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PANORAMA DA INDÚSTRIA DE TRANSFORMAÇÃO BRASILEIRA 2ª Edição Última atualização 28 de Outubro de 2013

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Page 1: Panorama da Industria_2a edicao

PANORAMA DA INDÚSTRIA

DE TRANSFORMAÇÃO

BRASILEIRA

2ª Edição

Última atualização

28 de Outubro de 2013

Page 2: Panorama da Industria_2a edicao

2

SUMÁRIO

APRESENTAÇÃO ....................................................................................................................................... 5

1. A DESINDUSTRIALIZAÇÃO NO BRASIL ................................................................................................ 6

1.1. Evolução da Participação da Indústria de Transformação no PIB ................................................. 6

1.2. Evolução da Participação da Indústria de Transformação no Emprego Formal e no Número de Estabelecimentos Industriais ................................................................................................................ 8

1.2.1. Evolução do Emprego Formal ......................................................................................................8

1.2.2. Evolução do Número de Estabelecimentos ............................................................................. 10

2. A INDÚSTRIA BRASILEIRA ATUALMENTE .......................................................................................... 11

2.1. Principais Setores da Indústria no PIB ...................................................................................... 11

2.1.1. Participação Setorial no PIB ...................................................................................................... 12

2.1.2. Distribuição do Valor Adicionado da Indústria por Estados Brasileiros ................................. 13

2.2. Empregos Formais ................................................................................................................... 16

2.2.1. Distribuição Setorial do Emprego Formal ................................................................................ 18

2.2.2. Distribuição do Emprego Formal nos Estados Brasileiros ....................................................... 19

2.3. Estabelecimentos Industriais ................................................................................................... 20

2.3.1. Distribuição Setorial dos Estabelecimentos Industriais .......................................................... 21

2.3.2. Distribuição dos Estabelecimentos Industriais entre os Estados da Federação ..................... 23

2.4. Distribuição da Indústria de Transformação por Porte .............................................................. 24

2.5. Distribuição Espacial dos Grandes Estabelecimentos Industriais no Brasil ................................. 27

3. A INDÚSTRIA PAULISTA ................................................................................................................... 30

3.1. Evolução da Participação do Emprego Formal na Indústria de Transformação e do Número de Estabelecimentos Industriais no Estado de São Paulo .......................................................................... 30

3.1.1. Evolução do Emprego Formal na Indústria Paulista ................................................................ 30

3.1.2. Interiorização do Emprego Industrial Paulista ......................................................................... 31

3.1.3. Evolução dos Estabelecimentos Industriais Paulistas ............................................................. 35

3.1.4. Migração dos Estabelecimentos Industriais Paulistas para Outros Estados Brasileiros ........ 36

3.2. Retrato da Indústria de Transformação do Estado de São Paulo ................................................ 40

3.2.1. O Valor da Transformação Industrial do Estado de São Paulo ................................................ 41

3.2.2. Empregos Formais ..................................................................................................................... 42

3.2.3. Distribuição Setorial do Emprego Formal Paulista .................................................................. 43

3.2.4. Distribuição dos Empregos Formais Industriais por Região Administrativa ........................... 44

3.2.5. Estabelecimentos Industriais .................................................................................................... 46

3.2.6. Distribuição Setorial dos Estabelecimentos Industriais .......................................................... 47

Page 3: Panorama da Industria_2a edicao

3

3.2.7. Distribuição dos Estabelecimentos Industriais por Regiões Administrativas ......................... 48

3.2.8. Distribuição da Indústria Paulista por Porte ............................................................................ 50

3.2.9. Distribuição Espacial das Empresas de Grande Porte da Indústria de Transformação no Estado de São Paulo .................................................................................................................................. 53

4. ENTIDADES DE REPRESENTAÇÃO DA INDÚSTRIA NO ESTADO DE SÃO PAULO ................................... 57

Índice de Tabelas

Tabela 1: Valor Adicionado da Indústria de Transformação por Setores no Brasil em 2011 ............................ 13

Tabela 2: Valor Adicionado da Indústria de Transformação por Estados Brasileiros em 2010 ......................... 15

Tabela 3: Taxa de Formalidade por Setores da Economia Brasileira em 2012 ................................................. 17

Tabela 4: Empregados Formais por Setores da Indústria de Transformação Brasileira em 2012 .................... 18

Tabela 5: Empregados Formais da Indústria de Transformação por Estados Brasileiros em 2012 .................. 20

Tabela 6: Estabelecimentos da Indústria de Transformação por Setores no Brasil em 2012 ........................... 22

Tabela 7: Estabelecimentos da Indústria de Transformação por Estados Brasileiros em 2012 ........................ 24

Tabela 8: Quantidade de Estabelecimentos por Porte para Setores da Indústria de Transformação no Brasil em 2012 ............................................................................................................................................................. 26

Tabela 9: Concentração dos Estabelecimentos de Grande Porte (500 ou mais empregados formais) da Indústria de Transformação por Estados Brasileiros em 2012 .......................................................................... 27

Tabela 10: Estados Brasileiros que Concentram a Maior Parte dos Estabelecimentos de Grande Porte nos Setores de Maior Participação no Total de Empregados Formais em 2012 ..................................................... 30

Tabela 11: Participação do Emprego da Indústria de Transformação no Total de Empregos Formais das Regiões Administrativas de São Paulo entre 1992 e 2012 ................................................................................ 32

Tabela 12: Participação dos Empregos Regionais nos Empregos Estaduais do Setor e Variação da Participação entre 1992 e 2012 ............................................................................................................................................. 33

Tabela 13: Estabelecimentos com 100 ou Mais Empregados Formais em 1986 e 2012 por Estados Brasileiros, Participação no Brasil e Variação no Período .................................................................................................... 38

Tabela 14: Estabelecimentos com 100 ou Mais Empregados Formais em 1986 e 2012 por Setor e Variação no Período .............................................................................................................................................................. 39

Tabela 15: Valor da Transformação Industrial da Indústria de Transformação por Setor no Estado de São Paulo em 2010 ................................................................................................................................................... 42

Tabela 16: Empregados Formais por Setores da Indústria de Transformação Paulista em 2012 ..................... 44

Tabela 17: Empregados Formais da Indústria de Transformação por Regiões Administrativas do Estado de São Paulo em 2012 ............................................................................................................................................ 46

Tabela 18: Estabelecimentos por Setores da Indústria de Transformação no Estado de São Paulo em 2012 . 48

Tabela 19: Estabelecimentos da Indústria de Transformação por Regiões Administrativas do Estado de São Paulo em 2012 ................................................................................................................................................... 49

Tabela 20: Porte Médio e Quantidade de Estabelecimentos por Porte dos Setores da Indústria de Transformação no Estado de São Paulo em 2012 ............................................................................................. 52

Tabela 21: Quantidade de Estabelecimentos da Indústria de Transformação por Porte em São Paulo e no Brasil em 2012 ................................................................................................................................................... 53

Tabela 22: Estabelecimentos da Indústria de Transformação de Grande Porte (500 ou mais empregados formais) por Regiões Administrativas do Estado de São Paulo em 2012 .......................................................... 54

Page 4: Panorama da Industria_2a edicao

4

Tabela 23: Regiões Administrativas de São Paulo que Concentram a Maior Parte dos Estabelecimentos de Grande Porte nos Setores de Maior Participação no Total de Empregados Formais em 2012 ........................ 56

Índice de Gráficos

Gráfico 1: Evolução da Participação da Indústria de Transformação Brasileira no PIB (1947 a 2012) ................6

Gráfico 2: Evolução da Participação da Indústria de Transformação no Emprego Formal Brasileiro ..................9

Gráfico 3: Evolução da Participação da Indústria de Transformação nos Estabelecimentos Brasileiros .......... 10

Gráfico 4: PIB por Setores da Economia Brasileira em 2012 ............................................................................. 11

Gráfico 5: Empregados Formais por Setores da Economia Brasileira em 2012 ................................................ 16

Gráfico 6: Estabelecimentos por Setor da Economia Brasileira em 2012 ......................................................... 21

Gráfico 7: Estabelecimentos e Empregados Formais da Indústria de Transformação por Porte em 2012 ...... 25

Gráfico 8: Evolução da Participação da Indústria de Transformação no Emprego Formal Paulista ................. 31

Gráfico 9: Evolução da Participação da Indústria de Transformação nos Estabelecimentos Paulistas ............ 36

Gráfico 10: PIB por Setor da Economia Paulista em 2010 ................................................................................. 40

Gráfico 11: Empregados Formais por Setores da Economia Paulista em 2012 ................................................ 43

Gráfico 12: Estabelecimentos por Setores da Economia Paulista em 2012 ...................................................... 47

Gráfico 13: Estabelecimentos e Empregados Formais da Indústria de Transformação por Porte em 2012 .... 50

Índice de Figuras

Figura 1: Distribuição por Estados Brasileiros dos Estabelecimentos de Grande Porte ................................... 28

Figura 2: Distribuição dos Estabelecimentos de Grande Porte (500 ou mais Empregados Formais) por Regiões Administrativas do Estado de São Paulo em 2012 ............................................................................................ 55

Page 5: Panorama da Industria_2a edicao

5

APRESENTAÇÃO

Qual a importância da indústria na economia brasileira? Como a indústria tem evoluído nos últimos

anos? Quais são seus principais setores? E a indústria paulista, qual a sua importância? Quais são as

instituições de representação e apoio à indústria paulista?

Estas e outras questões, que nos são frequentemente postas, nos motivaram a criar este trabalho

que oferece um panorama da indústria brasileira e também, em particular, da indústria paulista.

O trabalho foi elaborado com dados de domínio público, de fontes como IBGE e Ministério do

Trabalho e Emprego, além de informações institucionais, da FIESP e do CIESP. O objetivo é fornecer, de

forma consolidada, um conjunto de informações sobre a indústria brasileira, a indústria paulista, a

Federação e o Centro das Indústrias do Estado de São Paulo.

Primeiramente, apresentamos o processo de perda de participação da indústria na economia

brasileira pelo qual o Brasil vem passando desde meados dos anos 1980, destacando a evolução da

participação da Indústria de Transformação no PIB, nos empregos formais e nos estabelecimentos.

Em seguida, a indústria atual é distribuída por seus setores e pelos estados brasileiros, de acordo

com valor adicionado, emprego formal e estabelecimentos. No caso dos estabelecimentos, também é

apresentada sua distribuição por porte industrial e a localização no Brasil dos estabelecimentos de grande

porte.

Abordagem semelhante é dada à indústria paulista: são apresentadas a evolução e a distribuição

setorial e espacial de seu valor da transformação industrial (proxy para o valor adicionado), seus

estabelecimentos e seu emprego formal. Podemos destacar as análises feitas sobre a migração atividade

industrial do estado de São Paulo para os outros estados do país e sobre o processo de “interiorização” da

indústria, que, ao longo de um período de 20 anos, perdeu importância na região metropolitana de São

Paulo e ganhou importância em algumas regiões do interior do estado.

Encerrando este trabalho, apresentamos as entidades de representação da indústria do Estado de

São Paulo, Federação e Centro das Indústrias do Estado de São Paulo (FIESP e CIESP), e o papel e atuação das

entidades de apoio às indústrias, SESI e SENAI.

Page 6: Panorama da Industria_2a edicao

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1. A DESINDUSTRIALIZAÇÃO NO BRASIL

1.1. Evolução da Participação da Indústria de Transformação no PIB

Entre 1947 e 2012, a participação da indústria de transformação no produto interno bruto (PIB)

apresentou dois períodos distintos, conforme observado no gráfico abaixo. Dos anos 1950 até 1985

transcorreu o primeiro período, caracterizado por um intenso processo de crescimento, diversificação e

consolidação da estrutura industrial brasileira. Foi nesse período que a participação da indústria de

transformação no PIB mais que duplicou, saltando dos 10,8% em 1952 para 27,2% em 1985. Já no segundo

período, com início em 1986, observa-se uma expressiva perda de participação da indústria na produção

agregada do país, o que configura um processo de desindustrialização. Segundo dados do Instituto Brasileiro

de Geografia e Estatística (IBGE) e estimativas da FIESP, a participação da Indústria de Transformação no PIB

declinou 14 pontos percentuais ao longo do último período, atingindo, em 2012, a marca dos 13,25%

(aproximadamente igual àquela observada no primeiro ano do governo de Juscelino Kubitschek). Com o

objetivo de destacar alguns fatores explicativos dos dois períodos anteriormente ressaltados, será

apresentado, nas páginas a seguir, um breve retrospecto do desenvolvimento da indústria no Brasil.

Gráfico 1: Evolução da Participação da Indústria de Transformação Brasileira no PIB (1947 a 2012)

Page 7: Panorama da Industria_2a edicao

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Contexto Histórico: O Processo de Desindustrialização no Brasil

No período que se estende do pós Segunda Guerra Mundial até o primeiro choque do petróleo

(1973), a economia mundial passou por um processo de forte crescimento econômico liderado pela

indústria. O Brasil aproveitou esse cenário externo favorável para implementar duas grandes políticas

industriais capazes de alterar a estrutura industrial doméstica: o Plano de Metas (1956-1961) e o II PND

(1974-1979). Planejado e fomentado pelo Estado ao longo desse período, o processo de industrialização

brasileiro ganhou força com a instalação das indústrias de bens de consumo duráveis, bens de capital,

insumos básicos e energia. Portanto, em face desse período de intensas transformações estruturais, a

participação da indústria no PIB aumentou fortemente.

No entanto, após esse período, a economia mundial passou por vários eventos adversos que

influenciaram negativamente o ambiente macroeconômico, a demanda agregada e, por consequência, o

crescimento da indústria. Destacam-se o segundo choque do petróleo (1979), o forte aumento da taxa de

juros pelos EUA e a consequente crise da dívida pela qual o Brasil e outros emergentes passaram, a

aceleração da inflação doméstica nos anos 1980 e as crises financeiras da década de 1990 (mexicana,

asiática e russa). A partir dos anos 1980, todos esses fatores contribuíram para uma mudança de patamar na

participação da produção industrial no PIB da economia mundial (Bonelli,2005)1.

