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Versão On-line ISBN 978-85-8015-075-9 Cadernos PDE OS DESAFIOS DA ESCOLA PÚBLICA PARANAENSE NA PERSPECTIVA DO PROFESSOR PDE Produções Didático-Pedagógicas

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Versão On-line ISBN 978-85-8015-075-9Cadernos PDE

OS DESAFIOS DA ESCOLA PÚBLICA PARANAENSENA PERSPECTIVA DO PROFESSOR PDE

Produções Didático-Pedagógicas

FICHA PARA IDENTIFICAÇÃO

PRODUÇÃO DIDÁTICO–PEDAGÓGICA

TURMA - PDE/2013

Título:

JOGOS COOPERATIVOS E VIOLÊNCIA ESCOLAR: UMA PROPOSTA

COMPLEMENTAR NA FORMAÇÃO DO CURSO NORMAL

Autor Marcelo Ricardo Zakaluka

Disciplina/Área Educação Física

Escola de Implementação do

Projeto e sua localização Colégio Estadual Arnaldo Busato – EFMNP

Município da escola Coronel Vivida – PR

Núcleo Regional de Educação Pato Branco - PR

Professor Orientador Christine Vargas Lima

Instituição de Ensino Superior UNICENTRO

Resumo

O mundo contemporâneo, com todo seu

desenvolvimento tecnológico e melhores condições

de acesso à informação e ao conhecimento, não

conseguiu dar conta de inúmeros problemas sociais.

Estes problemas sociais, também estão presentes na

vida social e escolar dos alunos. Dentre estes

problemas, destaca-se a violência como um

fenômeno cultural multifacetado, presente, inclusive,

nas relações que acontecem dentro da escola, desde

muito cedo. Nas aulas de Educação Física, os alunos

estão mais sujeitos a essas situações, e os Jogos

Cooperativos, surgem como uma ferramenta

pedagógica para discutir a violência, o conflito e a

indisciplina na sala de aula, resgatando valores e

atitudes e proporcionando a melhoria nas relações

entre professores e alunos, com ênfase no trabalho

em grupo.

Palavras-chave Educação Física; Violência; Jogos Cooperativos

Formato do Material Didático Caderno Pedagógico

Público Alvo Alunos do 4º ano do Curso Normal

1. APRESENTAÇÃO

Este Caderno Pedagógico foi elaborado com base no Projeto de Intervenção

Pedagógica na Escola. É composto por oito Unidades Didáticas, onde serão

abordados assuntos específicos como os jogos, as brincadeiras, a questão da

violência, da competição e da cooperação, e dos jogos cooperativos.

Pretende-se através das atividades desenvolvidas em todas as unidades,

oportunizar a vivência, a discussão, a (re)criação e a incorporação dos jogos

cooperativos, enquanto conteúdo da Educação Física Escolar, na práxis pedagógica

dos formandos do Curso Normal, ofertando uma formação complementar para os

futuros profissionais da educação, independentemente de qual seja o nível de

educação em que pretendam atuar.

2. ESTRATÉGIAS DE AÇÃO

A aplicação do Projeto de Intervenção Pedagógica na Escola acontecerá no

segundo semestre de 2014 e será realizado com os alunos do 4º ano do Curso de

Formação de Docentes da Educação Infantil e dos anos iniciais do Ensino

Fundamental - Modalidade Normal, do Colégio Estadual Arnaldo Busato – EFMNP,

de Coronel Vivida – PR, dividido em oito Unidades Didáticas que formarão o

Caderno Pedagógico. Cada unidade terá uma duração de 04 horas aula presenciais,

perfazendo um total de 32 horas de trabalho com os alunos.

Nas seis primeiras etapas, serão oportunizados momentos de estudo, prática

e discussão, sobre jogos, brincadeiras, competição, violência e jogos cooperativos,

bem como a recriação de novas práticas cooperativas a serem desenvolvidas pelos

alunos.

Nas duas últimas etapas, ocorrerá a organização e realização do evento

cooperativo, que será desenvolvido em forma de gincana e/ou oficinas com alunos e

professores da escola, e envolve as etapas de planejamento, definição das

atividades e tarefas, organização do espaço, confecção do material, a realização do

evento e sua posterior avaliação.

No quadro a seguir, é apresentado um esboço contendo os assuntos e a

descrição das atividades a serem trabalhadas:

CADERNO PEDAGÓGICO

Unidade Assunto / Tema Atividades

I

Questionário diagnóstico;

Jogo, brinquedo e brincadeira;

Jogos cooperativos: aproximações históricas.

1. Jogo dos autógrafos; 2. Feira de calçados; 3. Caça ao tesouro humano; 4. Frente a frente.

II

Feedback;

Jogos cooperativos: conceitos e definições;

Competição e cooperação;

Tarefa.

5. 1,2,3; 6. Cordões / cartões coloridos; 7. Ordem no banco; 8. Nó humano.

III

Feedback;

Violência: conceituação e tipos;

Violência e mídia;

Tarefa.

9. Quebra-cabeça; 10. Campo minado; 11. Animal-animal; 12. Círculo de equilíbrio.

IV

Feedback;

Violência na escola;

Educação para a paz;

Tarefa.

13. Arrancar cebolas; 14. Caçador, espingarda e leão; 15. Espaguete humano; 16. Conquista.

V

Feedback;

Jogos cooperativos: características;

Jogos cooperativos e inclusão social;

Tarefa.

17. Captura; 18. Cerca elétrica; 19. Acerta pé; 20. Catraca.

VI

Feedback;

Jogos cooperativos: classificação;

Tarefa.

21. Saudação; 22. Torre; 23. Calha; 24. Dança das cadeiras.

VII

Organização do evento cooperativo. Organização dos grupos;

Levantamento de atividades;

Distribuição das tarefas;

Recursos materiais.

VIII

Execução do evento cooperativo;

Questionário diagnóstico.

Realização do evento;

Avaliação;

Caderno de atividades.

3. MATERIAL DIDÁTICO

Unidade I

Nesta primeira unidade será apresentado aos alunos, o Projeto de

Intervenção como parte do Programa de Desenvolvimento Educacional – PDE –

2013. No decorrer desta unidade serão realizados momentos de explanação e

questionamentos sobre os jogos, os brinquedos e as brincadeiras em alguns de

seus conceitos. Apresentaremos um pouco da história dos jogos cooperativos, seu

surgimento e algumas pesquisas envolvendo estas atividades.

Em meio às discussões serão realizadas quatro (04) atividades,

classificadas aqui como jogos de ‘quebra-gelo’ e integração, propícios para a fase

inicial de um trabalho com jogos cooperativos. Como forma de avaliar a participação

e o entendimento dos alunos, sobre os jogos cooperativos, serão formados

pequenos grupos, com a finalidade de desenvolver no próximo encontro uma

atividade cooperativa entre os colegas.

1. Apresentação / Questionário: apresentar aos alunos o Projeto de Intervenção

Pedagógica na escola e a Produção Didático-pedagógica como etapa do Programa

de Desenvolvimento Educacional – PDE e orientar os alunos no preenchimento do

questionário diagnóstico.

Pode-se definir o questionário, como uma técnica de pesquisa de

observação direta e extensiva. Trata-se de um instrumento de coleta de dados,

constituído por perguntas ordenadas, de forma aberta, fechada ou de múltipla

escolha, geralmente respondido sem a presença do entrevistador (LAKATOS e

MARCONI, 2003).

