out for blood - the drake chronicles

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Livro 3 

A L Y X A N D R A H A R V E Y 

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Hunter Will é a mais jovem de uma longa linhagem de caçadores de vampiros deelite, um legado que é uma benção, assim como também uma maldição na secretaAcademia dos Helios-Ra, onde ela se sobressaía em quase tudo.

Graças a sua amizade com Kieran Black, Hunter recebe um convite especial paraassistir a coroação de Helena Drake, e pela primeira vez, ela vê a diferença que há entreos vampiros — que devem ser caçados — e os vampiros que podem chegar a ser amigos— ou inclusive mais.

Quando os estudantes da academia são vitimas de uma misteriosa doença,Hunter suspeita que eles estejam sendo atacados do interior. Ela precisará de alguémem quem confiar para que a ajude a salvar o futuro dos Helios-Ra... Ajuda que

surpreendentemente vem na forma de Quinn Drake, um vampiro-morto maravilhoso.

Quem disse que o último ano ia ser muito mais fácil? 

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Capítulo 

Hunter 

Ontem à tarde.

Shakespeare disse: “O que há em um nome?”  

Bem, meu nome é Hunter1 Wild2, então eu digo: Muito.

Por exemplo, você pode dizer pelo meu nome que nossa família leva nosso statuscomo caçadores de vampiros, muito a sério. Menos mal que fui filha única, se eu tivessetido irmãos ou irmãs, eles poderiam ter se chamado Slayer3 ou Killer. Nós soaríamoscomo uma banda de Heavy Metal.

O incrível, na verdade, é que nós somos uma das famílias mais antigas e maisestimadas de Helios Ra. Quando você nasce na família Wild, ninguém te pergunta o quevocê quer ser quando crescer. A resposta é óbvia: um Caçador de Vampiros.

Tempo.

Nenhum “se” ou “mas”. Sem desvios de nenhum tipo. 

Escolha única para todos.

— Odeio estas estúpidas calças cargo. — minha companheira de quarto Chloemurmura, como ela fazia no inicio de cada ano escolar. As aulas não começarão até

1 Hunter: Em inglês significa Caçador.

2 Wild: Em inglês significa Selvagem e é um apelido.3 Slayer: Em inglês significa Assassino.

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próxima semana, mas a maioria de nós saiu cedo de suas habitações, assim poderíamospassar o tempo extra, trabalhando fora e nos preparando. Chloe e eu somos amigasdesde nosso primeiro dia na academia, quando ambas estávamos assustadas. Agora

temos dezoito anos, começamos nosso último ano e, francamente, é assustador. Maspelo menos finalmente conseguimos ser companheiras de quarto. Você só tem quesolicitar seu companheiro de quarto no décimo segundo grau, de outra forma eles teenfiam com as pessoas mais incompatíveis que eles puderem encontrar, apenas paraver como você lida com o estresse.

Eu já mencionei que estou realmente feliz de que este seja nosso último ano?Mesmo que o quarto provavelmente cheire a esmalte de unhas e perfume de baunilha

durante o ano todo.

Chloe já tinha seus pés descalços apoiados em sua escrivaninha, aplicando umasegunda camada de brilho prata sobre o esmalte púrpura em suas unhas dos dedos dopé. Ela estava mais decidida em não usar sua calça cargo usual.

Eu estava, mas apenas porque meu Avô me deixou esta manhã, e ele não é nadase não da velha escola. Ainda resmungando sobre nosso amigo Spencer, que tem longoscabelos loiros e usa colares de fibra com pedras turquesa. Vovô não consegue

compreender como Spencer é autorizado a sair com a sua, porque isso é uma moderna(sua palavra) divisão paranormal, ou porque uma criança não quer um corte de cabelo.O certo é que Spencer é um gênio quando se trata de historias ocultas, os professoresestão absolutamente dispostos a fazer-lhe vista grossa.

Além do mais, as calças cargo usuais, tecnicamente se usa apenas para nos

instruir e treinar e trabalhar em terreno real. E o avô ainda não entende porque nãocortarei meu cabelo como qualquer outro guerreiro merece ter.

Eu ganhei este cabelo comprido totalmente.

Tive que passar várias provas de combate sem que ninguém tenha sido capaz deagarrá-los para usá-los contra mim. Nada mais para ter a promessa do Vovô de que elenão rasparia minha cabeça enquanto eu dormia.

Penso que esquece de que sou um G.I. Joe.

O que me agrada é parecer com uma garota normal as vezes, com o cabelo longoe loiro e lábios pintados, e não apenas uma caçadora que mata vampiros toda noite. Sob

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minhas botas de luta steels4, minhas unhas são rosa. Mas eu nunca lhe diria isso. Eleteria um infarto.

Ele ainda estaria ali patrulhando se os médicos dos Helios Ra não tivessem lheproibido de cumprir com seu dever no ano passado, devido a artrite em seu pescoço eombro. Podia ter a estrutura de um touro, mas só que não tem a mesma flexibilidade e aforça que costumava ter.

Ele é, no entanto, absolutamente capaz de ser um convidado expert em luta naacademia, nas aulas de treinamento. Ele gosta apenas de chicotear os garotos dedezesseis anos que pensam que são mais rápidos e melhores que ele. Nada o faz mais

feliz, nem mesmo meu muito, quase honrado “A” do ano anterior. A primeira vez queSpencer o conheceu, ele me disse que o Vovô era Wild-West o terrível pistoleiro. Esta éuma descrição bastante boa na verdade, ele inclusive tem a mesma pontaria para atirarlonge, com armas de raios UV e baionetas. E as recentes negociações com certas famíliasantigas de vampiros dão-lhe taquicardia. Em seu dia, blá, blá, blá. Ele ainda não sabeque Kieran me levou as cavernas Reais na semana passada, para conhecer a novaFamília Governante de vampiros, os Drakes, E eu me nego totalmente a lhe dizer até quetenha que fazê-lo.

O Vovô pode ser da velha escola, mas não eu.

Eu gosto de arco e flecha e artes marciais, não me levem a mal, e definitivamenteme sinto bem em lutar contra os Hel-Blar. Eles são os piores da pior espécie devampiros: estúpidos, selvagens e sempre em busca de sangue. O mais violento obtém omelhor. Eles são ligeiramente azuis, o que é mais reluzente do que parece, e cheiram

como cogumelos podres.

Errado seria dizer que os cogumelos também não são servidos muito norefeitório.

Eu gosto de toda a história também, e a investigação e trabalho com famílias devampiros. Não acho que isto deveria ser uma matança, no centro comercial, e sabe Deusestes tipos fora de controle. Amo Vovô, ele cuidou de mim quando meus dois paismorreram durante uma luta de hierarquia dos Hel-Blar, mas as vezes parece umfanático. Pode ser um pouco embaraçoso. Os vampiros são vampiros para ele. Se ele

4 Steels: são tipos de botas. São botas com ponta de aço ou proteção de aço.

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souber que Kieran estava em um encontro com uma garota de - dezesseis anos – filhavampiresca dos Drake, ele enlouqueceria. Ele pensa em Kieran como um neto honorárioe nos casaria completamente um com o outro se mostrássemos a mais leve inclinação.

Infernos, ele tenta nos juntas de qualquer maneira, e é tão sutil como um tijolo. Noentanto, Kieran é como um irmão para mim e sei que ele sente da mesma forma pormim. Poderia estar disposta a sacrificar muito pelos Helio Ra, mas com quem eu tenhaum encontro não é uma dessas coisas.

Lamentavelmente o Vovô não é exatamente conhecido por se render. A coisa éque eu também não. O triste é que a obstinação corre forte em cada Wild, e eu não sou aexceção.

— Você poderia, por favor, mudá-las para algo decente? Apenas olhe, aquelascalças cargo me dão urticaria. — Chloe fez uma careta de dor para mim antes de voltara soprar sobre seu esmalte de unhas molhado. Usava shorts de praia com cordão, comsandálias e brincos que balançavam para baixo praticamente tocando seus ombros. Seucabelo negro era uma massa selvagem de cachos, como sempre, seus olhos castanhoscuidadosamente delineados com púrpura para combinar com sua roupa. Ela já tinhadesempacotado cada parte de seu guarda roupa e havia pendurado tudo muito bem emnosso minúsculo armário. Este era o único ponto de arrumação que eu veria o ano todo.

Irrita-me suas coisas espalhadas por toda parte e iria rir de mim por eu arrumar minhacama todas as manhãs. Não podia esperar. Havia largado de mão ao longo do verão.

Os e-mails e textos não são o mesmo, não importa o que eu diga.

— As calças cargos não me preocupam. — eu disse, encolhendo os ombros.

— Por favor, eu já vi a pouca roupa que você tem e todas são lindas e combinam.

— Nem todas usam camisolas de alça em treinamentos de exercícios e

sobrevivência. — indiquei.— Bem, já que eu não tenho a intenção de colocar um pé naquele velho e

fedorento ginásio até que seja absolutamente necessário, exijo que você use algo lindo.

Ela me sorriu abertamente. — Eu te levei para jantar, não?

— Fomos ao refeitório atrás de macarrão com queijo. — disparei de volta,também sorrindo abertamente. — E você não é meu tipo.

— Por favor, você teria muita sorte.

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Uma batida na porta nos interrompeu. Spencer empurrou sua cabeça paradentro. Seu cabelo estava ainda mais longo e mais loiro, quase branco.

Ele tinha passado a maior parte do verão na praia, como sempre. — Estou muitofeliz de estar, finalmente, no andar térreo. — disse em modo de saudação. — Nuncasubirei aquelas escadas novamente.

— Diga-me. — Chloe concordou.

O dormitório era uma antiga mansão Vitoriana de cinco andares. No nono anovivemos no sótão adaptado e tendo que subir as estreitas escadas, subindo-as váriasvezes por dia. A cada ano fomos promovidos, descendo de andar. Nossa janela agoraesta voltada para o lago atrás da casa e para o único cisne irritante que vive ali.

— Aquele pássaro me olha outra vez. — eu disse. Ele quase havia me arrancadoum dedo em meu primeiro dia na academia, quando tentei alimentá-lo com o pão queeu havia salvado do almoço.

Spencer sentou-se sobre a beira de minha cama, revirando os olhos. — Estáescuro lá fora, gênio.

— Eu sei que ele esta ali. — eu insisti. — Só me esperando.

— Você pode controlar um vampiro, portanto pode controlar um lindo pássarobranco.

— Eu presumo. Você não sabe quão suspeitos são aqueles cisnes. — enrugueimeu nariz e sentei no extremo da cama, me apoiando na almofada. — Mas falando devampiros...

— Não o fazemos sempre? — Chloe disse. — Apenas uma vez eu gostaria de falarde garotos e moda e os abdominais de Hugh Jackman5.

— Alô? Alguma vez você falou de mais alguma coisa? — Spencer gemeu. — Eupreciso de mais amigos homens.

Eu lhe dei um chute com a minha bota. — Os garotos nunca foram capazes defalar coisas boas de você com Francesca no ano passado. — eu lhe disse.

— Sim, mas ela partiu meu coração.

5 Ator e produtor australiano.

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— Dá um tempo. Você a abandonou.

— Porque só há espaço em meu coração para vocês duas, lunáticas.

Eu joguei uma almofada em sua cabeça.

— É o que ela disse. — Chloe concordou, já que não podia alcançar sua própriaalmofada.

— E de qualquer modo, se você saiu arrotando e se arranhando com outros tipos,não ouviu sobre a minha visita nas cavernas de vampiro da Realeza na semana passada.

— Nós não arrotamos e arranhamos. — virou-se para me olhar de modo sinistro.

— O que?

Até mesmo Chloe largou seu esmalte de unhas. — Sério?

— Kieran me levou. — eu disse; um pouco com ar de superioridade. Era raro eucontar histórias. Geralmente estava muito ocupada tentando fazer com que Chloe e

Spencer estivessem fora de problemas para entrar em qualquer um de meus própriosproblemas.

— Amiga. — Spencer assobiou apreciativamente. — Como você conseguiu passarpor seu Avô?

— Eu não lhe disse exatamente. — eu admiti. — Eu disse que sairia atrás decréditos extras.

— Finalmente. — Chloe fingiu limpar uma lágrima de orgulho. — Ela saiu asescondidas e mentiu. Nossa pequena criança.

Spencer e eu a ignoramos.

— Então como é? — perguntou ele impacientemente. — Diga-me tudo. Algumritual? Magia secreta de vampiros?

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Especialmente quando Quinn Drake sorriu para mim.

Todos os irmãos Drake eram ridiculamente magníficos, mas ele tinha aquele

latente encanto de uma obra de arte. O tipo que você só lê nos livros. Sempre pensavaque seria chato na vida real.

Não era assim. Embora o fato de ele ter me chamado de “Buffy”, durante toda a

noite fosse menos divertido.

— Você esta com um olhar divertido no rosto. — disse Chloe.

— Não estou. — joguei meus pensamentos errantes para longe de Quinn. — Ésomente minha cara.

— Por favor, nunca esteve desta cor. Você ruborizou; Hunter Wild.

— Não ruborizei. — Quinn não era o meu tipo de qualquer modo. Não que eusoubesse qual era o meu tipo. Ainda. Eu tinha certeza que os lindos garotos que sabiamque eram lindos, não eram.

Salvei-me de suas insistências e cutucões quando as luzes, de repente seapagaram. A luz de emergência de fundo azul pela porta e debaixo da janela piscou.Spencer e eu pulamos sobre nossos pés. As janelas se fecharam automaticamente.Grades de ferro desceram e soaram, fechando-se.

— Não! Agora não! — Chloe exclamou, soprando mais forte sobre seus dedos do

pé.

— Eles vão embora.

— Não é muito cedo para um simulado? — fiz uma careta, tentando ver o lago eos campos que conduziam para o bosque que nos rodeava. Era bastante escuro, que só aluz tênue da água era visível e a meia lua sobre a casa principal onde a DiretoraBellwood vivia.

— Quero dizer, a metade dos estudantes nem sequer estão aqui ainda.

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— Chloe é quem se supões saber destas coisas. — disse Spencer,intencionalmente.

— Eu não tive tempo! Acabo de chegar! — ela balançou seus pés no piso e seequilibrou sobre seus saltos, meneando seus dedos do pé. Geralmente vasculha as listase averigua quando os simulados aconteceriam, então nós teríamos algum aviso. Estavachateada, franzindo o cenho ferozmente. — Isto é uma merda.

— Talvez não seja um simulado? — perguntou Spencer. — talvez seja real?

— É totalmente um simulado. E eu registrarei uma queixa. — queixou-se Chloe,

jogando sua mochila sobre o ombro. Não ia a nenhuma parte sem seu laptop ou algumtipo de dispositivo de alta tecnologia. — Ainda estou com calças de verão, merda. Isto étão injusto.

— Alegro-me de não ter me trocado. — eu lhe disse, tirando uma lanterna de umdos muitos bolsos de minhas calças cargo.

— Se você recitar o lema da escola, “estar preparado”, eu te darei um chute. 

— Arriscando seu esmalte de unhas. — eu disse com um ronco, empurrando aporta aberta. — Apenas, vamos.

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Capítulo 

Hunter 

Tinha alunos no corredor, resmungando enquanto testavam a porta principal.

— Fechado. — suspirou Jason, virando-se para nós. Ele tinha estado apaixonadopor Spencer durante dois anos, mas Spencer estava apaixonado por Francesca. Ou tinhaestado; de qualquer modo, eu realmente duvidava que ele tivesse mudado de equipe,completamente.

— Está tudo fechado. — disse Jason. Ele usava calças de flanela de pijama e uma

camiseta branca. Chloe quase ronronou apesar de ele ser uma causa perdida.

— Luz azul por aqui. — alguém gritou do outro lado da sala comum.

Spencer queixou-se. — Então isto é uma prova de velocidade?

— Parece que sim. — eu concordei.

Seguimos o resto dos alunos descendo pelo corredor até a porta do sótão. Menosmal que não era uma prova de silêncio, já que todos nós soávamos como uma manadade elefantes correndo enquanto íamos pelas escadas.

— Eu odeio esse buraco. — disse Chloe quando chegamos ao úmido sótão. Elabalançou seu telefone. — Nada funciona aqui embaixo.

— Acho que esse é o ponto.

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— Ok, é estúpido. Toda essa escola é estúpida.

Spencer e eu rodamos nossos olhos um para o outro. Privar Chloe de seu acesso a

internet sempre a colocava de mal humor. Era seu ponto forte, apesar de tudo, e elasempre odiava não chegar em primeiro lugar nas corridas.

O alçapão que conduzia ao túnel secreto já estava aberto. Havia sons de lutaadiante e pouquíssima luz. O objetivo era atravessar o túnel, subir uma escada e chegara grama. Ninguém se acotovelava e nem tropeçava entre si, era muito cedo neste ano.Ainda faltavam os exames semestrais e os exames finais, então, aí sim seria quandoteriam rebeliões e motins aqui embaixo.

Ouvi um rangido atrás de nós e me virei para o som, pegando a estaca em meucinturão. Sempre havia uma estaca em meu cinturão. Meu Avô nunca me fez asperguntas habituais enquanto eu crescia: Você vai escovar os dentes? E, Já comeu as suasverduras? Sempre era: Está com sua estaca? 

Mas desta vez, não se tratava de um vampiro ou um boneco de treinamento. Eraapenas uma aluna do nono ano que estava pressionada contra a parede, chorando.Aparentava ter cerca de treze anos e havia sangue em seu nariz.

— Hunter, você vem ou o que? — Spencer perguntou.

— Eu já os alcançarei. — fiz-lhe um gesto com a mão, para que continuassem erapidamente me agachei devido a um boneco emaranhado pendurado no teto, ele caiugritando. A menina chorou mais alto, trêmula.

— Hey, está tudo bem. — eu disse e ela me olhou. — Eu sou Hunter. Qual é o seu

nome?

— L-lia. — ela gaguejou. Seus cílios estavam ensopados pela combinação delágrimas e umidade do ar subterrâneo.

— Este é o seu primeiro dia?

Ela assentiu silenciosamente.

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— Bem, não se preocupe Lia, fica melhor. Onde está o seu monitor de andar? — perguntei. Ela era muito jovem para enfrentar isso. Eu não podia acreditar que seumonitor de andar não havia se preocupado em manter um olho nela. Quando

descobrisse quem era, ia lhe repreender.

— Eu não sei. — sua estaca estava jogada, sem utilidade, aos seus pés. — Quero irpara casa.

— Eu sei. Vamos sair daqui antes, certo?

— Está bem. — ela se afastou da parede e logo deu um pulo quando um grito

horripilante soou pelo corredor, seguido por um assobio inquietante.

— Não se preocupe com isso. — eu disse. — Eles juntam todos esses efeitos desom para te ensinar a não se distrair. Você leu a respeito de tudo isso no manual, não é?

Ela engoliu sem eco. — Sim. É pior do que eu pensava.

— Você se acostuma com eles. Olha, temos que correr pelo corredor até a escadae subir para sair no gramado. Haverá manequins se balançando para você com luzes

vermelhas em seus corações. Basta apontar sua estaca para a luz vermelha, ok? Penseem tudo isso como algum jogo em uma dessas casas de Halloween assombradas.

— Eu não gosto das casas assombradas. — ela disse, mas agora parecia irritada enão tão assustada. Pegou sua estaca, segurando-a com tanta força que suas juntaspareciam como se estivessem machucadas.

— Pronta?

Ela concordou.

— Vamos!

Tomei a dianteira para que assim ela não entrasse em pânico de novo. O primeirovampiro veio para mim pela esquerda e eu apontei para a luz vermelha. O segundo veioda direita, o terceiro e o quarto caíram do teto, juntos. Deixei escapar um para dar a Liaa oportunidade de estaqueá-lo. Não era mais do que uma excelente maneira de liberar a

frustração. Este a pegou no ombro, mas ela conseguiu acertar na luz vermelha.

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— Acertei em um! — ela gritou. — Você viu?

— Atrás de você. — gritei-lhe, jogando minha estaca para prender um que estavabalançando atrás dela. A luz vermelha piscou, apagando-se e o boneco parourepentinamente, a alguns centímetros de distância do nariz, já dolorido, de Lia.

— Bem, isso foi ótimo. — ela gritou, aparentemente superando sua pequenacrise. A adrenalina estava fazendo seu trabalho, podia ver no tremor de seus dedos e nopequeno brilho maníaco em seus olhos. Isso era melhor do que o pânico.

— Já estamos quase. — gritei-lhe por cima de outro assobio gravado, saindo deuma tela. — Vamos, vamos, vamos! — corremos tão rápido quanto pudemos. —Estaqueeste. — saltei por cima de um boneco que saia de uma abertura. O túnel estava vazio deoutros alunos, mas eu pude ver uma fraca luz mais adiante. — Nós já estamos perto.

Quando chegamos à escada, eu a empurrei por cima de mim. Ela se penduroucomo um macaco. Não tinha harmonia em seus movimentos, mas tinha equilíbrio. Fui aúltima a sair. Dois professores e todos os outros alunos nos esperavam em um grupo,nos olhando. O rosto de Lia manchado com sujeira e lágrimas secas e os lábios inchados,

mas pelo menos ela estava sorrindo.

— Bem, bem, senhorita Wild. — o Sr. York segurou seu cronômetro diante demim com o desprezo condescendente que conseguiu reunir. — Aparentemente, vocêenferrujou no verão. O que o seu Avô vai dizer ao ouvir que uma Wild chegou porúltimo lugar? — ele estava desfrutando bastante disto. Não era nenhum segredo que o

Sr. York odiava a minha família e particularmente ao meu Avô. Ele tinha estado atrásdos meus passos desde o meu primeiro dia na academia. Chloe fez uma horrível careta

nas costas dele.

— É minha c-culpa, senhor. — Lia balbuciou. — Hunter parou para me ajudar.

— Ela fez isso? Agora? Bem, admirável, mas essa prova tratava-se de velocidade.— enquanto ele dizia isso, fez uma marca em seu caderno de anotação.

Eu tinha muita vontade de estacar esse caderninho.

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— Eu não acho que Hunter deva ser punida por mostrar lealdade ao grupo. — aSra. Dailey interrompeu. — Estamos ensinando a eles lealdade e coragem; certo? Isso étão bom quanto à velocidade...

— Seja como for, nesta prova só medimos o tempo. As regras são regras.

— O monitor de andar dela deveria estar vigiando. — eu murmurei.

— O que disse, senhorita Wild? — Sr. York perguntou.

— Nada senhor.

— Ouvi claramente algo, senhorita Wild. Alunos, silêncio, por favor. A senhoritaWild está tendo problemas para ser ouvida.

Deus, ele era uma dor no rabo.

— Eu estava apenas perguntando onde é que o monitor de andar dela estava. — era o primeiro dia e eu estava recebendo merda por ajudar alguém. Isso fedia.

Ele franziu o cenho para seu caderno de anotação. — Courtney Jones.

Tive que reprimir um gemido. É claro que tinha que ser Courtney. Tínhamos sidocompanheiras de quarto no décimo grau e, francamente, acho que nenhuma de nósduas tínhamos superado isso, ainda. Dizer que não nos suportávamos e não tínhamosnada em comum era subestimar as coisas. Ela pertencia à mesma liga que o sujo Sr.

York.

Courtney se adiantou com um sorriso triunfante. — Sim, Sr. York?

Lambe rabos.

— Esta aluna está em seu andar?

— Sim, Sr. York.

— E você a deixou para trás?

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—  Não, Sr. York. — ela parecia atordoada e profundamente entristecida. O Sr.York, lógico, caiu totalmente em sua armadilha. Pelo menos a Sra. Dailey franziu oslábios. Essa era uma pequena vitória, mas a única que, provavelmente, eu ia conseguir.

— Lia estava bem atrás de mim, senhor. Ela me disse que estava bem.

Lia piscava como um peixe que, repentinamente, tiraram de um lago. — Eu...

— Entendo. — disse o Sr. York, tocando os lábios com a caneta como se estivesseabsorto em seus pensamentos. Mudei meu peso de um pé para o outro. Spencer melançou uma careta de compaixão.

Estremeci novamente.

— Vendo que você está tão preocupada pelo bem estar dos alunos do nono grau,você será assistente de Courtney. Você pode estar encarregada de todos os assuntosdelicados e se assegurar que eles finalizem seus exercícios. — que traduzido significavaque Courtney conseguiria seu grande quarto único no quarto andar e um grandemonitor de andar a seu serviço, enquanto eu faria todo o trabalho real. Além de ser elaa mandar ao redor. Ela sorriu para mim. — Você tem algum problema com isso,senhorita Wild? — replicou o Sr. York.

— Não senhor. — suspirei. Neguei-me a me deprimir, apesar de eu realmentequerer. Eu não ia deixar-lhe ver o quanto havia arruinado meu último ano. Eu não sabianada sobre o cuidado dos alunos no nono grau, ou Niners, como nós chamávamos. Eminha carga acadêmica já estava, aproximadamente, do tamanho de uma pirâmideegípcia. Das maiores.

— Bem. Dispersar! — gritou para todo mundo antes de começar a andar através

do gramado, para o apartamento dos professores. A Sra. Dailey me deu uns tapinhas noombro antes de segui-lo. Courtney riu de mim e sumiu.

— Desculpe Hunter. — disse Lia, parecendo como se estivesse prestes a estourarem lágrimas de novo.

— Não se preocupe com isso. — eu disse.

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— Eu não quis me meter em problemas. — ela disse. — Mas estou muito feliz deque você seja uma de nossas monitoras de andar agora. — ela baixou a voz. — Courtneyé sempre uma cadela.

Eu ri para eu mesma. — Sim, sim, ela é.

Chloe e Spencer se aproximaram cheios de justa indignação por mim. Chloebalançou a cabeça. — Presumo que York ainda a tem nas mãos. Idiota.

— Isso foi totalmente injusto. — Spencer concordou. — Você deveria ir ver adiretora.

— De maneira alguma. — eu disse. O único professor pior que o Sr. York era adiretora Bellwood. — Ela apenas dirá que estou sendo uma chorona.

— Acho que sim. Ela não é exatamente uma pessoa boa e amigável. — Chloeenfiou o braço no meu. — Vamos! Vamos beber chocolate quente e ver alguns episódiosantigos de Supernatural em DVD. Dean Winchester sempre te anima.

— Você acreditava que nosso último ano ia ser divertido. — eu disse, chutando

alguns dentes de leão enquanto beirávamos o jardim até a, agora, aberta porta deentrada.

Do lago, o cisne grasnou ironicamente.

Ninguém se sentia animado para ficar até muito tarde depois de tudo o que tinhaacontecido. Vimos alguns episódios e logo fomos para nossos quartos. Os corredoresestavam tranquilos. Chloe se afastou para a sua escrivaninha e ligou o computador comum determinado click, colocando seu notebook junto a ela. As telas piscavam para a

vida, agrupando a pálida luz sobre a janela.

— Pensei que você estava cansada. — eu disse.

— Estou atrasada. — ela disse. — Nos pegaram de surpresa. E York sorriu paramim como se soubesse que vou atrasar. Vou fazê-lo pagar por isso. E por estar atrás devocê o tempo todo. — estalou os dedos. — E eu começarei agora.

— Você foi a primeira em se queixar que era muito cedo para estudar.

— Mudei de ideia. Vou mostrar este ano, e esfregarei em seus narizes. — o Sr.York, além de ser uma dor no rabo, era também um dos professores de luta. Chloe era

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rápida e feroz em um computador, mas não era tão boa nas brigas mão a mão. Ela quasenão tinha sido aprovada no ano passado.

Eu a deixei se preocupando com seus problemas. Além disso, eu não queria falarde York. Isso só me fazia ranger os dentes. Eu não sabia nada sobre ser um monitor deandar. Minha mandíbula endureceu. Se eu quisesse relaxar totalmente, precisava do quehavia na caixa debaixo da minha cama. Ver a TV tinha ajudado a melhorar um pouco omeu estado de ânimo, assim também como tinha conseguido a barra de chocolates deChloe, mas isto requeria a artilharia pesada. Não importava o muito que Chloe iazombar de mim. Eu a peguei, esperando que ela estivesse muito ocupada em seutrabalho.

Não tive sorte.

— Esses são livros românticos?

Dei a ela um olhar, através de meu cabelo, que caía sobre o meu rosto. — Sim. Ecale a boca.

— Eu não sabia que você lia livros românticos.

— Cale-se.

Ela girou em sua cadeira de escritório com pequenas rodinhas. — No anopassado você me disse que mantinha ali, suas estacas e outras coisas.

Peguei um livro, me perguntando se deveria até mesmo me incomodar em tentaresconder a capa romântica. Chloe era um pitbull. — Eu também disse ao meu Avô quemantinha aqui meus tampões.

— Realmente, estou recém descobrindo este novo lado de você.

Visto que ela não estava brincando como eu havia pensado, eu parei, com o cenhofranzido. — Sei que é bobagem, mas eu gosto. Não me fazem pensar muito e sempre háum final feliz.

— Empreste-me um.

— Sério? — perguntei.

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— Totalmente. Dê-me esse com a faca e o tipo musculoso.

Eu bufei. — Isso é tudo deles. O cabelo é bastante lamentável.

— Que tal essa?

— Você não pode se dar mal com um Duque. — joguei o livro para ela.

— Há partes sujas?

— Não nesse.

Ela me jogou o livro de volta. Eu ri e lhe entreguei outro. Eram quinhentaspaginas de intriga histórica vitoriana. Ela o olhou. — Este é maior que a metade dascoisas em nossos programas de aulas.

— Provavelmente melhor investigado também.

Ela o colocou ao lado de seu notebook e voltou para as coisas misteriosas quefazia na internet. Eu poderia revisar meu e-mail e navegar por alguns endereços básicos

de blogs, mas isso era tudo. Ela provavelmente poderia entrar nas páginas do governose lhe déssemos tempo suficiente.

Li até que ela, finalmente, foi dormir e meu celular vibrou. Eram duas da manhã.Eu o abri e li na mensagem de texto que Kieran me esperava: Venha e se encontrecomigo aqui fora. 

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Capítulo 

Quinn

Connor não se incomodou em bater, abriu a porta e colocou a cabeça para dentrodo meu quarto. Ele estava pálido e não porque passava a maior parte do tempo em seucomputador. Os vampiros não se bronzeavam bem e os Drakes não eram exceção. — Quinn, já era tempo.

Limpei o sangue do meu lábio inferior e joguei a garrafa de vidro na caixa azul dereciclagem, situada debaixo de um pôster de Megan Fox. Connor e eu fomostransformados há três anos em nosso décimo oitavo aniversário. Como gêmeos,

compartilhamos os mesmos olhos azuis, cabelos castanhos escuros e a mesma estranhaenfermidade, a luta por sobreviver e o abrasador desejo de matar quando acordamosnesse primeiro dia como vampiros.

Agora compartilhamos o mesmo desejo de matar, cada vez que o sol se esconde,mas estava começando a melhorar para os dois, como papai havia nos prometido queaconteceria. Já não trancava a porta do meu dormitório, nunca mais6.

— Melhor nos apressarmos. Papai tem aquele olhar em seu rosto. — Connor meadvertiu enquanto descíamos as escadas do último andar da casa que dividíamos comnossos outros cinco irmãos. Nossa irmã, Solange, tinha um quarto no segundo andar, oqual ficava mais que definitivamente bloqueado, por dentro e por fora, quando ela iadormir a cada manhã. Ela havia se transformado há duas semanas e nossa delicada eserena irmã recém-nascida se transformava em alguém selvagem no último raio de sol.

Sua melhor amiga, Lucy, permanecia em um dos quartos de hóspedes, tão afastada doquarto de Solange como era fisicamente possível. Nós a fizemos prometer que manteria

6 Lembremos que, quando são “transformados”, os pais dos Drakes acreditam que o melhor é trancar, bloquear a

porta de seus filhos, para evitar que saiam para atacar mais alguém. Por isso, ele menciona a porta de seu quarto.

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o trinco fechado e mamãe encarregou a dois dos cachorros da fazenda, de protegê-latodas as noites ao entardecer. Para o caso.

Ela não deveria viver em nossa casa enquanto Solange estava tão volátil; Eraperigoso e francamente, estúpido. Todos nós podíamos cheirar a doce e quente corridade sangue em suas veias. Era como viver dentro de uma padaria, constantementerodeado de pastéis tentadores e bolos de chocolate cobertos com açúcar. Nicholas tinhauma vontade de ferro. Não sei como é que o fazia, resistindo a carne sensível de seupescoço cada vez que ela o abraçava ou que ele cheirava seu cabelo. Minhas presassobressaiam um pouco cada vez que ela estava perto.

Eu não era muito hábil em resistir às garotas.

No entanto, Lucy praticamente havia crescido aqui e já que estava namorandocom meu irmão, ela estava completamente proibida. E estava indubitavelmente presaconosco por, pelo menos, outra semana já que seus pais estavam fora da cidade, emboraa política vampírica, que era bagunçada na melhor das hipóteses, tinha acabado deexplodir ao nosso redor.

— Mamãe merece um pouco de pompa pelas circunstâncias, não acha? — eu lheperguntei, mantendo minha voz em um sussurro enquanto passávamos pelo quarto datia Hyacinth. Perguntei-me se ela, finalmente, se aventuraria a sair de casa para aCoroação. — Quero dizer, não são todos os dias que uma vampira é coroada comoRainha.

— Você sabe que mamãe prefere ser discreta. De qualquer modo, eu gosto depensar que somos muito dispostos para tentar realizar uma complicada terceira cerimônia.

Connor estava certo. Mamãe foi declarada Rainha depois de matar a última

Rainha autoproclamada Lady Natasha, para impedir que ela matasse Solange, baseadaem uma antiga profecia que predizia o nascimento de Solange e indicava sua subida aotrono. Agora todo mundo estava tentando matar mamãe e Solange. Não era exatamenteuma melhoria. Ninguém guardava tanto rancor como os vampiros centenários. Algunspensavam que aprenderiam a perdoar, eventualmente.

— O inferno está cheio de muitos ingratos reclamando por um trabalho. — eudisse. — Controlar as tribos vampíricas é como manter gatos amontoados em umabanheira, com os olhos vendados. — tirei o cabelo de meus ombros e pisquei um olho

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para Solange, que estava sentada no degrau mais baixo, parecendo miserável. — Talveznós apenas precisemos de um Rei. Alguém fascinante e bem parecido comigo.

Ela me deu um grande sorriso. — Sua cabeça é muito grande para uma coroa.

Connor bufou e continuou pelo corredor até a sala de estar. Sentei-me junto aSolange. — O que foi? Estar sentada sozinha na escuridão é muito gótico para você.Deixe estes tipos de coisas para Logan.

— Eu só odeio todo este estúpido assunto. — ela murmurou. — Se alguém maistentar matar alguém que eu amo por causa dessa maldita profecia, juro que ficarei

louca.

Coloquei um braço sobre seu ombro. — Você ficará bem. Montmartre está morto.E você sabe que nós te protegeremos.

Ela me deu um olhar que poderia ter derretido o cabelo da minha cabeça. — Éisso, Quinn Drake, exatamente ao que eu me refiro. Proteja a si mesmo, não a mim.

Coloquei meus olhos em branco. — Alô? Irmão mais velho. Risco ocupacional.

— Bem, esqueça. — queixou-se. — Sério, eu não posso ter muito mais. Não tereiseu sangue em minhas mãos. É bastante ruim que tia Hyacinth quase tenha morrido...

— Mas ela não morreu. Os Drake são mais difíceis de matar do que isso. — elatinha sido queimada gravemente com água benta pelos Helios-Ra e isto corroeu como

ácido. E agora ela se recusava a tirar os pesados véus negros que usava no lugar de seuschapéus vitorianos. — Porque você não está lá com os outros?

Ela encolheu os ombros. — Por razão nenhuma.

— Mentirosa. — ela encolheu os ombros outra vez. Eu franzi o cenho. — CuspaSolange.

— Eu estou bem, Quinn. — ela me deu um sorriso irônico. — Posso me defendertambém, você sabe. Chato, certo?

— Muito.

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Ela me abraçou rapidamente. — Eu não tenho a intenção de parecer ingrata. Sóestou preocupada.

Notei as sombras escuras sob seus olhos. Suas presas estavam para fora e suasgengivas pareciam um pouco em carne viva, como se ela tivesse apertando fortemente amandíbula. — E você tem fome. — eu disse em um sussurro.

Ela afastou os olhos. — Eu estou bem.

— Solange, você está bebendo o suficiente? Parece um pouco fraca.

— Eu bebo o suficiente. Acabo de acordar e estou... — ela engoliu, apertando ospunhos.

— Como você se acostumou? É como uma fisgada se arrastando dentro de mim enão há maneira de arrancá-la. Vocês fizeram com que isso parecesse fácil. Acho que épior que a mudança. Pelo menos, eu estava inconsciente a maior parte. Mas agora, asluzes doem e todo mundo parece gritar. E Lucy... — ela pareceu como se estivesseprestes a chorar.

— O que tem ela?

— Lucy cheira a comida. — ela quase engasgou ao dizê-lo.

Conservei meu sorriso brilhante e não lhe deixei ver nada, exceto o seuimprudente irmão mais velho que amava uma boa briga e uma garota bonita, não

necessariamente nesta ordem. — Sol, tudo isso é normal. Lucy cheira bem, bem antesque eu mudasse e agora ela cheira ainda melhor. Mas não tentei comer seu rosto e

muito menos você.

Ela não está à salvo nesta casa.

— É mais seguro aqui do que lá fora. — argumentei, se bem que eu concordavacom ela. — Veja, você cheirava a hambúrgueres.

Ela piscou; confusa. — Então?

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— Então, você já atravessou no meio das fazendas em festas de campo erepentinamente tentou comer uma vaca?

— Hm, não. — seu sorriso era aguado, mas era melhor do que nada. — E, ew.

— Exatamente. Você pode desejar ardentemente sangue e não comer a suamelhor amiga.

— Você não faz parecer como algo normal. E eu realmente contarei a Lucy quevocê a comparou com uma vaca. — ela passou uma mão pelo cabelo. — Entre Lucy eKieran eu me sinto... Perigosa.

Encolhi os ombros, tentando não franzir o cenho ao pensar em Kieran e minhairmã mais nova. — Você deveria falar com Nicholas. Ele, neste momento te entendemelhor do que ninguém. Squigee7.

— Squigee? Eu sou uma squigee? — ela me cutucou com um de seus dedos. — Não sei o que é isso, mas estou preparada para me sentir insultada.

— Nah, não há nenhuma necessidade de se sentir insultada. Você tem as

bochechas Drake como eu. Poupa-lhe o tempo todo.

— Bem, sem mais choramingo. — anunciou decisivamente, fingindo um sorrisobrilhante. — Mexe com meus nervos. Vamos fazer de mamãe uma Rainha.

— Sim, porque com sua autoestima tão frágil, ela precisa do estímulo de umacoroa.

— Eu ouvi isso, Quinn Drake.

Estremeci. As mães vampiras tinham vantagens injustas. — Eu te amo mãe!Ela estava nos espreitando do lado de fora da sala de estar, arrastando o resto da

família como a cauda de um vestido. Seu cabelo estava trançado severamente comosempre, sua expressão severa. Mas seus olhos estavam brilhantes. — É assim que vocêsempre tentava sair de um apuro quando era pequeno.

7

Squigee: Não tem uma tradução literal, mas acho que é uma maneira urbana que quer dizer algo como: máximaconfiança.

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Sorri abertamente. — Ainda funciona? — ela suspirou, dando-me um sorriso.Pisquei um olho para Solange. — Viu? Não menospreze as bochechas.

— Vamos. — Bruno, chefe da segurança dos Drake, abriu a porta principal. A luzda varanda fez com que suas tatuagens do pescoço parecessem descoloridas. Ele usavatantas armas escondidas sob seu agasalho que era admirável que pudesse se mover.

Papai estava muito perto de mamãe, observando cada um de nós. — Vamos pelocaminho longo. O restante de vocês vai para o leste e rodeando, nós nos encontraremoslá. Proteja a sua irmã.

Solange ficou vermelha. Lucy apertou sua mão, com simpatia. Solange engoliusaliva e deu um passo para trás. Lucy franziu o cenho, parecendo confusa e pesarosa. Aporta se fechou atrás de nossos pais, tia Geoffrey e Bruno.

— Onde está a tia Hyacinth? — perguntei.

— Ela não está em seu quarto. — disse Lucy. — Bati lá. Eu quis pedir-lheemprestado um de seus xales de renda.

— Ela estará lá. — Isabeau respondeu com seu grave sotaque francês. Ela era aPrincesa dos Hounds e a razão pela qual Logan usava uma sobrecasaca nova de veludo.

Ele não podia afastar o olhar dela, como se temesse que ela pudesse se afastar. Haviacicatrizes em seus braços e tinha seu cão com ela como de costume. Ele era um enormelobo irlandês, a parte superior de sua cabeça eriçada chegava quase até a sua cintura.

— Todo mundo pronto? — Sebastian perguntou calmamente. Ele era o maisvelho e usualmente viajava com nossos pais. Era uma demonstração do quanto eles sepreocupavam pelo que ele estivesse conosco. Nós nos colocamos em formação,rodeando Solange e Lucy, guiando-as para fora e através do caminho de acesso aoscampos que levavam a floresta.

— Tenho a impressão de que eu estou no programa de proteção à vítima. — Lucysussurrou. — Vocês precisam de smokings e tapa óculos escuros.

— Não vestirei um smoking nem por você, querida. — sussurrei em resposta.

— Você não é divertido.

Enquanto o silêncio se alongava desconfortavelmente, ela começou a cantarolar otema musical Missão Impossível em voz baixa. Solange sufocou uma risada assustada. — Você enlouqueceu?

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— Seus irmãos precisam meditar. Todos estão estressados e seu Chi está elevado.Isso não pode ser muito confortável.

— Nem sequer sei o que isso significa. — Nicholas sibilou. — Mas isto afeta osigilo com o qual nos movemos. Não nos ajuda. — Lucy sorriu para Solange. — Ele ficatão lindo quando tenta ser o macho Alfa.

— Isto é sério; Lucy.

Ela o alcançou e lhe puxou uma mecha de cabelo. — Eu sei. Mas estamos apenasno caminho.

— Se você não parar de falar, eu esconderei todos os seus chocolates. — Nicholasprometeu.

Lucy mostrou-lhe a língua, mas parou de falar.

A floresta era densa, com sons dos animais correndo apressadamente, insetosmovendo-se nas árvores e o vento sempre presente escorregando através dos galhosdos pinheiros. Cruzamos o estreito rio, usando o tronco caído de um carvalho cobertode musgos. Todo mundo, menos Lucy, se movia tão rapidamente que parecíamos umpouco embaçados nas pontas. Ela ofegava para recuperar o fôlego quando paramos emum prado. — Vou precisar fazer Cooper ou algo do gênero. — queixou-se sem fôlego. — Somente por isso, eu os odeio.

Nós a deixamos descansar por alguns minutos e logo continuamos para o lugarda reunião. Não esperávamos problemas, já que a cerimônia só tinha sido anunciada aalguns poucos indivíduos escolhidos, pouco antes do pôr do sol. Sem nenhum avisoprévio, fez mais difícil para nossos inimigos nos encontrarem e desestabilizar a

cerimônia. Isabeau encontrou a marca orientadora na árvore e sinalizou para a suaesquerda. Nós a seguimos para outro prado, rodeado por pinheiros. Os grilos pararamde cantar.

Fomos os primeiros a chegar. Levou outra meia hora antes que os outrosmembros do Conselho aparecessem com seus assistentes. O Conselho Raktapa erasigiloso ao extremo e eles não viajavam com pouco equipamento, nem sequer para umaCoroação clandestina. Havia guarda costas e estandartes familiares e uma boa

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quantidade de brilhos reais suspeitos. A família de Amrita preferia os caftanes8 e ossáris9. Os Joiik eram descendentes de algum vampiro viking antigo e eram loiros,pálidos como a luz do sol, metidos em uma armadura. E eles sempre pareciam vestidos

para alguma bizarra festa a fantasia de trajes vitorianos. De todos os presentes ali nessanoite, apenas meus irmãos, Solange e eu usávamos roupas deste século. Menos Logan,claro. Ele estava vestido com seu habitual casaco do século dezoito. E Lucy parecia umaviajante do tempo confusa, como sempre. Ou como uma criancinha que acabava decolocar a parte superior do vestido de sua mãe.

Mamãe e papai estariam logo lá. Hart não estava muito longe, podia ouvir o roncode sua motocicleta do outro lado da clareira. Era sem precedentes o líder dos Helios Ra

ser convidado para uma Coroação vampírica. Fazíamos história de muitas formas nestanoite. A melhor parte era que a tia Hyacinth havia se juntado à nós. Ela saiu de entre ospinheiros, ainda envolta com os véus negros de seda, mas pelo menos ela estava aqui.

Lucy se apoiou em Nicholas, segurando sua mão. Logan e Isabeau ficaram emsilêncio, mas estavam muito perto. Meus irmãos tinham a ideia correta.

Havíamos tido tempo para matar, mas também poderíamos ter um pouco dediversão.

Uma garota vampiro da comitiva de Joiik me chamou a atenção. Ela tinha umlongo cabelo vermelho e sorriu para mim, me dando um vislumbre provocante de suaspresas e um grande decote. Eu sorri amplamente.

— Chame-me quando tudo estiver prestes a começar. — eu disse a Connor, indoatrás dela para a floresta.

8 Caftanes:Túnica de seda sem gola, aberta na frente, com mangas curtas que cobre o corpo até a metade da perna e é usada em

países muçulmanos.

9 O mesmo que Caftanes.

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Capítulo 

HUNTER

Noite de terça feira.

Kieran estava me esperando atrás do carvalho ao lado do caminho.

— O que está acontecendo? — perguntei-lhe, bocejando. Eu tinha prendido meucabelo em um rabo desordenado e havia voltado a colocar as calças cargo e umacamiseta sobre o top com o qual eu havia dormido.

— Vamos a uma viagem de campo. — disse com ar presunçoso.

Pisquei. — O que? Agora? 

— Sim, portanto, apresse-se. — a casa principal dos professores estava àsescuras, exceto por uma das salas superiores. O refeitório estava deserto. A casa dadiretora Bellwood estava mais adiante, no caminho de entrada e às escuras também. — É uma longa caminhada.

— Porque não podemos pegar uma das motos? Há dezenas delas na garagem. — a floresta era tão espessa e tinha tantas árvores que as motos eram o modo mais fácil detransporte na maior parte do tempo. Sobre nossos próprios pés, nós nuncaescaparíamos de um vampiro em um milhão de anos. As motos nos davam uma chance.

— Seria difícil com isto. — ele levantou o braço que estava envolto em um suavegesso. Ele tinha se ferido na semana passada, ajudando a acabar com a antiga Rainha

dos vampiros, Lady Natasha. Ele tinha tido muita diversão. — E você sabe que vigiam osindicadores de combustível nessas coisas.

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Levantei as sobrancelhas. — Portanto, os professores não sabem sobre estapequena viagem extraoficial10.

— Não.

— Kieran, eu já estou em problemas.

Ele bufou. — Você nunca está em problemas.

— York.

Ele fez uma careta. — Charlatão. Bem, esqueça. Hart mesmo deu sua permissãopara que eu pudesse te levar lá.

— Sério?

— Sim, portanto vamos, já. — disse impacientemente. — É pelo menos, uma horade caminhada daqui.

— Para onde diabos, nós vamos? — murmurei enquanto cortávamos através do

campo e da floresta. Os mosquitos nos alcançaram quase no mesmo instante. Os golpeei,afastando-os. Isto devia valer a pena.

— Coroação Vampiro. — respondeu.

Valia a pena, totalmente.

— O que? Sério? Como consegui a autorização?

— Hart perguntou por você. Não pareça tão emocionada, você estava na reuniãona semana passada. E fez bem, criança.

— Criança? Você é apenas um ano mais velho que eu.

— Mas eu sou sábio, pequena irmã.

10

Em inglês: Side trip: uma breve excursão fora da rota principal de um itinerário, para visitar uma pessoa oulugar em particular.

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— Só nos leve até lá, Obi-Wan11.

A lua derramava luz suficiente para fazer a erva prateada. Os mosquitos

pioravam quanto mais nós caminhávamos e eu não me importava em nada. Íamos auma Coroação Vampiro. O Vovô teria se horrorizado. Eu estava muito emocionada.

Não havia tido uma em mais de cem anos. A última Rainha, Lady Natasha, tinhasido tolerada, não oficialmente coroada. Quando seu amante, Montmartre, a descartou ecolocou os olhos em Solange Drake, Lady Natasha ficou enlouquecida e tentou matarSolange. Todo mundo sabia que ela era a primeira filha nascida na Família Drake emmais de oitocentos anos e havia sido profetizado que ela seria a próxima Rainha. Só que

ela não queria ser Rainha, mesmo que isso fosse apenas, suficiente, para deterMontmartre. Ele tinha tentado sequestrá-la e se casar com ela para tomar seu poder,mas tinha sido frustrado pelos Drakes e Isabeau St. Croix, a Princesa Hound , que euhavia conhecido nas conversações do Tratado. E Kieran, é claro, que era o namorado deSolange e agora tinha o braço quebrado, orgulhosamente. Com Montmartre finalmentemorto, os Host  - bandidos que haviam agido como seu exército pessoal - haviam sedispersado. Isto deu aos Helios-Ra uma vantagem.

As centenas de Hel-Blar  que Greyhaven, tenente de Montmartre, havia criado e

deixado para correr selvagemente, levaram essa vantagem.

Havia tantos deles que estavam começando a se aproximar de Violet Hill e outrospequenos povoados da área. A escola agora requeria que os estudantes da décimasegunda série, ajudassem nas patrulhas até que o problema fosse resolvido.

Caminhamos durante quase uma hora até que chegamos a uma clareira comvárias motocicletas estacionadas, todas pretas. Agentes Helios-Ra. Hart e seu grupo já

deviam ter chegado.

— Chegamos tarde? — eu desejava estar usando a roupa adequada. Pareciacompletamente amassada. Não estava certa do que se devia usar em uma Coroação deVampiro, mas eu tinha a sensação de que calças cargo e uma camiseta sem mangas nãoeram. Eu nem sequer tinha minha jaqueta com os frascos de Hypnos nas mangas.

