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O conteúdo desta publicação foi produzido pelo ONS com base em dados e informações de conhecimento público. É de responsabilidade exclusiva dos agentes e demais interessados a obtenção de outros dados e informações, a realização de análises, estudos e avaliações para fins de tomada de decisões, definição de estratégias de atuação, assunção de compromissos e obrigações e quaisquer outras finalidades, em qualquer tempo e sob qualquer condição. É proibida a reprodução ou utilização total ou parcial do presente sem a identificação da fonte.
Outubro de 2017
INTRODUÇÃO
A missão institucional do Operador Nacional do Sistema Elétrico – ONS é assegurar aos
usuários do Sistema Interligado Nacional – SIN a segurança, a continuidade, a qualidade e a
economicidade do suprimento de energia elétrica por meio das instalações de transmissão
integrantes do SIN com nível de tensão de operação igual ou superior a 230 kV – Rede Básica.
Visando criar condições objetivas para aferir o cumprimento dessa missão, o ONS estabeleceu
um processo para o cálculo de indicadores de desempenho, através do Módulo 25 dos
Procedimentos de Rede, visando ao acompanhamento da operação do sistema e à avaliação
do seu desempenho.
1. NÚMERO DE PERTURBAÇÕES OCORRIDAS NA REDE BÁSICA
Esse indicador contabiliza o número de perturbações ocorridas na Rede Básica por ano,
associadas ao corte de carga. As perturbações com corte de carga são agrupadas em quatro
patamares, a saber: “Qualquer Corte de Carga”, “≥ 100 MW”, “≥ 500 MW” e “≥1000 MW”.
Para melhor percepção da representatividade dos montantes de carga envolvidos, apresenta-
se a seguir uma correlação entre os patamares de corte de carga e algumas cidades do Brasil.
100 MW valor correspondente ao consumo de cidades como Campina Grande (PB),
Petrópolis (RJ), Angra (RJ) e Resende (RJ).
500 MW valor correspondente ao consumo de cidades como Cuiabá (MT), Campinas (SP)
e à região metropolitana de Natal (RN).
1.000 MW valor correspondente ao consumo de cidades como Porto Alegre (RS), Brasília
(DF) e à região metropolitana de Fortaleza (CE).
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O conteúdo desta publicação foi produzido pelo ONS com base em dados e informações de conhecimento público. É de responsabilidade exclusiva dos agentes e demais interessados a obtenção de outros dados e informações, a realização de análises, estudos e avaliações para fins de tomada de decisões, definição de estratégias de atuação, assunção de compromissos e obrigações e quaisquer outras finalidades, em qualquer tempo e sob qualquer condição. É proibida a reprodução ou utilização total ou parcial do presente sem a identificação da fonte.
Indicadores de Desempenho do SIN | Outubro de 2017
Nos anos de 2015 e 2016, o total de perturbações manteve-se no mesmo patamar (3.252 para
3.201), porém, superior aos anos anteriores, sobretudo em função de eventos relacionados a
condições meteorológicas adversas e queimadas. Destaca-se a redução do número de
perturbações com corte de carga verificada em 2016, em relação aos anos anteriores, a qual
está associada, principalmente, à expansão ocorrida na Rede Básica nos últimos anos. Cabe
ainda ressaltar que o índice até o mês de outubro de 2017, de perturbações com corte de
carga, apresenta uma tendência de melhora quando comparado ao ano de 2016.
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2. NÚMERO DE PERTURBAÇÕES POR TIPO DE EQUIPAMENTO
Esse indicador apresenta a segregação das perturbações em função do tipo de
equipamento no qual tiveram origem. Foram consideradas, separadamente, as linhas
de transmissão e os equipamentos de subestações (transformadores, barramentos,
reatores, banco de capacitores, etc.), além das instalações fora da Rede Básica.
As linhas de transmissão são responsáveis, em média, por 68% da origem das
perturbações envolvendo a Rede Básica, o que se justifica por sua maior exposição em
relação aos demais componentes do sistema elétrico.
Nas subestações, o componente com maior relevância como origem de perturbações
são os equipamentos para controle de reativos, como reatores e banco de capacitores
em derivação.
3. PRINCIPAIS CAUSAS DE PERTURBAÇÕES EM LINHAS DE TRANSMISSÃO DA REDE
BÁSICA
Esse indicador apresenta a contribuição das principais causas que provocam
desligamentos de linhas de transmissão da Rede Básica.
