pensamiento contemporÁneo thomas s. kuhn...de la pila voltaica; y de la derivación de planck de la...

PENSAMIENTO CONTEMPORÁNEO Colección dirigida por Manuel Cruz

1. L. Wittgenstein, Conferencia sobre ética 2. J. Derrida, La desconstrucción en las fronteras de la

filosofía 3. P. F. Feyerabend, Limites de la ciencia 4. J, F. Lyotard, ¿Por qué filosofar? 5. A. C. Danto, Historia y narración 6. Th. S. Kuhn, ¿Qué son las revoluciones científicas?

7. M. Foucault, Tecnologías del yo

Thomas S. Kuhn

¿Qué son las revoluciones científicas? y otros ensayos

Introducción de Antonio Beltrán

Ediciones Paidós I.C.E. de la Universidad Autónoma de Barcelona Barcelona-Buenos Aires-México

Título original: What are Scientific Revolutions?

© 1987 by Massachusetts Instituto of Technology, Cambridge - Lon-dres Commensurabüity, comparabÜity, communicability

© The Philosophical of Science Associatlon, Universidad de Mi-chigan, East Lansing Rationality and TheOry Cholee

© The Journal of Philosophy, Nueva York

Traducción de José Romo Feito

cultura Libre

Cubierta de Mario Eskenazi y Pablo Martín Badosa

1.' edición, 1989

Quedan rigurosamente prohibidas, sin la autorización escrita de los titulares del «Copyright*, bajo las sanciones establecidas en las leyes, la reproducción total o parcial de esta obra por cualquier medio o procedimiento, comprendidos la reprografía y el tratamiento informático, y la distribución de ejemplares de ella mediante alquiler o préstamo públicos.

© de esta edición Ediciones Paidós Ibérica, SA. Mariano Cubí, 92 - 08021 Barcelona, e Instituto de Ciencias de la Educación de la Universidad Autónoma de Barcelona, 08193 Bellaterra

ISBN: 84-7509-544-5 Depósito legal: B-13.706/1989 Impreso en Hurope, SÁ Recaredo, 2 - 08005 Barcelona Impreso en España - Printed in Spain

S U M A R I O

I n t r o d u c c i ó n : T. S . K u h n . De l a h i s t o r i a d e la c ienc ia a la filosofía d e la c ienc ia , An-tonio Béltrán 9

1. ¿ Q u é s o n l a s r e v o l u c i o n e s c ient í f icas? . 55

2. C o n m e n s u r a b i l i d a d , c o m p a r a b i l i d a d y c o m u n i c a b i l i d a d 95

3. R a c i o n a l i d a d y e lecc ión d e t e o r í a s . . 137

1. ¿ Q U E S O N LAS R E V O L U C I O N E S C I E N T Í F I C A S ?

«¿Qué s o n l a s r evo luc iones c ient í f icas?» se p r o p o n e ref inar y clar i f icar l a d i s t i nc ión e n t r e el d e s a r r o l l o cient íf ico n o r m a l y el r evo luc iona r io . D e s p u é s d e u n a p r e s e n t a c i ó n i n t r o d u c t o r i a de l t e m a , la m a y o r p a r t e de l c a p í t u l o * e s t á d e d i c a d a a la p r e s e n t a c i ó n d e t r e s e j e m p l o s d e c a m b i o re-v o l u c i o n a r i o : l a t r a n s i c i ó n d e u n a f o r m a a r i s to t é -J i c a .de c o m p r e n d e r el m o v i m i e n t o a u n a newto -n i a n á ; d e ^ a t e o r í a de c o n t a c t o a la t e o r í a q u í m i c a de la p i l a vo l ta ica ; y d e la de r ivac ión de P l a n c k d e l a ley d e la r a d i a c i ó n de l c u e r p o n e g r o 1 a l a q u e a h o r a r e s u l t a f ami l i a r . La secc ión final r e s u m e t r e s c a r a c t e r í s t i c a s c o m u n e s a los e j e m p l o s . T o d o s el los s o n l o c a l m e n t e h o l i s t a s en l a m e d i d a e n q u e

* «¿Qué son las revoluciones científicas?» es el capítulo 1 de Kruger, L., Daston, L. J. y Heidelbergér, M. (comps.), The Probdbilistic Revolutton, vol. 1: Ideas in History; Kru-ger, L.f Gigerenzer, G. y Morgan, M. S. (comps.), vol 2: Ideas in the Sciences, The MIT Press, Cambridge, Mass., 1987. El texto había sido publicado previamente: «What Are Scientific Revolutions?», publicación especial, 18, Center for Cognitive Science, Cambridge, Mass., Massachusetts Institute of Tech-nology, 19íftT.].

1. Los tres ejemplos que forman el grueso de este capí-tulo fueron desarrollados en esta forma para la primera de las tres conferencias pronunciadas en la Universidad de NÓ-tre Dame en noviembre de 1981 en la serie Perspectives in Philosophy. En una forma muy parecida a la presente, pero con el título «De las revoluciones a las características so-bresalientes», se leyeron en la Tercera Conferencia Anual de la Cognitive Science Society en agosto de 1981,

56 ¿QUÉ SON LAS REVOLUCIONES CIENTÍFICAS?

H a n t r a n s c u r r i d o cas i v e i n t e a ñ o s d e s d e q u e d i s t i n g u í p o r p r i m e r a vez lo q u e m e p a r e c i ó s e r d o s t i p o s d e d e s a r r o l l o científ ico n o r m a l y revo-luc iona r io . 2 La m a y o r p a r t e d e la i nves t i gac ión científ ica q u e t i e n e éx i to p r o d u c e c o m o r e s u l t a d o u n c a m b i o de l p r i m e r t i po , y su n a t u r a l e z a q u e d a b i e n d e s c r i t a p o r u n a i m a g e n m u y c o m ú n : l a c ien-c ia n o r m a l es la q u e p r o d u c e los l a d r i l l o s q u e l a inves t igac ión científ ica e s t á c o n t i n u a m e n t e aña-d i e n d o al c r e c i e n t e edificio de l c o n o c i m i e n t o cien-tífico. E s t a c o n c e p c i ó n a c u m u l a t i v a de l d e s a r r o l l o científ ico es f a m i l i a r y h a g u i a d o l a e l a b o r a c i ó n d e

2. Thomas S. Kuhn, The Structure of Scientific Revolu-tions, 2.* edición revisada, Chicago, University of Chicago Press, 1969. El libro se publicó por primera vez en 1961, [Trad. cast. de Agustín Contín, La estructura de tas revoluciones científicas, México, Fondo de Cultura Económica, 1975.]

¿QUÉ SON LAS REVOLUCIONES CIENTÍFICAS? 57

q u i e r e n q u e v a r i o s c a m b i o s d e t e o r í a i n t e r r e l ac io -n a d o s se l leven a c a b o s i m u l t á n e a m e n t e ; só lo in-c u r r i e n d o e n i n c o h e r e n c i a esos c a m b i o s p o d r í a n h a b e r o c u r r i d o u n o a u n o . T o d o s r e q u i e r e n cam-b i o s e n el m o d o e n q u e u n c o n j u n t o d e t é r m i n o s científ icos in t e rde f in idos se c o n e c t a c o n l a n a t u -ra leza , es dec i r , e n la t a x o n o m í a p r o p o r c i o n a d a p o r el m i s m o l engua j e científ ico. A s i m i s m o , t o d o s i m p l i c a r o n c a m b i o s e n a lgo m u y s i m i l a r a la me-t á f o r a , es dec i r , e n la c a p a c i d a d a p r e n d i d a p o r e l científ ico o científ ica p a r a d i s t i n g u i r q u é o b j e t o s o a c o n t e c i m i e n t o s s o n s e m e j a n t e s y cuá l e s di-fieren.

u n a c o n s i d e r a b l e l i t e r a t u r a m e t o d o l ó g i c a . T a n t o e s t a c o n c e p c i ó n c o m o s u s s u b p r o d u c t o s m e t o d o -lógicos se a p l i c a n a u n a g r a n c a n t i d a d de t r a b a j o científ ico i m p o r t a n t e . P e r o él d e s a r r o l l o científ ico mani f i es ta t a m b i é n u n a m o d a l i d a d n o a c u m u l a t i -va , y los e p i s o d i o s q u e l a e x h i b e n p r o p o r c i o n a n claves ú n i c a s de u n a s p e c t o c e n t r a l de l conoci-m i e n t o científ ico. R e t o m a n d o u n d u r a d e r o inte-rés , i n t e n t a r é a q u í a i s l a r v a r i a s d e e s t a s c laves ; p r i m e r o d e s c r i b i e n d o t r e s e j e m p l o s d e c a m b i o r e v o l u c i o n a r i o , y l uego d i s c u t i e n d o b r e v e m e n t e t r e s c a r a c t e r í s t i c a s q u e t o d o s el los c o m p a r t e n . S i n d u d a los c a m b i o s r e v o l u c i o n a r i o s c o m p a r t e n ade-m á s o t r a s c a r a c t e r í s t i c a s , p e r o e sas t r e s p r o p o r -c i o n a n u n a b a s e suf ic iente p a r a los aná l i s i s m á s t eó r i cos q u e m e o c u p a n a c t u a l m e n t e , y e n l o s q u e m e a p o y a r é , u n t a n t o c r í p t i c a m e n t e , e n la p a r t e final de e s t e a r t í c u l o .

An tes d e p a s a r a l p r i m e r e j e m p l o q u e t r a t a r é e x t e n s a m e n t e , p e r m í t a n m e i n t e n t a r s u g e r i r — p a r a a q u e l l a s p e r s o n a s q u e n o e s t é n p r e v i a m e n t e fa-m i l i a r i z a d a s c o n m i v o c a b u l a r i o — q u é es u n e j e m p l o . E l c a m b i o r e v o l u c i o n a r i o se define e n p a r t e p o r su d i f e renc ia c o n el c a m b i o n o r m a l , y és te-es , c o m o y a se h a i n d i c a d o , el t i p o de c a m b i o q u e t i ene c o m o r e s u l t a d o el c r e c i m i e n t o , a u m e n t o o a d i c i ó n a c u m u l a t i v a de lo q u e se c o n o c í a a n t e s Lías leyes científ icas, p o r e j e m p l o , s o n u s u a l m e n t e p r o d u c t o d e e s t e p r o c e s o n o r m a l : la ley d e Boyle i l u s t r a r á lo q u e a q u í e s t á e n j uego . S u s descubr i -d o r e s p o s e í a n p r e v i a m e n t e los c o n c e p t o s d e p re -s i ó n y v o l u m e n de u n gas , as í c o m o los i n s t r u m e n -

58 ¿QUÉ SON LAS REVOLUCIONES CIENTÍFICAS? ¿QUÉ SON LAS REVOLUCIONES CIENTÍFICAS? 59

trigantes con el discutido por Michel Foucault en The Archeo-togy of Knowledge, traducido por A. M. Sheridan Smith, Nue-va York, Pantheon, 1972. [Trad. cast. de Aurelio Garzón del Camino, La arqueología del saber, México, Siglo XXI, 1970.]

La a b r u m a d o r a m a y o r í a de l a v a n c e cient í f ico es d e e s t e t i p o n o r m a l a c u m u l a t i v o , p e r o n o mu l t i -p l i c a r é los e j e m p l o s .