Hypnos era uma droga relativamente nova que carregávamos em forma de pó emuns pequenos dispositivos com forma de lápis. Qualquer pessoa que fosse inalá-la,

11 Obi-Wan: Personagem de Star-Wars.

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inclusive vampiros, cairia hipnotizada por um curto tempo para fazer o que lhedissessem. Isto ajudava a equilibrar as quotas desde que os humanos eram suscetíveisao glamour dos vampiros. A mãe de Chloe era bioquímica e havia ajudado a desenvolver

a nova versão de Hypnos. Os quais, eu não tinha nenhum esta noite.

— Não estou preparada. — mostrei-lhe meus pulsos nus. Sem Hypnos, sempunhais, nada.

— Você não precisa de nada. — ele me assegurou. — Além do mais, sei que é umfeito você não ter menos de três estacas sobre si mesma; neste momento, e estas botastêm lâminas nas solas.

— Ainda assim.

— Não temos tempo de voltar. — ele me empurrou suavemente em uma corrida,abrindo seu celular com um puxão, para usar o GPS. — Não estamos longe. Ascoordenadas chegaram justo antes que eu fosse pegar você.

— Não será nas cavernas com toda a pompa e cerimônia?

— De maneira nenhuma. Depois das tentativas de assassinato frustrado em umasó semana, os Drake decidiram por uma Coroação secreta.

— Isso é ótimo. — e eu ainda não podia acreditar que tinha sido convidada. — OConselho estará lá?

— Representantes de cada família antiga, sim.

O Conselho Raktapa estava formado pelas três famílias de vampiros mais antigase poderosas. Os Helios-Ra tinham um conselho similar.

— Quem mais? Os Hounds?

— Sim, Isabeau, a Princesa que você conheceu na semana passada.

— Isso é genial. — estive a ponto de dar pulinhos de alegria. — Obrigada por irme buscar.

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— Simplesmente não diga a Caleb que fui eu.

— Como se eu fosse dizer algo sobre isso ao Vovô.

— Bom plano.

O conceito de ver tratados de paz entre famílias de vampiros, os Helios-Ra e osHounds eram emocionantes para mim. Tão emocionante como as armas de fogo esurpresos golpes de artes marciais12 eram para o Vovô. E nós tínhamos estado a pontode perder por completo a oportunidade de uma aliança quando Hope, uma de “dois de

cima” 13, havia enviado a sua unidade de delinquentes para atacar aos Drake. Ela havia

estado a ponto de derrubar toda a sociedade junto com ela, colocando a futuraesperança de diplomacia, em grave perigo. Eu realmente admirava Hart e tudo o que elaestava tentando fazer. Especialmente desde que Hope havia matado a seu irmão e sócio,o pai de Kieran, com a finalidade de governar com Hart. O Vovô, é claro, não estavaexatamente cheio de admiração pelo tratado. Grande surpresa.

Eu odiava desobedecê-lo, mesmo quando eu sabia que ele estava enganado.Portanto, ele não sabia de nada disto, não podia me impedir de ser parte dela e eu nãoteria que mentir e fazer isso de qualquer forma.

— Não podemos ir mais rápido? — instiguei, quase arrancando o GPS da mão deKieran. Isto era melhor que o baile de promoção.

Ele me deu um empurrão, me afastando. — Calma.

— Você pode acreditar que nós estamos fazendo isto? — eu neguei com a cabeça.— Pensei que você estava, geralmente, do lado do Vovô com estas coisas.

— Sim, então eu conheci uma garota.

Eu sorri. — Amo isso totalmente.

— Sim, sim. Também me ajudou a compreender que os vampiros não matarammeu pai.

12

Surprise nest-takedowns.13 Referência a um posto de comando.

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Saímos em torno de uma pequena floresta e nos encontramos cara a cara com umvampiro, armado com presas afiadas. O instinto me fez ir à procura de minha estaca. Eraum lutador enorme e pálido como osso.

— Nós recebemos o convite. — disse Kieran, parando diante de mim. Ele pisoufortemente em meu pé enquanto estava nele. Caí para trás, mas só um pouco. Pode serque eu estivesse encantada de estar aqui, mas eu ainda estava em formação. Não sorriagraciosamente para os vampiros no meio da noite, nem no meio da floresta. Eu não soua Chapeuzinho Vermelho.

— Senha?

Kieran deu uma olhada na tela de seu celular, leu uma palavra em um idioma queeu nunca havia ouvido antes. Soava antigo.

O guarda assentiu com a cabeça. — Siga em frente. Vire à direita nos cedros e vádiretamente através da floresta de pinheiros.

— Obrigado.

Parecia estranho dar as costas a um vampiro. Devo ter mais do Vovô em mim doque eu pensava.

Os pinheiros vermelhos se elevavam acima de nós, o solo era um tapete de pinhascaídas e não muito mais. No centro, Helena Drake e seu marido, Liam, esperavam, juntocom a maioria de seus filhos, Isabeau, Lucy e um calvo guarda costas; humano. Hart 

estava à esquerda de Liam, com mais três caçadores. As famílias Raktapa estavam lá,cada uma com um guarda que sustentava uma bandeira pintada com os brasões da

família. A bandeira dos Drake era um dragão entrelaçado com heras e palavras em latimque eu não conseguia ler. Havia outros vampiros também, quase uma dezena deles.

Eu não vi Quinn.

Não é que eu estivesse procurando.

E não é como se seu gêmeo, Connor, não estivesse de pé junto a Solange,parecendo exatamente como ele. Exceto que o cabelo de Connor era mais curto.

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Ainda assim.

Segui Kieran ao lado de Hart. Ele se manteve enviando olhares de soslaio para

Solange. Ela sorriu; pálida como uma pedra. Suas presas eram afiadas, porém delicadas.

Os tratados estavam todos bem e bons em teoria, mas era totalmente outra coisaquando um vampiro brilhava suas presas para alguém que você considera como seuirmão. Eu me perguntava se deveria me preocupar por ele.

— Hunter. — sorriu Hart para mim. — Alegra-me que vocês puderam vir.

— Obrigada senhor. — tratei de não me agitar e jogar fora a postura oficial decadete. Ele era a cabeça de toda a sociedade, sabia meu nome e havia perguntado pormim em particular.

— Ponte cômoda. — disse. — Você está aqui para presenciar a história, não parabatalha. — acrescentou.

— Sim senhor.

— Estamos quase prontos. — chamou Liam, pontualmente.

Quinn passou para a floresta, uma menina vampiro pendurada em seu braço. Osdois estavam sorrindo e era totalmente evidente o que haviam estado fazendo. Ele eratão lindo como eu lembrava, seu longo cabelo caindo quase até seus ombros, seus olhostão azuis que não pareciam reais. A menina riu. Neguei-me a olhar. Em parte.

Não era culpa minha se ainda podia ver fora da minha visão periférica. Era o

dever de um caçador, ser consciente de seu redor. Mesmo se os redores incluíam umvampiro lindo, com um encantador sorriso, que gostava de flertar com tudo o que tinhaseios.

Exceto eu, ao que parece.

Eu não acabava de pensar isso.

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Felizmente, a cerimônia começou antes que eu envergonhasse a mim mesma,completamente. Também estava amplamente agradecida porque os vampiros nãopodiam ler a mente.

Quinn estava sorrindo para mim apenas porque ele sorria para todo mundo.Helena se adiantou, ladeada em um semicírculo por Liam e Hart de um lado, osrepresentantes do Conselho e Isabeau de outro. O restante de nós um passo atrás,formávamos um grupo informal de espectadores que se olhavam com cautela. Todosnós tínhamos perdido membros da família, em algum momento de nossa história. Nãose esquece disso automaticamente.

— As armas para baixo. — disse Helena gravemente.

A reação foi igualmente grave. Ninguém queria ser o primeiro a renunciar dequalquer arma, não nesta multidão. Olhares piscaram de um lado a outro, bocasapertadas, as mãos fechadas em punhos. Ninguém se moveu.

Até que Solange levantou o queixo e puxou três bastões de sua cintura,segurando-os para cima, para que todos pudessem ver. Depois os deixou cair na grama.Silêncio. Do tipo que só se pode obter quando você está rodeada de vampiros. Fiz com

que meus ombros retesassem.

Helena foi a próxima a se desarmar. Ela tinha um pequeno arsenal no chão nomomento em que terminou. Todos os demais seguiram seu exemplo, até que estivemosem um círculo de estacas, espadas, adagas, bastões e armas UV dos Helios-Ra, descartadas.

A Coroação foi simples e rápida, havia muitos Hel-Blar na área e muita lealdade

não provada. Eu imaginava que a versão mais tradicional era; mais longa e cheia degrandes discursos e vestimentas. Esta era tão impressionante de sua própria maneira.Pelo menos, isso eu pensei. Os pinheiros eram solenes, silenciosas testemunhas; e ovento estava quente e cheirava a terra molhada, balançando os galhos de um ladopermitindo vislumbrar as estrelas. Um lobo uivou à distância. Vagalumes brilharam aonosso redor.

A voz de Liam era quente como o uísque, assim como justa e forte. — Reconhecem a Helena Drake como a Rainha das Tribos de Vampiros por direito de

conquista?

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Um a um, os representantes se ajoelharam, dizendo: — Sim. — os membros doConselho usavam vestidos e trajes elaborados. Isabeau não se ajoelhou, mas ela inclinoua cabeça respeitosamente. Os Hounds tinham oferecido lealdade a ninguém mais do que

sua Shamanka. Spencer daria seu braço esquerdo para conhecer essa Shamanka, masela não estava aqui. Ao que parece, ela nunca saía de sua caverna. Hart tambémassentiu com a cabeça.

Tentei não parecer tão assombrada quanto eu me sentia. Helena deu um passo àfrente. Usava o cabelo preso em uma longa trança negra nas costas e usava um vestidopreto sem mangas com um cinto largo do qual, normamente, pendiam adagas e estacas.Suas botas me fizeram babar. Eu estava certa de que poderia ter escondido pelo menos

quatro tipos diferentes de punhais nelas. Eu tinha que conseguir um par.

— Eu me comprometo a estar entre as Tribos e o perigo, para promover aautonomia e o respeito entre as famílias, os Conselhos e a sociedade. Eu mecomprometo a ser sua Rainha, até que minha filha possa escolher me suceder.

— Oh, mamãe, você também não. — ouvi claramente Solange murmurar. Kieranesticou sua mão. Ela se inclinou para ele. Alguns dos vampiros olharam-nos firmemente.

Alguém assobiou e foi acotovelado em silêncio.

Helena caiu sobre um joelho depois que todo mundo havia se levantadonovamente.

— Eu sirvo as Tribos.

Liam desembrulhou um pacote de veludo, pegando um fino círculo de prata. Foi

criada com três rubis grandes e pequenas perolas. Liam coroou orgulhosamente suaesposa. Isabeau inclinou a cabeça ligeiramente, franzindo o cenho, pensativamente paraa coroa. Houve uma onda de aplausos e pingentes de prata foram entregues para ogrupo reunido. Pareciam uma espécie de medalhas de santos católicos, só que estavamimpressos com o brasão dos Drake de um lado e o símbolo Real do outro, um rubiincrustado com uma coroa e a espada. Coloquei a minha em meu bolso. Eu mal podiaesperar para voltar à residência onde, adequadamente poderia admirá-la.

Pela forma em que outra vampira, uma garota diferente desta vez, admirava

Quinn, não havia dúvida de que ele era um conquistador e não havia dúvida de que

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nenhuma de suas namoradas se importava. Virei-me, esperando que Kieran e Solangeterminassem seu discreto agarramento.

O Conselho já estava indo para difundir a palavra da Coroação. Estremeciligeiramente quando a noite esfriou.

— Hey, Buffy.

Parei gelada.

Quinn.

Virei-me lentamente sobre meus calcanhares. — Meu nome é Hunter.

— Eu sei. — sorriu. Usava seu medalhão ao redor do pescoço em uma corrente deprata. — Mas você tem a coisa de Buffy. Mesmo eu achando que você é mais linda.

Eu não ia sorrir bobamente. Não era esse tipo de garota. E os caçadores nãosorriam bobamente com os vampiros. Tratava-se de uma regra não escrita.

— Você está com frio. — murmurou, enquanto a pele em meus braços searrepiava. Eu não estava muito feliz de ter frio e não tinha tempo de me perguntar sesua presença me deixava trêmula e ridícula. Ele se aproximou de mim bloqueando ovento.

Mais ou menos bloqueando tudo.

— Melhor? — ele perguntou casualmente, na forma em que Spencer costumava

me falar. Entretanto, ele estava mais perto.

— Oh! Deus meu, Quinn. — Lucy interrompeu, nos fazendo pular. — Vocêpoderia parar de flertar durante três segundos e irmos embora?

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Capítulo 

HUNTER

Manhã de Quarta feira.

— Chloe estava muito alegre.

— Eu não estou. — insistiu, enquanto tomava um gole de sua cerveja semálcool com espuma o mais ruidoso possível, apenas para me irritar. — Você sóesta de mal humor.

Era possível que ela estivesse certa. Eu nem sequer havia percebido quehavia falado em voz alta.

Eu não tinha voltado para a escola até às 04h00 da manhã e agora eram só08h30 horas. Nós nem mesmo tínhamos que nos levantar assim tão cedo quandotínhamos aulas, porque começavam entre 13h00 e 16h00 e depois das 20h00 atéa 00h00min. No nosso trabalho, nós tínhamos que nos acostumar às horasnoturnas. E normalmente Chloe era a última e sair da cama, sempre

resmungando. Eu não sabia como e nem porque ela tinha se tornado uma pessoamadrugadora no verão, mas suspeitava que fosse apenas para me irritar.

Coloquei meu travesseiro sobre a cabeça. — Muito cedo.

— Só estou tomando minhas vitaminas. — ela disse.

— Você não toma vitaminas.

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— Agora eu tomo. Mamãe me deu depois que viu meu boletim. E algunsasquerosos shakes de proteínas, que eu convenientemente me esqueci de levar.— bebeu mais de sua cerveja sem álcool. Ruidosamente.

— Não me faça te estacar. — destampei apenas um dos meus olhos paraolhá-la ameaçadoramente.

Ela sorriu. — Bom dia para você também, sol. Quer uma vitamina?

— Quem é você, malvada impostora e o que fez com a Chloe? — estavamuito cansada para sequer bocejar. Parecia que meus olhos estavam grudadoscom cola. Encolhi-me em minhas quentes cobertas. Chloe finalmente terminousua cerveja sem álcool e voltou ao seu computador. A batidinha do teclado meembalou até cair adormecida.

Por cinco minutos. Quando soou o telefone.

Joguei-lhe uma estaca.

O aparelho caiu no chão e Chloe deu um pulo, jogando ao mesmo temposua cadeira. Virou para me olhar, apontando com o seu dedo acusadoramente. — Diabos. Você me assustou.

Eu não estava muito cansada para sorrir. — Lamento.

— Sim, você o fará Wild. — colocou o receptor de volta em sua base.

A academia era muito comum para poder comprar telefones variados,diferente de qualquer outra moderna instituição no planeta. Meu celularcomeçou a tocar, vibrando em meu criado mudo. Eu o peguei, fazendo careta aover a tela.

Imediatamente me sentei na cama. Resmungando.

— Quem é? — Chloe perguntou.

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— Bellwood.

Chloe entrecerrou os olhos. — Da noite passada? York já te pediu para seruma boa pessoa.

Molhei os lábios enquanto respondia ao celular: — Alô? — até aos meuspróprios ouvidos minha voz soava nervosa.

— Senhorita Wild?

— Sim.

— Aqui fala a diretora Bellwood. Venha ao meu escritório, por favor.

— Eu..., sobre o que isto se trata?

— Não brinque comigo senhorita Wild, eu não tenho tempo. Ontem anoite escapou da escola depois do treino.

— Uhh... — fiquei olhando para Chloe com cara de desespero, enquanto adiretora continuava me repreendendo com sua voz séria e seca.

— A espero em cinco minutos.

— Sim senhora.

Baixei o telefone e fechei meus olhos. Meu Avô ia me matar.

— O que aconteceu? — Chloe perguntou.

— Querem me ver.

— Isso nunca é bom.

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— Diz isso a mim. — sai a pontapés das cobertas, agarrei minha calça eminha camisa com o emblema da Academia Helios-Ra estampado na frente.

— Não podem te castigar tão duramente por ajudar uma novata? E antesque a escola comece?

— Não. É porque eu escapei do campus ontem à noite.

— Por você escapar. O que? Hunter Wild, você foi se divertir sem mim? — ela soava tanto impressionada quanto machucada.

— Claro que não. — rapidamente prendi meu cabelo. — Eu te direi tudodepois. Tenho que ir.

— Você escapou. — balançou a cabeça enquanto eu saia do quarto. — E eusou a impostora?

Corri para o prédio principal onde as aulas eram ministradas. O escritórioda diretora Bellwood estava no piso térreo com vista para o jardim de rosas emque, raramente, paramos para desfrutar. A escola estava vazia e isenta de ruídosde sapatos ou de portas sendo fechadas.

Quase tão chocante estava a diretora, quem parecia pertencer a umanovela gótica Vitoriana, assustando crianças em um orfanato. Seu cabelo estavapreso apertadamente, sem uma só mecha que estivesse solta. Vestia o mesmotraje preto que sempre usava e os mesmos brincos de perolas. Se estivesseusando os óculos, estaria me olhando por cima do quadro. Pelo menos eu estava

usando o uniforme da escola, mas eu não tinha tido tempo de escovar os dentesou lavar o rosto.

— Senhorita Wild, sente-se. — disse-me quando viu que eu fiquei paradana entrada.

Engoli e atravessei o escritório, que estava escrupulosamente limpo, comoeu esperava. Não havia enfeites em sua mesa de madeira, nem fotografias,

apesar de que ela ter duas filhas.

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Mas York sim; estava em seu escritório.

Estava parado no canto do escritório, entre a janela e um arquivo, semdúvida se escondendo, para me pegar de surpresa. Parei no meio do cômodo,prestando atenção em tudo. Principalmente para não cair na tentação de jogaralgo em sua cabeça.

— A diretora pediu que você se sentasse. — ele disse.

Eu me sentei.

Ela colocou sua caneta na mesa e me olhou, abandonando a papelada queestava fazendo. — Eu tenho que dizer senhorita Wild, que durante o verãoinstalamos novas câmeras de vigilância por todo o campus.

Haviam me pegado.

E valeu a pena. Eu havia ido a uma Coroação de vampiros. Claro que valiaa pena uma bronca e alguma detenção. Modifiquei minha expressão para queparecesse que tinha cara de chateada. Se York pensasse por um só segundo queeu não tinha sofrido o suficiente, tentaria que me castigassem mais duramente.

— A encontraram em um vídeo, escapando da escola no meio da noite.Dificilmente tenho que mencionar que este comportamento é inapropriado. Oque você tem a dizer a seu favor?

— Uh... —  Hart quem, tecnicamente, é seu chefe, me convidou para ir a floresta para ver Helena Drake ser coroada?  A diretora jamais acreditaria emmim. E eu não estava totalmente segura se era uma atribuição ilegal. Não meocorreu perguntar e ninguém me disse nada. Teria que chamar Kieran. — Eu...

— Não vai me dizer que esteve correndo na pista ou praticando osexercícios. Certo? — interrompeu-me secamente. — Porque eu posso teassegurar que não há nenhuma desculpa que você me dê que eu já não tenhaouvido anteriormente ou que possa salvá-la do castigo.

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Porra, sim, eu tinha uma desculpa.

— Sim senhora.

— Senhorita Wild, estou muito decepcionada com você. Tem sido umaaluna estrela nestes últimos três anos. Eu odiaria que isso mudasse. — acrescentou sem rodeio. Se o tom de voz fosse uma arma, seria uma estocada deesgrima que arrancaria sangue com uma simples pontada. A de York teria sidouma garra.

— Sim senhora. — tentei não me retorcer ou me mexer.

Recostou-se em sua cadeira. — Dois meses de detenção, um mês detrabalho na cozinha e três deméritos.

Merda.

— Três? — eu a olhei; boquiaberta. Só nos permitia ter cinco deméritos,no sexto nos expulsavam. Eu nunca tinha tido nenhum. York parecia muito,satisfeito.

— E teremos que chamar o seu avô, lógico. — ele acrescentou.

Dupla merda.

— Mas... — eu não tinha ideia de como ia me safar dessa. Não estava

preparada. Outra regra quebrada. Eu sempre estava preparada.

Não era justo.

— Você pode ir.

Levantei-me e me dirigi para a porta, evitando virar para olhar York. Issosó faria com que eu me irritasse mais ao vê-lo tão satisfeito. Ele na verdade me

odiava. Não se supõe que os professores devam gostar de todo mundo? Ou pelomenos aparentar.

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— Oh, senhorita Wild. — a diretora me parou na porta, um passo antes deminha liberdade.

— Sim, senhora?

— Eu não quero voltar a vê-la aqui.

— Não senhora.

Disquei para o celular de Kieran no minuto em que estive fora. O último

calor de agosto refletia ao meu redor. Quando cheguei ao celeiro, o qual eleshaviam transformado em ginásio, já estava suando. Entrou o correio de voz. Euxinguei por um longo momento e acrescentei: — O de ontem a noite era umaoperação de campo? Porque eu quero que tirem esses deméritos. E não você nãoserve como agente operacional de campo. Você não sabia que tinha câmerasnovas? — depois eu amaldiçoei um pouco mais.

Entrei no vestiário pisando duro, tirando minha roupa de ginástica comforma suficiente para esticar o tecido. Na porta do armário, dei um forte e

satisfatório tranco quando o chutei para fechar. Ia tirar todo o recheio do meusaco de areia favorito. Duas vezes.

Só que Chloe o estava usando.

— Okay, agora você esta me assustando. — disse, parando ao ver seuchute com um giro. Estava um pouco mal, faltava-lhe força. Seus cachos estavamúmidos e presos em um coque. Seus shorts e seus tênis eram novos.

— Se você esta no radar de York, então eu também estou. — ela grunhiu.— E se eu reprovar na aula dele este ano, minha mãe vai me matar. Uma e outravez.

Fui até o saco de boxe que estava ao lado do seu. Fiz alongamento poralguns minutos e coloquei a faixa em minhas mãos.

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— Portanto, você vai cumprir detenção? — perguntou-me, enquantotentava jogar um gancho. O saco voltou para trás e quase a joga para o outro ladoda sala.

— Tenho dois meses de detenção, limpeza de cozinha e deméritos.

Ela parou. — Te deram deméritos? — o saco balançou novamente, destavez golpeando-a no quadril e no ombro. Ela cambaleou. — Nunca tinham te dadoum demérito.

— Eu sei. — disse sombriamente. — Se você parar e mudar um pouco oeixo do seu quadril quando fizer esse golpe, sairá com mais força. E use suasprimeiras duas juntas para proteger seu queixo.

Com a ponta de meu tênis liguei o antigo aparelho de som que seencontrava no canto do ginásio e aumentei o volume até que as janelasvibrassem um pouco. Ficamos lá, lado a lado, socando e chutando os sacos deareia por uma meia hora, sem sequer falar. Quando eu finalmente parei, ardiam-me os pulmões e sentia meu rosto vermelho e suado. Chloe estava curvada,

ofegando e se alongando. Passei-lhe uma garrafa de água.

— Obrigada. — disse com voz rouca.

— Você esta se superando. — respondi com a voz igual a dela. — Nuncatinha te visto treinar assim tão pesado. — limpou o rosto com uma toalha eencolheu os ombros. — Suponho que já era hora. Não posso reprovar este ano,Hunter.

— Você não vai reprovar. — eu lhe assegurei. Nunca a tinha visto tãopreocupada. Ela ia tão bem em todas as matérias de computação e já estavadesignada para o departamento de tecnologia. Suas habilidades de combate nãoa deteriam de nada do anterior.

Suspirou. — Você sabe que eu não sou boa nestas coisas.

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Terminei de beber minha água e joguei a garrafa no lixo. — Pois eu sou,portanto não se preocupe. Escuta, podemos treinar juntas. Tudo ficará bem.

— Verdade? — perguntou-me esperançosa.

— Claro.

Sorriu para mim e parecia menos assustada. De repente ela soluçou e fezuma careta. — Que bom, porque esse gosto de pó de proteína é uma merda.Mamãe me mandou outro tubo. — franziu o cenho. — E se me fizer engordar, euvou apagar o seu disco rígido.

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Capítulo 

Quinn

Quinta-feira à noite.

— Deus, Quinn, quantos malditos telefones de garotas você tem nesta coisa? — Connor balançou sua cabeça, passando pelos contatos do meu celular.

Eu dei de ombros, sorrindo. — Eu não posso evitar se eu sou irresistível. — sentado na beira de sua cama, eu me inclinei contra a parede. A luz da lua se filtrava

pela janela aberta. O vento tinha gosto de pinhas e fumaça. — Você conseguiria maisgarotas se deixasse de verdade o seu computador.

Ele nem olhou para cima. — Se eu não passasse tanto tempo naquele

computador, você nunca conseguiria que o seu telefone funcionasse de novo. Ou o seunotebook. Eu continuo te dizendo para não abrir os anexos dos e-mails das pessoas quevocê não conhece.

— Ela era realmente gostosa.

— E agora o seu computador está pifado.

Eu fiz uma careta. — E o meu telefone. É um vírus também?

— Não, gênio. Ele só está completamente lotado de mensagens de garotas que temandam carinhas sorridentes e beijos e abraços que está entupindo e o deixando comproblemas.

— Você pode desentupi-lo?

Agora ele olhou para mim, com toda a pose de um técnico injuriado. — Claro queeu posso desentupi-lo. A pergunta é: você pode parar de pegar os telefones das garotas?

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— Diabos, não. E por que eu iria querer isso?

Ele fez o que quer que fosse que fizesse, apertando os botões, murmurando

xingamentos, pegando as entranhas de qualquer implementação tecnológicapessoalmente, até que ele se curvasse a sua vontade. E então sorriu presunçosamente,alcançando uma das garrafas de sangue no frigobar ao lado de sua cama. Ele abriu umapara ele mesmo e então jogou uma para mim, juntamente com o meu telefone.

— Aqui. Funcionará, mas não será totalmente confiável até que você apaguealguns destes contatos.

Eu passei pelos nomes pesarosamente. — Você é cruel, cara.

— Eu prefiro; Gênio do Mal. — ele se virou novamente para o seu computador.

— Você deveria se divertir mais, gêmeo meu. — eu sugeri.

— Ou você poderia se divertir menos e deixar um pouco para o resto de nós.

— Não há tal coisa. — eu o deixei para as suas traquinagens e fui para o andar debaixo, tentando me lembrar de quem era Karin e por que ela havia me mandado umsoneto sobre o meu cabelo. As lâmpadas estavam fracas, os cachorros roncando naantessala. A porta da frente se abriu e Logan e Isabeau entraram; o lobo de Isabeau

trotando ao seu lado.

Eu acenei para eles, mas não parei. Eu podia ouvir a batida do coração de alguémno canto ao fundo onde a biblioteca se juntava à sala de estar e à cozinha. Estava indoum pouco rápido demais para o meu gosto.

Fui diretamente para a sala de estar, estreitando meus olhos para as costas deSolange. Seus braços estavam enroscados no pescoço de Kieran. As mãos dele estavamespertinhas demais.

— Black, não me faça matar você. — eu disse para ele agradavelmente. Ele puloue se afastou; suas orelhas ficando vermelhas. Solange suspirou.

— Obrigada, Quinn. — ela disse. — Ótimo jeito de estragar o clima.

— Eu tento. — eu disse; impertinente.

— Algum dia, eu vou conseguir beijar você de verdade sem nenhum dos meusirmãos enxeridos se intrometendo. — ela sussurrou para Kieran.

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— Não conte com isso. — Logan disse enquanto ele e Isabeau me seguiam. Otelefone de Kieran tocou dentro de seu casaco. Ele pareceu aliviado de atendê-lo.

— Você beija meninas o tempo todo. — Solange apontou para mim. — Ultimamente a única garota que o Logan beijou foi a Isabeau.

— Elogios não te levarão a lugar nenhum. — eu me fiz mais confortável.

— Você não vai embora, não é?

— Não.

Solange cruzou os braços. — Lucy e Nicholas estão se pegando lá no solário. Váincomodar a eles.

— Mas eu gosto de incomodar você.

— Quinn.

— Solange, olhe para os seus olhos. — eu disse suavemente, muito suavementepara o Kieran me ouvir. Ela fez uma careta, então olhou para o espelho art noveau emuma das prateleiras. Uma mulher de bronze com um vestido simples segurava o reflexo

das pupilas de Solange, rodeadas de vermelho. As pupilas escuras praticamente

engolidas por suas íris normalmente azuis. Ela congelou, atirando-me um olharhorrorizado. Seus dedos tremeram ligeiramente quando esticou o braço para tocar aponta de suas presas. Elas estavam completamente estendidas, complemente no modo“fome”. 

Ela inclinou a cabeça para baixo e deu um passo para as sombras.

— Eu tenho que ir. — ela disse para Kieran abruptamente, e então saiu correndoescada acima antes que ele pudesse responder. Ele desligou seu telefone e fez umacareta pra mim.

— Ela está bem?

— Ela ficará bem. — ela só precisa de mais sangue e menos tentação humana. Afome não era facilmente explicada, ou facilmente controlada. Kieran teria que saber

disso sendo um caçador de vampiro. Mas como namorado dela, eu não tinha certeza doquanto ele realmente entendia. Ele deu um passo, como se estivesse prestes a segui-la.— Só deixe-a estar sozinha. — eu o aconselhei calmamente enquanto Isabeau se moviaescada acima, leve como fumaça.

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Ele não parecia convencido, mas assentiu uma vez. — Eu tenho que ir dequalquer forma. O dever chama.

— É? Quem nós vamos estacar? — havia apenas um pouco de sarcasmo na minhavoz. Ele era um caçador de vampiros, afinal de contas. E eu era um vampiro.

— Hel-Blar . — ele respondeu, seguindo na direção da porta da frente. — Recebiuma chamada geral. Eles estão chegando perto demais esta noite.

— É? — eu peguei o meu casaco, apesar de que eu raramente sentia frio. Eu tinhaestacas e vários suprimentos no meu bolso interno. Havia uma adaga presa ao redor domeu tornozelo, embaixo do inferior esfarrapado do meu jeans. — Parece divertido. — eu disse, mostrando as minhas presas. — Vamos.

Nós estávamos na floresta quando o cheiro nos atingiu: cogumelos e bolor eapodrecimento antigo e molhado.

Hel-Blar.

— Eles estão vindo. — eu avisei Kieran. Ele sacou uma arma de UV do seu coldreescondido. Enchi minhas mãos de estacas, narinas alargadas enquanto eu tentavademarcar de que direção o fedor estava vindo. Era tão grosso e dava tanta ânsia devômito que parecia estar por toda parte. Kieran colocou um par de plugues para o nariz.

Eu sabia o que isso significava e não tinha nada a ver com o miasma de cogumelosapodrecendo e a água parada do lago.

— Se você me acertar com esse Hypnos, eu realmente vou matar você. — eu disseobscuramente.

Ele não teve tempo para responder.

Nós estávamos cercados.

Eu não sabia qual era a aparência deles para os olhos humanos de Kieran, maspara mim, mesmo no escuro, eles eram de um tom azul arroxeado e preto gangrenado e

totalmente não natural. Seus dentes eram todos como presas, todos com uma salivacontagiosa, todos com uma fome selvagem e feral. Eles até se alimentavam de outros

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vampiros, o que nenhum outro vampiro fazia. Não era nutritivo como um humano puroou sangue de animal. Era sobre a matança, não a alimentação.

E era grosseiro.Eu estaquei o primeiro depois que ele se balançou de uma árvore e derrubou

Kieran. Ele grunhiu, rangendo seu braço ferido. O Hel-Blar explodiu em uma nuvem depó tingido de azul que fez nós dois ficar enjoados. Kieran ficou de pé. Eu já estavapulando na direção de outro Hel-Blar. 

Havia quatro mais que eu conseguia ver, ou escutar, escapando pelo mato. Houveum estalido da arma de Kieran e a cápsula da bala de UV injetada de água se afundou nopeito do Hel-Blar  e explodiu. Ele gritou, esfumaçando como se tivesse fogo saindo dedentro dele, e então ele se desintegrou.

Eu desviei de uma estaca, e então um punho. Chutei a minha bota em um queixo,arremessei uma estaca com uma precisão certeira. Nós treinamos por anos para sermoscapazes de fazer isso. Eu estava sorrindo quando saí de um giro relâmpago. Estavacoberto por cinzas – eu até tive que tirá-las do meu cabelo. E o ar fedia; positivamentepútrido com a podridão.

Mas pelo menos isso era simples.

Eu sabia quem os caras maus eram e eu sabia como despachá-los. Não era sobrepolítica ou tentativas de assassinato ou sequestros.

Resumindo, era a melhor noite que eu tinha tido em um maldito mês.

A luta foi curta e brutal. Um deles havia fugido, mas já que nem eu nem o Kieranfomos mordidos ou mortos, eu considerei a luta como um sucesso.

Kieran embalou seu braço ferido cautelosamente. — O bastardo quase o quebrou

de novo. — ele disse.

— O bastardo está embaixo das suas botas agora. — eu disse para elealegremente. Eu aprendi há muito tempo atrás como bloquear a enchente dearrependimentos que prosseguiam a imersão na adrenalina. De outra forma o turbilhãode pensamentos poderiam te empurrar para baixo. Você acabou de matar alguém? Ouera um monstro, apenas e simplesmente? Isso te tornava um monstro? Era assassinatose você estava se defendendo? Era guerra e nós éramos apenas soldados tentandosobreviver?

Eu preferia a adrenalina.

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Kieran fez uma careta, olhando ao redor. Em seguida ele checou seu GPS notelefone. — Nós estamos próximos à escola.

— É? — eu estava grato pela distração. — Eu não suponho que eles usemuniformes? Minissaias? Saias até o joelho?

Kieran deu um meio sorriso. — É só sobre isso que você pensa?

— Se eu tiver sorte. — eu respondi severamente quando nós começamos a andar.O vento que vinha das montanhas era frio e fresco, limpando o fedor dos Hel-Blar dasminhas narinas. Eu respirei fundo. Não respirei exatamente. O meu corpo não precisavadisso, mas era um hábito arraigado. E respirar nos ajudava a reconhecer e catalogar oscheiros. Eu ainda não tinha certeza de como todo o negócio de vampirismo funcionava.O tio Geoffrey chamava de biologia, Isabeau chamava de mágica. Eu só sabia que eu eramais rápido, mais forte, e virtualmente imortal.

Não era ruim.

Bem, mais ou menos.

Bem na hora que eu comecei a sentir o cheiro quente da calidez dos corposhumanos reunidos nas proximidades, eu senti o cheiro de outra coisa.

O primeiro era sedutor e na verdade fez o meu estômago grunhir, da maneiracomo os humanos podem se sentir ao cheirarem um sanduíche de queijo grelhado. Osegundo fez a minha cabeça girar.

Sangue.

Tanto sangue, minhas presas se alongaram além da sua longitude normal. Minhasgengivas doíam. Minha garganta doía. Minhas veias doíam. A fome deslizou por mim,me enfraquecendo como veneno. E havia somente um antídoto.

Sangue.

Kieran fez uma careta. — Você sente o cheiro disso?

Eu assenti e tentei não babar em mim mesmo. Eu tive que limpar minha gargantaantes que pudesse falar apropriadamente. — Animal. — eu disse. — E... Outra coisa.

— O que, como caçadores?

Eu verifiquei o aroma, lambendo meus lábios apenas um pouco.

Então nós os vimos.

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— Não exatamente. — eu disse; a fome se esvaindo. A sede de sangue ainda faziaas minhas narinas se torcerem, mas eu não estava pensando em um jantar líquido mais.

Animais estavam pendurados das árvores e estava em uma poça de sanguecoagulado na beirada da mata, o cheiro deles vazando no campo. Havia três coelhos, umtexugo, duas raposas, e um pequeno monte de ratos.

— Que diabos? — Kieran perguntou, enojado e confuso. — Quem fez isso? E porquê? Eles não foram drenados.

— Não foi um vampiro então. — eu disse através da minha mandíbula apertada.— Nós não desperdiçamos sangue. — porque nunca se sabe quando a sua próximarefeição seria. — Me dê estes plugues de nariz.

Ele me entregou um par. Eu os coloquei e esperei para que a névoa vermelhaparasse de lamber cada sentido meu.

— Quem quer que seja que fez isso adicionou sangue humano à mistura. — asluzes da escola estavam douradas, cintilando como mel. — O que significa que haverámais Hel-Blar por aqui antes que você perceba.

Kieran ficou pálido, mais pálido do que qualquer vampiro.

— Eu tenho que checar a Hunter. — ele disse, começando a correr.

Eu não queria admitir o quão gelado eu fiquei, ou o quão rápido eu o segui, atéque as árvores fossem um borrão verde ao meu redor e o deixei para trás ao mesmotempo.

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Capítulo 

Hunter 

Jenna me encontrou depois do jantar. Eu estava atravessando o gramado,querendo saber onde Chloe estava. Ela não tinha estado no jantar e já tinha saídoquando acordei. Por sua vez, ela tinha ido dormir muito mais tarde que eu, digitandoem seu computador.

Ela estava determinada a quebrar a rede de códigos da escola que controlam oshorários, arquivos particulares e câmeras de vigilância. Isto poderia ser útil na verdade.Mas ela queria ser uma especialista em artes marciais também, uma rainha franco

atiradora e uma kickboxing.

— Wild! Hey, Wild!

Eu me virei para ver Jenna correr em minha direção, cortando a grama docaminho. Seu cabelo vermelho brilhante como sempre, como se ela estivesse prestes apegar fogo. Nós somos amigas desde a primavera do décimo grau.

— Hey. — eu disse. — Teve um bom verão?

— Sim, muito bom. — ela sorriu para mim. — Ouvi dizer que foi presa.— York... — ele gostava dela, portanto ela não tinha os mesmos problemas que eu

tinha.

— E que você escapou. — continuou ela. — Estou muito orgulhosa.

— Por que todo mundo fica dizendo isso? — eu disse em voz alta.

— Porque você é injustamente linda, loira, inteligente, atlética, e uma estudante10. — ela fez uma careta. — Espere. Mais uma vez, por que eu sou amiga?

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— Dá um tempo. — eu disse, depois sorri. — E, a propósito, todos os meusdeméritos foram eliminados. — eu não podia deixar de me regozijar só um pouco,mesmo que eu não conseguisse conceber que o mesmíssimo Hart tivesse chamado a

diretora para que me absolvesse. — York ficou mudo por três minutos completos edepois parecia como se tivesse mordido um ovo podre.

— Cara, eu desejava ter visto isso. — York podia tratá-la bem, mas ainda era umaamiga leal e não gostava do jeito que ele implicava comigo o tempo todo.

— Foi fabuloso. — admiti. — Eu deveria ter tirado uma foto. — eu tinha umacâmera em miniatura localizada no acabamento de minha saia escolar. Todos osveteranos tinham. Na verdade, até o nono grau tinha, mas era esperado que eles

obtivessem a sua por conta própria, através de simples roubo.

Eu acho que não era tecnicamente um roubo, já que os professores sabiam quenós as escondíamos lá. Em nosso último ano, nos entregaram as mais recentes câmerasda melhor qualidade em nosso pacote de orientação.

— Falando de sua beleza e atletismo. — disse Jenna.

Eu parei e levantei minhas sobrancelhas. — Mas já?

— Vamos lá. — me cutucou; as sardas no nariz e bochechas, contra o brilhosedento de sangue incongruente em seus olhos. — Você não pode me dizer que nãosentiu falta.

Dei de ombros. — Talvez um pouco. Mas por que sou sempre a isca?

— Por todas essas qualidades incrivelmente boas que você tem e que eu acabeide enumerar.

— Uh uh!

— É verdade. — ela disse. — Por favor, você poderia ser a isca? — ela era umalutadora tão boa como eu.

— E negar-lhe a possibilidade de vestir algo agradável?

Eu não podia negar que era um incentivo. Meu Avô encorajou-me a usar roupascivis apenas por razões práticas, eu não era tão óbvia, mas não aprovava o uso devestidos bonitos e sandálias de tiras.

E eu era melhor no combate corpo a corpo. A especialidade era o objetivo deJenna, apenas se preocupar com a mira e a arma. Nós não utilizávamos balas comuns, é

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claro, uma vez que pouco faz contra um vampiro. Usamos frascos em forma de balas,com água benta infundida, e basicamente balas de UV.

— Quando? — perguntei, curvando-me como ela sabia que seria.— Noite de sábado, encontre-me na van às onze.

— Espere. — eu a parei antes que pudesse correr para longe. Era quasedesumano o quanto ela gostava de correr. — Você notificou? York esta morrendo poruma desculpa para me pegar novamente.

— Sim, eu tenho a assinatura de Dailey.

Ela acenou e pegou o ritmo, voltando para a pista. Continuei pelos jardins emdireção aos quartos. Hart pode ter me salvado da prisão e deméritos, mas havia umacoisa que ninguém poderia me salvar. As tarefas de terra de monitoramento. E ser aassistente de Courtney. Eu preferiria demérito.

Eu não poderia adiar por mais tempo. Bem, apenas um pouco mais, mas sóporque eu queria ir para o meu quarto e pegar um elástico. Estava tão quente e úmido,que meu cabelo estava todo emaranhado no meu pescoço. Quando abri a porta, umabola de borracha cheia de rosa brilhante foi jogada às pressas para a minha cabeça.

Abaixei, e ela passou reto perto do meu nariz, mas não por muito.

— Que diabos, Chloe? — eu disse apenas. — Caia fora!

Ela levantou os olhos de seu computador, fez uma pausa. — Oops. Não sabia queera você.

— Quem mais seria? — chutei a bola para dentro. Ela rolou em sua direção,batendo contra seu pé. Agarrei um elástico da minha mesa e amarrei meu cabelo paratrás.

— Seu pequeno grupo do nono grau tem vindo a manhã toda. — disseseriamente.

Estremeci. — Realmente?

— Sim. — cravou-me os olhos. — É irritante. Eu não gostava das pessoas donono grau quando eu era um deles. São desnecessários, ou sexistas ou ambos.

— Vou corrigi-los. — prometi, levantando a mão para cortar um longo discurso.

Ela tinha aquele olhar em seu rosto. Ela tinha tomado o caráter de seu pai, que era um

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daqueles Chefs temperamentais que xingava o macarrão e frango quando uma refeiçãonão saía como planejado. Seus assistentes demitiam-se diariamente. Eu já tinha vistovelhos caçadores de vampiros com menos cicatrizes de batalha.

— Estacarei o próximo rosto de treze anos que bater naquela porta. — disse.

— Eu vou agora. — eu disse. — Tem alguma outra vitamina?

— Uh uh. — murmurou, voltando sua atenção para seu teclado. Corri para foraantes de ela se lembrar de que eu estava lá.

Spencer estava fora da pequena cozinha, uma xícara de café na mão. Usava umapedra turquesa em um pingente de trançado.

— Ela te jogou coisas? — perguntou, apontando para minha porta. — A bola deborracha. Não é?

— A boneca Xena.

— Isso nunca é um bom sinal.

— Eu sei. Ela adora aquela coisa. — franzi o cenho. — É todo o stress. Nunca a viassim.

— Ela se acalmará. York a está assustando com esse exercício. Ela teme que ele areprove de ano.

— Como se ela fosse incapaz de invadir seu computador e mudar suas notas, seela quisesse.

— Sim, mas sua mãe está no caso também.

— Essa mulher é assustadoramente eficiente. Eu gosto do seu Avô, mesmo que

ele tenha a habilidade de quebrar meu pescoço sem suar uma gota.— Sim, é o melhor. — eu disse com orgulho.

Spencer bufou sem comentários, então, jogou o braço em volta do meu ombro meparando de forma tão abrupta que eu tropecei.

— Ooof. O que é isso?

— Sinto muito. — disse timidamente.

— Por que você está olhando para meus seios, seu pervertido?

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— É esse o medalhão que ouvi falar? O da Coroação?

Olhei para baixo. A inclinação da corrente de prata longa tinha caído pela minha

camisa. Spencer certamente parecia ganancioso. — Eu posso ver?Por alguma razão não queria tirá-lo. Coloquei em sua mão, mas mantive-o no meu

pescoço. — Não é mágico, Spencer, apenas um símbolo.

— Isso é metade do que a magia é. — disse. — Simbolismo. — ele passou o dedosobre o brasão. — Gostaria de fazer alguns testes sobre isso.

Peguei o medalhão de volta com minha mão. — Esqueça isso. Retornará comcheiro de queijo derretido. — eu disse.

— Uma vez. — murmurou. — Uma vez eu fiz a leitura errada de um feitiço enunca vou me esquecer.

— Cheirou a queijo por um mês. Acredite em mim, eu me lembro. Ainda nãoposso comer sanduíches de queijo grelhado.

Satisfeita em tê-lo distraído de tentar roubar meu colar, olhei para a escada longae endireitei meus ombros. — Aí vem nada.

— Você vai ficar bem. — ele bufou. — E quase não importa o que você faz; vocêvai fazer melhor do que Courtney.

Isto era reconfortante, pelo menos.

Ainda assim, parecia haver menos escadas do que o habitual. Eu subidolorosamente rápido. Cheirava a pipoca. A sala comunitária parecia a mesma, mashavia plantas nas janelas. O que era novidade. Familiar.

— Courtney colocou isso lá. — disse Lia, quando ela me viu observá-las. Ela

parecia mais feliz hoje, um pouco mais longe de ter um ataque de pânico. Embora aindaparecesse muito jovem. — Olá.

— Olá. — eu disse. — Você está bem?

Ela olhou envergonhada. — Sim. Sobre isso, desculpe. Ontem eu perdi o controle.

— Nós todos o fazemos. — eu disse.

— Aposto que nunca aconteceu com você.

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Ela estava certa. Mas isso foi só porque eu tinha cinco anos quando meu avôcomeçou a minha formação. Quando eu pensava que havia monstros debaixo da minhacama, ele me ensinou como fazer uma varredura para eliminá-los.

— Então, você já está instalada? — perguntei, mudando de assunto.

— Muito bem.

— Você sabe que não deve usar o último chuveiro na parte de trás?

Seus olhos se arregalaram. — Por que não? É o mais limpo.

— Deixe-me colocar desta forma: magia precária somada com um fantasma chatofaz o chuveiro ficar com a água gelada. Ou às vezes sangue, em vez de água.

— Ok. Isso é nojento.

— Sim, é por isso que ninguém usa. Mas eles nunca colocam isso no manual deorientação.

Ela estremeceu.

— Não deixe isso chatear você. — eu sorri. — A esta altura no próximo mês vocêvai conhecer cada centímetro do lugar. — fui para o quadro de avisos, sorrindo para asduas meninas esparramadas no sofá assistindo televisão. — Além disso, não coma obolo de carne.

— Tenho treze anos, eu não sou uma idiota.

Eu ri. — Muito bem, então. — escrevi uma nota sobre um pedaço de papel ecoloquei no quadro de avisos. — Você poderia fazer o favor de espalhar isto para mim?Pedindo para as meninas para não perturbar minha companheira de quarto, ou entãoela irá enviar um vírus para seus computadores.

Lia ficou pálida. — Será que ela pode fazer isso?

— Sim.

— Grande.

— Embora seja bem provável que ela te retire alguma coisa. De qualquer forma,

vou vir aqui uma vez por semana... Digo... Toda quinta-feira depois do jantar, se alguémprecisar falar comigo.

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Não que eu esperasse que precisassem, já que elas tinham Courtney, quemdeveria estar fazendo isso, e o que eu sabia destas coisas?

— Você é a nova monitora? — perguntou uma das meninas.Eu balancei a cabeça. — Creio que sim.

— Ela é minha assistente. — Courtney riu da entrada do seu quarto, que foidecorado do chão ao teto em roxo. Seu cabelo chegava até os ombros em perfeita coravelã e em ondas, olhos pintados com sombra habilmente delineados de prata. Seuvestido era muito bonito, com laço de seda. Ela cobiçava o local.

O que simplesmente me deixava mal-humorada.

— Courtney. — eu disse, sem rodeios, contando até dez.

— Você não é quem controla este andar. — ela disse defensivamente. Você éminha serviçal. Seu trabalho é fazer o que eu disser para você fazer.

— Uma assistente não seria necessária, se você fizesse o seu trabalho direito,para começar. — eu respondi. Nem de brincadeira, eu iria deixá-la me tornar suaserviçal.

Ela estreitou os olhos. — Perdoe-me, mas não é minha culpa que uma delas fossetãoooo lenta. Tive que levar os exames de admissão como todo o resto. Deveria ter sidobom.

— Ela tem treze. — eu disse suavemente, porque eu sabia que todos à nossa voltaestavam assistindo.

Courtney piscou. — Realmente — ela franziu a testa e jogou o cabelo por cima doombro. — De qualquer forma. — acrescentou; as bochechas coradas. — York diz que euestou no comando.

— Eu sei. — sussurrei.

— E se você não fizer o seu trabalho, devo dizer a ele.

— Ok. — eu disse entre os dentes. — Eu anotarei em minha agenda assim que eupuder.

— Minha família é tão boa quanto a sua. — falou de uma só vez.

Foi a minha vez de piscar. — Bem. Não sei o que sobre isso.

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— Estou falando sério.

— Tenho certeza que você está.

Eu estava tão feliz que já não fossemos companheiras de quarto. Eu prefiro terem qualquer dia, a Chloe jogando coisas em minha cabeça.

Eu ouvi uma porta sendo aberta. — Você, do quarto 403! — cutuquei. — Sempreverifique se as dobradiças são silenciosas antes de tentar espionar alguém. Isso tedelata imediatamente. — houve um suspiro e alguém fechou a porta, seguido porrisadas abafadas. Revirei os olhos. — Então, isso é tudo. — murmurei.

— Olha; eu não preciso de sua ajuda. — Courtney insistiu calorosamente.

— Você precisa de algum tipo de ajuda. — eu disse, virei no meu calcanhar edesci as escadas de volta.

Eu estava no patamar quando meu celular vibrou no bolso e uma mensagemapareceu:  Ataque dos Hel-Blar. Todos os alunos do 12º ano

Reúnam-se para reunião junto à fronteira.

Fiz o resto do caminho em passos mortos.

Spencer estava no meu quarto quando eu cheguei lá. Chloe estava colocandoumas estacas através das voltas de seu cinto. Parecia animada. Ela nunca pareciaanimada com os exercícios e corridas.

— Você recebeu a mensagem? — Spencer me deu uma olhada.

Eu balancei a cabeça, Peguei a minha jaqueta e segurei as canetas de gáslacrimogêneo que foram alteradas para conter pó Hypnos, em meus punhos.