Nos países desenvolvidos, o processo de desindustrialização foi resultado do crescimento da

produtividade na indústria de transformação, ou seja, esteve associado ao aumento do emprego de alta

produtividade e elevada qualificação da mão de obra neste setor, o que transferiu trabalhadores para os

outros setores da economia. Esse processo resultou em crescimento da produtividade total da economia,

sendo, portanto, um processo virtuoso, natural e de mudança estrutural no desenvolvimento econômico

(Rowthorn e Ramaswamy, 1999)2.

Já no caso do Brasil, o processo de desindustrialização é precoce e nocivo à economia nacional, pois

se associa a fenômenos negativos, tais como a perda de competitividade das exportações industriais, que se

manifesta por meio da reprimarização da pauta exportadora; e o aumento das importações não somente de

1 Bonelli, R. (2005). “Industrialização e Desenvolvimento: notas e conjecturas com foco na experiência do Brasil”. Conferência de Industrialização, Desindustrialização e Desenvolvimento, Federação das Indústrias do Estado de São Paulo, Agosto.

2 Rowthorn, R.; Ramaswany R. (1999). “Growth, Trade and Deindustrialization”. IMF Staff Papers, Vol.46, N.1

Page 8: Panorama da Industria_2a edicao

8

bens de capital e de consumo (sobretudo da China), como também de insumos industriais, o que afeta

nocivamente diversas cadeias produtivas da indústria brasileira (Cano, 2012)3.

Com relação a esse último fenômeno, observa-se um aumento da participação de produtos

importados no consumo interno da indústria de transformação, perceptível nos resultados do Coeficiente de

Importação da indústria de transformação (CI), divulgado pelo Departamento de Comércio Exterior da FIESP

(DEREX), que saltou de uma média de 15,2% no período entre 2006 e 2007 para 22,7% no 4º trimestre de

2011. Esse aumento expressivo do CI em um curto intervalo de tempo evidencia a ocorrência de um

vazamento do crescimento da indústria para o exterior.

A economia brasileira recente (2003-2010) teve tentativas de retomada do crescimento graças à

combinação de três fatores, sendo eles o cenário externo favorável, o ambiente interno estável e a

ampliação do mercado doméstico. No entanto, nos últimos dois anos (2011-2012), a economia brasileira

passou por um forte declínio no crescimento. Mesmo com os esforços do Governo Federal, o desempenho

dos investimentos não responde na mesma intensidade e a indústria de transformação continua com

desempenho em queda.

Os principais fatores que impedem o crescimento da economia brasileira são, entre outros, a

infraestrutura deficiente, o câmbio excessivamente valorizado, os entraves burocráticos, a elevada carga

tributária e os juros e spread reais acima da média mundial. Estes fatores impactam na competitividade da

indústria de transformação instalada no país, que, ao ser exposta a uma concorrência internacional cada vez

mais acirrada, acaba perdendo espaço na geração de emprego, renda e produção, ocasionando a estagnação

da economia nacional.

1.2. Evolução da Participação da Indústria de Transformação no Emprego Formal e no Número de

Estabelecimentos Industriais

1.2.1. Evolução do Emprego Formal

Segundo dados do Ministério do Trabalho e Emprego (MTE) contidos na Relação Anual de

Informações Sociais (RAIS), a perda de participação da indústria na economia também se refletiu nos

3 Cano, Wilson. A desindustrialização no Brasil. Economia e Sociedade, Campinas, v.21, número especial, p.831-851,

dez. 2012.

Page 9: Panorama da Industria_2a edicao

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empregos formais4 gerados por ela. Durante o período de 1985 a 2012, o número de pessoas empregadas na

indústria de transformação diminuiu sua participação em relação aos outros setores da economia,

registrando, em 2012, a menor participação da série analisada. A indústria de transformação chegou a deter

27,1% dos empregos formais da economia brasileira em 1986, mas sofreu uma queda acentuada de 9,9

pontos percentuais, atingindo uma participação de 17,2% em 2012.

Gráfico 2: Evolução da Participação da Indústria de Transformação no Emprego Formal Brasileiro

(1985 a 2012)

Fonte: RAIS - MTE

Estes dados representam apenas os trabalhadores formais, mas a indústria apresenta a maior taxa

de formalidade entre os setores da economia, 75% contra 66% da média dos demais setores da economia,

segundo dados da Pesquisa Mensal de Emprego (PME) do IBGE, como veremos mais a diante.

4 Empregos formais são os vínculos empregatícios ativos em 31 de dezembro do ano de referência, incluindo tanto

celetistas quanto estatutários.

Page 10: Panorama da Industria_2a edicao

10

1.2.2. Evolução do Número de Estabelecimentos

Da mesma forma, durante o período de 1985 a 2012, a indústria de transformação também sofreu

grande perda de participação em relação ao número de estabelecimentos5 para os outros setores da

economia, registrando, em 2012, a menor participação da série analisada. A indústria de transformação

chegou a deter 14,3% dos estabelecimentos brasileiros em 1987, mas passou a deter apenas 9,9% em 2012,

segundo dados da RAIS-MTE.

Gráfico 3: Evolução da Participação da Indústria de Transformação nos Estabelecimentos Brasileiros

(1985 a 2012)

Fonte: RAIS - MTE

5 Os estabelecimentos incluem todos os CNPJ’s, com ou sem empregados, com declaração de RAIS ativa. Os CNPJ’s que

não tiveram empregados durante o ano ou que tiveram suas atividades paralisadas durante o ano não estão inclusos.

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2. A INDÚSTRIA BRASILEIRA ATUALMENTE

2.1. Principais Setores da Indústria no PIB

Segundo dados das Contas Nacionais do IBGE, em 2012, a indústria de transformação foi responsável

por 13,3% do PIB. Neste mesmo ano, o setor de serviços representou 55,8% do PIB, o comércio 12,7%, a

agropecuária 5,2% e a construção civil 5,7%. A indústria total, constituída pela indústria de transformação,

pela indústria extrativa mineral e pelos serviços industriais de utilidade pública (SIUP, formado pelos

fornecimentos de água, eletricidade, etc.), representava 20,6% do PIB.

Gráfico 4: PIB por Setores da Economia Brasileira em 2012

Fonte: Contas Nacionais / IBGE (2012)

Buscando analisar a produção da indústria de transformação em valores monetários, a variável

escolhida foi o valor adicionado (VA). Esta variável é resultado do valor bruto da produção menos o custo

intermediário.

Page 12: Panorama da Industria_2a edicao

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2.1.1. Participação Setorial no PIB

Através dos dados mais recentes divulgados na Pesquisa Industrial Anual (PIA) do IBGE para 2011 e

dos dados das Contas Nacionais para este mesmo ano, a Tabela 1 mostra a distribuição do valor adicionado

entre os setores industriais e sua participação no PIB. Para o cálculo do valor adicionado por setor, utilizamos

o valor adicionado do total da indústria de transformação segundo as Contas Nacionais e a distribuição do

valor adicionado entre os setores industriais da PIA.

O valor adicionado da indústria de transformação em 2011 era de R$ 515,4 bilhões. Os setores com

maior participação neste valor, e consequentemente no PIB, em 2011 são: produtos alimentícios (14,9% do

valor adicionado da Indústria de Transformação); coque, derivados do petróleo e biocombustíveis (12,4%); e

veículos automotores, carrocerias e autopeças (11,8%).

Page 13: Panorama da Industria_2a edicao

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Tabela 1: Valor Adicionado da Indústria de Transformação por Setores no Brasil em 2011

Setores

Valor Adicionado

(R$ milhões)*

Participação % do VA do setor na Indústria de Transformação

Participação % do VA no

PIB

Produtos alimentícios 76.819 14,9% 2,2%

Coque, derivados do petróleo e biocombustíveis 64.115 12,4% 1,8%

Veículos automotores, carrocerias e autopeças 60.565 11,8% 1,7%

Produtos químicos 41.020 8,0% 1,2%

Metalurgia 31.155 6,0% 0,9%

Máquinas e equipamentos 29.285 5,7% 0,8%

Produtos de minerais não-metálicos 21.742 4,2% 0,6%

Produtos de metal, exc. máquinas e equipamentos 20.609 4,0% 0,6%

Produtos de borracha e de material plástico 19.697 3,8% 0,6%

Bebidas 19.095 3,7% 0,5%

Celulose, papel e produtos de papel 17.392 3,4% 0,5%

Máquinas, aparelhos e materiais elétricos 16.388 3,2% 0,5%

Equipamentos de informática, produtos eletrônicos e ópticos 13.484 2,6% 0,4%

Produtos farmoquímicos e farmacêuticos 13.396 2,6% 0,4%

Confecção de artigos do vestuário e acessórios 11.303 2,2% 0,3%

Produtos têxteis 9.900 1,9% 0,3%

Outros equipamentos de transporte, exc. veículos automotores 9.545 1,9% 0,3%

Artefatos de couro, artigos para viagem e calçados 8.461 1,6% 0,2%

Manutenção, reparação e instalação de máquinas e equiptos. 6.358 1,2% 0,2%

Móveis 6.018 1,2% 0,2%

Produtos diversos 5.759 1,1% 0,2%

Produtos de madeira 5.171 1,0% 0,1%

Impressão e reprodução de gravações 4.386 0,9% 0,1%

Produtos do fumo 3.776 0,7% 0,1%

Total da Indústria de Transformação 515.441 100,0% 14,6%

Fonte: PIA e Contas Nacionais - IBGE (2011, último dado disponível para a PIA)

* Valor Adicionado Total da Indústria de Transformação segundo dados das Contas Nacionais e distribuição do Valor Adicionado entre os setores segundo a PIA. Valores da PIA para as empresas industriais com 30 ou mais pessoas ocupadas.

2.1.2. Distribuição do Valor Adicionado da Indústria por Estados Brasileiros

Segundo dados das Contas Regionais do Brasil fornecidos pelo IBGE, em 2010, o Estado com maior

valor adicionado da indústria de transformação foi São Paulo, com R$ 219,9 bilhões. Este valor corresponde

a 42,0% do valor adicionado da indústria de transformação brasileira.

Page 14: Panorama da Industria_2a edicao

14

Os outros Estados que se destacaram com maior valor adicionado da indústria de transformação

(Tabela 2) foram os seguintes: Minas Gerais com R$ 54,3 bilhões, correspondente a 10,4% do valor

adicionado da indústria de transformação nacional; Rio Grande do Sul com R$ 46,6 bilhões, correspondente

a 8,9% do valor adicionado da indústria de transformação nacional; e o Rio de Janeiro com R$ 34,1 bilhões,

correspondente a 6,5% do valor adicionado da indústria de transformação no Brasil.

Já dentro do próprio Estado, ou seja, em relação ao PIB estadual, os Estados com maior participação

da indústria de transformação foram: Amazonas (33,9% de seu PIB); Santa Catarina (22,5% de seu PIB); São

Paulo (21,2% de seu PIB); Paraná (18,0% de seu PIB) e Minas Gerais (17,6% de seu PIB).

Page 15: Panorama da Industria_2a edicao

15

Tabela 2: Valor Adicionado da Indústria de Transformação por Estados Brasileiros em 2010

Estados

Valor Adicionado da Indústria de

Transformação (em milhões de R$)

Participação % do Estado no Valor

adicionado do Brasil

Participação % da Indústria de

Transformação no PIB estadual

São Paulo 219.851 42,0% 21,2%

Minas Gerais 54.315 10,4% 17,6%

Rio Grande do Sul 46.619 8,9% 21,3%

Rio de Janeiro 34.138 6,5% 9,9%

Paraná 33.703 6,4% 18,0%

Santa Catarina 29.453 5,6% 22,5%

Bahia 21.235 4,1% 15,6%

Amazonas 16.931 3,2% 33,9%

Goiás 11.801 2,3% 13,9%

Pernambuco 8.866 1,7% 10,9%

Ceará 7.782 1,5% 11,4%

Espírito Santo 7.285 1,4% 10,8%

Mato Grosso 6.186 1,2% 11,7%

Pará 5.003 1,0% 7,0%

Mato Grosso do Sul 4.376 0,8% 11,6%

Paraíba 2.673 0,5% 9,4%

Distrito Federal 2.204 0,4% 1,7%

Alagoas 2.041 0,4% 9,3%

Rio Grande do Norte 1.993 0,4% 7,0%

Rondônia 1.841 0,4% 8,8%

Sergipe 1.580 0,3% 7,4%

Maranhão 1.338 0,3% 3,3%

Piauí 1.227 0,2% 6,3%

Tocantins 575 0,1% 3,6%

Acre 323 0,1% 4,2%

Amapá 176 0,0% 2,3%

Roraima 102 0,0% 1,8%

BRASIL 523.616 100% 16,23%

Fonte: Contas Regionais do Brasil - IBGE (2010)

Page 16: Panorama da Industria_2a edicao

16

2.2. Empregos Formais

De acordo com a RAIS-MTE, em 2012, a indústria de transformação brasileira era responsável por 7,8

milhões de empregos formais, o que equivale a 16,3%6 do emprego formal em comparação com todos os

setores da economia. Já a indústria total, constituída por indústria de transformação, indústria extrativa

mineral e serviços industriais de utilidade pública (SIUP), era responsável por 17,8% do emprego formal.

Gráfico 5: Empregados Formais por Setores da Economia Brasileira em 2012

Fonte: RAIS – MTE

Estas são as participações dos setores apenas no emprego formal. No entanto, cada setor possui

uma taxa de formalidade, ou seja, apresenta uma determinada proporção de trabalhadores formais em

relação ao total de pessoas ocupadas, como veremos a seguir.

6 Na análise da evolução do emprego formal na indústria de transformação, a classificação da indústria de transformação e de seus subsetores utilizada foi a classificação de setor IBGE, para permitir a formação desta série mais longa. Nesta análise de distribuição setorial pontual (ano de 2012), utilizamos a classificação por CNAE 2.0, que permite uma abertura maior de setores.

Page 17: Panorama da Industria_2a edicao

17

Os dados de formalidade do emprego são calculados a partir da Pesquisa Mensal de Emprego (PME)

realizada pelo IBGE. Utilizamos os dados de 2012, mesmo período do último ano da série de emprego formal

da RAIS do MTE. Os dados desta pesquisa, entretanto, permitem uma abertura menor de setores,

restringindo as informações apenas à indústria total, que inclui também os serviços industriais de utilidade

pública e a indústria extrativa mineral.