Los c a m b i o s r e v o l u c i o n a r i o s s o n d i f e r en t e s y b a s t a n t e m á s p r o b l e m á t i c o s . P o n e n e n j u e g o des-c u b r i m i e n t o s q u e n o p u e d e n a c o m o d a r s e d e n t r o d e los c o n c e p t o s q u e e r a n h a b i t u a l e s a n t e s d e q u e se h i c i e r a n d i c h o s d e s c u b r i m i e n t o s . ! P a r a h a c e r , o a s i m i l a r , u n d e s c u b r i m i e n t o ta l , d e b e a l t e r a r s e el m o d o e n q u e se p i e n s a y d e s c r i b e u n r a n g o d e f e n ó m e n o s n a t u r a l e s . E l d e s c u b r i m i e n t o ( e n ca-5t>s c o m o é s t o s « invenc ión» p u e d e s e r u n a p a l a b r a m e j o r ) d e l a s e g u n d a ley de l m o v i m i e n t o d e New-t o n e s d e e s t a c lase . Los c o n c e p t o s d e fuerza y m a s a q u e figuran e n esa ley d i f e r í an d e los q u e e r a n h a b i t u a l e s a n t e s d e l a i n t r o d u c c i ó n d e l a ley, y l a ley m i s m a fue e senc ia l p a r a s u def inición. U n s e g u n d o e j e m p l o m á s c o m p l e t o , a u n q u e m á s s im-p l i s t a , n o s lo p r o p o r c i o n a la t r a n s i c i ó n d e l a as-t r o n o m í a p t o l e m a i c a a l a c o p e r n i c a n a . An te s d e q u e e s t a t r a n s i c i ó n t u v i e r a l uga r , e l So l y l a L u n a e r a n p l a n e t a s , i p e r o la T i e r r a n o . D e s p u é s l a Tie-r r a e r a u n p l a n e t a c o m o M a r t e y J ú p i t e r ; e l So l e r a u n a e s t r e l l a ; y la L u n a e r a u n t i p o n u e v o d e c u e r p o , u n sa t é l i t e . C a m b i o s d e e s t a c l a s e n o fue-r o n s i m p l e m e n t e c o r r e c c i o n e s d e e r r o r e s indivi-d u a l e s e n g l o b a d o s e n el s i s t e m a p t o l e m a i c o . D e

to s r e q u e r i d o s p a r a d e t e r m i n a r s u s m a g n i t u d e s . E l d e s c u b r i m i e n t o d e q u e el p r o d u c t o d e la p re -s ión y el v o l u m e n d e u n a m u e s t r a d a d a d e u n g a s e r a u n a c o n s t a n t e a t e m p e r a t u r a c o n s t a n t e s e a ñ a -d í a s i m p l e m e n t e a l c o n o c i m i e n t o de l m o d o e n q u e s e c o m p o r t a b a n e s t a s v a r i a b l e s y a c o m p r e n d i d a s . 3

3. La expresión «ya comprendido» fue introducida por C. G. Hempel, quien muestra cómo servirá para muchos de los mismos propósitos que «observacional» en discusiones relacionadas con la distinción entre términos teóricos y ob-servacionales (véase particularmente, su Aspects of Scientific Explanation, Nueva York, Free Press, 1965, págs. 208 y sigs. [Trad. cast. de M. Frassineti de Gallo y otros, La explicación científica. Estudios sobre filosofía de ta ciencia, Buenos Aires, Paidós, 1979, págs. 212 y sigs.]). Yo adopto la frase porque la noción de un término ya comprendido es intrínsecamente diacrónica o histórica, y su uso dentro del empirismo lógico apunta a áreas importantes de solapamiento entre este en-foque tradicional en la filosofía de la ciencia y el más recien-

t e enfoque histórico. En particular, el frecuentemente ele-gante aparato desarrollado por el empirismo lógico para las discusiones sobre la formación de conceptos y la definición de los términos teóricos puede ser transferido como un todo al enfoque histórico, y utilizado para analizar la formación de nuevos conceptos y la definición de nuevos témiinos, pro-cesos que usualmente tienen lugar en íntima asociación con la introducción de una nueva teoría. Un modo más sistemáti-co de preservar una parte importante de la distinción teóri-co/observacional englobándola en un enfoque diacrónico ha sido desarrollado por Joseph D. Sneed, The Logical Structu-re of Mathematical Physics, Dordrecht, Reidel, págs. 1-64, 249-307. Wolfgang Stegmüller ha clarificado y ampliado el enfoque de Sneed postulando una jerarquía de términos teó* ricos en la que cada nivel se introduce dentro de una teoría histórica particular (The Structure and Dynamics of Theories, Nueva York, Springer, 1976, págs. 40-67, 196-231. [Trad. cast. de C. Ulises Moulines, Estructura y dinámica de teorías, Bar-celona, Ariel, 1983, págs. 69-104, págs. 278-327]). El cuadro resultante de estratos lingüísticos presenta paralelismos üv


u n m o d o s i m i l a r a la t r a n s i c i ó n a l a s l eyes d e N e w t o n de l m o v i m i e n t o , e s o s c a m b i o s i n c l u í a n n o só lo c a m b i o s e n l a s leyes d e la n a t u r a l e z a , s i n o t a m b i é n c a m b i o s e n los c r i t e r i o s m e d i a n t e l o s q u e a l g u n o s t é r m i n o s d e e sa s l eyes se c o n e c t a b a n c o n la n a t u r a l e z a . A d e m á s , e s o s c r i t e r i o s e r a n d e p e n -d i e n t e s , e n p a r t e , d e la t e o r í a c o n l a q u e f u e r o n i n t r o d u c i d o s .

C u a n d o e s t e t i p o de c a m b i o d e r e f e r e n t e s a c o m -p a ñ a u n c a m b i o d e ley o d e t e o r í a , e l d e s a r r o l l o c ient í f ico n o p u e d e s e r c o m p l e t a m e n t e a c u m u l a -t ivo . N o se p u e d e p a s a r d e lo„viejo a lo nuesco me-d i a n t e u ñ a s i m p l e a d i c i ó n a lo q u e y a e r a conoc i -da. N i t a m p o c o se p u e d e d e s c r i b i r c o m p l e t a m e n t e l o n u e v o e n e l v o c a b u l a r i o d e lo v i e j o o v i c e v e r s a . C o n s i d e r e m o s e l e n u n c i a d o c o m p u e s t o : « E n el s i s t e m a p t o l e m a i c o los p l a n e t a s g i r a n a l r e d e d o r d e la T i e r r a ; e n e l c o p e r n i c a n o g i r a n a l r e d e d o r de l So l» . E s t r i c t a m e n t e i n t e r p r e t a d o , e s e e n u n c i a d o e s i n c o h e r e n t e . L a p r i m e r a o c u r r e n c i a de l t é r m i n o « p l a n e t a » es p t o l e m a i c a , l a s e g u n d a c o p e r n i c a n a , y a m b a s se c o n e c t a n c o n l a n a t u r a l e z a d e m a n e r a d i f e r e n t e . E l e n u n c i a d o n o e s v e r d a d e r o e n n in -g u n a l e c t u r a u n í v o c a de l t é r m i n o « p l a n e t a » .

E j e m p l o s t a n e s q u e m á t i c o s c o m o é s t o s s ó l o p u e d e n p r o p o r c i o n a r a l g u n o s i n d i c i o s d e lo q u e e l c a m b i o r e v o l u c i o n a r i o i m p l i c a . Así, p u e s , p a s o en-s e g u i d a a a l g u n o s e j e m p l o s m á s c o m p l e t o s , co-m e n z a n d o c o n el q u e h a c e u n a g e n e r a c i ó n m e i n t r o d u j o a la n o c i ó n d e c a m b i o r e v o l u c i o n a r i o : l a t r a n s i c i ó n d e la f ís ica a r i s t o t é l i c a a l a n e w t o -n i a n a . Aqu í só lo p u e d e c o n s i d e r a r s e u n a p e q u e ñ a


p a r t e de e s t a t r a n s i c i ó n , l a q u e s e c e n t r a e n p r o -b l e m a s de l m o v i m i e n t o y d e m e c á n i c a , e i n c l u s o a c e r c a de e l la s e r é e s q u e m á t i c o . A d e m á s , m i ex-p l i c a c i ó n i n v e r t i r á el o r d e n h i s t ó r i c o y d e s c r i b i r á , n o lo q u e l o s f i lósofos a r i s t o t é l i c o s d e l a n a t u r a -leza n e c e s i t a r o n p a r a l l e g a r a los c o n c e p t o s n e w -t o n i a n o s , s i n o lo q u e yo , e d u c a d o c o m o u n n e w t o -n i a n o , n e c e s i t é p a r a l l e g a r a los c o n c e p t o s d e l a filosofía a r i s t o t é l i c a d e l a n a t u r a l e z a . A f i r m a r é s i m p l e m e n t e q u e el c a m i n o q u e y o r e c o r r í h a c i a a t r á s con la a y u d a d e t e x t o s e s c r i t o s fue lo sufi-c i e n t e m e n t e p a r e c i d o a l q u e l o s a n t i g u o s c ien t í -ficos c o r r i e r o n h a c i a a d e l a n t e s in c o n t a r c o n l a a y u d a de n i n g ú n t ex to , c o n l a n a t u r a l e z a c o m o ú n i c a gu ía .

Leí p o r p r i m e r a vez a l g u n o s d e l o s e s c r i t o s d e A r i s t ó t e l e s s o b r e f ís ica e n e l v e r a n o d e 1947, c u a n -d o e r a u n e s t u d i a n t e g r a d u a d o d e f ís ica q u e i n t en -t a b a p r e p a r a r u n e s t u d i o s o b r e el d e s a r r o l l o d e -la m e c á n i c a c o n d e s t i n o a u n c u r s o d e c i e n c i a s p a r a p e r s o n a s s i n f o r m a c i ó n c ient í f ica . N o p u e d e s o r p r e n d e r q u e m e a c e r c a r a a l o s t e x t o s d e Aris-t ó t e l e s t e n i e n d o m u y c l a r a e n m i m e n t e la m e c á -n i c a n e w t o n i a n a q u e h a b í a l e ído . E s p e r a b a res -p o n d e r a la p r e g u n t a d e c u á n t a m e c á n i c a h a b í a s a b i d o A r i s t ó t e l e s y c u á n t a h a b í a d e j a d o p a r a q u e l a d e s c u b r i e r a n g e n t e c o m o Gal i leo y N e w t o n . D a d a e sa f o r m u l a c i ó n , d e s c u b r í r á p i d a m e n t e q u e A r i s t ó t e l e s n o s a b í a n a d a d e m e c á n i c a . H a b í a de-j a d o t o d o a s u s s u c e s o r e s , p r i n c i p a l m e n t e l o s d e los s ig los x v i y XVII. E s t a c o n c l u s i ó n e r a c o r r i e n t e , y p o d r í a h a b e r s i d o c o r r e c t a e n p r i n c i p i o . P e r o y o

6 2 ¿QUÉ SON LAS REVOLUCIONES CIENTÍFICAS? ¿QUÉ SON LAS REVOLUCIONES CIENTÍFICAS? 6 3

y s u s c o n t e m p o r á n e o s / a s q u e p a r a m í y l o s / l a s m í o s / a s . *

Con e s t a a c t i t u d c o n t i n u é e s f o r z ó n d o m e p o r c o m p r e n d e r el t e x t o y al final m i s s o s p e c h a s de-m o s t r a r o n e s t a r b i e n f u n d a d a s . E s t a b a s e n t a d o a m i m e s a c o n el t e x t o d e la Física d e Ar i s tó t e l e s d e l a n t e d e m í y u n b o l í g r a f o d e c u a t r o co lo re s en la m a n o . L e v a n t a n d o los o j o s m i r é a b s t r a í d a m e n t e p o r la v e n t a n a d e m i h a b i t a c i ó n y a ú n r e t e n g o la i m a g e n v i sua l . S ú b i t a m e n t e , los f r a g m e n t o s en m i cabeza se o r d e n a r o n p o r sí m i s m o s d e u n m o d o n u e v o , e n c a j a n d o t o d o s a la" vez. Se m e a b r i ó l a b o c a , p o r q u e d e p r o n t o Ar i s tó t e l e s m e p a r e c i ó u n físico r e a l m e n t e b u e n o , a u n q u e d e u n t i p o q u e yo n u n c a h u b i e r a c r e í d o pos ib l e . A h o r a p o d í a com-p r e n d e r p o r q u é h a b í a d i c h o lo q u e h a b í a d i c h o y c u á l h a b í a s i d o su a u t o r i d a d . Af i rmac iones q u e m e h a b í a n p a r e c i d o p r e v i a m e n t e g r a n d e s e r r o r e s , aho-r a m e .^parecían, e n el p e o r d e los casos , e r r o r e s d e poda i m p o r t a n c i a d e n t r o d e u n a t r a d i c i ó n po-d e r o s a , y e n g e n e r a l f ruc t í f e ra . E s t e t i p o d e expe-riencia — l a s p i ezas o r d e n á n d o s e s ú b i t a m e n t e p o r

* Tal y como hemos hecho hasta aquí, en el resto de la traducción deberíamos continuar empleando este tipo de recursos, ¡ti otros similares, con el fin de respetar la, intención de Kuhn, presente en los tres artículos que traducimos, de evitar el sexismo. Ahora bien, en castellano este problema parece de más difícil solución y el resultado sería un texto bastante recargado. Téngase en cuenta, por ejemplo, que los adjetivos del inglés, a diferencia de los del castellano, son neutros; con lo que en un texto escrito en inglés un porcen-taje considerable del problema desaparece. Esta es la única razón que nos ha movido a volver a un modo de expresión más convencional en lo sucesivo. [T.]

la e n c o n t r a b a t u r b a d o r a p o r q u e , m i e n t r a s le ía s u s e s c r i t o s , Ar i s tó t e l e s m e p a r e c í a n o só lo u n igno-r a n t e e n m e c á n i c a , s ino a d e m á s u n f ís ico t e r r i b l e -m e n t e m a l o . E n p a r t i c u l a r , su s e s c r i t o s s o b r e el m o v i m i e n t o m e p a r e c í a n l l enos d e e r r o r e s g a r r a -fales , t a n t o e n lo q u e se ref iere a la lóg ica c o m o a la o b s e r v a c i ó n .