— Hel-Blar está na periferia da cidade novamente? — perguntei. — Isto dá duas

vezes em uma semana.

— É um número suficiente deles neste momento para chamar todos. — disseSpencer seriamente quando nós corremos pelo corredor. A porta da frente já estavaaberta.

Um grupo do nono grau estava em pé na escada observando os quartos com ascamas vazias do décimo segundo grau, com alunos armados até os dentes.

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Courtney chegou empurrando-os, as estacas enfiadas em seu cinto de couroestilizado. — Hunter. — sorriu. — Alguém tem que ficar para trás para cuidar dasmeninas, como você gentilmente apontou.

Eu não gostava para onde isto se encaminhava. — Então você fica. — eu dissesecamente. — Você é a monitora.

— Você é minha assistente, eu saio. Então você fica.

Peguei seu cotovelo. — Você disse que não precisava de ajuda, lembra?

Ela deu de ombros. — Vamos Lá. Você era a única que estava preocupada comtodas elas. — ela jogou a cabeça para a fila, visível através da porta aberta. — Ali está

York. Devemos perguntar?

Raios.

— Por que você tem que ser uma vadia, Courtney? — Chloe riu. — É o seusuperpoder ou algo assim?

— Cala a boca. — ela estava correndo para chegar a York.

— Ela é uma peste. — disse Spencer. — Você quer que eu fique?

Eu balancei minha cabeça. — Parece que precisam de você. — meus dentesestavam tão apertados que era difícil falar.

Chloe fez uma careta. — Sinto muito. — ela disse, fechando a porta atrás deles.Eu fui deixada na sala embaixo de uma lâmpada empoeirada, cheia de estacas, óculos devisão noturna colocados em minha cabeça como uma tiara. Sem falar de estar todavestida sem um lugar para ir.

O nono estava animado sussurrando entre si, uns poucos corajosos vindo para

meter o nariz para baixo nas janelas. Jason, que era um dos monitores dos alunos donono grau, virou-se para mim com compaixão.

— Você está tendo um inferno de ano até agora certo?

Fiquei sorrindo, ainda que ligeiramente. — Talvez eu devesse perguntar aSpencer para verificar as maldições.

— Não faria mal nenhum. — ele disse antes de virar para os alunos nervosos. — Todo mundo de volta. Agora.

Eles foram com relutância, mas foram.

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— Você disse a eles que a sua sala de comunidade tem a melhor vista das vansdeixando o campus? — perguntei, lembrando como nós nos esgueirávamos das camas esubíamos nos bancos das janelas, competindo pela melhor posição para observar os

oficiais e as saídas de exercícios da meia-noite na floresta.

— De jeito nenhum. — disse Jason. — Eu poderia perder meu lugar.

Ele colocou o braço em meus ombros. — Vem, Wild, vamos ver replays deguerreiros no History Channel e esperar como velhinhas deixadas de fora de toda adiversão.

Eu o deixei me levar pela velha escadaria barulhenta, arrastando os pés umpouco.

— Eu não posso acreditar que estou perdendo o primeiro desmonte de vampirodo semestre. — disse com tristeza.

O lustre tremeu uma vez e todas as luzes se apagaram.

Eu me virei a tempo de ver uma sombra passando por uma das janelas da frente.

— Oh não. — eu disse.

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Capítulo   

Hunter 

Jason já estava no andar de cima quando o primeiro Hel-Blar  caiu novestíbulo, quebrando o vidro. Eu ainda estava no patamar e era a únicadevidamente armada.

— Vá! — eu gritei para Jason. — Acione os alarmes. — ele hesitou.

— Apenas vá! — eu insisti antes de me afastar do pouso. Agarrei ocandelabro e balancei para frente, ganhando força o suficiente para atingir o Hel-Blar no peito com meus saltos. Ele foi jogado ao chão, quando a corrente do lustrese rompeu e me jogou no centro do vestíbulo. Os pedaços de cristal choveram sobre

nossas cabeças, deslizando do vidro quebrado da janela. O Hel-Blar  não ficouestatelado no chão por muito tempo. O cheiro de cogumelos mofados eraavassalador. Ele estalou os dentes para mim, todos como pontas de agulha afiada.Enfiei uma estaca em seu peito e ele se desfez em cinzas, deixando para trás umapilha vazia de roupas. Eu não tive exatamente tempo para me dar tapinhas nascostas.

Diversos outros Hel-Blar  vieram correndo para fora da floresta, comobesouros azuis. Lá estavam golpes no andar de cima, um gritou uma maldição. Eles

devem estar no telhado também. Os alunos do décimo e décimo primeiro já teriamse entrincheirado em seus quartos ou fugido pelas passagens secretas quando Jasonacionou seus alarmes silenciosos. Devo voltar para cima e ajudá-lo a encurralar oNiners. Chutei as cinzas da minha bota e subi os degraus dois de cada vez,colocando um par de plugues no nariz.

Não fazia sentido. Vampiros geralmente não atacavam a academia, pelomenos não nas últimas décadas, e os Hel-Blar nunca tinham também; por que elesse incomodariam agora? Eles não tinham um líder ou objetivos políticos, apenas

uma esmagadora fome que normalmente escolhia o caminho de menor resistência.

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Outra besta veio através da janela quebrada e correu até as escadas atrás demim. Mal ouvi, só senti o movimento do ar cheio de vegetação em decomposição ecobre. Havia sangue em seu queixo.

Abaixei, porque ele esperava que eu saltasse para sair de seu caminho. Emvez disso, eu me joguei no chão e o derrubei com as minhas pernas, pegando-o nostornozelos com a biqueira de aço da minha bota. Ativei a caneta de gáslacrimogêneo na minha manga, porque ele estava se movendo muito rápido para alâmina na minha bota ser útil. Hypnos flutuava em uma nuvem de pó branco, comoo açúcar de confeiteiro. Ele já estava debruçado sobre mim, sua saliva escorrendopara meu ombro, no momento em que eu pude gritar uma ordem e estarrelativamente confiante de que o Hypnos estava o suficiente em seu rosto para

fazer o truque.

— Caia! — ele caiu em cima de mim como uma carga de tijolos.

Saí de baixo dele antes que seus dentes pudessem raspar acidentalmente emmeu pescoço. Não havia nada mais contagioso do que o beijo de um Hel-Blar , nãoimporta o quão dopado ele estivesse. Suas pupilas estavam dilatadas, rodeadas deuma pequena porção de cinza pálido. Sua pele era azul tattoo e manchada.

Vovô teria me dito para estacá-lo aqui e agora. Ele era Hel-Blar , depois de

tudo, o mais cruel dos cruéis. Mas eu não podia simplesmente acabar com umadversário privado de sua vontade e desarmado, mesmo que ele fosse perigoso,mesmo que fosse taticamente correto. Somente sentia que era errado.

Eu o empurrei para longe, certificando-me de usar força suficiente paraquebrar algumas costelas. Poderia ter mais escrúpulos do que o meu avô, mas nãoera suave. E não queria que ele ficasse aqui para voltar para a luta depois que oHypnos perdesse o efeito.

— Volte para o seu covil — eu disse. — E fique lá. Não faça mal a ninguém no

caminho.— Vou matar você, menininha.

— E cala a boca — acrescentei.

Ele tropeçou ao descer as escadas, fazendo sons esquisitos rosnando na partede trás de sua garganta.

Soube o momento exato em que Jason alcançou o interruptor de alarmeprincipal. As lâmpadas das camas de bronzeamento alteradas colocadas em volta de

todo o dormitório, colocadas nos parapeitos das janelas do jardim até as luzes depaisagismo, iluminaram através da escuridão. Era alta potência de luz UV com o

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mesmo efeito tóxico sobre os vampiros que a luz solar. Não iria fazê-los explodir emchamas como os vampiros do filme, o que teria sido um inferno de uma vantagemtática. Mas iria, pelo menos, enfraquecê-los consideravelmente. Deveria convencer

qualquer outro vampiro vindo para cá a voltar.

Encontrei Jason no terceiro andar, arrastando os estudantes para a porta dapassagem secreta.

— Você está bem? — perguntou.

Balancei a cabeça. — Dois derrubados.

— Isso é inacreditável — ele rosnou. — Eles estão vindo do telhado também.Há pelo menos três no andar de cima.

— Eu vi muitos entrando pela parte de trás. — uma menina do décimoprimeiro grau, ainda em seu pijama rosa, respondeu. — Desde os jardins.

— Que diabos esta acontecendo? — eu prendi meu cabelo para trás em umrabo de cavalo.

— Parece bastante sofisticado para os Hel-Blar . — Jason murmurou quandonós viramos a esquina do corredor e nos deparamos com a porta do painel demadeira. — Vamos. — ele gritou para os outros estudantes. — Vamos por aqui.

— Mas eles estão lá fora também. — um dos meninos da nona série, disse.— Não podemos ficar aqui. — eu disse a ele. — De qualquer forma, o túnel

leva longe o suficiente, perto da estrada e da Van estacionada debaixo das árvoresdo salgueiro.

— Aquela coisa velha, quebrada e enferrujada?

— Só parece estar quebrada. — eu disse severamente. — E há duas Vans amais, escondidas mais profundamente na floresta. Agora ande.

— Não discuta Joshua. — disse Lia, empurrando-o para obrigá-lo ir. Suasmãos estavam trêmulas e a borda de seu couro cabeludo estava úmida de suor, mas

ela estava mantendo o controle. Virei de costas para eles, prestando atenção nosHel-Blar . Podíamos ouvir seus passos ranger através do teto. O assoalho de madeiravelha era feito para ranger assim, para nos ensinar como agir em silêncio e nos dara justa advertência se alguém estivesse espreitando ao redor.

A luz vinda das janelas era quase ofuscante. Ela devia enfraquecê-los, mas seeles estavam em um frenesi de batalha, ainda poderiam fazer uma quantidade

considerável de danos antes que percebessem que deviam recuar. Abri a porta da

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passagem secreta com um golpe. Eu ainda estava guardando a retaguarda entãotive que olhar por cima do meu ombro quando ouvi a voz concisa de Kieran.

— A saída está bloqueada. — disse ele.

— Merda. — eu murmurei. — Sophie, tome minha posição. — eu disse,virando-me para olhar para Kieran.

Ele usava calças cargo habitual, um cinturão de estacas por cima do ombrobom. — O que você está fazendo aqui?

— Conversamos mais tarde.

— Aposte seu traseiro nisso. — eu murmurei. — E o que você quer dizer coma saída está bloqueada?

— Beco sem saída, Buffy. — disse Quinn, saindo do corredor por trás deKieran. Ele parecia tão lindo como sempre, ainda coberto de poeira. Seu cabeloestava solto, seus olhos azuis como o fogo.

Eu fiquei boquiaberta com ele. — Que diabos você está fazendo aqui?

— Nós viemos para te salvar. — ele sorriu para mim como se estivéssemossozinhos em um juntar com luz de velas, suas presas brilhantes como punhais demarfim.

— Você percebe que está em uma escola de caçadores de vampiros, certo?

— Ele é um vampiro! — o monitor do décimo primeiro andar arremessouuma estaca em Quinn. Quinn rosnou, inclinando-se para a direita até seu torso ficarpraticamente paralelo ao chão. A estaca bateu na parede.

— Retirada! — eu gritei enquanto Kieran ficava na frente de Quinn. — Ele éum Drake! É um aliado.

Houve uma pausa assustada, então resmungos e sussurros frenéticos.

— Você o conhece? — Jason me olhou como se tivesse crescido uma cabeçaextra em mim.

— Kieran, você está confraternizando com o inimigo agora? — Sophie falou.

— Ele é um vampiro. — Simon murmurou. Ele estava no décimo primeirograu agora e já estava coberto de cicatrizes. E ele tinha a constituição de um grandeloiro Viking. — O que estamos esperando?

— Ele é um Drake. — eu repeti. — E Hart assinou um tratado com eles, então

fique muito calmo ou vou derrubar você.

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— Não é certo, é tudo o que eu estou dizendo. No caso de vocês dois nãoterem notado, nós matamos vampiros. E estamos sob um tipo de ataque agoramesmo.

Kieran bufou. — Eu não vou deixar você matar o irmão da minha namorada,então supere isso.

— Você realmente está namorando uma vampira? — Sophie arregalou osolhos. — Cara.

Eu fiquei sugestivamente junto a Kieran, bloqueando Quinn. Ele estava pertoo suficiente para eu sentir a frieza de seu corpo, a notável ausência de suarespiração na parte de trás do meu pescoço. Isso deveria ter me assustado. Era uma

espécie de surpresa que não o fizesse.— Olha; nós poderíamos debater o preconceito desta organização em alguma

outra hora? — eu joguei para fora. — Quinn não é nosso problema agora. ComoSimon apontou, os Hel-Blar são. — levantei meu queixo, olhando todos por baixo. — E Kieran supera hierarquicamente a todos nós, então calem a boca e sigam asordens ou eu estarei entregando deméritos.

— Você pode fazer isso agora? — Kieran sussurrou para mim.

— Eu não tenho ideia. — eu sussurrei para trás.

— Ok, ouçam bem pessoal. — Kieran levantou a voz para que fosse todagrave e impressionante. Eu não estava particularmente impressionada já quetínhamos crescido juntos e eu o havia feito comer à força, tortas de lama quandoéramos pequenos, mas parecia funcionar para todos os outros. Lia realmentesuspirou. Apenas uma caçadora de vampiros de treze anos de idade se apaixonariano meio de um ataque de vampiros. Eu estava um pouco orgulhosa dela na verdade.

— A saída do túnel não está segura. — Kieran continuou. — Tivemos quefazer uma barricada atrás de nós e incendiar para evitar que os Hel-Blar usassem-

na. Alguém os alertou sobre isso. Isso não é a nossa preocupação agora. Nosso únicoobjetivo é matar o maior número possível e permanecer vivos no processo. Nãosejam heróis ou farei Hunter derrubá-los. Dito isto, as luzes devem manter o piordeles longe. Nesse meio tempo, eu quero todos entrincheirados na sala coletiva dodécimo grau. É a mais fácil de defender e as janelas estão bloqueadas. — isso tinhamenos a ver com a proteção e mais a ver com uma brincadeira que Kieran e seusamigos tinham, aparentemente, feito quando estavam no décimo grau.

— O que vocês estão esperando? — Kieran gritou quando os Hel-Blar  desceram as escadas.

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— Vão! Monitorem o perímetro. — acrescentou; apesar de eles serem bemtreinados o suficiente para fazê-lo de qualquer maneira. Eu fiquei onde estava.

— Hunter, vá. — disse Kieran, pegando uma estaca.

— Dá um tempo. — peguei minha própria estaca e me afastei apenas osuficiente para manter Quinn fora do meu caminho e vice-versa. — Seu braço estámachucado. Você precisa de mim.

Kieran não tinha tempo para discutir comigo. Ele não poderia mudar minhadecisão de qualquer maneira. Ele era a coisa mais próxima de um irmão que eutinha e eu não estava disposta a deixá-lo para trás. Não quando os outros alunosestavam muito bem protegidos agora. E mesmo que confiasse que Quinn era um

bom lutador, ele era perigosamente arrogante também.Três Hel-Blar vieram do andar de cima e outros dois pela nossa direita. Quinn

riu antes de atirar-se para eles. De verdade, ele riu.

— Ele é louco? — perguntei, lançando uma estaca em um dos Hel-Blar  àdireita.

— Muito. Abaixe!

Abaixei. A estaca de Kieran passou voando sobre a minha cabeça e pregou o

segundo vampiro na parede. Outra estaca acabou com ele. Prendi a respiração, atéas cinzas assentarem. Respirar pó de vampiros mortos é tão nojento quanto parece.

Tínhamos acabado com todos quando Quinn voltou para nós, sorrindo. — Isso foi divertido.

— Você está... — interrompi-me quando a sombra de uma pequena, maisengenhosamente escondida Hel-Blar se atirou da borda do teto. Ela caiu por trás deQuinn, cada dente exposto.

— Quinn, abaixe!

Quinn abaixou-se, revelando uma estaca em cada mão. Antes que ele pudesse

girar e atacar com suas armas, eu joguei um ovo pimenta. Ele piscou com o tipo deespanto que teria sido engraçado em qualquer outra circunstância. O recipiente emforma de ovo pintado de preto era fino e feito para quebrar com o impacto. Quandoatingiu a última Hel-Blar  no rosto, ele espirrou uma combinação de vidro moído,pimenta caiena e Hypnos em sua face. Ela recuou, gritando e arranhando em seusvermelhos e lacrimejantes olhos. Uma das estacas de Quinn perfurou seu coração eterminou o trabalho. Nós nos juntamos a Kieran no patamar seguinte e ficamos lá

por um longo momento. O único som era Kieran e eu ofegantes. A casa estava emsilêncio.

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— Eu acho que foi o último deles. — Kieran disse finalmente. — Vou subir efazer uma varredura. Vocês olhem as portas da frente e de trás.

Levei Quinn até o fim da escada. Eu estava no último degrau, capaz de olharnão só a porta da frente, mas para a direita, para o gramado através das janelasquebradas. Ele ficou ao meu lado no chão, de frente para a outra direção, na direçãoda porta dos fundos. Meu degrau de vantagem nos colocou quase da mesma altura.Nossos ombros se tocando, o corrimão entre nossos corpos. A adrenalina aindacorria através de mim, me fazendo inexplicavelmente querer dar risadinhas bobas.

— Vocês jogam ovos agora? — Quinn perguntou, levantando umasobrancelha. — Que diabos é isso?

— É uma coisa ninja. — eu dei de ombros. — Só começamos a usá-losrecentemente. Um dos nossos professores de História gosta dessas coisas.

— Você é meio assustadora, Buffy. — ele piscou, depois olhou de repente,pensativo.

— O quê? — eu perguntei.

— Eu só estava me perguntando se você consideraria ensinar a Lucy algunsmovimentos.

— Lucy? Melhor amiga da sua irmã?Ele balançou a cabeça. — Ela precisa de alguns truques extras na manga.

Nossa família está provando ser um pouco problemática e ela é apenas humana. — ele lançou-me um olhar. — Sem querer ofender.

— Não me ofendi. — respondi secamente.

— Você sabe o que quero dizer. Ela é vulnerável. E seus pais estarão de voltaem breve e ela vai voltar para casa. Estamos um pouco preocupados. — ele cheiravaa fumaça e incenso. Eu provavelmente não deveria estar percebendo isso. O que

havia de errado comigo? Eu não era geralmente o tipo de ficar perturbada por umcara de bom aspecto. Mesmo um cara muito bonito que se parecia com o OrlandoBloom. Além disso, ele me via como um companheiro soldado. Eu lutava ao lado decaras, tempo suficiente para saber o olhar. Tentei não suspirar. Teria sido umareação totalmente inadequada. Eu era uma caçadora. Deveria manter a calmasobpressão.

— Então, você iria? — ele perguntou de novo.

— O quê? — dei-me uma sacudida mental. — Eu acho que estaria bem, se adiretora aprovar.

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— Você sempre faz o que dizem? — ele falou lentamente.

Eu bufei. Confusa ou não, ainda continuava sendo eu. — Isso é o que os vilõesde contos de fadas sempre dizem para as meninas para levá-las a fazer algoestúpido.

Houve uma pausa antes que ele risse, como se o som o surpreendesse. — Eusimplesmente vou tomar isso como um sim.

— Tenho certeza que você costuma fazer.

Seu sorriso aumentou e ele cutucou meu ombro amistosamente. — Eu gostode você, garota.

Eu tentei não gemer em voz alta. Estava tão má quanto Lia.Eu tinha desenvolvido totalmente uma paixonite durante um ataque de vampiros. Eele me via da mesma forma que Kieran, como uma irmã mais nova.

Eu não tinha exatamente o tempo para analisar o fato de que eu estava caídapor vampiro. Além disso, qualquer pessoa com olhos cairia por Quinn Drake.

Agora eu estava muito ocupada correndo escadas acima em direção ao grito.Quinn estava nos meus calcanhares, xingando. — Hunter, espere. Deixe-me ir nafrente.

— Sem chance. — corri mais rápido. Ele foi mais rápido, claro, era um vampiroe tudo mais. Na verdade, ele era praticamente um borrão de cores quando passoupor mim. Não parecia justo.

Trabalhei muito para ser o mais rápida que pude, corri, eu praticamente viviana academia a cada manhã, e tive que aturar York. Tudo o que Quinn teve que fazerfoi morrer.

Não era exatamente uma opção viável para mim.

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Capítulo 

Quinn

Quando cheguei à sala de estar, de onde o grito havia se originado, estavaem silêncio novamente. Esperei Hunter me alcançar.  

— Isso não foi justo. — ela murmurou, lutando por ar.

Kieran entrou no corredor, com a boca sombria. — Homem caído. Bomgaroto, como seja.

— É ruim? O que aconteceu? — Hunter passou roçando para ver por simesma.

O quarto estava brilhante considerando que toda a luz refletia através dasjanelas. Estava aquecendo também. A desvantagem definitiva dessas bombas UV;os estudantes poderiam estar queimando pelo sol da manhã. Eles não duvidariamem trocar um nariz queimado e com bolhas de queimadura para servir de comidapara um Hel-Blar , eu claro, estava me sentindo como se pudesse ser cozido. A luz

do sol não era boa para nós. Não explodiria em chamas ou em algo tão dramáticocomo isso, mas enfraqueceria e desmaiaria.

Em uma escola cheia de caçadores de vampiros.

Não obrigada.

Coloquei meus óculos escuros e levantei a gola da minha camisa. A parte detrás do meu pescoço já estava sensível. E no centro do cômodo, os estudantes

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— Eu o levarei. — ela se ofereceu de imediato.

Kieran franziu o cenho. — Hunter, o campus está assolado de Hel-Blar .

— Dããã. E você tem que continuar aqui. Você é o que tem faixa real; e oresto de nós somos apenas estudantes. Além disso, você tem apenas um braçobom.

— Merda. — ele resmungou. Ele sabia que ela tinha razão. — Não gostodisso. É perigoso.

Eu também não gostava.

— Blá, blá, blá. — Hunter o cortou. — Vai segurar minha mão cada vez queestamos em campo?

— Não há gratidão em você. — Kieran disse.

Ela beijou sua bochecha. Curiosamente me alegrei que parecesse o tipo debeijo que Solange poderia me dar. — Te amo, estúpido.

— Eu também idiota.

— Então sai do meu caminho. — ela teve que afastá-lo com um empurrão.— Me dêem algum espaço. — ela disse aos demais, tentando passar através daaglomeração de estudantes horrorizados. — Ficará bem, Will.

— Tem muito sangue. — alguém disse em dúvida.

— Motivo pelo qual o levo à enfermaria. — ela enganchou seu braço debaixodo ombro dele e o ajudou a subir. Ele estava pegajoso e pálido, pareciasurpreendentemente pesado para alguém tão esguio. E era mais ou menos um pémais alto do que ela, o que não facilitava as coisas.

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— O peguei. — murmurei, chegando para apoiar seu outro lado. Willdesviou os olhos furiosos, e logo amortizou um som de dor quando seu ombrosangrou mais profusamente com o movimento repentino.

— Calma. — Hunter disse amavelmente. — Ele está apenas ajudando.

Não conseguia deixar de morder minha bochecha com minhas presas.Mantive meus lábios unidos. Estava contente que meus olhos estivessemescondidos atrás de óculos escuros. Sabia que pareceriam muito azuis e muitopálidos nesta luz estranha.

— Vampiro. — Will grasnou.

— Quer perder seu braço? — Hunter lhe perguntou secamente. Ele sacudiua cabeça, tragando saliva. — Então cala a boca e deixe-o ajudar.

— Sim senhora. — ele apenas concordou.

Kieran se colocou de lado para nos deixar passar pela porta. — Vigie suascostas. — me disse.

Bufei. — Deixei você acariciar minha irmãzinha e ainda não arranquei seubraço por isso. Pode me confiar a sua irmãzinha.

Hunter deu uma parada. Ela atravessou cada um com o olhar. Alguém noquarto começou a suar, ela era tão boa. Poderia tê-la beijado ali mesmo.

— Primeiro, ew. Segundo, posso cuidar de mim mesma. Se vocês queremfazer essa coisa de “cavaleiro de armadura brilhante machista”, faça no seu

próprio tempo. E encontrem vocês mesmos outra dama em perigo, porque eu nãoestou.

Trocamos um olhar, logo a olhamos. Kieran suspirou. — Simplesmentetenha cuidado Hunter.

— Sempre tenho cuidado.

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— Aham.

Ela tropeçou um pouco. — Olhe, Will está deixando uma mancha de sangueno piso e não está ficando mais rápido. Deixa de se preocupar e nos deixe fazer istojá.

Neste momento o telefone da sala de estar, todos os telefones nos quartos, ecada telefone celular em cada bolso, tocara.

— Que diabos é isso? — estalei enquanto Hunter verificava seu telefone. Osícones de mensagem e correio de voz piscavam.

— É o primeiro sinal de cessar o alarme. — Hunter esclareceu enquanto lia amensagem. — Estamos ainda trancados, mas o ataque imediato deve terterminado.

Kieran assentiu. — Vá em frente. E tenta não estacar acidentalmente umProfe14 fazendo a ronda.

Ela fez uma careta. Linda como o inferno.

— Como eu ia saber que ela não era um vampiro? E isso foi há quase quatroanos. Estava aqui apenas há um mês. — ela reclamou.

Levei Will pelas escadas. Hunter seguiu na frente. Ela abriu a porta principale saiu de primeira para verificar se era seguro. Ele poderia ter dito para não meincomodar. Eu não podia sentir nenhuma brisa fresca com o cheiro de bolor emofo, então não sabia se havia Hel-Blar aos arredores.

As luzes delineavam tudo em um amarelo pálido, como o efeito de um filme.Cada folha estava delineada, cada folha de grama. A borda do jardim havia umaescuridão tranquilizadora para meus olhos. Na verdade, eles estavam lacrimejandodebaixo do poder de tantas bombas UV.

14 Professora/o.

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Ela me encaminhou pelo corredor do dormitório de um dos edifíciosprincipais. O andar inferior era a enfermaria, podia dizer pelo poder cegante dapintura branca nas paredes e o fraco cheiro subjacente de desinfetante.

Will gemeu outra vez.

— Quase chegando. — Hunter prometeu. — Theo vai lhe curarimediatamente. Sabe que ele é realmente bom com os pontos.

— Essa puta Hel-Blar me chupou. E tinha o cabelo branco nas pontas. N-nãoquero me transformar nisso. — ele murmurou. — Gran me... Me mataria.

Trocamos um olhar sobre sua cabeça. Era difícil saber se ele estava falandometaforicamente ou não. Nunca poderia dizê-lo nas famílias de caçadores. Ou nasfamílias de vampiros segundo seja o caso.

— Não o fará. — Hunter disse com uma confiança que poderia dizer que elarealmente não sentia. — Eles agora têm medicamentos para deter a troca. Se apegam a tempo, tem uma taxa de êxito muito boa.

— Boa o quanto? — perguntei suavemente.

— Cinquenta e seis por cento de taxa de êxito, segundo o arquivo que Chloefez na redução do ano passado. — ela respondeu apenas em um sussurro. Nãoteria escutado tudo se não fosse pela minha excelente audição.

— Mais pílulas. — Will balbuciou, delirando com dor e medo. — Essasvitaminas novas são uma dor na bunda.

Hunter riu. — Isso é o que disse Chloe. Devem estar tomando o mesmo tipo.

Ele não respondeu, tendo desmaiado entre nós. Felizmente estávamos nocorredor em frente à porta da enfermaria. Um enfermeiro nos encontrou no meiodo corredor. Seus olhos negros curiosos e preocupados e não se alteraram, nemsequer quando pousaram sobre minhas presas. Fiquei impressionado.

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— Uh... Vampiro? — ele perguntou.

Hunter assentiu. — Ele é um Drake.

— Bom, não vou me inclinar diante de suas Presas, se isso é o que estáinsinuando. — seu uniforme era da cor de algo e o vestia como uma armadura.

— Como se fosse tão estúpido Theo. — Hunter disse meio que sorrindo.Theo era obviamente alguém que ela gostava. Decidi que não estava ciumento. Nãofico ciumento, não com as garotas.

— Will precisa de pontos e antibióticos ou o que seja. — disse enquantopassavam com Will através da porta e o deitavam sobre a maca mais próxima. Asluzes fluorescentes me fizeram cerrar os olhos.

Theo deu uma olhada em Will e se esqueceu de mim completamente. Eleabriu as pálpebras de Will e iluminou com uma luz, olhando sombriamente aferida aberta.

— Mordida? — ele perguntou.

— Sim. — Hunter respondeu.

— Vocês esfaqueiam muito a si mesmos? — perguntei.

A boca de Theo se curvou. — Se surpreenderia.

— Uma Hel-Blar também o sugou. — Hunter adicionou.

Theo não parou seu exame, nem por um momento. Mas ouvi seu coração seacelerar. — Explique.

— Ele tinha a ferida antes que uma Hel-Blar  o encontrasse, masaparentemente bebeu seu sangue.

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— Merda. Isso não é bom. — ele chamou a outra enfermeira. — Também omordeu? — ele procurou as marcas de dentes.

Hunter deu de ombros como forma de desculpas. — Ninguém tem certeza.

— Bem, vamos fazer nosso trabalho. — ele se virou gritando ordens aosseus assistentes enquanto cortava o resto da camisa de Will. As agulhas deslizarampor debaixo da pele. Hunter afastou o olhar, tragando.

— Não me diga que o sangue te deixa enjoada. — eu disse divertido.Movimentei-me mais próximo, pronto para pegá-la se desmaiasse.

— O sangue não. — ela estremeceu. — As agulhas.

— Então porque não saímos daqui? — sugeri. — Não pode fazer mais nadapor ele, mas Kieran provavelmente poderia usá-la. E me sinto um pouco expostoaqui com todas essas luzes.

Ela assentiu, me seguindo para fora. — Pergunto-me como estão fazendo osdemais na cidade.

— Montmartre e Greyhaven certamente deixaram uma desordem. — concordei. — Bastardos.

— Quem é Greyhaven? — Hunter perguntou.

— Um dos lacaios de Montmartre. Seu primeiro tenente na verdade. Elecriou seus próprios Hel-Blar  às escondidas, tentando criar seu próprio exércitopessoal, como os Host de Montmartre.

— Oh, genial, porque isso é justo o que precisamos. — ela disse secamente.

— Um dos Hounds o estacou. — lhe assegurei. — Um dos amigos de Isabeau.

Os Hounds eram uma tribo supersticiosa e solitária de vampiros, muitosdeles haviam sido transformados por Montmartre, mas resgatados do túmulo

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antes que ele pudesse recrutá-los. Eles tinham magia antiga que o resto do mundohavia esquecido há séculos.

Caminhamos em um silêncio fácil e amigável, embora ela ainda segurasseuma estaca em sua mão e eu ainda mantinha minhas presas para fora. Fui oprimeiro em escutar um fraco silvo. Parei de repente, virando minha cabeçalentamente.

— Ali. — murmurei antes de pular nos arbustos de lilás rodeando ocaminho de terra. Hunter me alcançou logo enquanto eu estava grunhido sobre umvulto na grama do outro lado dos arbustos. A Hel-Blar  fêmea jazia sobre suas

costas, silvando fracamente. Havia sangue em sua boca, e seus olhos sangrentoseram selvagens. Sua pele era azul mosqueado, quase cinza. Seu cabelo estavacortado em pontas brancas.

— Foi ela que atacou Will! — Hunter exclamou. Ela deu um passo mais pertocom a estaca levantada.

A Hel-Blar  começou a convulsionar, com o sangue e a saliva espumosa no

canto dos seus lábios. Ela se agitava e silvava. Dei um passo para frente de Hunter.Ambos a olhamos, mudos, quando gritou e logo se desintegrou.

Não dissemos nada por um longo momento.

— Que diabos foi isso? — finalmente quebrei o silêncio.

— Não tenho ideia. — ela respondeu. — Nem sequer a toquei!

— Os vampiros simplesmente não se desintegram assim. — não sem um paupontiagudo ou muita luz do sol. — E não ficamos próximos o bastante para feri-la.Se eu não soubesse melhor, teria jurado que ela estava doente de alguma forma ouenvenenada.

Mas isso era impossível.

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Antes que pudesse decidir o que fazer, as luzes das lanternas brilharamsobre nós. Os caçadores e dois professores correram para nós cada um de umadireção.

— Parem. — um deles ordenou. — Assumiremos daqui.

— Ela se foi. — Hunter piscou enquanto um deles se agachava para recolheras cinzas. — Não a tocamos. Ela somente... Desfez-se. Como se estivesse doente oualgo assim. — ela sacudiu a cabeça. — Sei que isso soa louco.

Não disse nada, mas dobrei meus joelhos levemente, no caso se precisassebrincar fora da trajetória de uma flecha ou uma estaca. Nunca poderia dizer doscaçadores. Alguns deles estavam nervosos.

— Volta para o seu quarto, Wild. — um dos professores ordenou paraHunter. — E o agente Black está esperando para escoltá-lo para fora doestabelecimento, Sr. Drake. — ela disse a mim, claramente não estava satisfeitanem sequer em admitir minha presença. Podia cheirar o medo sobre sua pele,como um perfume.

— Ele nos ajudou. — Hunter assinalou, franzindo o cenho. — Enquanto orestante de vocês estava em outro lugar.

Confesso que desfrutei vendo-a me defender. Não tinha esperado por isso.Kieran havia dito muito sobre sua família, que estava francamente surpreso quenem sequer houvesse tentado me estacar, por princípios.

A professora se levantou para bloquear nossa visão do que eles estavamfazendo. — Agora senhorita Wild. Isso é uma ordem.

Hunter aparentava como se quisesse retrucar, mas ela simplesmenteassentiu bruscamente, virou-se em seus calcanhares e partiu, pegando minha mãopara que a seguisse.

— Algo esta errado. — disse quando estávamos fora do alcance do ouvido.

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— Eu sei. — ela concordou desagradavelmente enquanto caminhávamossobre um gramado animado com estudantes, mestres, e um caçador ocasional emplena partida. O predador em mim saiu à superfície. Foi um esforço não grunhir

em voz alta. Kieran veio me agarrar, assentindo para Hunter caminhar para odormitório antes que ela pudesse dizer algo mais.

— Que diabos Kieran? — vociferei.

— Aqui não. — ele vociferou em resposta.

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Capítulo 

Hunter  

 Sexta-feira à tarde

Ninguém nos contava nada, nem mesmo no dia seguinte. A maior parte dasinformações que eu consegui foi de Theo, e ele só me contou que o estado do Will eracrítico, mas ele não havia se transformado ou morrido até o momento. Não era muitopara continuar. 

Não ajudou que a Chloe não parasse de reclamar.

— É tão injusto. — ela disse novamente enquanto eu limpava o suor do meurosto e começava a fazer os meus alongamentos. Nós estávamos no ginásio, que estavapraticamente cheio. O ataque na noite passada fez com que todos os estudantesficassem ansiosos para treinar de novo, apesar de nós que ficamos para trás termosvisto a maior parte da ação. E era isso que estava irritando a Chloe. O rosto dela estavaquase roxo.

— Fique calma. — eu disse. — Você vai causar a si mesma um ataque do coraçãose continuar se esforçando desse jeito.

Ela drenou a água de sua garrafa e limpou a boca. — Eu me sinto ótima, e eu fiz aminha avaliação ontem para provar isso. Então pronto. — estudantes tinham quepassar por um exame físico no começo de cada ano escolar.

— Bem, você está em uma cor muito lisonjeira de hambúrguer cru. — eu acorrigi. — Não é uma boa aparência para você.

— Eu só preciso tomar outra vitamina. — ela ofegou, balançando para fora o queparecia ser como uma pílula cavalar amarela de um frasco que ela havia tirado de suamochila. Tinha o nome da sua mãe impresso nele: Dra. Cheng.

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— Como que estas coisas não te fazem vomitar? — eu perguntei.

Ela deu de ombros. — Você se acostuma. Não que você precise disso.

— Não isso de novo.

— Bem, é verdade. — ela insistiu. — Você é uma atleta natural. E  você só tiranotas 10.

— Você também!

— Eu sou uma droga nas coisas de combate.

— Você não é. — eu disse, tirando o elástico do meu cabelo. Eu estava ficando

cansada de me defender quando eu não havia feito nada de errado. Ela estava tãorabugenta este ano. Eu não podia imaginar quão estressada ela iria ficar quando nossasaulas começassem de verdade. Estava meio que me fazendo desejar que nós nãoestivéssemos dividindo um quarto. — Mas você está me dando nos nervos.

— Nem todos nós estamos recebendo louvores por salvar vidas. — ela disse.Soava suspeitosamente como reclamação. — Você arrebentou ontem à noite e tudo oque eu vi foi a nuca de um Hel-Blar enquanto ela se transformava em cinza. E nem fui euque a estaquei.

— Você está fazendo birra porque não pôde matar ontem à noite? — euperguntei, sem acreditar.

— Você não entende.

— Pode apostar.

Ela enfiou suas coisas na mochila. — Tudo é fácil para você.

Eu pisquei para ela. — Você está chapada? Você não esteve prestando atençãonos últimos dois dias?

— Você sai destas cheirando a rosas toda a vez.

— E isso é uma coisa ruim? — eu não podia acreditar nela. — Merda, Chloe. Oque está errado com você? Você é minha amiga. Você deveria estar feliz que eu não fuiabatida por todos aqueles deméritos que o York tentou me dar.

— Eu estou feliz.

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— Não, você não esta. Você esta me enchendo o saco porque eu fui atacada porvampiros e você não.

— Eu só estou cansada. Deus. — Então durma um pouco. — eu atirei de volta, incomodada. — E se controla.

— Você não é perfeita, sabia.

Eu a encarei. — Quando eu disse alguma vez que era?

Ela fez uma careta. — Você age como se fosse.

— Não ajo.

— Sim, você age. Você não é boa em tudo.

— Você está louca. — pendurei minha mochila no ombro e trotei para longeantes que eu dissesse alguma coisa que eu poderia não ser capaz de voltar atrás. Nãopodia acreditar na maneira que ela havia falado comigo, na maneira que ela havia meolhado, como se eu estivesse tornando a vida dela miserável. Eu nunca a vi desse jeito.Ela ainda estava murmurando para si mesma quando eu bati a porta atrás de mim. Eu

nem me incomodei em me trocar, só fui para fora com os meus shorts de ginástica e

uma camiseta. Não queria estar perto dela nem por um segundo mais do que eu tivesseno momento. Nós nunca brigamos, não assim. Nós tínhamos umas briguinhas sobrecoisas bobas durante as provas, mas todo mundo tinha. Eu sabia que a mãe dela estavasendo mais severa do que o normal, mas agora era minha culpa?

— Hunter! Você quer... Opa. — Jenna ergueu suas sobrancelhas quando eu mevirei. Ela estava vindo da cafeteria com uma cesta e Spencer e Jason atrás dela. — Rostoassustador.

— Desculpa. — eu suspirei, tentando espantar o mal humor. Não era justodescontar neles, especialmente depois de ficar brava com a Chloe por fazer a mesmacoisa comigo.

— Você está bem? — Spencer perguntou.

— Estou bem. — eu murmurei. — Chloe, no entanto, precisa de terapia.

Ele fungou. — Diga algo que eu não sei.

Jenna ergueu sua cesta. — Hora do piquenique. Está dentro?

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Jenna inclinou sua cabeça. — Se elas são realmente vitaminas, quem liga? Querdizer, estou tomando vitamina C no momento. A minha colega de quarto está gripada eeu realmente não quero pegar. Se eles precisam achar que isso os torna melhores

lutadores, qual é o problema? Não é como se eles estivessem tomando esteroides.

— Pode ser. — eu não tinha certeza do por que, mas eu não estava convencida.

— Mas todos nós concordamos que precisamos descobrir o que estaacontecendo, certo? — Jason perguntou. — Quer dizer, com o Hel-Blar e todo o segredoe alguns dos professores estarem estranhos?

Spencer deitou de costas, absorvendo o sol e abandonando a sua guarda.Ninguém estava prestando atenção em nós de qualquer forma. Era um dia muito bom.

— Nós descobriremos. — ele disse bocejando. Os seus dreadlocks espalhados aoredor dele como cobras de uma cor dourada clara. — Nós sempre descobrimos.

Eu não vi a Chloe pelo resto do dia. Mas quando voltei para o nosso quarto nasexta à noite depois do jantar, havia um bilhete no meu travesseiro. Estava escrito coma letra dela e lia-se, Desculpa. Eu acho que estou com um caso feroz de TPM. Ela deixouuma barra de chocolate e um novo livro de romance como uma oferta de paz. Eu nãoestava brava mais, mas eu ainda estava preocupada. Então eu fiz o que qualquer

caçador de vampiro faria.Eu fucei.

Eu me senti mal por mexer nas coisas dela, mas não consegui me segurar. Nãoadiantava ligar o computador dela para mexer em seus arquivos; alguns daquelesnegócios de criptografia poderiam muito bem estar em uma linguagem babilônicaantiga até onde eu conseguia entender. A sua mochila da academia estava perto da suacama, no entanto, o zíper meio aberto. Eu podia ver a tampa branca de plástico dofrasco com o rótulo da prescrição saindo. Eu o tirei para fora da mochila, juntamente

com o segundo frasco que encontrei embaixo. Aquela era uma marca popular de

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proteína em pó. Olhei dentro e cheirei, mas parecia inofensivo o bastante. Não que eurealmente soubesse o que estava procurando.

O segundo rótulo descrevia o conteúdo como uma multivitamina e tinha o nomeda Chloe nele e da sua mãe. Eles pareciam normais e até mesmo tinham o cheiro normalnojento de vitamina.

Eu deveria deixar isso passar. Eu estava sendo ridícula.

Mas isso não me parou de fuçar em mais uma de suas vitaminas no caso de euprecisar tê-las analisadas mais tarde.

Eu só estava provavelmente sendo paranoica. Acontece algumas vezes com

caçadores. E TPM poderia totalmente ser a causa para as estranhas mudanças de humorde Chloe e a obsessão repentina em malhar e a prática de combate. Mesmo assim,continuei procurando.

Não encontrei nada, no entanto... Somente sua variedade normal de esmaltes ependrives e peças de computador e sua garrafa secreta de schnapps de pêssego na

parte de trás de seu armário em sua bota de chuva esquerda. Ela escondia uma garrafalá todo ano.

Eu estava sendo uma idiota paranoica.Eu fechei a porta do armário com um estalido determinado. Eu já tenho o

bastante para me preocupar com a Courtney e os nono anistas e o Will para estarfuçando nas coisas da minha amiga.

Como o fato de que o Quinn estava esperando por mim na clareira na florestabem neste momento.

O sol já havia se posto totalmente enquanto eu estava mexendo nas coisas da

Chloe, o que significava que o Quinn estava lá fora com o Kieran e a Lucy. Kieran haviaconseguido as permissões para eu treinar a Lucy contanto que nós fizéssemos fora devista da escola e mantivéssemos o silêncio. Não era um precedente que eles queriam

incentivar, e havia alguma coisa sobre seguro também. Que seja. Eu não queria umaaudiência. Eu já me sentia autoconsciente o suficiente sabendo que o Quinn estaria lá.

Peguei a bolsa com os equipamentos que eu havia guardado mais cedo e saí defininho do dormitório, cortando pelos jardins até a floresta. Evitei os espaços abertos deluz caindo sobre o gramado que vinha da enfermaria. A floresta estava silenciosa e

quente, pesada com o cheiro das pinhas e dos lírios amarelos da beirada do lago. Eu

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segui o brilho de luz do outro lado do pinheiro e fui até a clareira onde Kieran já haviamontado um perímetro de lanternas.

Pausei ao som de uma bola de futebol americano atrás de mim. — Você nãodeveria estar aqui.

— Você não é a minha chefa. — Spencer retornou de bom humor. — E nós nãovamos ficar de fora outra noite da sua diversão furtiva.

Chloe estava ao lado dele, sorrindo hesitantemente. — Tudo bem?

Enruguei o meu nariz. — Tudo bem. Contanto que eu possa chutar a sua bundaem nome do treinamento.

— Feito. — Chloe enroscou seu braço no meu. — Eu quero dar uma olhada emum dos famosos irmãos Drake. — ela abaixou sua voz. — Eu realmente sinto muito porter estourado com você.

— Eu sei. — e eu sinto muito por ter mexido nas suas coisas , eu pensei. Mas eu nãofalei.

Quinn, Lucy, e Kieran estavam esperando por nós na clareira. Quinn estavainclinado contra uma árvore, parecendo perigoso e gostoso.

— Delícia. — Chloe murmurou ao meu lado. Quinn nos mostrou um sorriso. Eulutei para não corar.

— Audição vampírica, lembra-se? — murmurei de volta.

Ela deu de ombros, sorrindo em resposta. Tentei não sentir ciúmes da maneiraque ele piscou para ela. Virei a minha atenção deliberadamente para a Lucy. Ela estavavestindo uma blusinha bordada com shorts jeans e botas da Doc Marten. Seu cabeloestava em um coque em linha reta, os óculos eram de um aro escuro.

— Eu vou aprender a chutar a sua bunda. — ela sorriu para o Quinn. — E a doseu irmão.

— Onde o Nicholas esta? — Kieran perguntou.

— Ele está trancado no guarda-roupa. — Lucy disse com uma satisfaçãoperversa. Depois de um momento de silêncio aturdido, Quinn fungou uma risada.

— Você trancou o seu namorado no guarda-roupa? — eu perguntei.

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— Legal. — Chloe aprovou. Os aros de seus brincos pegaram a luz azul dalanterna.

Lucy deu de ombros. — É para ele aprender. Ele me trancou lá na semanapassada.

Kieran revirou os olhos. — Ele estava tentando salvar a sua vida.

— Que seja. Não me faça te trancar lá também. — ela esfregou suas mãos juntasanimadamente. — Vamos, Hunter. Mostre-me o que você tem.

— Sim Buffy. — Quinn sorriu amigavelmente para mim, se empurrando daárvore enquanto nós nos aprofundávamos mais na clareira. — Mostre-nos os seus

golpes.

Lucy o empurrou gentilmente na minha direção. — Use-o como o seu bonecovampiro.

— Epa, peraí.

— Isso foi ideia sua. — ela disse para ele. — Você foi aquele que me quis armadae perigosa.

— Que diabos eu estava pensando?

Ela beijou a bochecha dele, como se ele realmente fosse o irmão mais velho dela,em seguida se virou para mim com expectativa.

— Primeiro, eu preciso saber do seu estilo. — eu disse.

— Rolo compressor. — Kieran disse maliciosamente.

Ela estreitou seus olhos para ele. — Posso praticar com ele?

Estiquei meu braço como convite, sorrindo. — Fique à vontade.

Ela dançou para frente e para trás como uma boxeadora, mas era toda graciosa enem um pouco de técnica.

— Somente corra até ele. — eu sugeri.

Ela abaixou a cabeça e o atacou como um touro louco. Kieran esperou até oúltimo segundo possível antes de sair do caminho, sorrindo. Lucy parou, mas somentepor pouco. Outro passo e ela teria acertado a cabeça em uma árvore. Ela se virou.

— Droga! — ela apontou para o Kieran e para o Quinn. — Não se atreva a rir.

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Quinn pressionou seus lábios fechados com um cuidado exagerado.

— Esta tudo bem. — eu disse. — Tente atingi-lo agora.

Kieran se afastou tão rápido que quase tropeçou em seus próprios pés. — Demaneira nenhuma. Ela já me deu um soco na cara uma vez.

— Em mim também. — Quinn disse. — Ela tem realmente uma boa pontaria.

— Bom. Eu posso trabalhar com isso. — eu respondi. — Kieran, finja que vaiatacá-la.

Ele parecia duvidoso, mas aceitou. Quando ele agarrou o ombro de Lucy, ela se

transformou em um gato selvagem. Ela explodiu, chutou, mordeu. Eu estava bem certaque até a ouvi sibilar. Depois de alguns minutos, Kieran estava arranhado e machucadoe ela estava arquejando e com o rosto vermelho.

— Nada mal. — eu falei para ela. — Mas você vai se cansar bem antes que façaqualquer dano verdadeiro.

Ela bateu no peito. — Estou começando a entender isso. — ela bufou. — Eu achoque o meu coração acabou de explodir.

— Nós provavelmente deveríamos ficar com a parte de discrição e fuga. Eu possomostrar-lhe como infligir o máximo de dano com o mínimo de força, que vai comprar-lhe tempo para fugir.

Quinn prendeu Lucy com um olhar feroz e sábio. — Mas você tem que fugir deverdade, pirralha.

Ela fez uma careta. — Sim, sim.

— Mostre-me sua mira. — entreguei para ela três pedras e apontei para um galho

fino. Ela jogou seu cabelo para longe de seu rosto, respirou fundo, e as lançou. Elaacertou o galho bem no meio todas às vezes. Spencer assobiou pelos dentes,impressionado. Chloe parecia como se estivesse pronta para fazer anotações.

— É verdade que Hope tentou te recrutar? — ela perguntou.

— Sim. — Lucy murmurou. — Como se eu fosse virar a casaca por causa dealguma liga brega. — ela pausou, estremecendo. — Opss. Desculpa.

Eu dei de ombros. — Hope não era um verdadeiro Helios-Ra. — apesar de que o

Vovô seria bem simpático com os seus objetivos finais. Já que Lucy havia provado sua

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— Mostre-me. — ele disse enquanto eu o pegava. Eu o girei uma vez. Admito queeu estava me mostrando um pouco. Se ele iria insistir em me ver como um dos caras eum companheiro soldado, eu iria muito bem ter que ser um melhor soldado que ele.

— Vamos Buffy. — ele encorajou; os olhos pálidos cintilando.

— A qualquer hora, Lestat. — eu atirei de volta.

Nós circulamos um ao outro em uma dança lenta e predatória. Foi fácil esquecerque nós tínhamos uma audiência. Seus olhos azuis estavam afiados e quentes, como ocoração da chama de uma vela. Poderia me aquecer ou me queimar inteira.

— Sem Hypnos. — ele murmurou.

— Sem feromônios. — eu rebati, apesar de que eu não sabia o quanto de controleele tinha sobre este tipo de coisa.

Ele era rápido, claro. Vampiros sempre eram. Mas nós havíamos sido treinamospara nos concentrar no borrão do movimento, no deslocamento de ar, nos pequenosdetalhes meticulosos que poderiam salvar as nossas vidas.

