pastoral familiar - outubro 2011
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Pastoral Familiar - Outubro 2011TRANSCRIPT
Estimados irmãos em Cristo Coordenadores e Assessores da Pastoral Familiar do Regional Sul II Irmãos no episcopado, saudações!
Partir de Jesus Cristo – A Assembleia do Povo de Deus, que reuniu as lideranças de todas as dioceses do Paraná, Bispos, Padres Coorde-nadores da Ação Evangelizadora, Coordena-dores Regionais dos Movimentos e Pastorais, contou com a presença do Secretário Geral da CNBB, Dom Leonardo Steiner, que nos aju-dou a reler o texto das Diretrizes Gerais (DGAE). Pelo período de quatro anos, as Dire-trizes Gerais deverão valer como um guia pa-ra todo o planejamento da Igreja e, portanto, também da nossa Pastoral Familiar. Dom Le-onardo, embora estivesse bem por dentro das cinco “urgências” da evangelização, tomou quase todo o seu tempo de exposição para tratar do capítulo inicial das DGAE. O nosso ponto de partida é Jesus Cristo. É o encontro com Ele que nos põe a caminho da missão, da vida sacramental, da vivência eclesial e da prática da vida cristã quotidiana. Com fre-quência damos isso por entendido e partimos para planejar nossas reuniões e liturgias e promoções e até caridades. Mas nem sempre isso está tão entendido, assim. Se ele não for uma presença viva, constante e decisiva em nosso agir cristão, é certo que em pouco tempo nossas estratégias pastorais morrem, o compromisso se quebra a toa, a vaidade toma conta do palco, qualquer contratempo põe tudo a perder.
Olhar com os olhos dele – Presença viva de Cristo não quer dizer explosão sentimental
nem milagres a céu aberto. Estas coisas estão aí sendo mostradas na televisão, como mar-keting de fé, como técnica para encher tem-plos, mas passam longe da verdadeira experi-ência evangélica de encontrar-se, frente a frente, com a pessoa de Jesus Cristo, deixá-lo falar, surpreender o modo como ele dialoga com o Pai e, sobretudo, com que olhos ele o-lha para cada pessoa ao seu redor. Ele confia e se entrega nas mãos do Pai. Decorre disso a entrega que faz da sua vida, em amor, servi-ço, iluminação, perdão. Entregar-se na cruz é só um resumo de uma vida já entregue, em cada encontro, em cada palavra, em toda a-ção. Casais passam, por vezes, a vida inteira para conhecer quem vive ao seu lado, dia a dia. Não raro descobrem, depois de anos, que não tinham conhecimento verdadeiro e pro-fundo de seu cônjuge. Será que podemos di-zer com certeza, a respeito dele, Cristo, que é o amor da nossa alma, que experimentamos de fato a sua presença constante em nós?
Planejando as atividades – Aqueles que par-ticipam de uma atividade pastoral têm, sem-pre, muitas reuniões, organizam coisas, se preocupam com recursos, traçam estratégias, agenda cheia. Sem dúvida isso é sinal de vida. Mas, vamos deixar um espaço privilegiado pa-ra Ele, Jesus Cristo, presidir as nossas ativi-dades. Ouvi-lo com calma, encontrá-lo na o-ração e na vida, gostar de estar com ele em nossas reuniões, encontrá-lo na intimidade do silêncio, é esse o ponto de partida para tudo o que formos fazer. Maria Santíssima, aquela que “guardava as ações de Deus meditando-as no coração” (Lc 2,19), nos mostre como encontrar o cami-nho para realizar nossa missão. Paz e Bem!
Dom João Bosco, O.F.M.
Bispo de União da Vitória
CNBB – REGIONAL SUL 2 – BOLETIM ON LINE – OUTUBRO DE 2011
EEDDIITTOORRIIAALL
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Pastoral Familiar – CNBB – Regional Sul 2 22
BBoolleettiimm OONN LLIINNEE ddaa PPaassttoorraall
FFaammiilliiaarr ddoo RReeggiioonnaall SSuull IIII -- CCNNBBBB
RRuuaa SSaallddaannhhaa MMaarriinnhhoo,, 11226666 –– 8800443300--116600
CCuurriittiibbaa –– PPRR –– TTeell..::((4411)) 33222244--77551122
DDoomm JJooããoo BBoossccoo BBaarrbboossaa ddee SSoouussaa
BBiissppoo ddee UUnniiããoo ddaa VViittóórriiaa--PPRR
RReepprreesseennttaannttee EEppiissccooppaall
EE--mmaaiill:: ddoommbboossccoo@@ddiioocceesseeuunniivviittoorriiaa..oorrgg..bbrr
DDiiáácc.. JJuuaarreess CCeellssoo KKrruumm
AAsssseessssoorr RReeggiioonnaall
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TTuuddoo mmaall,, ggrraaççaass aa DDeeuuss Sednir Edely*
Um questionamento de Rubem Alves em um de seus artigos me chamou a atenção. Ele conta em um de seus artigos ao correio Popular que ao perguntar para uma balconista se ela estava bem recebeu como resposta, “tudo bem, graças a Deus”. Então ele fez outra pergunta “e se vo-cê não estivesse bem seria graças a quem?”. Rubem Alves conclui dizendo que nunca ouviu ninguém dizer: ”Vou mal, graças a Deus”. Eu sim. Nem sempre nessas palavras, mas sim, te-nho ouvido pessoas agradecendo a Deus pelos revezes da vida. Mais do que isso tenho visto gente utilizando de tropeços, topadas, e tom-bos para avaliar se seguem na direção correta. Muitos após o tombo, apesar da dor dos esfo-lados, tem levantado as mãos para o céu em a-gradecimento já que um pouco mais e cairiam em um abismo ou entrariam por caminhos sem volta. Quando São Paulo ensina aos efésios “Em tudo dai graças” temos a impressão que a or-dem é sermos agradecidos por todos os favores concedidos por Deus. Engano. O agradecimento que nos pede o apóstolo é sim pelo que nos foi concedido, mas também pelo que nos foi nega-do. “Tudo é tudo” ensina o Padre Jonas Abib sem medo da redundância, e nesse tudo tenho visto incluído casamentos fracassados, desem-prego, doenças e até falecimentos. Após cada retiro de espiritualidade e formação, tenho vis-to pessoas entendendo o porquê tiveram que passar por situações desagradáveis na vida e de
que forma essas experiências podem ser utili-zadas para buscar e permanecer com o que re-almente importa. Descobrem que nossa visão é curta. Descobrem que nada sabemos do que es-tá além da esquina e que só Deus tem a visão total de nosso caminho. Não sei o que passou pela cabeça de nosso pequeno Francisco en-quanto eu segurava suas pernas e braços para que ele não impedisse aquela enfermeira de lhe aplicar a primeira vacina. Com menos de um ano e com todos contra ele, até mesmo o pai, ele tinha a pele perfurada por uma enorme agu-lha. Com o entendimento correto sobre o que ocorria talvez entendesse porque eu estava chorando e quem sabe se falasse ainda poderia dizer: “Doeu, graças a Deus”.