O questionário diagnóstico será utilizado com os alunos na primeira e última unidade, dando início e fechamento aos trabalhos. Através dele será possível avaliar o nível de entendimento dos alunos sobre os assuntos apresentados e discutidos, para posterior análise e interpretação dos dados coletados e que seus resultados serão apresentados posteriormente no artigo final.

2. Atividade 1: Jogo dos autógrafos.

Material: aparelho de som, folha ou ficha de anotação e lápis.

Formação: os alunos estarão dispersos pelo ambiente.

Desenvolvimento: todos devem encontrar e recolher a assinatura dos demais

colegas que se encaixam nas perguntas, descrições contidas na folha. Segue abaixo

um modelo de perguntas.

Faz aniversário em dezembro. _____________________________

Gosta de brincar. _____________________________

Mora no mesmo bairro que você. _____________________________

Que seja da sua altura. _____________________________

É torcedor do São Paulo. _____________________________

Que estuda espanhol. _____________________________

Calça o mesmo número que você. _____________________________

Que esteja namorando. _____________________________

Mora em apartamento. _____________________________

Com alguma semelhança física a você. _____________________________

3. Jogo, brinquedo e brincadeira: apresentar aos alunos, de forma expositiva e

dialógica, alguns conceitos e seus respectivos autores, sobre os jogos, brinquedos e

brincadeiras.

São muitos os autores que falam sobre o assunto, e um dos conceitos mais

utilizados e discutidos é apresento por Huizinga (1980, p. 33), onde afirma que:

“...o jogo é uma atividade ou ocupação voluntária, exercida dentro de certos e determinados limites de tempo e de espaço, segundo regras livremente consentidas, mas absolutamente obrigatórias, dotado de um fim em si mesmo, acompanhado de um sentimento de tensão e de alegria e de uma consciência de ser diferente da ‘vida quotidiana’”.

Parece ser uma tarefa nada fácil diferenciar jogo e brincadeira, e uma

definição que parece comprovar essa ideia, é descrita por Freire e Scaglia (2003, p.

33) onde o jogo “...é uma categoria maior, uma metáfora da vida, uma simulação

lúdica da realidade, que se manifesta, que se concretiza quando as pessoas fazem

esporte, quando lutam, quando fazem ginástica, ou quando as crianças brincam”.

Ao falar sobre o brinquedo, Kishimoto (2010, p. 20), esclarece que

“...diferindo do jogo, o brinquedo supõe uma relação íntima com a criança e uma

indeterminação quanto ao uso, ou seja, a ausência de um sistema de regras que

organizam sua utilização”.

Observe professor, que são muitos os autores que expressam diferentes conceitos sobre jogo, brinquedo e brincadeira, ora apresentando diferenças significativas entre uma coisa e outra, ora apontando suas similaridades. Vale conferir algumas conceituações bem distintas: BARBANTI, Valdir J. Dicionário de Educação Física e do Esporte. São Paulo: Manole, 1994. COLETIVO DE AUTORES. Metodologia do Ensino de Educação Física. São Paulo: Cortez, 1992. LIMA, Dartel Ferrari de. Dicionário de esportes. Rio de Janeiro: Sprint, 2002. ORLICK, Terry. Vencendo a competição. São Paulo: Círculo do Livro, 1989.

4. Atividade 2: Feira de dos os participantes.

Formação: os alunos devem estar descalços, formando um círculo e com os

calçados colocados no centro.

Desenvolvimento: os alunos devem se dirigir ao centro e pegar dois pés de

calçados, um diferente do outro e que não seja o seu e retornar ao lugar, sem

desfazer o círculo. Em seguida, devem procurar formar os pares de um dos

calçados, trocando com os colegas. Quando todos estiverem com os pares

formados, devem deixar os calçados a sua frente e girar de forma que cada um

reencontre os seus calçados.

5. Jogos Cooperativos: apresentar aos alunos algumas aproximações históricas,

relatando um pouco sobre a história dos jogos cooperativos e dos jogos de outras

culturas.

Soler (2008), descreve que os primeiros estudos sobre jogos cooperativos

foram feitos por Morton Deutsch, psicólogo, em 1949. Na década de 50, nos EUA,

Ted Lenz em parceria com Ruth Cornelius executaram pesquisas e elaboraram

materiais.

Em 1961, a antropóloga Margaret Mead, analisou a competição e a

cooperação, como resultado da estrutura social. Em 1972, Jim e Ruth Deacove,

transformaram jogos de tabuleiro e de salão em jogos cooperativos, com a finalidade

de reduzir as brigas das filhas. Andrew Fluegelman publicou um livro chamado New

Games Book (Livro de novos jogos), contribuindo para a expansão dos jogos

cooperativos em 1976. Dale N. Le Fevre dá início a uma série de jogos cooperativos

em 1977.

Para complementar os estudos que apresentem algumas aproximações históricas sobre os jogos cooperativos consulte as obras: BROWN, Guillermo. Jogos cooperativos: teoria e prática. São Leopoldo, RS: Sinodal, 1994. ORLICK, Terry. Vencendo a competição. São Paulo: Círculo do Livro, 1989. SOLER, Reinaldo. Brincando e aprendendo com os jogos cooperativos. Rio de Janeiro: Sprint, 2008. 2. ed.

6. Atividade 3: Caça ao tesouro humano.

Material: folhas ou fichas de papel com a descrição das perguntas, lápis ou caneta e

aparelho de som.

Formação: alunos dispersos pelo local.

Desenvolvimento: cada aluno deve receber uma ficha com as perguntas e

conversando com os colegas deve tentar encontrar as pessoas escrevendo seu

nome como resposta. Pode ser utilizada tanto para grupos que ainda não tem tanto

contato como para grupos que já se conhecem. Segue abaixo uma sugestão de

ficha com algumas perguntas.

Olá Gente! Vamos começar!

Procure alguém com 41 anos de idade.

Procure alguém que faz aniversário no mesmo mês que você.

Alguém que toca um instrumento musical.

Procure alguém que mora na mesma rua que você.

Procure alguém que gosta de ler.

Procure alguém que não gosta de novelas.

Encontre alguém de olhos azuis.

Procure alguém que seja torcedor do Fluminense.

Procure alguém que nasceu no ano de 1996.

Alguém que mora no mesmo bairro que você.

Procure alguém que goste da sua comida preferida.

7. Tarefa: em grupos, os alunos devem organizar uma variação de uma das

atividades cooperativas vivenciadas e entrega-la no próximo encontro. Deverão

descrever a atividade no seguinte formato:

Nome da Atividade

Material: (descrição do material: lenço, corda, bola, aparelho de som...).

Formação: (círculos, colunas, fileiras, sentados, deitados...).

Desenvolvimento: (descrever a atividade: linguagem simples, clara e concisa).

8. Atividade 4: Frente a frente

Formação: dois círculos de alunos formando pares um de frente para o outro.

Desenvolvimento: os alunos devem cumprimentar um ao outro e dialogar um pouco

sobre determinado assunto. Ao sinal do professor, um dos círculos deve girar para

um dos lados e realizar um novo cumprimento, dando início a um novo diálogo.

Sugestão de cumprimentos e assuntos:

Diga um olá e converse com o colega sobre a sua tarde.

Aperte a mão e fale sobre os jogos e brincadeiras.

Faça um cumprimento batendo as mãos e conte o que aprendeu sobre os

jogos cooperativos.

De um abraço e fale com o colega sobre as suas dificuldades em participar

das brincadeiras.