Quando ele veio até mim, eu tive que me convencer que os meus reflexos nãotinham permissão de realmente estacá-lo. A primeira parte dele que estava perto o

bastante para ver suas presas para fora. Elas eram hipnotizantes, mas não tãohipnotizantes que eu não ataquei e o acertei no esterno com a ponta do meu bastão. Eupude notar pelo alargamento do seu sorriso que ele havia sentido o impacto. Eu nuncaconheci ninguém que gostasse tanto de conflitos. Até mesmo o Vovô viu tudo isso comoum dever antes do prazer. Com o Quinn, era quase como se ele estivesse flertandocomigo.

Eu não podia ter certeza se ele iria se inclinar para destroçar a minha jugular ouse ele iria me beijar até eu desmaiar.

Ao invés disso, ele chutou e me fez tropeçar, mas quando eu caí para trás, a mãodele estava nas minhas costas para me segurar. Meu braço esquerdo cruzado entre nós,

primeiro pressionado em cima do seu coração para provar o meu ponto. Eu poderia tê-lo estacado naquele momento, se a situação fosse diferente.

Mas eu poderia não estar viva para fazer isso.

As presas dele descansavam ternamente na parte no lado de dentro da minha

garganta. A extensão dos nossos corpos pressionados juntos. Eu senti a frieza de suapele e me perguntei se o calor do meu parecia uma queimadura para ele. Era a primeira

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Capítulo   

Hunter 

 Sábado pela manhã.

Quando me levantei na manhã seguinte, Chloe ainda estava sentada em seuescritório fazendo careta para o seu computador. Não podia imaginar como não haviatido uma dor de cabeça. Seus ombros estavam curvados, o brilhante resplendor domonitor era incômodo. E ali estavam três latas vazias de bebida energética diet perto desua cadeira. Seu usual cabelo perfeito estava decididamente frisado, preso por umprendedor em cima da sua cabeça. Esta não era a Chloe que eu estava acostumada,

perfeitamente arrumada e engomada em seu pijama de estilista.

Também estava batendo com seu pé sem parar, como um pica-pau muitofrenético para se dar conta que estava batendo no metal e não na madeira.

Levantei-me, piscando difusamente. A luz era pálida a partir da janela, apenasclareando. A floresta estava ainda escura e parecia como se estivesse dormindoenquanto Chloe estava acordada. — Chloe?

— Somente um minuto. — seus dedos eram barulhentos contra o teclado. Nem

sequer levantou o olhar. Algo próximo da sua forma de ser, a energia frenética ou aforma em que estava um pouco maníaca mordendo o lábio, fez meu estômago seretorcer de nervoso. Quando de repente se afastou da sua mesa amaldiçoando, pulei.

— Porra. — entoou. — Realmente acredita que eu já o tinha jogado a esta hora.— ela me olhou, perto da janela. — Que horas são?

Voltei-me para o radio relógio para ver o que os números brilhantessentenciavam e resplandeciam em vermelho. — 05h34min.

— Ew.

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Agora parecia mais com a Chloe que eu conhecia.

— O que eu perdi toda a noite? — lhe perguntei, tentando não parecer

preocupada. — Não é como se tivesse tarefa. A escola não começou ainda. E é muitocedo para as aulas ainda. Ou para os seres humanos normais e seu funcionamento.

— Não foi minha intenção. Acabei de ter um rolo com os códigos de segurança.Bom, eu pensava que era um rolo, de todas as formas. Tinha que estar ali. — elaesfregou os olhos avermelhados. — Sinto-me como uma merda.

— Eles já têm uma nova cura para isso. — lhe disse secamente. — Se chama sono.

— Ok, ok.

— Vai desligar agora ou o que? — insisti. Poderia puxar o plugue do seucomputador, mas provavelmente me arrancaria os olhos. E era muito cedo para umaluta. Ela bocejou e se enfiou em sua cama. Estava dormindo antes que pudesse meresponder.

Decidi aproveitar a primeira hora e o dormitório para mim. Era tão raro a calma ehoje era sábado. Todos os estudantes que já não estavam aqui começariam a chegardepois do desjejum. Courtney certamente ia me obrigar a pegar as funções menos

glamourosas, e esta noite iríamos a cidade para “a noite da isca de vampiro”. Assim que se ia seguir adiante com a ideia possivelmente ilegal que havia tido

ontem à noite antes de dormir, agora era minha melhor oportunidade. Peguei a mochilae enfiei os abastecimentos antes que Chloe começasse a roncar. Não me incomodei emtrocar de pijama uma vez que planejava ir dormir diretamente, novamente, tão logofosse humanamente possível, mas passei pelo banheiro. Não havia luz suficientechegando das janelas, portanto a sala era cinza em lugar de negra. Fiquei no canto dasescadas para que estas não rangessem, pulando a terceira e a décima no total.

Por muito meu avô era um estrito e orgulhoso caçador, que havia me delegado auma equipe de vigilância e armas, quando completei a maioridade, bestas, e outrascoisas impressionantes, como microfones. Era o último que tinha a intenção de por embom uso.

Não tinha o “dom” de Chloe, e não podia pedir sua ajuda. Depois que a garota Hel-Blar morreu e Will mencionou as vitaminas, eu sabia que algo estava acontecendo, masnão tinha ideia do que. Precisávamos de mais informações sobre essa vitamina, mas nãoconhecia ninguém no departamento de ciências em quem confiasse o suficiente paradizer o que havia nas pílulas que havia roubado. A mãe de Chloe ajudara a desenvolver

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o Hypnos, e ao que parece tinha a ver com as vitaminas também, mas esse tipo dequímica ou biologia ou o que fosse estava além do meu alcance.

Mas sim, eu conhecia alguém que poderia me ajudar.Quinn.

Se Kieran confiava nele, então eu também podia.

Mesmo ele sendo um vampiro.

E eu uma caçadora.

Quando a vida havia se tornado tão malditamente complicada?

Mas, em parte essa bagunça em que se acusavam essencialmente os de cima detoda organização e a mãe da minha amiga, estava por minha conta. Sozinha. Nem sequerpodia dizer a Kieran. Ele já estava caminhando por uma fina linha na organização porsua relação com Solange e sua aliança com os Drake. Não apenas o tinham debaixo dealgum tipo de vigilância, mas estava certa que ele não precisava, agora mesmo, de umestresse extra com suas teorias não comprovadas. E de todas as formas, era muito maisprovável que a vitamina fizesse com que Chloe agisse de forma estranha, era porque oestava tomando frequentemente. Talvez ela fosse alérgica a elas.

Havia muitas perguntas que não faziam sentido e não havia respostas suficientes.

Então, ali estava eu entrando na sala de estar do décimo primeiro grau. Além domais, ia ter que roubar uma amostra de sangue de Will da enfermaria. Não tinha ideiaalguma se esse tipo de coisa poderia causar minha expulsão ou se poderiam usar comoum crédito adicional. Tinha a esperança de que nunca descobrisse. Valia a pena o risco,no entanto.

Tinha apenas três microfones e um desses tinha um sensor de movimento.Escondi-me atrás de um sofá e observei os locais onde os colocaram, dois atrás dascortinas feias de cor marrom e um em massa de chiclete que ninguém mais queria tocar.Então observei outro lugar dentro do puxador de móveis desmontável na parte inferioresquerda da cômoda, na lousa de anúncios. Imaginei que esses eram os dois lugaresmais prováveis em que os estudantes se reuniam para falar. Não havia nada perto dotelefone comunitário, já que apenas o usavam para ligar para casa quando não tinhamsaldo em seus telefones celulares.

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Pude escutar os fracos sons de alguém no corredor que se encaminhava para obanheiro. Tive o tempo certo para me agachar atrás da prateleira, o estudante passoudespreocupadamente, coçando parte de sua anatomia que eu não precisava saber.

Afrouxei o botão da prateleira e deixei cair o microfone no mastro. Felizmente, omicrofone era do tipo antigo da Segunda Guerra Mundial e cabia em uma caixa decaneta. Por desgraça, o deixei cair na parte inferior, onde nunca poderia chegar a tirá-looutra vez. Não podia me arriscar a tentar tirar também. Amaldiçoando, corri todo ocaminho de volta ao meu quarto.

Enfiei-me embaixo dos lençóis, a abafada manhã de agosto já era muito úmidapara usar cobertas. Chloe continuava roncando. Esfreguei a medalha de coroação que

usava ao redor do meu pescoço e esperei saber o que diabos estava acontecendo.

Isto tinha todos os indícios de ir muito mal.

Fiquei ali, olhando para o teto, e me perguntei o que exatamente ia dizer para oQuinn.

— Esta atrasada. — Courtney me repreendeu mais tarde naquela manhã.

— Não estou atrasada porque não tenho uma tarefa. — respondi. E estavachegando tarde porque tinha ido à enfermaria, roubar um tubo de sangue. Theo nãohavia me deixado entrar para visitar Will, mas me deixou sozinha na sala de esperadepois de empurrar o carrinho de amostras de sangue em uma das salas de exame a

espera de serem recolhidas. Tudo o que havia tido que fazer era chegar perto dacortina. A única parte difícil foi me assegurar que era a amostra correta. Ao que parece,havia uma grande quantidade de estudantes com uma rara gripe, já que tinha umagrande quantidade de tubos na bandeja. A ideia de ver agulhas, fez com que eu meencolhesse.

O mesmo fez o fato de saber que tinha roubado um frasco de sangue de Chloetambém. Ainda precisava alcançar a letra do meu nome, para os check-ups anuais,assim eu estava vendo que teria que enfrentar as agulhas na próxima semana, mais ou

menos.

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— Eles já estão aqui. — ela realmente estalou os dedos e apontou as suas costas.

Olhei-a fixamente. Estava feliz de ter colocado meu top cor rosa e meu perfume

preferido. Ela havia cobiçado que partilhássemos um quarto desde o ano passado.Pequenas vinganças eram tudo o que podia conseguir.

Como se quisesse me colocar uma centena de deméritos, com seus olhos elacontinuava me encarando como se eu fosse uma substância desagradável que tinhasaído do nada. Cheirou-me e me ignorou. Bom para mim.

A escada estava cheia de estudantes com os olhos abertos e pais carregandomalas. O dormitório parecia uma colmeia, vibrando com o som e a energia.

Haveria mordidas no final do dia, sem dúvida. Lia se movia na sala comum,tentando conseguir uma olhada em seu companheiro de quarto antes de ter que seremapresentados. Courtney sorriu a todos os pais e se apresentou amavelmente. Estavacerta que ia limpar as mãos com álcool desinfetante depois de cada mão que sacudiu.Outro estudante estava sendo retirado para a enfermaria com febre alta. Tirei meutelefone celular do bolso e enviei uma mensagem de texto para Kieran para conseguir onúmero de telefone de Quinn. Enviei as mensagens de texto o mais rápido que pude etentei não me obcecar com cada palavra.

Preciso lhe pedir um favor. Pode vir à escola no domingo à noite? Por favor, meia-noite. Não conte a Kieran. Hunter.

Não é que estivesse para sair nem nada. Apenas estava lhe perguntando porcortesia profissional. Não devia me preocupar se soava muito formal ou se ele poderiapensar que eu estava apaixonada por ele.

Já que não estava.

Em parte.

Era natural sentir curiosidade por Quinn. Ele era um vampiro, pelo amor de Deus,e um Drake. E estava se tornando amigo de Kieran também, assim isso o fazia meuamigo também.

E daí se era bonito?

Muitos dos garotos eram bonitos.

Claro, ele era o primeiro que me fazia ruborizar quando pensava em seu nome.

Como neste momento. Maldição.

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Essa possivelmente era uma das razões para que ela me odiasse tanto.

Simplesmente não podia deixar que sua sobre compensação e o excesso de

ostentação passassem despercebidos. Virei para olhar meu telefone antes que pudessedizer algo mais.

Nenhuma mensagem de texto de Quinn.

Talvez ele não pudesse me responder. Talvez estivesse ocupado com sua línguana boca de outra garota.

Talvez eu fosse uma idiota.

Era meio dia, o mais quente, a parte mais brilhante do dia. Ele era um vampiro.Dããã.

Coloquei meu telefone no bolso e prometi não voltar a mencionar a ninguém oque uma correta estudante caçadora de vampiros tinha escutado momentaneamente,que os vampiros não dançavam debaixo da luz do dia.

Estava fora de mim mesma.

Virei para a posição firme e tentei parecer como alguém que tinha confiança,

alguém de quem meu Avô estaria orgulhoso.Não é como se eu estivesse sonhando com um vampiro.

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Capítulo   

Quinn 

 Sábado à tarde.

Não conseguia parar de pensar em Hunter.

Se fosse qualquer um dos meus irmãos, eu teria ridicularizado sem piedade.

Porque ela não era apenas humana, era uma caçadora. De repente senti muitomais simpatia pelo que Solange estava passando. Pelo menos Hunter não cheirava a

comida. Na maior parte.

Mas ainda assim, cheira malditamente bem.

Perguntei-me se ela havia se metido em problemas por estar no campus com umvampiro. Ou se o garoto que levamos para a enfermaria tinha se transformado e agorahavia um Hel-Blar  a mais que nós precisávamos matar. Se continuassem atacandoassim, os habitantes de Violet Hill não demorariam a se perguntar que tipo de criaturasvivia nas montanhas e na floresta ao redor da cidade. Logo já não será seguro ninguémsair durante a noite, mas tente dizer isso aos universitários para espantá-los.

Já havia histórias circulando e as histórias nunca eram boas. Para nos manter asalvo dependíamos dos segredos e da crença de que os vampiros não existiam. Mas aobsessão atual que havia na cultura humana com os vampiros não estava nos ajudando,absolutamente. Realmente tínhamos que controlar estas infestações de Hel-Blar  etínhamos que fazê-lo rápido. Mamãe estava nos enviando para patrulhar e Kieran nosdisse que a academia de Helios-Ra também estava fazendo expedições.

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Eu não podia fazer mais do que me perguntar se Hunter fazia parte dessasexpedições. Ela era boa o suficiente. Eu mesmo a tinha visto. E Hart a tinha chamadosemana passada para que ela fosse à reunião nas cavernas e também para a Coroação;

Isso dizia alguma coisa.

Não tinha podido perguntar para Kieran se ela tinha namorado.

A pergunta latejava como um dente quebrado, impossível de ignorar, impossívelde não tocá-lo. Só para ver se ainda dói.

Eu nunca fazia isto.

Eu gostava das garotas, humanas ou vampiras. Eu gostava muito, mas nunca meperguntava o que era que estavam fazendo ou se voltaria a ouvir sobre elas. Porquesempre voltava a ouvir falar delas, geralmente mais do que eu queria. Não meinterpretem mal, eu tratava todas elas bem. Não podia ser educado por minha mãe enão tratar as mulheres com muitíssimo respeito. Mas elas sabiam que eu não estavaprocurando compromisso, apenas passar um bom momento.

E nenhuma das humanas sabia que eu era um vampiro. Eu não sou estúpido.

Bem, exceto naquela ocasião.

Mas isso foi há muito tempo. Nem sequer vale a pena mencioná-lo.

Além do mais, Hunter é diferente. Ela é forte, valente e sexy. Amava a forma como

me olhava, ligeiramente desconfiada, como se estivesse pensando em chutar meutraseiro. Isso não deveria ser sexy, mas era. E a única coisa que eu queria era convencê-

la que destrançasse seu cabelo loiro. Pareceria normal.

Porra, eu estava outra vez pensando nela. Em seu cabelo.

— Merda. — murmurei. Se não tivesse cuidado, eu também começaria a escreverpoesias como os que Karin escrevia para mim. — Tenho que sair daqui.

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As cavernas da redondeza eram uma boa distração, porque se você sedescuidasse por um só minuto, podiam arrancar sua cabeça.

Agora mesmo isso parecia perfeito.Assenti ante os guardas na entrada principal e entrei nas cavernas. Elas estavam

iluminadas por tochas, o túnel se abria para diferentes câmaras. A maior era a doGrande Salão, o qual se encaixava com as tendências medievais de decoração dos Drake.Apenas olhe a nossa única matriarca sobrevivente; Veronique Dubois. Ela era muitomais aterradora do que mamãe. E podia tecer uma mortalha para seu funeral com suaspróprias mãos. Era fácil aceitar mamãe como Rainha, ou Veronique. Papai tambémtinha algo monárquico que corria em suas veias. Dava-me muito mais trabalho imaginar

o resto de nós como príncipes. Connor não gostava das pessoas, vampiros ou humanos.Ele queria que o deixassem sozinho com seus computadores. Logan se vestia comopirata e eu sabia mais de casualidades do que de política de vampiros, e não tinha muitavontade de aprender.

Mas se eu tinha ânsias de deter os vampiros assassinos que queriam atacar aminha mãe e a minha irmã, consideraria vestir as calças e estudar política de vampirose iria para a Corte e tentaria saber de que raios eles falavam.

De qualquer forma, era melhor do que andar sonhando com Hunter Wild.

O grande salão estava cheio de correntes de ar, as lâmpadas de azeite piscavamincessantemente. Era salvo de ser úmido e pouco acolhedor graças aos grossos tapetesno chão e as tapeçarias que pendiam das grades de ferro. Veronique tinha mandadouma enorme bandeira que tinha bordado o brasão da família Drake e o emblema dosvampiros da Realeza, que pendia atrás de uma mesa de madeira rodeada de cadeiras.Cada uma das cadeiras tinha os encostos feitos de madeira muito grossa, para nos

proteger de estacas, flechas ou adagas. Papai era da idéia de tratados e diplomacia.Mamãe era da idéia de atacar e lutar. Talvez entre os dois realmente sejam capazes decontrolar as caóticas tribos vampíricas pelo menos por um tempo.

No melhor dos casos as tribos dos vampiros tendiam a ser independentes e nopior caso eram agressivamente autônomas. Governá-las era estar consciente de quenenhuma destruiria a outra de maneira pública porque os humanos nos descobririam.Prosaico mas verdadeiro.

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— Quinn. — Sebastian levantou as sobrancelhas. — Você passou junto a essagarota sem perceber, o que está acontecendo com você?

— Passei em frente a ela? — girei sobre meu ombro. Uma vampira com cabelocastanho curto e uma marca de beleza de um lado da boca, piscou. Eu respondi apiscada. Virei-me para meu irmão, horrorizado. — Eu nem sequer a vi.

— Você está perdendo seu estilo.

— Shh, quer falar mais baixo? — estiquei minha camisa. — Tenho uma reputaçãoa manter. Vou voltar. Você está linda.

— Esqueça. Ela flerta com todos.

— E daí? — eu sorri.

— Apenas venha. Mamãe e papai estão no salão aqui detrás. E já não podemosaguentar mais de suas namoradas mal humoradas.

— Minhas ex-namoradas nunca são mal humoradas. — na realidade esse era um

ponto de orgulho. — Chegaram mais pacotes para Solange? — os feromônios damudança de sangue de Solange, misturadas com a antiga profecia, tinham feito com quemuitos vampiros, mais do que nós podíamos contar, entrassem em um estadodesgovernado. Enviavam-lhe presentes, a assediavam e geralmente agiam como unsidiotas.

— Doze cartas, três pacotes e uma caixa de cachorrinhos.

Fiz uma careta. — Cachorrinhos?

— Estão a salvo. Isabeau os levou.

— Que bom. Quem come cachorrinhos? — balancei a cabeça,

— Sim, eu sei. Isabeau esbravejou em francês. Muito.

— Que sexy.

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— Sim.

— E onde estão agora?

— Isabeau foi com os Hounds e Logan está estudando.

— Está estudando? — tremi. — Para que? Agora as namoradas te fazem exames?

— Ele é um Hound  honorário, lembra? — Sebastian me lembrou; enquantopassávamos diante de dois guardas e nos dirigíamos ao salão principal da família. Logantinha realizado o ritual de iniciação dos Hound , algo que era raramente oferecido para

alguém que não fosse parte de sua tribo. — Então, ele quer saber mais deles. Connor lhedeu alguma informação de uma antiga livraria de Roma.

— E a livraria já sabe que ele hackeou seu sistema?

— Raios, não. — Connor respondeu de algum lugar onde estava tentando instalaro laptop de mamãe. — Eu sou hábil. Mesmo que eu não possa pegar o sinal de internet aqui embaixo.

— E o que está acontecendo? — eu perguntei. — Papai parece que está prestes ase lançar a cantar. O que seria muito perturbador. — um homem adulto não deveriasorrir assim. Especialmente quando era meu pai.

— Acabam de nos avisar que em novembro se realizará uma Lua de Sangue.

— Verdade? — agora entendo porque papai parecia tão feliz. As LS se realizammuito raramente e ninguém sabia quem realmente era chamado. Basicamente era um

festival que durava uma semana inteira e a noite principal se deixava reservada paraque os líderes das tribos falassem de tratados e assuntos de vampiros. A última serealizou há quase cem anos. — Porque agora? Por causa de mamãe?

Sebastian assentiu. — E por causa dos Hel-Blar . Eles estão se transformando emum grande problema e não somente aqui em Violet Hill.

— Alguma informação do porque eles atacaram a escola Helios-Ra? — perguntei.

Connor balançou a cabeça. — Ainda não há nada.

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— Pois eu tenho certeza que não foi um acidente, E você não viu aquela Hel-Blar  se desintegrar. Foi estranho.

— Isso já esta sendo analisado. — papai mencionou. — E eu já disse a Hart.

— Muito bem. Há muitos garotos nessa escola.

Sebastian levantou uma sobrancelha. — Eu te ouço todos os dias se preocupandocom os caçadores.

Eu encolhi os ombros.

Connor bufou.

— Cale-se. — eu lhe disse. Às vezes a conexão de gêmeos era uma dor no rabo. Eunão tinha dito nem uma palavra sobre Hunter e ele já sabia que eu gostava dela.

Se as Cortes Reais e seu melodrama não eram suficientes para que eu parasse depensar nela, teria que encontrar outra coisa com que me distrair.

— Checarei a cena na cidade.

— Você tem um encontro?

— É isso que eu sou.

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Capítulo   

Hunter 

 Sábado à noite

Eu sei que não é muito agente secreto da minha parte, mas eu realmente, deverdade gosto de me arrumar. Mesmo se é somente para desfilar como uma isca idiotade vampiro de filme de terror.

Eu amo escolher um vestido, depilar minhas pernas, e pintar as minhas unhas. Euadoro sandálias bonitas com um pouco de salto, apesar de eu não poder usá-los estanoite. Eu nunca consigo um chute bom usando-as, e eu não seria capaz de correr maisdo que um guaxinim. Então eu usei um par de Converse baixo com o meu vestido deverão. Era azul, com renda na barra e alças finas, que o Vovô pensou que era meiovulgar porque meus ombros estavam nus. Eu adicionei um colar de turquesacombinando e um batom rosa.

Chloe sorriu para mim de onde ela estava sentada na beirada de sua cama. Contratodas as probabilidades, ela estava pronta antes de mim. E não estava usando nenhumajoia ou maquiagem. Somente jeans e uma camiseta justa. Seu cabelo estava com umatrança simples. Eu mal a reconheci.

— Você esta ótima.

Eu girei uma vez. — Se um vampiro enlamear este vestido, eu vou bater.

— Eu ajudo. — seus olhos brilharam. Eu nunca a vi tão feliz por lutar antes. Elanormalmente preferia flertar com os moradores locais no clube do que realmentetrabalhar como isca. Talvez ela só houvesse mudado no verão e eu estava sendoparanoica. Eu realmente esperava que sim.

— Onde estão as suas armas? — ela inclinou sua cabeça curiosamente.

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Eu ergui minha bolsa. — Aqui. E eu tenho uma estaca presa na minha coxa.

— Oh! — ela balançou as sobrancelhas. — Sexy.

— Sim, sim,

No final das escadas do lado de fora do nosso quarto estava amontoado de nonoanistas cochichando. Eles nos encaravam como se nós fôssemos estrelas de cinema.

— Pouco estranho? — Chloe murmurou para eles.

Lia foi a única corajosa o bastante para sair do grupo. — É verdade que vocês vãopara a cidade e atrair os vampiros para fora dos clubes?

Eu assenti.

— Isso é tão legal . — ela sussurrou. — Nós podemos fazer isso?

— Vocês não têm permissão para sair do campus à noite até que vocês tenhamdezesseis anos. — eu disse enquanto fechávamos a porta atrás de nós. Nós nosapressamos pela pista até as garagens, passando os alunos que estavam dando umacaminhada ou correndo pela pista e outros deitados na grama perto do lago

observando-se uns aos outros. A noite tinha acabado de cair sobre a escola, fazendo os

prédios antigos parecerem de alguma forma, exóticos e fora de moda. Eu não ficariasurpresa de ver um fantasma de um senhor da época Vitoriana ou uma pioneira fazendomanteiga na varanda da casa da diretora. Jenna, Spencer e o Jason estavam esperandoperto da Van velha que nós alugamos para a noite. Era despretensiosamente cinza,desajeitada, e hedionda. E era muito melhor do que ir andando até a cidade, semdúvidas.

— Entre. — Jenna disse, deslizando para o assento da frente antes que alguémmais pudesse. Ela amava dirigir quase o mesmo tanto que ela amava atirar nas coisas.

— Primeira! — Chloe gritou. Ela sempre ia na frente porque ela fazia CDs para anossa viagem de meia hora até a cidade. Eu subi atrás com Spencer e Jason.

— Então onde nós estamos indo? — Spencer perguntou enquanto Jenna saía,espalhando o cascalho. — No “Gato Azul”? 

—  O “Gato Azul” fechou no mês passado. — Jason disse, erguendo sua voz porcima da música alta que preenchia a Van.

—  E quanto ao “Teoria da Conspiração”? — Jenna perguntou. Todo mundoassentiu. O “Conspiração” não era uma balada como o “Gato Azul” havia sido, mas era

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um café estiloso em uma casa antiga de três andares com bandas ao vivo nos finais desemana. Seria o lugar mais popular no momento, em grande parte porque nenhum dosoutros clubes deixavam menores entrar tão facilmente quanto no “Teoria da

Conspiração”. 

Eu abri a minha janela, curtindo a brisa fresca que cheirava como cedro e grama,me recusando terminantemente a checar o meu telefone mais uma vez. Eu tinha umavida; estava ocupada derrubando vampiros sedentos de sangue para tornar avizinhança segura novamente. Eu não tinha tempo para esperar que Quinn Drake sedignificasse a me honrar com uma resposta.

As florestas e montanhas deram lugar aos campos e fazendas e então a pequena

cidade de Violet Hill, enfiada na beirada do lago. Em sua maior parte havia galerias dearte, livrarias antigas e cafés orgânicos. Havia provavelmente mais lojas de cristais navila do que em toda San Francisco. Todo mês de julho havia um festival de arte e aspessoas desenhavam nas ruas com giz. Havia feiras dos fazendeiros e um museu dos

pioneiros. Eu amava apesar do Vovô pensar que tudo isso era feito por um bando de, eeu vou citar, “hippies fumadores de machona”. Ele podia passar batido por isso, no

entanto, já que era um cruzamento conveniente para diversas tribos de vampiros, tantocivilizados quanto Hel-Blar .

Havia outras criaturas também, de acordo com Spencer, mas eu nunca vi nenhumdeles. Ele estava convencido que os lobisomens existiam, mas até mesmo seusprofessores no Departamento Paranormal não lhe davam uma resposta certa. Eucontinuava lhe dizendo que provavelmente isso significava que um deles era umlobisomem. Você nunca podia estar certo em nossa escola.

Jenna dirigia muito rápido, como sempre, então nós chegamos à rua principal emvinte minutos. Violet Lake parecia como uma mancha escura de tinta na beirada daspedras brancas como papéis. Nós estacionamos no final da rua perto do café e andamos

pelo distrito de fábricas abandonadas. Meia quadra disso. Violet Hill não era nada a nãoser singular.

— É lá. — Chloe disse com confiança, acenando para a antiga fábrica de vidro.Estilhaços quebrados ainda cintilavam no cimento, e apesar de ter sido fechada há dezanos. Era espaçosa o bastante para poder manobrar com um pouco de cobertura, entãonós não atrairíamos atenção dos pedestres andando tarde da noite ali. A maioria ia emoutra direção no caminho dos pontos de táxi ou da parada de ônibus.

A grama do lado de fora do café estava repleta de fumantes, a música da banda derock-jazz estava derramando-se pela porta aberta. Nós andamos pela multidão e

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pegamos o sofá de veludo puído bem atrás onde a luz era difusa e o chão estavagrudento com bebidas derramadas. Velas queimavam em todo o lugar nos potes degeleia, e luzes cintilantes estavam envoltas ao redor do balcão do bar. O zumbido da

máquina de café expresso era uma vibração constante por baixo da música.

Eu peguei os pedidos de bebidas de todos já que eu era a isca. Eu era aquela queteria que desfilar sendo toda óbvia e burra. Eu ri.

— Melhor. — Spencer aprovou. — Você soa menos como se tivesse engolido umbalão de hélio nervoso.

Eu fiz uma careta para ele antes de fazer o meu caminho pela multidão na direçãodo balcão. Olhei para os clientes discretamente. Os três caras na mesa de sinucaestavam tentando parecer como predadores; todos suaves e legais, mas eles eraminofensivos. A garota no fundo lá no canto flertando com um cara vestido com umajaqueta de couro estava no meu radar. Ela parecia faminta e eu não sabia se era poratenção ou sangue. Os dois na mesa embaixo da janela eram menores edesesperadamente tentando não parecer ser. Os garçons pareciam apressados e nãotinham tempo para cuidar de quem estava bebendo ilegalmente ou quem não estava.Além disso, era Violet Hill, possivelmente a cidade mais liberal, com mais liberdade deexpressão no planeta. Beber não era uma grande coisa. Casacos de pele e pesticidas por

outro lado...

O bar na verdade era uma série de portas antigas de madeira presas juntas. A queestava no final pertencia a um salão da virada do século. Havia dois barmen e umaprensa de pessoas sedentas acenando dinheiro e gritando pedidos por cima da banda.Agitei minhas pestanas e me inclinei no bar, certificando-me que o meu decote, tal comoestava, estivesse visível. A Parte 1 do plano exigia que eu fosse vista.

— Uma dose de Kahlua, por favor. — eu pedi. Eu me certifiquei que a minha voz

estivesse um pouco alta demais. Eu me inclinei ainda mais, atraindo os olhos de doiscaras, que estavam me encarando. Aquele da esquerda poderia provavelmente servampiro. Era meio difícil de dizer. Eu trabalhei uma risadinha irritante.

Ele ergueu seu copo para mim e saiu da fila, deixando um espaço e uma melhorvisão das pessoas do outro lado dele.

Engasguei a risada.

— Que diabos você está fazendo aqui? — eu fiz uma careta para Quinn.

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Foi apenas a minha sorte que ele estava descansando lá com uma garota bonitaem cada braço. Não me admira que ele não tenha respondido a minha mensagem.

E pior, ele iria pegar a Parte 2 do plano, no qual eu logo estaria fazendo papel deboba, e ele perderia a Parte 3, no qual eu iria me redimir e realmente bater em alguém.

— Buffy. — ele sorriu; os olhos cintilando quando viu o meu vestido curto e omeu decote ousado. Eu me forcei a não corar ou recuar. Ergui o meu queixo, desafiando-o a não fazer um único comentário.

— O seu nome é Buffy? — a garota à sua esquerda zombou.

A outra garota a beliscou. — Não seja rude. — ela sorriu para mim

apologeticamente.

Quinn não desviou o olhar de mim nem sequer uma vez durante toda a troca. Euergui uma sobrancelha.

— Você não deveria estar enfiada em sua caminha em segurança? — eleperguntou.

— Você não deveria estar usando um casaco de veludo vermelho e falando comum sotaque europeu ruim? — eu atirei de volta.

— Você realmente é da Europa? — a primeira garota perguntou, sem entender.Ela percorreu seu dedo ao longo do colarinho dele. — Você mora em um castelo?

Eu funguei e me virei, pegando a minha dose do balcão grudento. A mão de Quinnfechou-se de leve no meu pulso.

— Você não tem idade legal. — ele disse, acenando para o Kahlua.

— A minha identidade diz ao contrário. — eu o assegurei com um sorriso apático.

Eu não estava prestes a lhe dizer que a bebida era só para exibição. Eu precisavaparecer bêbada. Parecer  sendo a palavra chave, porque um caçador bêbado era umcaçador morto.

Ele se inclinou para frente, colocando o meu cabelo atrás da orelha e sussurrando

de uma maneira que somente eu podia ouvir. Suas namoradas fizeram caretas. Trêscaras e uma garota próximos à banda pareciam repentinamente interessados em nós.

— Onde você deixa a estaca em um vestido como esse?

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Angulei minha cabeça para sussurrar de volta, meio sorridente. — Amarrada naminha coxa.

Ele recuou bruscamente, os olhos azuis em chamas. Eu sorri e saí desfilando. Eupodia senti-lo me assistindo o tempo inteiro enquanto eu voltava para a minha mesa. Osoutros já haviam pegado suas Cocas e bebiam-nas lentamente, parecendo relaxados.Somente eu sabia que cada um deles possuía uma estaca dentro de suas jaquetas,Hypnos em suas mangas, e lâminas nas solas de suas botas.

Tomei a minha dose com um floreio. Eu mal poderia convencer um vampiro queeu estava bêbada se ele não pudesse sentir o cheiro de álcool no meu hálito.

Spencer fez uma careta para mim. — Você sabe como fica quando você bebe. — ele disse alto.

Eu dei de ombros, rindo. — Estou somente me divertindo. Você deveria tentar devez em quando. — baixinho eu acrescentei. — O grupo perto do palco, possivelmentedois caras que foram para o segundo andar. — alcancei o uísque puro que ele haviadeixado na mesa, sorrateiramente derramando a maior parte em cima da mesa.

— Quantas doses você tomou? — Jason exigiu.

— Somente uma. Não seja tão estraga-prazeres. Deus. — tropecei, só um pouco.Jason abriu a minha bolsa e tirou três copos de doses que eu havia colocado lá antes desair. Ele fez uma grande produção de jogá-los na mesa e parecer enojado. Eu só ri erezei para que Quinn estivesse bem longe, bem distraído pelas garotas bonitas sejogando nele, para me notar.

— Você prometeu que não iria beber. — Chloe disse.

— Vocês são uns chatos. — eu disse, bem alto. Algumas cabeças se viraram nanossa direção. Chloe escondeu um brilho de satisfação atrás de sua careta falsa de

preocupação. Eu me virei para longe. — Vou dançar se vocês vão todos ser um bando develhinhas chatas.

Esta era a parte que eu mais odiava: dançar sozinha como uma idiota.

Mas funcionava todas às vezes.

Eu me virei e balancei meus quadris e dei uma risadinha quando tropecei emalguém se apoiando contra os amplificadores. Ele me pegou facilmente, sorrindo. Suasmãos eram frias, seus olhos de um dourado pálido.

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— Nem um pouco. — sua mão se moveu para a parte inferior das minhas costas,pressionando-me para frente e para fora da porta. Eu tive apenas tempo suficiente deolhar para o bar. Quinn tinha sumido.

Do lado de fora, o vento havia refrescado. Lixo se espalhava pelo meio-fio.Matthew nos guiou pela rua, na direção dos becos escuros, para longe dos pubs erestaurantes, bem do jeito que eu planejei. Eu hesitei.

— Vamos. — ele disse. — Eu pensei que você queria se divertir.

Nigel riu. — Sim, Amber, não seja uma fracote agora.

Eu dei de ombros e os deixei me convencer. Os outros estariam posicionados ao

redor da antiga fábrica de vidro. Jenna provavelmente estaria no telhado em algumlugar. Viramos uma esquina, efetivamente protegendo-nos das partes da cidade aindahabitada para os trechos de armazéns abandonados. Nossos passos ecoavam. As luzesda rua se apagaram.

Amber era uma idiota.

Mas Chloe era uma idiota ainda maior.

Chloe sabia do plano.

Foi uma maldita ideia dela em primeiro lugar, encurralar os vampiros do outrolado da fábrica de vidro onde havia um estacionamento abandonado cheio de mato, ummuro quebrado para esconderijo, e nada mais.

Não, eu repito, não na rua onde qualquer um poderia passar dirigindo. Era difícil,verdade, mas ainda possível.

E mesmo assim, lá estava ela, berrando igual uma lunática e se atirando em nós.

Eu não sabia onde os outros estavam, além de não estarem aqui e não estaremperto o bastante para serem de ajuda imediata. O que o Spencer estava pensando,deixando-a correr sozinha?

Ela conseguiu derrubar Nigel, pelo menos. Ela havia melhorado na última

semana, mas não o bastante para derrubar cinco vampiros e sobreviver, mesmo com aminha ajuda. Eu tirei vantagem do breve momento de surpresa quando os vampiros seviraram para ver que animal louco havia batido em seu amigo. Eu dei um passo paratrás e soltei a estaca da bainha na minha coxa. Matthew olhou para mim e lambeu seus

lábios.

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— Bem, agora, Amber. — ele disse enquanto suas presas se sobressaíam de suasgengivas. — Você está de repente mais interessante.

Eu não perdi meu fôlego respondendo para ele. Os outros quatro haviamcirculado a Chloe, mostrando suas próprias presas.

Se nós sobrevivermos a isso, eu vou matá-la.

Eu só tinha uma estaca. Se eu a usasse em Matthew, deixaria Chloe desprotegida.E ela já estava de joelhos, um buraco rasgado em seu jeans, sangue em seu lábio. Elausou seu pulso para mandar a estaca pelo coração de Nigel. Ele se desmantelou emcinzas. Isso aí, Chloe.

Claro, agora o resto deles estava realmente putos.

E eu não conseguiria alcançá-la.

Nossos professores estavam sempre falando sobre como os vampiros iriam teperseguir se você fugisse; o predador neles achava difícil resistir a caçada.

Eu realmente esperava que eles estivessem certos sobre isso.

Até onde eu conhecia sobre planos de reserva, este era uma droga.

Eu me virei e corri, pausando somente para mostrar ao Matthew o sorriso maisprovocador que eu conseguisse. Porque provocar um vampiro com raiva é sempre umaboa ideia.

Eu corri rápido.

Matthew, claro, era mais rápido. Muito, muito mais rápido. E os seus amigostambém.

Pelo lado bom, a Chloe ficou somente com um vampiro para lidar, e ele erarelativamente pequeno.

Pelo lado ruim, eu fiquei com três.

Eu não cheguei ao estacionamento da fábrica de vidro, mas estava perto obastante para um bom grito que alertaria os outros, se não tivesse uma mão pálida nomomento apertando minha traqueia. Engasguei com a respiração, meus olhosqueimavam. Enfiei minhas unhas na mão por instinto, apesar de que eu sabia que nãoadiantaria nada. Quando comecei a ver borrões, meu treinamento entrou em cena.

Eu tinha uma estaca perfeitamente boa.

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Eu a enfiei no peito de Matthew tão forte quanto podia. Minha visão era cinza eaquosa e a falta de oxigênio estava se tornando um problema sério. Eu não acertei emcheio o seu coração; estava a um centímetro mais ou menos para a esquerda. Mas pelo

menos o machucou bastante para que ele me soltasse com um grito. Sangue seacumulou em volta da estaca, ainda saindo de sua caixa torácica, enquanto eu engolia arpara os meus pulmões que gritavam. Eu também me virei para dar um chute em seumachucado com o salto do meu sapato. Ele não se transformou em pó, mas tropeçoupara fora de alcance. E então a Belinda tinha agarrado o meu cabelo, enrolando-o aoredor de seu pulso e o puxando selvagemente.

Tudo o que eu podia ouvir era o grunhido de desaprovação do meu Avô.

Por que certos tipos de garotas atacavam o cabelo?

Os músculos do meu pescoço se esticaram até quase quebrarem, minha cabeçaangulou dolorosamente para o lado, expondo a minha jugular. Saliva pingava no meubraço e no chão. Ela estava babando. Nojento.

— Isso não foi muito legal. — Matthew disse, aproximando-se de mim. Ele tirou aestaca de sua carne como se fosse um espinho em uma roseira. Pétalas vermelhas desangue se espalhavam ao redor dele. Belinda me segurava firmemente para ele, seentregando à tentação do meu sangue ao me mordiscar uma vez. Não era pior do queuma picada de abelha, mas eu me encolhi, ficando gelada até os ossos. Ela lambeu aspequenas marcas de perfuração como se eu estivesse sangrando sorvete.

— Eca. — eu tentei acotovelá-la. — Sai de perto de mim.

Eu não podia ver como a Chloe estava indo, não podia nem mesmo ouvi-la. Eupodia somente ver os dentes afiados de Matthew e a maneira como girava a estacaensanguentada por cima de suas juntas, como um malabarista de rua. Até mesmo a suacamiseta polo estava repentinamente ameaçadora.

— Já se perguntou como é a sensação de ter uma destas em seu coração? — eleperguntou agradavelmente.

Eu tentei me afastar, mesmo com Belinda me forçando para frente. Esmaguei opeito de seu pé. Ela não me soltou, mas xingou viciosamente, o que eu gostei.

Onde diabo estava todo mundo?

— Parece justo. — Matthew continuou. — Um pouco de karma, se você preferir.

— ele girou a estaca novamente. — Vamos ver por quanto tempo você grita?

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— Você vai alguma hora calar a boca? — eu estourei, medo e irritaçãopreenchendo-me em partes iguais. — Este não é o seu monólogo, Hamlet. É a cena dabatalha, no caso de você ter esquecido.

Seus olhos se estreitaram tão rápido que praticamente faiscaram. Eles eram dacor de mel pegando fogo. Um dos outros grunhiu como um animal, um som gutural nagarganta. Fez todos os pelos nos meus braços ficarem de pé.

Eu iria morrer por tirar sarro de Shakespeare.

O meu professor de Literatura Inglesa iria ficar tão orgulhoso.

E então Matthew estava gritando.

A estaca tiniu nos meus pés, mas eu não conseguia alcançá-la. Usei o aperto deferro da Belinda para fazer um pivô derrubando Sam quando ele veio na minha direção.Com o canto do meu olho, eu vi Matthew cair no chão, vidro quebrado moendo sob oseu peso. Houve um borrão de movimento e, em seguida, a sombra fundiu-se em umacamisa escura, pele pálida e olhos azuis como gasolina pegando fogo.

Quinn.

Eu não tinha ideia de onde ele tinha surgido e não tive tempo para me perguntar

sobre isso. Belinda estava batendo seus dentes para mim.

— Eu disse... — eu a acotovelei no nariz, escutando o osso quebrar... — Sai... — usei o lado da minha mão para cortar o seu pulso... — Daqui! — e então eu caí, tirando oequilíbrio dela para que tropeçasse. Usei o momento para girar e jogá-la para longe. Euconsegui me esticar o bastante para alcançar a estaca. Bloqueei o segundo ataque deBelinda, em grande parte por um feliz acidente. Eu girei a estaca e a enfiei o mais forteque pude. Ela virou cinzas e flutuou pelo concreto sujo.

Matthew rugiu. Levantando-se furiosamente, cortando Quinn com um canivete.Eu joguei uma pedra em sua cabeça e chutei para trás para fazer Paul tropeçar antesque ele pudesse me agarrar. Quinn se inclinou tanto para trás que o seu cabelo escovouo chão. Ele deu uma volta completa e pousou ao meu lado.

— Um de costas para o outro. — ele exigiu, mas eu já estava pressionando asminhas omoplatas contra as dele. Postura padrão de combate corpo a corpo.

Ele estava sorrindo.

Eu revirei meus olhos. — Como isso é divertido para você?

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Ele deu de ombros com um ombro. — Ainda não virei cinzas.

— Eu posso consertar isso. — Matthew sibilou.

— Você está certa. — Quinn me disse em um tom de conversação, como se nãoestivéssemos em menos número hoje e lutando por nossas vidas. — Este aqui apenasnão cala a boca. — o soco de Quinn foi tão rápido que eu escutei o quebrar de uma daspresas de Matthew contra a junta de Quinn. Eu não vi, mas o som foi singular. — Deixe-me te ajudar com isso.

— Você quebrou o meu dente! — Matthew cuspiu sangue, os brancos de seusolhos se transformaram em vermelho de raiva. Foi distração o bastante que eu não vi opunho de Paul, até que ele acertou a minha mandíbula. Dor floresceu em meu rosto. Euteria uma horrenda contusão pela manhã. Tropecei para trás, batendo no braço deQuinn. Ele deu uma olhada por cima do ombro.

— Merda. — ele disse. — Seu rosto.

— Ai. — eu concordei.

— Onde diabos estão seus amigos?

— Eu não sei. — mas pelo menos todos os vampiros estavam nos atacando, não a

Chloe. Nesse momento eu queria me matar. Eu me atrapalhei para pegar o apito deprata em volta do meu pescoço, pendurado ao lado do medalhão de coroação Drake. Eusomente o usava nas noites de isca. Parecia como um pequeno pingente prateado, masera bem mais útil. Eu soprei nele e o apito estridente perfurou a noite.

— Eu nem quero saber. — Quinn murmurou, movendo-se tão rapidamente queera um borrão de sombras escuras como tinha derramado no formato de um homem.Ele estava lutando contra os três vampiros o melhor que podia, circulando-meprotetoramente como uma nuvem escura.

— Deixe-me ajudar. — eu gritei.

— Você está machucada.

— Estou bem. — insisti. O dia em que um soquinho, de vampiro ou não, metirasse de uma luta inteira era a noite que eu não era mais uma Wild. — Deixe-meparticipar. — eu ajustei o aperto na minha estaca, escorregadia com o sangue deMatthew. Minha garganta começou a doer por causa do estrangulamento, meu rostodoía de ter sido socada, e nós estávamos cercados.

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E eu meio que estava me divertindo.

Provavelmente não era um bom sinal.

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água. Ele fez um som na parte posterior da garganta, como um gemido ou umronronar.

Isso me fez sentir mais forte como se eu estivesse completamentearmada.

Seus olhos se abriram as pupilas amplas e muito negras. Foi um longomomento quente antes que eu me desse conta de que os sons da batalhahaviam desaparecido por completo, e não apenas por esse beijo. Afastei-me,respirando profundamente. Eu não sabia que estava ruborizada, sabia queQuinn sentia o calor do meu sangue correndo na superfície da minha pele.Respirei fundo novamente.

Todo mundo nos olhava.

— Cara! — Spencer disse.

Esclareci a garganta, dando um grande passo para longe de Quinn. Nãopodia olhá-lo, não queria saber se ele ainda estava sorrindo. Matthew e Paul, os

únicos dois vampiros restantes desabaram aos nossos pés, olhando-nos comfuriosos olhos claros. Jenna estava sobre eles, besta em punho.

— O hypnos vai desaparecer logo. — advertiu.Empurrei meu cabelo do meu rosto. — Temos que amarrá-los. — minha

voz estava somente um pouco estridente.

— Para que? — Quinn perguntou. — Vamos estacá-los.

Todos nós o olhamos. — São prisioneiros de guerra. — lhe disse.

— São vampiros.

— Você também.

— Assim eu sei do que estou falando.

Neguei com a cabeça. — Não pode estar falando sério.

— Não viu sua cara, Hunter. — disse friamente.

Não, mas podia senti-la. O hematoma já estava pulsando debaixo dosmeus olhos e ao longo do meu osso malar esquerdo.

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— Não podemos matá-los a sangue frio. — insisti enquanto o calor dabatalha desaparecia.

— Então eu o farei.Dei um passo entre ele e os vampiros. — Não.

— Ele tem um ponto. — Jason disse em voz baixa.

— Olá? Matar um prisioneiro de guerra? Sabe quantas detenções seria?— Dei a volta para olhá-lo. E agora que eles estavam imobilizados, nós teríamosque estacá-los quando eles não pudessem se defender. Talvez estivesse sendoestúpida, mas sentia errado dessa maneira. Era diferente em batalha.

— Qualquer coisa que façamos, temos que fazê-lo rápido. — Jenna nosinterrompeu. — Como nos próximos três minutos.

— Temos corda suficiente para amarrá-los e chamar a unidade móvel.Eles irão vir por eles e os trancarão.

— Seus nós insignificantes não os deterão. — Quinn disse enquanto euabria meu telefone celular e batia na discagem rápida.

— Então os seus vampirescos os farão. — dei-lhe um olhar seco,esperando a chamada para partir. — Assim que amarrá-los.

Jenna entregou a corda pendurada em seu cinturão. Quinn suspiroudepois de um momento e a pegou. — Esta é uma péssima ideia. — murmurou,pegando firme a corda.

— Estou contigo. — Jason murmurou em resposta.

— Chloe precisa de um médico. — lhe disse depois que dei nossas

coordenadas ao agente do outro lado da linha. Deslizei o telefone no bolso. — Então porque vocês garotos não a levam de volta e eu fico aqui e espero aunidade?

— É apenas uma ferida superficial. — ela tentou brincar. — Estúpidavelocidade de vampiro! Usar minha própria faca contra mim.

— Não devia ter vindo sem nós. — Spencer disse severamente paraChloe. — E não vai ficar aqui sozinha. — me disse com firmeza.

— Eu fico. — Quinn disse em voz baixa.

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Virei-me para ele surpresa. — Não tem que fazer. Isto é para os que estãoem treinamento, se lembra?

— Eu fico. — ele levantou uma sobrancelha. — Você precisa de mim.Abri a boca para discutir, apenas no início, mas Spencer interrompeu. — 

Tem razão. — tirou um frasco extra de Hypnos de seu cinturão. — Para o caso.

— Chloe está começando a sangrar em meus sapatos novos. — Jennainterveio. — Assim vamos logo.

Mordi meu lábio. — Deveria ir com você? — lhe perguntei. — Está tudobem?

Ela estava um pouco pálida, mas parecia mais incomodada do quedolorida. — Estou bem. Estou certa de que preciso apenas de alguns pontos.

— E o golpe na minha cabeça. — Jenna lhe disse. — Você conhecia oplano.

— Pode gritar comigo mais tarde?

— Conte com isso. Estávamos em posição. Nós quase não chegamos aqui

a tempo.

Saíram apressados, ainda discutindo. A noite era silenciosa e de umcintilar de tons azuis e cinzas. A lâmpada estava aparentemente quebrada,como se algumas estrelas houvessem caído do céu, cobrindo o chão. Era quasebonito.

Você sabe, com exceção dos dois vampiros atualmente amarrados e comvontade de me matar, e o outro vampiro franzindo o cenho para mim, e ohematoma na minha cara.

Neguei com a cabeça. — Isso encantaria meu avô.

Quinn me olhou com curiosidade.

— O fato de um vampiro estar ajudando a cuidar de outros doisvampiros. — lhe expliquei.