E s t a s c o n c l u s i o n e s e r a n i n v e r o s í m i l e s . D e s p u é s d e t o d o , Ar i s tó t e l e s h a b í a s i do el m u y a d m i r a d o cod i f i cador d e la lógica a n t i g u a . D u r a n t e cas i d o s m i l e n i o s d e s p u é s d e su m u e r t e , su t r a b a j o d e s e m -p e ñ ó el m i s m o p a p e l en lóg ica q u e el d e Euc l ides . e n g e o m e t r í a . A d e m á s , Ar i s t ó t e l e s h a b í a d e m o s -t r a d o a m e n u d o se r , c o m o n a t u r a l i s t a , u n obse r -v a d o r e x t r a o r d i n a r i a m e n t e a g u d o . E s p e c i a l m e n t e e n b io log ía , s u s e sc r i t o s d e s c r i p t i v o s p r o p o r c i o -n a r o n m o d e l o s q u e fue ron f u n d a m e n t a l e s e n los s iglos x v i y x v n p a r a la e m e r g e n c i a d e l a t r a d i -c i ó n b io lóg ica m o d e r n a . ¿ C ó m o e r a p o s i b l e q u e sü c a r a c t e r í s t i c o t a l e n t o le h u b i e r a a b a n d o n a d o t a n s i s t e m á t i c a m e n t e c u a n d o p a s ó a l e s t u d i o de l m o v i m i e n t o y l a m e c á n i c a ? A s i m i s m o , s i s u ta-l e n t o le h a b í a a b a n d o n a d o , ¿ p o r q u é s u s e s c r i t o s d e f ís ica h a b í a n s ido t o m a d o s t a n s e r i a m e n t e du-r a n t e t a n t o s s ig los d e s p u é s d e s u m u e r t e ? E s t a s p r e g u n t a s m e p r e o c u p a b a n . P o d í a c r e e r f á c i l m e n t e q u e Ar i s tó t e l e s h u b i e r a t r o p e z a d o , p e r o n o q u e se h u b i e r a d e s p l o m a d o t o t a l m e n t e a l p a s a r a l a físi-ca . ¿ N o p o d r í a o c u r r i r q u e l a c u l p a f u e r a m í a y n o d e Ar i s tó t e l e s? Quizá s u s p a l a b r a s n o s i e m p r e h a b í a n s ignif icado e x a c t a m e n t e lo m i s m o p a r a él


sí m i s m a s y a p a r e c i e n d o j u n t a s de u n m o d o nue-v o — es la p r i m e r a c a r a c t e r í s t i c a gene ra l de l cam-b i o r e v o l u c i o n a r i o q u e d i s t i n g u i r é d e s p u é s de una c o n s i d e r a c i ó n ad i c iona l d e e jemplos^ Aunque l a s r evo luc iones científ icas d e j a n m u c h o t r a b a j o d e l impieza q u e es n e c e s a r i o h a c e r p o c o a poco , el c a m b i o f u n d a m e n t a l n o p u e d e e x p e r i m e n t a r s e d e e s t e m o d o , p a s o a p a s a . P o r el c o n t r a r i o , imp l i ca u n a t r a n s f o r m a c i ó n r e l a t i v a m e n t e s ú b i t a y s in es-t r u c t u r a en l a q u e u n a p a r t e de l flujo d e la expe-r i enc ia se o r d e n a p o r sí m i s m a d e u n a f o r m a dife-r e n t e y mani f i es ta p a u t a s q u e n o e r a n v is ib les an-t e r i o r m e n t e .

P a r a c o n c r e t a r m á s t o d o es to , p e r m í t a n m e ilus-t r a r a lgo de lo q u e e s t a b a c o n t e n i d o en m i descu-b r i m i e n t o de u n m o d o d e leer l a f ís ica a r i s t o t é l i c a q u e d a b a s e n t i d o a los t ex tos . U n a p r i m e r a i lus-t r a c i ó n s e r á f ami l i a r p a r a m u c h o s y m u c h a s de u s t e d e s . C u a n d o el t é r m i n o « m o v i m i e n t o » a p a r e c e en l a f ísica a r i s to t é l i ca , se refiere a l c a m b i o eja gene ra l , n o só lo al c a m b i o de pos i c ión de u n cue r -p o físico, E l c a m b i o de pos ic ión , q u e es el o b j e t o exc lus ivo d e l a m e c á n i c a p a r a GaHleo y N e w t o n , es p a r a Ar i s tó te les só lo u n a d e l a s v a r i a s subca-t ego r í a s de l m o v i m i e n t o . O t r a s i nc luyen el creci-m i e n t o ( la t r a n s f o r m a c i ó n d e u n a b e l l o t a en u n rob l e ) , l a s a l t e r ac iones d e i n t e n s i d a d (el ca len ta-m i e n t o de u n a b a r r a de h i e r r o ) y v a r i o s c a m b i o s cua l i t a t ivos m á s gene ra l e s ( l a t r a n s i c i ó n d e l a en-f e r m e d a d a la s a lud ) . P o r cons igu ien te , a u n q u e Ar i s tó te les r e c o n o c e q u e l a s v a r i a s s u b c a t e g o r í a s n o s o n igua les e n todos l o s a s p e c t o s , Jas. ca rac te -

r í s t i cas b á s i c a s q u e s o n r e l e v a n t e s p a r a el r econo-c i m i e n t o y aná l i s i s del m o v i m i e n t o d e b e n ap l icar -se a t o d o s los t i p o s de c a m b i o , ¡ E n c i e r t o s e n t i d o e s to n o es m e r a m e n t e me ta fó r i co ; se c o n s i d e r a q u e t o d a s las v a r i e d a d e s de c a m b i o s o n s e m e j a n t e s , es dec i r , q u e c o n s t i t u y e n u n a f ami l i a n a t u r a l ún ica . 4

Un s e g u n d o a s p e c t o d e la f ís ica a r i s t o t é l i c a — m á s difícil de r e c o n o c e r e i nc lu so m á s i m p o r -t a n t e — e s e í p a p e l f u n d a m e n t a l q u e d e s e m p e ñ a n las c u a l i d a d e s en su e s t r u c t u r a c o n c e p t u a l . Con ello n o q u i e r o dec i r s i m p l e m e n t e q u e se p r o p o n g a exp l ica r la c u a l i d a d y el c a m b i o de cua l i dad , p u e s o t r o s t i pos de física h a n h e c h o es to . M e ref iero a q u e la f ísica a r i s t o t é l i c a i nv i e r t e l a j e r a r q u í a on to-lógica de m a t e r i a y c u a l i d a d q u e h a s i d o h a b i t u a l d e s d e la m i t a d del siglo x v n . ¡En la f ísica newto -riiana, u n c u e r p o e s t á c o n s t i t u i d o p o r p a r t í c u l a s de m a t e r i a , y sus c u a l i d a d e s son u n a c o n s e c u e n c i a de l m o d o en q u e esas p a r t í c u l a s e s t á n d i s p u e s t a s , se m u e v e n e i n t e r a c c i o n a n . P o r el c o n t r a r i o , en la física de Ar i s tó te les la m a t e r i a es cas i p re sc in -dible . E s u n s u s t r a t o n e u t r a l q u e e s t á p r e s e n t e d o n d e q u i e r a q u e u n c u e r p o p u e d a e s t a r , lo c u a l significa o jondequiera q u e h a y a e spac io o l uga r . Un c u e r p o p a r t i c u l a r , u n a s u s t a n c i a , ex i s te en cual-q u i e r l u ^ a r en d o n d e e s t e s u s t r a t o n e u t r a l , u n a

4. Para toáb esto véase la Física de Aristóteles, Libro V, capítulos 1-2 (224a21-226bl6). Nótese que Aristóteles tiene, de hecho, un concepto de cambio que es más amplio que el de movimiento. .Movimiento es cambio de sustancia, cambio de algo a algo j|225al). Pero el cambio también incluye la ge-neración y corrupción, es decir, cambio de la nada a algo y de algo a la nada (225a34-225b9), y estos no son movimientos.

6 6 ¿QUÉ SON LAS REVOLUCIONES CIENTÍFICAS?

espec ie de e spon ja , e s t é lo su f i c i en temente impreg-n a d o de c u a l i d a d e s I ( ca lo r , h u m e d a d , co lo r , etc.) , c o m o p a r a d a r l e i d e n t i d a d ind iv idua l . E l c a m b i o t i ene l u g a r m e d i a n t e l a t r a n s f o r m a c i ó n d e l a s cua-l idades , n o de la m a t e r i a ; e l i m i n a n d o a l g u n a s cua l i dades de u n a m a t e r i a d a d a y r e e m p l a z á n d o l a s p o r o t r a s . H a y inc luso a l g u n a s leyes d e conserva-c ión impl í c i t a s q u e las c u a l i d a d e s d e b e n a p a r e n t e -m e n t e obedece r . 5

La física de Ar i s tó te les mani f i e s ta o t r o s aspec-tos s i m i l a r m e n t e genera les , d e los cua les a l g u n o s son d e g r a n i m p o r t a n c i a . S in e m b a r g o , yo avan-za ré h a c i a l as cues t i ones q u e m e i n t e r e s a n p a r t i e n -d o d e e s tos dos , y r ecoge ré a l p a s a r o t r o b i e n cono-c ido . Lo q u e q u i e r o a h o r a e m p e z a r a s u g e r i r es q u e e sos y o t r o s a s p e c t o s del p u n t o d e v i s t a d e Ar is tó te les , c u a n d o son r econoc idos , c o m i e n z a n a u n i r s e , a p r e s t a r s e a p o y o e n t r e sí y as í a d q u i e r e n co l ec t i vamen te u n a espec ie de s e n t i d o del q u e ca-r ecen c o n s i d e r a d o s i n d i v i d u a l m e n t e . La p r i m e r a vez q u e logré c o m p r e n d e r el t e x t o d e Ar i s tó te les , l a s n u e v a s p iezas q u e h e d e s c r i t o y el s e n t i d o de su a j u s t e c o h e r e n t e e m e r g i e r o n a l a vez.

C o m e n c e m o s c o n la n o c i ó n d e u n a f ísica cuali-t a t iva q u e a c a b a d e e sboza r se . C u a n d o se ana l iza u n o b j e t o p a r t i c u l a r especi f icando las c u a l i d a d e s q u e h a n s ido i m p u e s t a s s o b r e la o m n i p r e s e n t e ma-t e r i a n e u t r a , u n a d e l as c u a l i d a d e s q u e d e b e n espe-

5. Compárese la Física de Aristóteles, Libro V, y espe-cialmente su Sobre la generación y corrupción, Libro II, ca-pítulos 1-4.


cificarse es l a pos i c ión del o b j e t o o, u t i l i z a n d o la t e r m i n o l o g í a de Ar i s tó te les , su lugar . La pos i c ión es así , c o m o la h u m e d a d o la cal idez, u n a c u a l i d a d del ob je to , q u e c a m b i a c u a n d o el o b j e t o se m u e v e o es m o v i d o . P o r cons igu ien te , p a r a Ar i s tó te les el m o v i m i e n t o loca l ( m o v i m i e n t o tout court en el s e n t i d o de N e w t o n ) es u n cambio-de -cua l idad o cambio-de-es tado , en l u g a r de se r u n e s t a d o c o m o lo es p a r a N e w t o n . P e r o es p r e c i s a m e n t e el h e c h o d e ve r el m o v i m i e n t o c o m o u n cambio-de -cua l idad lo q u e p e r m i t e s u a s imi l ac ión a t o d o s los d e m á s t i pos de c a m b i o : p o r e j emplo , d e be l lo t a a r o b l e o de e n f e r m e d a d a s a l u d . E s a a s imi l ac ión es el a s p e c t o de la física de Ar i s tó te les con el q u e em-pecé , y p o d r í a i g u a l m e n t e h a b e r r e c o r r i d o el cami-n o en la o t r a d i recc ión . La concepc ión del movi-mien to - como-cambio y la c o n c e p c i ó n d e u n a física cua l i t a t iva r e s u l t a n s e r noc iones p r o f u n d a m e n t e i n t e r d e p e n d i e n t e s , cas i equ iva len tes , y é s te es u n p r i m e r e j e m p l o del a j u s t e o c o h e s i ó n d e l as p a r t e s .

A h o r a b ien , si t o d o eso e s t á c l a ro , e n t o n c e s o t r o a s p e c t o d e la física de Ar i s tó te les — u n o q u e p o r lo genera l p a r e c e r id í cu lo si se lo c o n s i d e r a a i s l a d a m e n t e — comienza t a m b i é n a c o b r a r sent i-do . La m a y o r í a de los c a m b i o s de cua l idad , s o b r e todo en el r e i n o o rgán ico , son a s imé t r i cos , a l me-n o s c u a n d o se p r o d u c e n sin i n t e rvenc ión ex te r io r . U n a be l lo t a se d e s a r r o l l a n a t u r a l m e n t e en u n ro-b le , n o v iceversa . Un h o m b r e e n f e r m o a m e n u d o s a n a p o r sí m i s m o , p e r o se neces i t a , o se c ree q u e se neces i t a , u n a g e n t e e x t e r n o p a r a q u e en fe rme . Un c o n j u n t o d e cua l idades , u n p u n t o final de l cam-


b io , r e p r e s e n t a u n e s t a d o n a t u r a l de l c u e r p o : a q u e l q u e rea l i za v o l u n t a r i a m e n t e y e n el q u e p e r m a n e c e u n a vez a l c a n z a d o . La m i s m a a s i m e t r í a d e b e r í a s e r c a r a c t e r í s t i c a de l m o v i m i e n t o local , o s ea el c a m b i o d e pos i c ión , y e n r e a l i d a d lo es . La cuali-d a d q u e u n a p i e d r a u o t r o c u e r p o p e s a d o se es-fue rza p o r r e a l i z a r es su p o s i c i ó n e n el c e n t r o de l u n i v e r s o ; la p o s i c i ó n n a t u r a l de l fuego e s t á e n la pe r i f e r i a . E s t a es l a r a z ó n d e q u e l a s p i e d r a s cai-g a n h a c i a el c e n t r o , h a s t a q u e d a r b l o q u e a d a s p o r u n o b s t á c u l o , y el fuego vue le h a c i a los c ie los . Es-t á n r e a l i z a n d o sus p r o p i e d a d e s n a t u r a l e s exacta-m e n t e e n el m i s m o s e n t i d o e n q u e la b e l l o t a lo h a c e m e d i a n t e s u c r e c i m i e n t o . O t r a p a r t e d e l a d o c t r i n a a r i s t o t é l i c a , e n p r i n c i p i o e x t r a ñ a , co-m i e n z a a e n c a j a r .