As atividades 1, 2, 3 e 4, classificadas como atividades de ‘quebra-gelo’ e integração, são assim descritas, pela necessidade de estabelecer um primeiro contato. São jogos de apresentação que buscam unir o grupo e geralmente são utilizados na fase inicial dos trabalhos. Além disso, servem como ‘termômetro’ para que o professor saiba até onde pode chegar com determinado grupo (SOLER, 2008). ORLICK (1989) propõe uma classificação diferente e classifica o início das atividades como jogos semicooperativos.

Unidade II

Neste encontro, trabalharemos com alguns conceitos, definições de alguns

autores sobre os jogos cooperativos. Serão discutidas questões referentes à

competição e a cooperação, seus significados e relações existentes entre uma e

outra forma de jogar.

Serão apresentadas outras atividades, sendo duas (02) de “quebra-gelo” e

mais duas (02) descritas como jogos de toque e confiança.

1. Feedback e apresentação: recapitulação do conteúdo da unidade anterior, e a

vivência e entrega das tarefas do primeiro encontro.

2. Atividade 5: 1, 2, 3.

Formação: dois círculos de alunos, formando pares um de frente para o outro.

Desenvolvimento: inicialmente os alunos deverão contar até três alternadamente,

sem parar e o mais rápido que conseguir. O próximo passo agora é estabelecer um

gesto, um movimento para o número 1 e para o número 2, e ao dizer o número

deverá realizar o gesto correspondente. Aos poucos podem ser realizadas

variações, aumentando o grau de dificuldade em cada execução. A cada mudança

de gesto os alunos devem trocar de par.

3. Jogos cooperativos: apresentar através de uma breve exposição, alguns

conceitos e definições sobre os jogos e possibilitar a reconstrução de um novo

conceito por parte dos alunos a partir de discussões em grupos.

Para Soler (2008, p. 68), “jogar cooperativamente é reaprender a conviver

consigo mesmo e com as outras pessoas”, dando início a um processo que “serve

para nos libertar da competição” e tendo como objetivo principal “a participação de

todos por uma meta comum”.

Brotto (2001, p. 55), descreve um conceito mais amplo, direcionado ao

resultado das ações, dos sentimentos despertados nas pessoas:

Os jogos cooperativos são jogos de compartilhar, unir pessoas, despertar a coragem para assumir riscos, tendo pouca preocupação com o fracasso e o sucesso em si mesmos. Eles reforçam a confiança pessoal e interpessoal, uma vez que, ganhar e perder são apenas referências para o contínuo aperfeiçoamento de todos.

Vamos lá professor! Busque outras fontes de pesquisa que definem o que são os jogos cooperativos: BROWN, Guillermo. Jogos cooperativos: teoria e prática. São Leopoldo, RS: Sinodal, 1994. CORREIA, Marcos Miranda. Trabalhando com jogos cooperativos: em busca de novos paradigmas na Educação Física. Campinas, SP: Papirus, 2006. ORLICK (1989) propõe uma classificação diferente e classifica o início das atividades como jogos semicooperativos.

4. Atividade 6: Cordões / cartões coloridos

Material: cordões ou cartões coloridos para formar 5 ou 6 grupos e aparelho de som

(opcional).

Formação: os alunos deverão estar dispersos pelo local.

Desenvolvimento: cada participante deve receber um cordão/cartão. Primeiramente

eles devem formar o grupo com os colegas que tem cartões de mesma cor e realizar

uma apresentação. A partir daí o professor solicita que eles troquem de cartões,

segundo alguma descrição, um estímulo ou através de uma dança. Depois de

algumas trocas, eles voltam a formar os grupos e realizam uma nova apresentação.

Deve-se evitar pegar os mesmos cartões das trocas anteriores.

5. Competição e cooperação: expor aos alunos a significação e utilização desses

termos, nas aulas de Educação Física e na vida diária. Evidenciar as diferenças

entre uma e outra forma de jogar.

Uma forma de dar início a uma discussão sobre a competição e a

cooperação é descrita por Correia (2006, p. 38), ao falar sobre a Educação Física no

contexto educacional:

O esporte, jogo ou competição são muito mais do que representações culturais, históricas ou sociais. Expressam concepções de mundo, de ser humano e de valores, que estiveram em voga em um determinado

momento. Hoje, valores como a cooperação, a solidariedade, a preocupação com a ecologia, estão ganhando destaque nos discursos de diversos setores da sociedade.

Brown (1994, p. 17), ao descrever sobre a aceitação da sociedade, de que a

competição é algo “natural”, afirma:

A competição não é somente uma relação de dominação, uma forma de funcionamento social, mas também é uma maneira de explicar a realidade, justificar a situação como parte de uma ‘ordem natural’ ou do destino e, assim, negar e invalidar qualquer possibilidade de mudança.

Então educador! Existe algo em comum entre as suas concepções sobre a competição e as citações dos dois autores? Você entende a competição como um processo ‘natural’? Você discorda dos referidos autores? Você reconhece que no dia-a-dia, suas atitudes (e até mesmo suas aulas) a competição é um fator determinante, presente? Sente dificuldades em trabalhar seus conteúdos de forma que não seja através da competição? Veja também: FREIRE, Paulo. Pedagogia do oprimido. 17. ed. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 1987.

6. Atividade 7: Ordem no banco

Material: bancos.

Formação: todos os alunos enfileirados em cima dos bancos.

Desenvolvimento: os alunos devem estabelecer a ordem solicitada pelo professor,

trocando de lugar quando for necessário, sem descer dos bancos. Pode-se pedir

que eles organizem-se em sequência, por mês de nascimento (janeiro à dezembro),

dos mais jovens para os mais velhos, dos mais altos para os mais baixos e assim

por diante. Como variação, podem ser confeccionadas algumas fichas (uma para

cada aluno) que contenham uma sequência, onde deverão pensar nas respostas

para estabelecer a ordem. Podem ser usadas equações matemáticas simples,

dados históricos em ordem cronológica, palavras em ordem alfabética entre outros.

7. Tarefa: escolher uma atividade para ser apresentada e entregue no próximo

encontro. Esta atividade deve ser desenvolvida a partir de uma versão mais

competitiva para uma versão mais cooperativa.

8. Atividade 8: Nó humano

Formação: alunos dispostos em círculo.

Desenvolvimento: cada aluno deverá pegar na mão de outros dois alunos, desde

que não seja quem esteja do seu lado direito ou esquerdo, até formar um “nó

humano”. A tarefa consiste em desfazer o nó sem soltar as mãos, formando

novamente um círculo. Uma variação dessa atividade é os alunos começarem a

tarefa de mãos dadas formando um círculo e começarem a se entrelaçar com a

ajuda do professor. Depois de tudo estar novamente “entrelaçado”, eles podem

tentar retornar a formação inicial. Se os alunos estiverem com muita dificuldade na

realização desta tarefa, pode ser realizado um “aquecimento”, com uma atividade

mais simples (“muralha”), formando duas fileiras de mãos dadas, uma de frente para

a outra, sabendo-se que o objetivo das mesmas é mudarem de lado.

As atividades de toque e confiança são aquelas utilizadas para reforçar a confiança no grupo e devem empregadas após o ‘gelo’ ter sido ‘quebrado’ num primeiro momento. Por envolver o toque, cabe ao professor estar atento para possíveis desentendimentos que podem acontecer em decorrência de problemas afetivos por parte de alguns alunos (SOLER, 2008).

Unidade III

Num primeiro momento, serão apresentadas as tarefas propostas aos

grupos no encontro anterior. Neste encontro os alunos terão que buscar e descrever

conceitos e definições sobre violência, bem como suas classificações, desde que

citada a fonte de consulta. Identificar e apontar situações onde a mídia e os esportes

contribuem para a banalização da violência.