— Não é um fã da aliança? — brincou.

— Um não.

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— Este grupo esteve caçando turistas durante todo o verão. — disse. — Os jornais estavam cheios de ataques de animais aos excursionistas, mas osanimais não mordem a garganta e bebem sangue. E agora que tinham passado

aos estudantes da secundária e universitários. Nem todos os vampiros sãoconvenientemente azuis. — adicionou se referindo aos Hel-Blar.

— Eu não disse que queria comprar seu bolo. — me defendi. — Eusimplesmente não queria assassiná-los tão pouco.

— Eles a teriam assassinado.

— Mais uma razão para não fazer o que eles fazem.

Seu sorriso era torto. — Deve tornar seu avô louco.

Estive a ponto de lhe devolver o sorriso. — Provavelmente. Eironicamente ele estaria de acordo com você. Ele iria querer estacá-los também.

— Ele já me agrada.

— Ele iria querer te estacar também.

— Isso é apenas porque ele não me conhece. Posso ser muito charmoso.

— Aposto que pode. As garotas na cafeteria pareciam pensar isso detodas as formas. — agora, porque disse isso? Ele me deu seu insuportávelsorriso habitual. Salvei-me de sua resposta quando ele inclinou a cabeça.

— Dois carros ao norte.

— Essa deve ser a unidade. Talvez devesse partir.

— Não vou lhe deixar aqui.

- Somente me referia que a Liga poderia ter perguntas, poderia... Já sabe.Vampiro. Um carro cheio de caçadores de vampiros. Faça seus cálculos.

— Está preocupada comigo. — disse em voz baixa, dando um passo maispróximo. Repentinamente fiquei muito consciente do meu vestido de verãocurto e os ombros nus.

— É somente educação. — contestei. — E eu quero algo de você.

— Isso soa promissor. — ele aproximou sua cabeça da minha. — E essebeijo não era educado.

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Engoli. — Eu estava lhe salvando do Hypnos.

— Lembre-me de lhe agradecer mais tarde.

Escutei o ruído dos motores se aproximando, tão alto que inclusive eupodia escutá-los. — Por favor, apenas vá.

— Deixe-me levá-la para casa. — murmurou. — Me esconderei se disserque tem já um modo de chegar em casa.

Olhou-me nos olhos, podia ver o brilho deles inclusive na escuridão. — Por quê?

Sua boca roçou minha orelha, enviando calafrios sobre meu courocabeludo e por meu pescoço. — Porque o quer.

O pior de tudo era que Quinn estava certo. Eu queria estar a sós com ele.Felizmente os dois veículos gritando cheios de agentes duros Hélios Rá dando avolta na esquina foram distração suficiente.

Quinn estava em algum lugar nas sombras escuras na zona de armazénse eu estava sozinha com dois vampiros amarrados aos meus pés.Provavelmente parecia bastante impressionante, especialmente para uma

estudante.

Sentia-me confusa.

— Hunter Wild? — a mulher de aspecto extremamente competenteperguntou enquanto deslizava fora do assento do passageiro do primeiro SUV.Ela tinha tampões nasais soltos ao redor de seu pescoço e um fone de ouvidoenvolto da sua orelha esquerda.

Assenti com a cabeça. — Sim, essa sou eu.

— Você chamou. — adicionou seu companheiro. Era muito alto, comdentes muito brancos e um nariz que havia sido quebrado claramente emvarias ocasiões e inclinado drasticamente para a esquerda. Ele poderia parecerassustador para mais alguém, especialmente com a cicatriz em seu pescoço.Para mim, ele apenas parecia familiar.

— Brandon. — sorri. — Encantada em lhe ver.

Ele sorriu e assentiu com a cabeça para os vampiros. — Bom trabalho,garota.

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— Tive ajuda. — apressei-me em explicar. — Havia cinco ou seis de nós.O restante levou Chloe de volta à escola para sutura. Eu apenas sou a última nalimpeza.

— Esses somos nós na verdade. — a mulher disse, indicando aos demaisque pegasse aos vampiros. — Bom trabalho Wild. Posso ver que a reputação dasua família não é apenas propaganda.

— Obrigada. — encolhi um ombro. Queria dizer-lhes que Quinn havia nosajudado, mas não estava certa de se isso apenas o tornaria tudo maiscomplicado. Definitivamente, me levariam de volta a escola se soubessem queele estava ainda na emboscada. Era melhor transmitir a informação a Kieran

para passá-la a Hart.

— Então, o que vai acontecer com eles? — perguntei enquanto osvampiros eram jogados na parte traseira da caminhonete.

— Não se preocupe com isso. — disse com severidade. — Sabemos deMathew. Temos tentado encontrar seu ninho há semanas.

Eu engoli. Realmente esperava que apenas não houvesse entregadoprisioneiros de guerra a um pelotão de fuzilamento. — Brandon?

— Não se preocupe garota. Vai ficar bem. — o que não era exatamenteuma resposta. Ele abriu a porta. — Sobe lhe deixamos em casa.

— Estou bem. — disse, mentindo entre dentes. — Nós pegamos uma dasmotos e devo devolvê-la. Esta na Rua Honeychurch que esta na esquina, pertoda cafeteria. — realmente esperava que Quinn não estivesse mentindo quandodisse que me levaria de volta. Eu não tinha dinheiro suficiente para chamar umtaxi e não estava procurando uma caminhada de uma hora e meia na escuridão

de volta a escola.— Tem certeza?

Assenti com a cabeça, tentando sorrir como se tudo estivesse normal. Eleme deu uma saudação amistosa.

— Muito bem, vai então. Vamos manter um olho em você até que cheguea esquina. O cinema estará saindo da sua última sessão. Você deverá ficar bem.

Ele piscou um olho. — De todas as formas, apanhou aos malvados já.

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Ele me deu um olhar incrédulo. — Não se faz esse tipo de pergunta paratia Ruby.

— Porque ela é malvada ou algo assim?— Não, apenas louca. — disse com indiferença, sem julgar. Somente um

fato.

— Oh.

— Os caçadores mataram sua família.

— Os vampiros mataram a minha. — apontei na defensiva.

Sua voz se suavizou. — Eu não estava acusando Hunter.

Fiz uma careta. Ele havia salvado minha vida essa noite. Não deveriaestar lhe atacando. — Sinto muito.

Ele deu de ombros. — Não é grande coisa. É raro não.

— Que coisa?

— O tratado e tudo isso. É como se nós acordássemos uma manhã e se

supõe que não somos mais inimigos. Levará algum tempo acostumar-se.

— É verdade. — disse. — Acredito que está realmente bem, contudo.

— Infelizmente, nem todos estão de acordo.

Pensei em meu avô e o que faria se me visse agora. — Eu sei. Mas vale apena se proteger.

— Sim. — disse, e algo na forma em que me olhava me fez pensar que

estava falando especificadamente sobre mim. — Certo.Isso era uma loucura, entretanto, não? Eu era uma caçadora, e ele me

tratava como mais um dos garotos. Contudo ele não havia me chamado de Buffydesde o café. Ele havia usado meu verdadeiro nome. Isso significava algo?Controle-se Wild, disse a mim mesma. Ele também estava saindo com ao menosduas garotas diferentes não faz mais de três horas.

Reduziu a velocidade do carro antes de chegar ao desvio da escola.Entrou no gramado e desligou o motor, apagando as luzes. Nós estávamos meioque escondidos pelas ervas e ramos das arvores que caíam baixas. Os

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vagalumes brilhavam para nós do outro lado da rua. Não havia uma só pessoa,humana ou vampiro em qualquer lugar. Até mesmo as estrelas se esconderamatrás das finas nuvens, como se nos dessem privacidade.

— Recebi sua mensagem enquanto a esperava. Tem um favor para mepedir? — disse se virando para mim. Mesmo na escuridão, seu maxilar eraforte, seu rosto pálido. Seus dentes brilhavam, parecendo levemente afiados,mesmo com suas presas retraídas.

— Então recebeu? — perguntei-lhe gaguejando de repente. — Eu nãotinha certeza. Quer dizer, às vezes nós não conseguimos muito bom sinal naescola. Mas suponho que sabe isso, vivendo em uma fazenda e tudo mais.

— Cala a boca, cala a boca!

Ele sorriu lentamente. — Hunter, está nervosa?

— Cala a boca.

— Vai me convidar ao baile? — brincou.

— Cala a boca. — repeti me engasgando com uma risada horrível.

Ele sorriu. — Fico muito bonito de smoking.

Coloquei os olhos em branco, à vontade novamente. — É tãorefrescantemente humilde.

— É uma maldição. — ele concordou alegremente. Rapidamente seusolhos passaram da chuva prateada a algo tormentoso. — E ainda está usando omedalhão da coroação.

Senti-me como se houvesse sido pega dormindo sobre seu retrato. Enfiei

a corrente novamente em meu vestido. Limpei as palmas úmidas em meu colo.— Posso confiar em você com os segredos da escola?

— Segredos Hélios Ra? Genial. — ele se inclinou para trás, satisfeito.

Mordi o lábio. — Não importa. Essa foi uma péssima ideia.

Tocou minha mão. — Estou brincando. O que é?

Eu esperava que não estivesse a ponto de cometer um grande erro. Ele

parecia digno de confiança, no entanto, apesar dos sorrisos encantadores e aspresas. Tirei do meu bolso a vitamina que havia roubado da bolsa de Chloe.

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Estava em um saco plástico pequeno, do tipo que se consegue aocomprar joias. — Preciso ter isso analisado. — lhe expliquei em voz baixa.

— Você deve ter laboratórios aqui na escola.— Nós temos. Mas não conheço ninguém bem o suficiente para confiar

isso.

— Mas você confia em mim.

— Sim. — ainda que não tenha sentido algum.

Ele pegou a pílula, franziu o cenho. — Parece uma vitamina.

— Estou esperando que seja apenas isso.

— Mas acredita que é algo mais?

Assenti com a cabeça. — Chloe está tomando e ela tem estado estranha ede mal humor.

Suas sobrancelhas se levantaram. — Esteroides?

— Talvez. Ela está obcecada em tomá-las e treinar e se fazer cada vez

mais forte, assim, é possível. E esse garoto Will. O que levamos à enfermaria. Eledisse algo sobre as vitaminas também, se lembra?

— Huh. Como ele está de todas as formas?

— Não há nada definitivo ainda. E ninguém nos disse nada sobre essamulher Hel-Blar que se desintegrou. Definitivamente tem algumas coisasestranhas acontecendo.

— Sim, isso não é normal. — Quinn concordou. — Vou ver se meu irmão

Marcus pode analisar isso. Ele é bom com esse tipo de coisas. Perguntaria aomeu tio, o professor de biologia, mas ele teria muitas perguntas. — deslizouminha única prova em seu bolso.

— Pode analisar isso também? — perguntei-lhe tirando as amostras desangue do meu bolso. Eu era o tipo de garota que carregava sangue no bolso efacas nas botas.

Talvez devesse visitar o conselheiro da escola.

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Sentia-me nervosa, mas aliviada ao mesmo tempo enquanto ele guardavaas amostras. Uma risadinha incomum se congestionou na minha garganta.Enfim poderia conseguir algumas respostas depois de tudo. Toquei seu pulso e

estava fresco em minha mão.

— Obrigada.

Fez uma pausa cerrando os olhos. — Você não está tomando essas coisastambém; certo? — perguntou bruscamente.

— De maneira nenhuma. — ele se inclinou mais perto, cheirando aolongo da minha clavícula e mandíbula.

— O que está fazendo? — sussurrei.

— Apenas checando. — respondeu um pouco rouco.

— Comprovando o que? — meu pulso acelerava.

— Geralmente pode se sentir o cheiro das drogas na corrente sanguíneade um ser humano. Definitivamente podemos provar.

— Estou dizendo que não uso nada.

— Já sei. Cheira a... Framboesas... E limão.

— Isso é bom... ? — senti-o sorrindo contra minha pele. — Sim.

— Oh! — engoli saliva. Estava ficando difícil formar uma frase coerente.— Portanto, pode cheirar a Chloe ou ao Will. Para saber se algo está errado?

— Talvez. Mas prefiro cheirar você, no entanto.

Sim, ele era muito, muito bom nisso. Na verdade, sentia-me como se

estive derretendo, como se estivesse em chamas, como se tivesse engolidoesses vagalumes.

Afastou-se novamente, o suficiente para me olhar, como se eu fosse umquebra-cabeças que era preciso resolver, ou um pirulito que não estava certoque se permitiria comer.

Péssima analogia.

Suas presas se alongaram, mas somente um pouco. Eu nem sequer teriame dado conta se não estivesse acostumada a ver coisas assim. E isso não me

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deixou nervosa por motivo algum. Eu não tinha medo, e não apenas porquetinha a bolsa cheia de pequenas armas afiadas. Tinha algo entre nós de repente,e não era simplesmente desvendar segredos.

Era algo mais proibido, mais misterioso, mais delicioso.

Fechei o pequeno espaço entre nós, gravitando para ele como se fosseum ímã. Nossos olhos se conectaram. Suas pupilas dilatadas, a íris iluminada.Sorri.

— Você não é o único que quer uma testada. — lhe disse.

E então ele me beijou, ou eu estava beijando ele. Estávamos de repente

um nos braços do outro, como brilhantes, mas sem estar ali, de repente. Emtodas as partes. Sua boca era má, sua língua atrevida. Não podia ter o suficiente.Meu corpo todo estremeceu. Sua mão afundou no meu cabelo, acomodando-sena parte de trás do meu pescoço. Ele me puxou para mais perto. Os músculosdos seus braços estavam rígidos debaixo das minhas mãos.

Nunca havia me sentido assim antes.

Ele era um vampiro e eu não me importava.

Eu era uma caçadora e não me importava.

Podia apenas me lembrar de respirar e não me importava.

Apenas queria mais.

E então o carro mal podia nos conter, e seu cotovelo bateuacidentalmente na buzina. O ruído repentino atravessou a noite quente deverão e nós pulamos. Eu estava aturdida, desorientada. Sentia meus lábiosquentes, inchados.

Ele sorriu com tristeza, forçando-se a me soltar. — Suponho que é o meusinal para lhe levar para casa.

— Será melhor que eu caminhe daqui. — murmurei. — Câmeras devigilância.

— Manda mensagem quando entrar. — disse. — Vou esperar aqui atéque o faça.

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— Está bem. — eu estava muito aturdida, surpresa que conseguisse ficarde pé corretamente. Mas estava feliz que ele parecesse tão desconcertadoquanto eu.

— Boa noite Hunter.

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Capítulo   

Quinn

Sorri por todo o caminho para casa.

Eu tinha deixado as garotas plantadas, sido quase estacado e tinha tido que meesconder de um carro cheio de caçadores de vampiro com equipamentos de combate.

Definitivamente, tinha valido a pena.

Quando coloquei o carro no estacionamento, Nicholas estava na varanda da casa.Protegeu os olhos das luzes do carro, suas presas brilhando.

— Como estava seu encontro? — perguntou-me, enquanto eu batia a porta docarro.

— Qual deles?

— Presumível.

— Com a grande beleza vem a grande responsabilidade. — respondi. Eu aindaestava sorrindo.

— Pronto para patrulhar, garoto bonito?

— Sempre. — ainda tinha a adrenalina da briga e do beijo. Chutar traseiros deHel-Blar soava como a maneira perfeita de terminar a tarde.

— Tem uma mochila no closet do hall. — Nicholas me disse. Fui e a peguei junto

com um arco de mão, enfiado em uma manga de um velho agasalho que ninguém usava.

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Era meu favorito e me custou muitíssimo escondê-lo de Lucy. Coloquei a mochila nosombros e me dirigi para fora.

Havia algumas marcas de fogo no final da varanda e uma tábua de madeiraencharcada que ia apodrecer se não a tirássemos logo. A unidade sorrateira de Hope doHelios-Ra tinha feito um estrago muito severo quando tentaram invadir a casa. Nãotínhamos terminado todos os consertos, mas pelo menos tínhamos fechado o enormeburaco que ficou na parede.

Amarrei meu cabelo e carreguei o arco. Um arco sem carregar seria tão útilquanto uma colher. Mamãe podia ser um escoteiro não morto com todos os seus

discursos de “estar preparados”. — Vamos.

Na fazenda e na floresta, ao redor das montanhas onde patrulhávamos, nãotínhamos que nos conter. Nós podíamos nos mover tão rápido quanto queríamos, semnos preocupar se nos viam um pouco borrados. Existia liberdade e euforia ao fazer isso.

Não estava mentindo quando disse a Hunter que eu não acreditava em esconderquem e o que eu era. E também não acreditava em sofrer por ser um não morto.

Em minha opinião, ser um vampiro, chuta traseiros.

E não morto era melhor do que morto.

Okay, quando eu era humano, pensar em beber sangue me deixava preocupadode que estivesse prestes a entrar em uma vida de “comer suas couves de Bruxelas são

boas para sua dieta”. Mas uma vez que eu mudei, também mudaram as minhas papilasgustativas. Porque dar as costas ao que te mantém vivo? Ou não morto? Ou seja, como

for.

A única desvantagem, ou a única que eu via, era que é muito mais fácil encontrarum hambúrguer do que um frasco de sangue. E também sentia saudades da luz do sol,mas eu superei rápido. Agora fazia eu me sentir uma merda. Duncan era o que sequeixava de não poder sair à luz do sol e não poder tomar café.

Eu simplesmente me considerava sortudo que as garotas acreditassem que osvampiros eram a onda, mesmo que elas nunca soubessem que eu era vampiro. Os

feromônios tinham suas utilidades.

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Coloquei-me em posição, mantendo o arco estável. Nicholas caminhou de costaspara mim, com uma estaca em cada mão. Não havia ninguém a quem eu confiasse maisas minhas costas.

Os Hel-Blar chegaram em uma onda, três deles pendurados em um galho, saindode um arbusto e pulando de detrás de um largo olmo. Uma chuva de flechas acertou oprimeiro no peito, perfurando sua caixa torácica e seu coração. Ele gritou e setransformou em pó. O seguinte se balançou contra mim, lançando meu arco em ummanto de flores silvestres. Nicholas estava ocupado encaixando uma estaca, apenas ametade desta encaixada no último.

— Drakes. — um Hel-Blar disse com um sorriso para seu companheiro. — Muitomelhor.

Todas as suas presas brilharam para mim vorazmente e o som era como de ossosse quebrando. Saí do caminho, evitando as gotas de sua saliva. Ninguém sabia quãocontagiosa era. E este tipo não parecia como que convenientemente fosse sedesintegrar, como a mulher na escola. Seja qual for a enfermidade que ela tinha,claramente não tinha se estendido para todos os Hel-Blar .

Ele seguiu meu movimento quando me agachei, vindo até mim e me pegandocomo bobo. Usei o impulso ao contrário, caindo na terra e jogando-o por cima da minhacabeça. Ele caiu de joelhos, rosnando por cima de seu ombro. Suas veias eram quasenegras sob sua pele azul. Tinha sangue fresco debaixo de suas unhas.

Não me preocupei em ficar de pé, apenas rolei para onde estava meu arcoabandonado. A primeira flecha falhou, cravando-se em um vidoeiro e uma fina casca noar.

— Nick, você está bem? — eu gritei. Ele grunhiu algo que soou como um “sim”.

Lancei outra flecha, não o acertei no coração, mas pelo menos entrou em seu ombro. Eleassobiou de dor.

Bom.

Exceto que agora ele tinha uma ferida aberta que podia contaminar Nicholas oueu.

Mal.

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Capítulo   

Hunter 

 Sábado à noite mais tarde.

Eu mandei uma mensagem para o Quinn no meu caminho para a enfermaria paradeixá-lo saber que eu estava segura no campus. Chloe estava de pé bem do lado dedentro da porta, um curativo embaixo de sua camiseta e outro em seu antebraço. Elaestava pálida e suas pupilas estavam dilatadas, mas fora isso ela parecia bem.

— Eu me sinto bem. — ela disse, mexendo seus pés. Seu sorriso estavadecididamente bobo. — O Theo é legal.

— Theo te deu analgésicos. — eu estava aliviada de ver que ela estava bem.

— Sim. Melhor que vitaminas. Melhor do que doce. — ela soava chocada. E estavaarrastando sua fala.

— Sente-se antes que você caia de cara. — eu a empurrei gentilmente para umacadeira.

Ela cutucou seu curativo. — Eu tenho um braço fantasma agora? Eu não consigo

senti-lo.

— Pare com isso. — eu disse. — Ou irá doer como o inferno amanhã.

— Tudo bem.

— Se você começar a babar eu vou tirar fotos.

— Tudo bem.

Eu estava sorrindo para ela quando a gritaria começou. Pulei para frente logo quea cortina que dava para aos consultórios traseiros balançou aberta. Will bradou na

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minha direção. Eu estava surpresa o bastante para somente ficar parada lá e encará-lo.Ele estava levemente azul, seus olhos vermelhos. Não caiu a ficha no começo. Theo eJenna estavam atrás dele e então também o Spencer, segurando um pano em seu

pescoço. O pano rapidamente estava se tornando vermelho, quase tão rapidamentequanto ele estava se tornando branco.

— Estaca ele! — Theo gritou para mim. Havia uma longa agulha hipodérmica emsua mão. — Estaca ele agora, Hunter!

— O quê? — eu estava com a estaca na mão e estava perto o bastante paraalcançá-lo. Eu também estava congelada. — Você está brincando?

— Agora! — os três gritaram em uníssono. Foi o bastante para me mexer. E parao Will também, me atacando, saliva pingando de suas presas. Quando ele criou presas?Havia uma mancha de um hematoma em seu pescoço e duas perfurações purulentas.Jenna jogou um tubo de uma pomada antibiótica, atingindo o botão de alarme naparede. Ajuda estava a caminho.

Mas não rápido o bastante.

— Merda! — gritei, porque eu tinha que gritar algo. Will estava usando umadaquelas roupas de papel hospitalar, com o mesmo cabelo bagunçado de sempre, o

mesmo rosto sincero. Ele era o queridinho da turma em toda a turma, mesmo se elasnão fossem da mesma turma que ele. Ele era legal com todo mundo. Ele não machucariauma mosca, o que tornava a caça aos vampiros problemática. Mas seus pais nãoqueriam saber dele largando disso. Então ele fez o melhor possível e imergiu noDepartamento de Ciência, onde havia menos lutas de verdade.

Era ele quem convidava às garotas tímidas no canto para dançar nos eventos daescola.

E agora era ele que sibilava para mim.Definitivamente não era mais o Will.

— Merda! — berrei novamente enquanto seu pulso batia contra o meu ombro.Ele não alcançou o meu rosto porque eu pulei para o lado, mas não rapidamente obastante. Havia sangue em sua boca. E sangue no pescoço do Spencer e em sua camisetade maconha.

Cada grama de treinamento chamou atenção dentro de mim.

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Eu fiz uma investida lateral e então me virei ao redor para que eu ficasse atrásdo Will. Ele estava no clássico frenesi do recém-nascido Hel-Blar, que eu já li a respeito,mas nunca vi ao vivo realmente. A sede deles por sangue era primitiva e perversa e

incontrolável. No momento que deixei a sua linha de visão, ele se concentrou na Chloe,que estava mais fraca. Ela estava largada na cadeira dura de plástico, dando risadinhas.

— Você tem cheiro de meias velhas. — ela disse agradavelmente, antes debalançar sua cabeça. — Não, como cogumelos. — ela parecia preocupada. — Isso éruim, certo? Eu não consigo me lembrar de por que isso é ruim.

Ela ainda estava balbuciando para si mesma quando a atacou e eu o ataquei.Minha estaca atravessou sua pele onde a sua roupa de hospital se rasgou. Angulei para

fora do seu ombro, e, em seguida, empurrei com toda a força que eu tinha, aindagritando palavrões. Porque xingar era melhor que pensar sobre o que eu estavafazendo.

Estaqueando um amigo.

Ele gritou, tentando girar ao redor para pegar a estaca. Ele conseguia fazer umameia volta o suficiente para encontrar os meus olhos antes que se desmanchasse emcinzas no lustroso chão de linóleo. Theo foi o primeiro a me alcançar. Suas mãosestavam nos meus ombros.

— Ele te mordeu? Você está machucada? Hunter?

Eu não larguei a minha estaca, porque havia sido ensinada a nunca largar aminha arma, mas meus dedos estavam fracos, minhas mãos estavam suadas. Eu penseique iria vomitar.

— Hunter, você está machucada?

Eu balancei minha cabeça, muda.

— Ei! — Theo me balançou. — Você não pode entrar em choque agora.

Eu pisquei; a visão voltando ao normal. Os pontos cinza flutuaram para longe. — Estou bem. — eu respondi roucamente. — Que diabos aconteceu?

Jenna me entregou um copo de papel com água. — Você acabou de salvar asnossas bundas.

Eu bebi, principalmente porque não sabia o que mais fazer comigo mesma. — Eu

não salvei o Will.

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— Você salvou a Chloe. — ela disse timidamente.

— E ninguém poderia ter salvado o Will. — Theo adicionou. Ele foi até o Spencer,

que estava inclinado contra a parede, com os olhos vidrados e o cabelo molhado desuor.

— Ele te mordeu. — eu disse sem emoção.

Spencer assentiu fracamente. — Estou bem.

— Eu já dei a primeira injeção de antibiótico nele. — Theo disse, erguendo aspálpebras de Spencer para checar suas pupilas.

— Isso não ajudou o Will. — eu disse silenciosamente, tentando não sentir opânico se acumulando dentro de mim.

— A mordida do Will era pior. — Theo disse. Spencer estremeceu quando eleaplicou mais pressão em seu machucado. — Ele mal tocou nele. Mesmo assim, todosvocês terão que sair daqui. Ele precisa ficar em quarentena.

— O quê? Não! — Jenna exclamou. — Você acabou de dizer que ele ficaria bem.

Ele não havia dito isso realmente, mas eu não apontei isso.

— Protocolo. — Theo resmungou secamente, balançando seu ombro embaixo dobraço de Spencer para ajudá-lo a chegar à cama. Chloe começou a roncar em suacadeira.

Eu estava realmente feliz que Quinn havia concordado em ajudar a analisaraquela pílula. Algo claramente deveria ser feito. E rápido.

Eu me agachei perto de Spencer, esperando até que ele olhasse para mim. Eu mecertifiquei de não ter um pingo de dúvida ou preocupação em minha expressão. — Você

ficará bem.

Ele assentiu desajeitadamente.

— De verdade, Spencer. — eu insisti. — Não me faça te bater.

— Você não consegue. — ele tentou sorrir. — Mesmo comigo desse jeito. — eleabaixou sua voz para um sussurro. — Eu nunca tomei nenhuma pílula, Hunter. Nãoigual o Will.

— Eu sei. — eu me estiquei para tocar os seus dreads, mas a mão de Theoserpenteou ao redor do meu pulso.

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— Sem contato. — ele disse. — Você conhece as regras.

Eu conhecia as regras. E tinha cerca de dois minutos antes da enfermaria estar

cheia de pessoas e nós sermos levados para longe.— Nós consertaremos isso. — eu disse para Spencer, confiante. Jenna pairava

atrás de mim parecendo preocupada, apesar de tentar sorrir para o Spencer. — Eu jáconsegui ajuda para nós. Nós saberemos de algo logo.

— Você vencerá essa coisa. — Jenna acrescentou ferozmente logo que a primeiraresposta ao alarme varreu pela porta da frente. Nós nos afastamos. Se todos nósestivéssemos em quarentena nós nunca conseguiríamos a ajuda necessária paraSpencer.

Havia dois seguranças e a Sra. Dailey atrás da primeira equipe de resposta. Elaanalisou a situação com uma olhada, absorvendo cada detalhe, até a poeira nos meustênis. Ela usou seu celular para ligar para outra enfermeira e o médico encarregado peloSpencer. Ela o mandou junto com Theo e um guarda de volta para um dos quartos. Elesprovavelmente o tinham amarrado na cama, como tinham feito com Will. Eu tenteinão pensar sobre isso.

— O que aconteceu? — ela nos perguntou. — Hunter?

— Estaquei Will. — eu respondi. Minha voz soava estranha, até mesmo paramim.

Spencer gritou do quarto dos fundos e eu hesitei. O guarda xingou. Houve som debriga e Spencer gemendo. — Estou bem. Eu não sou Hel-Blar. Eu não sou Hel-Blar. 

— Segure-o deitado. — Theo estourou. — Ele precisa de outra dose.

Jenna e eu engolimos miseravelmente. Meus olhos queimavam.

— Hunter estaqueou o Will? — a Sra. Dailey estimulou.

— Will se transformou. — Jenna disse sem emoção. — Simples assim. Theoestava dando os remédios para ele, verificando sua pressão sanguínea enquanto nóstentávamos fazer Chloe parar de lamber os abaixadores de língua como se eles fossempirulitos e então ele apenas... Transformou-se. Arrancou suas restrições para fora daestrutura da cama.

— E ele mordeu Spencer?

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— Mais ou menos. — Jenna disse. — Aconteceu tão rápido, nós todos tentamospará-lo. Eu não sei se foi o dano da presa ou o bisturi que ele tirou do balcão.

A expressão da Sra. Dailey era dura, mas não julgava. — E então o queaconteceu?

— Will se libertou, foi atrás de Hunter, então de Chloe. Hunter o transformou empó. — Jenna disse. — Ela salvou a vida de Chloe. E quem mais que o Will poderia terencontrado se ele tivesse saído dessa enfermaria.

— Entendo. — a Sra. Dailey olhou para mim por um longo momento. — Hunter,você está verde. Por que não volta para o dormitório. Nós verificaremos as filmagensdas câmeras de segurança e então discutiremos isso com mais detalhes pela manhã.

Eu assenti mudamente.

— Certifique-se que Hunter tome um pouco de chá quente. — ela acrescentoupara a Jenna. — E... Porque a Chloe está babando em si mesma?

— Ela levou pontos. Theo deu algo para ela.

— Certo. Você terá que levá-la de volta para o quarto então. Ela não pode ficaraqui agora.

Chloe nem acordou. Sua cabeça pendia de um lado para o outro enquanto nós aerguíamos e a arrastávamos para fora. O último segurança nos observou com suspeitas.Nós não falamos no caminho para o dormitório, não até que nós colocamos Chloe nacama.

Jason bateu na porta e colocou sua cabeça para dentro. — Eu tive que checar omeu andar. — ele disse, entrando e sentando-se na minha cadeira. — Chloe parecebem... — ele parou de falar. — Mas vocês duas não. O que aconteceu?

— Will se transformou. — expliquei. — E Spencer foi mordido. Talvez.

Ele ficou pálido. — O quê?

— Ele está em quarentena.

Mas ele ficará bem. — Jason engoliu. — Diga-me que ele ficará bem.

— Pode apostar que ele ficará. — Jenna disse baixo e determinadamente.

— E Will? — Jason perguntou, parecendo tão chocado quanto nós nos sentíamos.— O que acontecerá com ele?

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passava entre nós. Eu tomei um gole e o licor de pêssego excessivamente docepercorreu minha garganta.

— Nojento. — Jason falou atabalhoadamente.— Totalmente. — Jenna concordou. — Parem de monopolizar.

— Sem mais para mim, caras. — acenei uma negativa para a garrafa e deitei decostas, encarando o teto bege feio. O círculo contínuo na minha cabeça, de Willenquanto ele caía, era exatamente o que eu merecia. Eu não deveria tentar esquecer ouamortecê-lo com álcool. Ou o fato de que Spencer poderia estar lutando pela sua vidaagora. E era uma batalha em que eu não poderia ajudá-lo. Nós não o protegemos. Erahorrível. E eu deveria me sentir horrível.

— Ei, dezoito é a idade permitida no Quebec. — Jenna acenou sua garrafa meiovazia para mim e o licor espirrou por cima da borda. Eu limpei a minha bochecha. Elariu. — Opsss. Desculpa.

— Nós não estamos no Quebec. — e era uma suspensão automática se você fossepego bebendo no campus.

— Mesmo assim. Você será uma caçadora realmente boa. — ela acrescentou. — 

Tipo, de verdade. Sabe?— Você também será.

— Não, é diferente. — ela insistiu. Ela cutucou o Jason com seu pé. — Não édiferente? É diferente.

— Sim. — ele assentiu entusiasticamente. — A Hunter é uma caçadora17 !

— Há! — Jenna riu tão alto que se assustou e caiu. Jason e eu nos olhamos,olhamos para ela, e então rimos tanto que nós estávamos ficando sem ar. Chloe gemeu.

— O que está... Ei. — ela murmurou grogue. — Estes são os meus schnapps.

— Spencer foi mordido pelo Will e então a Hunter estaqueou o Will. — Jennacontou para ela, tentando parecer séria, mas só ficando vesga ao invés disso.

Chloe piscou. — Merda. — ela esticou sua mão para pegar a garrafa. — Me dê. — ela pescou uma pílula de dentro de seu bolso e engoliu-a com o álcool.

— Cara, o que é isso? — Jason ficou boquiaberto. — Uma pílula cavalo?

17 Hunter significa caçador em inglês.

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Capítulo   

Hunter 

— Vocês me ouviram? — repeti mais alto. — Eu disse que tenho um plano.

Todos gemeram, exceto Jason, que já roncava. Quase pisei na sua cabeça quandome coloquei de pé. — Vamos!

Ele despertou assustado. — Mmfquue?

Jenna o ajudou a se levantar. — Hunter tem um plano.

— São quatro da manhã. — ele reclamou.

— Chloe, vamos. — insisti do batente da porta.

Ela abriu um olho. — Estou ferida.

— Tem alguns pontos. — eu disse pouco convincente. — Vamos já. Vai perdertoda a diversão e depois vai ficar reclamando disso pelo resto do ano.

— Isto é verdade. — concordou; finalmente se levantando. Apertou a garrafa

contra seu peito. Eles se moviam como um grupo lento e confuso; no carpete pararamquando perceberam que ainda estavam no nosso quarto, e depois explodiram emrisinhos nervosos. O fato de Jenna soar como uma hiena nos fez rir ainda mais forte.Meu estômago doía. Era uma mudança agradável para meu cérebro.

Apenas não tinha que pensar no que havia feito ou me preocupar com Spencer anoite toda. Ficaria louca. Isto era melhor. Isto era um objetivo. Esta era uma ação.

Chloe foi a última no quarto. Tropeçou contra o batente enquanto a porta sefechava de um golpe atrás dela. — Shhh! — ela praticamente gritou. Jenna colocou amão sobre a boca de Chloe para silenciá-la, então se afastou gritando.

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— Você acabou de me lamber? Bruta.

— Vou te ensinar a segurar minha cara.

Isto ia ser um desastre.

— Chega. — Jason disse sobre seu ombro. — Tenho a impressão que estamos devolta ao jardim de infância. Vamos. — ele parou no quarto e retirou os restos do abajurquebrado. — Humm, Hunter?

— Sim?

— Aonde vamos exatamente?

— Ao décimo primeiro andar. — pronunciei. — E revisaremos as câmeras desegurança.

Apressamo-nos a subir, evitando as escadas rangedoras, o canto com a câmera, atábua de piso solta. A sala de descanso estava vazia e todas as portas bem fechadas.Todos os sensatos estavam dormindo.

— Alguém sabe qual é o quarto do Will? — perguntei.

Jason cravou os olhos em mim. — Estupendo, tem uma dúzia de deméritos e querque nós os tenhamos também?

Ergui meu queixo. — Vou verificar qual é. Pode voltar para cama se quiser.

Jenna bufou tão alto que tossiu. — Nem pense nisso. — acrescentou. — Queroentrar. — ela cutucou Jason fortemente no ombro. — E você também.

— Sim, está bem. — ele murmurou. Pegando a garrafa de Chloe. — Preciso estarbêbado. — ele bebeu, e ficou estrábico. — Nope, péssima ideia. — gaguejando

bobagens. E nem sequer havíamos dado um passo. — Ele ficava no quarto 209, o últimopela escada traseira.

— Esta era sua obrigação. — sussurrei às suas costas.

— Obrigação? Quem agora fala assim? — Chloe negou com a cabeça. Ela tinharazão. Estava lendo muitos romances. Mas agora provavelmente não era o momento deme questionar sobre isso. — Você está ficando estranha Wild.

— Você já é estranha Cheng.

Ela colocou seu braço bom sobre meu ombro. — Por isso somos tão boas amigas.

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Depois de lhe dar um grande sorriso, bati na porta. — Alguém sabe se ocompanheiro de quarto do Will ainda está aqui?

Houve muitos encolhimentos de ombros.— Comprove-o. — Chloe sugeriu. — É nossa líder valente.

Mostrei-lhe a língua, o que demonstrava a terrível líder que eu era. Mas ela estavacerta. Essa era minha ideia estúpida depois de tudo, sendo assim eu deveria tomar asrédeas. Virei a maçaneta da porta lentamente e então a empurrei alguns centímetros emum movimento rápido. Se o fizesse devagar, o que era uma tentação, eu teria mais deum rangido. O quarto estava escuro. Não pude ouvir nenhum ronco, mas essa eraapenas uma prova concludente.

Dei um passo para dentro. Os demais riram nervosamente atrás de mim. Dei-lhesuma olhada sobre meu ombro. Houve um silêncio, então mais risadinhas dissimuladas.Acordariam o andar inteiro se não nos apressássemos. Dei outro passo para dentro ebati na lanterna do meu relógio de pulso, apertando minha mão sobre a luz. Precisavasomente da quantidade adequada de luz para ver se as camas estavam vazias, não muitapara acabar despertando um companheiro de quarto.

As camas estavam vazias. Deixei sair um suspiro que não tinha me dado conta

que estava contendo até o momento.

— Limpo. — sussurrei. Caminharam na ponta dos pés para dentro com umcuidado tão exagerado que eu soprei uma risada. — Esse não é um filme pastelão.

Jason fechou a porta atrás dele e acendeu a luz. Piscamos por um momento unsaos outros, esperando que nossos olhos se ajustassem. O quarto era parecido aos outrosdormitórios, duas escrivaninhas, duas cadeiras. Não se via sinais do companheiro dequarto. Não havia nenhum pôster na parede, nem livros nas estantes, nem roupas no

chão.Estava vazio.

Will tinha apenas voltado. A metade pessoal ainda não estava ciente. Nenhum dosestudantes tampouco sabia.

— Certo, isso é estranho. — Jenna fez um círculo com seu calcanhar.

— Está certo de que este é o quarto correto? — lhe perguntei.

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Jason franziu o cenho. — Sim. Vim aqui devolver um vídeo game que pediemprestado no final do ano passado. Ele já tinha desempacotado tudo.

— Seu companheiro de quarto não tinha chegado ainda?— Não, ainda não.

— Está bem, então talvez ele não colocasse ninguém neste quarto porque eleestava no hospital e isso seria estranho. — olhei debaixo da cama, a qual estavacompletamente limpa. — Mas isso não explica porque levariam todas as suas coisasantes que ele fosse retirado da quarentena. — esfreguei os braços, repentinamentefrios. — A menos que eles soubessem que ele não se recuperaria?

— Conjecturas. — Chloe disse. — É possível. Todos nós sabemos que o veneno deHel-Blar é algo repugnante.

— Então o que fazemos agora? — Jason perguntou perplexo. — O que estavaprocurando?

— Não estou muito certa. — admiti. — É somente que o Hel-Blar se converteu emcinzas de forma estranha. E Will misteriosamente mencionou algo sobre uma vitamina.São muitos mistérios. — não olhei para Chloe quando ela vaiou em uma respiração

desgostosa. Fui à escrivaninha e abri todas as gavetas. — Nada.— Os armários estão vazios. — Jenna confirmou.

Eu finalmente olhei para Chloe.

Ela fechou os olhos. — Porque me olha assim?

Ela ia ficar furiosa comigo por perguntar. Isto não ajudava. — Tem escondidosuas vitaminas, certo?

Ela franziu o cenho. — O que? — deu um passo. — Você me viu tomar uma fazuma hora.

Jenna e Jason nos observavam como se fossemos uma partida de tênis.

— Porque ela esconderia as vitaminas? — Jason perguntou.

— Porque ela tem estado incomodada sobre elas. — lhe respondi, sem afastar oolhar de Chloe. Ela trocou seu peso de um pé para o outro. Seu tic nervoso foi minhaindicação de que minha suposição tinha sido correta. — Portanto, se você fosse Will,

aonde esconderia suas vitaminas neste quarto?

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Capítulo   

Quinn

Eu atingi o chão, um pouco antes de a estaca passar por mim. Agarrei o tornozelodo Nicholas e ele se chocou contra a sujeira, chutando-me antes mesmo de cair. Asegunda estaca pousou em um salgueiro. O Hel-Blar pausou. Lucy não se moveu.

— Lucy! — Nicholas estava de volta em seus pés antes que eu pudesse agarrá-lonovamente. Eu fui para mais perto do Hel-Blar , rachei meu punho em seu rosto,tomando cuidado para não ficar muito perto de sua boca. Ele respondeu com um soco

que quase deslocou meu ombro.

Assim, o Hel-Blar de mais cedo estava cansado porque Solange havia chutado suabunda.

Pequeno consolo.

Eu quebrei uma rótula e usei a minha última estaca até que apenas

havia poeira em minhas botas.

Nicholas virou cambalhotas no ar, por cima de mais um atacante Hel-Blar, epousou no rio, o sangue tingindo a água em torno dele e espirrando em nós. Um serhumano não teria notado isso na escuridão, mas isso fazia o resto denós distraídos, com sede.

Um dos Hel-Blar  lambeu os lábios, repleto de marcas de perfuração a partirde suas presas.

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E então o frenesi o atingiu.

O assobio foi quase alto o suficiente para ondular na superfície do rio lento.

Lucy se tornou o foco daquela poderosa e ardente fome, eu me perguntava por que issonão a despertou. Ela ainda não estava se movendo. Eu não sabia o quanto ela estavaferida. E não havia tempo para pensar sobre isso. Corri até a margem e saltei sobre aágua, me virando ao redor para bloquear o acesso à Lucy, do outrolado. Solange, Nicholas, e eu formamos um anel em torno dela, como as pétalas com ocentro encharcado de sangue. Então Nicholas caiu de joelhos, gritando seu nome. Ela semexeu uma vez, levemente.

— Aí vem! — eu gritei para ele. Ele sabia que era melhor do que ficar lá,distraído e vulnerável. Ele finalmente se levantou, seus olhos queimando o suficientepara ter um Hel-Blar tropeçando em sua trilha. O resto apenas riu.

— Se ela estiver morta, você está morto. — ele prometeu sombriamente. Elesorriu. — Espere, você está morto de qualquer maneira.

Eu me preocuparia com aquele sorriso mais tarde. Agora eu tinha dois irmãosenlouquecidos para lidar.

E nenhuma estaca mais.

— Merda, me dê a sua mochila? — eu disse a Nicholas. Ele atirou isso sobre ocorpo de Lucy.

Solange olhou para ela e sufocou um soluço. Suas presas se alongaram mais atéque eu pensei que cairiam da sua cabeça. Ela voou girando ao redor e quebrando o

pescoço do Hel-Blar . A mulher caiu, rosnando, rosto na água. Solange virou-a e estacou-a em um movimento. Havia sangue em suas roupas e eu não tinha certeza quanto eradela, Lucy, ou dos vários Hel-Blar .

Esta estava se tornando uma noite infernal. Aos olhos humanos, aluta provavelmente parecia rápida, manchas de cores com a velocidade dos nossosmovimentos. Dentro da luta, parecia eterno. Lucy precisava de ajuda e ela precisavadisso agora.

Tente dizer isso ao Hel-Blar que estava atualmente tentando mastigar meu rosto.

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testadas. Frágeis. Ela era forte, já mais forte do que qualquer outra pessoa recémtransformada. Mas ela poderia não ser forte o suficiente para controlarcompletamente seu vampiro interior. Não era uma ciência exata.

Eu só tinha que impedi-la de desistir completamente, e a luz do sol faria oresto. Supondo que eu conseguisse levá-la para segurança antes que ela caísse comouma pedra em uma lagoa profunda. Nós somos nada se não suscetíveis.

Nicholas parecia destruído, embalando Lucy contra o peito.

Seu braço caía molemente. Ela nunca tinha feito nada excitante em sua

vida. Medo por ela mordiscou-me.

Nicholas começou a correr tão repentinamente, o ar deslocando à suavolta, folhas caídas girando aos meus pés. Solange deu um passo, seguindo o cheiro desangue.

— Pare-me. — ela implorou, mesmo quando puxou uma adaga de sua bota. Derepente, ela parecia tanto com mamãe, me senti desorientado.

— Estou tentando. — eu sussurrei, segurando uma das mãos. — Solange, vocêestá bem.

Ela riu, mas não havia humor. — Quinn, ambos sabemos que eu não estou bem.— ela engoliu em seco, como se fosse a coisa mais difícil que já tinha feito. Ela olhoupara o céu. — Deus, está queimando dentro de mim. Isso aconteceu com você? Não me

lembro de vocês serem assim. — seu cabelo estava úmido. Demorava muito parafazer um vampiro suar. Nós não somos exatamente quentes, temos

temperaturas controladas.

— Você vai ficar bem. — eu disse suavemente.

— Eu ainda posso sentir o cheiro do sangue. — ela disse suavemente, como seestivesse falando sobre um bolo de chocolate. Ela inalou; narinas dilatadas. — Eu tenhoque segui-lo.

— Espere. — eu bloqueei seu caminho. — Espere um minuto.

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uma coroa. Ela estava tão pálida e magra como um raio de luar. Ela se moveulentamente em direção à mim, selvagem e predadora. Balancei o tubo. — Vamos, Sol. Eusei que você quer. — o sol constantemente empurrando o seu caminho ao longo do

horizonte. Eu podia vê-lo no cansaço do rosto de Solange, sob a fome. E eu podia sentirisso em meus ossos, transformando-os em água.

Lutei contra ele. Esta era definitivamente a pior parte de ser um jovemvampiro. Se formos pegos aqui estaremos vulneráveis. Se a luz do sol não enfraquecer-nos ao ponto da morte, algo mais poderia vir e terminar o trabalho. Umcaminhante tentando fazer algo bom nos levaria para o hospital onde os testes delaboratório provariam o desconcertante, ou então um caçador Helios-Ra não a favor do

tratado saberia exatamente como nos despachar. Ou até mesmo um humano fiel a umafamília de vampiros que particularmente não gostavam dos Drake.

Eu tinha que me apressar.

Circulei em torno de modo que eu estivesse na liderança e, em seguida, dirigi-mepara a casa da fazenda.

— Venha buscá-lo. — eu disse a ela severamente.

Nós estávamos nas terras Drake quando ela me alcançou.

— Dê-me! — suas unhas rasparam na minha mão. Ela pegou o tubo e lambeu aborda de vidro, inclinando-a para um gole de um bocado ganancioso. Não haviamuito lá, mas ela engoliu em seco como se fosse água e estivesse perdida no

deserto por um ano.

Então ela cuspiu tudo para fora, sem engolir. — Nojento. Que diabos tem aidentro? Tem gosto de remédio. — ela fez uma careta, jogando o tubo na minhacabeça. Eu peguei e coloquei de volta no bolso. Havia apenas sobrado sanguesuficiente para manchar o interior do tubo, parecendo como vitrais. Uma coisa eracerta, as vitaminas de Chloe não eram definitivamente vitaminas.

— Há sangue na casa. — eu disse a ela. — Estamos quase lá.

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Agarrei seu pulso e arrastei-a para o quadrado iluminado porlâmpadas. Chegamos em casa ao mesmo tempo em que a luz chegava como lanças defogo entre os ramos.

Solange estava dormindo em seus pés, deslizando no chão da varanda, como umlenço de seda. A letargia foi tão repentina, tão profunda que eu estavamancando quando caí, arrastando-a através da porta.

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pareciam miseráveis. Então ela fez uma careta diante da sua escolha de palavras. — Sinto muito. — ela encheu a pia com água fria.

— Alguma notícia de Spencer? — perguntei.— Nenhuma. — Jenna negou com a cabeça, então reclamou ante o movimento.

— Mas assim que eu tiver certeza que minha cabeça não vai rachar, vamos ver o Theo.

— Está bem. — finalmente dei uma olhada no espelho. — Ugh! — não importavaa combinação da minha tez muito pálida e as manchas escuras da fadiga, também haviaum hematoma debaixo da minha bochecha, da luta da noite anterior. Apalpei-a comcautela, segurando um suspiro.

Jenna enxugou o rosto, por fim me olhando e fazendo uma careta. — Isso parecemuito dolorido.

— Suponho que deveria aprender a me abaixar mais rápido. — cutuquei de novoe suspirei. — Pelo menos ele não me deu um olho roxo.

— Como está Chloe?

— Igual. Você tem visto Jason? — alguém deixou uma das portas dos banheirosse fechar com força e Jenna segurou a cabeça e gemeu. — Ai! Isso é... — ela disse,

arrastando os pés pelo corredor como uma anciã ou um paciente de asilo. — Vouchamar Jason. Espero que o telefone toque bem perto do seu ouvido. Ele não escaparádessa ressaca.

Simon passou diante de nós, comendo um lanche. Eu não o conheciapessoalmente, mas Jenna tinha se sentido atraída por ele, há quase dois anos. Ela tentoulhe sorrir.

Entretanto ela vomitou sobre seus sapatos.

— Que diabos cara? — ele saltou para trás, batendo contra a parede. — Nojento.

Jenna ficou vermelha brilhante e se colocou a correr todo o caminho de volta aoseu quarto. Estava certa que nunca ia voltar a beber. Simon ficou parado no corredor. — O que está errado com as garotas dessa escola? — murmurou.

Finalmente segui meu caminho por entre as malas e voltei ao meu quarto, Chloeestava enrolada nas cobertas insatisfeita.

— Está morta? — perguntei.

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— Zumbi. — ela respondeu. — Não diga à minha professora de CriaturasSobrenaturais. Ela vai tentar me decapitar. — jogou o cobertor sobre seu rosto. — Pensando bem, a decapitação soa relaxante. Anote.

— Tente primeiro com as aspirinas. — sugeri, entregando o frasco depois de tirarduas para mim. Peguei uma garrafa de água e me senti um pouquinho mais humana.

Contudo, eu não queria fazer mais nada do que me encostar e me sentir patética.Eu definitivamente não queria abrir a porta.

— Se esse é outro dos seus pequenos... — a ameaça de Chloe se apagou de formaameaçadora, como se não ocorresse nada mal o suficiente para infligir a que seatrevesse a chamar a nossa porta. A segunda batida fez as duas grunhir. Abri a portacom o cenho franzido. — O que foi?