P o d r í a c o n t i n u a r as í d u r a n t e a l g ú n t i e m p o , s i t u a n d o p o r c i o n e s i n d i v i d u a l e s d e l a f ís ica ar is -to t é l i ca en el l u g a r q u e o c u p a n e n el t o d o . S i n e m b a r g o , c o n c l u i r é e s t e p r i m e r e j e m p l o c o n u n a ú l t i m a i l u s t r a c i ó n , la d o c t r i n a d e A r i s t ó t e l e s s o b r e el yacuum o vac ío . E s t a d o c t r i n a ma n i f i e s t a c o n p a r t i c u l a r c l a r i d a d el m o d o e n q u e v a r i a s t e s i s q u e p a r e c e n a r b i t r a r i a s c o n s i d e r a d a s d e m o d o a i s l a d o se p r e s t a n m u t u a m e n t e a u t o r i d a d y a p o y o . Ar i s tó t e l e s a f i rma q u e u n vac ío es i m p o s i b l e : s u p o s i c i ó n s u b y a c e n t e es q u e la n o c i ó n es i n c o h e r e n -te e n sí m i s m a . A h o r a y a d e b e r í a e s t a r c l a r o p o r q u é e s t o es as í . Si la p o s i c i ó n es u n a c u a l i d a d , y si l as c u a l i d a d e s n o p u e d e n ex i s t i r s e p a r a d a s d e l a m a t e r i a , e n t o n c e s d e b e h a b e r m a t e r i a d o n d e q u i e r a q u e h a y a p o s i c i ó n / e s dec i r , d o n d e q u i e r a q u e u n

c u e r p o p u e d a e s t a r . P e r o e s t o equ iva l e a d e c i r q u e d e b e h a b e r m a t e r i a en t o d a s las p a r t e s de l espa-cio: el vac ío , es dec i r , el e spac io s in m a t e r i a , ad-q u i e r e el status de , p o r e j e m p l o , u n c í r c u l o cua -d r a d o . 6

E s t e a r g u m e n t o t i ene fuerza , p e r o s u p r e m i s a p a r e c e a r b i t r a r i a . P u e d e s u p o n e r s e q u e n o e r a ne-ce sa r io q u e Ar i s tó t e l e s c o n c i b i e r a l a p o s i c i ó n c o m o u n a c u a l i d a d . Quizá , s in e m b a r g o , y a h e m o s n o t a d o q u e e s t a c o n c e p c i ó n s u b y a c e a su cons ide -r a c i ó n de l m o v i m i e n t o c o m o camb io -de -e s t ado , y o t r o s a s p e c t o s d e s u f ís ica d e p e n d e n t a m b i é n d e el la . Si u n vac ío p u d i e r a ex i s t i r , e n t o n c e s el cos-m o s o u n i v e r s o a r i s t o t é l i c o n o p o d r í a s e r f ini to. P r e c i s a m e n t e p o r q u e la m a t e r i a y el e spac io s o n coex tens ivos , el e spac io p u e d e t e r m i n a r d o n d e l a m a t e r i a t e r m i n a : en la e s f e r a m á s e x t e r i o r , a q u e -

6. Falta un ingrediente en mi bosquejo de este argumen-to: la' doctrina del lugar de Aristóteles, desarrollada en la Física, Libro IV, justamente antes de su discusión del vacío. Para Aristóteles, el lugar es siempre el lugar de un cuerpo o, más precisamente, la superficie interior del cuerpo que contiene o rodea al primero (212a2-7). Pasando al tema si-guiente, Aristóteles dice: «Ya que el vacío (si es que existe) debe concebirse como el lugar en el que podría haber un cuerpo aunque de hecho no lo haya, es claro que, así conce-bido, el vacío no puede existir en absoluto, ni como insepara-ble ni como separable» (214al6-20). (Cito de la traducción hecha por Philip H. Wickstead y Francis M. Cornford para la Loeb Classical Library, una versión que en este difícil as-pecto de la Física me parece más clara que la mayoría, tanto en texto como en comentario.) Que no es meramente un error sustituir «lugar» por «posición» en un bosquejo del argu-mento se justifica en la última parte del siguiente párrafo de mi texto.

70 ¿QUÉ SON LAS REVOLUCIONES CIENTÍFICAS? ¿QUÉ SON LAS REVOLUCIONES CIENTÍFICAS? 7 1

E s t a s o b s e r v a c i o n e s , a u n q u e s impl i f i cadas e i n c o m p l e t a s , d e b e r í a n i l u s t r a r su f i c i en t emen te e l m o d o en q u e la f ísica a r i s t o t é l i c a d iv ide y des-c r i b e el m u n d o f enomén ico . A d e m á s , y e s t o resul -t a m á s i m p o r t a n t e a ú n , d e b e r í a n i n d i c a r c ó m o las p i ezas d e e sa d e s c r i p c i ó n e n c a j a n p a r a f o r m a r u n t o d o in t eg ra l q u e t u v o q u e r o m p e r s e y r e f o r m a r s e en el c a m i n o h a c i a la m e c á n i c a n e w t o n i a n a . E n l u g a r de a m p l i a r l a s m á s , p r o c e d e r é i n m e d i a t a m e n -t e con u n s e g u n d o e j e m p l o , r e t o r n a n d o al comien -zo de l siglo x i x p a r a e s t e p r o p ó s i t o . E l a ñ o 1800 es n o t a b l e , e n t r e o t r a s cosas , p o r s e r el a ñ o en q u e Vol t a d e s c u b r i ó l a b a t e r í a e léc t r i ca . E l descubr i -m i e n t o fue a n u n c i a d o en u n a c a r t a d i r ig ida a s i r J o s e p h B a n k s , p r e s i d e n t e de la Roya l Society . ' La c a r t a e s t a b a d e s t i n a d a a l a p u b l i c a c i ó n e i b a acom-p a ñ a d a p o r la i l u s t r a c i ó n r e p r o d u c i d a a q u í c o m o figura 1. D e s d e u n p u n t o d e v i s t a m o d e r n o h a y a lgo p e c u l i a r e n e l la , s i b i e n i nc lu so los h i s t o r i a -d o r e s o h i s t o r i a d o r a s r a r a m e n t e n o t a n e s t a pecu-l i a r i d a d . M i r a n d o a c u a l q u i e r a d e l a s l l a m a d a s «pi las» ( d e m o n e d a s ) en l a p a r t e i n fe r io r de l dia-g r a m a , s e ve, l eyendo h a c i a a r r i b a d e s d e l a p a r t e i n fe r io r d e r e c h a , u n d i sco d e z inc , Z, luego u n dis-co de p l a t a , A, l uego u n t r o z o d e p a p e l s e c a n t e h u m e d e c i d o , l uego u n s e g u n d o d i sco d e z inc , y as í

8. Alessandro Volta, «On the Electricity Excited by the mere Contact of Conducting Substances of Different Kinds», Philosophical Transactions, 90 (1800), 403-431. Sobre este tema, véase T". M. Brown, «The Electric Current in Early Nineteenth-Century French Physics», Historical Studies in the Physical Sciences, 1 (1969), 61-103.

l ia m á s a l lá de l a cua l n o h a y n a d a e n a b s o l u t o , n t e s p a c i o ni m a t e r i a . T a m b i é n e s t a d o c t r i n a p u e d e p a r e c e r p r e s c i n d i b l e ; p e r o e x p a n d i r la e s fe ra este-l a r h a s t a el infinito c r e a r í a p r o b l e m a s a la a s t ro -n o m í a , p u e s t o q u e las r o t a c i o n e s de e s a e s fe ra m u e v e n l a s e s t r e l l a s a l r e d e d o r de l a T i e r r a . O t r a dif icul tad, m á s f u n d a m e n t a l , es a n t e r i o r a e s t a úl-t i m a . E n u n u n i v e r s o inf ini to n o h a y c e n t r o —cua l -q u i e r p u n t o p u e d e s e r c o n s i d e r a d o c o m o el cen-t r o — y, p o r cons igu ien te , n o h a y n i n g u n a posi-c ión n a t u r a l en la q u e l a s p i e d r a s y o t r o s o b j e t o s p e s a d o s p u e d a n r ea l i z a r s u s c u a l i d a d e s n a t u r a l e s . O p a r a dec i r lo m i s m o c o n o t r a s p a l a b r a s , q u e s o n l a s q u e Ar i s tó te l e s r e a l m e n t e e m p l e a , en u n vac ío u n c u e r p o n o p o d r í a s a b e r l a loca l i zac ión d e s u l u g a r n a t u r a l . P r e c i s a m e n t e p o r e s t a r en c o n t a c t o c o n t o d a s las pos i c iones en el u n i v e r s o a t r a v é s d e u n a c a d e n a de m a t e r i a i n t e r m e d i a , u n c u e r p o p u e d e e n c o n t r a r s u c a m i n o h a c i a e l l u g a r d o n d e s u s c u a l i d a d e s n a t u r a l e s se r ea l i zan c o m p l e t a -m e n t e . La p r e s e n c i a d e la m a t e r i a es lo q u e p ro -p o r c i o n a e s t r u c t u r a a l espac io . 7 Así, p u e s , t a n t o la t e o r í a de Ar i s tó te l e s de l m o v i m i e n t o loca l na-t u r a l c o m o la a s t r o n o m í a geocén t r i ca a n t i g u a se ven a m e n a z a d a s p o r u n a t a q u e a l a d o c t r i n a d e Ar i s tó te l e s del vacío . N o h a y n i n g ú n m o d o de «co r r eg i r» las ideas d e Ar i s tó te l e s s o b r e el vac ío s in r e c o n s t r u i r la m a y o r p a r t e de l r e s t o de s u f ís ica .

7. Para éste y otros argumentos estrechamente relaciona-dos, véase Aristóteles, Física, Libro IV, capítulo 8 (especial-mente 214b27-215a24).

¿QUÉ SON LAS REVOLUCIONES CIENTÍFICAS? ¿QUÉ SON LAS REVOLUCIONES CIENTÍFICAS? 7 3

s u c e s i v a m e n t e . E l ciclo z inc , p l a t a , p a p e l s e c a n t e h u m e d e c i d o , se r e p i t e u n n ú m e r o e n t e r o d e veces , o c h o en la figura o r ig ina l d e Vo l t a . S u p o n g a m o s a h o r a q u e e n l u g a r d e p r o p o r c i o n a r n o s e s t a de-t a l l a d a exp l i cac ión se n o s h u b i e r a p e d i d o s imple -m e n t e m i r a r el d i a g r a m a , luego c e r r a r el l i b r o y r e p r o d u c i r l o d e m e m o r i a . Cas i c o n t o d a s e g u r i d a d , las p e r s o n a s q u e c o n o c e n i n c l u s o l a f ís ica m á s e l e m e n t a l h a b r í a n d i b u j a d o z inc ( o p l a t a ) , s e g u i d o d e p a p e l s e c a n t e h u m e d e c i d o , s e g u i d o d e p l a t a ( o z inc) , p u e s , c o m o es b i e n s a b i d o , e n u n a b a t e r í a el l í qu ido d e b e i r e n t r e los d o s m e t a l e s d i f e r en t e s .