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“Condições Meteorológicas Adversas” (descarga atmosférica, chuva/temporal, vento
forte, etc.) são a principal causa de desligamentos de linhas de transmissão, com 30%
de participação. Em seguida, “Queimadas”, com 15%, e “Vegetação”, com 7%. Essas três
causas são responsáveis por mais de 50% dos desligamentos de linhas de transmissão.
4. INCIDÊNCIA DA CAUSA “DESCARGAS ATMOSFÉRICAS” AO LONGO DO ANO
O gráfico a seguir apresenta a incidência das descargas atmosféricas como causa de
perturbações, mostrando a característica sazonal em sua ocorrência.
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Indicadores de Desempenho do SIN | Outubro de 2017
As “Descargas Atmosféricas” têm sua maior contribuição como causa de perturbações
nos 1º e 4º trimestres do ano, que correspondem ao período úmido das regiões
Sudeste/Centro-Oeste, Nordeste e Norte.
5. INCIDÊNCIA DA CAUSA “QUEIMADAS” AO LONGO DO ANO
O gráfico abaixo apresenta a incidência de queimadas como causa de perturbações,
mostrando a característica sazonal em sua ocorrência.
As “Queimadas” têm sua maior contribuição como causa de perturbações no 3º
trimestre e no início do 4º trimestre do ano, que correspondem ao final do período seco
nas regiões Sudeste/Centro-Oeste, Nordeste e Norte.
6. ROBUSTEZ DA REDE BÁSICA - RRB (%)
O indicador de Robustez da Rede Básica tem como objetivo avaliar a capacidade da Rede
Básica de suportar contingências sem interrupção de carga.
É obtido a partir da relação percentual entre o número de perturbações sem corte de
carga e o número total de perturbações verificadas na Rede Básica, para um período
considerado. Este indicador é calculado a partir da seguinte formulação:
0
50
100
150
JAN FEV MAR ABR MAI JUN JUL AGO SET OUT NOV DEZ
Descargas Atmosféricas
2012 2013 2014 2015 2016 2017
0
50
100
150
JAN FEV MAR ABR MAI JUN JUL AGO SET OUT NOV DEZ
Queimadas
2012 2013 2014 2015 2016 2017
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Indicadores de Desempenho do SIN | Outubro de 2017
100.Nt
NsccRRB
RB
RB
[%]
Onde:
NsccRB = Número de perturbações sem corte de carga na Rede básica;
NtRB = Número total de perturbações na Rede Básica.
83,48
82,00
82,26
82,02
87,20
92,18
92,40
86,47
89,98
90,40
92,27
93,45
89,02
90,21
89,21
89,86
92,06
94,01
91,38
91,44
94,64
94,17
94,93
95,47
89,03
88,16
89,71
89,49
92,09
93,78
2012
2013
2014
2015
2016
Até Outubrode 2017
Robustez da Rede Básica - RRB [%]
SIN Sudeste/Centro-Oeste Sul Nordeste Norte
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Indicadores de Desempenho do SIN | Outubro de 2017
O indicador Robustez da Rede Básica – RRB apresentou uma melhora em 2016, com 92%
das perturbações sem corte de carga. A região Sudeste apresentou uma Robustez de
94,9%, enquanto que a região Norte registrou 87,2%.
O desempenho apresentado pela região Norte pode ser justificado pela característica
radial do sistema de transmissão. Além disso, o atendimento à demanda da região é
dependente das interligações regionais, que são constituídas por longos troncos de
transmissão atravessando a região amazônica.
7. DURAÇÃO EQUIVALENTE DE INTERRUPÇÃO DE CARGA - DREQ (MIN)
O indicador DREQ tem como objetivo quantificar a duração equivalente à perda total do
atendimento, como resultado de desligamentos de equipamentos da Rede Básica, para
que se possa avaliar a capacidade do sistema de manter a confiabilidade de
atendimento, a flexibilidade operacional do sistema e a habilidade das equipes de
operação em recompor o sistema.
Este indicador é calculado a partir da seguinte formulação:
n
i
iInt
P
TPDREQ
1 max
int. [min]
Onde:
Pmax = carga de demanda máxima verificada no período [MW].
Pint = carga de demanda interrompida no evento i [MW].
Tint = tempo de interrupção do evento i [min].
i = evento de ordem i, para i = 1, 2, ..., n.
