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SUSTENTABILIDADE Da gestão florestal á reciclagem de papel MERCADOS Campanha promove papel made in Portugal VEJA MAIS EM NEGOCIOS.PT Este suplemento é da responsabilidade editorial do departamento comercial da Cofina Media, é parte integrante do Jornal de Negócios nº 2505, de 22 de maio de 2013, e não pode ser vendido separadamente negócios mais. suplemento Pasta e Papel Das florestas à produção de pasta e papel e à distribuição, o sector afirma-se cada vez mais como um motor das exportações nacionais, colocando as empresas portuguesas entre as maiores do mundo.

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SUSTENTABILIDADE Da gestão florestal á reciclagem de papel

MERCADOS Campanha promove papel made in Portugal

VEJA MAIS EM NEGOCIOS.PTEste suplemento é da responsabilidade editorial do departamento comercial da Cofina Media, é parte integrante do Jornal de Negócios nº 2505, de 22 de maio de 2013, e não pode ser vendido separadamente

negócios mais.suplemento

Pasta e PapelDas florestas à produção de pasta e papel e à distribuição, o sector afirma-se cada vez mais como um motor das exportações nacionais, colocando as empresas portuguesas entre as maiores do mundo.

Jornal de Negócios | Quarta-Feira, 15 de Maio de 2013 | Suplemento Comercial | ?

SE C T O R DA PA STA E DO PA P E L

Motor das exportações

Com uma taxa de cobertura das importações próxima dos 40%, o sector da pasta e do papel continua a expandir-se para fora da Europa

As exportações da indústria de pas-ta e papel atingiram, no ano passa-do, os 2122 milhões de euros. O sec-tor é um exportador líquido, com uma taxa de cobertura das impor-tações próxima dos 40%. Portugal exporta papel para mais de 120 países, e cada vez mais para fora da Europa.

Depois de ter investido na ex-pansão do parque industrial, o sec-tor da pasta e do papel tem aumen-tado a sua produção. Estimativas da Associação da Indústria Papeleira (Celpa) referem que a produção de papel terá crescido entre 1,0% e 1,6% no ano passado. As exporta-ções de pasta e de papel aumenta-ram 1,3% e 1,7%, respectivamente.

A indústria de pasta e papel por-tuguesa apresenta um dos mais ele-vados Valores Acrescentados em Portugal - mais de 70% - devido a va-lorizar e trabalhar matérias-primas nacionais e exportar 90% dos seus produtos. Para além disso é uma ac-tividade económica que utiliza e desenvolve tecnologias de ponta.

Em Portugal, segundo a Celpa, estão instaladas algumas das fábri-cas de papel mais evoluídas e de maior dimensão da Europa. Tam-bém a maior máquina de papel de escritório do Mundo e fábricas de pasta de referência. Além disso,

70% da energia que utilizam é reno-vável, enquanto a média europeia não ultrapassa os 58%. As empresas associadas da Celpa são responsá-veis pela gestão directa de cerca de 208 000 hectares, ou seja, 2,3% do território nacional.

Mercado de pasta em altaEm 2012, a procura total de pastas branqueadas ascendeu a 43,6 mi-lhões de toneladas, o que corres-ponde a um crescimento de cerca de 2,5% face ao ano anterior. A pro-cura caiu na Europa Ocidental, Es-tados Unidos da América e Japão, tendo crescido nas outras geogra-fias, com destaque particular para a China, cuja taxa de crescimento as-cendeu a 10%.

Ainda em Dezembro de 2012, os produtores anunciaram um au-mento de 20 dólares no preço de to-nelada de pasta, fixando o preço de venda da pasta BEKP em 800 dóla-res. Já no decorrer do mês de Feve-reiro de 2013, foi anunciado um novo aumento de 20 dólares. Em termos médios, durante o primeiro trimestre de 2013, o preço de mer-cado da pasta BEKP foi de cerca de 788 dólares por tonelada.

Ao longo de 2013 deverão entrar em funcionamento produtores com capacidade para mais de 2,2

milhões de toneladas de papéis tis-sue, sendo que mais de 60% desta ca-pacidade será localizada na China.