"Tudo concorre para o bem dos que
amam a Deus" (Rm 8, 29)
*Sednir Edely de Lima Tápia coordena junto com a
esposa Maristela Pezzini Tápia o Setor Casos Especiais da
Pastoral Familiar no Regional Sul II (Paraná)
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Pastoral Familiar – CNBB – Regional Sul 2 33
O excesso é ruim Maria Regina Canhos Vicentin
Muitas pessoas me procuram para aconselha-
mento, pois sabem que sou psicóloga cristã e,
assim, buscam uma orientação em conformi-
dade com os ensinamentos bíblicos. Todavia,
o que em princípio poderia parecer uma defe-
rência da qual talvez devesse me orgulhar, tem
se revelado causa de aborrecimentos. Isso por-
que a hipocrisia continua tão presente quanto
nos tempos de Jesus. Ora, todo mundo sabe
que Cristo condena o pecado, mas sempre se
mostra misericordioso com o pecador. Os homens, ao contrário, pecam às escondidas; e
quando acontece de alguém ser surpreendido
no erro, apedrejam esse irmão sem piedade ou
perdão.
Dessa forma, com honrosas exceções, costu-
mam existir os sortudos (que fazem, porém,
ninguém sabe) e os azarados (que são flagra-
dos na prática do erro e apedrejados pelos sor-
tudos). Depois do auê, os sortudos forçam uma leitura fundamentalista da situação. Ah,
façam-me um favor, não me peçam para com-
pactuar com isso. Aliás, nem me procurem
para isso, pois não tenho pedras nas mãos.
Penso que o pecador merece tanto respeito
quanto o santo, e mesmo Deus parece amá-los
de igual forma, a ponto de deixar um rebanho
inteiro para ir atrás da ovelha que se perdeu
(Lc 15, 1-7).
Todo o excesso é ruim. A religião não pode
ser usada para condenar e proscrever o peca-
dor, mas deve agregá-lo à comunidade, já que
visa à salvação das almas. Usar a religião para
discriminar, culpabilizar ou amedrontar
alguém é pecado tão grave quanto descumprir
qualquer das leis de Deus, pois a maior delas é o amor (I Cor 13, 1-8a). A intolerância afasta
aqueles que mais precisam de uma palavra
amiga. Devemos buscar a santidade sim, mas
sem nos ufanar; cientes da nossa pequenez, da
nossa fragilidade. Graças ao Pai, não fomos
nós os escolhidos para julgar nossos irmãos,
de tal sorte que deveríamos deixar de exercitar
esse papel cotidianamente, pois ele está desti-
nado ao justo juiz (At 10, 42). Cada qual deve se ocupar da própria vida,
buscando o aperfeiçoamento na prática do
bem. Se quiserem constranger, humilhar ou
condenar alguém, não contem comigo. Saibam
que também não sou santa, e constantemente
me penitencio diante de Deus para que tenha
misericórdia de mim. Viver a religião é viver o
amor ao Pai e ao próximo. Esse amor se revela
através da compaixão para com os mais neces-sitados, entre eles, o pecador.
É necessário ter quem oriente na caminhada,
isso é fato. Guias sinalizam o caminho e po-
dem até dar sugestões, mas a escolha é indivi-
dual, e cada um deve optar conforme lhe con-
vém. Caso enveredemos por um caminho
tortuoso e, arrependidos, queiramos voltar
para tomar outro rumo, não compete aos guias
esconderem as placas referenciais, e sim no-
vamente apresentá-las para que possam ser
apreciadas pelos peregrinos. Lembremo-nos
sempre disso, para que nossa cruz não fique
mais pesada do que deveria ao longo da jorna-
da. Maria Regina Canhos Vicentin (e.mail: [email protected]) é
escritora. Acesse e divulgue o site da autora: www.mariaregina.com.br
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Pastoral Familiar – CNBB – Regional Sul 2 44
CCoooorrddeennaaççããoo ddaa CCoommiissssããoo
RReeggiioonnaall ddaa PPaassttoorraall FFaammiilliiaarr
rreeuunniiuu--ssee eemm MMaarriinnggáá
A Coordenação da CRPF (Comissão
Regional da Pastoral Familiar) do Regi-
onal Sul II da CNBB esteve reunida nos
dias 10 e 11 de setembro em Maringá
para avaliar os trabalhos realizados em
cada setor em 2011 e planejar as ativi-
dades para 2012.
CASOS ESPECIAIS
Três pontos a pensar:
1. Dar continuidade
com as datas dispo-
níveis para formação
nas Dioceses que
ainda não aconteceram;
2. Formações Provinciais; 3. Encontro
com o Clero.
Ainda serão definidas as datas para os
encontros provinciais.
FORMAÇÃO Será elaborado um cadastro das pessoas
que podem dar formação, cada um com
suas habilidades.
Serão anali-
sados os
subsídios
para estudar
a possibili-
dade de
transforma-
ção em livros, iniciando com o setor Ca-
sos Especiais.
Far-se-á um retiro de Renovação Famili-
ar que poderá ser reproduzido nas Dio-
ceses e nas Paróquias.
Contribuições com matérias para o bole-
tim on-line da Pastoral Familiar.
Cinco urgências que o nacional coloca
para os regionais:
1.Perspectiva missionária;
2. Aprofundamento da Fé cristã;
3.Iluminação bíblica;
4.Cuidado com as comunidades;
5.Vida plena para todas as pessoas.
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PRÉ MATRIMÔNIO
Foram disponibilizadas
as datas para trabalhar
o conteúdo de pré-
matrimônio nas dioce-
ses em 2012.
DEFESA DA VIDA
Algumas sugestões de a-
tividades para a Semana
Nacional da Vida:
1. Missas diárias nas co-
munidades e santuário;
2. Terço pela vida;
3. Hora Santa na Co-
munidade;
4. Cartaz e Revista “Hora da Vida”;
Palestras e/ ou Peças Teatrais abordando
o tema da Semana Nacional da Vida. E
ainda a Oração pela Vida para ser lida
em todas as Missas na
Semana Nacional da
Vida.
Wilton enviará ma-
terial por e-mail para
todas as províncias e ou-
tros serão disponibilizados no
site www.defesadavidalondrina.org.br.
PÓS MATRIMÔNIO
Será feita consulta as Di-
oceses sobre formação
para Agentes do Se-
tor Pós Matrimônio
nos dias 29 e 30 de
outubro com o casal
André Luiz e Rita Kawahala, autores do
livro “Encontros para Novos Casais”.