Aqui serão realizadas quatro atividades, sendo uma (01) classificada como

de “quebra-gelo” e integração e três (03) entendidas como de toque e confiança.

1. Feedback e apresentação: recapitulação dos temas da unidade anterior, e a

vivência e entrega das tarefas do segundo encontro.

2. Violência: identificar alguns conceitos relativos à violência, partindo da busca

desses conceitos pelos alunos, utilizando-se do material disponível no acervo

bibliográfico da escola e do laboratório de informática. Enumerar quais são os tipos

de violência existentes, na sociedade e na escola.

Guareschi e Silva (2008, p. 70), ao falar sobre violência e bullying, afirmando

que a prática da violência também é influenciada, mesmo que de forma indireta,

“pelas características da sociedade moderna, que banaliza as situações de

violência, cria desigualdades sociais, econômicas e culturais, pela prática de

atividades ilícitas e pela cultura de consumo”.

A violência está presente em todos os seguimentos da sociedade, atuando

de várias formas segundo os agentes envolvidos, fazendo-se presente também no

ambiente escolar. Os episódios de violência que ocorrem dentro da escola não

deixam dúvida da grande necessidade de debater este tema na atualidade, no Brasil

e no mundo (CHRISPINO, 2007; CHALITA, 2008).

Destaca-se o pensamento do sociólogo Johan Galtung, que faz uma

distinção entre violência pessoal e estrutural:

Denomina-se violência pessoal ou direta ao tipo de violência causada por pessoas que cometem atos de destruição contra outras. A violência estrutural ou indireta alude àquela em que não é possível identificar o sujeito ou sujeitos que a cometem, já que é parte da mesma estrutura social [...] Dito de outro modo, poderíamos identificar a violência estrutural com a injustiça social (apud VELÁZQUEZ CALLADO, 2004, p. 21).

Vamos lá caro professor! Que tal discutir com seus alunos sobre a violência existente dentro da escola? Seria o bullying a única forma de violência existente? Como resolver esse problema? Converse com os professores da sua escola e verifique se realmente existem estratégias de ação e atitudes concretas contra as situações de violência. Saberia identificar algumas situações de violência que já presenciou na escola e no cotidiano, de acordo com a qualificação acima?

3. Atividade 9: Quebra-cabeça

Material: tesoura e cartolinas coloridas.

Formação: grupos de alunos de acordo com o número de quebra-cabeças e de suas

peças. Os quebra-cabeças devem ser confeccionados antecipadamente.

Desenvolvimento: as peças devem ser misturadas e cada aluno deve receber uma

peça. Os alunos devem procurar seus pares, procurando montar os quebra-cabeças.

O resultado final pode ser uma imagem, uma letra ou uma palavra. Na outra face

podem ser descritas algumas perguntas ou tarefas a serem realizadas pelo grupo

como a apresentação aos demais colegas, responder questões referentes ao

tema/assunto do encontro entre outras coisas, e se houver possibilidade o grupo

pode apresentar ao demais o resultado. Ao final os grupos com o uso das letras ou

palavras podem para finalizar a atividade formar uma palavra-chave ou frase.

4. Violência: apresentar algumas considerações sobre a influência e o papel da

mídia no incentivo e banalização da violência. Discutir com os alunos sobre a

“cultura de violência” como promotora da inversão e destruição dos valores

humanos, e do lucro gerado pela indústria do medo. Será disponibilizado um

momento para que os alunos possam procurar em jornais e revistas, frases e/ou

palavras que são utilizadas no cotidiano das pessoas, e tenham alguma conotação

com a violência.

Acostuma-se às situações de violência, e o uso indiscriminado das palavras,

faz com que inconscientemente, atenue-se a gravidade das expressões e passa-se

a empregá-las habitualmente. Os programas televisivos “promovem” discussões e

brigas sobre os mais variados assuntos, e independente delas serem reais ou não,

fazem com que o povo se manifeste diante do “espetáculo”.

A brutalidade também está presente no grande universo dos jogos

eletrônicos, nos telejornais, nas revistas e mídias eletrônicas, faz-se presente nas

novelas e nos filmes. Guerras, acidentes e crimes, geram sentimentos de revolta,

indignação e injustiça, estimulando a formação de opinião (na maioria das vezes

tendenciosa), o julgamento e a condenação social, de toda e qualquer situação.

Pensando assim, Orlick (1989, p. 75), descreve:

A agressividade controlada pode ter valor de entretenimento para alguns espectadores e de autoestima para certos jogadores. Pode proporcionar um ambiente de integração, onde certas pessoas se sintam aceitas, principalmente aquelas que não conseguem fazer outra coisa na vida. Entretanto, se quisermos ter uma sociedade mais educada e mais pacífica, seria muito sábio desestimular todas as formas de agressão, mesmo que estejam ocorrendo num filme ou num jogo.

A “cultura de violência” pode ser entendida como o desprezo pelos direitos

humanos fundamentais, seja por atos isolados ou coletivos, por meio do Estado ou

pelos grupos de “poder”, seja fruto da exploração, da dominação ou da exclusão

social, e da busca na satisfação dos interesses pessoais (ARANHA e MARTINS,

1998).

Então professor! Converse com seus alunos sobre a questão da violência. Fale para eles sobre essa “cultura de violência”, que também poderia ser chamada de “cultura de morte”, que busca polemizar e tratar como problemas de saúde pública questões tão sérias e importantes como o aborto, a pena de morte e a eutanásia. Procure levar os seus alunos ao entendimento de que a sociedade moderna pautada na distorção de valores, pautada no discurso dos Direitos Humanos, acaba contribuindo para a promoção da violência. Pense por um minuto: o que é mais importante, a preservação de uma espécie animal ou da espécie humana? Um cidadão pode ser condenado por maltratar um animal, mas fica impune diante de um aborto? Querem ceifar a vida humana de pessoas mais velhas e doentes terminais nos hospitais por motivos econômicos, justificando os atos sobre a “bandeira” do sofrimento? Será que todas essas atitudes não são geradoras de mais atitudes de violência???

5. Atividade 10: Campo “minado”

Material: diversas bolas e vendas para os olhos.

Formação: dois ou mais grupos de alunos.

Desenvolvimento: as bolas devem ser espalhadas no solo em um determinado lugar

como um campo de obstáculos. Um a um, os alunos devem ser vendados e com a

ajuda de um facilitador devem tentar atravessar o “campo”, sem tocar nos

obstáculos (bolas). Todos devem atravessar o campo.

6. Atividade 11: Animal – animal

Material: imagens de animais aos pares.

Formação: um círculo ou uma fileira.

Desenvolvimento: inicialmente o professor fixará as imagens nas costas de cada um

dos alunos, sem que eles vejam. Ao sinal, eles deverão encontrar seu par, de

acordo com o animal que tem fixado em suas costas, mas terão que fazer isso sem

conversar.

7. Tarefa: trazer uma nova atividade cooperativa para o próximo encontro.

8. Atividade 12: Círculo de equilíbrio.

Material: giz ou fita.

Espaço: quadra ou pátio.

Disposição: duplas de alunos em pé.

Desenvolvimento: inicialmente como forma de aquecimento, peça para um dos

alunos equilibrar o corpo, segurando no tornozelo esquerdo com a mão esquerda

enquanto o outro aluno usando apenas o dedo indicador deve tentar desequilibrar

seu colega com “cutucadas” e “cócegas”, sem utilizar a força. Em seguida, faz o

mesmo segurando no tornozelo direito. Depois disso invertem-se os papéis. Dando

início a atividade, pede-se aos alunos que desenhem um círculo no chão onde

ambos possam permanecer dentro. Como no início devem estar em posição de

equilíbrio, só que agora segurando na mão um do outro. O objetivo é tentar

desequilibrar o colega ou tirá-lo do círculo. As duplas também podem ser

modificadas.