No primeiro trimestre de 2013 o mercado da pasta de papel registou quebra ligeira de cerca de 0,3% da procura total de pastas hardwood, que ascendeu a cerca de 6,9 milhões de toneladas.

A procura proveniente da China decresceu cerca de 3,1%, enquanto que na Europa Ocidental e nos Es-tados Unidos da América se verifi-caram crescimentos de 1,7% e de 7,6%, respectivamente. O nível de entregas face à capacidade de pro-dução de pasta hardwood de euca-lipto atingiu 92%.

O mercado mundial de papéis gráficos, por seu lado, tem sido for-temente afectado pela conjuntura económica adversa que condiciona o consumo. Os papéis finos não fi-caram naturalmente imunes a este quadro, apresentando uma quebra tanto na Europa como nos EUA, não compensada pelos ganhos nos mercados emergentes.

A redução de capacidade efec-tuada durante 2011 por alguns gru-pos do sector, por perda de compe-titividade, teve um efeito positivo sobre o mercado, cuja taxa de ocu-pação se situou nos 92%, tanto na Europa como nos EUA.

A área da floresta nacional abran-ge uma parcela de 38% da sua su-perfície total. É uma proporção muito elevada em relação ao res-to dos países, em particular da Eu-ropa.

A floresta, seja ela plantada ou natural, é essencial para o nosso bem-estar, ajudando-nos a man-ter o nosso equilíbrio mental e saúde. A sua gestão sustentável é necessária para a manutenção da biodiversidade e dos serviços dos ecossistemas. Pode mesmo cons-tituir um instrumento de conser-vação com uma relação custo/be-nefício positiva, se fora visto de forma mais abrangente. Zonas de exploração comercial mais inten-sivas podem, por exemplo, servir como zonas de tamponamento entre áreas protegidas.

De acordo com a FAO, a gestão sustentável da floresta define-se como a sua administração e uso de forma a manter a sua biodiversi-dade, produtividade, capacidade de regeneração, vitalidade e po-tencial para suprir, hoje e no futu-ro, funções ecológicas, económi-cas e sociais relevantes, ao nível lo-cal, nacional e global, que não cau-sem problemas a outros ecossis-temas. A certificação credível e in-dependente da floresta é a sua principal linha de defesa. Os seus padrões oferecem uma lista de itens que devem ser respeitados para se conseguir uma gestão sus-tentada da floresta.

A área florestal detida pelas empresas nacionais, certificada pelo Sistema Português para a Certificação da Gestão Florestal Sustentável (PEFC) e pelo Forest Stewardship Council (FSC), tem vindo a aumentar nos últimos anos. A indústria desenvolveu prá-ticas de gestão que têm permitido, por exemplo, diminuir o consumo de água por tonelada produzida, os efluentes e as emissões de CO2 e outros gases com efeito de estufa.

Na realidade, cerca de 86% da produção total de Pasta e Papel em Portugal é certificada pela ISO 14001 e 18% pela ferramenta de Auditoria de Gestão Ecológica (EMAS) da Comissão Europeia. Esta evolução foi acompanhada por constantes investimentos am-bientais. Hoje, segundo a Celpa, 100% dos produtos papeleiros têm certificação de qualidade nos processos e 80% desses produtos são certificados ambientalmente.

Uma das principais caracterís-ticas desta indústria é o seu eleva-do grau de auto-suficiência ener-gética, com a produção a ultrapas-sar o consumo em mais de 34% em 2011, e a elevada utilização de energia verde com base em bio-massa florestal. Na realidade, os produtos da indústria papeleira portuguesa são os maiores res-ponsáveis pelo aumento da área florestal verificada no último sé-culo em Portugal.

Um sector sustentável

P O R T U G A L N O TO P

• 3.º MAIOR PRODUTOR EUROPEU DE PASTAS QUÍMICAS, COM 9,2% NA PRODUÇÃO DESTE TIPO DE PASTA.

• 4.º MAIOR PRODUTOR EUROPEU DA GLOBALIDADE DAS PASTAS, COM UMA FATIA DE 6,3% DO TOTAL.

• 1.º PRODUTOR EUROPEU E O 6.º A NÍVEL MUNDIAL DE PAPEL FINO NÃO REVESTIDO (UWF), COM 16,1% DA PRODUÇÃO TOTAL.