S i u n o o u n a r e c o n o c e e s t a d i f icu l tad e i n t e n t a r e so lve r l a c o n l a a y u d a d e los t e x t o s d e Vo l t a , s e d a r á c u e n t a s ú b i t a m e n t e d e q u e p a r a V o l t a y s u s s egu ido re s el e l e m e n t o u n i d a d * se c o m p o n e d e las d o s p iezas d e m e t a l en c o n t a c t o . La f u e n t e d e elec-t r i c i d a d es l a superf ic ie e n t r e los d o s m e t a l e s , e s dec i r , la j u n t u r a b i m e t á l i c a q u e , c o m o V o l t a h a b í a p r e v i a m e n t e d e s c u b i e r t o , c o n s t i t u í a l a f u e n t e d e u n a t e n s i ó n e l éc t r i ca q u e a c t u a l m e n t e l l a m a r í a m o s u n vo l ta je . E l p a p e l de l l í q u i d o es , p u e s , s imple -m e n t e , c o n e c t a r u n e l e m e n t o c o n el s i gu i en t e s in g e n e r a r u n p o t e n c i a l d e c o n t a c t o , el c u a l neu t r a l i -z a r í a el e fec to inic ia l . S i s é c o n t i n ú a l e y e n d o el t e x t o de Vo l t a , s e a d v i e r t e q u e e s t á a s i m i l a n d o su

* Un elemento unidad, o elemento de batería, es uno de los componentes que constituyen una batería eléctrica. En la pila de Volta un elemento unidad sería, desde el punto de vista actual, un disco de zinc (o de plata), un disco de plata (o de zinc) y un trozo de papel secante humedecido entre ambos. [T.3


n u e v o d e s c u b r i m i e n t o a la e l e c t r o s t á t i c a . L a j u n -t u r a b i m e t á l i c a es u n c o n d e n s a d o r o b o t e l l a d e Ley d e n q u e se c a r g a a sí m i s m o . La p i l a d e m o n e -d a s es e n t o n c e s u n a co lecc ión d e b o t e l l a s d e Ley-d e n c a r g a d a s y c o n e c t a d a s e n t r e sí, o « b a t e r í a » , y d e ah í v iene , p o r a s i m i l a c i ó n de l g r u p o a s u s m i e m -b r o s , el t é r m i n o « b a t e r í a » e n s u a p l i c a c i ó n a la e l e c t r i c i d a d . P a r a a s e g u r a r n o s , fijémonos e n la p a r -t e s u p e r i o r d e l d i a g r a m a d e Vo l t a , l a c u a l i l u s t r a u n d i s p o s i t i v o q u e él l l a m ó « b a t e r í a d e c o r o n a » . E s t a vez l a s e m e j a n z a c o n los d i a g r a m a s d e los l i b r o s d e t e x t o e l e m e n t a l e s m o d e r n o s es n o t a b l e , p e r o d e n u e v o e n c o n t r a m o s u n a p e c u l i a r i d a d . ¿ P o r q u é las c u b e t a s en los d o s e x t r e m o s de l dia-g r a m a c o n t i e n e n só lo u n t r o z o d e m e t a l ? ¿ P o r q u é V o l t a i n c l u y e d o s s e m i e l e m e n t o s ? La r e s p u e s t a e s la m i s m a q u e a n t e s . P a r a Vo l t a , l a s c u b e t a s n o s o n e l e m e n t o s , s i no s i m p l e m e n t e r e c i p i e n t e s p a r a los l í q u i d o s q u e c o n e c t a n los e l e m e n t o s . L o s ele-m e n t o s s o n l a s t i r a s b i m e t á l i c a s e n f o r m a d e h e r r a -d u r a . Las p o s i c i o n e s a p a r e n t e m e n t e n o o c u p a d a s e n las c u b e t a s d e los e x t r e m o s s o n lo q u e ac tua l -m e n t e c o n s i d e r a r í a m o s b o r n e s . E n el d i a g r a m a d e V o l t a n o h a y s e m i e l e m e n t o s .

Ta l y c o m o o c u r r í a e n el e j e m p l o a n t e r i o r , e s t e m o d o d e m i r a r la b a t e r í a t i ene a m p l i a s c o n s e c u e n -c ias . P o r e j e m p l o , c o m o se m u e s t r a e n l a figura 2, la t r a n s i c i ó n d e s d e el p u n t o d e v i s t a d e V o l t a a l m o d e r n o i nv i e r t e la d i r ecc ión d e l flujo d e l a co-r r i e n t e . U n d i a g r a m a m o d e r n o d e u n e l e m e n t o ( p a r t e i n f e r io r d e la f igura 2) p u e d e d e r i v a r s e de l d e V o l t a ( p a r t e s u p e r i o r i z q u i e r d a ) m e d i a n t e u n

p r o c e s o p a r e c i d o a vo lve r a é s t e de l r e v é s ( p a r t e s u p e r i o r d e r e c h a ) . E n e s t e p r o c e s o , lo q u e a n t e s e r a el flujo d e c o r r i e n t e i n t e r n o de l e l e m e n t o s e c o n v i e r t e e n l a c o r r i e n t e e x t e r n a y v i ceve r sa . E n el d i a g r a m a d e Vo l t a , el flujo d e c o r r i e n t e e x t e r n o v a d e s d e el m e t a l n e g r o a l b l a n c o , d e m o d o q u e el n e g r o es pos i t i vo . E n el d i a g r a m a m o d e r n o l a di-r ecc ión del flujo y la p o l a r i d a d e s t á n i n v e r t i d a s . M u c h o m á s i m p o r t a n t e c o n c e p t u a l m e n t e e s el c a m b i o e n la f u e n t e d e l a c o r r i e n t e e f e c t u a d o p o r la t r a n s i c i ó n . P a r a V o l t a la superf ic ie e n t r e los d o s m e t a l e s e r a el c o m p o n e n t e e senc i a l de l e l emen-t o y, n e c e s a r i a m e n t e , l a f u e n t e d e l a c o r r i e n t e q u e el e l e m e n t o p r o d u c í a . C u a n d o el e l e m e n t o fue vuel-t o de l r evés , el l í q u i d o y s u s d o s super f ic ies d e con-t a c t o c o n l o s m e t a l e s p r o p o r c i o n a r o n los c o m p o -n e n t e s esenc ia les , y los e fec tos q u í m i c o s e n e s t a s


b a t e r í a c o n d u c e a u n c o n c e p t o d e r e s i s t enc i a eléc-t r i c a m u y d i f e r e n t e del q u e a h o r a es h a b i t u a l . H a y u n c o n c e p t o e l e c t r o s t á t i c o de r e s i s t enc i a , o lo h a b í a en e s t e p e r í o d o . E n u n m a t e r i a l a i s l a n t e d e u n a secc ión t r a n s v e r s a l d a d a , la r e s i s t e n c i a se m e d í a p o r la l o n g i t u d m á s c o r t a q u e el m a t e r i a l p o d í a t e n e r s in p e r m i t i r el p a s o d e c o r r i e n t e o t e n e r p é r d i d a s — d e j a n d o d e a i s l a r — c u a n d o e r a s o m e t i d o a u n vo l ta je d e t e r m i n a d o . E n u n m a t e -

mano. En cualquier caso, un estudio más sistemático habría tenido que distinguir entre las respuestas" británica, francesa y alemana a la teoría química de la batería.

superf ic ies p a s a r o n a s e r la f uen t e de la c o r r i e n t e . E n el b r e v e i n t e rva lo d e t i e m p o en q u e a m b o s p u n -t o s de v i s t a coex i s t i e ron , el p r i m e r o e r a l l a m a d o l a t e o r í a d e c o n t a c t o , el s e g u n d o l a t e o r í a q u í m i c a d e la b a t e r í a .

E s t a s s o n só lo l as c o n s e c u e n c i a s m á s obv ia s de la c o n c e p c i ó n e l ec t ro s t á t i c a d e la b a t e r í a ; algu-n a s o t r a s f u e r o n i nc lu so m á s i n m e d i a t a m e n t e im-p o r t a n t e s . P o r e j e m p l o , el p u n t o de v i s t a d e Vo l t a s u p r i m i ó el p a p e l c o n c e p t u a l de l p r i n c i p i o e x t e r n o . Lo q u e a h o r a v e r í a m o s c o m o u n c i r cu i t o e x t e r n o es só lo t i na t r a y e c t o r i a d e d e s c a r g a c o m o la cone-x ión a t i e r r a q u e d e s c a r g a u n a b o t e l l a de Leyden . P o r cons igu i en t e , los d i a g r a m a s a n t i g u o s d e l a ba-t e r í a n o m u e s t r a n u n c i r cu i t o e x t e r n o , a m e n o s q u e u n efec to especia l , c o m o e lec t ró l i s i s o el ca len ta-m i e n t o d e u n a l a m b r e , t e n g a l u g a r all í , y e n e s t e c a so la b a t e r í a cas i n u n c a a p a r e c e e n el d i a g r a m a . Só lo en los a ñ o s c u a r e n t a d e l s ig lo x i x c o m i e n z a n a a p a r e e n r e g u l a r m e n t e d i a g r a m a s m o d e r n o s del e l e m e n t o en l i b r o s d e e l ec t r i c idad . C u a n d o e s t o o c u r r e , o el c i r c u i t o e x t e r n o o p u n t o s exp l íc i tos p a r a su conex ión a p a r e c e n en el los . ' E n l a s figuras 3 y 4 se m u e s t r a n e j e m p l o s d e el lo.

F i n a l m e n t e , l a c o n c e p c i ó n e l e c t r o s t á t i c a d e la

9. Las ilustraciones proceden de A. de la Rive, Traite d'électricité théorique et appliquée, vol. 2, París, J. B. Bai-Iiére, 1856, págs. 600, 656. Diagramas estructuralmente simi-lares aunque esquemáticos aparecen en las investigaciones experimentales de Faraday de los primeros años treinta. Mi elección de los años cuarenta como el periodo en que tales diagramas llegaron a ser habituales proviene de una inspec-ción sumaria de los textos de electricidad que tenía más a


p o r p r i m e r a vez el p r o b l e m a de l c u e r p o n e g r o e n 1900 u t i l i z a n d o u n m é t o d o c lá s i co d e s a r r o l l a d o p o r el f ísico a u s t r í a c o L u d w i g B o l t z m a n n . Se i s a ñ o s m á s t a r d e se e n c o n t r ó e n s u d e r i v a c i ó n u n e r r o r p e q u e ñ o p e r o c r u c i a l , y u n o d e s u s ele-m e n t o s c e n t r a l e s d e b i ó s o m e t e r s e a r ev i s i ón . Cuan-d o e s t o se l levó a cabo , la s o l u c i ó n d e P l a n c k fun-c ionó , p e r o r o m p i ó r a d i c a l m e n t e c o n la t r a d i c i ó n . A la l a rga , e s t a r u p t u r a se genera l i zó , y p r o v o c ó la r e c o n s t r u c c i ó n d e b u e n a p a r t e d e l a física.

C o m e n c e m o s c o n B o l t z m a n n , q u i e n h a b í a con-s i d e r a d o l a c o n d u c t a d e u n g a s c o n c e b i d o c o m o u n a co lecc ión d é m u c h a s m o l é c u l a s d i m i n u t a s m o -v i é n d o s e d e m a n e r a r á p i d a y d e s o r d e n a d a e n el i n t e r i o r d e u n r e c i p i e n t e , y c o l i s i o n a n d o f recuen-t e m e n t e e n t r e sí y c o n las p a r e d e s de l r e c i p i e n t e . A p a r t i r de l t r a b a j o d e o t r o s , B o l t z m a n n c o n o c í a la ve loc idad m e d i a d e las m o l é c u l a s ( m á s exacta-m e n t e , la m e d i a de l c u a d r a d o d e s u s ve loc idades ) . P e r o , p o r s u p u e s t o , m u c h a s d e las m o l é c u l a s s e m o v í a n m u c h o m á s l e n t a m e n t e q u e la m e d i a y o t r a s m u c h o m á s r á p i d a m e n t e . B o l t z m a n n q u e r í a s a b e r q u é p r o p o r c i ó n d e e l l as se m o v í a n c o n , di-g a m o s , 1 / 2 d e la ve loc idad m e d i a , q u é p r o p o r c i ó n c o n 4 / 7 d e l a m e d i a , y as í s u c e s i v a m e n t e . N i e sa p r e g u n t a n i la r e s p u e s t a q u e e n c o n t r ó e r a n nue-vas . P e r o B o l t z m a n n l legó a l a r e s p u e s t a p o r u n c a m i n o n u e v o , u t i l i z a n d o l a t e o r í a d e l a p r o b a b i -l i dad , y ese c a m i n o fue f u n d a m e n t a l p a r a P l a n c k , a p a r t i r d e c u y o t r a b a j o se h a c o n v e r t i d o e n a lgo h a b i t u a l .

Só lo u n a s p e c t o del m é t o d o d e B o l t z m a n n n o s

r i a l c o n d u c t o r d e u n a secc ión t r a n s v e r s a l d a d a , se m e d í a p o r la l o n g i t u d m á s c o r t a q u e el m a t e r i a l p o d í a t e n e r s in f u n d i r s e c u a n d o e r a c o n e c t a d o a u n vo l t a j e d a d o . E s p o s i b l e m e d i r la r e s i s t e n c i a c o n c e b i d a d e e s t a f o r m a , p e r o los r e s u l t a d o s n o s o n c o m p a t i b l e s c o n la ley d e O h m . P a r a c o n s e g u i r r e s u l t a d o s q u e lo s e a n d e b e c o n c e b i r s e l a b a t e r í a y el c i r c u i t o u t i l i z a n d o u n m o d e l o m á s h i d r o s t á t i -co . La r e s i s t e n c i a d e b e c o n v e r t i r s e e n a lgo s i m i l a r a la r e s i s t e n c i a p o r f r icc ión q u e s e o p o n e a l flujo d e a g u a e n t u b o s . La a s i m i l a c i ó n d e l a ley d e O h m r e q u e r í a u n c a m b i o n o a c u m u l a t i v o d e e s t e t i p o , y e s t o f o r m a p a r t e d e l o q u e h i z o q u e e s t a ley f u e r a t a n difícil d e a c e p t a r p a r a m u c h a gen t e . D i c h a ley h a p r o p o r c i o n a d o d u r a n t e a l g ú n t i e m p o u n e jem-p lo h a b i t u a l d e u n i m p o r t a n t e d e s c u b r i m i e n t o q u e i n i c i a l m e n t e fue r e c h a z a d o o i g n o r a d o .