Para o cálculo da taxa de formalidade, foram considerados como empregos formais os relativos aos

segmentos empregadores, empregados com carteira assinada, militares e servidores civis estatutários,

enquanto os empregos informais incorporam os segmentos empregados por conta própria, empregados sem

carteira de trabalho assinada e trabalhadores não remunerados.

Assim, temos que, em 2012, a indústria total apresentava a maior taxa de formalidade de emprego

em comparação a todos os setores. Enquanto, na média dos setores, a taxa de formalidade era de 66%, na

indústria era de 75%.

Tabela 3: Taxa de Formalidade por Setores da Economia Brasileira em 2012

Setores Taxa de formalidade*

Comércio 61%

Construção 47%

Indústria 75%

Serviços 68%

Outras atividades 45%

Total 66%

Fonte: PME / IBGE (2012)

* Calculada pela divisão do número de empregos formais (empregadores, empregados com carteira assinada, militares e servidores civis estatutários) dividido pelo total de empregos formais e informais.

Isso significa que a queda de participação da indústria no emprego implica na redução da

participação do setor que oferece uma maior proporção de empregos com direitos trabalhistas assegurados,

nos quais os empregados podem usufruir de direitos como FGTS, seguro desemprego e licença maternidade.

Page 18: Panorama da Industria_2a edicao

18

2.2.1. Distribuição Setorial do Emprego Formal

Segundo dados da RAIS do Ministério do Trabalho e Emprego, em 2012, entre os setores da indústria

de transformação, aquele que mais empregava era o de alimentos (18,6% dos empregados formais na

indústria de transformação), seguido pelo de confecções de artigos do vestuário e acessórios (9,0%) e, em

terceiro lugar, o setor de produtos de metal (7,0%), de acordo com a Tabela 4.

Tabela 4: Empregados Formais por Setores da Indústria de Transformação Brasileira em 2012

Setores da Indústria de Transformação Empregados

formais Participação

Produtos Alimentícios 1.438.869 18,6%

Confecção de Artigos do Vestuário e Acessórios 695.172 9,0%

Produtos de Metal, exc. Máquinas e Equipamentos 539.641 7,0%

Veículos Automotores, Carrocerias e Autopeças 514.483 6,6%

Produtos de Borracha e de Material Plástico 452.373 5,8%

Produtos de Minerais Não-Metálicos 451.568 5,8%

Máquinas e Equipamentos 410.587 5,3%

Artefatos de Couro, Artigos para Viagem e Calçados 401.849 5,2%

Produtos Têxteis 298.619 3,9%

Móveis 279.558 3,6%

Produtos Químicos 274.919 3,5%

Metalurgia 251.651 3,2%

Máquinas, Aparelhos e Materiais Elétricos 228.222 2,9%

Produtos de Madeira 196.792 2,5%

Celulose, Papel e Produtos de Papel 177.230 2,3%

Equipamentos de Informática, Produtos Eletrônicos e Ópticos 175.462 2,3%

Manutenção, Reparação e Instalação de Máquinas e Equiptos. 169.338 2,2%

Coque, Derivados do Petróleo e Biocombustíveis 160.979 2,1%

Produtos Diversos 149.441 1,9%

Bebidas 144.689 1,9%

Impressão e Reprodução de Gravações 126.152 1,6%

Outros Equipamentos de Transporte, exc. Veículos Automotores 105.422 1,4%

Produtos Farmoquímicos e Farmacêuticos 96.618 1,2%

Produtos do Fumo 14.911 0,2%

Total da Indústria de Transformação 7.754.545 100,0%

Fonte: RAIS - MTE

Page 19: Panorama da Industria_2a edicao

19

2.2.2. Distribuição do Emprego Formal nos Estados Brasileiros

Ainda a partir dos dados da RAIS do Ministério do Trabalho e Emprego, em 2012, o Estado de São

Paulo tinha a maior parcela de empregados formais na indústria de transformação brasileira (34,4%). Em

seguida, Minas Gerais (10,5%), Rio Grande do Sul (9,1%) e Paraná (8,4%), observando a Tabela 5.

Analisaremos, a seguir, quais são os principais setores dos Estados com a maior participação no emprego

formal da indústria de transformação em 2012.

Em São Paulo, os setores que se destacaram em 2012 em relação à população ocupada na indústria

de transformação do Estado foram: alimentos, com 13,9% do emprego formal na indústria de transformação

do Estado; veículos automotores, carroceria e autopeças, com 10,3%; produtos de metal, com 8,4%. Em

Minas Gerais, o setor que mais empregava era o de alimentos (18,3%), seguido por veículos automotores,

carrocerias e autopeças (10,0%) e confecções de artigos do vestuário e acessórios (9,8%). Já no Rio Grande

do Sul, o setor que mais empregava era o de artefatos de couro, artigos para viagem e calçados (18,2%),

seguido pelo de alimentos (16,6%) e, em terceiro lugar, pelo de produtos de metal (9,3%). No Paraná, o setor

que mais empregava era o de alimentos (23,7%), seguido pelo de confecções de artigos do vestuário e

acessórios (11,0%) e pelo de veículos automotores, carroceria e autopeças (6,7%).

Ao olharmos para a distribuição dos setores entre os Estados, podemos destacar o setor de

alimentos, por aparecer entre os três principais setores em quantidade de empregados formais em todos os

Estados, exceto no Amazonas. Assim, além de ser um setor de bastante peso no emprego industrial (18,6%

do emprego industrial brasileiro), ele também é bastante desconcentrado regionalmente.

Page 20: Panorama da Industria_2a edicao

20

Tabela 5: Empregados Formais da Indústria de Transformação por Estados Brasileiros em 2012

Estados Empregados

formais Participação

São Paulo 2.666.234 34,4%

Minas Gerais 812.100 10,5%

Rio Grande do Sul 708.846 9,1%

Paraná 652.591 8,4%

Santa Catarina 625.459 8,1%

Rio de Janeiro 413.985 5,3%

Ceará 250.513 3,2%

Goiás 230.176 3,0%

Pernambuco 219.836 2,8%

Bahia 218.316 2,8%

Amazonas 123.696 1,6%

Espírito Santo 116.756 1,5%

Alagoas 101.296 1,3%

Mato Grosso 94.195 1,2%

Mato Grosso do Sul 90.959 1,2%

Pará 83.182 1,1%

Paraíba 77.428 1,0%

Rio Grande do Norte 64.301 0,8%

Sergipe 44.453 0,6%

Maranhão 37.872 0,5%

Rondônia 34.959 0,5%

Distrito Federal 31.589 0,4%

Piauí 27.817 0,4%

Tocantins 15.592 0,2%

Acre 6.705 0,1%

Amapá 3.152 0,0%

Roraima 2.537 0,0%

BRASIL 7.754.545 100%

Fonte: RAIS - MTE

2.3. Estabelecimentos Industriais

Segundo dados da RAIS-MTE, em 2012, a indústria de transformação detinha 336.779

estabelecimentos no Brasil, o que representava 9,1%7 dos estabelecimentos de todos os setores de atividade

7 Na análise da evolução dos estabelecimentos da indústria de transformação, a classificação da indústria de transformação e de seus subsetores utilizada foi a classificação de setor IBGE, para permitir a formação desta série mais

Page 21: Panorama da Industria_2a edicao

21

da economia, enquanto a indústria total, constituída por indústria de transformação, indústria extrativa

mineral, construção e serviços industriais de utilidade pública, registrava 9,6% dos estabelecimentos.

Gráfico 6: Estabelecimentos por Setor da Economia Brasileira em 2012

Fonte: RAIS – MTE

2.3.1. Distribuição Setorial dos Estabelecimentos Industriais

A análise dos dados da RAIS-MTE contidos na Tabela 6 nos possibilita afirmar que, em 2012, entre os

setores da indústria de transformação, aquele que mais tinha estabelecimentos era o de confecções de

artigos do vestuário e acessórios (17,4%), seguido pelo alimentício (12,6%) e, em terceiro lugar, pelo setor de

produtos de metal (11,4%).

longa. Nesta análise de distribuição setorial pontual (ano de 2012), utilizamos a classificação por CNAE 2.0, que permite uma abertura maior de setores.

Page 22: Panorama da Industria_2a edicao

22

Tabela 6: Estabelecimentos da Indústria de Transformação por Setores no Brasil em 2012

Setores da Indústria de Transformação Número de

estabelecimentos Participação

Confecção de Artigos do Vestuário e Acessórios 58.456 17,4%

Produtos Alimentícios 42.567 12,6%

Produtos de Metal, exc. Máquinas e Equipamentos 38.456 11,4%

Produtos de Minerais Não-Metálicos 27.102 8,0%

Móveis 20.145 6,0%

Manutenção, Reparação e Instalação de Máquinas e Equiptos. 16.200 4,8%

Produtos de Madeira 16.010 4,8%

Produtos de Borracha e de Material Plástico 14.482 4,3%

Máquinas e Equipamentos 14.292 4,2%

Impressão e Reprodução de Gravações 14.267 4,2%

Artefatos de Couro, Artigos para Viagem e Calçados 14.038 4,2%

Produtos Diversos 11.825 3,5%

Produtos Têxteis 11.065 3,3%

Produtos Químicos 9.143 2,7%

Veículos Automotores, Carrocerias e Autopeças 6.184 1,8%

Máquinas, Aparelhos e Materiais Elétricos 4.562 1,4%

Metalurgia 4.469 1,3%

Celulose, Papel e Produtos de Papel 4.458 1,3%

Equipamentos de Informática, Produtos Eletrônicos e Ópticos 3.672 1,1%

Bebidas 2.383 0,7%

Outros Equipamentos de Transporte, exc. Veículos Automotores 1.197 0,4%

Produtos Farmoquímicos e Farmacêuticos 929 0,3%

Coque, Derivados do Petróleo e Biocombustíveis 644 0,2%

Produtos do Fumo 233 0,1%

Total da Indústria de Transformação 336.779 100,0%

Fonte: RAIS - Ministério do Trabalho e Emprego

Page 23: Panorama da Industria_2a edicao

23

2.3.2. Distribuição dos Estabelecimentos Industriais entre os Estados da Federação

Segundo os dados apresentados na Tabela 7, em 2012, São Paulo era o Estado com maior

participação no número de estabelecimentos da indústria de transformação, com 27,3%. Naquele mesmo

ano, outros Estados que se destacaram foram Minas Gerais (12,5%), Rio Grande do Sul (10,9%) e Santa

Catarina (9,6%).

Com relação aos setores com maior participação nos estabelecimentos industriais dos Estados em

destaque, percebe-se que, em São Paulo, o setor que mantinha mais estabelecimentos em 2012 era o de

confecções de artigos do vestuário e acessórios (16,7%), seguido pelo de produtos de metal (12,9%) e de

alimentos (7,8%).

Em Minas Gerais, o setor que mais tinha estabelecimentos industriais era o de confecções de artigos

do vestuário e acessórios (18,5%), seguido pelo de alimentos (15,6%) e pelo de produtos de metal (11,7%).

Já no Rio Grande do Sul, o setor que possuía o maior número de estabelecimentos era o de produtos

de metal (14,1%), seguido pelo de artefatos de couro, artigos para viagem e calçados (13,0%) e pelo de

alimentos (11,6%).

Em Santa Catarina, o setor que mais tinha estabelecimentos era o de confecção de artigos do

vestuário e acessórios (24,6%), seguido pelo de produtos de metal (10,3%) e pelo de alimentos (10,0%).

Entre os quatros principais Estados em número de estabelecimentos industriais (SP, MG, RS e SC),

apenas um deles, o Rio Grande do Sul, não tem como seus três principais setores os mesmos três principais

setores do Brasil como um todo (confecção de artigos do vestuário, alimentos e produtos de metal). Neste

Estado, ao invés do setor de confecção de artigos do vestuário, destaca-se, entre os três principais, o setor

de artefatos de couro e calçados, devido à existência de um importante polo calçadista no Estado.

Page 24: Panorama da Industria_2a edicao

24

Tabela 7: Estabelecimentos da Indústria de Transformação por Estados Brasileiros em 2012

Estados Número de

estabelecimentos Participação

São Paulo 91.843 27,3%

Minas Gerais 42.220 12,5%

Rio Grande do Sul 36.665 10,9%

Santa Catarina 32.391 9,6%

Paraná 31.350 9,3%

Rio de Janeiro 16.855 5,0%

Goiás 12.667 3,8%

Bahia 10.534 3,1%

Ceará 10.092 3,0%

Pernambuco 9.727 2,9%

Espírito Santo 7.077 2,1%

Mato Grosso 5.686 1,7%

Pará 3.849 1,1%

Rio Grande do Norte 3.205 1,0%

Mato Grosso do Sul 3.196 0,9%

Paraíba 3.114 0,9%

Distrito Federal 2.530 0,8%

Rondônia 2.228 0,7%

Piauí 2.133 0,6%

Maranhão 2.030 0,6%

Sergipe 1.874 0,6%

Amazonas 1.697 0,5%

Alagoas 1.598 0,5%

Tocantins 1.146 0,3%

Acre 519 0,2%

Amapá 306 0,1%

Roraima 247 0,1%

BRASIL 336.779 100%

Fonte: RAIS - MTE

2.4. Distribuição da Indústria de Transformação por Porte

Segundo os dados da RAIS do Ministério do Trabalho e Emprego, em 2012, os estabelecimentos da

indústria de transformação tinham, em média, 23,0 empregados formais.

Page 25: Panorama da Industria_2a edicao

25

Os estabelecimentos de pequeno porte, com até 99 empregados formais, eram a maioria em 2012,

com 96,5% dos estabelecimentos, o que correspondia a 325.037 estabelecimentos. Já os estabelecimentos

de porte médio, com 100 a 499 empregados formais, representavam 2,9% do total (9.733

estabelecimentos). Os estabelecimentos com mais de 500 empregados formais, de grande porte,

representavam 0,6% do total (2.009 estabelecimentos).