A Sra. Dailey estava do outro lado, sua sobrancelha levantada secamente.

— Oh, eh... Sra. Dailey. — ruborizei. Chloe abafou um sorriso.

— Hunter. — a Sra. Dailey sorriu intencionalmente. — Posso entrar?

Fiquei de lado para deixá-la passar. — Spencer está bem? — não podia pensar emoutra razão para que ela estivesse aqui em nosso quarto. Meu coração caiu no

estômago.

— A condição de Spencer não mudou. — me assegurou. — E ele está recebendo omelhor cuidado possível. Seus pais estão a caminho da escola hoje.

— Oh! — então ele estava doente o bastante para que seus pais fossemchamados. Nós já sabíamos claro, mas isso fazia somente parecer mais horrível. Maisdefinitivo. — Podemos vê-lo?

— Sabe que não é possível. — disse com suavidade e olhou para Chloe, quefinalmente se endireitou, com seu cabelo frisado parecendo um ninho de pássaros,empoleirado de um lado da sua cabeça. — Ele está de quarentena. — ela franziu oslábios. — Por isso não vou comentar sua ressaca óbvia Chloe. Depois de ontem à noitesuponho que todos merecemos um descanso. — ela lhe cravou um olhar severo, que fezChloe se retorcer. — Por isso, não vou dizer à diretora sobre isso, mas você estará deserviço na cozinha até as férias de natal. E se algo como isso acontecer novamente, seráexpulsa. Entendeu?

— Sim senhora. — Chloe murmurou. Era muito bom da parte de Dailey nãodenunciá-la.

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— Bom. — virou-se para mim. — Agora Hunter, tem algo que você gostaria dediscutir comigo?

Tratei de fazer meu cérebro trabalhar. — Sim.— Estou começando meu próprio grupo de alunos. O Grêmio vai recrutar os

melhores para ajudar a eliminar a nova Hel-Blar  e outras ameaças. Gostaria de lheestender formalmente um convite para que se una a nós. Você tem mostrado liderança,espírito de equipe, coragem, lealdade e inteligência uma vez ou outra e deve serrecompensada por isso. E estou muito orgulhosa de você resistir a qualquer festa queesteve acontecendo aqui ontem à noite. Nós poderíamos lhe usar.

— Obrigada! — exclamei finalmente depois de um silêncio atônito. Isso era muitomelhor que os direitos de monitor de andar. E meu Avô incharia o peito de orgulho econtaria para todos os seus amigos. Eu sorri.

— A espero cada domingo pela tarde para treinamento e na terça à noite depoisdo jantar para a semana de orientação. — ela negou com a cabeça para Chloe. — Bebamuita água. — foi seu conselho de despedida antes de partir, a porta se fechou atrásdela. Com força.

Olho para Chloe, radiante. — Pode acreditar? Genial!

Ela não parecia feliz por mim. Virou-se na cama invocada. — Óbvio.

Eu estreitei os olhos, um pouco da minha felicidade se congelando no meu peito.— E por acaso isto é algum tipo de felicitação?

— Quero dizer que estou cansada do nepotismo elitista dessa escola.

Minha boca se abriu. — Que demônios Chloe? Eu arrebento meu traseiro!

— E eu não?

Eu estava muito cansada desse argumento.

— Bem, não é sobre você por um segundo. — ela disse. — Trata-se de mim.

— Sempre é sobre você. — rolei os olhos. — Estou podre da sua festa porcompaixão. O verde não é uma boa cor para você.

— Cala a boca. — ela se aproximou de mim com suas mãos fechadas em punhos.— Você não sabe do que está falando.

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Fiquei no meu lugar. — Sei exatamente do que estou falando, portanto, se afasteChloe. Estou falando sério. — não podia acreditar que uma das minhas melhores amigasestivesse na minha cara desse jeito. Era totalmente surrealista. — Realmente espero

que seja um efeito secundário das estúpidas vitaminas. — eu disse gravemente. — Ainda assim, isso está se tornando cansativo.

— Deus, pare já. — Chloe gritou e me empurrou. Tropecei dando um passo paratrás, surpresa.

— Você não acaba de fazer isso. — eu a empurrei para trás antes que pudessedeter a mim mesma.

— E se eu fiz? Vai reclamar sobre mim aos seus novos amigos do Grêmio? — elame empurrou de novo, ou o teria feito se eu não tivesse colocado meu ombro para trás.O impulso a fez cambalear, o que a enfureceu ainda mais. Francamente, eu estavadescuidada.

Especialmente quando ela se ajeitou e me atingiu.

O silêncio que se seguiu foi frio e repentino, como um cubo de gelo.

Eu tinha conseguido desviar o suficiente para que seu punho roçasse meu queixo

e meu ombro, mas não fez muitos danos. Ainda assim, senti a pancada no meu maxilar.Ela olhou para mim, os olhos lacrimejantes, as bochechas vermelhas de raiva.

Eu realmente queria dar um soco em resposta.

Antes que eu pudesse entrar em uma briga de gatas estúpida, girei meu calcanhare deixei o quarto.

Domingo à noite.

— Está me dizendo que Chloe realmente te bateu? — Jenna olhou para mim. Elaassobiou entre os dentes. — Amiga; isso é mal.

— Já sei disso. — concordei com a gravidade. Estávamos caminhando pelo pátiopara a enfermaria. Não havia visto Chloe o dia todo, não desde nossa luta.Definitivamente era o melhor. — Estou cansada de receber murros na cara.

— Não posso acreditar que você não bateu de volta. Você é uma mulher melhor

do que eu. — ela sacudiu a cabeça.

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— Me lembre quando minha mandíbula ficar púrpura para coincidir com o restodos meus hematomas. — pelo menos era só uma dor incômoda, ela não tinha quebradoum dente ou moído um osso. Eu ficaria com raiva de mim mesmo se ela tivesse

conseguido tirar o melhor de mim, mesmo com uma ressaca e dopada com vitaminasestranhas.

— Vocês duas não foram as únicas que brigaram. — Jenna me disse.

— O que? Quem mais?

— Dois estudantes do décimo grau, toda a luta foi pela última caixa de cereal nasala comum.

— De verdade?

— Sim, um deles precisou de pontos de sutura. E alguém foi carregado para aenfermaria. Algum tipo de gripe.

Dei de ombros. — Jenna, temos que resolver isso. Não tem sentido.

— O faremos.

Eu desejava ter sua confiança. Sentia como se andássemos para trás, tudo estava

tendo menos sentido, em vez de mais. E isso estava começando a me chatear.

As luzes de segurança brilhavam por todo o caminho e se escutava alguémbatendo nos sacos de areia desde a janela aberta do andar superior do ginásio. Músicasaindo da casa atrás de nós.

Era familiar, caseiro.

Valia a pena protegê-lo.

Fomos direto para a enfermaria, piscando para as luzes fluorescentes brilhantes.No momento que nos viu, Theo se levantou de sua cadeira e nos bloqueou.

— De jeito nenhum garotas.

As duas franziram o cenho.

— Theo, vamos. — Jenna finalmente o empurrou quando ele não se moveu. – Sóum amigo.

— Nem um dedo passa pela quarentena, criança.

— Criança? Você tem o que, vinte e cinco anos?

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— Sim, idade o suficiente para saber mais.

— Queremos somente ver o Spencer. — disse.

— Sei que o querem. Esqueçam. — suavizou sua expressão. — Olha; eu sei que édifícil. Mas ele está em quarentena por uma razão. Vocês não vão ajudá-lo conseguindotrancar vocês mesmas em quarentena, ou conseguindo deméritos ou sendo expulsas.Sabem que a diretora não perde tempo com essas coisas. — ele levantou umasobrancelha. — E poderiam fazer com que me despeçam também.

— Complexo de culpa. — Jenna murmurou.

— Maldita honestidade.

Sabia que não ia trocar seu pensamento, mas de todas as formas tinha, quetentar.

— Theo, ele não deve ficar sozinho. Ele é nosso amigo. — eu disse.

— Ele não está sozinho. — Theo disse enquanto a mãe de Spencer saiu detrás deuma das cortinas de bloqueio das salas de quarentena. Tinha os olhos vermelhos, asbochechas tão pálidas debaixo do seu bronzeado que parecia papel de seda. O resto delaera o mesmo, desde seu cabelo loiro branqueado pelo sol, até as sandálias de dedo e os

anéis de prata.

Spencer tinha o amor pelo surfe e o oceano de sua mãe, e suas obsessõessobrenaturais de seu pai. Ela me viu e seus lábios tremeram. Fiquei olhandohorrorizada. Se ela chorasse não sabia o que eu faria. O fato de ser uma garota nãosignificava que fazia demonstrações públicas de emoções. Por sorte ela apertou suamandíbula e tentou sorrir.

— Oh Hunter, vem aqui querida. — ela me abraçou forte. Ela cheirava a sal e óleo

de coco. Era reconfortante.

— Como ele está? — eu perguntei quando ela me soltou e apertou a mão deJenna.

— Ele é forte. — ela disse, com a voz em um alento. Não foi realmente umaresposta. Troquei de um pé ao outro. Sentia-me culpada e eu não sabia por quê. Orelógio na parede tocava muito fortemente. — Tenho que voltar para ele.

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John se colocou de pé, tropeçando torpemente. — Eles as empacotaram hoje. Nãolhe disseram?

— Não. Eles não o fizeram.— Quem o empacotou? — Jenna perguntou. Ela estava vibrando com ira também.

Entre nós duas poderíamos ter alimentado um reator nuclear. John sabiamente deu umpasso para trás.

— Um par de guardas. — ele levantou as mãos suplicantes. — Olha; eu não sei.

— Bom, eles podem muito bem desempacotá-las. — eu fervia. — Porque ele vaificar bem.

— Sim? Quero dizer, sim, claro. — se apressou em corrigir. — Claro que eleficará.

Tive que me afastar do colchão nu. Estava fazendo meus olhos queimarem.Deveria estar coberto com as mantas mexicanas de Spencer. — Não deixe ninguém ficaraqui. — eu disse para John, virando para olhá-lo.

Ele engoliu saliva, seu pomo de Adão flutuando. — Eu realmente não... — eletragou de novo quando Jenna somou seu olhar ao meu. — Claro. Não o farei.

No corredor Jenna e eu trocamos olhares sombrios. Eu sabia que ela estava selembrando do quarto do Will, despojado dos seus pertences muito antes que euhouvesse tido que estacá-lo. Estremeci. Jenna parecia querer vomitar.

— Vamos consertar isto. — eu disse gravemente. Ela assentiu com a cabeça tãosombriamente.

— Claro que o faremos.

Esperei até que estar certa de que todo mundo estava dormindo. Parei na minhaporta para escutar, uma e outra vez na parte inferior das escadas, e uma vez mais nopatamar fora da sala comum do décimo grau. Não escutei nada e não vi ninguém, exceto

Chloe dormindo no sofá da nossa sala comum, seu celular meio aberto no chão próximo

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a ela. Eu não a despertaria para ir comigo. Sinceramente, não sabia se podia confiarnela. Ela sentiria o mesmo por mim se soubesse que eu ia me meter nas suas coisas. Eunão estava certa de como havíamos chegado a isso. Era um longo caminho de contar os

dias desde que fomos companheiras de quarto até que começamos a nos socar.

Mas eu não podia me preocupar com isso agora mesmo.

Spencer era minha única preocupação. Não tinha muito tempo e não tínhamosmuita informação. Eu não menti para Jenna quando lhe disse que não havia garantias deque meus microfones tinham gravado algo que valia a pena escutar. Mas eu tinhaesperança.

Eu realmente tinha esperança.

A sala comum estava finalmente deserta, o cheiro de churrasco e batatas fritaspersistia no ar, o impregnando. Arrastei-me para frente, dando um passo tão suavecomo pude. Tirei o microfone debaixo do sofá em primeiro lugar, tendo o cuidado denão colocar os dedos nos chicletes velhos.

Depois tirei o da cômoda. O de dentro da prateleira ia ser decididamente o maiscomplicado. Parei de frente a esse, franzindo o cenho enquanto pensava nas minhasopções. Eu poderia incliná-la e agitar o microfone solto, mas as velhas cremalheiras do

revestimento pesavam uma tonelada.

Tinha uma boa possibilidade de que a parte inferior deslizasse para fora e caísseno chão. Eu não tinha nenhum imã para atraí-lo também. Se Chloe e eu continuássemosnos falando, ela provavelmente teria bolado algo. Ela era boa nesse tipo de coisas. Eudesenrosquei a parte superior e me coloquei na ponta dos pés para olhar para alongitude da mesma. Escuridão e pó.

Peguei a pequena lanterna no meu bolso e acendi mantendo a luz em um ângulo

descendente do pólo.Se a luz brilhasse em uma janela, um dos guardas de fora poderia ver e vir

investigar. Isto não me faria bem de todas as formas. Serviu apenas para iluminar asuperfície do revestimento do microfone e para mostrar que estava longe do meualcance.

O sacudi uma vez, fazendo soar o mesmo. Eu teria que abandoná-lo até quetivesse um plano melhor e a esperança de que os outros tivessem gravado algo útil.Odiava fazê-lo. Isso irritava minha teimosia.

Mas tinha grandes problemas.

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Como por exemplo, a mão fria e pálida que de repente tampou minha boca,puxando meu corpo para trás contra um peito duro.

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Capítulo   

Hunter 

Empurrei meu cotovelo para trás tão rápido quanto pude, mas ele seguiu meumovimento. Meu calcanhar se atraiu para o peito dele e foi difícil não emitir um somagudo. Então ele me puxou girando ao seu redor para apoiar-me contra a parede. Suamão continuava sobre minha boca. Enganchei meu pé sobre seu joelho e o afastei comum empurrão. Ele cambaleou para trás e caiu, deslizando sobre o tapete. Mas me levoucom ele amparando-me quando caí sobre ele. Ele tinha se deixado cairdesajeitadamente em um silêncio estranho, nem sequer tinha balançado ruidosamenteos móveis quando aterrissou. Uns olhos azuis sorriam para mim.

— Quinn. — exclamei finalmente reconhecendo-o. Então bati nele. Duramente. — Que diabo está fazendo? Poderia tê-lo estacado, idiota.

Ele sorriu. — Sou mais rápido que você

— Cala a boca, não é. — bom, sim ele era. Mas apenas porque tinha habilidadessobrenaturais. Se ele fosse um garoto normal, eu teria ganhado. Ainda podia ganhar.Apenas precisava de algumas armas mais para fazê-lo.

— Não acredito que viva nesse andar.

— Como sabe onde é o meu quarto? — perguntei. — E o que está fazendo aqui?Dá-se conta de que esta é uma escola de caçadores de vampiros, certo? Porque tenhosempre que te lembrar disso?

Ele sorriu zombeteiramente. — Tenho um passe. — ele dizia a verdade. Não tinha

notado ainda, mas ele tinha um discreto prendedor de metal, como os que vocêconseguia nos museus, preso na gola da sua camisa. Sua camisa era quase da cor azul

de seus olhos. O prendedor era um passe. Deixava o portador permanecer no campus

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sem o problema de segurança caindo sobre sua cabeça. Era quase certo que nunca antestinha sido usado por um vampiro.

— De onde o tirou? — perguntei.— De Kieran.

— Kieran te deu um passe de livre acesso ao campus? — repeti duvidosamente.

— Não foi tanto como... Dar, eu tirei da sua mochila enquanto ele beijava a minhairmã.

— Então você o roubou.

— Já mencionei que ele estava beijando minha irmãzinha?

Toda a prática sobre beijos fazia difícil afastar meu olhar da sua boca. Ou fingirque não sabia como eram seus lábios sobre os meus. Ele franziu o cenhorepentinamente, seus dedos se moveram sobre meu queixo, sua expressão dura comoaço. — O que aconteceu ao seu rosto dessa vez?

Enruguei o nariz. Estupendo. Tinha esquecido que tinha hematomas eprovavelmente parecia uma uva. — Chloe me bateu. Bom ela tentou.

— Chloe te bateu?

— Sim. — respondi.

— Ok, mas eu não posso bater nela. — ele soava contrariado. — Ela é uma garota.

Pestanejei. — Eu não lhe disse por isso.

— Isso é o que fazem os garotos. — ele murmurou. — Quando alguém machucauma garota. Especialmente você.

Não estava certa de o que ele queria dizer com isso, mas em meu interior sentialgo quente e nervoso, como quando bebia muito chocolate. E então me dei conta queainda estava sobre ele.

Estávamos tão próximos que minha respiração arrepiava seu largo peito. Eletinha o tipo de beleza que podia te queimar, como se ele pertencesse a uma pintura pré-rafaelista de um poeta ou de um amante mítico condenado. Ele era tão requintado.

Ele elevou uma das suas sobrancelhas, seu sorriso de marca registrada era cadavez mais evidente. Mas ele era um vampiro. O que significava que ele podia ouvir as

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batidas aceleradas do meu coração enquanto eu ficava ali o encarando, e pensandoquão lindo que ele era.

Merda.Era uma vantagem completamente injusta.

Impulsionei-me sobre minhas palmas para me afastar dele antes que meenvergonhasse por completo e irrevogavelmente.

— Hey. — ele observou eu me afastar como se ele fosse algo perigoso. Ele pareciainternamente muito satisfeito consigo mesmo. — Aonde vai?

— Para a cama. — merda dupla. E se ele levasse isso como um convite? Era umconvite? E quando, precisamente, eu tinha perdido meu juízo? — Uh, me referia ao meuquarto. Aonde está minha cama. E... Merda. — obriguei-me a parar meu balbucio.

Ele se levantou, parecendo selvagem e predador. — Eu te deixo nervosa Hunter?

Parei; olhando-o. — Desculpe, eu sei dezessete formas dolorosas de te matar.Você não me deixa nervosa.

— Eu sei dezessete formas diferentes de beijar.

Ignorei a chama de calor em meu peito e foquei minha atenção no fato de queaquilo era uma lorota. Afastei meu cabelo do ombro. — Não sou uma das suas fãs.

Eu estava em sérios problemas.

— Olha Quinn, o que você realmente está fazendo aqui? Tem informações sobre apílula que eu te dei?

— Ainda não. Mas li a mensagem de texto sobre Will. — ele respondeu

endireitando-se. Ele apenas me passava um pouco me altura. — E acreditei que poderiaprecisar de um pouco de companhia.

— Veio por mim? — yep. Estava em problemas muito sérios.

Ele assentiu, tocando meu cabelo e enredando seus longos dedos nas pontascomo se fosse um incêndio e ele era tão frio como o pálido inverno. — O que estáfazendo aqui em cima?

— Coletando minha propriedade pessoal. — expliquei, fascinada pela sensação

da sua mão enquanto ele me puxava mais para ele, enrolando meu cabelo em seu pulsocomo uma cobra enrolada.

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— Da prateleira? — ele sussurrou perplexo. Ele deve ter me visto olhando paraisto.

Assenti, perguntando-me porque minha voz parecia ter desaparecido porcompleto. Aclarei a garganta. — Sim, mas está preso no fundo.

— Permita-me. — ele me soltou tão abruptamente que tropecei um poucoenquanto ele se afastava. Levantou a prateleira e virou ao contrário, como se nãopesasse mais que uma escova. O microfone saiu e eu o apanhei antes que pudesse cairno chão. Ele sorriu balançando a sua cabeça. — Sua propriedade pessoal é umequipamento de vigilância?

Dei de ombros, deslizando-o em meu bolso. — Obrigada.

— De nada.

Fui para a porta, assegurando-me de que estivesse limpo18 antes de começar adeslizar silenciosamente pelas escadas. Fiz uma pausa no patamar. Quinn estava logoatrás de mim.

— Aonde você vai? — perguntei.

— Vou com você.

— Não me lembro de tê-lo convidado. — eu disse secamente.

— Esse é um mito vampírico. — ele me respondeu secamente. — Não preciso serconvidado. Acreditava que já tinham ensinado isso aqui. — ele me piscou um olho. E eugirei meus olhos em resposta. Ele me seguiu e eu permiti. Encantada. A verdade era quenão queria estar sozinha agora. Estava exausta e preocupada. E gostava de tê-lo aoredor. Ele era incômodo. No bom sentido.

Ele fez uma pausa, apontando com a cabeça para Chloe, que ainda dormia,profundamente no sofá da sala comum. — Quer que eu a puxe pelos cabelos?

Sorri, negando com a cabeça. Ele deu um passo à frente.

— O que você está fazendo? — agarrei seu braço.

— Vou cheirá-la.

Pestanejei. — Desculpe; o que?

18 Não havia ninguém no caminho.

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— Está preocupada com essas vitaminas, certo? Eu poderia ser capaz de cheirarseu sangue e poderia ser capaz de lhe dizer se a fazem viajar 19.

— Definitivamente a fazem viajar . — murmurei tocando a contusão em meuqueixo. — Mas vá em frente. Isso poderia nos ajudar. Simplesmente não a desperte.

— Olá? Me dê um pouco de crédito. Furtividade vampírica, lembra?

— Arrogância vampírica você quer dizer.

— Isso também.

Estava indo contra toda uma vida de treinamento em estacar vampiros e pior

ainda, eu estava observando aproximar-se e perambular para um dos meus amigos.Minhas mãos na verdade tremiam. Mas fiquei onde estava. Confiava em Quinn Drake,apesar de que eu era a última em uma longa linha de caçadores de vampiros.

Ele foi gracioso como a luz da lua, fluido e silencioso enquanto se movia sobreChloe. Ela continuou dormindo tranquilamente, totalmente inconsciente. Agora mesmo,isso não demonstrava o bom que era nossa educação. No entanto, nem eu o fazia. Quinnera uma silhueta escura tirada de qualquer filme padrão de vampiros, inclinando-sesobre ela, com seus dentes brilhando.

E eu estava apenas esperando, confiante, paciente e esperançosa.

Estouraria algum vaso sanguíneo do meu Avô se ele pudesse me ver agora.

Afastei isso da minha mente e observei como o nariz de Quinn percorria ao longoda linha do pescoço de Chloe, inalando como se ela fosse um bom vinho. Suas presasestavam alongadas. Fiquei tensa e dei um passo para ele, então ele parou. Ele inalounovamente ou o que seja que faziam para cheirar os, não mortos, então retrocedeubruscamente.

Ele não falou enquanto se aproximava, apenas balançou a cabeça para o corredorque levava ao meu quarto. Mais tarde, teria que lhe perguntar como sabia qual era omeu quarto. Agora mesmo, eu apenas queria saber por que é que ele estava limpando onariz como se acabasse de cheirar pimenta. Fechei a porta atrás de mim sem fazerruído. A única lâmpada acesa lançou sombras sobre seu rosto.

— E então? — perguntei.

— Isso não é vitamina. — ele disse.

19 Estar drogada.

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— Eu sabia! — saltei nervosamente. — O que são?

— Não sei. — ele admitiu. — Tem o cheiro de vitaminas... Tem esse cheiro

distinto. Mas também tem algo mais.Limpei minhas palmas úmidas em minhas calcas. — Ela nunca acreditará em

mim. Quando você poderá receber os resultados do laboratório do seu irmão?

— Talvez amanhã. Farei com que ele se apresse.

— Deus, foi a mãe dela foi que deu essas. — esfreguei os braços, de repentecomecei a sentir frio. — E ela tem um esconderijo desses em alguma parte, portanto eunem sequer posso jogá-las fora. Bom, talvez tenha algo aqui para convencê-la.

— Por isso você escondeu microfones no quarto de cima?

Assenti com a cabeça. — Pensei que Will ia melhorar. E que qualquer coisa emque ele estava metido, alguns de seus amigos poderiam saber também. Não sei. Mas osestudantes continuam se adoentando dessa gripe estranha que não melhora. Tem algoaqui.

Tirei os microfones do meu bolso e conectei o primeiro. A qualidade não eramuita boa; os ruídos eram mais altos que as vozes, mas isto era melhor que nada. Tinha

colocado o gravador com um sensor de movimento o qual se acendia e apagava todas asnoites. Pensei na quantidade de pessoas que podiam falar ali na sua hora de descanso, eno almoço quando ninguém poderia lhes ouvir.

Tudo se tratava de uma lista de reclamações das aulas e o leite que algumaspessoas deixavam fora da geladeira, na pequena cozinha compacta. Escutei tudo poraproximadamente meia hora, dando um avanço rápido aonde podia fazê-lo. Quinn seapoiou contra a minha porta, pacientemente, de uma forma que não fui capaz.Geralmente ele gostava de fazer brincadeiras, ou estar no modo ansioso, pronto para

uma luta. Estava vendo outro lado da sua personalidade, tranquila e reflexiva, masintensa.

— Nada. — disse abatida. — Acho que foi uma ideia estúpida.

— Espera. — ele se afastou da parede. — Deixe-me escutar novamente. — entreguei, lhe mostrando como podia retroceder. Ele sustentou contra seu ouvido. — Ésomente perceptível, mas... — e foi ali aonde invejei seus sentidos sobrenaturais, elepodia ouvir melhor. Nunca tinha invejado um vampiro. Eu gostava muito da luz do sol,

dos espaguetes e do sorvete.

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— Peguei. — ele disse seus olhos brilharam em triunfo. Ele rebobinou novamentee repetiu o que ele tinha escutado para mim.

Tem certeza de que isso funciona? Cala a boca idiota! Alguém pode te ouvir.

São muito fortes para ser apenas um monte de vitaminas.

Eu disse, são melhores que vitaminas... Olhe! 

Deixe aí, ninguém nunca vai se enfiar atrás dessa TV. Pesa uma tonelada.

Levantei-me abruptamente. — Deixaram cair um pouco!

Ele assentiu com a cabeça com um ar satisfeito, mas me impediu de alcançar amaçaneta da porta. — Deixe que eu vá.

— O que? Por quê?

— Em primeiro lugar, porque posso mover uma TV antiga que pesa umatonelada, sem fazer muito barulho.

— Oh. Bom ponto. — use as ferramentas que tem. Era o lema de um caçador. E

tinha sentido, portanto minha ferramenta, neste caso era um vampiro.

Ele se foi tão rápido quanto o tempo que levei para notar a luz piscando do meucorreio de voz e apertar o botão de play. Então a voz rouca do meu Avô devido aouísque e o fumo saiu nos alto-falantes. Por alguma razão me deu vontade de chorar.Perdia minha confiança e certeza. Os quais eram escassas neste momento. Mesmoenquanto me encolhia com cada palavra que ele dizia.

— Hunter querida, eu recebi uma ligação da escola. Escutei que foi bem. Sei que é 

duro, mas fez o que tinha que fazer. Isso é o que fazem os caçadores e também o que fazemos Wild. Salvou a vida da sua amiga, isso é o que ouvi também. A diretora acredita queseja melhor você visitar o psicólogo da escola, mas eu lhe disse que você não precisa dessescharlatões. É forte. É uma boa garota. Não quero que suavize com os Hel-Blar. Osvampiros precisam ser eliminados, você sabe.

A porta do meu quarto se fechou com um suave click. Quinn arqueou umasobrancelha para mim. Eu fiz uma careta, sabendo que ele tinha escutado cada palavrada mensagem do meu avô.

— Ele tem boas intenções. — eu disse na defensiva.

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— Está bem. — Quinn respondeu com indiferença enganosa.

— Ele me criou da única maneira que pôde fazê-lo.

— Bem. — ele disse outra vez.

Franzi o cenho. Não sabia por que estava justificando o meu Avô. Ele era um bomhomem. Assim como Quinn também era. Estava certa que odiariam um ao outro. Minhacabeça começou a doer.

— Encontrou? — perguntei; mudando de assunto.

Ele assentiu, sentou-se perto de mim estendendo a mão, com a palma para cima.

A pílula branca parecia inofensiva. Era difícil imaginar que algo tão pequeno estavacausando um grande problema.

— Não se parecem com as vitaminas da Chloe. — disse confusa. — As dela sãograndes e amarelas.

— Eu sei. — ele disse gravemente. — Essas não são vitaminas.

Pestanejei. — Espera. Então há dois tipos de pílulas circulando por aí? Que diabos

esta se passando com essa gente? — encostei-me desgostosa. — Isso explica porque

continuamos correndo em círculos.

Quinn olhava fixamente a pílula, como se fosse uma cobra enroscada pronta paraatacar a qualquer momento. Suas narinas tremiam bruscamente, sua mandíbulaapertada fortemente.

— Ok, o que foi? — perguntei receosa.

— Essa coisa é veneno. — ele respondeu entre os dentes.

— De verdade? Isto é o que fez Will adoecer? E não somente a Hel-Blar ?— É toxico para os humanos. — Quinn explicou. — Mas é absolutamente fatal

para os vampiros.

O silêncio era pesado, como uma bomba a ponto de explodir. Peguei a pílula dasua mão, como se essa pudesse começar a fluir ácido. Ele balançou a cabeça uma vez. — Só é fatal se for ingerido.

— Então agora as pessoas estão tomando drogas contra vampiros? Misturando

com alguma vitamina estranha? Isso não tem nenhum sentido. — coloquei a píluladentro de um envelope. — Seu irmão pode analisar isso também?

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— Porra, sim! — ele disse colocando o pequeno pacote no bolso. — Quero saber oque é. Já tinha escutado antes.

— Aonde?— Esse é o problema, não sei. Não me lembro. — ele parecia desconfortável com

ele mesmo.

Deslizei novamente para me apoiar contra a parede. As cobertas estavamenroladas em minhas pernas. — Spencer não toma medicamentos ou vitaminas ouqualquer uma dessas coisas. Ele toma apenas aspirina.

— Spencer foi mordido por um Hel-Blar . — Quinn disse; arrastando-se pela

minha cama, para se sentar perto de mim. — Ele não é um mistério.

— Então porque todas as suas coisas foram retiradas do seu quarto?

— Foram? — Quinn se virou espantado. — Está tão doente assim?

— Theo disse que Spencer está mal, mas estável. Os medicamentos estãoajudando mais do que ajudaram Will. No entanto, seu quarto foi esvaziado, igual ao doWill. E todo mundo está adoecendo dessa gripe misteriosa.

Quinn assoviou entre os dentes. — Olha; obviamente nunca confiei nos Hélios-Ra,e talvez tenha vivido em Violet Hill muito tempo, mas isto tem “Conspiração”, escrito em

todas as partes.

— Eu sei. E não vou deixar que o que aconteceu com Will aconteça com Spencer.— minha garganta queimava. — Tive que estacá-lo. — acrescentei em voz baixa. — Tiveque fazê-lo.

— Eu sei. — disse suavemente, deslizando seu braço ao redor da minha cintura epuxando-me para o seu lado como se estivesse tentando me proteger. Era um poucodoce. Deixei-me apoiar nele. — Era um Hel-Blar . — ele acrescentou. — Já não era o Will.

— Todo mundo continua me dizendo isso.

— Porque é a verdade. — sua mão acariciou minhas costas para cima e parabaixo, com delicadeza e doçura.

— Eu não me sinto assim. Sinto como uma traição. Não pude ajudá-lo Quinn.Nunca me senti tão impotente.

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— Hunter, a última coisa que você pode ser é impotente. — ele parecia tãoseguro. Não pude deter a primeira lágrima de rolar e cair.

— Não quero que Spencer morra.— Ele não morrerá. — seus lábios estavam em meu cabelo.

— Você não sabe.

— Eu sei sobre troca de sangue Hunter. E Spencer é forte e saudável. Ele tem umaoportunidade melhor que a maioria.

Queria confiar na pequena bolha de esperança no meu estômago, mas não pude

fazê-lo. — Will nem sequer me reconheceu. — eu disse soluçando. — E aconteceu tãorápido. Porque ele teve que atacar Chloe? Porque teve que ser eu a estaqueá-lo? — maislágrimas caíram e não tentei mais detê-las desta vez. Chorei porque não podia maisparar de chorar. Quinn apenas me segurou, sem dizer uma só palavra. Sua mãoaninhada na parte de trás do meu pescoço, enquanto acariciava meu cabelo. Chorei etremi e chorei um pouco mais até que me senti fraca e desidratada. E muito mais leve.

Sentei-me ereta. A camisa de Quinn estava molhada. — Sinto muito. — eu disseroucamente.

— Não se desculpe. — tocou meu rosto, roçando de leve minhas contusões comapenas as pontas dos seus dedos. Limpei meu nariz em minha manga, sentindo-me bemo bastante para não querer parecer uma chorona repugnante.

— Obrigada. — murmurei.

Ele se inclinou, fechando a distância entre nós. Seus olhos ficaram nos meus.Então, eu não pensei, apenas me inclinei também. Foi eu quem o beijou primeiroenquanto suas mãos se fechavam em meus ombros, atraindo-me para mais perto.Deslizei minha língua ao longo da sua, sentindo uma centelha de calor ao longo do meu

corpo, derretendo o gelo que tinha estado avançando dentro de mim. Ele me beijou tãoprofundamente que me senti nua, embora nenhum botão houvesse sido aberto.Estávamos completamente vestidos, tinha folhas na sola dos meus sapatos e umaestaca, e um arreio nas minhas costas, mas nunca tinha me sentido mais exposta, ouvulnerável. No entanto, não tinha medo. Eu queria mais.

Transformou-se em um duelo entre nossos lábios e línguas para ver quem podiafazer com que o outro sentisse mais, necessitasse mais. Fiz uns pequenos gemidosatravés da minha garganta, seus braços eram marcados e fortes debaixo das minhasmãos e seu cabelo caía como uma cortina sobre nossos rostos, com o cheiro de xampu

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de menta. Tentamos nos aproximar muito mais um do outro, mas era fisicamenteimpossível. Não nos importava. Estávamos tão determinados, nada mais tinhaimportância.

Até que caímos da cama e aterrissamos diretamente no chão em um amontoado.

— Ouch. — Quinn resmungou. E esfregou o cotovelo. Meu ombro caiupesadamente. — Hunter. Você está bem? Está ferida? Hunter? — ele soava horrorizado.

Eu ri, porque era muito difícil responder. Ele me virou, me colocando de barrigapara cima, observou meu riso de satisfação, e ouviu minha respiração arfante como seeu estivesse tentando respirar. Seu sorriso de resposta foi tão rápido, seguido por umagrande risada própria dele. E outra.

Então começamos a rir tão alto, que tivemos que segurar um ao outro. Eucomecei a ofegar. E me sentia tão bem, quase como os maravilhosos beijos de Quinn.Temi que isso fosse como uma traição ao meu amigo que jazia em uma cama ou ao meuamigo que estava pronto para ser enterrado debaixo da terra, mas foi exatamente ocontrário, sentia-me como se houvesse tomado ar novamente, depois de ter estadodebaixo d’água por muito tempo. Recuperar minha capacidade de sorrir poderia ser aúnica coisa que fosse capaz de recuperar meu equilíbrio. Não poderia lutar por eles, nãopoderia verificar o que realmente estava acontecendo se permitisse que a dor, a culpa eo sofrimento me dominassem. Não podia correr esse risco. Tinha que chutar unstraseiros. Todo tipo de traseiros.

A partir de agora.

Endireitei-me, apertando meu estômago dolorido. Saboreando o cobre em minhaboca. — Ai, eu acho que mordi a língua. — eu disse limpando a ponta da minha línguaem minha mão e vendo o sangue. — Sim. Muito bruta.

Quinn ficou muito quieto.Eu era uma idiota.

Eu me permiti esquecer o que Quinn era realmente.

Acredito talvez que ele o tenha esquecido um pouco também.

E agora mesmo, eu estava ajoelhada no chão com sangue na minha boca semesquecer o que ambos éramos.

— Quinn? — eu disse suavemente. Sem me mexer.

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Era apenas parte da minha sorte, conseguir por fim em algo como um namoradode verdade, no entanto, tinha que estacá-lo.

Quinn estava ainda mais pálido que o normal, agachou-se de frente a mim,levantando seus lábios, alongando suas presas, que saiam à medida do possível. Malrespirava. Havia tantas emoções conflituosas percorrendo suas feições, que eu quasenão podia lê-las. Mais destacado estava o medo, retenção violenta, desejo, fome. Eletragou saliva e o movimento ondulou sua garganta. Parecia como se sentisse muita dor.

Então ele sorriu.

E supus o que era o medo real pela primeira vez.

Não havia nada mais imprevisível que um jovem vampiro. Nada mais rápido oumais forte. Ou mais hipnotizante. Falando de hipnotizar, meu frasco de Hypnos estavaguardado na parte de cima da minha mochila do outro lado do quarto, onde não meservia de nada em absoluto.

Afastei o olhar do fogo nos olhos de Quinn, do flash das suas presas.

— Quinn. — repeti severamente desta vez, como uma bibliotecária irritada.

Ele se sobressaltou. A agonia aguçou seu sorriso afetado sem humor. — Hunter;

fuja. — ele me implorou.

Levantei meu queixo. — Não. — eu disse, apesar de que a adrenalina bombeavarepentinamente como uma monção selvagem em minhas entranhas. Eu estava sendoinundada de produtos químicos biológicos que me faziam querer descobrir meusdentes em resposta a Quinn como uma pantera enjaulada.

— Por favor, corra. — ele implorou outra vez, exceto que quando eu troquei meupeso, sem nem me mover, ele veio por mim.

Sua mão pegou meu pulso e me atraiu com força enquanto se colocava de pé. Euestava praticamente colada ao seu peito, embora tentasse me inclinar para trás omáximo que podia. Apenas minha cabeça, meu pescoço e meus ombros tinhamliberdade de movimento, me senti como uma dessas garotas fracas que desmaiam nomeio de uma novela vitoriana.

Não era um sentimento particularmente agradável, já que estávamos.

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— Então você está a ponto de receber um chute de açúcar.

— Provemos; ok?

Ele me beijou, afastando todas as campainhas de alarme fora da minha cabeça.Devolvi-lhe o beijo, esperando distraí-lo da sua sede. Sua boca era suave ainda quandoesperei que fosse predadora. Ele era perigoso, como a água, suave e liso, que inundoumeus pulmões, implacavelmente roubando todo o meu ar.

Minha cabeça se inclinou e não estava certa se era pela pressão da sua boca emminha garganta ou foi parte do meu próprio movimento. Minha garganta estava expostae suas presas rasparam a pele suave dali, mas ele nunca perfurou meu pescoço. Nãobebeu de mim até que estive ao ponto de sofrer um colapso, estava tão exausta e muitofraca para contra-atacar, para não deixar a besta ganhar. Ele estava indo contra tudoque alguma vez tinham me ensinado.

Quanto mais longo era nosso beijo, mais ele afrouxava seu agarre. Até quefinalmente me deixou ir, afastando-me com um empurrão contra a parede.

— Eu teria me estaqueado. — ele disse. Parecia como se tivesse estado em umabatalha, como se estivesse carregando uma espada manchada e um escudo quebrado.— Tenho que sair daqui. — ele puxou bruscamente a porta como se essa fosse uma

corda pendurada na parte superior de um penhasco.

— Espera.

— Tenho que ir! — ele grunhiu e a porta se fechou com uma batida atrás dele.

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A expressão de Lucy suavizou um pouco. — Estou bem Nicholas. De verdade.Uma pequena dor de cabeça agora, isso é tudo.

— Está certa?— Pela enésima vez, sim. — parecia envergonhada. — Desmaiei quando vi o

sangue. Apenas me pegou de surpresa.

Apoiei-me na porta, sentindo-me como se pudesse recuperar o fôlego. Aindapodia saborear o sangue de Hunter em minha língua, como um doce. Estremeci.

Lucy me olhou, depois para Nicholas, que vibrava com uma careta depreocupação, e logo para Solange, que estava sentada com seus joelhos no peito. Deixou

escapar um suspiro contrariado. — O que está errado com vocês?

Nicholas e Solange explodiram ao mesmo tempo.

— Você quase morreu! — Nicholas gritou.

— Poderia tê-la comido! — Solange acrescentou.

O silêncio rodou um longo momento antes que Lucy esfregasse o rosto. — Ambos

são uns idiotas. E muito dramáticos. — eles simplesmente ficaram olhando-a,

claramente esperando uma reação diferente. Tinha manchas debaixo dos seus olhos,mas ao contrário, parecia bem. O tio G lhe havia examinado. Ele tinha alguns diplomasmédicos guardados, outro dos benefícios de uma vida útil prolongada. — Nicholas, parede se preocupar. Já me machuquei muito pior na aula de ginástica. Solange, você gostade sangue. Dããã. — empurrou três montes de cobertas sobre seu colo. — Olá? Vampiro.

— Você não entende.

Lucy grunhiu. — Não se atreva a vir com esse lixo para cima de mim. SolangeDrake. Pode ser que seja um vampiro, mas lhe conheço por toda a vida. E entendocompletamente. Dê-me algum crédito. — virou-se de repente apontando um dedo emminha direção. — E você parece estranho.

Sentia-me estranho. Hunter acabara de fazer isso a mim. Mas inclusive ela podiacompreender o perigo de ser a única humana em um quarto repleto de monstros. Lucyera teimosamente alheia a isso.

— Estou bem. — disse com um pequeno sorriso. — Beba seu chá de camomila.

— Apenas se ele magicamente se converter em chocolate quente. — Lucy sorriude repente. — Está todo elegante.

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— Não estou. Pareço bem de forma natural.

Sorriu. — Foi ver Hunter Wild, não? Isso é muito mais divertido que falar com

meus pontos estúpidos e a crise de Solange.— Não tive uma crise. — Solange protestou.

— Por favor, é claro que sim. — Lucy sorriu brevemente. — E eu a amo por isso.Mas já chega tá. — moveu sugestivamente as sobrancelhas. A luz refletia na armaçãodos seus óculos. — Você a beijou? — parou. — Claro que a beijou. Como foi?

— Não sou uma garota Lucy. Não desejo pentear seu cabelo e falar sobre beijos.

Solange ficou me olhando fixamente, cheirando o ar delicadamente. Pareciaconfusa. — Você a mordeu?

— Não, eu não a mordi. — respondi mais brusco do que pretendia. — No lugar defalar de mim, porque não falamos do que diabo estava você fazendo no bosque emprimeiro lugar?

— Sim. — Nicholas concordou delicadamente. — Falaremos disso. — eleempurrou Lucy para uma cadeira. Quando se esticou para pegar a xícara ela lheestreitou os olhos.

— Jogo isso na sua cabeça.

Não parecia particularmente preocupado. — Direi à mamãe que você não estádescansando.

Sua boca se abriu de espanto. — Jogo sujo.

— É claro que sim.

Ao menos ninguém ia falar da minha vida amorosa. — Solange, é sério. — Eudisse. — Que demônios?

— Precisava apenas sair. — disse em voz baixa. — Com os sequestros e tentativasde assassinato e a transformação, me perdoem por me sentir presa. — retirou os óculosde sol. — E olha os meus olhos. — suas pupilas ainda estavam rodeadas de vermelho, obranco todo irritado. Ainda não haviam mudado.

— Ouch. — Lucy fez uma careta — Tem um Visine20 para vampiros?

20 Marca de colírio.

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— É uma habilidade básica da vida. — concordou alegremente. — Mas umaimportante. — sentou-se na ponta da cama. — Portanto, desembucha Casanova.

— Continua sonhando.Fez uma careta. — Estou ferida, se lembra?

— Oh, agora joga as cartas da doentinha.

Ela sorriu sem arrependimento, colocando-se novamente de pé. Nunca havia sidoboa nisso de ficar quieta. — Porque ainda está com presas?

Passeia a língua sobre minhas presas, sendo cuidadoso de não cortá-la. Não tinha

nenhum interesse em lhe contar que tive a urgente necessidade de converter Hunterem um copo de vinho e bebê-la como um tinto. — Apenas você poderia reduzir séculosde míticos não mortos a “presuntos”. 

— Os chamarei como os vejo, garoto presas. — parou na janela franzindo ocenho. — Lá vai ela. — disse em voz baixa.

— Quem, Solange?

Assentiu. — Vai se esconder na estufa. Estou preocupada Quinn.

— Por quê?

Mordeu seu lábio inferior. — Porque ela está estranha. Disse para Kieran que nãoviesse essa noite.

— Isso não é estranho.

— Não, é a forma que o disse. — suspirou. — E meus pais voltarão para casadepois de amanhã, e me preocupa que vocês tentem me deixar de fora. Já sabe. — fez

uma sarcástica imitação de presas no ar. — Para o meu próprio bem.— Não o faríamos. — menti. É claro que o faríamos. Éramos uma família perigosa

para se conhecer nesse momento. Na verdade, beijar Hunter e então saborear seusangue tinha tirado mais perto da superfície meu vampiro interior. Inclusive Lucycheirava bem nesse momento, e eu estava acostumado a sua essência como a qualquerum dos meus irmãos. Raramente me incomodava.

Mas estava incomodado neste momento.

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— Lucy, me alegra que esteja bem. Chegue a fazer algo tão estúpido como issooutra vez, e eu te matarei eu mesmo. — sorri para suavizar a bronca. — Agora vai.Estou cansado.

Olhou-me fixamente. — Você não está cansado. Está tentando se livrar de mim.

Eu a empurrei gentilmente para a porta. Seu pescoço estava nu, limpo comantisséptico, mas pensei que ainda podia sentir o leve odor de sangue por debaixo dospontos de sua bandagem. — Boa; então pega como uma indireta.

Virou e enfiou seu pé contra o batente da porta. — Aí Quinn. Isso é ao que eu mereferia. Estão todos assustados como velhinhas. É como se estivesse com mais medo dosvampiros do que eu tenho.

— Isso é porque somos mais espertos do que você. — assinalei. — Epreocupados.

— Bom, aguente. — disse enfadada. — Porque não vão se desfazer de mim tãofacilmente.

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Capítulo   

Hunter  

 Segunda feira à tarde

Não tinha ficado sabendo dele pelo resto da noite. Nem sequer um bilhete ou umamensagem de texto. Ainda assim, havia me livrado de alguns dos medos e preocupaçõesque se aferravam em meu interior e eu me senti melhor preparada para o que seja queprecisasse fazer.

O que era conveniente, dado o fato de que a primeira assembleia do ano escolar

era tão ruim como pensei que seria.

Era depois do almoço e estávamos todos reunidos no auditório, o que era, naverdade, uma antiga escola de madeira dos finais do século passado, equipada combancos de igreja restaurados, também em madeira. Os caçadores sempre tinhampreferido que tudo fosse de madeira, dessa maneira era mais fácil partir um pedaçopara usá-lo como uma arma improvisada. A primeira coisa que meu Avô fez quandocomprou sua casa, foi se desfazer do revestimento de alumínio e substituir tudo comaglomerado de madeira.

Havia fileiras e fileiras de janelas e o grosso vidro ondulado difundia a luz porcada canto do edifício. Seguia-me para o cômodo. Não havia possibilidade de seesconder. Os estudantes se remexiam em seus assentos, me olhando enquanto eupassava, sussurrando ruidosamente entre eles. Felizmente Jenna e Jason estavampróximos o suficiente do fundo para que não estivessem em exposição por muitotempo. Pude ver Chloe de um lado, mas ela virou novamente para olhar para frente, meignorando.

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Deslizei sobre um dos bancos para me sentar junto a Jenna. Ela se inclinou parafrente e puxou a orelha de uma das garotas que sequer fingia estar olhando.

— Ai. — gritou; dando-lhe um olhar furioso antes de virar-se para se sentarcorretamente.

Jenna cruzou os braços com ar satisfeito. Sentei-me com as costas eretas, minhasbotas polidas, os bolsos de minhas calças cargo repletos de suprimentos e armasregulamentadas. Não pude evitar olhar para a mesa próxima dos primeiros bancos coma fotografia de Will da classe do ano passado e uma vela acesa de cada lado. Estavasorrindo ansiosamente. Tentei não me lembrar dele descobrindo suas presas para mim,

tentando agarrar a minha garganta em busca da minha jugular. Ou a sensação de suapele, sua carne e seu coração sob o impacto de minha estaca.

Jason se inclinou do outro lado de Jenna. — Vocês sabem algo sobre Spencer?

Balancei a cabeça. — Passei esta manhã, mas Theo disse que nada havia mudado.

— Isso não é necessariamente algo ruim. — sinalizou.

— Chloe ainda não fala com você? — Jenna perguntou.

— Acho que não.

Quando a diretora Bellwood foi em direção ao palco, com os saltos de seusconfortáveis sapatos batendo como tiros, todos nos sentamos direito. A brincadeira

morreu no ato. Até os estudantes do primeiro ano sabiam o suficiente para temê-la. Orestante dos professores se enfileirando atrás dela. O Sr. York foi o último, com seu

apito ao redor do pescoço como sempre. Juro que ele dormia com ele. Uma vez ele ohavia soprado na orelha de Chloe tão intensamente que ela ficou surda durante trêsdias.

A diretora Bellwood não precisou de um microfone, sua voz nítida e severa teencontra onde quer que você esteja. — Bem vindos a um novo ano na SecundáriaHelios-Ra. Estarão embarcando em uma nova viagem e criando laços com seuscompanheiros caçadores que durará por toda vida. Alguns de vocês descobrirão novostalentos e eventualmente escolherão um Departamento da Liga a qual servir. Os

Departamentos incluem: Caça; Estudos Paranormais, Ciências e Tecnologia. Os que

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fazemos aqui é prepará-los para caçar vampiros e unir-se à Universidade da Academiapara continuar seus estudos no campo escolhido.

Eu só a ouvia parcialmente. Havíamos ouvido variantes deste discurso em váriasocasiões com o correr dos anos. E eu estava muito ocupada me convencendo a nãoverificar se havia mensagens de Quinn. Ele estava inconsciente em sua cama,dificilmente pôde ter me enviado uma mensagem.

Cada vez que pensava naquele beijo, meus lábios formigavam, meu abdômen seacalorava e meus joelhos bambeavam.

Ele era perigoso em tantas formas.

— Será esperado que vocês sejam modelos das virtudes desta prestigiosa escola:Dedicação, Serviço e Audácia. — continuou a diretora Bellwood. — Não tolerareirebelião, imprudência ou arrogância. Todas estas qualidades conseguirão com que osmatem e são, portanto, inaceitáveis. Aqueles de vocês que se unem a nós pela primeiravez, lhes será entregue um Manual de Regras e Regulamentos. Aqueles que estãovoltando, espera-se que se lembrem dessas regras e as sigam. Estou certa que todosterão um ano agradável e educativo. Estou ansiosa em conhecer a todos e cada um de

nossos novos alunos. — todos e cada um destes alunos estremeceram. — Tenho certezaque todos notaram o serviço comemorativo a um de nossos alunos do décimo primeiroano, Will Stevenson. Entristece-me informá-los que ele foi infectado com o vírus dosHel-Blar  e não sobreviveu. — todos exceto Chloe me olharam furtivamente. Levanteimeu queixo, a expressão neutra. — Por favor, rendam-lhe seus respeitos em suamemória e tomem desta tragédia a necessidade de sempre estar em guarda.