T e r m i n ó ) a q u í m i s e g u n d o e j e m p l o y p a s o e n s e g u i d a al t e r c e r o , q u e es , a la vez, m á s m o d e r n o y m á s t é c n i c o q u e los p r e c e d e n t e s . E s , e n esen-cia , d i scu t ib l e , p o r q u e "se r e l a c i o n a c o n u n a n u e v a v e r s i ó n d e los o r í g e n e s d e la t e o r í a c u á n t i c a , a ú n n o a c e p t a d a c o m ú n m e n t e . 1 0 S u t e m a es el t r a b a j o d e Max P l a n c k s o b r e el l l a m a d o p r o b l e m a de l cuer -p o neg ro , y s u e s t r u c t u r a p u e d e s e r ú t i l m e n t e an-t i c i p a d a d e la m a n e r a s igu ien te . P l a n c k r e so lv ió

10. Para la versión completa y la evidencia que la apoya, véase mi Black-Body Theory and the Quantum Discontinuity, 1894-1912, Oxford y Nueva York, Clarendon and Oxford Uni-versity Press, 1978. [Trad. cast. de Miguel Paredes Larruces, La teoría del cuerpo negro y la discontinuidad cuántica, 1894-1912, Madrid, Alianza, 1980.]


i n t e r e s a a h o r a . E l c o n s i d e r ó la e n e r g í a c iné t i ca to-t a l E d e las m o l é c u l a s , y p a r a p e r m i t i r la i n t r o d u c -c ión d e la t e o r í a de l a p r o b a b i l i d a d s u b d i v i d i ó m e n t a l m e n t e e sa ene rg í a e n p e q u e ñ a s ce ld i l las o e l e m e n t o s d e t a m a ñ o £, c o m o los r e p r e s e n t a d o s e n l a figura 5. Luego i m a g i n ó u n a d i s t r i b u c i ó n a l

0 E

0 | M | || | || || | ,| | | E • i • • i i i

• J

i i

e a z a r d e m o l é c u l a s e n t r e e sa s ce ld i l las , e x t r a y e n d o p a p e l e t a s n u m e r a d a s d e u n a u r n a p a r a especi f icar la a s i g n a c i ó n d e c a d a m o l é c u l a y e x c l u y e n d o t o d a s las d i s t r i b u c i o n e s c o n eneg ía t o t a l d i f e r e n t e d e E. P o r e j e m p l o , si l a p r i m e r a m o l é c u l a e r a a s i g n a d a a l a ú l t i m a ce ld i l la ( ene rg í a E), e n t o n c e s l a ú n i c a d i s t r i b u c i ó n a c e p t a b l e s e r í a la q u e a s i g n a r a t o d a s l a s o t r a s m o l é c u l a s a la p r i m e r a ce ld i l la ( ene r -g ía 0) . E s t á c l a r o q u e e s t a d i s t r i b u c i ó n p a r t i c u l a r e s m u y i m p r o b a b l e . E s m u c h o m á s p r o b a b l e q u e la m a y o r í a d e las m o l é c u l a s t e n g a n u n a ene rg í a a p r e c i a b l e , y u t i l i z a n d o la t e o r í a d e l a p r o b a b i l i -d a d p u e d e c a l c u l a r s e c u á l e s l a d i s t r i b u c i ó n m á s p r o b a b l e d e t o d a s . M o l t z m a n n m o s t r ó c ó m o ha-cer lo , y su r e s u l t a d o fue i d é n t i c o a l o b t e n i d o p re -


v i a m e n t e p o r él m i s m o y o t r o s e m p l e a n d o m e d i o s m á s p r o b l e m á t i c o s .

E s e m o d o d e r e s o l v e r el p r o b l e m a se i n v e n t ó e n 1877* y v e i n t i t r é s a ñ o s m á s t a r d e , a fines d e 1900, Max P l a n c k lo ap l i có a u n p r o b l e m a q u e pa-rec í a se r b a s t a n t e d i f e r en t e , l a r a d i a c i ó n de l cuer -p o neg ro . F í s i c a m e n t e , el p r o b l e m a c o n s i s t e e n ex-p l i c a r c ó m o c a m b i a el c o l o r d e u n c u e r p o c o n la t e m p e r a t u r a al c a l e n t a r l o . P i é n s e s e p o r e j e m p l o e n l a r a d i a c i ó n d e u n a b a r r a d e h i e r r o , l a cua l , c u a n d o la t e m p e r a t u r a a u m e n t a , p r i m e r o e m i t e c a l o r ( r a d i a c i ó n i n f r a r r o j a ) , l uego se p o n e incan-descen te , y p o s t e r i o r m e n t e p a s a a u n b l a n c o b r i -l l an te . P a r a a n a l i z a r e s t a s i t u a c i ó n , P l a n c k i m a g i n ó u n r e c i p i e n t e o c a v i d a d l l eno d e r a d i a c i ó n , e s t o es , luz, ca lo r , o n d a s d e r a d i o , e tc . A d e m á s , s u p u s o q u e la c a v i d a d c o n t e n í a u n g r a n n ú m e r o d e lo q u e l l a m ó « r e s o n a d o r e s » ( e s t o s p u e d e n i m a g i n a r s e c o m o d i m i n u t o s d i a p a s o n e s , c a d a u n o d e los cua-les es sens ib le a la r a d i a c i ó n d e u n a f r ecuenc i a y n o a la de o t r a s ) . E s t o s r e s o n a d o r e s a b s o r b e n ener -gía d e la r a d i a c i ó n , y la p r e g u n t a d e P l a n c k f u e : ¿ c ó m o d e p e n d e la e n e r g í a a b s o r b i d a p o r c a d a re-s o n a d o r d e s u f r ecuenc i a? ¿ C u á l es la d i s t r i b u c i ó n d e f r ecuenc ia s d e la e n e r g í a e n los r e s o n a d o r e s ?

Así p l a n t e a d o , el p r o b l e m a d e P l a n c k e r a m u y s i m i l a r a l d e B o l t z m a n n , y P l a n c k ap l i có as í l a s t écn icas p r o b a b i l i s t a s d e é s t e . H a b l a n d o en t é r m i -n o s genera les , P l a n c k u t i l i zó la t e o r í a d e la p r o b a -b i l i d a d p a r a c a l c u l a r la p r o p o r c i ó n d e r e s o n a d o r e s q u e se a s i g n a b a a c a d a u n a d e las d i s t i n t a s celdi-l las , de la m i s m a m a n e r a q u e B o l t z m a n n h a b í a


p i d a m e n t e . E l t r a b a j o q u e se a c a b a de d e s c r i b i r se rea l izó a l final d e 1900. Seis a ñ o s m á s t a r d e , a m e d i a d o s de 1906, o t r o s d o s f ís icos a r g u m e n t a r o n q u e el r e s u l t a d o de P l a n c k n o p o d í a a l c a n z a r s e si-g u i e n d o su m é t o d o . S e r e q u e m a u n a a l t e r a c i ó n pe-q u e ñ a p e r o a b s o l u t a m e n t e c ruc ia l . N o e r a p o s i b l e a d m i t i r q u e los r e s o n a d o r e s e s t u v i e r a n s i t u a d o s e n c u a l q u i e r p u n t o d e l a l ínea c o n t i n u a d e la ener -gía, s ino ú n i c a m e n t e e n l a s d iv i s iones e n t r e las celdi l las . E s t o es , u n r e s o n a d o r p o d r í a t e n e r ener -gía O, E, 2e, 3s, y as í s u c e s i v a m e n t e , p e r o n o ( l / 3 ) e , ( 4 / 5 > , e tc . Un r e s o n a d o r n o c a m b i a b a s u ene rg ía de f o r m a c o n t i n u a , s ino m e d i a n t e s a l t o s d i s c o n t i n u o s d e t a m a ñ o E o u n m ú l t i p l o de s.

D e s p u é s de e s t a s a l t e r a c i o n e s , el a r g u m e n t o d e P l a n c k e r a a l a vez p o r c o m p l e t o d i f e r e n t e y el m i s m o . Desde u n p u n t o d e v i s t a m a t e m á t i c o , e r a v i r t u a l m e n t e i dén t i co , t e n i e n d o c o m o consecuen-cia q u e d u r a n t e a ñ o s h a s i d o u n p r o c e d i m i e n t o h a b i t u a l leer el a r t í c u l o d e P l a n c k de 1900 c o m o si p r e s e n t a r a el a r g u m e n t o m o d e r n o p o s t e r i o r . P e r o f í s i c a m e n t e las e n t i d a d e s a las q u e la der iva-c ión se ref iere s o n m u y d i fe ren tes . E n p a r t i c u l a r , el e l e m e n t o e h a p a s a d o de se r u n a d iv i s ión m e n t a l de la ene rg ía t o t a l a u n á t o m o s e p a r a b l e d e ene rg ía física, del c u a l c a d a r e s o n a d o r p u e d e t e n e r 0, 1 , 2 , 3, u o t r o n ú m e r o . La figura 6 i n t e n t a c a p t u r a r e se c a m b i o d e u n m o d o q u e sug i e r a su s e m e j a n z a c o n la b a t e r í a v u e l t a del r evés d e m i e j e m p l o a n t e r i o r . U n a vez m á s , la t r a n s f o r m a c i ó n es su t i l y difícil de ve r , p e r o , t a m b i é n u n a vez m á s , el c a m b i o es i m p o r t a n t e . E l r e s o n a d o r h a s i d o ya t r a n s f o r m a d o

c a l c u l a d o la p r o p o r c i ó n d e las m o l é c u l a s . S u solu-c ión co inc id ía c o n los r e s u l t a d o s e x p e r i m e n t a l e s m e j o r q u e c u a l q u i e r o t r a c o n o c i d a e n t o n c e s o aho-r a , p e r o s u r g i ó u n a i n e s p e r a d a d i f e renc ia e n t r e su p r o b l e m a y el de B o l t z m a n n . E n el de B o l t z m a n n , el t a m a ñ o d e la ce ld i l la s p o d í a t e n e r m u c h o s valo-r e s d i f e ren te s s in q u e c a m b i a r a el r e s u l t a d o . Aun-q u e los v a l o r e s p e r m i t i d o s e s t a b a n l i m i t a d o s , es dec i r , n o p o d í a n se r d e m a s i a d o g r a n d e s o d e m a -s i a d o p e q u e ñ o s , h a b í a d i s p o n i b l e s u n a inf in idad de va lo re s s a t i s f ac to r i o s e n t r e d i c h o s l ím i t e s . E l p r o b l e m a d e P l a n c k r e s u l t ó s e r d i f e r en t e : o t r o s a s p e c t o s d e la f ísica d e t e r m i n a b a n el t a m a ñ o de la ce ld i l la . Pod í a t e n e r u n ú n i c o va lo r , d a d o p o r la f a m o s a f ó r m u l a e=/zv , d o n d e v es la f r e c u e n c i a de l r e s o n a d o r , y h es l a c o n s t a n t e u n i v e r s a l c o n o c i d a e n lo suces ivo p o r el n o m b r e d e P l a n c k . P o r su-p u e s t o , P l a n c k n o c o m p r e n d í a p o r q u é h a b í a r e s -t r i c c iones e n el t a m a ñ o d e la celdi l la , p e r o t u v o u n a f u e r t e c o r a z o n a d a a l r e s p e c t o q u e i n t e n t ó de-s a r r o l l a r . S in e m b a r g o , e x c e p t u a n d o e s e e n i g m a r e s i d u a l , h a b í a r e s u e l t o s u p r o b l e m a , y s u m a n e r a de e n f o c a r la c u e s t i ó n segu ía s i e n d o m u y p a r e c i d a a la de B o l t z m a n n . E n p a r t i c u l a r , y é s t e es el as-p e c t o c ruc ia l e n e s t e m o m e n t o , e n a m b a s solucio-n e s la d iv i s ión d e la e n e r g í a t o t a l E e n ce ld i l las d e t a m a ñ o * e r a u n a d iv is ión m e n t a l e f e c t u a d a c o n p r o p ó s i t o s e s t ad í s t i co s . Las m o l é c u l a s y los reso-n a d o r e s p o d í a n e s t a r s i t u a d o s e n c u a l q u i e r p u n t o de la l ínea y e s t a b a n g o b e r n a d o s p o r t o d a s l a s leyes o r d i n a r i a s de la f ís ica c lás ica .