ENCONTRO MUNDIAL DAS
FAMÍLIAS
Que acontecerá em
Milão em 01, 02 e
03/06/2012 onde o
valor será de R$
10.790,00 ou US$
6,166.00, sendo Dom
João o dirigente espi-
ritual.
CONGRESSO DA PASTORAL
FAMILIAR
do Regional Sul II será melhor avaliado
com relação a preço e local, pois o or-
çamento inicial para hospedagem e re-
feição foi considerado acima da reali-
dade por todos. Serão consideradas al-
ternativas como, por exemplo, início no
sábado e encerramento no domingo.
PRÓXIMA REUNIÃO
19 e 20 de novembro em Cascavel com
foco na espiritualidade e participação
dos filhos.
REUNIÕES EM 2012
A Coordenação da CRPF programou as
seguintes datas para suas reuniões em
2012:
25 e 26/fevereiro em Curitiba;
05 e 06/maio em Londrina;
04 e 05/agosto em Maringá;
10 e 11/novembro em União da Vitória
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PPEERRSSPPEECCTTIIVVAASS PPAASSTTOORRAAIISS Frei Faustino Paludo, OFMCap
O Sacramento da Penitência é uma
celebração litúrgica da Igreja. Mas o que
importa é celebrá-lo de modo que as
riquezas deste sacramento se manifes-
tem e os reconciliados se convertam em
promotores de relações reconciliadas, de
perdão e de paz.
O Documento de Aparecida reite-
ra a urgência de se valorizar o sacramen-
to da Penitência. “Como pastores, somos
chamados a fomentar a confissão
freqüente. Convidamos nossos presbíte-
ros a dedicar tempo suficiente para
oferecer o sacramento da reconciliação
com zelo pastoral e entranhas de miseri-
córdia, a preparar dignamente os luga-
res da celebração, de maneira que sejam
expressão do significado deste sacra-
mento. Igualmente, pedimos a nossos
fiéis que valorizem este presente mara-
vilhoso de Deus e se aproximem dele
para renovar a graça batismal e viver,
com maior autenticidade, o chamado de
Jesus a serem seus discípulos e missio-
nários” (DAp 177).
A valorização do sacramento da
Penitência está vinculada à qualificação
da vida cristã como vida batismal. Para
isto, faz-se necessário dar continuidade à
missão da Igreja que, à luz da Boa nova
de Jesus, enfatiza mais o amor miseri-
cordioso do Pai que o pecado, sem,
todavia, descuidar da autêntica consci-
ência sobre o sentido e as dimensões do
pecado.
Há regiões em que o sacramento da
Penitência “está em baixa” ou diminuiu,
pelo fato de ser um sacramento desco-
nhecido no seu significado e na sua prá-
tica. Não faltam os que o buscam e dese-
jam celebrá-lo, “mas não sabem como,
nem quando e nem com quem”. Além
do mais, ele requer uma iniciação à sua
celebração e uma catequese que eduque
à prática da conversão como caminho
para a vivência do mistério pascal.
É preciso valorizar a dimensão
comunitária e social do Sacramento. A
Igreja inteira age de diversos modos no
exercício da obra da reconciliação que
Deus lhe confiou (RP. n. 8). No contexto
da atual realidade da sociedade, torna-se
urgente a necessidade da acolhida sere-
na e da disponibilidade para a escuta e o
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diálogo. Nesta perspectiva, a comunida-
de eclesial deveria apresentar alternati-
vas, propondo lugares e pessoas qualifi-
cadas para o serviço da acolhida e do
diálogo reconciliador.
Uma autêntica vida penitencial
requer qualificados momentos celebrati-
vos. Estes requerem um espaço digno e
adequado, acolhida bondosa e da
proclamação da Palavra de Deus, um
desenvolvimento harmônico e orante da
ação sacramental. Não basta realizar o
sacramento. É preciso celebrar de modo
que as pessoas, tanto os penitentes
quanto os ministros, mergulhem na
experiência da misericórdia de Deus. É
preciso aproveitar bem os gestos huma-
nos nas ações rituais do sacramento da
Reconciliação.
O resgate da vida cristã como
caminho de conversão rumo à santidade
pode ser alimentado pelas celebrações
penitenciais que, segundo o Ritual da
Penitência: “são reuniões do povo de
Deus para ouvir a sua Palavra que
convida à conversão e à renovação de
vida, proclamando também nossa liber-
tação do pecado pela morte e ressurrei-
ção de Cristo” (RP. n. 36).
Na pastoral da Penitência se faz
necessário valorizar os dias e tempos
litúrgicos que, por sua natureza, têm um
forte apelo à conversão e à penitência,
tais como: a Quaresma e o Advento. Ou
em outros momentos significativos
como: a primeira Comunhão Eucarística,
a Confirmação, o Matrimônio, as pere-
grinações, as novenas e tríduos das
festas de padroeiros, os encontros e os
retiros espirituais.
Assim, a celebração do sacramen-
to da Reconciliação será uma ação pela
qual a Igreja proclama sua fé e dá graças
a Deus pela liberdade com que Cristo
nos libertou (Gl 4,31).
Perguntas para reflexão pessoal
ou em grupos:
1. Em sua comunidade ou paróquia,
quando e como é celebrado o sacra-
mento da Penitência?
2. Como você gostaria de celebrar o
sacramento da Penitência e Reconci-
liação?
3. O que as pessoas mais valorizam na
celebração do sacramento da
Penitência?
4. O que fazer para que o sacramento
da Penitência seja mais conhecido no
seu significado e melhor celebrado?
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““UUmm pprreesseennttee ppaarraa ooss aaggeenntteess ddaa
PPaassttoorraall FFaammiilliiaarr””
Esta é a denominação unânime dos agen-tes da Pastoral Familiar que participaram do encontro/retiro que aconteceu nos dias 16, 17 e 18 de setembro 2011 na casa de retiro Monte Carmelo em Londrina. Iniciou às 19h00min horas na sexta-feira. A Cele-bração Eucarística, presidida por Pe Rafael Solano, Assessor Arquidiocesano da Pasto-ral Familiar foi a atividade de acolhida e abertura deste evento que encantou todos os participantes em cada momento ali vivi-do. Ainda na sexta, após a missa foi servi-do um delicioso jantar e na seqüência das atividades uma a Palestra com Pe Rafael, que com muita alegria e entusiasmo trouxe luz aos desafios da Igreja para realização de uma pastoral familiar intensa e vigorosa.
No sábado o casal Bosco e Eunides – Co-ordenadores do INAPAF – Instituto Nacio-nal da Pastoral Familiar- CNBB comparti-lhou seus conhecimentos e experiências pessoais, conjugais, familiares, comunitá-rias, sociais, propiciando aos presentes, momentos riquíssimos de formação e espi-ritualidade.