Unidade IV

Inicialmente os alunos terão que entregar e apresentar as tarefas, conforme

solicitado na unidade anterior. Serão trabalhados e debatidos com os alunos, dois

temas: a violência escolar e a educação para a paz.

Para esta unidade serão vivenciadas mais quatro atividades, sendo uma (01)

atividade de ‘quebra-gelo’ e integração, duas (02) de toque e confiança e uma (01)

classificada como atividade de criatividade e sintonia.

1. Feedback e apresentação: recapitulação dos temas da unidade III e apresentação

e entrega das tarefas do encontro anterior.

2. Violência na escola: identificar e compreender através da opinião de alguns

autores, quais são os momentos em que ocorrem as situações de violência entre os

alunos, desde o deslocamento até o retorno para casa. Compreender qual o papel e

a intervenção das pessoas envolvidas, discutindo com os alunos.

A violência escolar configura-se como um fenômeno multifacetado, que é

influenciada por outras formas de violência presentes na sociedade em geral,

caracterizando-se como algo pluridimensional e de causas múltiplas (AGUDELO;

MINAYO apud ARAÚJO, 2012).

Arendt apud Fischmann (2001, p. 74), ao descrever sobre o assunto, afirma

que “a violência em todas as suas manifestações, coloca-se como instrumental,

procurando justificar-se pelos fins que almeja”. Dito de outra forma, ela surge ou é

reproduzida segundo um conjunto de interesses.

Falar sobre violência parece ser uma tarefa nada fácil, seja pelo desconforto em abordar o tema em questão ou pela dificuldade existente quando do envolvimento e da resolução das situações-problema. E você professor? Como enfrenta essas situações no cotidiano escolar? Você saberia enunciar quais são as atitudes, as normas gerais de ação diante das situações de violência na sua escola? Na sua escola, a violência é debatida, discutida, ou cada vez, os professores evitam falar do assunto? Leia também dois artigos que possam lhe interessar sobre violência escolar: CHRISPINO, Álvaro. Gestão do conflito escolar: da classificação dos conflitos aos modelos de mediação. In: Ensaio: Avaliação e Políticas Públicas em Educação. Rio de Janeiro: v. 15, n. 54, p. 11-28, Janeiro/Março, 2007. Disponível em: http://dx.doi.org/10.1590/S0104-40362007000100002. __________; DUSI, Mirian Lucia Herrera Masotti. Uma proposta de modelagem de política

pública para a redução da violência escolar e promoção da Cultura de Paz. In: Ensaio: Avaliação e Políticas Públicas em Educação. Rio de Janeiro: v. 16, n. 61, p. 597-624, Outubro/Dezembro, 2008. Disponível em: http://dx.doi.org/10.1590/S0104-40362008000400007.

3. Atividade 13: Arrancar cebolas

Formação: um grupo de alunos sentado no chão segurando uns nos outros, e um

grupo em pé, estando os alunos livres.

Desenvolvimento: o objetivo do grupo em pé é levantar os alunos do grupo que

estão sentados, ou seja, arrancar as ‘cebolas’. Depois os grupos devem inverter os

papeis.

4. Atividade 14: caçador, espingarda e leão (pedra, tesoura e papel).

Formação: dois grupos de alunos, formando duas fileiras, frente a frente e próximas

uma da outra.

Desenvolvimento: o grupo deve se reunir e escolher qual será o gesto a ser

mostrado naquela rodada, ‘pedra’, ‘tesoura’ ou ‘papel’ ou ‘caçador’, ‘espingarda’ e

‘leão’. O jogo deve ser interpretado conforme a ‘força’ dos gestos: o papel envolve a

pedra, a pedra quebra a tesoura e a tesoura corta o papel, ou o caçador pega a

espingarda, a espingarda mata o leão e o leão mata o caçador. Quando o gesto for

mostrado, o grupo de alunos que ‘perdeu’ a disputa na ‘força’, deve fugir do outro

grupo, tentando chegar até sua área de escape. Os alunos que forem pegos passam

a integrar o outro grupo e a disputa continua. Quando ocorre empate de ‘forças’ a

atividade retorna automaticamente ao início ou cria-se uma maneira diferente de

pegar os componentes do outro grupo. Como forma de aquecimento para esta

atividade, pode ser realizada a brincadeira tradicional, em duplas ou trios, para que

os alunos compreendam a dinâmica do jogo. Este jogo pode ser utilizado para

verificar se os alunos identificam algo que tenha alguma conotação com a violência.

“A maioria dos jogadores profissionais de hóquei concorda em que a

publicidade e a venda do jogo superenfatizam as brigas e confusões, ao invés de

educar as multidões para valorizar a habilidade e a técnica dos jogadores” (Orlick,

1989, p. 72).

No jogo de hóquei, se os atletas, largarem os tacos e retirarem as luvas, eles

podem partir para a briga, ou seja, é permitido brigar. No futebol, alguns jogadores

simulam faltas e agressões, na tentativa de provocar uma punição mais séria contra

a equipe adversária (advertência ou expulsão de um jogador). Determinados

torcedores, em ambos os casos, comemoram tais ações como se fosse um gol.

Quais os valores éticos aqui envolvidos?

Não teríamos que nos perguntar, às vezes, se não estamos dando pouca ou nenhuma importância para as palavras, expressões, músicas, jogos e atitudes, presentes na nossa sociedade? Não estamos todos, fazendo uso indiscriminado das palavras? O esporte de rendimento pode em algumas situações, estar contribuindo para promover a violência? Destacamos as palavras de Orlick (1989, p. 71), ao apontar que “descobertas feitas em estudos controlados apoiam a proposição geral de que a observação da agressão nos esportes aumenta a probabilidade de um subsequente comportamento agressivo”.

5. Educação para a paz: debater com os alunos sobre a necessidade de trabalhar

com os alunos na construção de uma cultura de paz, compreender seus sentidos

(positivo e negativo) e apresentar suas características (diálogo, participação e

resolução pacífica do conflito), como contribuição para a redução das situações de

violência no âmbito escolar.

De acordo com Jares apud Velázquez Callado (2004, p. 32), uma educação

voltada para a paz é:

[...] um processo educativo, dinâmico, contínuo e permanente, fundamentado nos conceitos de paz positiva e no conflito, como elementos significativos e definidores, e que, por meio da aplicação de enfoques sócio-afetivos e problematizantes, pretende desenvolver um novo tipo de cultura, a cultura da paz, que ajude as pessoas a desvendar criticamente a realidade, para poderem situar-se diante dela e, e, consequência, nela tomar parte.

Milani apud Finck e Salles Filho (2012, p. 115), entendendo que o conceito

de cultura da paz, ainda está em construção, nos dá a seguinte contribuição:

No que se refere à escola, a abordagem da Cultura da Paz ressalta diversas necessidades e estratégias: uma relação educador-educando fundamentada no afeto, respeito e diálogo; um ensino que incorpore a dimensão dos valores éticos e humanos; processos decisórios democráticos, com a efetiva participação dos alunos e de seus pais nos destinos da comunidade escolar; implementação de programas de capacitação continuada de professores; aproveitamento das oportunidades educativas para o aprendizado do respeito às diferenças e a resolução pacífica de conflitos; abandono do modelo vigente de competição e individualismo por outro, fundamentado na cooperação e no trabalho conjunto[...].

