foram responsáveis pelo maior número de óbitos e por maior tempo de internação.

    Comparado à idade, os resultados sugerem que as doenças respiratórias, infecções e traumas

    foram mais frequentes em pacientes com idades avançadas, acima de 74 anos, em média. Em

    contrapartida, a ocorrência de neoplasias, outras doenças e doenças ginecológicas foram mais

    frequentes em pacientes com idade abaixo de 70 anos, em média. Diante do exposto,

    acreditamos que o número de hospitalizações de idosos poderá ser reduzida, por meio de

    ações voltadas para prevenção destas doenças no âmbito da Atenção Básica, como estratégias

    de controle e prevenção de agravos das doenças crônicas. O trabalho de capacitação do

    cuidador do idoso realizado pela equipe multidisciplinar durante a internação hospitalar e o

    desenvolvimento de um plano de alta precoce são fatores contribuintes para evitar as

    reinternações. É de importância à educação da população e principalmente dos profissionais

    da saúde quanto aos cuidados para se evitar a disseminação de infecções relacionadas à

    assistência à saúde. Em relação às infecções, a orientação quanto à higienização correta das

    mãos pode contribuir significativamente para a diminuição dos índices de infecção nessa

  • 46

    Conclusões

    população. Como a principal limitação do estudo destaca-se a coleta de dados em prontuário

    eletrônico, que não permite ao pesquisador controlar possíveis erros decorrentes de digitação

    e registro, muitas vezes incompletos.

  • 47

    Referências

  • 48

    Referências

    Referências

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    Política Nacional do Idoso, e dá outras providências. Diário Oficial da República Federativa

    do Brasil. Brasília; 1994.

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    Estatutol do Idoso, e dá outras providências. Diário Oficial da República Federativa do Brasil.

    Brasília; 2003.

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    hospitalizados. Rev Bras Geriatr Gerontol. 2014;17(1):165-76.

  • 49

    Anexos

  • 50

    Anexos

    Anexo A - Comprovante de Submissão manuscrito 1 na Revista Mineira de Enfermagem –

    REME, Qualis B1.

  • 51

    Anexos

    Anexo B -- Comprovante de Submissão manuscrito 2 na Revista Brasileira de Enfermagem –

    REBEN, Qualis A2.

  • 52

    Anexos

    Anexo C - Parecer Comitê de Ética em Pesquisa