No domingo, Dom Orlando Brandes condu-ziu com maestria e extrema sensibilidade e espiritualidade uma manhã de retiro, mo-mentos de oração profunda, de conexão com o divino, repletos de graças. Louvado seja o Nosso Senhor Jesus Cristo por este evento, que reuniu 84 agentes da Pastoral Familiar da Arquidiocese de Londrina.
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Nossos agradecimentos a todos que colabo-raram de uma forma ou de outra, seja pales-trando, rezando, secretariando, acolhendo, cantando, animando, preparando a liturgia, decorando o ambiente, preparando as refei-ções, transportando os palestrantes.
Especialmente agradecemos ao Dom Orlan-do, Pe Rafael e ao casal Bosco e Eunides pela disponibilidade em meio a tantos com-promissos. Também a cada pároco e ou a-gente que agiu como instrumento de Deus na missão de convidar e apoiar os agentes de sua paróquia. Agradecemos e parabeni-zamos os agentes que disseram seu sim ao chamado de Deus. Rogamos à Santíssima Trindade que por intercessão da Virgem Ma-ria, da Sagrada Família, santos, santas e an-jos de Deus, derrame as graças necessárias para que o presente recebido seja comparti-lhado, multiplicado a fim de facilitar, intensifi-car, propagar e testemunhar o anúncio da salvação para a pessoa, o matrimônio e a família.
Coordenação Arquidiocesana da Pastoral Familiar – Londrina/PR
Jovens dão mais valor a internet que a namoro,
moradia e carro FELIPE VANINI BRUNING - COLABORAÇÃO PARA A FOLHA (21/9/11)
A internet passou a ser tão necessária para estu-
dantes e profissionais quanto água, comida e
moradia, segundo uma pesquisa da empresa de
tecnologia Cisco, realizada com jovens de até 30
anos em 14 países.
No Brasil, três em cada cinco estudantes e jo-
vens profissionais fizeram essa afirmação. Eles
ainda disseram que, entre um carro e a internet,
preferem acesso à rede.
Além disso, 72% dos universitários brasileiros
afirmaram que preferem navegar na internet a
namorar, ouvir música e sair com os amigos.
E essa ênfase na internet se repetiu entre univer-
sitários de países como China (59%), Espanha
(54%) e Índia (54%).
Apenas na França o namoro prevaleceu na dian-
teira das opções, com 54%.
No campo profissional, 75% da chamada gera-
ção Y brasileira afirmou não viver sem a inter-
net.
"Para essa geração, mais importante que o con-
tato físico é estar conectado o tempo todo nas
redes sociais", diz o presidente da Cisco, Rodri-
go Abreu.
"Está ocorrendo uma substituição de atividades
tradicionais pela maior conectividade."
A pesquisa indica que 70% dos jovens profis-
sionais globalmente possuem entre seus contatos
colegas de trabalho.
Para Abreu, isso significa que a utilização de re-
des no trabalho, proibida por algumas empresas,
estaria com os dias contados.
"Isso vai equivaler a impedir o funcionário de
trabalhar."
Segundo ele, empresas atentos a essas mudanças
de perfil terão mais sucesso em reter talentos.
"A internet virou um elemento essencial da vi-
da."
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Pastoral Familiar – CNBB – Regional Sul 2 1100
PALESTRAS DO XIII
CONGRESSO
FAMÍLIA, PESSOA E
SOCIEDADE Dra Maria Inês Mullen
Cada pessoa é única. Mas ao mesmo tempo
somos muito parecidos em nossos sonhos e
desejos. Além disso, cada pessoa é também
“muitas”.
Fomos criados por Deus e somos criados a
irmos nos fazendo, nos conduzindo ao longo da
nossa história e com as histórias dos outros. O
outro é que me diz quem eu sou, criamos grupos
de convivência por afinidade ou necessidade.
O grande questionamento é como definir o nos-
so rosto pessoal e comunitário? Experimentamos
algumas dificuldades neste sentido:
1- Fragmentação da experiência do viver nes-
tes tempos da pós-modernidade. É como se
vivêssemos aos cacos. Esse é um grande de-
safio para pensarmos em termos de família;
2- Individualismo que nos remete ao abismo
de nós mesmos;
3- Liquefação da vida, dos ideais e do tempo;
vivemos as provisoriedades e as incertezas;
4- A perda dos ideais éticos pela negação dos
fundamentos, dos princípios e dos valores,
já que a modernidade rompeu com os valo-
res;
5- Conformismo reducionista descomprome-
tido com a vida e a história da sociedade;
6- Materialismo, vivemos um tempo materia-
lista, que valoriza mais as coisas que as
pessoas.
Este quadro é pessimista, mas não pode tirar
nossa esperança de que, mesmo em meio às difi-
culdades, podemos reagir.
Família:
“Esse retrato de família está um tanto empoei-
rado... Ficaram traços de família perdido no
jeito dos corpos... O retrato não me responde,
ele me fita e me contempla nos meus olhos
empoeirados... já não distingo os que se foram
ou que ficaram e que viajam na minha carne...”
(Carlos Drummond de Andrade)
A família não fica de fora dos desafios anterior-
mente citados. Para muitos ser que família seja
coisa do passado, mas acreditamos que também
é coisa do presente e do futuro, porque “viaja na
nossa carne”, está latente em nós.
Um olhar honesto e corajoso, pode levar-nos a
constatações muito importantes para pensar a
Pastoral Familiar. A família assim como a
pessoa e a sociedade encontra-se fragmentada,
liquefeita, perdida, conformada, incerta.
Sabemos que a família brasileira é fruto de
muitas culturas diferentes, para que tenhamos
hoje vários modelos de família. Enquanto o
modelo dominante, assegurado pelo Estado e
pela Igreja, seja o modelo patriarcal, há vários
outros dentro do jeitinho brasileiro. Família
ideal – casal monogâmico, institucionalizados, e
seus filhos reais (ou pelo menos desejados). O
que nós sabemos, porém, é que muitas outras
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Pastoral Familiar – CNBB – Regional Sul 2 1111
formas sempre existiram por questões sociais,
culturais ou pessoais. Já outras são mais recen-
tes. Desprezá-las significa uma incapacidade de
discernir os sinais dos tempos. A partir daí
temos outros modelos:
- Os casais não institucionalizados
- Família desestruturadas psicológica e social-
mente
- Famílias poligâmicas
- Famílias de filhos adotivos
- Famílias ampliadas, com parentes e agrega-
dos morando todos na mesma casa
- Famílias em que faltam um dos pais, ou os
dois, sendo os filhos criados por parentes
- Produções independentes
- Os jovens que vivem solitariamente ou com
os pais, porque não querem se casar
- Famílias de recasados
- Famílias que não se encontram por motivos
de trabalho
- Famílias das pessoas que vivem sozinhos
- Pessoas do mesmo sexo que coabitam
- Grupos que moram juntos (repúblicas estu-
dantis, presídios, orfanatos)...