Em 2012, os estabelecimentos de pequeno porte empregavam 42,3% dos empregados formais, o

que totalizava 3,3 milhões de pessoas. Por sua vez, os estabelecimentos de porte médio absorviam 26,0%

dos empregados formais (2,0 milhões de pessoas). E os estabelecimentos de grande porte empregavam mais

que os de médio porte, 2,5 milhões de pessoas, que representam 31,7% do emprego formal.

Gráfico 7: Estabelecimentos e Empregados Formais da Indústria de Transformação por Porte em 2012

Fonte: RAIS – MTE

Analisando por setores, o de coque, derivados de petróleo e biocombustíveis é, de longe, o setor

com maior concentração de estabelecimentos de grande porte. Neste setor, 14,4% dos estabelecimentos

apresentavam 500 ou mais empregados formais em 2012. Por outro lado, o setor com o maior número de

estabelecimentos de grande porte é o de alimentos, com um total de 537 estabelecimentos deste porte.

O setor de coque, derivados do petróleo e biocombustíveis também detém a maior concentração de

estabelecimentos com 100 a 499 empregados formais. Ao ter a maior proporção tanto de estabelecimentos

Page 26: Panorama da Industria_2a edicao

26

de médio quanto de grande porte, este setor apresenta o maior porte médio. Seus estabelecimentos têm,

em média, 250 empregados formais.

Os setores com maior concentração de estabelecimentos de pequeno porte são os de impressão e

reprodução de gravações (99,1%), o de manutenção, reparação e instalação de máquinas e equipamentos

(98,8%) e o de confecção de artigos do vestuário e acessórios (98,7%), que, consequentemente, apresentam

os menores portes médios: 8,8, 10,5 e 11,9 empregados formais por estabelecimento, respectivamente.

Tabela 8: Quantidade de Estabelecimentos por Porte para Setores da Indústria de Transformação no Brasil

em 2012

Setores Empregados por estabelecimento

Pequeno Porte Médio Porte Grande Porte

Coque, Petróleo e Biocombustíveis 250,0 435 (67,5%) 116 (18,0%) 93 (14,4%)

Produtos Farmoquímicos e Farmacêuticos 104,0 740 (79,7%) 144 (15,5%) 45 (4,8%)

Outros Equipamentos de Transporte 88,1 1.066 (89,1%) 96 (8,0%) 35 (2,9%)

Veículos Automotores e Autopeças 83,2 5.445 (88,0%) 525 (8,5%) 214 (3,5%)

Produtos do Fumo 64,0 201 (86,3%) 23 (9,9%) 9 (3,9%)

Bebidas 60,7 2.113 (88,7%) 193 (8,1%) 77 (3,2%)

Metalurgia 56,3 4.116 (92,1%) 269 (6,0%) 84 (1,9%)

Máquinas, Aparelhos e Materiais Elétricos 50,0 4.181 (91,6%) 313 (6,9%) 68 (1,5%)

Equiptos. de Informática, Eletrônicos e Ópticos 47,8 3.373 (91,9%) 238 (6,5%) 61 (1,7%)

Celulose, Papel e Produtos de Papel 39,8 4.091 (91,8%) 305 (6,8%) 62 (1,4%)

Produtos Alimentícios 33,8 40.541 (95,2%) 1.489 (3,5%) 537 (1,3%)

Produtos de Borracha e de Material Plástico 31,2 13.591 (93,8%) 796 (5,5%) 95 (0,7%)

Produtos Químicos 30,1 8.558 (93,6%) 528 (5,8%) 57 (0,6%)

Máquinas e Equipamentos 28,7 13.528 (94,7%) 667 (4,7%) 97 (0,7%)

Artefatos de Couro e Calçados 28,6 13.424 (95,6%) 508 (3,6%) 106 (0,8%)

Produtos Têxteis 27,0 10.521 (95,1%) 452 (4,1%) 92 (0,8%)

Produtos de Minerais Não-Metálicos 16,7 26.529 (97,9%) 520 (1,9%) 53 (0,2%)

Produtos de Metal, exc. Máquinas e Equiptos. 14,0 37.659 (97,9%) 739 (1,9%) 58 (0,2%)

Móveis 13,9 19.705 (97,8%) 409 (2,0%) 31 (0,2%)

Produtos Diversos 12,6 11.608 (98,2%) 196 (1,7%) 21 (0,2%)

Produtos de Madeira 12,3 15.790 (98,6%) 205 (1,3%) 15 (0,1%)

Confecção de Vestuário e Acessórios 11,9 57.689 (98,7%) 712 (1,2%) 55 (0,1%)

Manut., Reparação e Instalação Máqs e Equips 10,5 16.000 (98,8%) 172 (1,1%) 28 (0,2%)

Impressão e Reprodução de Gravações 8,8 14.133 (99,1%) 118 (0,8%) 16 (0,1%)

Total da Indústria de Transformação 23,0 325.037 (96,5%) 9.733 (2,9%) 2.009 (0,6%)

Fonte: RAIS - MTE

Page 27: Panorama da Industria_2a edicao

27

2.5. Distribuição Espacial dos Grandes Estabelecimentos Industriais no Brasil

Em 2012, segundo dados da RAIS do Ministério do Trabalho e Emprego, a maior parte dos

estabelecimentos da indústria de transformação de grande porte, com 500 ou mais empregados formais,

estava concentrada no Estado de São Paulo, que detinha 36,2% dos estabelecimentos deste porte no país

(728 estabelecimentos). Em segundo lugar, estava Minas Gerais, com 10,6% (212 estabelecimentos) e, em

terceiro lugar, o Rio Grande do Sul, com 9,6% (192 estabelecimentos). Por outro lado, os Estados do Acre,

Roraima e Amapá não apresentavam estabelecimentos de grande porte da indústria de transformação.

Tabela 9: Concentração dos Estabelecimentos de Grande Porte (500 ou mais empregados formais) da

Indústria de Transformação por Estados Brasileiros em 2012

Estados Estabelecimentos da Ind.

de Transformação de grande porte

% Participação dos Estados no Brasil

São Paulo 728 36,2%

Minas Gerais 212 10,6%

Rio Grande do Sul 192 9,6%

Santa Catarina 141 7,0%

Paraná 139 6,9%

Rio de Janeiro 109 5,4%

Goiás 61 3,0%

Amazonas 60 3,0%

Ceará 54 2,7%

Bahia 53 2,6%

Pernambuco 47 2,3%

Mato Grosso do Sul 35 1,7%

Mato Grosso 30 1,5%

Alagoas 29 1,4%

Pará 23 1,1%

Paraíba 21 1,0%

Espírito Santo 20 1,0%

Sergipe 14 0,7%

Rondônia 10 0,5%

Rio Grande do Norte 9 0,4%

Maranhão 7 0,3%

Piauí 6 0,3%

Distrito Federal 5 0,2%

Tocantins 4 0,2%

BRASIL 2.009 100,0%

Fonte: RAIS - MTE

Page 28: Panorama da Industria_2a edicao

28

O mapa abaixo ilustra a distribuição dos estabelecimentos industriais com mais de 500 empregados

formais no Brasil. A maior concentração de estabelecimentos de grande porte está nos Estados das regiões

Sudeste e Sul. A exceção é o Estado do Amazonas, que tinha 62 estabelecimentos industriais de grande

porte, em 2012, devido à zona franca de Manaus.

Figura 1: Distribuição por Estados Brasileiros dos Estabelecimentos de Grande Porte

(500 ou mais empregados formais) em 2012

A seguir, ainda segundo os dados da RAIS-MTE, verificamos a distribuição dos estabelecimentos da

indústria de transformação de grande porte para os setores com maior participação no número de

empregados formais.

No setor de alimentos, a maior concentração de estabelecimentos com 500 ou mais empregados

formais está no Estado de São Paulo (32,4% dos estabelecimentos deste porte no setor). Em seguida,

encontram-se Paraná, com 9,9%, e Minas Gerais, com 9,7%.

O setor de confecção de artigos do vestuário e acessórios concentra 29,1% de seus estabelecimentos

de grande porte em Santa Catariana, 20,0% em São Paulo e 10,9% no Rio de Janeiro.

Page 29: Panorama da Industria_2a edicao

29

No setor de produtos de metal, a maior concentração de estabelecimentos de grande porte

está em São Paulo (32,8%), que é seguido pelo Rio Grande do Sul, com 25,9%, e Minas Gerais, com

8,6%.

O setor de veículos automotores, carrocerias e autopeças concentra 52,8% dos estabelecimentos de

grande porte em São Paulo, 19,6% em Minas Gerais e 8,9% no Rio Grande do Sul. No total, estes três Estados

são responsáveis por 81,3% dos estabelecimentos de grande porte do setor.

Já o setor de produtos de borracha e plástico concentra 41,1% dos estabelecimentos com 500 ou

mais empregados formais em São Paulo, 12,6% em Santa Catarina e 11,6% em Minas Gerais.

No setor de produtos de minerais não metálicos, o Estado de São Paulo concentra 45,3% dos

estabelecimentos de grande porte, Minas Gerais detém 11,3% e Paraná, 9,4%.

No setor de máquinas e equipamentos, 51,5% dos estabelecimentos de grande porte estão

localizados no Estado de São Paulo, 17,5% estão no Rio Grande do Sul. Em terceiro lugar, temos Minas

Gerais, Paraná e Santa Catarina, com 6,2% cada.

O setor de artefatos de couro, artigos para viagem e calçados concentra 36,8% de seus

estabelecimentos de grande porte no Rio Grande do Sul, 17,9% no Ceará e 13,2% na Bahia.

O setor têxtil concentra 34,8% de seus estabelecimentos de grande porte no Estado de São Paulo,

20,7% em Santa Catarina, 10,9% no Ceará e 10,9% em Minas Gerais.

Já no setor de móveis, 25,8% dos estabelecimentos de grande porte estão localizados no Rio Grande

do Sul. Em seguida, temos Minas Gerais, São Paulo e Paraná, com 19,4% cada.

O Estado de São Paulo fica em primeiro lugar em sete dos dez principais setores em relação aos

estabelecimentos de grande porte, conforme Tabela 10. As exceções são os setores de confecções de artigos

do vestuário, com destaque para o polo de malhas em Santa Catarina, e os setores de artefatos de couro e

calçados e de móveis, com destaque para o polo calçadista no Rio Grande do Sul. Neste segundo setor, o

Estado de São Paulo nem aparece no ranking da Tabela 10, pois está em quarto lugar (9,1% dos

estabelecimentos de grande porte).

Page 30: Panorama da Industria_2a edicao

30

Tabela 10: Estados Brasileiros que Concentram a Maior Parte dos Estabelecimentos de Grande Porte nos

Setores de Maior Participação no Total de Empregados Formais em 2012

Setores 1º lugar 2º lugar 3º lugar

Produtos Alimentícios SP (32,4%) PR (9,9%) MG (9,7%)

Confecção de Artigos do Vestuário e Acessórios SC (29,1%) SP (20,0%) RJ (10,9%)

Produtos de Metal, exc. Máquinas e Equipamentos SP (32,8%) RS (25,9%) MG (8,6%)

Veículos Automotores, Carrocerias e Autopeças SP (52,8%) MG (19,6%) RS (8,9%)

Produtos de Borracha e de Material Plástico SP (41,1%) SC (12,6%) MG (11,6%)

Produtos de Minerais Não-Metálicos SP (45,3%) MG (11,3%) PR (9,4%)

Máquinas e Equipamentos SP (51,5%) RS (17,5%)

MG (6,2%)

PR (6,2%)

SC (6,2%)

Artefatos de Couro, Artigos para Viagem e Calçados RS (36,8%) CE (17,9%) BA (13,2%)

Produtos Têxteis SP (34,8%) SC (20,7%) CE (10,9%)

MG (10,9%)

Móveis RS (25,8%)

MG (19,4%)

- SP (19,4%)

PR (19,4%)

Fonte: RAIS – MTE

3. A INDÚSTRIA PAULISTA

3.1. Evolução da Participação do Emprego Formal na Indústria de Transformação e do Número de

Estabelecimentos Industriais no Estado de São Paulo

3.1.1. Evolução do Emprego Formal na Indústria Paulista

Segundo informações da RAIS-MTE, durante o período de 1985 a 2012, assim como verificado no

Brasil, o número de pessoas empregadas na indústria de transformação paulista diminuiu sua participação

em relação aos outros setores da economia, registrando, em 2012, a menor participação da série analisada.

A indústria de transformação, que em São Paulo chegou a deter 39,0% dos empregos formais da economia

paulista em 1986, sofreu uma queda brusca de 18,5 pontos percentuais, chegando a uma participação de

20,5% em 2012.

Page 31: Panorama da Industria_2a edicao

31

Gráfico 8: Evolução da Participação da Indústria de Transformação no Emprego Formal Paulista

(1985 a 2012)

Fonte: RAIS – MTE

3.1.2. Interiorização do Emprego Industrial Paulista

A perda de participação da indústria de transformação no total de empregos em São Paulo, no

entanto, não foi igualmente distribuída em todo o Estado. Para esta análise, utilizamos dados de emprego

formal da RAIS-MTE para os anos de 1992 e 2012. Para permitir a formação desta série mais longa, a

classificação da indústria de transformação e de seus subsetores utilizada para esta análise é a classificação

de setor IBGE. Esta classificação é diferente da utilizada ao longo deste trabalho para a distribuição setorial

pontual (ano de 2012), para a qual utilizamos a classificação por CNAE 2.0. Enquanto a classificação por setor

IBGE permite uma série mais longa, a classificação por CNAE 2.0 permite uma abertura maior de setores.

Assim, temos que, entre 1992 e 2012, duas Regiões Administrativas tiveram aumento de

participação da indústria de transformação no total de empregos no período: Presidente Prudente e São

José do Rio Preto. Por outro lado, as demais regiões perderam participação da indústria de transformação no

total do emprego, com destaque para São Paulo, Registro e São José dos Campos. Na Região Administrativa

Page 32: Panorama da Industria_2a edicao

32

de Franca, a indústria de transformação perdeu participação, mas a região permaneceu como a de maior

participação do emprego industrial no emprego total.