• 11.º MAIOR PRODUTOR EUROPEU DA GLOBALIDADE DE PAPÉIS E CARTÕES, COM 2,2% DO TOTAL.

Pasta e Papel

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Jornal de Negócios | Quarta-Feira, 15 de Maio de 2013 | Suplemento Comercial | ?

Infelizmente há ainda algumas fragilidades no abastecimento na-cional da matéria-prima principal do sector, o eucalipto, por causa dos incêndios e do envelhecimento das áreas florestadas.

No entanto, a actual eficácia de resposta aos fogos, o crescente co-nhecimento silvícola e uma cada vez mais cuidadosa gestão florestal, ajudaram o sector a encarar o inves-timento de forma mais optimista.

É uma actividade económica que utiliza e desenvolve tecnologia de ponta. Em Portugal estão insta-ladas as maiores e mais evoluídas fábricas de papel da Europa. Tam-bém unidades industriais de pro-dução de pasta de referência euro-peia, como a Celbi.

Os novos equipamentos, insta-lados pelas empresas nacionais, mostram a indiscutível vitalidade do sector industrial da pasta de pa-pel em Portugal. Foi o caso daque-le que foi feito pela Portucel Sopor-cel na sua fábrica de papel de Setú-bal, que representou um investi-mento de 550 milhões de euros.

Com a entrada em funciona-mento da maior máquina de papel de escritório do Mundo, com uma capacidade de produção de 500 000 toneladas/ano, o grupo elevou a produção de papel do grupo para 1,5 milhões de toneladas anuais.

Com a entrada em funciona-mento desta unidade, a Portu-cel/Soporcel tornou-se líder euro-peu na produção de papéis finos de impressão e escrita não revestidos (UWF) e reforçou a sua capacidade exportadora.

Criou, também, 350 postos de trabalho directos. Outro exemplo foi a ampliação da Celbi, que permi-tiu a passagem gradual da produção de 300 mil toneladas para as 600 mil toneladas de pasta por ano, um investimento de cerca de 450 mi-lhões de euros.

A entrada em funcionamento da fábrica de papel tissue da AMS Goma-Camps, que consome pasta fornecida pela Celtejo através de pi-peline, em 2009, ou de uma máqui-na de nova máquina de papel tissue (MP 3) pela Fapajal, com uma ca-pacidade de produção de 20 000 t/ano, são outros exemplos da vita-lidade do sector.

Também foram realizados in-vestimentos ao nível da produção de energia eléctrica, em centrais de-dicadas e em cogeração. Os mais re-presentativos são a central de coge-ração a gás natural em Setúbal do Grupo Portucel Soporcel, central a gás natural em Viana do Castelo da Gescartão, centrais termoeléctri-cas dedicadas a biomassa na Figuei-ra da Foz e em Constância entre o Grupo Altri e a EDP, e centrais de cogeração de biomassa em Setúbal e Cacia, do Grupo Portucel/Sopor-cel.

Estes são equipamentos repre-sentativos do estado evolutivo da tecnologia da industria papeleira, operados por equipas experimen-tadas às quais as empresas deram a adequada formação.

Na sua construção também se teve em consideração, desde os estudos iniciais, o seu impacte ambiental.

Aposta na diferenciação de mercados

A dinâmica do sector da celulose e papel parece imparável, mesmo num período em que o país atravessa uma das suas piores crises de sempre

JOSÉ MIGUEL DENTINHO

A pasta de papel portuguesa – BEKP – é considerada das melho-res pastas a nível mundial devido às excelentes características morfoló-gicas e químicas da fibra de madei-ra do Eucalipto Globulus e ao eleva-do nível de sofisticação do parque industrial português.

Devido à sua elevada qualidade, o consumo da pasta tem-se estabi-lizado dentro da Europa. Mesmo as-sim, verificou-se uma variação po-sitiva ao longo do ano passado no negócio de pasta branqueada. Para além disso, houve um ligeiro incre-mento no preço médio de venda do papel.

Como a capacidade de produção nacional tem crescido de forma si-gnificativa nos últimos anos, evolu-ção com grande expressividade em 2009, onde cresceu mais de 50% e à maturidade do mercado Europeu de papel, esta indústria teve de di-versificar destinos para as exporta-ções nacionais, orientando as ven-das para fora do nosso continente.