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O indicador Duração Equivalente de Interrupção de Carga - DREQ (min) apresentou
um aumento em 2016, com valor de 27,66 min.
A região Sul apresentou um DREQ de 6,02 min, enquanto que a região Norte registrou
um DREQ de 115,69 min no ano passado. O resultado apresentado pela região Norte
deve-se principalmente à característica “radial” do sistema.
203,43
75,85
91,78
122,17
115,69
88,50
184,10
131,66
25,59
29,83
25,31
11,26
9,47
7,81
16,71
12,63
6,02
4,15
17,55
9,02
15,88
10,54
21,59
3,45
51,74
32,36
23,13
22,58
27,66
11,44
2012
2013
2014
2015
2016
Até Outubrode 2017
Duração Equivalente de Interrupção de Carga - DREQ [min]
SIN Sudeste/Centro-Oeste Sul Nordeste Norte
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8. FREQUÊNCIA EQUIVALENTE DE INTERRUPÇÃO DE CARGA - FREQ
O indicador FREQ tem como objetivo quantificar o número equivalente de vezes em que
houve perda plena do atendimento com desligamentos de equipamentos da Rede
Básica, para avaliar a capacidade do sistema de manter a confiabilidade de atendimento.
Este indicador é calculado a partir da seguinte formulação:
n
i
i
P
PFREQ
1 max
int
Onde:
Pmax = carga de demanda máxima verificada no período [MW].
Pint = carga de demanda interrompida no evento i [MW].
i = evento de ordem i, para i = 1, 2, ..., n.
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O indicador Frequência Equivalente de Interrupção de Carga - FREQ manteve o patamar
dos dois últimos anos, com 0,46. A região Sul apresentou um FREQ de 0,15, enquanto
que a região Norte registrou um FREQ de 2,25 no ano passado. Esses resultados indicam
que a região Sul é a região em que ocorrem perturbações com menor impacto.
2,56
1,64
1,69
2,14
2,25
1,16
1,17
1,11
0,40
0,54
0,60
0,32
0,36
0,21
0,31
0,32
0,15
0,09
0,48
0,17
0,31
0,26
0,23
0,10
0,70
0,44
0,43
0,46
0,46
0,21
2012
2013
2014
2015
2016
Até Outubrode 2017
Frequência Equivalente de Interrupção de Carga - FREQ
SIN Sudeste/Centro-Oeste Sul Nordeste Norte
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9. ENERGIA NÃO SUPRIDA - ENS (%)
O indicador ENS quantifica o grau de continuidade no suprimento de energia aos
consumidores.
Este indicador é obtido a partir da seguinte formulação:
100
E
T.P
ENST
n
1iiIntint
[%]
Onde:
Pint = carga de demanda interrompida no evento i [MW].
Tint = tempo de interrupção do evento i [hora].
ET = energia total que seria suprida na ausência da interrupção causada pelo evento i [MWh].
i = evento de ordem i, para i = 1, 2, ..., n.
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Em 2016, o desempenho do SIN foi inferior ao observado nos últimos dois anos. A região
Sudeste/Centro-Oeste foi a única que não apresentou melhora nesse indicador em
relação aos anos anteriores. Seu desempenho foi comprometido principalmente por
três perturbações de grande impacto ocorridas na região. A primeira ocorreu no mês de
junho, envolvendo a subestação Oeste (SP), com queda de torres, o que provocou
demora no restabelecimento das cargas. A segunda foi registrada em agosto, com a
perda dupla do tronco de 500 kV Angra/São José/Adrianópolis o que provocou um corte
de carga de 2.400 MW no estado do Rio de Janeiro. A terceira ocorreu em outubro,
envolvendo a perda dos dois Bipolos do Elo CC entre Foz do Iguaçu e Ibiúna,
interrompendo um fluxo de 5.250 MW para a região, levando a um corte de carga de
3.331 MW no SIN.
0,0441
0,0190
0,0208
0,0287
0,0268
0,0248
0,0439
0,0316
0,0060
0,0072
0,0060
0,0032
0,0027
0,0023
0,0054
0,0039
0,0019
0,0015
0,0044
0,0023
0,0042
0,0029
0,0062
0,0011
0,0128
0,0081
0,0061
0,0059
0,0070
0,0036
2012
2013
2014
2015
2016
Até Outubrode 2017
Energia Não Suprida- ENS [%]
SIN Sudeste/Centro-Oeste Sul Nordeste Norte