Tabela 11: Participação do Emprego da Indústria de Transformação no Total de Empregos Formais das

Regiões Administrativas de São Paulo entre 1992 e 2012

Regiões Administrativas

1992 2012 Participação de 2012-1992

(em p.p.) Emprego

Total Emprego

na IT Participação IT no Total

Emprego Total

Emprego na IT

Participação IT no Total

Araçatuba 81.620 26.834 32,9% 189.957 58.394 30,7% -2,1

Barretos 67.853 14.718 21,7% 123.487 26.382 21,4% -0,3

Bauru 136.936 38.803 28,3% 322.428 84.036 26,1% -2,3

Campinas 823.945 349.501 42,4% 2.077.754 634.278 30,5% -11,9

Central 145.825 46.393 31,8% 295.025 89.005 30,2% -1,6

Franca 84.568 40.658 48,1% 183.228 63.313 34,6% -13,5

Marília 104.110 26.424 25,4% 242.827 52.968 21,8% -3,6

Presidente Prudente 84.233 13.884 16,5% 187.469 41.831 22,3% 5,8

Registro 13.563 2.894 21,3% 43.160 3.187 7,4% -14,0

Ribeirão Preto 160.895 43.150 26,8% 397.599 89.954 22,6% -4,2

Santos 206.396 32.585 15,8% 400.798 26.503 6,6% -9,2

São José do Rio Preto 136.969 32.643 23,8% 398.195 101.412 25,5% 1,6

São José dos Campos 243.229 89.048 36,6% 584.920 134.245 23,0% -13,7

São Paulo 4.125.086 1.238.122 30,0% 7.608.839 1.199.920 15,8% -14,2

Sorocaba 315.609 119.803 38,0% 727.855 215.385 29,6% -8,4

Total do Estado 6.730.837 2.115.460 31,4% 13.783.541 2.820.813 20,5% -11,0

Fonte: RAIS-MTE

Ao mesmo tempo em que a indústria de transformação paulista perdia participação em relação aos

demais setores da economia, ela também sofria um rearranjo espacial dentro do Estado. O principal

movimento do emprego industrial no período foi um deslocamento da Região Metropolitana de São Paulo

(RMSP) para o interior do Estado em todos os setores. Apesar disso, a RMSP ainda detinha 42,5% do

emprego formal industrial em 2012.

A Tabela 12 mostra a distribuição do emprego formal industrial entre as Regiões Administrativas e a

distribuição do emprego de cada setor também entre as regiões para os dois anos extremos, 1992 e 2012,

além da diferença (em pontos percentuais) da participação de cada região entre os dois anos. As células

marcadas em azul indicam as regiões que mais ganharam participação no emprego deste setor, e as células

marcadas em vermelho indicam as regiões que mais perderam participação no setor.

Page 33: Panorama da Industria_2a edicao

33

Tabela 12: Participação dos Empregos Regionais nos Empregos Estaduais do Setor e Variação da Participação entre 1992 e 2012

Regiões Administrativas

Ano Total Indústria de

transformação Minerais não

metálicos Metalurgia Mecânica

Elétrico e Comunicação

Material de Transporte

Araçatuba

1992 1,2% 1,3% 1,1% 0,4% 0,5% 0,1% 0,1%

2012 1,4% 2,1% 1,1% 0,5% 1,1% 0,5% 0,3%

2012-1992 0,2 0,8 0,0 0,1 0,6 0,4 0,2

Barretos

1992 1,0% 0,7% 0,1% 0,2% 0,2% 0,3% 0,0%

2012 0,9% 0,9% 0,3% 0,3% 0,4% 0,6% 0,0%

2012-1992 -0,1 0,2 0,2 0,2 0,2 0,3 0,0

Bauru

1992 2,0% 1,8% 2,5% 0,5% 1,0% 0,8% 0,4%

2012 2,3% 3,0% 1,9% 1,4% 1,9% 3,3% 0,3%

2012-1992 0,3 1,1 -0,6 0,9 0,9 2,5 -0,1

Campinas

1992 12,2% 16,5% 26,7% 14,5% 20,6% 13,2% 12,2%

2012 15,1% 22,5% 36,2% 19,7% 27,3% 26,5% 28,4%

2012-1992 2,8 6,0 9,5 5,3 6,8 13,3 16,2

Central

1992 2,2% 2,2% 3,4% 0,9% 6,1% 0,6% 0,5%

2012 2,1% 3,2% 4,2% 1,7% 6,1% 1,8% 1,3%

2012-1992 0,0 1,0 0,8 0,8 0,0 1,2 0,8

Franca

1992 1,3% 1,9% 0,4% 0,9% 0,8% 0,2% 0,1%

2012 1,3% 2,2% 0,4% 1,3% 0,9% 0,7% 0,2%

2012-1992 0,1 0,3 0,0 0,4 0,2 0,4 0,1

Marília

1992 1,5% 1,2% 1,1% 0,4% 2,2% 0,2% 0,1%

2012 1,8% 1,9% 1,4% 1,4% 2,6% 2,0% 0,1%

2012-1992 0,2 0,6 0,3 1,0 0,4 1,8 0,1

Presidente Prudente

1992 1,3% 0,7% 0,9% 0,2% 0,3% 0,2% 0,0%

2012 1,4% 1,5% 2,2% 0,3% 0,3% 1,1% 0,2%

2012-1992 0,1 0,8 1,3 0,1 0,0 0,9 0,1

Registro

1992 0,2% 0,1% 0,2% 0,1% 0,0% 0,0% 0,0%

2012 0,3% 0,1% 0,4% 0,1% 0,0% 0,0% 0,0%

2012-1992 0,1 0,0 0,2 0,0 0,0 0,0 0,0

Ribeirão Preto

1992 2,4% 2,0% 1,6% 0,5% 3,3% 0,2% 0,5%

2012 2,9% 3,2% 1,5% 3,5% 4,7% 1,0% 0,6%

2012-1992 0,5 1,1 -0,1 2,9 1,4 0,8 0,1

Santos

1992 3,1% 1,5% 1,5% 5,3% 0,4% 0,1% 0,5%

2012 2,9% 0,9% 0,9% 2,7% 0,4% 0,1% 0,6%

2012-1992 -0,2 -0,6 -0,6 -2,6 0,0 0,0 0,1

São José do Rio Preto

1992 2,0% 1,5% 1,1% 1,3% 0,6% 0,5% 0,4%

2012 2,9% 3,6% 2,5% 3,0% 2,2% 1,5% 1,8%

2012-1992 0,9 2,1 1,4 1,7 1,6 1,1 1,4

São José dos Campos

1992 3,6% 4,2% 2,9% 3,1% 2,4% 5,7% 12,0%

2012 4,2% 4,8% 5,0% 6,2% 4,8% 3,9% 15,1%

2012-1992 0,6 0,5 2,1 3,1 2,4 -1,8 3,0

São Paulo

1992 61,3% 58,5% 43,4% 65,3% 56,6% 72,3% 68,5%

2012 55,2% 42,5% 30,9% 49,3% 38,7% 47,5% 42,9%

2012-1992 -6,1 -16,0 -12,4 -16,0 -17,9 -24,8 -25,6

Sorocaba

1992 4,7% 5,7% 13,2% 6,2% 4,9% 5,5% 4,8%

2012 5,3% 7,6% 11,3% 8,5% 8,7% 9,4% 8,2%

2012-1992 0,6 2,0 -1,9 2,2 3,7 3,9 3,4

Fonte: RAIS-MTE

Page 34: Panorama da Industria_2a edicao

34

Tabela 12: Participação dos Empregos Regionais nos Empregos Estaduais do Setor e Variação da Participação entre 1992 e 2012 (continuação)

Região Administrativa

Ano Madeira e Mobiliário

Papel e Gráfica

Borracha, Fumo, Couros

Química Têxtil Calçados Alimentos e Bebidas

Araçatuba

1992 1,9% 1,0% 1,0% 0,9% 0,5% 19,2% 1,4%

2012 2,7% 1,6% 1,3% 1,0% 1,4% 32,0% 3,4%

2012-1992 0,8 0,6 0,4 0,1 0,9 12,7 2,0

Barretos

1992 0,5% 0,1% 0,2% 0,2% 0,2% 0,2% 4,4%

2012 0,4% 0,2% 0,3% 0,5% 0,3% 0,0% 3,7%

2012-1992 -0,1 0,0 0,1 0,3 0,1 -0,1 -0,7

Bauru

1992 2,9% 2,2% 1,3% 0,7% 1,2% 7,3% 5,8%

2012 4,4% 2,9% 2,9% 3,0% 1,6% 16,3% 5,4%

2012-1992 1,4 0,7 1,6 2,3 0,4 9,0 -0,4

Campinas

1992 16,8% 12,2% 11,0% 13,6% 20,6% 11,9% 22,8%

2012 20,1% 18,9% 16,6% 22,7% 23,2% 1,3% 18,8%

2012-1992 3,3 6,7 5,6 9,0 2,6 -10,6 -4,0

Central

1992 1,5% 0,9% 2,0% 0,6% 2,4% 0,2% 5,6%

2012 2,2% 1,1% 2,6% 0,9% 6,0% 0,0% 5,0%

2012-1992 0,7 0,3 0,6 0,4 3,6 -0,2 -0,7

Franca

1992 0,6% 0,3% 2,5% 0,3% 0,3% 39,2% 2,2%

2012 1,2% 0,6% 4,0% 1,1% 0,9% 41,8% 3,2%

2012-1992 0,6 0,3 1,5 0,8 0,6 2,6 1,0

Marília

1992 2,3% 0,5% 0,4% 0,7% 0,9% 1,2% 4,6%

2012 2,9% 0,6% 0,5% 1,3% 0,8% 1,7% 4,5%

2012-1992 0,6 0,2 0,1 0,6 -0,1 0,4 -0,1

Presidente Prudente

1992 1,5% 0,4% 1,2% 0,3% 0,4% 0,7% 2,3%

2012 1,7% 0,6% 2,2% 1,9% 1,1% 0,2% 3,6%

2012-1992 0,2 0,2 1,0 1,6 0,7 -0,5 1,4

Registro

1992 0,3% 0,0% 0,0% 0,4% 0,0% 0,1% 0,4%

2012 0,1% 0,0% 0,1% 0,2% 0,1% 0,0% 0,2%

2012-1992 -0,3 0,0 0,0 -0,2 0,1 -0,1 -0,2

Ribeirão Preto

1992 2,0% 2,0% 2,3% 1,1% 1,0% 0,8% 7,6%

2012 2,8% 2,4% 5,5% 2,3% 1,0% 0,5% 6,5%

2012-1992 0,8 0,3 3,2 1,2 0,0 -0,4 -1,0

Santos

1992 1,0% 0,9% 1,8% 3,1% 0,3% 0,1% 1,3%

2012 0,4% 0,7% 0,3% 1,5% 0,4% 0,0% 1,0%

2012-1992 -0,7 -0,2 -1,5 -1,6 0,1 -0,1 -0,3

São José do Rio Preto

1992 9,0% 1,1% 1,4% 0,5% 1,4% 0,9% 3,8%

2012 14,7% 1,5% 2,9% 2,9% 2,9% 1,2% 6,5%

2012-1992 5,8 0,4 1,5 2,3 1,5 0,3 2,8

São José dos Campos

1992 1,9% 2,6% 5,7% 3,5% 2,3% 2,1% 2,7%

2012 2,4% 3,6% 3,0% 3,6% 1,8% 0,1% 2,7%

2012-1992 0,5 1,0 -2,7 0,0 -0,5 -2,0 0,0

São Paulo

1992 46,5% 72,5% 65,7% 70,2% 60,6% 12,7% 30,4%

2012 31,6% 60,8% 50,7% 51,8% 48,2% 4,3% 29,1%

2012-1992 -15,0 -11,8 -15,0 -18,5 -12,4 -8,4 -1,3

Sorocaba

1992 11,2% 3,2% 3,5% 3,7% 7,8% 3,3% 4,8%

2012 12,6% 4,5% 7,1% 5,3% 10,0% 0,6% 6,4%

2012-1992 1,4 1,3 3,6 1,6 2,3 -2,6 1,6

Fonte: RAIS-MTE

Page 35: Panorama da Industria_2a edicao

35

Esse movimento de desconcentração industrial nas regiões metropolitanas também pode ser

observado pela ótica do produto industrial (Valor Adicionado Fiscal da Indústria de Transformação), segundo

um estudo do SEADE8. Neste estudo, as regiões administrativas que apresentaram retração no produto

industrial, entre 2000 e 2010, foram São Paulo, Vale do Paraíba e Litoral Norte e Baixada Santista. Por outro

lado, as áreas que apresentaram expansão no produto industrial foram duas e bem distintas: área Campinas-

Sorocaba – chamado de “corredor asiático”9 – em que estão as Regiões Administrativas de Campinas e

Sorocaba; e a área Industrial da Cana de Açúcar em que estão as regiões administrativas de Ribeirão Preto,

São José do Rio Preto, Bauru, Marília, Franca, Araçatuba, Barretos e Presidente Prudente.

Assim, nas duas análises, por emprego formal e por produto industrial, a indústria vem perdendo

importância principalmente na região metropolitana de São Paulo e vem ganhando importância no interior

do estado, com destaque para as regiões de Campinas, Sorocaba, Ribeirão Preto, São José do Rio Preto e

Bauru.

3.1.3. Evolução dos Estabelecimentos Industriais Paulistas

A Indústria de Transformação em São Paulo também sofreu grande perda de participação em relação

ao número de estabelecimentos para os outros setores da economia durante o período de 1985 a 2012,

registrando, em 2012, as menores participações da série analisada. A indústria de transformação chegou a

deter 17,6% dos estabelecimentos paulistas em 1986, mas passou a deter apenas 10,4% em 2012, segundo

dados da RAIS do Ministério do Trabalho e Emprego.

8 Fundação Sistema Estadual de Análise de Dados (SEADE). Onde a Indústria se fortalece no Estado de São Paulo 2013.

São Paulo: Fundação Sistema Estadual de Análise de Dados; 2013. [acessado em 2013 jun 10]. Disponível em: http://www.seade.gov.br/index.php?option=com_content&view=category&id=19&layout=blog&Itemid=66

9 “Corredor Asiático” é o termo informal utilizado para caracterizar a presença de empresas japonesas, sul-coreanas e

chinesas, com destaque para o segmento automotivo e de máquinas e equipamentos, material eletrônico e equipamento de comunicação, máquinas e equipamento de informática e produtos químicos.