Essa aposta levou a que Portugal tenha exportado papel para 120 paí-ses e que algumas zonas do planeta se tenham tornado mercados com valor significativo para o sector. É o caso dos Estados Unidos de América, Médio Oriente e Norte de África.

Como cerca de 90% da produção nacional se destina aos mercados externos e a maior parte da maté-ria-prima é produzida em Portugal, mais de 70% do valor acrescentado da fileira é nacional.

Pasta e Papel

PRINCIPAIS UNIDADES INDUSTRIAIS DO SECTOREUROPAC KRAFT VIANA Produz papel krafliner.

GRUPO PORTUCEL SOPORCEL CACIAProduz pasta de eucalipto branqueada (kraft).

GRUPO PORTUCEL SOPORCEL SETÚBAL Produz pasta de eucalipto branqueada (kraft) e papel de impressão e escrita não revestidos.

GRUPO PORTUCEL SOPORCEL FIGUEIRA DA FOZ Produz pasta de eucalipto branqueada (kraft) e papel de impressão e escrita não revestidos.

CELULOSE DA BEIRA INDUSTRIAL Produz pasta de eucalipto branqueada (kraft).

CELTEJO Produz pasta de eucalipto e pinho branqueadas (kraft).

CAIMA INDÚSTRIA DE CELULOSE Produz pasta de eucalipto e pinho branqueadas (sulfito).

RENOVA Papéis de uso doméstico e sanitário.

Fonte: Celpa

• Mais de 3,3 mil postos de trabalho directo.

• Largas dezenas de milhares de postos de trabalho indirecto no sector primário.

• Um volume de negócios superior a 2 mil milhões de euros.

• 3% do Valor Acrescentado Bruto nacional, 1% do PIB nacional e 4,5% do PIB industrial.

• 5,6% do total das exportações portuguesas de mercadorias e bens.

IMPORTÂNCIA DO SECTOR DE PASTA E PAPEL EM TERMOS ECONÓMICOSEm 2011, as empresas associadas da CELPA foram responsáveis por:

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• Conquista do maior distribuidor nacional de produtos away- -from-home em 2003. Melhoria de uma parceria activa, incluindo o desenvolvimento de produtos específicos. A parceria tem-se amplificado ano após ano.

• Mais que triplicar as vendas entre 2008 e 2013, apesar da crise devastadora no sector, na Península Ibérica.

• Desenvolvimento de um processo para fixação de uma baixa percentagem de carbonato na folha de papel tissue, melhorando as características e reduzindo o custo de produção. Testes industriais comprovaram o sucesso da aplicação e a patente foi requisitada.

FA PA JA L

Produtora triplicou vendasA Fapajal - Fábrica do Papel do To-jal, alcançou 24,2 milhões de euros de vendas consolidadas, incluindo a venda de energia fabricada em co-geração em 2012. Desde a sua pri-vatização, em 2005, a empresa tem vindo a crescer de forma notável, mesmo durante a época de crise que atravessamos.

Em 1999, a Fapajal facturava um pouco mais de 5,5 milhões de euros e empregava 52 pessoas. Hoje tem 116 colaboradores e prevê realizar 27 milhões de euros até ao final des-te ano.

Esta empresa foi fundada alguns anos após o terramoto de 1755. Teve, até hoje, várias designações e fabricou diversos tipos de papel. A atestá-lo está, por exemplo, a citação de Teodoro, personagem do livro “O Mandarim”, de Eça de Queiroz, que, no final do século XIX, e como amanuense do Minis-tério do Reino, lançava frases fáceis

sobre papel do “Tojal”. A partir de 1995 dedicou-se exclusivamente à produção de papel tissue, a partir de pasta virgem, em bobinas-mãe vendidas a transformadores nacio-nais e estrangeiros.

Em 1974 a Fapajal foi nacionali-zada e, no final de 1999, privatiza-da. O seu novo conselho de admi-nistração desenvolveu, desde essa altura, grandes projectos de inves-timento para adequar a Fapajal ao século XXI. Hoje, a empresa fabri-ca papéis crepados tissue a partir de pasta virgem em duas máquinas de papel. Produz também papéis tissue e liso a partir de pasta reci-clada, fabricada internamente para consumo próprio.