E l r e s t o d e la h i s t o r i a p u e d e c o n t a r s e m u y rá-

84 ¿QUE SON LAS REVOLUCIONES CIENTÍFICAS?

i • i i i i i

I I I I I I 1 < • > I I I I

1 1

I I

e

d e u n a c l a se f ami l i a r d e e n t i d a d g o b e r n a d a p o r leyes c l á s i cas o r d i n a r i a s a u n a e x t r a ñ a c r i a t u r a c u y a m i s m a ex i s tenc ia es i n c o m p a t i b l e c o n los m o d o s t r a d i c i o n a l e s de h a c e r f ís ica. C o m o es b i e n s a b i d o , c a m b i o s de l m i s m o t i po t u v i e r o n l u g a r du-r a n t e o t r o s ve in t e a ñ o s a m e d i d a q u e se i b a n des-c u b r i e n d o f e n ó m e n o s n o c lás icos s i m i l a r e s e n o t r a s p a r t e s de l c a m p o .

N o i n t e n t a r é d i s c u t i r e sos c a m b i o s p o s t e r i o r e s ; e n su l u g a r , c o n c l u i r é e s t e e j e m p l o , el ú l t i m o , a p u n t a n d o o t r o t i p o d e c a m b i o q u e t u v o l u g a r c o n el t r a b a j o d e P l a n c k . Al d i s c u t i r los e j e m p l o s an-t e r i o r e s s e ñ a l é q u e las r e v o l u c i o n e s i b a n a c o m p a -ñ a d a s p o r c a m b i o s en el m o d o e n q u e t é r m i n o s c o m o « m o v i m i e n t o » o « e l e m e n t o d e b a t e r í a » se c o n e c t a b a n c o n la n a t u r a l e z a . E n e s t e ú l t i m o e jem-p lo t u v o l u g a r r e a l m e n t e u n c a m b i o e n l a s pa la-b r a s m i s m a s , u n c a m b i o q u e s u b r a y a e sa s ca rac-t e r í s t i c a s d e la s i t uac ión física q u e la r e v o l u c i ó n h a b í a h e c h o m á s i m p o r t a n t e s . C u a n d o P l a n c k se p e r s u a d i ó p o r fin> a l r e d e d o r d e 1909, d e q u e la

¿QUÉ SON LAS REVOLUCIONES CIENTÍFICAS? 8 5

d i s c o n t i n u i d a d h a b í a l l egado a la f ís ica p a r a que-d a r s e , p a s ó a u t i l i z a r u n v o c a b u l a r i o q u e h a s ido h a b i t u a l d e s d e e n t o n c e s . P r e v i a m e n t e se h a b í a re-fe r ido al t a m a ñ o E d e la ce ld i l la c o m o el « e l e m e n t o d e energ ía» . A h o r a , e n 1909, c o m e n z ó a h a b l a r re-g u l a r m e n t e , en su l u g a r , de l « c u a n t o d e ene rg ía» , p u e s «cuan to» , ta l y c o m o s e u t i l i z a b a e n l a física a l e m a n a , e r a u n e l e m e n t o s e p a r a b l e , u n a e n t i d a d s i m i l a r a u n á t o m o q u e p o d í a ex i s t i r p o r sí m i s m a . M i e n t r a s q u e e h a b í a s i do s i m p l e m e n t e el t a m a ñ o d e u n a s u b d i v i s i ó n m e n t a l , n o h a b í a s i do u n c u a n -to s ino u n e l e m e n t o . T a m b i é n e n 1909 P l a n c k a b a n -d o n ó la a n a l o g í a a c ú s t i c a . Las e n t i d a d e s q u e h a b í a i n t r o d u c i d o c o m o « r e s o n a d o r » a h o r a se con-v i r t i e r o n en «osc i l adores» , u n t é r m i n o n e u t r a l q u e só lo se ref iere a c u a l q u i e r e n t i d a d q u e v i b r a regu-l a r m e n t e . P o r c o n t r a s t e , « r e s o n a d o r » se ref iere e n p r i m e r l u g a r a u n a e n t i d a d a c ú s t i c a , o p o r ex ten-s ión a u n v i b r a d o r q u e r e s p o n d e d e m a n e r a gra-d u a l a la e s t i m u l a c i ó n , a u m e n t a n d o y d i s m i n u y e n -d o su v i b r a c i ó n c o n el e s t í m u l o a p l i c a d o . P a r a u n o * q u e c re ía q u e la e n e r g í a c a m b i a d e m a n e r a dis-c o n t i n u a , « r e s o n a d o r » n o e r a u n t é r m i n o p rec i sa -m e n t e a p r o p i a d o , y P l a n c k lo a b a n d o n ó a p a r t i r d e 1909.

E s t e c a m b i o de v o c a b u l a r i o conc luye m i t e r c e r e j emplo . E n vez d e d a r o t r o s c o n c l u i r é e s t a dis-c u s i ó n i n v e s t i g a n d o q u é c a r a c t e r í s t i c a s del cam-b i o r e v o l u c i o n a r i o man i f i e s t an los e j e m p l o s p ro -p u e s t o s . Las r e s p u e s t a s p u e d e n c las i f icarse e n t r e s a p a r t a d o s y s e r é r e l a t i v a m e n t e b r e v e s o b r e c a d a u n o de e l los . N o e s toy lo su f i c i en t emen te p r e p a r a -


d o c o m o p a r a p r o p o r c i o n a r la e x t e n s a d i s c u s i ó n q u e r e q u i e r e n .

U n p r i m e r c o n j u n t o d e c a r a c t e r í s t i c a s c o m p a r -t i d a s se m e n c i o n ó ca s i al c o m i e n z o d e e s t e a r t í cu -lo. Los c a m b i o s r e v o l u c i o n a r i o s s o n e n u n s e n t i d o ho l i s t a s . E s t o es , n o p u e d e n h a c e r s e p o c o a p o c o , p a s o a p a s o , y c o n t r a s t a n as í c o n los c a m b i o s nor -m a l e s o a c u m u l a t i v o s , c o m o p o r e j e m p l o el des-c u b r i m i e n t o d e la ley d e Boyle . E n el c a m b i o no r -m a l , s i m p l e m e n t e se r ev i sa o a ñ a d e u n a ú n i c a ge-ne ra l i zac ión , p e r m a n e c i e n d o i d é n t i c a s t o d a s las d e m á s . E n el c a m b i o r e v o l u c i o n a r i o , o b i e n se vive p o n l a i n c o h e r e n c i a o b i e n se r e v i s a n a u n t i e m p o v a r i a s gene ra l i zac iones i n t e r r e l a c i o n a d a s . Si e s t o s

. m i s m o s c a m b i o s se i n t r o d u j e r a n p a s o a p a s o , n o h a b r í a n i n g ú n l u g a r i n t e r m e d i o e n el q u e p a r a r s e . Só lo los c o n j u n t o s d e gene ra l i z ac iones in ic ia l y final p r o p o r c i o n a n u n a exp l i cac ión c o h e r e n t e d e la n a t u r a l e z a e i nc luso en m i ú l t i m o e j e m p l o , q u e es el m á s a p r o x i m a d a m e n t e a c u m u l a t i v o d e los t r e s , n o se p u e d e s i m p l e m e n t e c a m b i a r la desc r ip -c ión del e l e m e n t o d e ene rg í a E. Debe c a m b i a r s e a d e m á s la n o c i ó n d e r e s o n a d o r , p u e s los r e sona -d o r e s , en c u a l q u i e r a c e p c i ó n n o r m a l del t é r m i n o , n o p u e d e n c o m p o r t a r s e c o m o e n t i d a d e s q u e sólo a d m i t e n v a l o r e s d i s c r e t o s d e ene rg í a . S i m u l t á n e a -m e n t e , p a r a p e r m i t i r e s t a n u e v a c o n d u c t a d e b e n c a m b i a r s e las leyes d e la m e c á n i c a y d e l a t e o r í a e l e c t r o m a g n é t i c a , o a l m e n o s i n t e n t a r l o . Del mis -m o m o d o , e n el s e g u n d o e j e m p l o n o se p u e d e s im-p l e m e n t e c a m b i a r la i dea de l o r d e n d e l o s com-p o n e n t e s d e u n e l e m e n t o d e b a t e r í a . La d i r e c c i ó n

d e la c o r r i e n t e , el p a p e l de l c i r c u i t o e x t e r n o , el c o n c e p t o d e r e s i s t e n c i a e léc t r i ca , etc . , d e b e n cam-b i a r s e t a m b i é n . O, i n s i s t i e n d o e n e s t e p u n t o , e n el ca so d e la f ís ica a r i s t o t é l i c a n o p u e d e s imple-m e n t e d e s c u b r i r s e q u e u n vac ío es p o s i b l e o q u e el m o v i m i e n t o es u n e s t a d o , n o u n cambio-de-es-t a d o . U n a i m a g e n i n t e g r a d a d e v a r i o s a s p e c t o s d e la n a t u r a l e z a t i ene q u e c a m b i a r s e a la vez.

U n a s e g u n d a c a r a c t e r í s t i c a d e e s t o s e j e m p l o s e s t á e s t r e c h a m e n t e r e l a c i o n a d a c o n la p r i m e r a . E s la q u e en el p a s a d o h e d e s c r i t o c o m o c a m b i o d e s ignif icado y q u e a q u í h e e s t a d o d e s c r i b i e n d o de u n a m a n e r a u n p o c o m á s específ ica, c o m o u n c a m b i o e n el m o d o en q u e las p a l a b r a s y las f rases se r e l a c i o n a n c o n la n a t u r a l e z a , es dec i r , u n cam-b io en el m o d o e n q u e se d e t e r m i n a n s u s re fe ren-tes . S in e m b a r g o , i n c l u s o e s t a v e r s i ó n es u n p o c o d e m a s i a d o gene ra l . C o m o e s t u d i o s r e c i e n t e s s o b r e la r e f e r enc i a h a n r e s a l t a d o , t o d o lo q u e se c o n o c e d e los r e f e r e n t e s d e u n t é r m i n o p u e d e s e r ú t i l p a r a r e l a c i o n a r ese t é r m i n o c o n la n a t u r a l e z a . U n a p r o p i e d a d r e c i é n d e s c u b i e r t a d e la e l ec t r i c i dad , d e la r a d i a c i ó n , - o d e los e fec tos d e la fue rza s o b r e el m o v i m i e n t o p u e d e s e r n e c e s a r i a e n lo suces ivo ( j u n t o c o n o t r a s , u s u a l m e n t e ) p a r a d e t e r m i n a r la p r e s e n c i a d e l a e l ec t r i c i dad , d e l a r a d i a c i ó n o la fue rza , y a s í iden t i f ica r los r e f e r e n t e s de l t é r m i n o c o r r e s p o n d i e n t e . N o es n e c e s a r i o q u e e s t o s descu-b r i m i e n t o s s e a n r e v o l u c i o n a r i o s , y p o r lo g e n e r a l n o lo son . T a m b i é n l a c ienc ia n o r m a l a l t e r a el m o d o e n q u e los t é r m i n o s se r e l a c i o n a n c o n l a n a t u r a l e z a . P o r c o n s i g u i e n t e , l o q u e c a r a c t e r i z a


a las r e v o l u c i o n e s n o es s i m p l e m e n t e el c a m b i o e n el m o d o e n q u e se d e t e r m i n a n los r e f e r e n t e s , s i no u n a c lase d e c a m b i o a ú n m á s r e s t r i n g i d a .

Cuá l es el m e j o r m o d o d e c a r a c t e r i z a r esa cla-se r e s t r i n g i d a d e c a m b i o es u n o d e los p r o b l e m a s q u e m e o c u p a n a c t u a l m e n t e , p e r o n o t e n g o u n a so luc ión c o m p l e t a . S i n e m b a r g o , h a b l a n d o e n tér-m i n o s gene ra l e s , el c a r á c t e r d i s t i n t i v o d e l c a m b i o r e v o l u c i o n a r i o e n el l e n g u a j e es q u e a l t e r a n o sólo los c r i t e r i o s c o n los q u e los t é r m i n o s se r e l a c i o n a n c o n la n a t u r a l e z a ; a l t e r a a d e m á s , c o n s i d e r a b l e -m e n t e , el c o n j u n t o d e o b j e t o s o s i t u a c i o n e s c o n los q u e se r e l a c i o n a n e s o s t é r m i n o s . E j e m p l o s d e m o v i m i e n t o s q u e h a b í a n s ido p a r a d i g m á t i c o s p a r a Ar i s tó t e l e s — d e b e l l o t a a r o b l e , y d e e n f e r m e d a d a s a l u d — , n o e r a n m o v i m i e n t o s e n a b s o l u t o p a r a N e w t o n . E n la t r a n s i c i ó n , u n a f ami l i a n a t u r a l de jó d e s e r n a t u r a l ; s u s m i e m b r o s f u e r o n r e d i s t r i b u i -d o s e n t r e c o n j u n t o s p r e e x i s t e n t e s ; y só lo u n o de e l los c o n s e r v ó el n o m b r e a n t i g u o . A s i m i s m o , lo q u e h a b í a s i d o el e l e m e n t o u n i d a d d e l a b a t e r í a d e V o l t a y a n o e r a el r e f e r e n t e d e n i n g ú n t é r m i n o cua-r e n t a a ñ o s d e s p u é s d e s u i n v e n c i ó n . A u n q u e los su-c e s o r e s d e V o l t a se o c u p a b a n a ú n d e m e t a l e s , l íqui-d o s y el flujo d e c a r g a , l a s u n i d a d e s d e s u s aná l i s i s e r a n d i f e r en t e s y se i n t e r r e l a c i o n a b a n d e f o r m a di-f e r en t e .