Entendendo a Educação para a Paz, como um processo de transformação e

mudança cultural, centrado no conflito e no tratamento dado a ele, o quadro a seguir,

apresenta em síntese, um comparativo entre a cultura tradicional, em que a paz se

apresenta com sentido negativo e a cultura de paz, num sentido positivo:

Cultura Tradicional

(Paz negativa) Cultura de Paz (Paz positiva)

A paz define-se como ausência de guerras e de violência direta.

A paz define-se como ausência de todo tipo de violência (direta e estrutural). A justiça social é uma condição para que ela exista.

A paz limita-se as relações nacionais e internacionais e sua manutenção depende unicamente dos estados.

A paz faz parte da vida, pessoal e interpessoal. É responsabilidade de todos e de cada um de nós.

A paz é um fim, uma meta a que se tende e que nunca se alcança plenamente.

A paz é um processo contínuo e permanente.

O fim justifica os meios. O uso da violência é justificável para alcançar e garantir a paz.

Não deve haver incoerência na utilização dos métodos para alcançar a paz. Não se justifica a utilização da violência em nenhum caso.

A paz é utópica e inalcançável. A paz é um processo contínuo e acessível. A cooperação, o entendimento e a confiança são as bases das relações.

O conflito é visto como algo negativo. O conflito existe independente de sua regulação. O negativo é recorrer a violência para regulá-lo.

É preciso evitar os conflitos. O conflito é necessário. É preciso resolvê-los sem recorrer à violência.

Quadro 1: Adaptado de VELÁZQUEZ CALLADO, 2004, p. 28.

Mais importante do que a existência do conflito e dos agentes envolvidos

nele, e saber como agir diante da situação, que caminhos seguir, e quais são as

atitudes e providências a serem tomadas. Mas também é importante estar preparado

para isso.

E aí professor! O que você entender por conflito? TOSCANO (2001, p. 92), caracteriza o conflito como “um processo em que duas ou mais pessoas ou grupos tentam ativamente frustrar os propósitos uns dos outros e impedir a satisfação de seus interesses, chegando inclusive a lesar ou destruir o adversário”. E o que fazer diante da situação? Reconhecido o conflito, a partir das frustrações e desentendimentos que dão origem ao processo, dependendo da maneira como é administrado, ele pode ter um efeito construtivo ou destrutivo (MARTINELLI e ALMEIDA, 1998). Será que durante a nossa formação acadêmica e no decorrer dos nossos anos de trabalho, fomos preparados para lidar com as situações de violência e aprender a resolver conflitos?

6. Atividade 15: Espaguete humano

Formação: um círculo de alunos voltados de frente para o centro do círculo.

Desenvolvimento: ao sinal do professor os alunos deverão estender as mãos a

frente e segurar na mão de um dos colegas, desde que não seja de nenhuma

pessoa que esteja ao seu lado, formando um grande ‘nó humano’. Agora os alunos

deverão tentar desfazer o nó e formar novamente o círculo, sem soltar as mãos.

7. Tarefa: elaboração de uma atividade cooperativa com bola para o próximo

encontro.

8. Atividade 16: Conquista (ou Pega-bandeira)

Material: duas bolas diferentes.

Formação: duas equipes cada uma em um lado da quadra.

Desenvolvimento: posicionar as bolas, cada uma dentro de uma área da quadra.

Cada equipe deve estar dentro da sua quadra de defesa. Dado o sinal os jogadores

devem tentar chegar até a área onde esteja sua bola e retornar para sua quadra de

defesa. Tanto na ida quanto na volta o jogador não pode ser tocado no seu campo

de ataque, se isso acontecer ele fica ‘colado’. Cada jogador que estiver colado pode

ser descolado por qualquer outro que ainda esteja livre. A equipe que conseguir

passar primeiro para sua quadra de defesa com a bola dominada marca ponto e o

jogo recomeça.

As atividades de criatividade e sintonia são também conhecidas como jogos de autoconhecimento, quando o jogador, depois de se perceber no jogo, começa a perceber os demais jogadores. São jogos que estimulam a imaginação, a criatividade e a intuição (SOLER, 2008).

Unidade V

O primeiro passo é a apresentação das tarefas da unidade anterior. Aqui

serão abordados mais dois temas que tratam dos jogos cooperativos, onde serão

descritas as características destes jogos e seu importante papel na inclusão social.

Serão vivenciadas mais quatro atividades sendo uma (01) de toque e

confiança, duas (02) de criatividade e sintonia e mais uma (01) classificada como

jogo de fechamento.

1. Feedback e apresentação: recapitulação dos temas da unidade anterior e

vivências das tarefas do quarto encontro.

2. Atividade 17: Captura

Formação: dois grupos de alunos.

Desenvolvimento: primeiramente delimita-se um espaço de cada lado da quadra que

será o ‘alojamento’ dos capturados. Os alunos devem perseguir um ao outro, mas

não podem agarrar no corpo. A captura acontece, quando dois ou mais alunos,

cercam o colega da outra equipe unindo as mãos. A única forma de escapar é

enquanto o círculo estiver aberto. O capturado deve então ser levado para o

‘alojamento’. Vence o grupo que aprisionar todos os integrantes do outro grupo. Esta

brincadeira permite variações.

3. Jogos cooperativos: enumerar com os alunos quais são as características

fundamentais destes jogos, proporcionando momentos de construção coletiva, e

confrontá-las com as descrições de alguns autores.

Para Orlick (1989, p. 67), “a competição aumenta, ao invés de diminuir, a

susceptibilidade à influência da agressividade”.

Brown (1994, p. 17), ao falar da competição afirma que além de expressar

uma relação de dominação, ela é também “uma maneira de explicar a realidade,

justificar a situação como parte de uma ‘ordem natural’ ou do destino e, assim negar

e invalidar qualquer possibilidade de mudança”.

No quadro a seguir, são apresentadas algumas características,

estabelecendo uma comparação entre os jogos competitivos e cooperativos:

Jogos Competitivos Jogos Cooperativos

Jogar contra o outro. Jogar com o outro.

São divertidos apenas para alguns. São divertidos para todos.

A maioria tem um sentimento de derrota. Todos tem um sentimento de vitória.

Alguns são excluídos pela sua falta de habilidade.

Há mistura de grupos que brincam juntos criando alto nível de aceitação mútua.

Aprende-se a ser desconfiado. Todos participam e ninguém é rejeitado ou excluído.

Os perdedores ficam de fora do jogo e simplesmente são excluídos.

Os jogadores aprendem a ter um censo de unidade e a compartilhar o sucesso.

Os jogadores não se solidarizam e ficam felizes quando alguma coisa de ruim acontece aos outros.

Desenvolvem autoconfiança porque todos são bem aceitos.

O jogo é possível para poucos. O jogo é possível para todos.

Pouca tolerância à derrota desenvolve em alguns jogadores um sentimento de desistência em face das dificuldades.

A habilidade de perseverar face às dificuldades é fortalecida.

Poucos se tornam bem sucedidos. Para cada um o jogo é um caminho de evolução (co-evolução).

Quadro 2: Adaptado de Brotto, 2000, p. 65.

Para que essas características possam ser desenvolvidas, Orlick descreve

aquilo que considera os quatro pilares fundamentais para o sucesso dos jogos

cooperativos:

Figura 1: Orlick apud Soler, 2009, p. 45

4. Atividade 18: Cerca elétrica

Material: barbante e suportes (postes).

Formação: fixar o barbante nos suportes a 1,5 m do solo, formando um quadrado de

aproximadamente 5 x 5 m, estando os alunos dentro desse espaço.