Como anunciar o Evangelho de Jesus Cristo às
famílias contemporâneas. Desde o Gênesis
vemos que a família faz parte do projeto salvífi-
co de Deus. A solidão não é uma coisa boa. A
união do casal é o começo de uma longa história
que aponta para o íntimo do próprio Deus, que é
família.
Com Jesus ouvimos a ampliação da Lei: “Eu,
porém, vos digo...”. As relações familiares en-
tram no novo esquema, do Reino do Amor, que
vai muito além dos laços de sangue: “Aquele
que faz a vontade de meu pai, este é minha mãe
e meu irmão.”. Família é comunidade de pessoas
que se amam, se respeitam e se sustentam.
O relacionamento amoroso entre os esposos,
pais e filhos são caminho para amarmos todos os
outros que encontrarmos em nosso caminho.
Amor apesar de se substantivo abstrato, só vale
se se realizar na concretude da vida. Amor é
mandamento. Amor torna o outro precioso e
único. É na família que somos convidados a
aprender a cuidarmos uns dos outros. Essas
experiências quando vividas autenticamente,
constroem solidariedade. Esse é o desafio ao
qual somos chamados.
FAMÍLIA, PESSOA E SOCIEDADE II
Padre Jorge Alves Filho
O homem
é imagem
de Deus
na socie-
dade e na
família.
Torna-se
imagem e
seme-
lhança, não só por sua humanidade, mas também
por sua comunhão: homem e mulher. É na dife-
rença que o ser humano se encontra. Seu corpo é
manifestação da sua identidade e do enriqueci-
mento recíproco a que é chamado, pois foi cria-
do no amor de Deus e deve expandir este amor.
A cultura em que vivemos é marcada por uma
filosofia na qual os homens são indivíduos que
buscam suprir suas próprias necessidades, e é
vendida a idéia de que é preciso “se dar bem”,
como se vivêssemos num universo autônomo.
Cresce também a indiferença em nossa socieda-
de, e faz parte do processo de secularização.
Como discípulos missionários, temos pela frente
o desafio de ajudarmos o homem a viver nesta
sociedade, evitando a secularização, o distanci-
amento do senso religioso, pois cremos que sem
Deus (do qual somos imagem) jamais consegui-
remos nos encontrar.
Não basta uma religiosidade somente intimista,
mas é preciso resgatar a vivência em comunida-
de: é ela que nos aproxima do princípio da co-
munhão de pessoas, para a qual fomos criados e
que nos define enquanto seres humanos.
É preciso amar profundamente a sociedade e o
homem de hoje, para ajudá-los a se encontrarem.
É preciso termos um olhar crítico sim, mas, an-
tes de tudo, abertos para o que há de bom no no-
vo. Valem os seguintes questionamentos:
- Será que a sociedade não tem nada de bom a
oferecer à família?
- Não deveríamos nos abrir às boas coisas no-
vas, sabendo “viver no mundo, sem sermos
do mundo”?
- Temos dificuldades em entender os novos
tempos?
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Pastoral Familiar – CNBB – Regional Sul 2 1122
- Será que só porque o homem pós-moderno
não segue nossos padrões, isso quer dizer que
ele também não esteja em busca da felicida-
de, da sua realização?
- Quais são os novos valores que está buscan-
do?
- Sabemos diferenciar valores de simples tradi-
ções?
- Reconhecemos que nestas realidades é que
estão se construindo os indivíduos?
Concluo com as palavras de João Paulo II: “A
família cristã é, portanto, chamada a fazer a ex-
periência de uma comunhão nova e original, que
confirma e aperfeiçoa a comunhão natural e hu-
mana. Na realidade, a graça de Jesus Cristo, «o
Primogênito entre muitos irmãos», é por sua na-
tureza e dinamismo interior uma «graça de fra-
ternidade» como a chama Santo Tomás de A-
quino. O Espírito Santo, que se infunde na cele-
bração dos sacramentos, é a raiz viva e o alimen-
to inexaurível da comunhão sobrenatural que es-
treita e vincula os crentes com Cristo, na unida-
de da Igreja de Deus. Uma revelação e atuação
específica da comunhão eclesial é constituída
pela família cristã que também, por isto, se pode
e deve chamar «Igreja doméstica».” (Familiaris
Consortio, 21)
FFAAMMÍÍLLIIAA,, PPEESSSSOOAA EE
SSOOCCIIEEDDAADDEE IIIIII Padre João Batista Libânio
Que elementos teóricos
iluminam a realidade
familiar? É preciso ter
uma abordagem dialéti-
ca que olhe e afirme o
que há de bom, e que
olhe e negue o que há
de mau. Nenhuma famí-
lia, nenhuma realida-
de humana é totalmente
positiva ou negativa.
Ao longo da história,
vemos primeiramente a
família patriarcal, que
teve seus prós e contras. Ela vinha pronta da cul-
tura, das experiências transmitidas de geração
em geração. Esta família dava segurança, cada
um sabia o seu papel. Por isso, as pessoas eram
mais maduras.
Num segundo momento esta família tradicional
foi bombardeada por quatro torpedos:
- Ciência: que pôs em crise os ensinamentos
familiares (especialmente filosofia moderna,
sociologia e psicologia)
- Subjetividade: “penso, logo existo.” (Descar-
tes). A cultura decidia por nós e agora eu
descubro que sou livre para decidir por mim
mesmo.
- Autonomia: o ser humano acha que basta-se
a si mesmo.
- Práxis: o pragmatismo, ativismo e utilitaris-
mo de Carl Marx.
““NNoossssaa ssoocciieeddaaddee
ffrraaggmmeennttaaddaa éé uumm
ccaalleeiiddoossccóóppiioo.. FFoorrmmaa
iimmaaggeennss bboonniittaass,, mmaass
ssããoo aappeennaass ccaaccooss.. ÉÉ
pprreecciissoo jjuunnttaarr ooss
ppeeddaaççooss..””
Hoje é preciso pensar na casa que construímos e
não vem mais pronta como antigamente: e ela se
constrói pelas relações. É preciso manter boas
relações porque a família não vem mais pronta,
ela vai se fazendo. Vamos trabalhar, então, os
relacionamentos! Se a criança percebe que o pai
e a mãe tem uma relação de amor e de ternura, e
que com ele mesmo, o filho, uma dialética de
carinho e limite, ele aprenderá a ter bons rela-
cionamentos. Essa é a receita para a formação
do caráter. Doçura e norma, disciplina.
Nossa sociedade fragmentada é um caleidoscó-
pio. Forma imagens bonitas, mas são apenas ca-
cos. É preciso juntar os pedaços. Olhar para a
vida e juntá-la no grande contexto do plano da
salvação. Nesta tarefa nos ajuda muito a Palavra
de Deus.