A Sra. Kali, uma das professoras de Estudos Paranormais, desceu as escadas,

saindo do palco e indo para atrás do serviço comemorativo. Todos nós paramos. Os donono ano trocaram confusos olhares antes de seguir o exemplo. Eles nunca anteshaviam assistido ao serviço comemorativo a um aluno, mas este certamente não seria oúltimo. Ela cantou o tradicional tema de duelo dos Helios-Ra, passado através dosséculos.

Os caçadores caídos eram, geralmente, enterrados com espinhos de rosas, sal ecom a boca repleta de alho seco. O alho na verdade não tinha nenhum efeito real sobreos vampiros, mas o costume tinha começado muito antes que percebessem isso. Os

caçadores que não eram cremados tinham uma estaca de pinho branco atravessando

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seus mortos corações, outra antiga medida de precaução. Will havia se desfeito emcinzas, de modo que ninguém o estaria enterrando no cemitério local dos caçadores.Mas a canção se cantaria e um marcador com seu nome seria acrescentado no jardim

comemorativo atrás do trajeto do caminho para o outro lado da lagoa.

Estava contente de ter derramado minhas lágrimas ontem à noite. Tornava maissimples seguir em frente com o resto da assembleia, com as garotas que uma veztinham se apaixonado por Will, chorando, os rostos solenes dos professores, a cançãoarrepiando a pele de nossos braços e a luz do sol batendo sobre a foto emoldurada deWill.

— Os do nono ano irão para a Orientação no jardim sul. — anunciou a diretoraBellwood quando terminou a homenagem. — O restante de vocês pegará seus horáriose irão para a aula. Em modo de comentário final, vocês devem ter ouvido sobre aparticularmente violenta gripe que está nos rondando. Mais dois alunos foramhospitalizados hoje, portanto eu os incentivo a lavar as mãos e ter um cuidado especial.

Os alunos saíram em filas, sussurrando respeitosamente a princípio, depoisfalando em voz alta e gritando entre si enquanto passavam pelas portas duplas para ocaminho de cascalho.

— Gripe, meu rabo. — murmurou Jenna pelo canto da boca.

— Bem, não é como se a escola fosse fã da divulgação total. — Jason sinalizou.

— Supõe-se que nós nos calemos e sigamos as regras.

— Sim. — concordei. — Alguém mais está começando a achar isso realmente

irritante?

— Não está me agradando. — confirmou Jenna. — Ouçam; eu tenho que ir para aprática de arco e flecha. Estou assistindo uma demonstração para os do nono ano.

— Eu te vejo no jantar. — Jason lhe gritou. Fez careta para mim por um longotempo. — Quando foi a última vez que você realmente dormiu?

Encolhi os ombros. — Tive um par de horas ontem à noite.

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— Você parece como o inferno.

Eu tive que sorrir. — Sabe, se alguma vez você decidir sair com garotas, eu

preciso lhe dizer que essa não é uma maneira de lisonjear.

— Estou falando sério, Hunter.

— Eu também. — dei-lhe uma batidinha com o cotovelo. — Estou bem, deverdade. — não lhe disse que beijar Quinn depois de ter chorado encima de sua camisahavia me feito bem demais. Quinn era ardente o bastante para que Jason quisesse maisinformação e eu não era das que compartilha detalhes. — Eu te prometo que tirarei um

cochilo antes do jantar, certo?

— Esta bem. — concordou de má vontade. — Eu te vejo em breve.

As aulas seguiram da forma que sempre fez no primeiro dia. Eram em sua grandemaioria nominais e com uma breve descrição do que se esperava que aprendêssemosno ano. A Sra. Dailey nos deixou sair cedo. York nos fez correr em círculos. Dormi umpouco, principalmente porque havia prometido a Jason e depois fomos jantar e para osnossos respectivos quartos para começar com a leitura designada. Chloe não estava

perto, mas havia roupa sobre a cama. Eu não podia me concentrar, então fui para forapara me sentar sobre o paredão de rochas ao redor dos jardins decorativos em frenteao edifício principal para observar o entardecer.

O céu ficou da cor safira, depois índigo e nuances laranja ao longo da linha deárvores. As estrelas saíram uma a uma, amontoadas sobre a minha cabeça em padrões

que eu nunca podia me lembrar. Eu tinha inventado os meus próprios quando tinha dezanos: Drácula, uma estaca, uma coração, uma besta, um sol. Os encontrei agora

enquanto os grilos começavam seu coro noturno ao longo do gramado no limite dafloresta. A lua cheia se elevava como uma gorda abóbora crescendo em um campo fértilsobre o céu.

As luzes se acenderam no ginásio e dormitório. Podia ouvir o som afogado damúsica atrás das grossas janelas, o vento no carvalho atrás de mim e o quebrar docascalho quando uma caminhonete andava pelo caminho com as luzes apagadas, ocultonas grossas matas na beira da floresta.

— Hunter. — Kieran chamou severamente. — Encontramos algo.

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Capítulo   

Hunter 

Segunda feira à noite.

Cruzei ao lado do motorista, pisoteando flores de chicória silvestre sob minhasbotas. A cara de Kieran era solene e tensa, apertando os dedos ao redor do volante.

— O que está acontecendo? — franzi o cenho para ele.

— Temos problemas. — respondeu em tom cortante. — E não podemos falardisso aqui.

— Trata-se da Vit...

— Aqui não. — me interrompeu, com os olhos se arregalando em advertência. Eletinha razão. Havia câmeras e microfones por todos os lados. Estávamos, provavelmente,sendo muito cautelosos desde que estávamos no meio do campo, mas algo em suaexpressão havia me feito checar novamente meus bolsos atrás de estacas. — Vá atrás deChloe.

Meu estômago caiu. Era evidente que estas eram más notícias. — Chloe e eu não

estamos conversando exatamente, neste momento.

Podia ler o desespero no rosto de Kieran. — Faça o que seja que tenha que fazer.— ele disse firmemente. — Bata-lhe na cabeça e amarre-a como um bezerro se fornecessário.

Ochi, eu não posso imaginar por que uma de minhas mais antigas amigas nãoestava falando comigo.

— A segurança do campus sabe que você está aqui?

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Ele assentiu com a cabeça. — Disse-lhes que era uma operação secreta e queignorassem tudo o que eu faço.

Minhas sobrancelhas se ergueram. — Sério? Hart está nisto? — ele era o únicocom o tipo de poder para ordenar esse tipo de operações secretas.

— Não.

Fiz uma pausa, retrocedi. — Não?

— Portanto temos que sair daqui antes que me prendam.

— Merda, Kieran.

— Eu sei, então se apresse.

Eu ia conseguir ser expulsa no primeiro dia de aula. E então meu Avô ia mematar. Pesquei meu celular no bolso e disquei o número de Chloe. Ela respondeu noterceiro toque. — Alô?

— Chloe, eu tenho que falar com você.

— Estou ocupada.

— É importante. — houve uma pausa. Eu podia ouvir sua respiração, difícil ecurta. Ela devia estar trabalhando de novo. Comecei a caminhar até o ginásio,sinalizando para que Kieran soubesse onde nos encontrar. — Chloe? — tentei pensarem como levá-la para fora com um mínimo de gritos e brigas. Não pensei quepudéssemos nos dar ao luxo de atrair esse tipo de atenção, cumprindo operaçõessecretas ou não. — Olha; Dailey queria que eu falasse com você sobre sua irmandade.Não podemos ser ouvidas casualmente.

— Sério? — parecia surpresa e contente a seguir. Teria me sentido culpada se

minha mandíbula não estivesse ainda machucada por seu golpe descuidado. — Estou noginásio. Vou em seguida.

— Nos encontraremos lá. Porta lateral. — eu desliguei e cortei pelo gramado atéa entrada escondida atrás de uma parede e um bosquezinho de bétulas. Estava

suficientemente escuro e deserto para não sermos pegas. Ela deve ter descido correndopelas escadas. Ela ainda estava com suas calças curtas e camiseta, o cabelo preso em umelástico. Seu rosto estava úmido de suor. Abriu a porta e me olhou com receio.

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— E o que? — ela perguntou. — Você quer que eu me una à irmandade ou o que?— Kieran enfiou a caminhonete perto do canto, bloqueando-nos de qualquertranseunte. Ela franziu o cenho. — O que está acontecendo?

— Não tenho certeza ainda. — admiti. — No entanto, Kieran tem grandesnotícias. Ele quer que a gente vá com ele.

— Para onde? E porque eu... — ela parou com um bufar impaciente. — Trata-sedas vitaminas? Deus, Hunter, você está, tipo, totalmente obcecada.

— Apenas entre. — murmurou Kieran, inclinando-se ligeiramente para fora. — Não temos a noite toda.

— Eu não vou a nenhum lugar com vocês; psicopatas. — disse ela, cheia dedesprezo.

Dei uma olhada para Kieran. — Quão grave é isso?

—  Muito grave. — ele me assegurou, batendo no botão para que a porta dacaminhonete se abrisse. — Spider-Man grave. — spider-man tinha sido nossa palavrachave desde que oito anos, utilizada apenas em tempos de grande perigo. Chloe estavase afastando, irritada. Eu não tinha muitas opções. Fiz a única coisa que podia pensar.

Eu a agarrei pelo ombro e a fiz girar para nós. E então lhe dei um soco.Ela cambaleou para trás, gritando. Não exatamente operações secretas. — Merda.

— agarrou o rosto. — Merda, você está louca?

Eu não tinha lhe socado com força suficiente para nocauteá-la. No entanto elaparecia um pouco atordoada, então peguei a vantagem de sua momentâneadesorientação e a empurrei para dentro da caminhonete.

Ela xingou enquanto eu fechava a porta com um golpe e Kieran girava a chave.

Corri pelo outro lado e me enfiei no lado do passageiro. — Espero como o inferno quevocê saiba o que está fazendo. — eu disse melancolicamente, esfregando meus dedosdoloridos.

— Oh, desculpe. — replicou Chloe do assento traseiro. — Eu feri seus dedos comminha cara?

— Não mais do que eu machuquei os seus com a minha. — eu respondi.

— Isto aqui é por isso? Vingança?

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— Chloe, não seja estúpida. — eu disse enquanto Kieran arrancava com acaminhonete.

Corremos pelo caminho e saímos na estrada.

— Deixe-me sair! — Chloe estava puxando a maçaneta e gritando no máximo deseus pulmões. Se tivesse conseguido gritar mais alto, meus ouvidos teriam sangrado.Ela continuou gritando, sem palavras, um som agudo com a intenção de fazer nossosolhos explodirem.

Quando estávamos longe o suficiente da escola, Kieran pisou nos freios. Chloe se

precipitou para frente, perto de quebrar o nariz com a parte posterior de seu assento.Engoliu outro grito.

— Coloque o cinto de segurança. —ele exigiu bruscamente com o tom de umagente acostumado a ser obedecido. Na verdade era algo que ele havia aprendido comseu pai. Não era de conhecimento público, mas Kieran era apenas um graduado e nãorealmente um agente de plenos direitos. Tinha que fazer dois anos na universidade paraisso, mas havia decidido usar o ano sabático para encontrar o assassino de seu pai. Osprofessores tinham pensado que ele estava desperdiçando seu talento, que a dor o tinha

prendido. Mas ele tinha razão. Seu pai tinha sido assassinado e por um dos nossos, nãomenos. Hope já estava fora da Liga, mas o estrago já estava feito. No entanto, Kieranhavia crescido muito nos últimos meses. Não era o mesmo menino que haviaderramado xarope de milho com corante vermelho em todo o piso da cafeteria paraassustar os alunos novos. As pessoas ainda falavam da brincadeira. Principalmenteporque um conhecido valentão desmaiou ao ver isso.

Chloe prendeu seu cinto de segurança, de mal humor. — Aonde vamos?

— Para os Drake.

Nós duas ficamos olhando para ele, depois uma para a outra. — Está falandosério? — perguntei. — Vamos à casa de Quinn?

Eu ia ver a famosa cada Drake?

Chloe parecia impressionada a contra gosto. — Acho que ambos estão loucos,

mas isto valerá a pena totalmente se eu conseguir ver essa casa. — ela chutou a partetraseira do assento de Kieran. Fortemente. — Mas ainda contarei isso para Bellwood.

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— Bem. — ele respondeu despreocupadamente. — Mas primeiro você vai calar aboca e escutar o que temos para lhe dizer.

Eu virei em meu assento para ficar de frente para ele. — O que temos que lhedizer? — eu ainda não sabia por que exatamente tínhamos sequestrado Chloe.

— Marcus analisou a vitamina que você deu à Quinn. — olhou-me secamente. — A vitamina que você devia ter dado à mim, devo acrescentar.

— Ele estava lá, era mais fácil.

— Sim, sobre isso.

Chloe se inclinou para frente. — Olá? Vítima de sequestro aqui. Foquem-se. — elame fez uma careta. — E você me roubou totalmente.

— Sim. — eu não estava minimamente arrependida por isso, tampouco.

— Não é uma vitamina Chloe. — Kieran disse seriamente.

Ela rolou os olhos. — O que seja. Minha mãe que me deu, Einstein. Acho que elasaberia.

— Chloe, sua mãe é bioquímica. — disse em voz baixa.

— E uma médica, portanto, cale-se.

— Ela ajudou a criar o Hypnos.

— E daí?

— E. — interveio Kieran. — Não é uma vitamina, não totalmente. É um esteroideanabólico.

— Eu sabia. — murmurei.

Chloe nos olhava boquiaberta. — Você não sabe do que está falando.

— Aqui esta a prova. — Kieran lhe jogou uma pasta com a análise biológica desuas pílulas, impressa. — Eu te recomendo que leia isto. Quando chegarmos na casa dosDrake, você pode se conectar ao computador seguro e protegido da Liga e fazer sua

própria investigação.

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— Como se a Liga pudesse quebrar a segurança do meu computador.

— De qualquer modo.

Ela não deu atenção e começou a virar violentamente as páginas. Percebi omomento exato em que ela realmente começou a ler e processar a informação.

Ela ficou pálida. Quando olhou para cima novamente, o medo, a raiva e a negaçãobatalhavam sobre suas feições.

— Bem, e daí? — ela espetou, como se não desse a mínima para qualquer coisaque Kieran ou eu tivéssemos falado. — Então ela me deu esteroides. Deixaram-me mais

forte e mais rápida. Como isso é uma coisa ruim?

Arranquei o papel fora de suas mãos e deu uma olhada até que tive a respostapara ela. — Já te cresceu um bigode?

Ela piscou para mim, horrorizada. — O que?

— Aqui diz que é um dos efeitos secundários. Assim como a calvície.

Ela acariciou o cabelo um pouco freneticamente. Era uma das suas vaidades. — 

Estou bem.— Você vai ter acne também. — continuei impiedosamente. Eu queria a minha

amiga de volta. — E agressividade e mal humor. — virei minha cabeça para que elavisse o hematoma em minha mandíbula. — Acho que podemos dizer com segurança quevocê tem estes dois.

Ela fez uma careta. — Eu...

— A pressão arterial alta, dano ao fígado, ataques cardíacos, infertilidade, atrofia

no crescimento de seu... Quer que eu continue lendo?

Ela negou com a cabeça silenciosamente. — Mas eles estavam me ajudando. — ela disse finalmente baixinho. — Sinto-me mais forte.

— Chloe, são ruins para você.

— Mas...

— Bigode. — eu repeti.

Engoliu em seco. — Nada vale isso.

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Ela se jogou para trás e olhou pela janela. Eu não sabia o que mais dizer, então euafastei a pasta para longe. As árvores e os campos estavam escuros, quebrados emocasiões pelo brilho da lua ou um grupo de estrelas através das folhas. As montanhas se

erguiam à distância. Kieran dirigiu durante mais de meia hora antes que ele virasse noque parecia um campo. Havia marcas de pneus na grama, mas nada mais para marcá-locomo algo mais do que outro campo. Os guardas eram sombras discretas. Peguei o fracoraio de luz sobre um walkie-talkie. Kieran manobrou por outros dez minutos antes queo caminho se transformasse em um caminho real que conduzia a uma antiga casa defazenda. Era impressionante em seu tamanho. Os troncos pareciam árvores inteiras, avaranda era ampla e envolvia todo o caminho ao redor de um dos lados. A casa em siera confortavelmente gasta, como uma antiguidade. Havia uma cobertura de pinheiros e

carvalhos e a luz de lâmpadas nas janelas.

Chloe deixou escapar um suspiro excitado, distraída brevemente de sua própriasituação. — Wow. — ela disse.

Deslizei para fora da caminhonete e fiquei olhando por um momento. Este era olugar, onde incontáveis vampiros haviam se criado, onde o sangue era bebido comovinho, onde os humanos caminhavam por um caminho perigoso, onde alguns caçadoreshaviam, sem dúvida nenhuma, morrido.

Este era o lugar onde Quinn havia crescido.

Pareceu-me ver uma sombra se mover em uma das janelas do sótão, mas nãopodia ter certeza. Apesar de saber que era, tecnicamente, seguro aqui, que haviatratados e amizades me protegendo, eu ainda estava contente de ter os bolos cheios deestacas e pó Hypnos, presos sob a manga. A porta principal se abriu. Reconheci Solangeenquanto descia os degraus da varanda, pálida como uma jovem árvore de bétula,graciosa como um pássaro branco. A última vez que a havia visto, ela tinha sido vestida

para a coroação Drake. Agora usava jeans velhos e óculos de sol. Ela sorriu suavementepara Kieran.

Ele lhe devolveu o sorriso, pegando-lhe a mão. — Obrigado por nos permitir fazeristo aqui.

— Mamãe e papai estão nas cavernas, por isso devemos ter a maior parte danoite. — ela se virou para nós. — Hunter, olá. E você é Chloe?

Chloe assentiu mansamente. Eu nunca a tinha visto tão recatada.

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— O que há com você? — sussurrei-lhe enquanto seguíamos Kieran e Solangepara dentro.

— Ela é da Realeza!

— E um vampiro, lembra?

— Oh, sim. — Chloe fez uma pausa. — Não, princesa bate em vampiros.

— Não.

— Tanto faz.

Esta era a verdadeira Chloe. O vislumbre foi suficiente para me fazer sentiresperança e confiança. Mesmo que no vestíbulo tinha me fuzilado com os olhosnovamente. Eu nunca havia estado dentro da casa de um vampiro também. Os pisos demármore e lustres de cristal eram impressionantes, mas eu preferi o crepitar do fogo nalareira da sala de estar à direita, e os sofás desgastados.

Em algum lugar, o meu Avô estava tendo um ataque.

Eu não teria esperado que fosse tão confortável e bem... Normal. Eu sabia que nãodevia me basear em estereótipos, mas pensei que veria pelo menos um vestido de cetimvermelho e talvez um caixão ou dois.

Tudo o que eu vi foi peludos ursos cinza correndo rapidamente de todas asdireções para nós.

— Jesus. — tropecei para trás, revirando uma estaca em meu bolso.

Kieran deteve a minha mão. — Cães. — murmurou.

Meu coração saltou desconfortável. Deixei escapar um risinho nervoso. — Realmente pensei que esses eram ursos.

— Bouviers. — explicou Solange, estalando os dedos uma vez. — Amigos. — eladisse e os cães enormes se sentaram obedientemente, línguas penduradas.

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Um cão-lobo, cachorro com as pernas como palafitas deslizou pelo piso demadeira, liderando da cozinha, subiu em minha coxa e quase me fez cair. Sorri e meagachei para acariciar sua cabeça.

Lucy começou a rir, seguindo-o em um ritmo mais sossegado, um curativodebaixo de seu cabelo. Havia um pêssego em sua mão. — Hunter, hey!

— Hey! — era ainda surpreendente ver uma garota humana tão à vontade nacasa de um vampiro. Ela se deixou cair em uma poltrona, jogando suas pernas sobre obraço e movendo seus pés. Nicholas Drake se sentou diante dela, olhando-a morder opêssego. Parecia, de alguma maneira, íntimo e particular. Afastei o olhar, me

perguntando por que eu me sentia corada.

— Tenho que ligar para a minha mãe. — disse Chloe.

— A cozinha está livre. — Solange ofereceu.

— Obrigada. — ela fez uma pausa na porta, o celular na mão. — Hunter, você vemcomigo?

Segui, unindo-me a ela em uma mesa de cozinha com cadeiras de encostos altos.A cozinha estava impecável. Eu não podia deixar de procurar um jarro de sangue. Ospés de Chloe batendo nervosamente enquanto esperava que sua mãe atendesse.

— Mamãe? — ela disse. — Sei que você está no laboratório, isto só tomará umminuto. — fez uma pausa. — As vitaminas que você me deu estão me fazendo sentirestranha. — ela pareceu amarga. — Sim, tenho certeza. Sim, estou tomando as dosescorretamente. Não quero. — ela ouviu durante um bom tempo. Ela ia bater seu pédireito para fora da perna neste ritmo. — Mas... Eu seu... Mas... Mamãe? Mamãe? Alô?

Droga! — desligou o telefone e voltou a colocá-lo no bolso. — Ela está escondendoalguma coisa. — disse com uma certeza sombria. Sua cadeira raspou no chão quandoficou de pé. — Kieran. — disse. Ele chegou na porta. Solange ao seu lado. — Há umcomputador que eu possa usar?

Olhou para Solange e ela assentiu. — Connor tem alguns em seu quarto. — respondeu ela. — Eu te mostrarei.

Ela nos conduziu por uma ampla escada. — O que você vai fazer? — perguntei a

Chloe.

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— Vou entrar nos arquivos da minha mãe e saber exatamente o que estáacontecendo.

— Bem. — eu disse seriamente. — Já era hora.

Solange nos levou até o terceiro andar, que tinha uma sala de estar e fileiras efileiras de portas. Com sete irmãos, todos vivendo ali, pareciam com um andar denossos dormitórios.

Solange bateu em uma porta e nos empurrou para dentro. Quinn levantou o olharde seu computador.

— Quinn, onde tem...? — parei confusa. — Você não é Quinn. — tinha as mesmascaracterísticas, mas seu cabelo era curto e não tinha aquele sorriso preguiçoso.

— O quarto dele é do outro lado. — Connor sorriu. — E eu lhe diria que ele émais bonito, mas eu sou mais inteligente.

Neguei com a cabeça, gêmeos, eu finalmente entendi. — Desculpe, eu tinhaesquecido.

Chloe deixou escapar um suspiro reverente. — Lindo sistema. — ela disse. Fezum inventário e cuspiu um montão de jargões técnicos que não tinha parecido com oinglês pelo que eu podia dizer. — Doce. — finalmente voltou às palavras que euentendia. Estalou os dedos. — Qual eu posso usar?

Enquanto ela se colocava confortável diante de um computador em umaescrivaninha feita de uma porta de madeira em blocos, olhei ao meu redor. — Onde estáQuinn? — perguntei quando não pude fingir que não me importava por mais umsegundo. Não gostei do olhar que Kieran e Connor trocaram.

— O que? 

Ambos estremeceram, mas não me responderam. O medo fez uma bola em meuventre.

Solange foi quem me respondeu. Tentei não reagir às pontas de suas presas quesobressaiam debaixo de seu lábio superior. — Quinn está se escondendo.

Pisquei. — Está se escondendo? De que?

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— De você.Minha boca se abriu. Depois meus olhos se estreitaram, lembrando a forma com

que ele havia me pedido que fugisse na noite anterior, a forma com que ele lambeu uma

gota de sangue da minha mão, a forma com que havia ignorado minha mensagem detexto.

— Bem, isso é uma estupidez.

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Capítulo   

Quinn 

Eu sabia que Hunter estava em casa, mesmo antes que ela começasse a bater naporta do meu quarto. Podia cheirá-la, saboreá-la.

— Quinn Drake, eu sei que está aí. — chamou de novo, mais forte dessa vez.

— Hunter, vai embora. — lhe disse sombriamente.

— Pelo inferno. Sei o que está fazendo. Então pode parar.

Silêncio.

Podia sentir sua ira irradiando através da porta. Ela virou a maçaneta, mas abriusomente uma fresta. O bloqueio da corrente tencionou a parte superior. Ela esticou opescoço, me olhou através da pequena abertura, e deu um passo para trás.

E então ela chutou minha porta para dentro.

É de se estranhar que estou apaixonado por ela?

A corrente arrancada da parede, as lascas de madeira ressoando pelo corredor.

Ela entrou pela porta, franzindo o cenho. Neguei com a cabeça, recusando-me a deixá-laver quão feliz que me fazia vê-la.

— Não posso acreditar que você acaba de fazer isso.

— Não posso acreditar que você está se escondendo de mim.

— Hunter, você não é a Mulher Maravilha, pelo amor de Cristo. É uma excelentecaçadora, não há dúvida, mas é humana. É frágil.

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— Sim já me disse essa de frágil da outra vez, eu pessoalmente quebraria suaspresas e as usaria como pingentes.

Aproximei-me dela. — Mas você é frágil. — insisti, minhas mãos fechadas sobreseus ombros antes que ela sequer pudesse ver eu me mover. Eu sabia que para ela erauma mancha de pele pálida, cabelo longo e escuro e o brilho antinatural de olhos azuis.Apertei-lhe contra a parede, fechando a porta com a bota ao mesmo tempo.

Estávamos sozinhos.

E eu estava tão bravo com ela. Tinha que fazê-la compreender. Mesmo se ela meodiasse por isso. — Não gosta de admiti-lo, mas eu sou mais forte que você, e maisrápido. — eu estava tão perto dela que suas pernas, quadris e peitos tocavam os meus.Cada vez que ela dava uma respiração entrecortada, esta a empurrava mais próximo demim. — E eu vou lhe provar agora. — inclinei-me, meus lábios movendo-se sobre suagarganta, dolorido para prová-la novamente. Ela poderia ter sido o canário do meu gatoesnobe. Ela teria odiado isso. — E eu nunca vou me esquecer do teu sangue sobre minhalíngua.

— Sei o que está fazendo. — sua voz era carinhosamente sussurrada. Ela engoliusaliva.

— Apenas estou fazendo você ver meu ponto. — eu disse.

— Está sendo um babaca. — mas ela inclinou a cabeça para que eu pudessecontinuar mordiscando. Séculos de seus antepassados se reviravam em seus túmulos.

— Poderia te matar, Hunter.

— Mmm-hmmm. E eu poderia te matar em resposta.

— Isso não é uma brincadeira.

Capturei sua boca, e por um longo e caloroso momento não havia mais palavras,se m mais advertências. Apenas línguas, sabores e lábios buscando lábios. Eucoloquei minha mão em seu cabelo e ela se enganchou nas alças do meu cinto. E comosempre acabou muito depressa.

Afastei-me bruscamente, a necessidade violenta girando sem controle dentro demim. — Não quero te colocar em perigo.

Seus olhos se estreitaram como fendas. — Você está tentando me proteger. — ela

fervia.

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— Isso é algo mal? — eu não a compreendia algumas vezes.

Ela cutucou meu peito com seu dedo. — Quando toma decisões por mim, sim

pode estar condenadamente certo.— Apenas estou tentando fazer o correto. Sou um vampiro.

— Dãã.

— E você não é.

— Uma vez mais: dãã.

— Poderia te machucar. Poderia perder o controle. — peguei seu dedo, meu

toque frio e totalmente irrompível. Ela teria mais sorte quebrando seu próprio pulsopela metade do que quebrando minha pegada.

— Se fosse qualquer outra pessoa, teria te colocado de joelhos agora. — ela meempurrou forte. — Portanto, me dê um descanso. — ela disse. — Você sai com garotas otempo todo.

— Elas não são você. — respondi em voz baixa.

— Kieran é humano. — ela assinalou. — E Solange é inclusive mais nova quevocê. Ela se transformou há apenas dois anos. Deveria me preocupar por ele?

— Não sei.

— E Lucy?

— Não sei.

Ela se afastou o suficiente para se encontrar com meu olhar preocupado. — Vocêgosta de mim Quinn?

— Não é tão simples.

— Sim, é. Responda a pergunta. — ela parecia horrorizada. — Merda. A menosque isso não se trate de me proteger e sim de não querer voltar a me ver. Sou apenasoutra garota para você? Merda. — disse de novo, ficando vermelha. — Tenho que sairdaqui.

— Sim. — disse finalmente, em voz tão baixa que era um milagre que elahouvesse escutado algo. — Sim Hunter, eu gosto de você. — ela deixou escapar umsuspiro que estava contendo. — Gosto muito.

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Escutei seu coração balançar de novo em um ritmo acelerado. E então ela mebateu muito forte no ombro.

— Ouch! Que jeito de arruinar o momento. — murmurei.— Você... — ela bufou.

Eu levantei seu queixo. — Você realmente não duvida de mim, certo?

— Olá? Você se fechou no seu quarto para escapar de mim.

— Apenas para te proteger. — eu me defendi. — Sinto muito.

— Nunca mais faça isso.

— Não será fácil, você sabe. Apesar de como Solange e Kieran e Nicholas e Lucyfazem parecer, isso não é simples. Até poderia ser perigoso.

— Você sabe que posso cuidar de mim mesma.

— Já sei.

— E de algum modo estou mais apavorada da reação do meu Avô que das suasinsignificantes presas.

— Você tem um ego duro. — me queixei, mas eu estava sorrindo de novo pelaprimeira vez desde que tinha fugido do seu quarto. — Seu Avô é um homem velho.

— Que poderia chutar o seu traseiro.

— Eu tenho meus movimentos Buffy.

— Conheço seus movimentos Lestat . — ela brincou me beijando. Eu a aperteimais próximo, minhas mãos percorrendo suas costas e seus quadris.

— Não é mais que um vampiro, já sabe. — sussurrou. — Você é o garoto que medeixou chorar sobre seu ombro, quando eu nunca sou de chorar. Nada faz sentido nessemomento, pessoas na escola estão morrendo, meus companheiros de quarto são algumtipo de caçadores com esteroides, mas você tem sentido. De alguma forma, você temsentido.

Assim era. Eu estava total, completa e irrevogavelmente apaixonado por essagarota. Uma batida na porta nos fez saltar.

— Hey! Afaste-se da minha irmã. — Kieran gritou do outro lado.

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— Me esquece, Black. — gritei. — E ela não é sua irmã.

— Poderia ser.

— Bom, pare de beijar Solange e vou parar de beijar Hunter.

Silêncio.

Sorri. Hunter se afastou rolando os seus olhos.

— Hey, aonde vai? — murmurei. — Não terminamos.

— Estamos em estado de crise por aqui. — ela respondeu de má vontade dandoum passo atrás.

— Sempre estamos em crise nesta casa. — eu disse com desgosto.

— No entanto. Devemos ir ajudar.

Eu soltei um suspiro fingido e melodramático. — Isso é coisa do dever Hélios Ra,não?

— Temo que sim.

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Capítulo   

Hunter  

Segunda à noite.

No quarto ao lado, Chloe parecia exausta. Soltou o cabelo do seu rabo de cavalo eera uma confusão de cachos emaranhados. Solange e Kieran estavam sentados na beirada cama de Connor e Connor estava em sua mesa, afastado, digitando em outrocomputador. Era impressionante o quanto ele e Quinn pareciam iguais. Quinn cutucou-me como se soubesse que estava pensando.

— Eu sou mais bonito. — informou-me arrogantemente.

Connor me lançou um sorriso conhecedor sobre o ombro. Chloe esfregou orosto.

— Encontrou alguma coisa? — perguntei à ela.

Ela se recostou na cadeira. — Realmente não sei. Quer dizer, entrei nos arquivos

de minha mãe. Suas senhas sempre foram patéticas.

— E?

— E é definitivamente um esteróide, isso é tudo. Não há nada mais estranhosobre isso.

Balançou a cabeça. — Exceto porque, em que mundo ela iria me encher

esteróides? É apenas, estranho.

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— Ela não fez anotações de laboratório ou algo assim?

— Nada remotamente útil. Embora se referisse a um Cavalo de Tróia um par de

vezes. Quase deu em mim e em Connor um ataque cardíaco. Francamente não precisode algum virus hacker no computador agora. Mas não é isso, fizemos a varredura detodas as máquinas para verificar. Então deve ser o código para outra coisa. Voudescobrir isso.

Fez uma careta. — Talvez não esta noite, mas definitivamente vou descobririsso.

Olhei para meu relógio. — Sim, nós devemos retornar. Apenas no caso de Kieranter sido apanhado. Realmente não posso tomar mais nenhum demérito e detenção esteano. Se York zomba de mim mais uma vez, só poderia perdê-lo.

— E quanto à segunda pílula que encontramos. — Quinn perguntou. —Será queMarcus descobriu o que é?

— Saberemos amanhã à noite. — Connor deu de ombros. — A academia é

basicamente uma escola de ensino médio, você sabe. Poderia ser apenas umestimulante ou uma pílula de cafeína.

— Talvez. — disse duvidosamente. Havia simplesmente, coincidências evariáveis demais.

E segredos. Definitivamente, segredos demais.

Na porta da frente, Kieran deu um beijo de despedida em Solange. Limpei agarganta incomodamente até que ele olhou para mim ameaçadoramente, mas se nãocriasse um precedente agora, ele iria interromper todas as minhas sessões de pegação.

— Te ligo. — ele sussurrou para ela antes de sair para a caminhonete. Puxoumeu cabelo quando passou por mim. Chloe já estava no banco de trás, os joelhosencolhidos junto ao seu peito. Quinn agarrou meu braço quanto eu estava alcançando amaçaneta da porta da frente. Girou-me para trás em seus braços e me inclinou, como sefaz naqueles filmes antigos em preto-e-branco fora de moda. E então me deu um beijoque me deixou vesga. — Vejo você em breve. — mesmo seu sussurro eu sentia como um

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beijo. Eu de alguma forma, consegui entrar na caminhonete e fechar a porta. Quinnbateu ao lado da caminhonete e Kieran tomou distância, espalhando cascalho.

— Uau. — Chloe murmurou. — Isso foi um beijo. Preciso de um namoradovampiro.

Sorri. — Ele tem um monte de irmãos.

— E cada um deles é gostoso. — Chloe concordou.

Depois disso, retornamos praticamente em silêncio, tentando processar o que

tinhamos descoberto hoje à noite. Não era madrugada ainda, mas o céu parecia maiscinza do que preto, como cinzas cobrindo uma brasa vermelha. A lembrança do beijo deQuinn persitia em interferir com a minha concentração.

Kieran gemeu. — Eu não confio nesse sorriso.

— Sim. — reiterou Chloe quando Kieran estacionava no campus. — Eudefinitivamente preciso muito do meu próprio irmão Drake.

Chloe podia estar fazendo piadas, mas eu sabia que estava apavorada. Eu estariapirando também, se tivesse simplesmente confirmado que a minha própria mãe estavame drogando. Mas era tarde e estávamos cansados e nós duas só queríamos cair nacama. Difícil fazer isso quando os colchões estavam meio fora de seus lugares e amaioria de nossas coisas estava espalhada como se um minifuracão tivesse entradopela janela.

Ficamos congeladas, olhando.

— Alguém vasculhou nosso quarto! — Chloe gritou furiosa. Correu para seuscomputadores, passando as mãos sobre os fios e verificanda as conexões como umamãe verifica uma criança pequena para achar ossos quebrados. — Vou matá-los. — elamurmurou. — Eu vou matá-los.

As portas do armário estavam abertas, esparramando calças e uniformes da

escola e todos os meus vestidos bonitos. Um tubo de pasta de dente estava no chão,perto do meu pé. Meus livros estavam por toda parte, minhas estacas organizadas e

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punhais estavam espalhados. Minha caixa de jóias estava de cabeça para baixo ecorrentes de prata, pingentes turquesa, braceletes estavam derramados em umemaranhado.

— Quem fez isso não estava querendo nos roubar. — eu disse categoricamente,desembaraçando um colar do abajour mais proximo. — Estavam procurando algumacoisa.

Chloe finalmente ergueu os olhos de seus computadores, garantiu que ninguémtinha os adulterado. Fez uma careta.

— Quem faria isso? E o que diabos estavam procurando? — quase engasgou comsuas próprias palavras, olhando horrorizada para tubos abertos de aspirina e oscomprimidos para resfriado espalhados como confetes. Olhamos uma para o outra comseriedade. — Alguém estava procurando minhas vitaminas. — afirmou obtusamente,como se não conseguisse acreditar. Abraçou o seu pôster da Xena com o braço dobradoe apontou para uma pegada. — Alguém vai morrer horrivelmente quando eu encontrá-lo.

Coloquei o colchão de volta no lugar e em seguida caí em cima dele. De repenteestava tão cansada que mal conseguia ficar de pé. — Quem mais sabia que você estavatomando vitaminas?

Chloe deu de ombros, estremecendo. — Qualquer um que nos ouviu brigar ou eureclamando sobre isso depois. Algumas pessoas me pediram algumas quando me viram,finalmente, fazer um bom roundhouse kick21 na academia. Acho que eles pensaram queera uma pílula mágica. Com a gripe, ataques Hel-Blar e tudo mais, todo mundo quer umavantagem.

— Os esteróides não lhe fizeram, finalmente, conseguir um roundhouse. — disse a ela. — A prática fez isso.

— Sim, mas os esteróides me fizeram mais forte. — esfregou as palmas das mãosem suas pernas, como se estivessem suadas. — E estou realmente querendo, de repente

21 O Chute Circular ou Roundhouse Kick (Mawashi gueri no Karatê e Dolio Tchagui no Taekwondo) é um

golpe de várias artes marciais em que o atacante move a perna num movimento circular, partindo pelas costas,alongando a perna e batendo com o calcanhar ou prancha do pé, completando o movimento de 360º na posição deluta inicial, existindo diversas variações.

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uma outra vitamina agora. — engoliu em seco. — Isso faz de mim uma viciada? — olhou-me freneticamente.

— Não. — assegurei-lhe com firmeza. A chama para dramas de Chloe poderiacriar todo um problema onde não havia nenhum. Às vezes você tem que cortar apassagem. — Isso faz de você uma pessoa que se acostumou a tomar vitaminas, por issotente tomar vitaminas de verdade.

— Huh. Isso realmente faz sentido.

— E você pode querer ir conversar com Theo. Ele saberia o que fazer.

— Okay. — ela deu uma inspirada funda, depois outra. — Okay. — ela pegou umde seus sutiãs do chão. — Ainda vou matar quem fez isso. E vou fazer isso antes da forçados esteróides desaparecer.

— Combinado. Vou ajudá-la. — meu baú saía de baixo da minha cama, cheio delivros românticos. Empurrei-o de volta para baixo.

— Hunter?

— Sim?

— Obrigada por toda a coisa sobre esteróides. — ela pegou o espelho compactoà esqueda de seu travesseiro e olhou para seu lábio superior.

— Você não tem um bigode. — assegurei-lhe.

— Poderia matar minha mãe por isso. Quase me deu uma barba e uma careca.

Soltei uma gargalhada, em seguida tentei encobri-la com uma tosse. Me lançouum olhar, mas eu poderia dizer que estava tentando não rir também.

— Não é engraçado. — ela insistiu.

— Claro que não. — eu guinchei, engasgada com uma risadinha.

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— Poderia ficar parecida com o homem-lobo! — acrescentou. — Ou com aminha avó!

Rimos até chorar. A fadiga e alívio da tensão nos deixaram um pouco histéricas.Finalmente arfávamos como asmáticas e relaxamos.

— Devemos dormir um pouco. — eu resmunguei. — Temos aula em poucashoras.

— Deus. — Chloe gemeu. — Tenho que encarar York. O quão rápido você pensaque irei receber todos aqueles fracos e insignificantes?

— Você nunca foi insignificante. — puxei meu cobertor para cima de mim. Nãopodia me incomodar em trocar o meu pijama ou limpar as roupas empilhadasaleatoriamente ao meu redor. Uma de minhas botas ficou presa debaixo do meutravesseiro. Joguei-a de lado. — Você só é melhor com a tecnologia do que com seuspunhos. Não é nenhuma grande coisa. — estava quase dormindo quando houve umatímida arranhada na porta.

— Está brincando? — Chloe murmurou. — Temos ratos? Eu não posso lidar comratos exatamente agora. — o roçar se transformou em uma batida hesitante. Eu gemi ecambaleei para fora da cama.

— E agora?

Lia estava do outro lado de pijama rosa com pirulitos estampados nele. Seusolhos estavam vermelhos e lacrimejantes.

— Lia, qual é o problema? — olhei por cima de seu ombro através do corredor,esperando um Hel-Blar  saltar para fora das sombras. Era exatamente esse tipo de noite.

— É minha colega de quarto. — ela soluçou. — Ela está muito mal. Não sei o quefazer.

Pisquei os olhos turvos. — Você chamou Courtney?

Lia sacudiu a cabeça, mordendo o lábio.

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— Por que não? É trabalho dela. Ela vai trazer uma das enfermeiras.

— Não, você tem que vir. Não pode contar a ninguém.

— O quê? Por quê?

Chloe empurrou atrás de mim. — Sabe que horas são? — ela grunhiu.

Agarrei o braço de Lia, porque parecia que ela ia fugir. — Lia, o que estárealmente acontecendo?

— Savannah está doente.

— E?

Ela engoliu em seco. Esperei, recusando-se a deixá-la ir.

— Lia, se você quiser minha ajuda, tem que ser honesta comigo. — seu lábio inferior tremeu e me senti como um monstro, mas eu mantive minha posição.

quando Lia finalmente falou, tudo saiu em uma corrida de palavras que precisei de ummomento para peneirar.

— Eu não quero ficar em apuros e prometi a ela que eu não diria, mas seuslábios estão ficando azuis e ela está respirando engraçado e não sei o que fazer.

— Tudo bem, acalme-se. — eu disse suavemente, como se fosse um pássaroselvagem e eu tivesse um punhado de migalhas de pão. — Qual é o grande segredo?

Lia enfiou a mão no bolso e retirou três pequenas pílulas brancas. — Ela estátomando estes.

Era a mesma pílula branca que Quinn e eu tínhamos encontrado na sala coletiva.Arranquei uma de sua mão, congelei-me toda. Foi como se um vento ártico passasseatravés de mim, enchendo meus pulmões e congelando o sangue nas minhas veias.

— Chloe. — eu sussurrei. — Veja.

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Duas letras estavam estampadas no centro da pílula.

— CT.

Cavalo de Tróia.

Chloe e eu corremos escada acima, Lia correndo atrás de nós. Liguei do meu

celular para Theo e pelo tempo que levamos até o quarto de Lia, três amigos deSavannah estavam pairando fora da porta, preocupados. Muitos alunos já tinham ficadodoentes e muitos deles haviam morrido para alguém aceitar isto como uma simplesgripe, como os professores estavam tentando nos dizer.

A última coisa que precisávamos agora, entretanto, era mais atenção e pânico.Especialmente se Chloe e eu tínhamos acabado de descobrir algum tipo de conspiração,como eu pensava que tínhamos. Precisaríamos de testemunhas, eventualmente

teríamos toda essa coisa esclarecida, mas não agora.

— Será que ela vai morrer? — um dos nonoanistas perguntou sem rodeios.

— Não. — respondi, entrando no quarto, fechando a porta com firmeza.

Savannah estava em sua cama, gemendo. Sua pele estava úmida e grudenta pelatranspiração. Ela estava quente ao toque e os olhos quando ela os abriu, estavam

injetados de sangue. Chloe assobiou um fôlego. Trocamos um olhar sombrio.

— Savannah. — baixei a voz quando ela reagiu ao som. — Está tudo bem,estamos aqui para ajudar. Savannah, isso é muito importante. Você pode me dizer ondevocê pegou os comprimidos?

— Eu não quero colocar ninguém em apuros. — resmungou Savannah atravésdos secos e rachados lábios.

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— Você não vai. — eu assegurei-lhe. — Só precisamos saber onde você asconseguiu.

— Eu as comprei. — ela tossiu. — Eu só deveria tomar uma por dia, mas eutomei três. Elas deveriam fazer-me mais forte.

Chloe fez uma careta. — Como os esteróides? — Savannah acenou com a cabeçafracamente.

Chloe olhou para mim. — Hunter, estes não são os comprimidos que eu vinhatomando. O meus eram amarelos e enormes.

— Eu sei. — respondi, franzindo a testa. — As pessoas não sabem que há duaspílulas diferentes. Eu acho. Quem disse que ia fazer você mais forte? — perguntei aSavannah.

Ela desviou o olhar, tossiu de novo. Entreguei-lhe o copo de água que estava emsua cabeceira. — Você não vai ficar em apuros. — disse a ela.— Um cara estava vendendo-as na sala coletiva do décimo primeiro grau. — ela

respondeu finalmente. Engoliu a água, mas sua garganta arranhou violentamente, comose estivesse bebendo de um copo de lâminas de barbear.

Ela choramingou. — Não me sinto bem.

— Há uma enfermeira a caminho. Ela vai fazê-la se sentir melhor.

— Estou com medo. — ela apertou minha mão. Seu aperto era pateticamente

fraco e úmido. Eu não sabia o que dizer. Chloe também não sabia porque elasimplesmente se sentou lá, quieta.

— Você vai ficar bem. — eu disse novamente por falta de algo mais convincente.— Você vai estar bem.

Ela fechou os olhos, lábios tremendo.

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— Eu quero dizer, Savannah. — eu a sacudi, apavorada ela estava prestes aentrar em coma. Tinha que ficar acordada. Ela meio que abriu os olhos. Sorriencorajadoramente. — Basta ficar comigo. Ok? Fica comigo.

— Eu vou tentar.

Courtney e Lia entraram correndo no quarto. Nunca tinha ficado tão feliz em verCourtney como estava agora. Ela tinha vincos de travesseiro em seu rosto e estavapiscando furiosamente como se não pudesse focar. Quando finalmente o fez, ofegou.Pareceu assustada.

— De novo não.

Eu balancei a cabeça tristemente. — Theo está a caminho.

Lia passou de um pé para o outro. — Ela vai ficar bem, não é?

— É claro que vai.

— Ela parece estar cinza.

Courtney respirou fundo e forçou a parar de olhar para Savannah. Tocou oombro de Lia. — Lia, por que você não vai buscar um pano frio molhado para ela? E digapara todo mundo para ir para seus quartos e ficar lá.

— Ok.

Nos sentamos ao redor da cama de Savannah em uma vigília silenciosa, ouvindoo barulho áspero de sua respiração. Eu não podia deixar de pensar em Spencer deitadona quarentena. Chloe apertou minha mão, os olhos molhados de lágrimas.

— Eu sei. — ela disse calmamente. — Mas Spencer é forte. E ele não... Você sabe.

Ela estava certa, Spencer foi um acidente de tempo e lugar. Ele não era do tipoque tomar pílulas. Ele ia ficar bem.

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Nós três ficamos de pé em um salto quando Theo entrou pela porta. ele pareciatão capaz e confiante que eu poderia ter lhe beijado. Ele levantou o punho de Savannahpara sentir seu pulso.

— Ela está lúcida? — perguntou.

— Ela estava. — confirmei.

— Há quanto tempo ela está assim?

— Eu não sei. Não muito tempo, eu acho. Sua companheira de quarto veio me

chamar pouco antes de eu ligar para você.

— Okay. — levantou as pálpebras, sentiu sua testa. — Estamos levando-a para aenfermaria.

Outra enfermeira empurrou uma maca para a sala. Uma das médicas e umguarda de segurança vinham atrás dela. A boca da médica enrugou quando viuSavannah.

— Vamos agir rapidamente. — ela ordenou.

A sala foi esvaziada em minutos e o guarda parou em frente à porta, os braçoscruzados. Lia piscou para ele.

— Mas minhas coisas estão lá dentro. — disse ela.

— A médica disse que queria o quarto fechado agora, só para ter certeza que nãoé contagioso. — explicou Courtney. — Vamos lá, vamos encontrar uma outra cama paravocê.

Courtney levou-a embora enquanto eu e Chloe íamos atrás dos outros. Alunos depijamas se reuniram em cada andar, esticando a cabeça para ver o que estavaacontecendo. Monitores de andar tentando mandá-los de volta ao seus quartos.

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York entrou no prédio e marchou em nossa direção, soprando seu apito,praticamente dentro do meu ouvido. — Todo mundo de volta para a cama!AGORA! — o som de pés correndo ecoou em todos os pisos.

Pela porta da frente, eu agarrei o braço de Theo. — Espere. — eu disse. —Elatomou essas. — entreguei uma das pílulas brancas. Ele fez uma careta.

— O que são?

— Eu não sei ainda.

Ele balançou a cabeça, deslizando-as no bolso. — Este ano simplesmente estáuma droga.

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Capítulo 

Hunter 

Terça feira à noite.

A maior parte da terça feira passou rapidamente. Dormi em todas as minhasaulas matutinas, mas nenhum dos meus professores disse nada. Todo mundo estavacalado e sério.

O campus parecia como se estivesse coberto de cinzas.

Eu amava este lugar e amava a Liga. Eu tinha sido educada a pensar que a Liga

era melhor do que o Natal, os doces de Halloween e os presentes de aniversário. Eagora, repentinamente, eu me sentia como uma criança de seis anos descobrindo quenão existia Papai Noel. Não sabia o que pensar, eu só sabia que parecia horrível.

Fui à enfermaria depois do jantar, com Chloe e Jenna, embora Jason já tivesseestado lá antes e nos disse que não deixavam ninguém nem na porta, especialmentecom Savannah doente também. Theo não estava lá, então nós paramos no batente daporta. A médica balançou a cabeça severamente para nós. Podíamos ter tentado discutircom ela, mas podíamos ouvir a mãe de Spencer soluçando atrás da cortina, então

saímos. Seguimos nossa rotina já que não tínhamos outra coisa a fazer.

Depois, eu fui ao ginásio que Dailey havia reservado para o seu primeiro encontroda Irmandade. Não estava realmente certa do que esperar, mas não podia esperar serdistraída a ter algo mais que chegasse ao meu cérebro. Não houve a brincadeirahabitual enquanto esperávamos que ela chegasse. A maioria era do décimo segundograu, com um par de outros do décimo e décimo primeiro grau. Não havia ninguém donono ano, absolutamente. Todos nós sorrimos interrogativamente uns para os outros,

mas ninguém tinha as respostas.

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escola. — Há algum tipo de pílula circulando. — eu disse. — Penso que é o que faz comas pessoas adoeçam.

Olhou-me sobressaltada. — Drogas? Já?

Pisquei. — O que quer dizer com já?