Page 36: Panorama da Industria_2a edicao

36

Gráfico 9: Evolução da Participação da Indústria de Transformação nos Estabelecimentos Paulistas

(1985 a 2012)

Fonte: RAIS - MTE

3.1.4. Migração dos Estabelecimentos Industriais Paulistas para Outros Estados Brasileiros

A perda de participação da indústria de transformação no total de estabelecimentos é maior no

Estado de São Paulo do que no Brasil como um todo. Isto tem como uma de suas causas a migração de

estabelecimentos para outros Estados.

Para esta análise, utilizamos dados de estabelecimentos industriais da RAIS-MTE para os anos de

1986 a 2012. Para permitir a formação desta série mais longa, a classificação da indústria de transformação e

de seus subsetores utilizada para esta análise é a classificação de setor IBGE. Esta classificação é diferente da

utilizada ao longo deste trabalho para a distribuição setorial pontual (ano de 2012), para a qual utilizamos a

classificação por CNAE 2.0. Enquanto a classificação por setor IBGE permite uma série mais longa, a

classificação por CNAE 2.0 permite uma abertura maior de setores.

Page 37: Panorama da Industria_2a edicao

37

Ademais, selecionamos apenas estabelecimentos da indústria de transformação com 100 ou mais

empregados formais (médio e grande porte). Assim evitamos a contagem dos estabelecimentos de pequeno

porte que podem indicar um estabelecimento novo ou um estabelecimento que está encerrando suas

atividades.

No Brasil, a quantidade de estabelecimentos industriais com 100 ou mais empregados formais

cresceu nos últimos 26 anos, segundo RAIS-MTE, de 10.479 para 12.228 (+ 16,7%). Em São Paulo, por outro

lado, a quantidade de estabelecimentos industriais de grande e médio porte caiu no mesmo período,

passando de 5.228 para 4.611 (-11,8%). Com isso, a participação de São Paulo no total de estabelecimentos

de grande e médio porte caiu de 49,9% para 37,7% (-12,2 p.p.).

Além de São Paulo, o Rio de Janeiro também perdeu uma grande quantidade de estabelecimentos

de grande e médio porte no período, passando de 975 para 657 (-32,6%). Com isso, a participação do Estado

no total de estabelecimentos de grande e médio porte caiu de 9,3% para 5,4% (-3,9 p.p.).

A perda de estabelecimentos industriais no Estado de São Paulo é bastante destacada, mas o ganho

de estabelecimentos industriais esteve mais diluído. A maioria dos Estados ganhou participação, com

destaque para Paraná (de 4,6% em 1986 para 7,8% em 2012, +3,2 p.p.); Minas Gerais (de 6,8% para 9,9%,

+3,1 p.p.); Santa Catarina (de 5,0% para 7,9%, +2,9p.p.); Goiás (de 0,7% para 2,4%, +1,7 p.p). Cabe ressaltar

que, em 1986, o Estado de Tocantins ainda não havia sido criado.

Page 38: Panorama da Industria_2a edicao

38

Tabela 13: Estabelecimentos com 100 ou Mais Empregados Formais em 1986 e 2012 por Estados Brasileiros, Participação no Brasil e Variação no Período

Estados

1986 2012 Variação 1986-2012

Estabele-cimentos

Participação no Brasil

Estabele-cimentos

Participação no Brasil

No número estabele-cimentos

(em %)

Na participação

no Brasil (em p.p.)

São Paulo 5.228 49,9% 4.611 37,7% -11,8% -12,2

Minas Gerais 715 6,8% 1.207 9,9% 68,8% 3,1

Rio Grande do Sul 1.160 11,1% 1.187 9,7% 2,3% -1,4

Santa Catarina 527 5,0% 971 7,9% 84,3% 2,9

Paraná 487 4,6% 954 7,8% 95,9% 3,2

Rio de Janeiro 975 9,3% 657 5,4% -32,6% -3,9

Bahia 214 2,0% 377 3,1% 76,2% 1,0

Ceará 163 1,6% 345 2,8% 111,7% 1,2

Goiás 72 0,7% 293 2,4% 306,9% 1,7

Pernambuco 254 2,4% 278 2,3% 9,4% -0,2

Amazonas 126 1,2% 214 1,8% 69,8% 0,5

Espírito Santo 90 0,9% 172 1,4% 91,1% 0,5

Mato Grosso do Sul 23 0,2% 150 1,2% 552,2% 1,0

Pará 105 1,0% 141 1,2% 34,3% 0,2

Mato Grosso 28 0,3% 130 1,1% 364,3% 0,8

Paraíba 60 0,6% 102 0,8% 70,0% 0,3

Sergipe 39 0,4% 72 0,6% 84,6% 0,2

Rio Grande do Norte 55 0,5% 66 0,5% 20,0% 0,0

Maranhão 37 0,4% 66 0,5% 78,4% 0,2

Alagoas 69 0,7% 61 0,5% -11,6% -0,2

Distrito Federal 16 0,2% 56 0,5% 250,0% 0,3

Rondônia 6 0,1% 40 0,3% 566,7% 0,3

Piauí 22 0,2% 38 0,3% 72,7% 0,1

Tocantins - - 23 0,2% - -

Acre 2 0,0% 7 0,1% 250,0% 0,0

Amapá 5 0,0% 6 0,0% 20,0% 0,0

Roraima 1 0,0% 4 0,0% 300,0% 0,0

Total 10.479 100,0% 12.228 100,0% 16,7% -

Fonte: RAIS-MTE

* Em 1986, o Estado do Tocantins ainda não havia sido criado, sendo que seu território nesta época pertencia ao Estado de Goiás.

Page 39: Panorama da Industria_2a edicao

39

Os setores que mais perderam estabelecimentos de 100 ou mais empregados formais em São Paulo,

entre 1986 e 2012, foram: têxtil (356 estabelecimentos a menos em São Paulo e 243 estabelecimentos a

mais no Paraná, Minas Gerais, Santa Catarina e Goiás) e material elétrico e de comunicação (220

estabelecimentos a menos em São Paulo e 92 estabelecimentos a mais nos mesmo quatro Estados).

Assim, temos que grande parte dos estabelecimentos de médio e grande porte destes dois setores

que deixaram de existir em São Paulo, passou a existir nos quatro Estados que mais ganharam participação

no número de estabelecimentos industriais brasileiros destes portes.

Ademais, nos setores de produtos químicos e de alimentos e bebidas, Paraná, Minas Gerais, Santa

Catarina e Goiás ganharam conjuntamente, nos 26 anos, mais que o dobro de estabelecimentos de 100 ou

mais empregados do que o Estado de São Paulo.

Tabela 14: Estabelecimentos com 100 ou Mais Empregados Formais em 1986 e 2012 por Setor e Variação no Período

Estado de São Paulo Paraná, Minas Gerais, Santa

Catarina e Goiás

1986 2012

Variação 1986-2012 (em nº de estabele-cimentos)

1986 2012

Variação 1986-2012

(em nº de estabele-cimentos)

Produtos de Mineral não Metálico 214 184 -30 135 151 16

Metalurgia 641 494 -147 216 330 114

Mecânica 575 506 -69 124 246 122

Material Elétrico e de Comunicação 472 252 -220 53 145 92

Material de Transporte 336 443 107 35 187 152

Madeira e Mobiliário 194 147 -47 270 310 40

Papel e Gráfica 291 322 31 91 160 69

Borracha, Fumo, Couros 368 220 -148 89 98 9

Química 669 798 129 121 454 333

Têxtil 777 421 -356 297 540 243

Calçados 150 87 -63 60 71 11

Alimentos e Bebidas 541 737 196 310 733 423

Total da Indústria de transformação 5.228 4.611 -617 1.801 3.425 1.624

Fonte: RAIS-MTE

Page 40: Panorama da Industria_2a edicao

40

Estes dados oferecem fortes indícios de que está ocorrendo uma migração de indústrias paulistas

para outros Estados, levando a um impacto maior no Estado de São Paulo da perda de participação da

indústria na economia.

3.2. Retrato da Indústria de Transformação do Estado de São Paulo

Segundo dados das Contas Regionais do IBGE, em 2010, a indústria de transformação foi responsável

por 21,2% do PIB do Estado de São Paulo. Em 2010, o setor de serviços representou 56,4% do PIB do Estado,

o comércio 12,6%, a agropecuária 1,9% e a construção civil 4,8%. A indústria total, constituída pela indústria

de transformação, pela indústria extrativa mineral e pelos serviços industriais de utilidade pública (SIUP),

representava 24,3% do PIB do Estado.

Gráfico 10: PIB por Setor da Economia Paulista em 2010

Fonte: Contas Regionais / IBGE (2010)

Segundo as Contas Regionais do IBGE, através dos dados mais recentes, de 2010, o valor adicionado

da Indústria de Transformação de São Paulo era de R$ 219,8 bilhões.

Page 41: Panorama da Industria_2a edicao

41

3.2.1. O Valor da Transformação Industrial do Estado de São Paulo

Buscando analisar a produção dos setores da indústria de transformação de São Paulo, a variável

escolhida foi o valor da transformação industrial (VTI) da indústria de transformação, uma proxy do valor

adicionado, pois não há divulgação do dado de valor adicionado por Estado e por setor; essa variável é

resultado do valor bruto da produção industrial menos o custo das operações da indústria.

Segundo os dados mais recentes divulgados pela Pesquisa Industrial Anual do IBGE de 2010, a Tabela

15 mostra o valor da transformação industrial dos setores da indústria de transformação de São Paulo e sua

participação no valor da transformação industrial. Os setores com maior participação no valor da

transformação industrial da indústria de transformação em São Paulo, e consequentemente no PIB do

Estado, em 2010 são: veículos automotores (15,2%), produtos alimentícios (13,9%) e coque, derivados do

petróleo e biocombustíveis (10,3%).

Page 42: Panorama da Industria_2a edicao

42

Tabela 15: Valor da Transformação Industrial da Indústria de Transformação por Setor no Estado de São

Paulo em 2010

Setores VTI

(em milhões de R$)*

Participação % do VTI do setor na Ind. de Transformação

Veículos automotores, carrocerias e autopeças 44.811,4 15,2%

Produtos alimentícios 40.958,0 13,9%

Coque, derivados do petróleo e biocombustíveis 30.458,5 10,3%

Produtos químicos 27.784,7 9,4%

Máquinas e equipamentos 21.845,4 7,4%

Produtos de metal, exc. Máquinas e equipamentos 14.870,2 5,0%

Produtos de borracha e de material plástico 14.658,9 5,0%

Produtos farmoquímicos e farmacêuticos 13.205,8 4,5%

Máquinas, aparelhos e materiais elétricos 10.886,3 3,7%

Celulose, papel e produtos de papel 10.808,4 3,7%

Metalurgia básica 10.003,5 3,4%

Produtos de minerais não metálicos 9.841,7 3,3%

Equiptos. de informática, prods. eletrônicos e ópticos 7.563,7 2,6%

Bebidas 5.856,1 2,0%

Produtos têxteis 5.801,3 2,0%

Outros equipamentos de transporte 4.943,6 1,7%

Confecção de artigos do vestuário e acessórios 4.333,1 1,5%

Impressão e reprodução de gravações 3.774,6 1,3%

Produtos diversos 3.650,7 1,2%

Manutenção, reparação e instalação de máquinas 3.188,0 1,1%

Móveis 2.581,0 0,9%

Produtos de madeira 1.855,3 0,6%

Artefatos de couro, artigos de viagem e calçados 1.844,4 0,6%

Produtos do fumo 75,1 0,0%

Total da Indústria de Transformação 295.599,9 100,0%

Fonte: PIA - IBGE

* Valores da PIA para empresas industriais com 5 ou mais pessoas ocupadas.

3.2.2. Empregos Formais

Segundo a RAIS-MTE, em 2012, a indústria de transformação paulista ocupava 2,7 milhões de

pessoas. A indústria de transformação, em 2012, detinha 19,3%10 dos empregos formais de São Paulo em

10 Na análise da evolução do emprego formal indústria de transformação, a classificação da indústria de transformação e de seus subsetores utilizada foi a classificação de setor IBGE, para permitir a formação desta série mais longa. Nesta

Page 43: Panorama da Industria_2a edicao

43

comparação com todos os setores da economia, enquanto a indústria total, constituída pela indústria de

transformação, pela indústria extrativa mineral e pelos serviços industriais de utilidade pública (SIUP), era

responsável por 20,3% dos empregos formais em São Paulo.

Gráfico 11: Empregados Formais por Setores da Economia Paulista em 2012

Fonte: RAIS - MTE

3.2.3. Distribuição Setorial do Emprego Formal Paulista

Segundo dados da RAIS do Ministério do Trabalho e Emprego, em 2012, entre os setores da indústria

de transformação de São Paulo, o setor que mais empregava era o de alimentos (13,9% dos empregados

formais), seguido pelo de veículos automotores, carrocerias e autopeças (10,3%) e, em terceiro lugar, o setor

de produtos de metal (8,4%), observando a Tabela 16.

análise de distribuição setorial pontual (ano de 2012), utilizamos a classificação por CNAE 2.0, que permite uma abertura maior de setores.