A Fapajal transforma uma fatia crescente de papel em produto aca-bado, destinado aos mercados ins-titucional e da restauração (away- -from-home), incluindo seca-mãos folha a folha em vários formatos,

lisos e laminados, produtos bobi-nados para higiene e limpeza de vá-rios tipos, guardanapos de vários ti-pos e formatos e toalhas de mesa e toalhetes. O excedente de bobinas-mãe é vendido a transformadores

estrangeiros e nacionais e tem, ge-ralmente, como destino a exporta-ção. Com instalações nos arredo-res de Lisboa, a empresa tem, as-sim, uma situação privilegiada de acesso ao mercado e aos portos ex-portadores de Lisboa e Sines.

A Fapajal detém certificações ambientais e de qualidade. O seu ob-jectivo é “fabricar produtos de qua-lidade superior, ter um rápido ser-viço pós-venda para a solução de eventuais problemas apoiada no seu laboratório de controlo de qua-lidade e analisar alternativas de pro-dutos de boa relação qualidade/pre-ço, junto do grande cliente institu-cional”, defende Helen Gray de Cas-tro, administradora da empresa.

Hoje, a Fapajal coloca, depen-dendo dos anos, entre 30% a 50% da sua produção nos mercados ex-ternos, em países como Espanha, França e Reino Unido, e no Norte de África e Caraíbas.

O B J E C T I V O S

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Pasta e Papel

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F E R PA P E R

Aposta na inovação na distribuição de papelEmpresa factura mais de 2 milhões de euros por ano, desenvolvendo a sua actividade como distribuidora e agente de fabricantes internacionais

A Ferpaper está há mais de 10 anos no mercado da distribuição do pa-pel em Portugal. Com uma equipa com vasta experiência neste ramo de negócio, esta empresa factura mais de 2 milhões de euros por ano, desenvolvendo a sua actividade como distribuidora e agente de fa-bricantes internacionais.

Ao nível da distribuição coloca, à disposição dos clientes, todos os ti-pos de papel: de fotocópia, para jor-nal e revista, papel offset estucado e de obra de livro. A Ferpaper faz ainda o interface entre as indústrias do papel e os clientes, acompanhan-do, passo a passo, todo o percurso da encomenda. Actualmente, o negó-cio de distribuição de papel repre-senta cerca de 90% da sua activida-de e o agenciamento 10%.

Esta empresa tenta contribuir para a modernização do sector da distribuição de papel, adoptando e tirando partido das novas tecnolo-gias, e apostando também na

prestação de um serviço inovador e de qualidade. Em 2009, a Ferpaper trouxe, para Portugal, um novo tipo de papel para obra de livro, com uma gramagem mais baixa, que per-mite fazer livros com menor espes-sura e significativamente mais leves em termos de peso. Esta estratégia afectou o volume de papel vendido pela empresa, mas representou vantagens, em termos de custos, para os clientes. Segundo Fernan-do Lameirão, administrador da Fer-paper, com esta decisão, tomada com base na previsão da quebra de mercado devida ao período contur-bado da economia que atravessa-mos, “criámos armas para os edito-res sobreviverem. Estamos tam-bém a defender o nosso mercado, como forma de sobreviver à crise”. Este tipo de papel, de pasta mecâni-ca e não química, é produzido na Es-candinávia e posteriormente arma-zenado na Ferpaper, antes de ser co-mercializado em Portugal.

Celpa desenvolve campanha internacional

A campanha “More Forests Better Future” foi promovida pela associa-ção da indústria papeleira portugue-sa (Celpa), nos últimos dois anos, com o objectivo de eliminar precon-ceitos sobre a indústria da pasta e do papel, clarificar o seu contributo para o crescimento da floresta e de-monstrar a sustentabilidade dos produtos papeleiros portugueses.