Na próxima edição continuaremos com mais palestras. Aguarde e confira.
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Pastoral Familiar – CNBB – Regional Sul 2 1133
FFoorrmmaaççããoo ddee aaggeenntteess ddaa PPaassttoorraall
FFaammiilliiaarr –– DDeeccaannaattoo LLaarraannjjeeiirraass ddoo SSuull
DDIIOOCCEESSEE DDEE GGUUAARRAAPPUUAAVVAA
Nos dia 17 e 18 de setembro na Casa de Lí-deres em Laranjeiras do Sul aconteceu o 1º retiro de Formação de Setores para Agentes da Pastoral Familiar, tivemos a participação de agentes vindos de todas as paróquias e a presença do Padre Jefferson Slussarek, as-sessor do Decanato Laranjeiras. Os temas foram muito bem desenvolvidos e de uma forma muito dinâmica, quem esteve presen-te se surpreendeu, e retornou a suas paró-quias com muitas expectativas e entusias-mado com o trabalho, podendo assim me-lhorar o que já é bom.
Parabéns aos organizadores que foram mui-to criativos e dinâmicos neste processo de formação percebe-se que cada um deu o seu
melhor, houve muita humildade com intera-tividade, respeitando as dificuldades de ca-da um e isso vai fazer a diferenças nos tra-balhos desenvolvidos daqui em diante.
Parabéns às paróquias que estiveram pre-sentes onde unidos com o mesmo objetivo: entender melhor a vontade de Deus para os trabalhos, e fazer tudo de acordo com o que manda nossa querida igreja.
Além de todos os assuntos pertinentes a agentes de pastoral também houve espaço para o período em que vivemos Santas Mis-sões Populares, temos que como agentes de pastoral apoiar e nos comprometer também com uma igreja missionária.
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Pastoral Familiar – CNBB – Regional Sul 2 1144
RReettiirroo ddee CCaassaaiiss -- DDeeccaannaattoo PPiittaannggaa
DDiioocceessee ddee GGuuaarraappuuaavvaa
Retiro de Casais realizado nos dias 09, 10 e 11 de setembro na Casa de Forma-ção São José Freinadmetz,
Tivemos a grata satisfação de contar com a participação de 40 casais vindos das di-versas paróquias que compõe o Decanato Pitanga, de nossa Diocese.
Os momentos foram variados. Descontra-ção nas atividades, humor, carinho e grande espiritualidade proporcionado pe-los agentes de Pastoral Familiar que ao mesmo tempo em que uns desenvolviam o tema os demais agentes estavam com o terço nas mãos em vigília de em oração pelas famílias envolvidas. Muita seriedade na discussão de assuntos que afetam nos-so dia-a-dia. O clima estava muito agra-dável tanto pela descontração e acolhida dos agentes como pelo sol que depois de dias de chuva deu o ar da graça para ale-grar e aquecer os três dias que farão a di-ferença para os 40 casais que ali estive-ram.
Pudemos observar casais sendo abençoa-dos. Relembrando conceitos, acertando diferenças, perdoando-se, alegrando-se juntos, orando juntos, chorando juntos. Coisas que fazem parte de um casamento sadio.
O fim da tarde de sábado foi marcado pela Celebração Eucarística com Benção das Alianças e Renovação dos votos matrimo-niais.
A participação ativa dos Padres Avelino assessor da Pastoral Familiar no decanato, Padre Adriano e Padre Paulo fizeram a di-ferença no apoio aos agentes e presença da graça na vida dos casais participantes.
Deus abençoe os coordenadores do Deca-nato Pitanga Emílio e Negibe e toda sua equipe pelo belíssimo trabalho que vem desenvolvendo em prol das famílias de nossa Diocese.
Colaboração: Gerson e Dalva
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Pastoral Familiar – CNBB – Regional Sul 2 1155
RReettiirroo ppaarraa ccaassaaiiss eemm UUnniiããoo ddaa VViittóórriiaa Fonte: catedraluniao.com
Aconteceu na Catedral Sagrado Cora-
ção de Jesus em União da Vitória nos di-
as 17 e 18 de setembro um retiro para ca-
sais. Momento de crescimento na fé troca
de experiências e oração.
O nosso agradecimento a Deus por nos
permitir esse momento de graças em nos-
sa comunidade, as pessoas que trabalha-
ram, organizaram e não mediram esfor-
ços para que tal evento pudesse aconte-
cer, aos casais que acolheram com tanto
carinho o convite de Deus e claro não
podemos esquecer a equipe da Pastoral
Familiar vinda de Guarapuava para mi-
nistrar este retiro.
Que Deus recompense a todos pelo es-
forço e dedicação. É pelo empenho e a
generosidade de tantos que conseguimos
construir um futuro melhor para nossas
famílias. Que Jesus seja o centro de nossa
vida e das nossas famílias.
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Pastoral Familiar – CNBB – Regional Sul 2 1166
BBeennttoo XXVVII:: ppeerrtteenncceerr àà IIggrreejjaa éé
qquueessttããoo sséérriiaaConvida a não ficar com uma ideia “superfici-
al” sobre a Igreja.
A Igreja não é “uma das muitas organizações
presentes numa sociedade democrática”, mas o
próprio corpo de Cristo; pertencer ao Corpo de
Cristo constitui uma “decisão séria” que cada
um tem de tomar.
O Papa fez essa afirmação no fim da tarde des-
ta quinta-feira (22/set), em Berlim, ao presidir
à celebração da missa no Estádio Olímpico,
com a presente de 70 mil católicos,no contexto
de sua viagem à Alemanha.
“Alguns olham para Igreja, detendo-se no seu
aspecto exterior – constatou o Papa – e assim
“ela aparece-lhes apenas como uma das muitas
organizações presentes numa sociedade demo-
crática; e, segundo as normas e leis desta, se
deve depois avaliar e tratar inclusive uma figu-
ra tão difícil de compreender como é a «Igre-
ja»”.
“Se depois se vem juntar ainda a experiência
dolorosa de que, na Igreja, há peixes bons e
maus, trigo e joio, e se o olhar se fixa nas rea-
lidades negativas, então nunca mais se des-
venda o grande e profundo mistério da Igreja.”
“Crescem insatisfação e descontentamento, se
não virem realizadas as próprias ideias super-
ficiais e erróneas de «Igreja» e os próprios
«sonhos de Igreja»”, disse o Papa.
Bento XVI se referiu ao evangelho recém-
proclamado: “Jesus não diz: «Vós sois a videi-
ra»; mas: «Eu sou a videira, vós os ramos». Is-
to significa: «Assim como os ramos estão li-
gados à videira, assim também vós pertenceis
a Mim! Mas, pertencendo a Mim, pertenceis
também uns aos outros»”.