Page 44: Panorama da Industria_2a edicao

44

Tabela 16: Empregados Formais por Setores da Indústria de Transformação Paulista em 2012

Setores da Indústria de Transformação Empregados

formais Participação

Produtos Alimentícios 371.738 13,9%

Veículos Automotores, Carrocerias e Autopeças 274.991 10,3%

Produtos de Metal, exc. Máquinas e Equipamentos 223.087 8,4%

Máquinas e Equipamentos 208.247 7,8%

Produtos de Borracha e de Material Plástico 204.960 7,7%

Confecção de Artigos do Vestuário e Acessórios 176.014 6,6%

Produtos Químicos 134.936 5,1%

Produtos de Minerais Não-Metálicos 117.661 4,4%

Máquinas, Aparelhos e Materiais Elétricos 109.621 4,1%

Produtos Têxteis 109.309 4,1%

Metalurgia 78.718 3,0%

Celulose, Papel e Produtos de Papel 77.464 2,9%

Equipamentos de Informática, Produtos Eletrônicos e Ópticos 75.988 2,9%

Artefatos de Couro, Artigos para Viagem e Calçados 72.139 2,7%

Produtos Diversos 69.300 2,6%

Móveis 68.106 2,6%

Produtos Farmoquímicos e Farmacêuticos 52.316 2,0%

Manutenção, Reparação e Instalação de Máquinas e Equiptos. 51.906 1,9%

Impressão e Reprodução de Gravações 49.394 1,9%

Coque, Derivados do Petróleo e Biocombustíveis 44.271 1,7%

Bebidas 33.876 1,3%

Outros Equiptos. de Transporte, exc. Veículos Automotores 32.275 1,2%

Produtos de Madeira 27.985 1,0%

Produtos do Fumo 1.932 0,1%

Total da Indústria de Transformação 2.666.234 100,0%

Fonte: RAIS-MTE

3.2.4. Distribuição dos Empregos Formais Industriais por Região Administrativa

Segundo informações da Fundação de Sistema Estadual de Análise de Dados (SEADE), o Estado de

São Paulo é dividido em 15 Regiões Administrativas (RA). A região administrativa é uma subdivisão do Estado

de São Paulo, composta por diversos municípios de uma determinada área geográfica com similaridades

econômicas e sociais. Esta divisão foi criada pelo IBGE e não constitui região política ou administrativa, sendo

apenas para fins estatísticos.

Page 45: Panorama da Industria_2a edicao

45

A partir dos dados da RAIS do Ministério do Trabalho e Emprego, em 2012, observando a Tabela 17,

a Região Metropolitana de São Paulo representava 41,1% do emprego formal na indústria de transformação

do Estado de São Paulo, seguida pela Região Administrativa de Campinas com 23,1% e pela Região

Administrativa de Sorocaba com 7,8%.

Analisamos quais são os setores por Região Administrativa com maior participação no número de

empregados formais da indústria de transformação em 2012.

Na Região Metropolitana de São Paulo, os setores que se destacaram em 2012 em relação ao

emprego formal na indústria de transformação foram: veículos automotores, carroceria e autopeças, com

11,5%; produtos de borracha e material plástico, com 10,6% e produtos de metal, com 10,5%.

Já na Região Administrativa de Campinas, o setor de veículos automotores, carrocerias e autopeças

registrou uma participação de 13,4% no total do emprego formal da indústria de transformação, o setor de

produtos alimentícios ocupou 11,8% e o setor de máquinas e equipamentos ocupou 9,4% do emprego

formal.

Na Região Administrativa de Sorocaba, o setor de destaque foi o de veículos automotores, carroceria

e autopeças, que ocupava 12,2% dos empregados formais na indústria de transformação, seguido de

produtos alimentícios, com 9,8%, e o setor de confecção de artigos do vestuário e acessórios, com 8,7% do

emprego formal.

No total do Estado de São Paulo e em duas das três principais regiões administrativas em número de

empregados formais, o setor de alimentos se destaca entre os setores com maior participação no emprego

industrial. Na Região Metropolitana de São Paulo, no entanto, este setor ocupa apenas a sétima colocação,

sendo responsável por 6,6% do emprego formal na indústria de transformação.

O setor de veículos automotores e autopeças, por outro lado, está em segundo lugar entre os

setores industriais que mais empregam no total do Estado e também aparece como um setor de destaque

nas três principais Regiões Administrativas, entre os que mais empregam nas regiões.

Page 46: Panorama da Industria_2a edicao

46

Tabela 17: Empregados Formais da Indústria de Transformação por Regiões Administrativas do Estado de

São Paulo em 2012

Regiões Administrativas Empregados

Formais Participação

Região Metropolitana de São Paulo 1.094.514 41,1%

Campinas 614.800 23,1%

Sorocaba 207.838 7,8%

São José dos Campos 127.954 4,8%

São José do Rio Preto 99.445 3,7%

Ribeirão Preto 87.447 3,3%

Central 86.942 3,3%

Bauru 81.714 3,1%

Franca 62.528 2,3%

Araçatuba 57.607 2,2%

Marília 51.813 1,9%

Presidente Prudente 41.015 1,5%

Barretos 26.141 1,0%

Santos 23.322 0,9%

Registro 3.154 0,1%

Total do Estado 2.666.234 100%

Fonte: RAIS-MTE

3.2.5. Estabelecimentos Industriais

Segundo dados da RAIS do Ministério do Trabalho e Emprego, em 2012, a Indústria de

Transformação detinha 91.843 estabelecimentos no Estado de São Paulo, o que representa 9,4%11 dos

estabelecimentos de todos os setores da economia de São Paulo. Por outro lado, a indústria total,

constituída pela indústria de transformação, pela indústria extrativa Mineral e pelos serviços industriais de

utilidade pública (SIUP), registrava 9,8% dos estabelecimentos de São Paulo.

11

Na análise da evolução dos estabelecimentos da indústria de transformação, a classificação da indústria de transformação e de seus subsetores utilizada foi a classificação de setor IBGE, para permitir a formação desta série mais longa. Nesta análise de distribuição setorial pontual (ano de 2012), utilizamos a classificação por CNAE 2.0, que permite uma abertura maior de setores.

Page 47: Panorama da Industria_2a edicao

47

Gráfico 12: Estabelecimentos por Setores da Economia Paulista em 2012

Fonte: RAIS- MTE

3.2.6. Distribuição Setorial dos Estabelecimentos Industriais

Analisando os dados da Tabela 18, percebe-se que, entre os setores da indústria de transformação

do Estado de São Paulo, o setor que mais tinha estabelecimentos em 2012, segundo a RAIS-MTE, era o de

confecções de artigos do vestuário e acessórios (16,7% dos estabelecimentos da indústria de

transformação), seguido por produtos de metal (12,9%) e, em terceiro lugar, pelo setor de produtos

alimentícios (7,8%).

Page 48: Panorama da Industria_2a edicao

48

Tabela 18: Estabelecimentos por Setores da Indústria de Transformação no Estado de São Paulo em 2012

Setores da Indústria de Transformação Número de

estabelecimentos Participação

Confecção de Artigos do Vestuário e Acessórios 15.314 16,7%

Produtos de Metal, exc. Máquinas e Equipamentos 11.847 12,9%

Produtos Alimentícios 7.154 7,8%

Máquinas e Equipamentos 6.265 6,8%

Produtos de Borracha e de Material Plástico 6.152 6,7%

Manutenção, Reparação e Instalação de Máquinas e Equiptos. 5.041 5,5%

Produtos de Minerais Não-Metálicos 5.017 5,5%

Artefatos de Couro, Artigos para Viagem e Calçados 3.889 4,2%

Móveis 3.855 4,2%

Impressão e Reprodução de Gravações 3.778 4,1%

Produtos Diversos 3.756 4,1%

Produtos Têxteis 3.564 3,9%

Produtos Químicos 3.423 3,7%

Veículos Automotores, Carrocerias e Autopeças 2.407 2,6%

Máquinas, Aparelhos e Materiais Elétricos 2.170 2,4%

Produtos de Madeira 1.750 1,9%

Equipamentos de Informática, Produtos Eletrônicos e Ópticos 1.744 1,9%

Metalurgia 1.684 1,8%

Celulose, Papel e Produtos de Papel 1.679 1,8%

Bebidas 422 0,5%

Outros Equiptos. de Transporte, exc. Veículos Automotores 372 0,4%

Produtos Farmoquímicos e Farmacêuticos 347 0,4%

Coque, Derivados do Petróleo e Biocombustíveis 191 0,2%

Produtos do Fumo 22 0,0%

Total da Indústria de Transformação 91.843 100,0%

Fonte: RAIS - MTE

3.2.7. Distribuição dos Estabelecimentos Industriais por Regiões Administrativas

Segundo os dados da RAIS-MTE apresentados na Tabela 19, em 2012, as Regiões Administrativas de

São Paulo que se destacaram em número de estabelecimentos foram: Região Metropolitana de São Paulo

(com 44,9% dos estabelecimentos da indústria de transformação do Estado); Região Administrativa de

Campinas (20,7%) e Região Administrativa de Sorocaba (6,2%).

Page 49: Panorama da Industria_2a edicao

49

Abrindo por setores, na Região Metropolitana de São Paulo, o setor de confecção de artigos de

vestuário e acessórios se destacou com 22,3% dos estabelecimentos da indústria de transformação do

Estado, seguido por produtos de metal com 12,9% e pelo setor de produtos de borracha e material plástico

com 8,7%.

Na Região Administrativa de Campinas, o setor de destaque é o de produtos de metal, com 14,7%

dos estabelecimentos da indústria de transformação da região, seguido por confecção de artigos de

vestuário e acessórios com 12,1% e pelo setor de máquinas e equipamentos com 9,1%.

Na Região Administrativa de Sorocaba, 15,0% dos estabelecimentos da indústria de transformação

da região encontravam-se no setor de confecção de artigos de vestuário e acessórios. O setor de produtos

de metal detinha também 15,0%, e o setor de produtos alimentícios ocupava 10,5%.

Quando observamos a distribuição dos estabelecimentos dos setores da indústria de transformação

entre as Regiões Administrativas, destacam-se sempre as regiões de São Paulo e Campinas. A exceção é o

setor de artefatos de couro e calçados, no qual os destaques são as regiões de Franca, Bauru e Araçatuba,

onde estão localizados os polos calçadistas de Franca, Jaú e Birigui, respectivamente.

Tabela 19: Estabelecimentos da Indústria de Transformação por Regiões Administrativas do Estado de São Paulo em 2012

Regiões Administrativas Nº de estabelecimentos Participação

Região Metropolitana de São Paulo 41.213 44,9%

Campinas 19.028 20,7%

Sorocaba 5.687 6,2%

São José do Rio Preto 4.090 4,5%

Franca 3.459 3,8%

Central 3.033 3,3%

Ribeirão Preto 2.786 3,0%

São José dos Campos 2.714 3,0%

Bauru 2.694 2,9%

Araçatuba 2.060 2,2%

Marília 1.929 2,1%

Presidente Prudente 1.401 1,5%

Santos 960 1,0%

Barretos 570 0,6%

Registro 219 0,2%

Total do Estado 91.843 100%

Fonte: RAIS-MTE

Page 50: Panorama da Industria_2a edicao

50

3.2.8. Distribuição da Indústria Paulista por Porte

Segundo os dados da RAIS-MTE, em 2012, os estabelecimentos da Indústria de Transformação de

São Paulo tinham, em média, 29,0 empregados formais.

Assim como na análise do Brasil, os estabelecimentos de pequeno porte, com até 99 empregados

formais, eram a maioria em 2012, com 95,2% dos estabelecimentos, o que correspondia a 87.421

estabelecimentos. Já os estabelecimentos de porte médio, com 100 a 499 empregados formais,

representavam 4,0% do total (3.694 estabelecimentos). Os estabelecimentos com mais de 500 empregados

formais, de grande porte, representavam 0,8% do total (728 estabelecimentos).

Apesar de representarem a maior parte dos estabelecimentos da indústria de transformação em São

Paulo, os de pequeno porte empregavam 40,1% dos empregados formais, o que totalizava 1,1 milhão de

pessoas. Por sua vez, os estabelecimentos de porte médio empregavam 28,7% dos empregados formais (766

mil pessoas). E os estabelecimentos de grande porte empregavam mais que os de médio porte, 831,7 mil

pessoas, que representam 31,2% do emprego formal.

Gráfico 13: Estabelecimentos e Empregados Formais da Indústria de Transformação por Porte em 2012

em São Paulo

Fonte: RAIS – MTE

Page 51: Panorama da Industria_2a edicao

51

Analisando por setores, assim como na análise do Brasil, coque, derivados de petróleo e

biocombustíveis é o setor com maior concentração de estabelecimentos de grande porte. Neste setor, 15,2%

dos estabelecimentos tinham 500 ou mais empregados formais em 2012. Por outro lado, o setor com o

maior número de estabelecimentos de grande porte é o de alimentos, com um total de 174

estabelecimentos deste porte.

O setor de produtos farmoquímicos e farmacêuticos destaca-se pela concentração de

estabelecimentos médios, com 100 a 499 empregados formais, em São Paulo, com 23,6% dos

estabelecimentos de médio porte.

Os setores com maior concentração de estabelecimentos de pequeno porte são: manutenção,

reparação e instalação de máquinas e equipamentos (98,8%); confecção de artigos do vestuário e acessórios

(98,8%) e impressão e reprodução de gravações (98,1%) e, que, consequentemente, apresentam os menores

portes médios entre os setores da indústria de transformação em São Paulo: 10,3, 11,5 e 13,1 empregados

formais por estabelecimento, respectivamente.