Com a assinatura “Paper From Portugal”, a campanha teve como alvo os principais mercados inter-nacionais do sector, cobrindo a Ale-manha, França, Reino Unido, Bélgi-ca, Holanda e Espanha. O contribu-to do sector da pasta e do papel para o crescimento e a sustentabilidade

da floresta, a qualidade e responsa-bilidade ambiental dos produtos pa-peleiros e o seu peso e importância no conjunto das exportações euro-peias, são alguns dos pontos focados na campanha. A Celpa é a organiza-ção que representa os interesses da indústria portuguesa de pasta, papel e cartão.

As nove empresas associadas na Celpa respondem por 100% da pro-dução nacional de pastas para papel e cerca de 90% da produção de papel e cartão. Juntas, transformam mais de sete milhões de metros cúbicos de madeira por ano e gerem cerca de 200 mil hectares de floresta.

“Paper From Portugal”, decorreu na Alemanha, França, Reino Unido, Bélgica, Holanda e Espanha

700 empresas associadas

A Recipac associa cinco organiza-ções que representam 700 empre-sas do sector do papel e cartão, com um volume de negócios anual de cinco mil milhões de euros. Empre-gam, actualmente, mais de 20 mil pessoas. Esta associação faz parte do Sistema Integrado de Gestão de Resíduos de Embalagens (SIGRE), onde representa a Fileira do Papel e Cartão nacional.

Foi fundada em Setembro de 1996 como associação sem fins lu-crativos e criada por organizações que, no seu conjunto, representam toda a cadeia de valor do sector de Papel e Cartão. Nela incluem-se os fabricantes de matérias-primas, como as pastas de fibra virgem e de papel para reciclar, os fabricantes de papel e papel de embalagem, os produtores de embalagem e os re-tomadores.

Representa e defende, junto de qualquer organismo nacional ou in-ternacional, os interesses colectivos das empresas produtoras ou recu-peradoras de papel ou cartão ou que fabriquem embalagens num ou

noutro material, para a recolha e va-lorização das embalagens usadas de papel, de cartão e de resíduos de pa-pel. Outro dos seus objectivos é ga-rantir, através dos seus agentes eco-nómicos, a retoma e reciclagem de todas as embalagens de papel/car-tão que cumpram as especificações técnicas em vigor.

Os membros da organização Fazem parte da RECIPAC as se-guintes associações: • AEPSA – Associação das Empre-sas Portuguesas para o Sector do Ambiente (www.aepsa.pt); •AFCAL – Associação dos Fabrican-tes de Embalagens de Cartão para Alimentos Líquidos (www.afcal.pt); • ANIPC – Associação Nacional dos Industriais de Papel e Cartão (www.anipc.pt); • APIGRAF – Associação Portugue-sa das Indústrias Gráficas, de Comunicação Visual e Transforma-doras do Papel e Cartão (www.apigraf.pt); • CELPA – Associação da Indústria Papeleira (www.celpa.pt).

Negócio do papel e cartão desta organização nacional eleva-se a mais de cinco mil milhões de euros

1 - GESTÃO FLORESTAL SUSTENTÁVEL - As árvores são plantadas para um dia serem colhidas e utilizadas pela Indústria.

2 - PRODUÇÃO DE PASTA - Transformação da madeira em pasta papeleira.

3 - PRODUÇÃO DE PAPEL - Transformação da pasta papeleira em papel. Nesta fase podem entrar no processo os papéis usados para reciclagem.

4 - TRANSFORMAÇÃO DE PAPEL/CARTÃO - Corte, impressão e acabamento do papel em diferentes formatos,

de acordo com as suas diversas utilizações: envelopes, caixas, sacos, etc.

5 - CONSUMO - O papel/cartão é utilizado pelos consumidores, em forma de livros, cartas, jornais, revistas, bilhetes de cinema, sacos para compras e outras embalagens.

6 - RECOLHA - Depois de recolhidos, os resíduos são seleccionados e triados, seguindo para os pulpers para reciclagem.

7 - RECICLAGEM - O ciclo é fechado com o processo de reciclagem, onde o papel usado gera papel novo.