Esta relação recíproca – advertiu o Papa –
“não se trata de qualquer relação ideal, imagi-
nária, simbólica, mas é – apetece-me quase di-
zer – um pertencer a Jesus Cristo em sentido
biológico, plenamente vital”.
“Ele continua a viver na sua Igreja neste mun-
do. Ele está connosco, e nós estamos com Ele.
«Porque Me persegues?»: destas palavras se
conclui que é a Jesus que ferem as persegui-
ções contra a sua Igreja. E, ao mesmo tempo,
não estamos sozinhos quando somos oprimi-
dos por causa da nossa fé. Jesus está conosco.
A Igreja é o “«universal sacramento de salva-
ção», que existe para os pecadores, a fim de
lhes abrir o caminho da conversão, da cura e
da vida. Esta é a verdadeira e grande missão da
Igreja, que Cristo lhe conferiu”, afirmou, rejei-
tando outras “visões superficiais”.
“Cada um de nós vê-se aqui confrontado com
tal decisão. E o Senhor, na sua parábola, insis-
te na seriedade da mesma: «Se alguém não
permanecer em Mim, é lançado fora, como um
ramo, e seca. Esses são apanhados e lançados
ao fogo, e ardem»”.
“A escolha aqui pedida faz-nos compreender,
de modo insistente, o significado existencial
da nossa opção de vida.”
“Ao mesmo tempo a imagem da videira é um
sinal de esperança e confiança”, pois Deus
“sabe transformar em amor mesmos as coisas
pesadas e acabrunhadoras da nossa vida. Im-
portante é «permanecermos» na videira, em
Cristo”.
“No nosso tempo de inquietação e indiferença,
em que tanta gente perde a orientação e o a-
poio; em que a fidelidade do amor no matri-
mónio e na amizade se tornou tão frágil e de
breve duração; em que nos apetece gritar, em
nossa necessidade, como os discípulos de E-
maús: «Senhor, fica connosco, porque anoite-
ce, sim, é escuro ao nosso redor!»; aqui o Se-
nhor ressuscitado oferece-nos um refúgio, um
lugar de luz, de esperança e confiança, de paz
e segurança. Onde a secura e a morte ameaçam
os ramos, aí, em Cristo, há futuro, vida e ale-
gria.” Fonte: Zenit.org
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Pastoral Familiar – CNBB – Regional Sul 2 1177
ENCONTROS DE FORMAÇÃO NA DIOCESE DE SÃO JOSÉ DOS PINHAIS
No mês de setembro, a Comissão Diocesana de
Pastoral Familiar da Diocese de São José dos Pi-
nhais promoveu dois encontros de formação para
casais agentes de Pastoral Familiar.
No dia 11 de Setembro de 2011, foi promovido no
salão da Paróquia Senhor Bom Jesus, em São José
dos Pinhais, um encontro de formação, para casais
coordenadores paroquiais da Pastoral Familiar.
Estiveram presentes vinte e três casais das diversas
paróquias, além da coordenação diocesana, asses-
sores, coordenação dos setores, palestrantes e e-
quipe de apoio. Foram apresentados temas como:
espiritualidade - necessidade do encontro pessoal
com Jesus, painéis sobre a Assembléia do Regio-
nal Sul II da Pastoral Familiar, 1º Simpósio Na-
cional da Família e XIII Congresso Nacional da
Família; motivação e liderança na Paróquia e di-
nâmica sobre o trabalho em grupo. O objetivo era
mostrar aos casais participantes os requisitos es-
senciais para o trabalho de agentes de pastoral fa-
miliar na coordenação que são a espiritualidade, a
formação contínua e o planejamento.
No dia 25 de setembro na paróquia Nossa Senhora
de Fátima em Fazenda Rio Grande foi realizada
uma formação sobre o Setor de Casos Especiais
com enfoque em Casais em Segunda União. Nesta
formação participaram 63 pessoas. Inicialmente
foi feita a apresentação do Setor de Casos Especi-
ais nos seus três subsetores: famílias em situações
conflitivas, situações irregulares e situações espe-
ciais. Em seguida o enfoque recaiu sobre a urgên-
cia no tratamento da acolhida dos casais em Se-
gunda União em nossas comunidades. Os agentes
foram esclarecidos sobre o conceito de casais em
2ª união: Casais em 2ª união são os que, tendo-se
casado uma primeira vez no rito sacramental cató-
lico (sacramento do matrimônio), posteriormente
se divorciaram, conforme as leis civis e contraí-
ram, também civilmente, novo casamento ou nova
união estável. A igreja não reconhece como válida
essa 2ª união, se o primeiro matrimônio foi válido,
porém não os abandona, mas sim incentiva o aco-
lhimento e a ação evangelizadora dessas famílias.
Na apresentação da Ação Pastoral foram expostas
as dificuldades para o acolhimento destes casais e
as principais vias para o bom acolhimento.
Os agentes conheceram a metodologia que já está
sendo implantada na diocese para a ação pastoral
com estas famílias (encontros de reflexão, reuni-
ões mensais e retiros de espiritualidade no modelo
do Bom Pastor).
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Pastoral Familiar – CNBB – Regional Sul 2 1188
A questão da nulidade matrimonial foi exposta pe-
lo Diác. Lourival, um dos Assessores da Pastoral
Familiar na diocese.
Três questões foram reforçadas durante o encon-
tro: a acolhida, a necessidade da apresentação da
misericórdia divina e da verdade aos casais que
vivem em situações irregulares. O casal Jefferson
e Ione apresentou o seu testemunho do acolhimen-
to que teve em 2004 e sua caminhada no grupo de
reflexão.
A Diocese de São José dos Pinhais promoverá o 4º
Retiro Espiritual para Casais em Segunda União
nos dias 22 e 23 de outubro na paróquia Nossa Se-
nhora das Dores em Araucária.
Por Faustino Suchla Filho e Maria Eloina Suchla.
Diocese de Guarapuava – Decanato Pinhão Pastoral Familiar de Turvo com nova coordenação
Após assumirem a coordenação da Pastoral Fa-
miliar da Paróquia Nossa Senhora Aparecida, de
Turvo, há menos de 3 meses, o casal coordena-
dor, Júlio e Eliane, montou sua equipe convi-
dando vários casais a assumirem juntamente
com eles esse desafio de trabalhar na evangeli-
zação de famílias frente à Pastoral Familiar. A-
pós movimentarem a cidade no mês de agos-
to, durante a Semana Nacional da Família, com
carreata, participação na rádio, apresentação de
peças teatrais, envolvendo também o grupo de
jovens nesse trabalho, no dia 18 de setembro a
Pastoral Familiar realizou seu 1º encontro de
Noivos.