— É apenas a primeira semana de aulas. Geralmente as pílulas não começam acircular até metade do semestre. — balançou a cabeça.

Sorri inquieta. — Não acho que seja esse tipo de pílula.

— Hã?

— Não tenho a composição química ainda, mas é perigosa. Realmente perigosa.E... Os vampiros não gostam.

— Vampiros? — suspirou. — Hunter, em que você tem se metido?

— Em nada bom. — admiti. — Você me ajudará?

— Depois do discurso que acabo de lhes dar? Claro que o farei.

O alívio me inundou e eu tive que engolir um risinho nervoso. — Obrigada, Sra.Dailey! As pílulas são pequenas e brancas e tem “CT” gravado nelas. Savannah estava

tomando-as justo antes de adoecer e eu acho que Will também.

Linhas brancas marcaram sua boca. — Chegaremos ao fundo disto, Hunter. — 

apagou as luzes do ginásio. — Agora, não vamos dizer uma palavra disto até que euposso investigar por conta própria. As paredes têm ouvidos.

Quase tropeço nas escadas. Ela me guiou antes de voltar pelo caminho daresidência dos professores, saltos ressoando. Os professores como a Sra. Dailey eramescassos. Eu não havia esquecido como ela pulou em minha defesa quando York metransformou em pé no primeiro exercício. Se, se tratava disso, pelo menos agora,teríamos alguém na faculdade em quem podíamos confiar.

Reconfortada, eu estava sorrindo quando Quinn saiu da beira da floresta e medeixou sem respiração. Dei um salto no ar, gritando.

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Ponto para a instrução de Dailey.

Quinn começou a rir tão alto que se curvou ao meio. Eu ri também e puxei seu

rabo de cavalo. — Cale-se.

— Hunter, você é tão adorável.

— Desculpe, eu sou feroz e chuto traseiros.

— Isso também. — pegou minha mão, seu polegar acariciando minha palma. — Eé linda com seus shorts de treinamento.

Repentinamente fiquei consciente da minha perna nua. Neguei-me,absolutamente, a enrubescer. Seu sorriso se alargou.

— O que você está fazendo aqui? — perguntei.

Sua mão se moveu confortavelmente sobre o meu pulso e meu braço. — Estouaqui para te levar a um encontro.

Pisquei. — Um encontro? — repeti como se fosse uma palavra estrangeira que eunão tivesse escutado antes.

— Você sabe; sair. Pegar na mão e trocar longos olhares entre si? É uma tradição;Tem que ter ouvido sobre eles.

— Mas eu tenho aula.

— Aula? — agora era ele que me olhava como se eu estivesse falando um idiomadiferente. — Mas são dez da noite.

— Temos aula até meia noite. — sorri intencionalmente. — O assunto com osvampiros é que eles gostam da noite. É uma tradição. Você deve ter escutado sobre isso.

— Oh, boca inteligente. — sorriu em resposta. — Sexy.

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Moveu-se para frente, recostando contra o tronco de um pinheiro alto. Os galhoscomeçavam dezenas de metros acima de nós, estendida como uma sombrinha verde. Osolo era suave, forrado com agulhas secas.

— Você pode escapar? — Quinn perguntou tentadoramente. — Tenho queimadominhas pupilas com as preparações para a Lua de Sangue. Tudo muito político esecreto. Você amará.

Balancei a cabeça. — Sinto muito, não posso.

— Você pode chegar tarde? — ele pressionou.

— Bem, estou interessada no compromisso entre sua gente.

— Minha gente é grata. — capturou minha boca com a sua. O beijo começoulentamente, se tornando profundo e quente em alguns momentos. Estava em um casulode sentimentos, de formigamento quente, de pele pálida e casa de árvore. A eletricidadecorria através de nós. Meio que acreditei que se eu abrisse os meus olhos, eu veriafaíscas e raios de luz nos envolvendo. Mais longe na floresta, as samambaias semovimentavam. Havia estrelas, grilos cantando, um início de brisa de outono e um lindo

e jovem vampiro me beijando.

Teria sido perfeito se meu Avô não tivesse nos interrompido.

— Hunter Agnes Wild!

Quinn, alheio ao perigo, retrocedeu, rindo. — Seu segundo nome é Agnes?

— Por causa de sua bisavó. — rugiu o Avô.

Fiz uma careta, colocando-me em frente a Quinn para protegê-lo.

— Olá Vovô. O que está fazendo aqui?

— Sou um professor convidado. — ladrou. — E o que você está fazendo,exatamente, senhorita? — ele olhou para Quinn. Contei para mim mesma, um, dois...,então meu Avô lançou outro regido. — Vampiro!

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Três. Ele devia estar realmente atordoado por ter me encontrado beijando seprecisou de três segundos inteiros para registrar a anormal quietude e palidez deQuinn.

Sem mencionar suas presas, delicadamente despontando de seus lábios, porcausa de nossos beijos. Avancei outro passo diante dele.

— Vovô...

— Hunter, estaque-o e vamos para a aula. — ele disse impacientemente.

Engoli. — Eu não vou estacar.

Ele levantou uma sobrancelha desaprovadoramente. — Você não veiopreparada? Aqui, pegue uma das minhas. — jogou-me uma de suas estacas. Eu as pegueiinstintivamente.

— Vovô.

— O que está esperando? — olhou para Quinn. — E o que há de errado com este

que fica simplesmente de pé aí?

— Vovô. — suspirei. — Este é Quinn Drake. Quinn, meu avô, Caleb Wild.

— Vampiro. — Vovô cuspiu novamente.

Quinn sorriu. — Velho.

Fechei os olhos. Isto ia bem. Meu namorado era um idiota e meu Avô ia destroçá-lo em sangrentos pedaços. Meu Avô era enorme como um touro. E a única razão pelaqual ele não tinha estacado Quinn ainda, era que eu estava parada diretamente em seucaminho e também porque eu pressionando meu ombro contra Quinn, forçando-o aficar onde estava. Quem imaginava que sair com alguém fosse tão perigoso?

— Hunter Wild, afaste-se neste instante.

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— Vovô, não.

— Você está cansando a minha paciência, menina.

— Sinto muito. — eu disse tristemente. — Mas eu tenho que fazer o que acho queé certo. Quinn não é o garoto mau aqui. Ele pode ser arrogante, mas também é honrado,valente e leal. Ele salvou a minha vida.

— Ele é um deles. — repentinamente parecia mais velho, como se todos os seusanos tivessem caído nele de uma só vez. — Você é a minha pequena caçadora. Mesmoquando você era pequena, podia bater em um alvo com suas estacas a trinta passos.

Você tem um dom.

— Eu ainda sou uma caçadora. — insisti. — Nada mudou, não realmente.

— Tudo mudou! — ele gritou. — Você é parte dos Helios-Ra! Os Wild sãomembros desde que eu me lembre. Matamos vampiros. Isso é o que fazemos.

— Ainda sou um Helios-Ra.

— Mas não é um Wild. — ele soltou. — Não se você se comporta deste modo.

Senti como se ele tivesse me golpeado. — O que? Vovô, não. Sei que você estáirritado, mas não.

Ele apontou-me com um dedo. — Você deve à Liga a sua lealdade.

— A Liga tem a minha lealdade, mas não a minha cega obediência. E de qualquer

modo, a Liga tem um trato com os Drakes, lembra? Além do mais, alguém está drogandoalunos. Vovô, alguém em nossa preciosa Liga.

— Não seja ridícula.

— Eu tenho provas. Os alunos estão adoecendo por todo o lugar. A própria mãede Chloe tem lhe dado, esteróides. Você já ouviu falar de uma operação chamada“Cavalo de Troia”? 

Senti-me tão aliviada com sua honesta confusão que eu poderia ter chorado.

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— Em que você está se metendo? — ele exigiu. — Hunter, deixe os assuntos daLiga em paz. Deixe para os adultos.

— Eu não posso.

— E pare de ver essa... Coisa.

— Também não posso fazer isso.

— Sua mãe estaria envergonhada.

— Eu também estou.

— Como deveria estar.

— De sua intolerância, Vovô. — terminei tranquilamente. — Você sabe que eu teamo, mas não sou você. Não pode me forçar a ser. Concordo com os tratados. Eu  gosto do que Hart está fazendo com a Liga.

— Você é jovem.

— E? Isso não me faz estúpida. Você não me criou para que eu fosse estúpida.Criou-me para ser forte; independente e inteligente. Você não pode confiar nisso?

— Eu já não te conheço, criança. Como posso confiar em alguém queconfraterniza de boa vontade com monstros?

Peguei sua grande mão calosa na minha. — Isso não é tão simples. Mas continuo

sendo eu. Continuo sendo eu.

— Eu te amo, criança. — disse asperamente. — Você sabe disso. Agora pare comesta bobagem. Temos aula.

Ele tinha me criado. Era a única família que me restava. E ele me olhava como senão suportasse me ver. A única razão pela qual eu não tinha deixado as lágrimas caíremera porque isso teria o convencido ali mesmo de que eu já não era sua neta. Levantei o

queixo, endireitei meus ombros e deixei que ele me conduzisse ao ginásio onde os

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alunos do nono ano esperavam por uma demonstração de um dos caçadores maiscelebrados da Liga.

Kieran estava nos esperando fora do ginásio principal. Seu cabelo estava presoem um rabo de cavalo, suas calças em perfeitas condições. Ainda usava o gesso.

O Avô bateu em seu ombro saudável.

— Estou feliz que você esteja aqui, Black. Quem sabe você possa fazer a minhaneta voltar à razão.

Esperei com o rosto em branco. Kieran me olhou com cautela.

— A que você se refere Caleb?

— Ela está saindo com um vampiro! — ele explodiu.

Kieran estremeceu. — Oh!

Os olhos do Vovô reduziram-se a um risco. — Você sabia disso?

— Uh... Sim senhor.

Suspirei. — Vovô, deixe-o em paz.

— Eu esperava que você cuidasse dela.

— Eu cuido! — Kieran soou ofendido. — Você deveria estar orgulhoso. Hart 

requisitou a presença dela, pessoalmente, na Coroação Drake.

Fechei meus olhos por um instante. Estávamos condenados.

— Você foi a uma Coroação Vampírica? — Vovô perguntou com voz plana.

— Ele não sabia? — Kieran perguntou.

— Não, não sabia.

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— Desculpe.

Vovô vibrava com a raiva. — Eu não tolerarei esse tipo de comportamento em

minha família!

— É diferente agora. — Kieran tentou acalmá-lo. — Estou saindo com SolangeDrake. Eles são uma boa família.

Vovô ficou vermelho, depois púrpura. Kieran retrocedeu um passo. Eu bati noAvô entre as omoplatas. — Vovô, respire!

Sua respiração era estrangulada, mas pelo menos não entrou em colapso. Antesque ele tivesse oportunidade de gritar, a porta se abriu e York olhou para nós com amais elementar educação. Vovô o olhou.

— O que foi? — ele rosnou.— Estamos esperando por sua demonstração. — York rosnou em resposta.

Vovô fez um gesto com seu polegar para Kieran, ordenando-lhe que entrasse. Eulhe fiz uma careta compassivamente. Ajudar o Vovô com cenas de luta quando ele

estava de mau humor nunca terminava bem. Eu o segui, porque não o fazer teriacomeçado outro discurso sobre a responsabilidade familiar. Os alunos do nono anoaguardavam; impaciente e nervosos, falando entre eles. Lia me cumprimentou.

Vovô atirou um ovo Ninja para um garoto baixinho de óculos, mesmo antes queYork fizesse soar seu apito.

Uma nuvem de pimenta pegou a todos os que estavam próximos, fazendo-os

tossir e espirrar.

— A primeira lição. — grunhiu Vovô. — Estar consciente nos arredores.

O rosto do garoto ficou vermelho enquanto limpava seus olhos com a manga desua camiseta. Todos ficaram atentos e silenciosamente acovardados.

York parecia relutantemente, impressionado.

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— Este é Caleb Wild. — apresentou tardiamente. — O Sr. Wild foi um caçador pordécadas. Este é o seu assistente, Kieran Black, sobrinho de Hart Black.

Olhares emocionados foram trocados quando o apelido de Kieran foireconhecido, mas o único som era de uma vítima da pimenta, engasgando com a tosse. OVovô tinha uma figura impressionante, passeando em frente tais cadetes, seu cabelobranco curto, seus musculosos braços com cicatrizes. Suas botas ecoando como um sinode ferro.

Os alunos tremiam.

— A todos vocês foi outorgado o dever sagrado de proteger o mundo dosvampiros. E cada um de vocês é capaz de ganhar essa luta. Você! — a garota ao lado deLia deu um passo para trás.

— Sim, senhor?

— Qual é a sua habilidade?— Eu posso... Lançar.

— Bom. Você!

— Hm...

— Descubra. Você!

— Sou rápido.

Os alunos continuavam assustados, mas começaram a ficar com mais confiançaem si mesmo como caçadores.

— Não importa quão pequenos vocês sejam. — continuou. — Ou se são meninosou meninas, ou qual seja os seus apelidos. O que importa é a Liga e a quantidade de lutaem vocês. Mesmo que estejam feridos, podem fazer a diferença. Para demonstrar isso,Kieran e eu vamos lutar.

— E eu vou morrer. — Kieran murmurou para que apenas eu o ouvisse.

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Os alunos romperam suas rígidas filas e rodearam o marco no centro do salão. Osespelhos nas paredes mostravam seus rostos ansiosos, as janelas não mostravam nadaalém de sombras.

— O primeiro ponto que eu demonstrarei é que se vocês estão feridos, ficam forada luta. Correrão se puderem, portanto não colocará em perigo a missão ou a suaequipe. Se não puderem escapar, vale mais a pena ganharem. Entenderam?

— Sim, senhor! — o coro ecoou com entusiasmo.

— E seguirão ordens, me ouviram?

Eu sabia que isso era para mim.

— Sim, senhor!

Eu não disse nada. Não tinha a intenção de obedecer.

— Como você lutará comigo? — perguntou a Kieran.Kieran já tinha uma estaca na mão.

— Bom. Mas você falhou e eu te tenho preso pela garganta. E agora?

Kieran chilreou já que o Vovô, realmente o tinha agora preso pela garganta. — Outra estaca.

— E?

Kieran varreu com os pés, golpeando os tornozelos do meu Avô. O vovôcambaleou e tropeçou. Deixei escapar um assobio quando ele quase caiu. Kieran nãoreagiu e eu não me movi. Se um mínimo de preocupação nos traísse, o orgulho do meuAvô estaria ferido. De fato, ele estava sorrindo pela primeira vez naquela noite.

— Esse é o meu garoto.

Kieran deu-lhe as costas, olhando para os alunos. — E depois eu corro. — dissepara ilustrar o ponto anterior. O meu Avô ficou em pé. O chão balançou. Ele agarrou o

rabo de cavalo de Kieran, obrigando-o a parar. Com sua outra mão, segurava uma das

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adagas de seu cinturão. Não tive tempo de dizer uma só palavra, apenas para assobiar. Alâmina cortou através do rabo de cavalo de Kieran.

Seu cabelo caiu no chão e ele se virou; seus olhos saltados pelo choque. Todomundo gemeu. O meu Avô parecia satisfeito.

— Se vocês tiverem uma fraqueza como um braço quebrado; se tiverem que seliberar de todas suas outras fraquezas. — disse ele, deslizando sua adaga de volta aocinturão. — Se não aprenderam todo o resto, aprendam isso. As fraquezas não sãopermitidas.

Seus olhos se viraram para onde eu estava de pé.

O meu Avô foi embora sem me dizer outra palavra. Kieran parou o suficiente paraapertar meu braço. — Eu falarei com ele. — prometeu severamente, segurando seurabo de cavalo em sua mão.

Concordei silenciosamente e caminhei de volta ao dormitório, queimando deraiva. Chloe estava sentada de pernas cruzadas no meio de sua cama. Ela levantou oolhar quando entrei.

— Vamos averiguar sobre esta coisa do CT. — eu disse antes que ela pudesse meperguntar sobre o meu mau humor. Simplesmente não queria falar sobre isso. Nãosaberia por onde começar. — Então sabemos que alguém está vendendo essa coisa naescola e sabemos que é uma reconhecida droga Helios-Ra. Bom, meio reconhecida. — acrescentei. — Deve ser um segredo ou não estaria tão profundamente escondida nosarquivos, certo?

— Definitivamente. Poderíamos fazer com que sua fã número um, Lia, tentasse

conseguir algumas. Ver se podemos fazer o distribuidor aparecer?

Enruguei meu nariz. — Acho que sim. Mas eu preferiria não colocá-la em perigodessa maneira. E de qualquer forma, eu penso que desde que o distribuidor seja umaluno, ele ou ela é apenas um peixe pequeno dentro de um grande tanque.

— Provavelmente.

— Bem, então façamos uma lista dos alunos que ficaram doentes. Tem esse

primeiro garoto... Não sei o nome.

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— E depois Will. Ou era apenas uma coisa Hel-Blar ?

— Ele mencionou que estava tomando vitaminas, então o agreguemos à lista.Falando em vitaminas, você já falou com a sua mãe?

Ela fez uma careta. — Não. Ela estava no laboratório e eu sei que ela não falarácomigo até que esteja em casa. Jeanine depois de Will. — ela acrescentou.

Eu acrescentei outro a lista. — Spencer. — eu disse tranquilamente. — Mesmoque eu não acredite que ele faça parte disso.

— Eu também não. Jonas e James. Aqueles gêmeos do nono grau, os que sãorealmente baixos?

— Certo. E depois Savannah.

— Ela é baixa também.

— O que, então a droga é para gente baixa?

Ela rolou os olhos. — Acho que não.Eu parei, franzindo o cenho. — Na verdade...

Ela piscou. — O que você quer dizer com, na verdade? Você acha que a escola estádeixando de fora as pessoas baixas? Isso é simplesmente, estranho.

— Não, ouça. O que eles têm em comum?

— Que a maioria é do nono grau? E baixos?

— Will estava no décimo primeiro ano e era alto. — replicou. — Mas era suave.— levantei minhas sobrancelhas. — Todos esses alunos poderiam ser consideradosmais fracos. Baixos, magros, fracos para a luta. — inclinei-me para frente quando aspeças se encaixaram. — E quem se mete com esse tipo de pessoas todos os dias?

— Os valentões? — a boca de Chloe caiu aberta. — York. — bateu em sua colcha.— Isso deve ser o motivo de minha mãe ter me alimentado com esteroides durante todo

o verão. Eu teria sido um dos fracos sem isso! Encontrei a informação enterrada em

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seus arquivos antes de você chegar aqui. Ela sabia sobre isso. Ela lê todas as anotaçõesdo laboratório, mas não queria divulgar na sociedade antes que as provas necessáriasfossem feitas. Você sabe como ela é com a investigação. Diabos, mamãe!

— Então York tem se assegurado que os alunos mais fracos recebam o CT?

— Isso é o que parece.

Olhei para os seus olhos seriamente surpresos. — Então como nós osdestruiremos?

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Capítulo 

Quinn 

Terça feira à noite.

Recebi uma mensagem de texto antes do amanhecer. Marcus finalmente tinha osresultados das amostras de sangue que Hunter havia me dado.

Ele também tinha Solange sentada sobre um banco, com uma aparêncianeurótica. Seus olhos estavam vermelhos, mas era o tipo que se consegue ao chorarmuito. Quando entrei pela porta do celeiro que tio Geoffrey usava para suasexperiências científicas, ela afastou o olhar, seu lábio inferior trêmulo.

O lábio inferior de Solange nunca tremia.

Marcus parecia como se estivesse prestes a sair correndo. Garotas chorando o

deixavam nervoso, mesmo quando se tratava de sua irmãzinha. Ou talvez,especialmente quando se tratava de sua irmãzinha mais nova.

— Hey, Sol. — eu disse calmamente, me agachando diante dela. Havia hectares debicos de Bunsen22e tubos de ensaio atrás dela. A luz brilhava no equipamento

absurdamente tão limpo que o fazia parecer como se pertencesse a um filme de ficçãocientífica. Se tio Geoffrey quisesse um trabalhinho como cientista louco, estaria bemencaminhado.

— Quinn, vá embora. — disse ela miseravelmente, pegando o barro seco de suascalças. Ela provavelmente fez centenas de potes de barro em sua roda de oleiro, naspoucas semanas desde que se transformou.

— Sem chance. — disse gentilmente. — O que está acontecendo?

22 O bico de Bunsen é um dispositivo usado para efetuar o aquecimento de soluções em laboratório.

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— Nada. Eu só vim falar com o tio Geoffrey.

— Ok, então qual é o problema?

Ela encolheu os ombros, mantendo sua cabeça baixa e se recusando a me olhar.Dei uma olhada para Marcus. Ele encolheu os ombros também, depois deu algunstapinhas em seu ombro.

— Solange, não é nada para você se envergonhar. — ele disse. Então tive aimpressão de que ele já tinha dito isso uma centena de vezes durante a última hora. — Ébiológico. Como a acne.

Ela fez um som estranho, do fundo de sua garganta. Fechei os olhos por um breve

instante.

— Bom. — eu disse. — Dizer a uma adolescente de dezesseis anos que está tudobem porque é como as espinhas. É esse o caminho? Que demônios está acontecendo? — fiquei olhando para ela. — Onde está o tio Geoffrey?

— Foi falar com papai e mamãe.

— Por quê? Você está doente? — o medo em meu estômago era pesado emetálico como o ferro.

— Sim! — ela exclamou ao mesmo tempo em que Marcus murmurou, Não.

Solange franziu os lábios. — É... — finalmente deixou escapar um suspiro eendireitou os ombros. Levantou o queixo. — É isto. — levantou os lábios sobre osdentes. Suas presas estavam para fora.

 As seis.

Pisquei e contei novamente. Suas presas normais estavam descobertas com mais

duas a cada lado. O segundo par era como a original e o terceiro muito pequeno, apenasvisível. Suas gengivas estavam inflamadas e vermelho vivo.

Nos Drake não crescia mais de um par de presas. Era uma marca em nossosangue ancestral, nossa forma mais civilizada de vampirismo. Havia alguns mais

esnobes nas Cortes - quanto mais presas você tivesse, mais feroz você era. Isabeau tinhadois pares e as exibia orgulhosamente, mas ela era especial mesmo entre os vampiros.Os Hel-Blar eram puramente presas.

Solange com razão estava assustada. Ela pensa que está se transformando em ummonstro.

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Ela engoliu com dificuldade, tentando não chorar.

Marcus deu-lhe mais algumas palmadinhas fortes sobre o ombro. — Não chore.

— implorava.— O que tio Geoffrey disse? — perguntei suavemente.

— Que eu era especial. — ela bufou; um lampejo de seu eu normal. — Especial. — repetiu. — Deus.

— Ouch. — eu fiz uma careta de compaixão.

Ela abraçou a si mesma como se estivesse com frio. — Quinn, o que acontece se

isso significar que eu não terminei de me transformar? E se... Se eu me transformar emuma Hel-Blar ou algo assim?

Eu parei, olhando-a severamente. — Você não está se transformando em Hel-Blar .

— Você não sabe.

— Sim, eu sei. Para começar, você não é azul. E não cheira a terra mofada.

— Estou falando sério.

— Eu também.

— Tio Geoffrey disse que você ficará bem. — Marcus a lembrou.

— Ele disse que achava que eu vou ficar bem. Também disse que nunca tinhaouvido falar disto acontecendo em nossa família. Em nenhuma das famílias ancestrais.

— É apenas porque você é uma garota. Você sabe; a primeira em centenas deanos e tudo isso. Sua mudança é um pouco diferente. Isso é tudo.

Ela deu golpezinhos em suas novas presas. — A Corte Real vai fazer um dia decampo com tudo isso, especialmente na Lua de Sangue. A Princesa feroz. — gemeu.

— Alguém escreverá uma música.

— Provavelmente. Mas pense em quanto mais forte você pode mordê-los quandofizerem isso.

Sua risada estava afogada, mas estava rindo. — Certo. — ela parou. — Estou

cansada. Vou para casa.

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— Espere por mim. — dissemos eu e Marcus ao mesmo tempo.

Marcus tirou do bolso as impressões dobradas. — As análises de suas amostras.

Eu as agarrei, ignorando os gráficos e as estatísticas. Pulei a maior parte dosdiscursos científicos do tio Geoffrey. Esse foi o verão em que a maioria das garotas deminha idade na cidade, começou milagrosamente a lhes crescer os seios. Tenho boaslembranças desse verão. Nenhum deles envolveu nada que pudesse ajudar e decifrar asanálises de sangue. Levantei os olhos, chateado. — O que demônios diz aqui? Eu não sougênio.

Marcus bufou. — Cuidado irmãozinho ou eu não traduzirei.

— Apenas me diga o que está escrito.

— Que a sua namorada estava certa. — parou, esperando nitidamente que eureagisse ao termo, “namorada”. Eu não reagi. Eu ficaria com Hunter de qualquer forma

em que pudesse tê-la. Se eu tenho que começar a usar palavras como, “namorada” e

rejeitar outras garotas, eu vou fazer isso. — Não são vitaminas no sangue. — continuouMarcus. — Estas pílulas são esteroides.

— Sim, isso nós sabíamos. A amiga dela já esta livre disso.

— Não é o verdadeiro problema. — Marcus disse.

— Isto fica cada vez melhor. Diga.

— A segunda amostra, a do garoto que morreu?

— Sim?

Ele parecia sombrio. — Ele foi envenenado.

Fiquei gelado. Hunter disse que as pessoas em sua escola estavam caindo doentespor todos os lados.

— E o veneno não estava dirigido apenas a ele. — as presas de Marcus brilharam.— Estava dirigido à nós.

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minha mãe. Eu poderia procurar em seu teclado. — ela batia seu pé, impaciente. — Vamos lá. Vamos lá. Eu te disse! — demorou mais alguns minutos e então elafinalmente sorriu. — Consegui seu canalha desonesto.

Todos nós nos inclinamos para ler.

— Isso é algum tipo de composição química, não é? — Jason franziu o cenho. — Para os medicamentos, ou algo assim.

Vasculhei a página, balançando a cabeça. — Parece. Aqui está uma lista de efeitoscolaterais.

— Os esteroides? — Chloe perguntou em voz baixa.

Eu balancei minha cabeça. — Não. Apenas o CT. E... Puta merda. Puta merda, nósestávamos certos. Ele é destinado a lutadores fracos. Diz aqui que ela só deve serdada aos caçadores fracos que não são esperados sobreviver aos ataques dosvampiros. — senti meu estômago revirar. — Isso passa por sua corrente sanguínea e setorna venenosa para os Hel-Blar , e a qualquer vampiro. — lembrei-me da loira Hel-Blar que tinha desintegrado na minha frente, depois de morder Will. — A Liga está

sabotando seus próprios caçadores para envenenar os Hel-Blar . — minha cabeça estavagirando.

Ninguém disse nada por um longo momento.

— Isso é apenas... — Jenna sacudiu a cabeça, incapaz de encontrar uma palavra

hedionda o suficiente para descrever o que tinha acabado de descobrir.

— Tem que ser algum engano. — disse Jason em dúvida.

Eu marchei para os meus suprimentos e comecei a empurrar estacas em meusbolsos e verificando microfones e óculos noturnos. Eles viraram-se lentamente, olhandopara mim.

— Hunter? — Chloe perguntou como se estivesse com medo de eu estar prestesa enlouquecer. — O que você está fazendo?

— Estamos indo acabar com York. — eu disse com força. — Agora.

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— Hm, vamos acusar um professor? Isso parece ser uma péssima idéia.— Nós não vamos acusá-lo. Dá um tempo. Estamos apenas indo pregá-lo por

distribuir essas pílulas nojentas, e depois vamos desmantelar a Liga inteira se issochegar a acontecer.

Porque às vezes você tinha que trair a Liga, a fim de protegê-la.

Às vezes você tem que quebrar as regras. Às vezes o dever era duro, incômodo equeimava dentro de seu peito. Vovô me ensinou essa última parte bem o suficiente.

— Como exatamente é que vamos fazer isso? —Jenna perguntou. Ela ergueu asmãos, palmas para fora. — Eu sou toda a favor de uma pequena vingança, mas eusou caçadora o suficiente para saber que não se deve lutar uma batalha que nãopode ganhar.

— Eu tenho toda a intenção de ganhar.

— Eu entendo isso, eu realmente entendo.

Eu amarrei meu cabelo para trás em uma trança, prendendo-a sob meu colarinho.— Nós usaremos o mesmo plano que tínhamos antes. — expliquei. — Porenquanto. Jason vai xeretar por aí e ver se ele não pode arranjar alguém para lhevender as drogas.

Jason fez uma careta. — Eu sinto que estou em uma dessas especiais pós-escola.

Se eu ficar marcado como drogado, vou culpar você.

Eu o ignorei. — Eu estou mandando um e-mail com este arquivo para Kieran,para ele dar a Hart. E, em seguida, Jenna e eu vamos nos revisar para vigiar York,quando ele não estiver em sala de aula.

— Será que vou precisar de um nariz falso e um casaco?

— E Chloe vai pedir ajuda para York no treinamento depois das aulas e agir todadesajeitada e fraca.

Ela suspirou. — Eu acho que deveria estar acostumada a isso.

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— Estamos prontos? — perguntei, soando como um sargento. — Precisamosde provas e precisamos delas rápido.

— Senhora! Sim, senhora! — Chloe gritou imitando uma saudação militar.

Eu fiz uma careta para ela. — Vamos embora. A última aula termina em uma hora.

Eu peguei o primeiro turno, rastejando ao redor da lagoa para pousar em umapedra na beira da floresta, onde tinha uma boa visão da residência dos professores. SeYork deixasse o prédio por algum motivo, eu seria capaz de vê-lo e segui-lo. Eu mesentia um pouco como um detetive nos filmes antigos que Vovô tanto amava.

Pensar em Vovô só me fez sentir pior.

Helios-Ra e o nosso dever com nossos ancestrais caçadores era a colaque tinha nos mantido juntos depois que meus pais foram assassinados. Eumal lembrava, mas me lembrei de meu Avô se vestir como Van Helsing emum Halloween e assustar todas as crianças vestidas como vampiros. Ele me ensinoua limpar um ferimento corretamente, como procurar padrões nos movimentos defolhas e as marcas que traíam um vampiro que se movia muito rapidamente para avisão humana. Ele me deu minha primeira estaca. Houve lágrimas em seus olhos no anopassado quando ele recebeu meu relatório. Ele sempre se orgulhou de mim.

Não mais.

E eu sempre me orgulhei dos Helios-Ra.

Não mais.

A diferença era, que eu pretendia fazer algo a respeito. Eu queria ter orgulho daLiga de novo. E orgulho de mim mesma. Eu queria fazer isso direito.

Tornar isso certo era surpreendentemente chato.

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Sentei-me na rocha por duas horas, até que minhas pernas dormiram e eu quaseestaquei um esquilo; um guaxinim e traumatizei um coelho.

Todos os quartos no corredor dos professores ficaram escuros. Mesmo as luzesde movimento ficaram escuras lá fora no jardim, onde os animais gostavam de derrubaro latão de adubo. As janelas refletiam as árvores, a lua, o céu. Chloe estava há muitotempo na cama, e Jenna não iria trocar o turno por duas horas.

Eu estava olhando tão forte para a residência que quando a Sra. Dailey faloubaixinho atrás de mim, eu caí para a direita fora da rocha.

Pulei de volta para os meus pés, ficando vermelha. — Sra. Dailey!

— A própria. — ela sorriu suavemente. — Hunter, o que você está fazendo aqui?

— Eu... uh... eu não conseguia dormir. — eu me perguntava por que elaestava aqui tão tarde.

— Você está se preocupando com o nosso pequeno problema?

Eu balancei a cabeça. — Nós descobrimos que é ainda pior do que nóspensávamos. — eu expliquei apressadamente. — É algum tipo de arma contra osvampiros que usa os alunos como portadores. É doentio.

Ela inclinou a cabeça. — Engenhoso, na verdade.

Pisquei para ela. — Desculpe?

— Eu tinha tanta esperança em você querida. Você sempre foi particularmentetalentosa. Um pouco inteligente demais, claro, e agora,infelizmente, equivocada também.

— Equivocada? — repeti. — Do que você está falando?

— Você não achou que a cena com seu Avô não correriam por toda aescola, achou? Bem como a sua união lamentável e repugnante com esse vampiro.

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Dei um passo para trás. Sua expressão ainda era agradável, mas ela não soavacomo a Sra. Dailey que eu conhecia. O instinto de correr vibrou por mim.

Antes que eu pudesse dar um único passo, ela tirou uma seringa das costas.Ela me apunhalou no braço direito com ela.

Eu xinguei e puxei de volta, mas a agulha ficou presa no meu músculo,bombeando seu líquido claro em minhas veias. Arranhei o rosto dela,conseguindo obter o seu sangue sob as minhas unhas antes da tontura me tomar. Eutropecei.

— O que você fez comigo? — entrei em pânico. Minha língua ficou inchada, meus

pés pareciam como se estivessem andando para trás. Eu tropecei novamente e cai dejoelhos. Ela ficou me olhando desapaixonadamente.

— Estou bastante agradecida que você tenha escolhido se ocultar aqui,onde ninguém vai ouvir você. Muito atencioso.

Meus dedos tremiam enquanto eu puxava a agulha do meu braço. Ela caiu nagrama.

— O que é isso?

— Eu acho que você sabe; uma garota inteligente como você. É uma potenteoverdose de CT. Receio que você não tenha me deixado outra escolha.

— O quê? Não! — agarrei minha pele. Minhas veias pareciam como se

estivessem ficando mais quente, como se tudo em mim estivesse pegandofogo. Minha respiração tornou-se superficial e curta. — Foi York.York.

Ela riu levemente. — Ele é muito arrogante para este tipo de genialidade.

— Mas ele escolhe todos os alunos fracos. — eu estava começando a falararrastado. Eu me sentia como se tivesse sido atingida pelo pior caso de gripe jamaisvisto.

— Captou isso, não é? Sim, seu temperamento fez o meu trabalho muito maisfácil. Eu sabia exatamente quem eram os piores alunos, quando eles o deixavam mais

bravo. Ele estava tão assustado por eles, você vê. Ele queria que eles ficassem mais

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fortes e fossem capazes de se proteger. — ela me rodeou, acenando com a mão como que descartando-o. — Isto é muitomelhor. Se eles vão morrer pela mão de um vampiro, eles mesmos podem se

tornar armas. Um sacrifício pela Liga. E tão ansiosos em cumprir, quando achavam queera uma pílula secreta para torná-los mais fortes. Demorou um tempo paraeles enfraquecerem, e então... Pense nos vampiros que podiam infectar. Especialmentese eles forem como você, Hunter.

— Eu não vejo... Você... Sacrificando a si mesma. — eu cuspi. Tentei virar, mas euera muito pesada. O esforço me deixou ofegante.

— Não adianta lutar. Eu lhe dei uma dose muito alta. Você pode sobreviver aela. Eu espero que você o faça, pelo menos por um tempo. Então você pode tirar dojogo aquele moleque Drake.

Ela queria que Quinn bebesse de mim e morresse.

— Vá para o inferno. — eu murmurei.

Dailey franziu os lábios. — Pensar que eu escolhi você para o próximo Líder dos

caçadores. Eu tinha tais esperanças depois do ataque Hel-Blar , e depois quevocê estaqueou Will.

— Você está louca. — eu tinha que chamar Theo. Eu me atrapalhei com omeu telefone celular, mas as minhas mãos não estavam funcionandocorretamente. Não podia gritar também. Não tinha ar suficiente em meus

pulmões.

— Estou apenas fazendo o que deve ser feito. Com todos estes tratados ea infestação Hel-Blar , nós estamos perdendo o nosso foco. — ela estava falando comigocomo se estivéssemos em sala de aula. — Eu tinha que testar todos vocês, para verquem era digno de ser um membro do meu Clã. Eu armei armadilhas de sangue paraos Hel-Blar e eles vieram como ratos atrás de queijo.

— Você fez os Hel-Blar atacarem a escola? — ela tinha me enganado totalmente.York não tinha sido o culpado. Ele era realmente o cara bonzinho, mesmo sendo umidiota.

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Dailey era a psicopata.

Eu tive que estaquear Will por causa dela. Spencer estava doente por causa

dela, pelo menos indiretamente. Eu estava drogada, envenenada e amassada nochão por causa dela.

Eu realmente a odiava.

Eu teria cuspido nela se não estivesse tão sedenta e desidratada, queimando emfebre.

E estava aparentemente alucinando também.

— Diabos; fique longe dela. — Quinn rosnou, saltando para ficar em frente a mim,em um borrão de pele clara, longos cabelos escuros e dentes afiados.

Dailey deu um passo para trás, assustada. — Você está muito atrasado. — eladisse. — Eu já a dopei. Está em seu sangue.

— O que está em seu sangue?

Eu me contorcia como se formigas de fogo rastejassem sob a minha pele. — Quinn. — eu respirei. — Chame Theo e saia daqui. Ela é louca.

Em vez disso, ele a golpeou. Seu nariz quebrou e ela uivou. Quinn revirou os meusbolsos.

— O que você está fazendo?

—Eu sei que você deve ter uma corda em algum lugar... consegui. — ele seafastou por um breve instante, deixando rastros de luz e cor, como uma pintura aóleo. Amarrou Dailey e estava ajoelhado ao meu lado, antes que eu desse outra ofeganterespiração. Suas presas mais estendidas, brilhando.

— Você não pode morder uma professora. — eu sussurrei através doslábios secos.

— Eu não vou fazer isso. — ele me assegurou. — Eu vou morder você.

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Capítulo   

Hunter  

Ele não entendeu.

Se ele bebesse o meu sangue, isso iria matá-lo.

Lutei inutilmente, enquanto sua boca descia sobre meu braço, fechando em tornodo buraco que a agulha tinha feito.

— Não. — eu gemi. — Não.

Suas presas se aprofundaram um pouco e gritei. O sangue que queimavaem minhas veias correram em direção à sucção da sua boca. Tentei me afastar, masele me prendeu para baixo, segurando-me.

A grama estava fresca e espinhosa debaixo de mim. — Não. — eu implorei; aslágrimas ardendo em meus olhos. — Isso vai te matar.

Ele levantou a cabeça, os olhos ardendo.

— Isso vai matar você. — ele disse asperamente, cuspindo um bocado do meusangue. O vergão se formou ao lado de seu lábio. Parecia doloroso. Ele voltou para aferida, puxando o sangue envenenado de minhas veias e em sua boca. Cuspiu mais nagrama.

Ele continuou sugando o veneno para fora e cuspindo o mais rápido que podia,como se fosse uma picada de cobra. O teto de estrelas e ramos de cedro acima de mim

girou.

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Eu estava desmaiando.Se eu fechasse os olhos a dor iria parar, Quinn iria parar. Ele estaria salvo.

Minhas pálpebras estavam pesadas e eu as deixei se fecharem.

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 pilogo  

Hunter 

Sexta feira à noite.

Quando acordei eu estava na enfermaria.

As luzes eram muito brilhantes, lavando tudo para fora enquantoeu piscava furiosamente, os olhos ardendo. Eu estava exausta. Tentei me mover,gemendo quando se provou ser muito trabalhoso. Meu braço estava machucado eardendo.

— Ela está acordando! — Quinn estava ao meu lado em um segundo, segurando a

minha mão. Ele estava mais pálido do que o habitual, quase cinza. O azul de seus olhosestava pálido, as sombras embaixo deles, mais escuras.

— Você me assustou como o inferno. — ele beijou minha testa.

— Você está vivo.

— Por assim dizer.

— Eu sou... Eu sou uma vampira?

— Não, você é apenas uma teimosa que sabe tudo e que acha que pode fazer tudosozinha. — ele respondeu com ternura. — Você não bebeu o meu sangue, lembra?

— Não a insulte. — Chloe disse, empurrando-o de lado com um sorriso. Ele seinclinou o suficiente para deixá-la passar, mas não deixando de soltar minhamão. Jenna, Jason e Kieran estavam do meu outro lado.

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— O que aconteceu? — perguntei. Minha garganta estava queimando. Procureipor um pouco de água e Quinn agarrou um copo tão rapidamente quederramou metade embaixo do meu braço e cabelo.

Eu bebi o resto gratamente, avidamente.

— Você ficou inconsciente por dois dias. Você teve que ter umas transfusões desangue. — explicou.

— Você está bem? — perguntei. 

— Eu fiquei doente como um cão por um tempo, mas estou bem.

— Dailey? — perguntei.

— Em prisão domiciliar até que você esteja bem o suficiente para testemunharcontra ela. — Kieran respondeu. — Não se preocupe com isso agora.

— Ela tentou me matar. — eu disse, indignada. — E Quinn. Eela envenenou Will e os outros.

— Hart está cuidando disso pessoalmente. — Kieran me assegurou.

— Bellwood, está furiosa — Chloe acrescentou alegremente. — É como seespetassem um pau em chama em sua bunda!

— Dailey não vai a lugar nenhum. — Kieran acrescentou.

— Claro que não vai. — murmurei. Eu tateei para baixo, procurando meubolso esquerdo, mas encontrei apenas um vestido de hospital de papel. Estiquei opescoço. — Onde estão minhas calças?

— Suas coisas estão aqui. — Chloe pegou minha pilha de roupas de umaprateleira atrás de mim.

Ela deixou as calças caírem no meu colo. Sorri mesmo que isso rachasse meuslábios secos. Puxei um microfone para fora do bolso. — Gravei tudo o que ela disse. — 

eu lhes disse presunçosamente. O esforço me fez tossir.

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— Era para York. Eu acho que lhe devo um pedido de desculpas.

— Ele não tem que saber que alguma vez você suspeitou dele. —

Chloe protestou. — Ele tem sido um idiota com você. E ele gritou comigo na sala de aulaesta manhã. — ela franziu o cenho. — Ele assustou mamãe no meu cartão de relatóriodo ano passado. Ele disse as coisas de sempre sobre eu não usar todo o meu potencial,mas desde que ela tinha acabado de ouvir sobre o CT, ela meio que entrou empânico. Ela não tinha descoberto quem estava no comando disso, então ela cortou osmeus esteroides, apenas no caso. Para se certificar de que eu estava fora do radar deCT. Ela estava tentando me proteger em sua própria maneira estranha. Mães.

— De qualquer forma, não se preocupe com essas coisas. — Jason afagou minhamão. — Basta ficar melhor.

— Ela vai ficar melhor assim que todos vocês forem para as aulas. — Theointerrompeu, empurrando-os para o lado.

— Espere. — Jenna disse com os olhos brilhantes. — Uma coisa mais.

Ela e Jason se moveram. Spencer sorriu fracamente para mim a partir da cama aolado. Seus dreads espalhados por seu travesseiro.

— Spencer! — eu gritava. — Eu iria abraçá-lo agora mesmo se minhacabeça não pesasse 700 toneladas.

— Igualmente.

— Você está melhor! Você está fora da quarentena!

— Além disso, eu sou um vampiro.

Tentei me sentar. A sala girou. Deitei-me com um baque. — O quê? 

— Acontece que o seu Quinn aqui acidentalmente descobriu o antídoto parao CT em humanos. — Theo disse. — Sangue de vampiro.

— Ok, eu não fui à aula de química ou biologia por um tempo, mas... hein?

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— Spencer recebeu uma transfusão também. — Theo explicou. — Por algumarazão, Will transmitiu uma parte do veneno CT para Spencer, e tivemos que tirar isso

dele. Isso é o que estava nos deixando perplexos antes de Quinn nos ajudar. Se ele nãotivesse sugado para fora das suas veias, não poderia ter feito transfusões suficientescom Spencer. Mesmo assim, os medicamentos não curariam sua infecção Hel-Blar . Nóstivemos que dar-lhe ainda mais sangue, assim ele não ficaria selvagem.

O médico pôde conseguir uma concessão para isso, na verdade. Se não elepoderia ser chutado para fora da Liga por tecnicamente criar um vampiro.

— Acho que isso significa me formar mais cedo. — disse Spencer.

— Estou feliz que você esteja bem.

Theo limpou a garganta ameaçadoramente. Chloe, Jenna, e Jason foram embora,mas Quinn e Kieran ficaram para trás. Theo tomou meu pulso e me fez seguir asua lanterna com meus olhos.

— Parece muito melhor. Como está se sentindo?

— Como se um caminhão me acertasse e um urso comesse o meu braço.Meu estômago roncou. — E eu acho que estou morrendo de fome.

— Isso é o que eu gosto de ouvir. Vou pegar um pouco de comida. — olhou paraQuinn e Kieran, malevolamente. — Mais cinco minutos e vocês dois estarão

perdidos. Não me faça dizer-lhes novamente. — ele sorriu para mim. — O Doutor viráchecá-la em breve.

— Eles estão falando sobre dar-lhe uma medalha. — Kieran sorriu.

Estremeci. — Não, obrigada.

— Você vai, pelo menos, ser a oradora oficial.

Eu vi algumas margaridas em uma cesta sobre a mesa lateral. — De quem sãoaquelas?

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— Seu Avô. — Kieran respondeu. — Ele é um teimoso sabe-tudo também.

— Ele está aqui?

Ele balançou a cabeça. — Ele não virá, Hunter.

Eu engoli, tentando não deixar os meus lábios tremerem. — Ele ainda está bravo.

— Eu vou falar com ele. — Quinn ofereceu.

— Não! — Kieran e eu gritamos juntos.

— Ele vai tentar estaquear você. — expliquei me desculpando. — Você não podeapressá-lo.

Theo olhou ameaçadoramente da porta. — Fora!

Quinn me beijou levemente. — Eu vou estar de volta amanhã à noite.

Spencer e eu ficamos a sós com o tique-taque e bip das máquinas e os

tubos empurrando nutrientes líquidos e medicamentos em nossos corpos. Havia sanguesuficiente alimentando Spencer por aqueles tubos que eu não estava usando pornão estar em perigo, não da maneira que eu teria estado se tivesse ao redor dequalquer outro vampiro recém-transformado. Ele tocou suas presas e depois sacudiua mão.

— Vampiros estão na moda agora. — eu disse calmamente. — Vocênão leu? Todas as meninas estarão querendo você.

Ele tentou sorrir. — E eu não tenho que estudar para nenhum exame esteano como o resto de vocês. Acho que sou oficialmente um abandonado agora.

— Oh, Spencer. Vai ficar tudo bem. As coisas estão mudando.

— Sim, eu te deixo sozinha por uma semana e você começa a dar uns amassoscom vampiros.

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— Eu te disse. — eu o provoquei, fazendo com que minha vozborbulhasse alta. — Eles estão totalmente na moda!

— Oh, cara!— Mas você não pode se esconder e ficar todo melancólico. Isso está no ontem.

Além disso, eu vou chutar o seu traseiro.

Depois de um longo momento ele falou de novo. — Vou sentir saudades do sol.

— Eu sei. — virei a cabeça. — Nós sentiríamos mais a sua falta se você estivessemorto.

Ele passou a mão sobre o rosto limpo. — Obrigado.

— Além disso, apenas pense; agora você pode sair com os Hounds e fazer-lhes todos os tipos de perguntas mágicas.

Ele iluminou instantaneamente. — Verdade.

Atirei-lhe um sorriso aguado quando Theo entrou com minha bandeja de comida.

— E eu não tenho que compartilhar meu pudim de chocolate com você nunca mais.

Spencer teve alta na noite seguinte.

Eu não sabia para onde ele tinha ido, mas Quinn prometeu ajudá-lo com atransição para a nova vida de mortos-vivos. Não estava autorizada a sair da enfermariapor uma semana inteira, e mesmo assim foi só depois de prometer que eu ia pegar levee nem sequer olhar para a academia por, pelo menos, mais duas semanas edepois, apenas com uma permissão do médico. O médico com quem o Vovô ainda falavajá que ele se recusava a falar comigo. Eu liguei para ele duas vezes e cada vez aconversa foi a mesma.

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— Você ainda o vê? 

— Sim.

E neste instante ele desligava o telefone.

Mas eu não deixaria isso estragar tudo. Eu estava viva. Quinn estavavivo. Spencer era um vampiro, mas pelo menos ele não estava completamentemorto. Savannah e os gêmeos estão se recuperando, embora lentamente. Dailey estavasendo mantida pelo comitê disciplinar da Liga na pendência de uma investigaçãocompleta. E Hart me chamou pessoalmente para me convidar para formar uma Junta

Negra com alunos selecionados cuidadosamente, aparentemente os primeiros daescola em pelo menos três décadas. Era um subgrupo dentro da Liga, que ninguémconheceria, exceto seus membros e o líder dos Helios-Ra. Nenhumdos professores sequer saberia, exceto pelos diretores. Seríamos como uma secretabanda itinerante de guerreiros espiões. Eu mal podia esperar.

— Agora, isso é um sorriso perigoso. — Quinn murmurou; a voz dele fazendocócegas no meu ouvido. Seus braços em volta da minha cintura e me puxando devolta contra o seu peito. Eu me inclinei para ele, meu sorriso transformou-se ainda

mais perverso.

— O que estamos fazendo aqui? — perguntei. Eu tinha escrito um bilhete paraencontrá-lo na lagoa.

— A mesma coisa que eu sempre estou fazendo: tentando ter um adequadoencontro com você.

— Quem saberia que você era tão tradicional? — eu virei, provocando.

— Quem saberia que você era tão rebelde? — ele deslizou seu braço levementesobre o meu curativo e apertou minha mão. Os pontos desua mordida sairiam amanhã. Haveria uma cicatriz, mas eu não meimportava tanto. Ele puxou-me através do alto campo de grama, roçando os joelhos.

Ele me levou para um bosque de mudas de bétula. Estendeu uma manta no chãoe velas acesas em vidros. Até pendurou umas lanternas em alguns dos galhos eelas pairavam como vaga-lumes. Estava lindo.

— Nós estamos fazendo um piquenique. — anunciou.

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— Mas você não come.

Ele deu de ombros. — Mas você come.

Nós nos sentamos e ele me entregou uma garrafa térmica com chocolatequente. Havia cestas de biscoitos de chocolate, um bolo de chocolate ecereja, açúcar polvilhado em morangos, e uma torre de macaroons23.

Sorri. — Finalmente, comida real.

Comi até que o açúcar zumbia nas minhas veias. Quinn deitado ao meu lado, asvelas derramando luz amarela sobre as maçãs do rosto pálido. Ele lambeu a coberturade chocolate fora do meu dedo, sorrindo sombriamente. Ele era tudo o que meu

avô temia: irresponsável, selvagem, predatório. E ele era meu.

23 http://www.casamentando.com.br/wp-content/uploads/2010/10/Laduree-Macaroons-.jpg  

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