Desenvolvimento: os alunos tentarão sair do quadrado sem tocar no barbante e nem

passando pelo espaço entre o barbante e o solo. Se algum aluno tocar no barbante

ele retorna ao quadrado e posteriormente faz uma nova tentativa.

5. Jogos cooperativos: apresentar estas atividades como importantes ferramentas

pedagógicas para a promoção da inclusão social.

“Propomos jogos que buscam a participação de todos, sem que alguém

fique excluído, jogos onde o objetivo e a diversão estão centrados em metas

coletivas e não em metas individuais” (BROWN, 1994, p. 24).

As atividades cooperativas procuram potencializar a autoestima e as

relações sociais, valorizando o jogar com o outro em detrimento do jogar contra o

outro. É uma proposta inclusiva, pois busca a participação de todos independente de

COOPERAÇÃO ACEITAÇÃO

ENVOLVIMENTO DIVERSÃO

JOGO COOPERATIVO

suas habilidades (SOLER, 2006).

Devemos lembrar que os termos inclusão social e escolar, não fazem referência apenas às pessoas e alunos com deficiência. A maior preocupação está na valorização da pessoa humana, em suas diferenças, suas características. Muitas vezes, discutimos e ficamos preocupados em trabalhar com os alunos que possuem alguma deficiência, mas esquecemos de promover em nossas atividades a inclusão do mais alto ou do mais baixo, do magro ou do gordinho, do mais forte e do mais fraco, dos meninos e das meninas.

6. Atividade 19: Acerta pé

Material: uma bola macia.

Formação: dois círculos com o mesmo número de alunos, os alunos do círculo

interno deverão permanecer unidos pelos braços, na altura dos cotovelos e de

costas uns para os outros, e os alunos do círculo externo, permanecerão de mãos

dadas de frente para o outro círculo.

Desenvolvimento: de posse de uma bola, os alunos que estão no círculo externo

tentarão acertar os colegas, chutando a bola nas pernas dos colegas que estão no

círculo interno, que por sua vez tentarão esquivar-se da bola. Quando o aluno

receber a bolada, ele deve trocar de lugar com quem acertou o chute e a atividade

continua.

7. Tarefa: elaboração de uma atividade cooperativa utilizando cordas.

8. Atividade 20: Catraca, roda-dentada ou engrenagem

Material: colchonetes ou um local com piso macio.

Formação: os alunos deverão estar deitados no solo, de barriga para cima, um lado

do outro, alinhados na altura dos ombros. Um aluno deverá permanecer de pé para

dar início a brincadeira. O professor irá posicionar o aluno perpendicularmente aos

demais colegas que deverão girar todos para o mesmo lado fazendo com que o

aluno deslize por sobre eles até chegar a outra extremidade. A brincadeira

prossegue até que todos os alunos tenham passado pela ‘catraca’.

Nas atividades de fechamento os participantes estabelecem uma relação entre o jogo e a vida, posicionando-se em relação ao grupo. Nesses jogos pode-se perceber como o grupo evoluiu (SOLER, 2008).

Unidade VI

Nesta unidade, depois de apresentadas as tarefas referentes ao encontro

anterior, será realizada uma apresentação onde será descrita uma classificação dos

jogos cooperativos e sequência metodológica a ser utilizada no emprego dos jogos

nas aulas de Educação Física.

Serão realizadas outras quatro atividades, de acordo com a sequência

metodológica proposta, sendo uma (01) de ‘quebra-gelo’ e integração, uma (01) de

toque e confiança, uma (01) de criatividade e raciocínio e uma (01) de fechamento.

1. Feedback e apresentação: relembrar os temas do encontro anterior e apresentar

as tarefas do quinto encontro.

2. Atividade 21: Saudação

Formação: dispersos pelo local.

Desenvolvimento: os alunos devem se deslocar andando de costas, curvados para

frente e segurando nos calcanhares. Toda vez que o aluno esbarrar ou encontrar

outro aluno, deve cumprimentá-lo olhando por entre as pernas.

3. Jogos cooperativos: apresentar aos alunos de forma expositiva, uma classificação

dos jogos cooperativos de acordo com a proposta descrita por Reinaldo Soler (2008)

e Terry Orlick (1989), e sua utilização a partir de uma sequência metodológica.

Segundo Orlick (1989), os jogos cooperativos estão divididos em quatro

categorias, numa sequência progressiva que tem início no trabalho com os jogos

semicooperativos, passando pelos jogos de inversão, pela experiência com os jogos

de resultado coletivo até chegar ao ápice que é o trabalho com os jogos

cooperativos sem perdedores.

Soler (2008) descreve outra classificação dos jogos cooperativos, também

em quatro categorias distintas, elaborada por David Earl Plats, enquanto instrumento

de aprendizagem. De acordo com o autor, eles são divididos e trabalhados na

seguinte ordem, como que numa sequência pedagógica: jogos de “quebra-gelo” e

integração, jogos de toque e confiança, jogos de criatividade e sintonia, e jogos de

fechamento.

O quadro abaixo apresenta uma comparação entre as classificações apresentadas por Soler e Orlick:

De acordo com Orlick (1989) De acordo com Soler (2008)

Jogos semicooperativos Jogos de ‘quebra-gelo’ e integração

Jogos de inversão Jogos de toque e confiança

Jogos de resultado coletivo Jogos de criatividade e sintonia

Jogos sem perdedores Jogos de fechamento.

E lembre-se professor, mais importante do que a classificação a ser adotada é a utilização de suas atividades respeitando-se a sequência pedagógica.

4. Atividade 22: Torre

Material: cadeiras.

Formação: grupos de oito a quinze pessoas.

Desenvolvimento: todos devem tentar equilibrar-se sobre a cadeira. A tarefa se

completa quando todos permanecerem imóveis por dois segundos e nenhum deles

esteja com os pés no solo.

6. Atividade 23: Calha

Material: bolas e cobertores (lençóis, toalhas ou TNT).

Formação: os alunos devem formar grupos com pelo menos 4 alunos em cada

cobertor.

Desenvolvimento: o primeiro grupo podendo ser lançadas ou passadas, formando

uma “calha” ou ainda superando obstáculos, como por exemplo, sobre uma rede de

vôlei ou cumprir determinado percurso.

7. Tarefa: os alunos deverão realizar um levantamento de atividades para serem

utilizadas na realização do evento cooperativo.

8. Atividade 24: Dança das cadeiras

Material: aparelho de som, cadeiras e fita ou giz.

Formação: um círculo com as cadeiras, apenas um aluno em pé e um quadrado

desenhado com fita (1 x 1 m) ao lado do círculo de cadeiras.

Desenvolvimento: explicar a atividade a partir forma tradicional (competitiva) da

dança das cadeiras. Nessa versão do jogo, o aluno que não conseguir sentar na

cadeira passa a correr em volta do quadrado e quando a música para, deve entrar

no quadrado. Quando um aluno não conseguir entrar no quadrado por ele estar

“cheio” ele então retorna ao círculo para poder tentar sentar na cadeira. Nessa

atividade, nenhum aluno fica parado, ou sente-se excluído.

É importante destacar que algumas atividades, a partir da visão do professor e do grupo em questão, possam encaixar-se em mais de uma categoria. Por exemplo: uma atividade inicialmente classificada como de toque e confiança pode ser utilizada por outro professor como sendo de toque e confiança ou ainda como de fechamento. Depende do entendimento e da subjetividade de cada educador. Sinta-se a vontade professor para utilizar de qualquer uma dessas atividades com seus alunos, não importa qual seja o ano de escolarização. Não se preocupe com o sucesso, nem mesmo com a aceitação, apenas com a possibilidade de oportunizar para eles a vivência dos jogos cooperativos.