Así, p u e s , lo q u e c a r a c t e r i z a a las r e v o l u c i o n e s es el c a m b i o e n v a r i a s d e las c a t e g o r í a s t axonó-m i c a s q u e s o n el r e q u i s i t o p r e v i o p a r a las , .descrip-c iones y gene ra l i z ac iones cient í f icas . A d e m á s , e se c a m b i o es u n a j u s t e n o só lo d e los c r i t e r i o s rele-

v a n t e s p a r a l a c a t e g o r i z a c i ó n , s i no t a m b i é n d e l m o d o en q u e o b j e t o s y s i t u a c i o n e s d a d a s s o n dis-t r i b u i d o s e n t r e las c a t e g o r í a s p r e e x i s t e n t e s . Ya q u e t a l r e d i s t r i b u c i ó n a fec ta s i e m p r e a m á s d e u n a ca t ego r í a , y ya q u e e sa s c a t e g o r í a s se i n t e rde -finen, e s t a c lase d e a l t e r a c i ó n es n e c e s a r i a m e n t e ho l i s t a . E s t e h o l i s m o , a d e m á s , e s t á e n r a i z a d o e n la n a t u r a l e z a del l engua je , p u e s los c r i t e r i o s rele-v a n t e s p a r a la c a t e g o r i z a c i ó n s o n ipso jacto c r i te -r i o s q u e r e l a c i o n a n los n o m b r e s d e e sa s ca tego-rías c o n el m u n d o . E l l e n g u a j e es u n a m o n e d a c o n d o s c a r a s : u n a m i r a h a c i a a fue ra , al m u n d o ; la o t r a h a c i a d e n t r o , a l reflejo de l m u n d o e n l a es-t r u c t u r a r e f e renc i a l del l engua je .

/ P a s e m o s a h o r a a l a ú l t i m a d e las t r e s ca r ac t e -r í s t i c a s c o m p a r t i d a s p o r m i s t r e s e j e m p l o s . E s la q u e m á s m e h a c o s t a d o v e r d e las t r e s , p e r o a h o r a p a r e c e la m á s o b v i a y p r o b a b l e m e n t e la q u e t i e n e m á s c o n s e c u e n c i a s . A s i m i s m o , es la q u e m á s val-d r í a la p e n a e x p l o r a r e n p r o f u n d i d a d . T o d o s m i s e j e m p l o s i m p l i c a n u n c a m b i o esenc ia l d e m o d e l o , m e t á f o r a o ana log ía : u n c a m b i o e n la n o c i ó n d e q u é es s e m e j a n t e a q u é , y q u é es d i f e r en t e . Algu-n a s veces , c o m o en el e j e m p l o d e la f ís ica d e Aris-tó te les , la semejanza* es i n t e r i o r al t e m a . Así, p a r a los a r i s t o t é l i c o s , el m o v i m i e n t o e r a u n caso espe-cial d e c a m b i o , d e m o d o q u e la p i e d r a q u e . c a e e r a como el r o b l e q u e c rece , o como la p e r s o n a reco-b r á n d o s e d e u n a e n f e r m e d a d . (Esa es la p a u t a d e s e m e j a n z a s q u e h a c e d e e s t o s f e n ó m e n o s u n a fa-mi l i a n a t u r a l , q u e los s i t ú a en la m i s m a c a t e g o r í a t a x o n ó m i c a , y q u e t u v o q u e s e r s u s t i t u i d a e n el


c o m o e j e m p l o s d e la m i s m a c o s a y, s i m u l t á n e a -m e n t e , s e p a r a d o s d e o b j e t o s y s i t u a c i o n e s c o n l a s q u e e n o t r a s c i r c u n s t a n c i a s p o d r í a n h a b e r s e con-f u n d i d o . Así, la e d u c a c i ó n d e u n a r i s t o t é l i c o a soc i a el vue lo d e u n a flecha c o n u n a p i e d r a q u e cae , y a m b o s c o n el c r e c i m i e n t o d e u n r o b l e y la r ecu-p e r a c i ó n d e la s a l u d . T o d o s s o n c a m b i o s d e e s t a d o ; su s p u n t o s finales y el t i e m p o t r a n s c u r r i d o e n la t r a n s i c i ó n s o n sus c a r a c t e r í s t i c a s s o b r e s a l i e n t e s . V i s to d e e s t a m a n e r a , el m o v i m i e n t o n o p u e d e s e r r e l a t i vo y d e b e e s t a r e n u n a c a t e g o r í a d i s t i n t a de l r e p o s o , el cua l es u n e s t a d o . A n á l o g a m e n t e , d e s d e ese p u n t o d e v i s ta , u n m o v i m i e n t o inf in i to se con-v i e r t e e n u n a c o n t r a d i c c i ó n e n los t é r m i n o s , pues -t o q u e c a r e c e d e p u n t o final.

Así p u e s , l a s y u x t a p o s i c i o n e s p a r e c i d a s a la me-t á f o r a q u e c a m b i a n e n el m o m e n t o d e u n a revo-luc ión científ ica s o n e senc ia l e s e n el p r o c e s o me-d i a n t e el q u e se a d q u i e r e el l engua j e científ ico u o t r o t i p o d e l engua je . I n c l u s o el c o m i e n z o d e la p r á c t i c a d e la c i enc ia r e q u i e r e q u e e sa a d q u i s i c i ó n o p r o c e s o d e a p r e n d i z a j e h a y a s o b r e p a s a d o u n cier-t o p u n t o . La p r á c t i c a cient íf ica i m p l i c a s i e m p r e la p r o d u c c i ó n y exp l i cac ión d e gene ra l i z ac iones s o b r e la n a t u r a l e z a ; e s t a s a c t i v i d a d e s p r e s u p o n e n

•un l engua j e c o n u n a m í n i m a r i q u e z a ; y la adqu i -s ic ión d e e se l engua j e l leva cons igo c o n o c i m i e n t o d e la n a t u r a l e z a . C u a n d o la p r e s e n t a c i ó n d e e jem-p los f o r m a p a r t e del p r o c e s o d e a p r e n d i z a j e d e t é r m i n o s c o m o « m o v i m i e n t o » , « e l e m e n t o d e ba -t e r í a »> o « e l e m e n t o d e ene rg í a» , lo q u e s e a d q u i e r e es conocfe«fcsnto de l l engua j e y del m u n d o a la vez.

d e s a r r o l l o d e l a f ís ica n e w t o n i a n a . E n o t r a s oca-s iones la s e m e j a n z a es e x t e r i o r . Así, los r e s o n a d o -r e s d e P l a n c k e r a n como l as m o l é c u l a s d e Boltz-m a n n , o los e l e m e n t o s d e la b a t e r í a d e V o l t a e r a n como b o t e l l a s d e L e y d e n , y la r e s i s t e n c i a e r a como la p é r d i d a e l e c t r o s t á t i c a . T a m b i é n e n e s t o s c a s o s la v ie ja p a u t a d e s e m e j a n z a s t u v o q u e s e r r echa -z a d a y r e e m p l a z a d a , a n t e s de l p r o c e s o d e c a m b i o o d u r a n t e d i c h o p r o c e s o .

T o d o s e s t o s c a s o s man i f i e s t an c a r a c t e r í s t i c a s i n t e r r e l a c i o n a d a s q u e s o n f ami l i a r e s a los e s tud io -sos y e s t u d i o s a s d e la m e t á f o r a . E n c a d a c a s o dos o b j e t o s o s i t u a c i o n e s se y u x t a p o n e n y se c o n s i d e r a q u e s o n s e m e j a n t e s o el m i s m o . ( I n c l u s o u n a dis-c u s i ó n q u e fue ra s o l a m e n t e u n p o c o m á s e x t e n s a t e n d r í a q u e t e n e r en c u e n t a a d e m á s e j e m p l o s d e d e s e m e j a n z a , p u e s t a m b i é n e l los f r e c u e n t e m e n t e s o n i m p o r t a n t e s p a r a e s t a b l e c e r u n a t a x o n o m í a . ) A d e m á s , c u a l q u i e r a q u e sea su o r i g e n — u n a cues-t i ó n i n d e p e n d i e n t e q u e n o m e i n t e r e s a e n e s t e m o m e n t o — , la func ión p r i m a r i a d e t o d a s e s a s yux-t a p o s i c i o n e s es t r a n s m i t i r y m a n t e n e r u n a taxo-n o m í a . Los e l e m e n t o s y u x t a p u e s t o s s o n p r e s e n -t a d o s a u n a a u d i e n c i a n o i n i c i ada p r e v i a m e n t e p o r a lgu i en q u e p u e d a y a r e c o n o c e r su s e m e j a n z a , y q u e i n s t e a e sa a u d i e n c i a a a p r e n d e r a h a c e r lo-m i s m o . S i la p r e s e n t a c i ó n t i e n e éxi to , los n u e v o s in i c i ados e i n i c i adas a p r e n d e n u n a l i s t a d e ca rac-t e r í s t i c a s s o b r e s a l i e n t e s r e s p e c t o a la r e l a c i ó n de. s e m e j a n z a r e q u e r i d a , e s t o es , u n e s p a c i o d e ca rac -t e r í s t i c a s e n el q u e los e l e m e n t o s p r e v i a m e n t e y u x t a p u e s t o s e s t á n s i e m p r e a g r u p a d o s j u n t o s


r e s i s t e n c i a o p u e s t a p o r el l engua je . L a v io l ac ión o d i s t o r s i ó n d e u n l e n g u a j e cient í f ico q u e p rev ia -m e n t e n o e r a p r o b l e m á t i c o es la p i e d r a d e t o q u e d e u n c a m b i o r e v o l u c i o n a r i o .

P o r u n a p a r t e , el e s t u d i a n t e a p r e n d e q u é s ignif ican e s o s t é r m i n o s , q u é c a r a c t e r í s t i c a s s o n r e l e v a n t e s p a r a r e l a c i o n a r l a s c o n la n a t u r a l e z a , q u é c o s a s n o p u e d e n dec i r s e d e el los so p e n a d e c o n t r a d i c c i ó n , e t c . A d e m á s , el e s t u d i a n t e a p r e n d e q u é c a t e g o r í a s d e cosas p u e b l a n el m u n d o , c u á l e s s o n s u s ca rac te -r í s t i c a s s o b r e s a l i e n t e s , y a lgo a c e r c a d e la c o n d u c -t a q u e les es p e r m i t i d a y a c e r c a d e la q u e se les p r o h i b e . E n l a m a y o r í a de l p r o c e s o d e a p r e n d i z a j e de l l engua j e e s t a s dos c lases d e c o n o c i m i e n t o —co-n o c i m i e n t o d e p a l a b r a s y c o n o c i m i e n t o d e l a n a t u -r a l e z a — se a d q u i e r e n a la vez; en r e a l i d a d n o s o n e n a b s o l u t o d o s c lases d e c o n o c i m i e n t o , s i no d o s c a r a s d e u n a so la m o n e d a q u e el l e n g u a j e p r o p o r -c iona .

La r e a p a r i c i ó n d e es te c a r á c t e r b i f r o n t e q u e el l engua j e p o s e e p r o p o r c i o n a u n final a p r o p i a d o a e s t e a r t í c u l o . Si t e n g o r a z ó n , la c a r a c t e r í s t i c a esen-cial d e las r e v o l u c i o n e s c ient í f icas es s u a l t e r a c i ó n de l c o n o c i m i e n t o d e l a n a t u r a l e z a i n t r í n s e c o a l l engua j e m i s m o , y p o r t a n t o a n t e r i o r a t o d o lo q u e p u e d e s e r c o m p l e t a m e n t e d e s c r i p t i b l e c o m o - u n a d e s c r i p c i ó n o u n a gene ra l i zac ión , cient íf ica o d e la v i d a d i a r i a . P a r a i n t r o d u c i r e n la c i enc ia el va-c ío o el m o v i m i e n t o l inea l inf ini to se r e q u e r í a n i n f o r m e s o b s e r v a c i o n a l e s q u e só lo p o d í a n f o r m u -l a r s e a l t e r a n d o el l engua je c o n el q u e se d e s c r i b í a la n a t u r a l e z a . H a s t a q u e o c u r r i e r o n e s o s c a m b i o s el m i s m o l e n g u a j e r e s i s t í a la i n v e n c i ó n e i n t r o d u c -c ión d e l a s c o d i c i a d a s t e o r í a s n u e v a s . C o n s i d e r o q u e lo q u e i n d u j o a P l a n c k a c a m b i a r « e l e m e n t o » y « r e s o n a d o r » p o r « c u a n t o » y « o s c i l a d o r » fue e s t a

pensamiento contemporÁneo thomas s. kuhn...de la pila voltaica; y de la derivación de planck de la...

Documents