O CICLO DE VIDA DO PAPEL E CARTÃOOs papéis para reciclar são uma fonte importante de matéria-prima e constituem uma mais-valia para Portugal. Em 2011 recolheram-se, em Portugal, cerca de 779 mil toneladas de papel e cartão para reciclar, das quais a fracção embalagem representou aproximadamente 490 mil toneladas, registando esta componente uma taxa de reciclagem superior a 70%. O ciclo de vida do papel e cartão tem início na matéria-prima que lhe dá origem, a árvore. Mas não termina depois de o material produzido ser utilizado, porque o papel pode ser reciclado várias vezes. O seu ciclo de vida assenta essencialmente em 7 etapas:

R E C I PAC

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Jornal de Negócios | Quarta-Feira, 15 de Maio de 2013 | Suplemento Comercial | ?

O Grupo Altri é um produtor euro-peu de referência de pasta de papel de eucalipto. Também está presen-te no sector de energias renováveis de base florestal, em unidades de co-geração industrial. As suas receitas totais atingiram, em 2012, 543 mi-lhões de euros, o que representa um crescimento de 12% face às regista-das em 2011.

Actualmente, o Grupo Altri de-tém três fábricas de pasta de papel branqueada de eucalipto em Portu-gal, com uma capacidade instalada que, em 2012, ascendeu ao volume recorde de 910 mil toneladas. As re-ceitas do grupo com este produto ascenderam a cerca de 452,7 mi-lhões de euros, e representaram cerca de 83% do rendimento total da Altri.

A receita líquida energética as-sociada à cogeração e outros deriva-dos florestais atingiu cerca de 28,2 milhões de euros, um decréscimo de cerca de 9% face ao valor do ano anterior. A evolução deveu-se ex-clusivamente ao aumento do preço de aquisição da energia eléctrica re-gistado durante o ano de 2011.

A empresa tem, em curso, um conjunto de pequenos projectos de optimização de eficiência operati-va que permitirão, a médio prazo, aumentar ainda mais a sua capaci-dade produtiva.

Em 2012, a principal unidade in-dustrial da Altri, a Celbi, produziu 626 mil toneladas de pasta, mais 4% do que no ano anterior.

Por seu turno, a Celtejo produ-ziu 193 mil toneladas, mais 37% do que o alcançado no mesmo período do ano anterior. Já a produção da Caima decresceu 15% em 2012, para as 91 mil toneladas, devido a ter-se iniciado o projecto de conversão para pasta solúvel nesta unidade in-dustrial, cuja conclusão se prevê para 2014/15.

A estratégia florestal da Altri as-senta no aproveitamento integral de todos os componentes disponi-bilizados pela floresta: pasta, licor

negro e resíduos florestais. Actual-mente, o grupo gere cerca de 84 mil hectares de floresta em Portugal, in-tegralmente certificada pelo Forest Stewardship Council® (FSC®) e pelo Programme for the Endorse-ment of Forest Certification (PEFC), dois reconhecidos meca-nismos de certificação florestal a ní-vel mundial.

No ano passado, a Altri exportou cerca de 848 mil toneladas de pas-ta, um crescimento de cerca de 12% face ao ano anterior.

A Europa Ocidental foi o princi-pal parceiro comercial externo do grupo. Neste mercado foram reali-zadas 80% das suas vendas, que

corresponderam à exportação de 735 mil toneladas de pasta de papel. Em termos de utilização da pasta, os produtores de papel de tissue fo-ram os principais clientes da Altri, com uma quota de 40%.

Todavia, os de pasta solúvel, lo-calizados maioritariamente no mercado asiático, já representam 7% da sua base de clientes.

A evolução registada nas vendas deste grupo, associada aos projec-tos de aumento da eficiência opera-tiva já implementados, ajudaram a crescer o lucro líquido do exercício de 2012 para os 52 milhões de eu-ros, mais do dobro do registado no período anterior.