Page 52: Panorama da Industria_2a edicao

52

Tabela 20: Porte Médio e Quantidade de Estabelecimentos por Porte dos Setores da Indústria de

Transformação no Estado de São Paulo em 2012

Setores Empregados por Estabelecimento

Pequeno Porte

Médio

Porte

Grande Porte

Coque, Petróleo e Biocombustíveis 231,8 132 (69,1%) 30 (15,7%) 29 (15,2%)

Produtos Farmoquímicos e Farmacêuticos 150,8 238 (68,6%) 82 (23,6%) 27 (7,8%)

Veículos Automotores e Autopeças 114,2 1.982 (82,3%) 312 (13,0%) 113 (4,7%)

Produtos do Fumo 87,8 16 (72,7%) 5 (22,7%) 1 (4,5%)

Outros Equipamentos de Transporte 86,8 331 (89,0%) 32 (8,6%) 9 (2,4%)

Bebidas 80,3 357 (84,6%) 46 (10,9%) 19 (4,5%)

Produtos Alimentícios 52,0 6.580 (92,0%) 400 (5,6%) 174 (2,4%)

Máquinas, Aparelhos e Materiais Elétricos 50,5 1.970 (90,8%) 171 (7,9%) 29 (1,3%)

Metalurgia 46,7 1.562 (92,8%) 99 (5,9%) 23 (1,4%)

Celulose, Papel e Produtos de Papel 46,1 1.513 (90,1%) 137 (8,2%) 29 (1,7%)

Equiptos de Informática, Eletrônicos e Ópticos 43,6 1.624 (93,1%) 100 (5,7%) 20 (1,1%)

Produtos Químicos 39,4 3.145 (91,9%) 244 (7,1%) 34 (1,0%)

Produtos de Borracha e de Material Plástico 33,3 5.751 (93,5%) 362 (5,9%) 39 (0,6%)

Máquinas e Equipamentos 33,2 5.867 (93,6%) 348 (5,6%) 50 (0,8%)

Produtos Têxteis 30,7 3.356 (94,2%) 176 (4,9%) 32 (0,9%)

Produtos de Minerais Não-Metálicos 23,5 4.827 (96,2%) 166 (3,3%) 24 (0,5%)

Produtos de Metal 18,8 11.480 (96,9%) 348 (2,9%) 19 (0,2%)

Artefatos de Couro e Calçados 18,5 3.777 (97,1%) 100 (2,6%) 12 (0,3%)

Produtos Diversos 18,5 3.642 (97,0%) 107 (2,8%) 7 (0,2%)

Móveis 17,7 3.750 (97,3%) 99 (2,6%) 6 (0,2%)

Produtos de Madeira 16,0 1.710 (97,7%) 35 (2,0%) 5 (0,3%)

Impressão e Reprodução de Gravações 13,1 3.707 (98,1%) 60 (1,6%) 11 (0,3%)

Confecção de Vestuário e Acessórios 11,5 15.123 (98,8%) 180 (1,2%) 11 (0,1%)

Manut., Reparação e Instalação Máqs e Equips 10,3 4.981 (98,8%) 55 (1,1%) 5 (0,1%)

Total da Indústria de Transformação 29,0 87.421 (95,2%) 3.694 (4,0%) 728 (0,8%)

Fonte: RAIS - MTE

Ao comparar o Brasil com o Estado de São Paulo, a Tabela 21 demonstra que o porte médio do

Estado de São Paulo (29,0 empregados formais por estabelecimento) é maior que o do Brasil (23,0), o que

pode ser explicado pela maior concentração de empresas de grande e médio porte no Estado.

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Tabela 21: Quantidade de Estabelecimentos da Indústria de Transformação por Porte em São Paulo e no

Brasil em 2012

Empregados por Estabelecimento

Pequeno Porte Médio Porte Grande Porte

Brasil 23,0 325.037 (96,5%) 9.733 (2,9%) 2.009 (0,6%)

São Paulo 29,0 87.421 (95,2%) 3.694 (4,0%) 728 (0,8%)

Fonte: RAIS - MTE

3.2.9. Distribuição Espacial das Empresas de Grande Porte da Indústria de Transformação no Estado de São

Paulo

Em 2012, segundo dados da RAIS do Ministério do Trabalho e Emprego, a maior parte dos

estabelecimentos da indústria de transformação de grande porte, com 500 ou mais empregados formais,

estava concentrada na Região Metropolitana de São Paulo, que detinha 34,8% dos estabelecimentos deste

porte do Estado (253 estabelecimentos). Em segundo lugar, estava a Região Administrativa de Campinas,

com 26,2% (191 estabelecimentos), e, em terceiro lugar, a Região Administrativa de Sorocaba, com 7,7% (56

estabelecimentos).

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Tabela 22: Estabelecimentos da Indústria de Transformação de Grande Porte (500 ou mais empregados

formais) por Regiões Administrativas do Estado de São Paulo em 2012

Regiões Administrativas

Nº de estabelecimentos da Ind. de Transformação de grande porte

%Participação da RA no

Estado de SP

RM de São Paulo 253 34,8%

Campinas 191 26,2%

Sorocaba 56 7,7%

São José dos Campos 37 5,1%

Bauru 32 4,4%

Ribeirão Preto 28 3,8%

Central 26 3,6%

São José do Rio Preto 25 3,4%

Araçatuba 18 2,5%

Marília 16 2,2%

Presidente Prudente 16 2,2%

Franca 14 1,9%

Barretos 12 1,6%

Santos 3 0,4%

Registro 1 0,1%

Total do Estado 728 100,0%

Fonte: RAIS - MTE

O mapa abaixo ilustra a distribuição dos estabelecimentos industriais com mais de 500 empregados

formais por Regiões Administrativas do Estado de São Paulo. A maior concentração de estabelecimento de

grande porte está nas Regiões Administrativas de São Paulo, Campinas e Sorocaba.

A Região Administrativa de Franca apresenta a maior participação da indústria de transformação no

total dos setores da economia, tanto em número de estabelecimentos (15,6%) quanto em empregados

formais (34,1%). Entretanto, apesar de ser famosa por seu polo calçadista, Franca não se destaca na

distribuição dos estabelecimentos de grande porte. Isto porque dos 2.025 estabelecimentos de couro e

calçados de Franca, que representam 59% dos estabelecimentos industriais da região, apenas três são de

grande porte.

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Figura 2: Distribuição dos Estabelecimentos de Grande Porte (500 ou mais Empregados Formais) por

Regiões Administrativas do Estado de São Paulo em 2012

Observou-se a distribuição entre as Regiões Administrativas dos estabelecimentos da indústria de

transformação de grande porte para os setores com maior participação no número de empregados formais

no Estado de São Paulo, segundo os dados da RAIS do Ministério do Trabalho e Emprego.

O setor de produtos alimentícios apresentou maior concentração na Região Administrativa de

Campinas, com 21,8% dos estabelecimentos de grande porte do Estado, São Paulo concentrava 14,9% dos

estabelecimentos de grande porte desse setor e Ribeirão Preto 8,6%.

O setor de veículos automotores concentrava 41,6% de seus estabelecimentos de grande porte na

Região Administrativa de São Paulo, 36,3% em Campinas e 9,7% em Sorocaba.

O setor de produtos de metal concentrava 42,1% de seus estabelecimentos de grande porte na

Região Administrativa de São Paulo, 21,1% em Campinas e 15,8% em São José dos Campos.

O setor de máquinas e equipamentos concentrava seus estabelecimentos de grande porte em São

Paulo (32,0%), seguido por Campinas (22,0%) e Sorocaba (20,0%).

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O setor de produtos de borracha concentrava seus estabelecimentos de grande porte em São Paulo

(51,3%), seguido por Campinas (28,2%) e Sorocaba (10,3%).

O setor de confecção de vestuário também apresentou destaque em relação ao número de

empregados formais na indústria de transformação do Estado de São Paulo; porém, a grande maioria de

seus estabelecimentos é de pequeno porte, e somente 11 são de grande porte, sendo que seis estão

localizados na Região Administrativa de São Paulo.

O setor de produtos químicos concentrava seus estabelecimentos de grande porte em São Paulo

(67,6%), seguido por Campinas (23,5%).

Apesar de não aparecer como setor de destaque em número de empregados formais, o setor de

coque, derivados do petróleo e biocombustíveis caracteriza-se por possuir estabelecimentos de grande

porte (com um porte médio de 231,8 empregados formais por estabelecimento em São Paulo, conforme

Tabela 20). Portanto, consideramos importante analisar a localização, dentro do Estado de São Paulo, de

seus estabelecimentos de grande porte (500 ou mais empregados formais). As Regiões Administrativas que

aparecem em destaque para este setor são as seguintes: Bauru (20,7% dos estabelecimentos de grande

porte), São José do Rio Preto (20,7%) e Presidente Prudente (13,8%).

Tabela 23: Regiões Administrativas de São Paulo que Concentram a Maior Parte dos Estabelecimentos de

Grande Porte nos Setores de Maior Participação no Total de Empregados Formais em 2012

Setores 1º lugar 2º lugar 3º lugar

Produtos alimentícios Campinas (21,8%) São Paulo (14,9%) Ribeirão Preto (8,6%)

Veículos automotores, carrocerias e autopeças São Paulo (41,6%) Campinas (36,3%) Sorocaba (9,7%)

Produtos de metal, exc. máquinas e equiptos. São Paulo (42,1%) Campinas (21,1%) SJ dos Campos (15,8%)

Máquinas e equipamentos São Paulo (32,0%) Campinas (22,0%) Sorocaba (20,0%)

Produtos de borracha e material plástico São Paulo (51,3%) Campinas (28,2%) Sorocaba (10,3%)

Produtos químicos São Paulo (67,6%) Campinas (23,5%)

Registro (2,9%)

SJ dos Campos (2,9%)

Sorocaba (2,9%)

Fonte: RAIS-MTE

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4. ENTIDADES DE REPRESENTAÇÃO DA INDÚSTRIA NO ESTADO DE SÃO PAULO

Fiesp (Federação das Indústrias do Estado de São Paulo)

A Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp) é a maior entidade de classe da indústria

brasileira, representando 23 setores produtivos, de todos os portes e das mais diversas cadeias produtivas,

distribuídas em 131 sindicatos patronais, e alcança cerca de 150 mil empresas associadas.

A Fiesp não é um órgão público, mas sim uma entidade de filiação, onde os sindicatos patronais se

filiam em busca de uma instituição representativa do setor produtivo e que defenda a iniciativa privada e a

economia de mercado, estando, assim, atenta às questões nacionais que impactam na atividade industrial.

Para defender os interesses da indústria, a Fiesp acaba batalhando pelo desenvolvimento do país.

Em suas campanhas em defesa da indústria, a federação conquistou vitórias importantes para toda a

sociedade, como a derrubada da CPMF (Contribuição Provisória sobre Movimentação Financeira, conhecido

como imposto do cheque) e diminuição do custo da energia elétrica. E ainda luta pela desoneração

tributária, redução de juros, combate dos spreads bancários, câmbio equilibrado e obras de infraestrutura.

Para se manter, a Fiesp tem como fonte de recursos a contribuição anual sindical das empresas. O

valor da contribuição é pago por todas as empresas e estabelecido de acordo com seu capital social sendo

automaticamente distribuído entre o sindicato a qual a empresa é afiliada (60%), a Federação que a

representa (15%), a Confederação Nacional da Indústria (5%) e o Ministério do Trabalho e do Emprego

(20%). No caso da empresa não ser filiada a nenhum sindicato, 75% da contribuição sindical é destinado a

sua Federação.

Além da Fiesp, integram o sistema o Centro das Indústrias do Estado de São Paulo (Ciesp), que

defende os interesses de suas empresas associadas; e o Serviço Social da Indústria da São Paulo (Sesi-SP) e o

Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial de São Paulo (Senai-SP), como os braços educacional, social e

cultural do setor produtivo.

Ciesp (Centro das Indústrias do Estado de São Paulo)

A Fiesp tem como filiados os sindicatos patronais. Já o Ciesp recebe como associadas as empresas. O

Ciesp é a maior entidade representativa do setor industrial na América Latina, com sede na capital, também

está presente no interior do Estado de São Paulo, por meio de suas 42 Diretorias Regionais, Municipais e

Distritais, formando uma sólida estrutura a serviço de cerca de 10 mil empresas associadas, o que permite

que a instituição tenha uma jurisdição bastante ampla e de alcance estadual.

Page 58: Panorama da Industria_2a edicao

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Fundado em 1928, o Ciesp é uma entidade civil sem fins lucrativos que reúne empresas industriais,

associações ligadas ao setor produtivo e, também, empresas cujas atividades estão diretamente

relacionadas aos interesses das indústrias. Por sua influência e legitimidade, o Ciesp atua como interlocutor

das empresas frente aos poderes públicos na busca de soluções de problemas que afetam seus interesses.

A fonte de recursos do Ciesp é obtida através da contribuição voluntária dos associados. Além da

representatividade, a entidade oferece um conjunto de serviços, bem como assessoria nas áreas jurídico-

consultiva e técnica, econômica, comércio exterior, infraestrutura, tecnologia industrial, responsabilidade

social, meio ambiente, acesso às instituições de créditos e apoio em pesquisas, feiras, simpósios, rodadas de

negócios, cursos, convênios e demais eventos promovidos pelo Ciesp.

Diferentemente de um sindicato, o Ciesp defende os interesses da indústria como um todo,

enquanto os sindicatos focam sua atuação na atividade produtiva específica do seu setor e nas relações de

trabalho de sua categoria. Além disso, o Ciesp atua em todo o estado de São Paulo por meio das suas

regionais espalhadas em pontos estratégicos, enquanto os sindicatos têm jurisdição limitada.

Sesi-SP e Senai-SP

O Sesi-SP possui mais de cem escolas de ensino fundamental e médio, responsáveis por mais de 350

mil matrículas, nas quais as famílias beneficiam-se da alta qualidade de seus serviços educacionais, sendo

por isso referência em nosso país, oferecendo ainda atividades complementares em esporte, cultura, lazer e

saúde.

Já o Senai-SP conta com mais de 160 unidades de ensino profissionalizante voltados para a indústria,

alcançando, assim, expressivos resultados nas diferentes áreas de atuação. Além disso, oferece cursos de

qualificação e atendimento técnico às indústrias em suas demandas específicas. A cada ano, mais de um

milhão de jovens e adultos recebem formação e qualificação profissional, em programas focados no

mercado e em suas tendências, o que é fundamental para o desenvolvimento e o aprimoramento da mão de

obra no Brasil. Uma contribuição mais recente do Senai-SP é a oferta de cursos superiores de tecnologia em

áreas demandadas pela indústria.

Para manter as estruturas de educação, cultura e programas de assistência social, a fonte de

recursos do Sesi e do Senai é a contribuição compulsória do setor industrial: 1% sobre o montante da

remuneração paga pelos estabelecimentos industriais contribuintes a todos seus empregados é destinado ao

Senai para educação, atividades profissionalizantes; e 1,5% sobre o montante da remuneração paga a seus

empregados é destinado ao Sesi para educação e cultura, incluindo programas de assistência social.

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Portanto, o empresário industrial e seus colaboradores têm a oportunidade de se aproximar das

conceituadas instituições mantidas pela indústria: o Sesi e o Senai.

A indústria paulista sustenta esse conjunto formado por Fiesp, Ciesp, Sesi-SP e Senai-SP e é apoiada

por ele, recebendo mão de obra capacitada, serviços e defesa de seus interesses. Neste modelo, a indústria

paulista e suas instituições de apoio contribuem para o desenvolvimento do Brasil como um todo.