Foi um encontro muito bem organizado, contan-
do com vários momentos que surpreenderam os
casais participantes, além dos vários assuntos
que foram abordados durante esse dia, levando
os casais a refletirem sobre a vida a dois e sobre
a importância que Deus tem dentro da família.
O casal coordenador do Decanato Pinhão, Nivia
e Marcio, esteve presente, juntamente com o se-
nhor Reinaldo, de Prudentópolis, responsável
pelo setor de casos especiais no Decanato, apoi-
ando esse início de trabalho da Pastoral Familiar
da Paróquia Nossa Senhora Aparecida, de Tur-
vo.
O Padre Luís Carlos também esteve participan-
do do evento. “Parabenizamos o empenho do
casal coordenador Júlio e Eliane, E de toda a
Pastoral Familiar, que não mediu esforços para
realizar esse encontro de Noivos, trabalho este
que já vem mostrando bons frutos”, Ressaltou
a coordenação do Decanato Pinhão.
Marcio e Nivia / Júlio e Eliane
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Pastoral Familiar – CNBB – Regional Sul 2 1199
DDiiáácc JJuuaarreess CCeellssoo KKrruumm
“A Igreja peregrina é por
sua natureza missionária.
Pois ela se origina da missão do Filho e da
missão do Espírito Santo, segundo o desíg-
nio de Deus Pai”. (AG, n.2), destacou o
Concílio Vaticano II no Decreto “Ad Gen-
tes” sobre a atividade missionária da Igre-
ja, aprovado no dia 30 de novembro de
1965.
Por sua vez, João Paulo II na Encíclica Re-
demptoris Missio – sobre a validade per-
manente do mandato missionário, de 7 de
dezembro de 1990, lembrou que “o Concí-
lio Vaticano II pretendeu renovar a vida e a
atividade da Igreja, de acordo com as ne-
cessidades do mundo contemporâneo: as-
sim sublinhou o seu caráter missionário,
fundamentando-o dinamicamente, na pró-
pria missão trinitária.”.(RM, n.1)
Dezessete anos mais tarde, o Documento
de Aparecida, de 29 de junho de 2007, ex-
plicitou que: “A Igreja é chamada a repen-
sar profundamente e a relançar com fideli-
dade e audácia sua missão nas novas cir-
cunstâncias latino-americanas e mundiais.
Ela não pode fechar-se frente àqueles que
só vêem confusão, perigos e ameaças ou
àqueles que pretendem cobrir a variedade e
complexidade das situações com uma capa
de ideologias gastas ou de agressões irres-
ponsáveis. Trata-se de confirmar, renovar e
revitalizar a novidade do Evangelho arrai-
gada em nossa história, a partir de um en-
contro pessoal e comunitário com Jesus
Cristo, que desperte discípulos e missioná-
rios. Isso não depende tanto de grandes
programas e estruturas, mas de homens e
mulheres novos que encarnem essas tradi-
ção e novidade, como discípulos de Jesus
Cristo e missionários de seu Reino, prota-
gonistas de uma vida nova para uma Amé-
rica Latina que deseja reconhecer-se com a
luz e a força do Espírito.”(DAp, n.11)
Ou seja, num período de 42 anos os docu-
mentos da Igreja resgatam o tema da mis-
são e o atualizam conforme as circunstân-
cias e prioridades que se percebem no con-
texto global ou continental.
A missão é de todos os cristãos, de todas
as dioceses, de todas as paróquias, de to-
das as instituições e organismos eclesiais.
Em primeiro lugar está a ação missionária,
chamada “missão ad gentes” que é uma a-
tividade primária e essencial da Igreja, e
que ainda não está concluída. É a tarefa
missionária mais específica que Jesus con-
fiou á Igreja e que é muito precisa: anunci-
ar o evangelho do Reino a todas as nações
(cf. Mt 28,19; Lc 24,46-48). O cumprimen-
to dessa missão não é opcional. É parte in-
tegrante da identidade cristã. Faz parte da
própria vocação.
A missão, porém, não está limitada a um
programa ou projeto. Ela exige um com-
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Pastoral Familiar – CNBB – Regional Sul 2 2200
partilhamento da experiência do encontro
pessoal com Cristo por meio do testemu-
nho e do anúncio de pessoa a pessoa, de
comunidade a comunidade e da Igreja a
todos os confins do mundo (cf. At 1,8). É a
tarefa essencial da evangelização, que con-
sidera a opção preferencial pelos pobres, a
promoção humana integral e a autêntica li-
bertação cristã. “O discípulo, à medida que
conhece e ama o seu Senhor, experimenta
a necessidade de compartilhar com outros
a sua alegria de ser enviado, de ir ao mun-
do para anunciar Jesus Cristo, morto e res-
suscitado, e tornar realidade o amor e o
serviço na pessoa dos mais necessitados,
em uma palavra, a construir o Reino de
Deus. A missão é inseparável do discipula-
do, o qual não deve ser entendido como e-
tapa posterior à formação, ainda que esta
seja realizada de diversas maneiras de a-
cordo com a própria vocação e com o mo-
mento da maturidade humana e cristã em
que se encontra a pessoa” (DAp, n. 278e).
Os leigos, que pelo batismo são incorpora-
dos a Cristo tornando-se participantes da
missão sacerdotal, profética e régia e cons-
tituem o Povo de Deus, exercem no cotidi-
ano, em seu ambiente de trabalho, de estu-
do e de lazer, na comunidade e na família,
a missão de todo o povo cristão na Igreja e
no mundo.
Com essa perspectiva, sempre se deve con-
siderar que há uma alta porcentagem de ca-
tólicos que não tem a consciência de sua
missão de ser sal da terra, fermento e luz
do mundo. Por outro lado, faz-se necessá-
rio ter um processo de iniciação à vida
cristã em nossas comunidades que comece
com o anúncio e, com a vivência da Pala-
vra de Deus, para que aconteça a experiên-
cia do encontro pessoal com Jesus Cristo.
A família é ou deve ser a escola de comu-
nhão, fonte de valores humanos, cívicos e
cristãos. É a família, juntamente com a pa-
róquia, que deve introduzir os filhos no
caminho da iniciação cristã. Ela, deve ofe-
recer aos filhos um sentido cristão para a
vida e ajudá-los a fazer seu projeto de vida,
como discípulos missionários.
A paróquia deve ser lugar de formação
permanente e que desperte uma espirituali-
dade sólida, com plena comunhão e parti-
cipação, para que todos, de fato, não só
saibam que a missão é de todos e para to-
dos, mas, que todos sejam missionários. “É
oportuno recordar que o amor se mostra
mais nas obras do que nas palavras” (DAp
386) “Nem todo aquele que diz Senhor,
Senhor...”(cf. Mt 7,21).
Cada cristão tem a tarefa prioritária de dar
testemunho do amor a Deus e ao próximo
com obras concretas, pois a missão é de
todos os cristãos.