Pasta e Papel

Vendas da Altri crescem para 543 milhões de eurosProjectos de eficiência operativa sustentam crescimento do lucro líquido do grupo para os 52 milhões de euros, mais do dobro do registado no período anterior

PRINCIPAIS INDICADORES DE 2012

RECEITAS TOTAIS: 543 milhões de euros (+12%)

EXPORTAÇÕES:418 milhões de euros (+12%)

EBITDA:143 milhões de euros (+27%)

MARGEM EBITDA:26,4% (3,1%)

RESULTADO OPERACIONAL (EBIT):94 milhões de euros (+55%)

LUCRO LÍQUIDO:52 milhões de euros (+131%)

• 910 mil toneladas de pasta de eucalipto produzidas (+7%)

• Celbi: 626 mil toneladas (+4%)

• Celtejo: 193 mil toneladas (+37%)

• Caima: 91 mil toneladas (-15%)

• 922 mil toneladas de pasta vendidas (+12%)

• 849 mil toneladas de pasta exportadas (92% das vendas)

MERCADO DE PASTA DE PAPELEm 2012 a procura total de pastas branqueadas ascendeu a 43,6 milhões de toneladas, mais 2,5% do que no ano anterior. Segundo o Pulp and Paper Produts Council (PPPC), organização internacional do sector, a sua evolução foi negativa na Europa Ocidental, Estados Unidos da América e Japão, e positiva noutros mercado mundiais, com destaque para a China, onde a taxa de crescimento da procura ascendeu a 10%.

ESTRUTURA ORGÂNICA DO GRUPO ALTRI VENDAS DE PASTA POR REGIÃO

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Inapa aposta em novos mercados

A Inapa definiu o investimento nos segmentos de embalagem e comu-nicação visual como prioritário para o seu posicionamento estratégico. Trata-se de um alinhamento para as actividades futuras do grupo, que surge em consonância com a con-solidação do seu plano de interna-cionalização. No que diz respeito ao segmento de embalagem, a Inapa, para além de Portugal, tem vindo a investir na Alemanha e em França.O mercado europeu de soluções e materiais de embalagem tem uma dimensão de grande relevo. Apre-senta múltiplas sinergias com o da distribuição de papel e um enorme potencial de vendas cruzadas, quer para os clientes da área gráfica quer para os clientes do segmento de es-critório.

A par da distribuição de mate-riais de embalagem, a Inapa tem desenvolvido tecnologias e concei-tos de embalagem únicos. Em resul-tado dessa abordagem ao mercado, o grupo antevê, nos próximos exer-cícios, um aumento do peso da área de distribuição de materiais e co-mercialização de soluções de emba-lagem nas suas vendas consolida-das. São resultantes, não só do alar-gamento deste segmento de negó-cio – que representa já uma fatura-ção de 52 milhões de euros – a ou-tras geografias em que a empresa opera, mas também do crescimen-to orgânico das unidades já existen-tes.

A comunicação visual é o seg-mento de negócio que tem vindo a apresentar a maior taxa de cresci-mento na indústria gráfica, tanto pela vertente dos materiais de impressão como pelos consumíveis, venda de equipamentos de impres-

são, software e respectiva manuten-ção. Esta é uma tendência que tem vindo a verificar-se nos últimos anos, também no desempenho da Inapa, uma vez que a contribuição deste negócio para o volume total de facturação e rentabilidade do Grupo tem crescido.

No decurso do exercício de 2012, o segmento de comunicação visual totalizou já uma facturação de per-to de 30 milhões de euros, com o mercado alemão a representar uma das mais importantes geografias deste negócio. Na Alemanha, a Ina-pa é hoje o terceiro maior operador de comunicação visual, através da sua subsidiária Complott Papier Union e após a aquisição, em 2011, da FLS Bildsysteme Vertriebs.

Na distribuição de papel, ainda o principal negócio do Grupo, os últi-mos três anos ficaram marcados, sobretudo, pela consolidação da sua posição nos mercados onde opera. Neste sector, salienta-se a compra do negócio de distribuição do Gru-po Burgo, em Espanha, e o desinves-timento em activos que não são do seu core business, como a edição de livros e factoring ou uma operação de nicho do Reino Unido.

Com estas acções, a Inapa con-centrou-se em mercados onde de-tém uma posição de liderança, ul-trapassando a fasquia da dimensão para o limiar mínimo de rentabili-dade. A par da consolidação da po-sição do Grupo nas mais variadas geografias, e para além da operação em Angola, a Inapa assume, no seu plano estratégico, o aumento do seu peso em mercados emergentes que possam revelar-se interessantes para a expansão dos negócios do grupo.

Depois de aposta recente em países como a Alemanha ou França, este grupo pretende investir mais em mercados emergentes PUB

900041 FAPAJAL

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