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03/12/2014 Os números do machismo no Brasil: pesquisa revela opinião de jovens entre 16 a 24 anos | Catraca Livre
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Os números do machismo no Brasil: pesquisa revelaopinião de jovens entre 16 a 24 anosRedação em 3 de dezembro de 2014 às 11:28
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96% dos jovens afirmam viver em umasociedade machista
O jovem brasileiro é machista: cala, consente e reproduz um
comportamento misógino. Ao menos é o que revela o resultado
da pesquisa divulgada nesta quarta-feira, 3 de dezembro, pelo
Instituto Avon e Data Popular que entrevistou 2.046 jovens de
16 a 24 anos de todas as regiões do país – sendo 1.029
mulheres e 1.017 homens.
Reprodução
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Uma mulher é assassinada no Brasil a cada uma hora e meia, segundo
pesquisa recente.
Confira os números:
- 96% afirmam viver em uma sociedade machista
- 48% deles dizem achar errado a mulher sair sozinha com os
amigos, sem a companhia do marido, namorado ou "ficante"
- 76% criticam aquelas que têm vários "ficantes"
- 80% afirmam que a mulher não deve ficar bêbada em festas
ou baladas
O que elas dizem:
- 78% das jovens entrevistadas relatam já ter sofrido algum
tipo de assédio como cantada ofensiva, abordagem violenta na
balada e ser beijada à força. Três em cada dez garotas dizem ter
sido assediadas fisicamente no transporte público.
- 53% delas dizem que já tiveram o celular vasculhado
- 40% que o parceiro controla o que fazem, onde e com quem
estão
- 35% relatam que foram xingadas pelo namorado; 33%,
impedidas de usar determinada roupa.
- 9% contam que já foram obrigadas a fazer sexo quando não
estavam com vontade
- 37% que já tiveram relação sexual sem camisinha por
insistência do parceiro.
- 32% das jovens relatam que tiveram de excluir algum amigo
do Facebook a pedido do parceiro
- 30% dizem que tiveram e-mail ou perfil de rede social
invadido pelo namorado e 28%
- 15% das jovens dizem que foram obrigadas a revelar para os
namorados suas senhas de e-mail e Facebook
Revelação dafotografia,Tina Gomesexibe seutrabalho naVila Madalena
Ensaiofotográficoretrata a vidanaCracolândia
HOJE
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LEIA MAIS
Programa 'Tempo de
Despertar' reabilita homens
denunciados por violência
doméstica
Mulher liga para a polícia e
finge pedir uma pizza para
denunciar violência
doméstica
- 2% que receberam ameaça de cibervingança – a divulgação
de fotos ou vídeos íntimos.
Além dos dados apresentados, a pesquisa ainda mostra que
42% das mulheres reprovam uma mulher que fique com
muitos homens. 43% dos garotos categorizam mulheres para
namorar ou para ficar.
Mais mulheres (42% delas) do
que homens (41% deles)
disseram concordar que uma
garota deve ficar com poucos
homens. E muitos garotos (43%)
ainda veem diferença entre
mulheres para “namorar” e “para
ficar” . Já 30% dos homens
dizem que a mulher que usa
roupas curtas está se
oferecendo; somente 20% das
mulheres concordam com a
opinião.
VEJA COMO DENUNCIAR A VIOLÊNCIA DOMÉSTICA
No Brasil há um número específico para receber esse tipo de
denúncia,180, a Central de Atendimento à Mulher. O serviço
funciona 24 horas por dia, todos os dias do ano e a ligação é
gratuita. Há atendentes capacitados em questões de gênero,
políticas públicas para as mulheres, nas orientações sobre o
enfrentamento à violência e, principalmente, na forma de
receber a denúncia e acolher as mulheres.
O Conselho Nacional de Justiça do Brasil recomenda ainda que
as mulheres que sofram algum tipo de violência procurem uma
delegacia, de preferência as Delegacias Especializadas de
Atendimento à Mulher (DEAM), também chamadas de
Delegacias da Mulher. Há também os serviços que funcionam
em hospitais e universidades e que oferecem atendimento
médico, assistência psicossocial e orientação jurídica.
A mulher que sofreu violência pode ainda procurar ajuda nas
Defensorias Públicas e Juizados de Violência Doméstica e
Familiar contra a Mulher, nos Conselhos Estaduais dos Direitos
das Mulheres e nos centros de referência de atendimento a
mulheres.
Comparticipaçõesde Laerte eTom Zé,Filarmônica dePasárgadaapresenta ovideoclipe de'Fiu Fiu'
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Se for registrar a ocorrência na delegacia, é importante contar
tudo em detalhes e levar testemunhas, se houver, ou indicar o
nome e endereço delas. Se a mulher achar que a sua vida ou a
de seus familiares (filhos, pais etc.) está em risco, ela pode
também procurar ajuda em serviços que mantêm casas-abrigo,
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podem ficar afastados do agressor.
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