Unidade VII

Nesta unidade acontecerá a organização do evento cooperativo, que

envolverá a participação de todos no planejamento, organização e execução de

todas as tarefas necessárias.

Para Poit (2000, p. 26), “organizar um evento é executar todas as

providências preparatórias necessárias para assegurar as melhores condições à sua

realização, sem problemas administrativos, disciplinares e estruturais”.

Serão organizados os grupos de trabalho, escolhidas as atividades,

estabelecer a providencia de material, a determinação de funções e a montagem do

Caderno de Atividades. Os alunos decidirão entre outras coisas, o público-alvo e o

local do evento, a data e hora de início das atividades, a utilização dos recursos

tecnológicos e as formas de controle e funcionamento das oficinas.

1. Grupos de Trabalho: divisão das equipes de trabalho, em grupos de quatro (04) a

seis (06) alunos, formando um total de seis (06) a oito (08) equipes.

2. Atividades: os alunos deverão escolher as atividades que pretendem trabalhar

com o público alvo, a ser definido, e a organização destas atividades de acordo com

a metodologia proposta.

3. Material: nesta fase, os alunos deverão realizar um levantamento do material a

ser utilizado durante o evento, e providenciar o material junto à escola.

4. Organização de pessoal: todos os alunos deverão estar cientes de suas

atribuições no dia do evento, sabendo onde irão atuar, e quais são as funções que

irão exercer, desde a recepção dos participantes, passando pela composição das

equipes, pelos monitores de turma até os instrutores das oficinas.

5. Caderno de atividades: todas as atividades apresentadas pelos alunos, criadas e

recriadas por eles, farão parte de um caderno de atividades, que será entregue aos

alunos ao final do evento.

Unidade VIII

Na última etapa da formação, acontecerá a realização do evento. Os alunos

já estarão incumbidos de suas funções e deverão conforme descrito no

planejamento anterior realizar as tarefas com um grupo específico de alunos.

Depois de concluído o encontro, será realizado um momento de partilha

sobre o trabalho, onde os alunos farão uma breve avaliação do evento, destacando

pontos positivos e negativos e relatando a experiência pessoal de cada um.

Por fim, os alunos responderão novamente ao questionário diagnóstico

respondido por eles no início da Unidade I, para posterior análise e interpretação dos

dados. Ao final da última etapa, os alunos receberão um Caderno de Atividades,

contendo todas as tarefas elaboradas por eles no decorrer da formação.

1. Organização: inicialmente os alunos terão que preparar o local, montar as oficinas

com seus respectivos materiais e distribuir o pessoal de acordo com suas funções.

2. Recepção: acolher e acompanhar o público-alvo até um local apropriado para a

formação das equipes e apresentação dos monitores.

3. Oficinas: percorrer as oficinas de acordo com a ordem estabelecida no

cronograma de atividades elaborado pelos alunos.

4. Encerramento: todos os participantes estarão envolvidos na realização de uma

atividade final, como fechamento do evento.

5. Organização: realizar o desmonte das oficinas, o recolhimento e devolução de

material e organização dos espaços.

6. Avaliação: permitir aos alunos, um momento de partilha sobre as atividades

realizadas e suas opiniões à respeito do evento.

7. Questionário diagnóstico: responder ao questionário oportunizado no encontro da

unidade I, para posterior análise e interpretação dos dados apresentados pelos

alunos.

“A ênfase nos jogos cooperativos está na participação de todos e não no

resultado. [...] A cooperação é um caminho que pode ajudar a solucionar

criativamente problemas e conflitos” (BROWN, p.38).

Pode-se dizer que não só no jogo, mas também em casa, na família, no

grupo de amigos, na escola e em todos os seguimentos da sociedade. Por isso, a

importância de trabalhar no sentido de organizar um evento envolvendo a

participação de todos.

4. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ARANHA, Maria Lúcia de Arruda; MARTINS, Maria Helena Pires. Temas de filosofia. 2. ed. rev. São Paulo: Moderna, 1998. ARAÚJO, Lidiane Silva de. et al. Universo consensual de adolescentes acerca da violência escolar. In: Psico-USF. Bragança Paulista: v. 17, n. 2, p. 243-251, Maio/Agosto, 2012. BARBANTI, Valdir J. Dicionário de Educação Física e do Esporte. São Paulo: Manole, 1994. BROTTO, Fábio Otuzzi. Jogos Cooperativos: se o importante é competir o fundamental é cooperar. 4. ed. São Paulo: Projeto Cooperação, 2000. ________. Jogos Cooperativos: o jogo e o esporte como um exercício de convivência. Santos, SP: Projeto Cooperação, 2001. BROWN, Guillermo. Jogos cooperativos: teoria e prática. São Leopoldo, RS: Sinodal, 1994. CHALITA, Gabriel. Pedagogia da amizade – bullying: o sofrimento das vítimas e dos agressores. São Paulo: Editora Gente, 2008. CHRISPINO, Álvaro. Gestão do conflito escolar: da classificação dos conflitos aos modelos de mediação. In: Ensaio: Avaliação e Políticas Públicas em Educação. Rio de Janeiro: v. 15, n. 54, p. 11-28, Janeiro/Março, 2007. ________; DUSI, Mirian Lucia Herrera Masotti. Uma proposta de modelagem de política pública para a redução da violência escolar e promoção da Cultura de Paz. In: Ensaio: Avaliação e Políticas Públicas em Educação. Rio de Janeiro: v. 16, n. 61, p. 597-624, Outubro/Dezembro, 2008. COLETIVO DE AUTORES. Metodologia do Ensino de Educação Física. São Paulo: Cortez, 1992. CORREIA, Marcos Miranda. Trabalhando com jogos cooperativos: em busca de novos paradigmas na Educação Física. Campinas, SP: Papirus, 2006. DEACOVE, Jim. Manual de jogos cooperativos. Santos, SP: Projeto Cooperação, 2002. FINCK, Silvia Christina Madrid; SALLES FILHO, Nei Alberto. Esporte e a formação de professores na prevenção de violências e mediação de conflitos escolares. In: Acta Scientiarium Education. Maringá, PR: v. 34, n. 1, p. 111-120, Janeiro/Junho, 2012. FISCHMANN, Roseli. Educação, Direitos Humanos, Tolerância e Paz. In: Paidéia. Ribeirão Preto: v. 11, n. 20, p. 67-77, 2001.

FREIRE, J. B.; SCAGLIA, A. J. Educação como prática corporal. São Paulo: Scipione, 2003. FREIRE, Paulo. Pedagogia do oprimido. 17. ed. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 1987. GUARESCHI, Pedrinho A.; SILVA, Michele Reis da. Bullying: mais sério do que se imagina. Porto Alegre: EDIPUCRS, 2008). HUIZINGA, J. Homo ludens: o jogo como elemento da cultura. São Paulo: Perspectiva, 1980. KISHIMOTO, Tizuko M. (Org). Jogo, brinquedo, brincadeira e a educação. 13. ed. São Paulo: Cortez, 2010. LAKATOS, Eva Maria; MARCONI, Marina de Andrade. Fundamentos de metodologia científica. 5. ed. São Paulo: Atlas, 2003. LIMA, Dartel Ferrari de. Dicionário de esportes. Rio de Janeiro: Sprint, 2002. MARTINELLI, Dante P.; ALMEIDA, Ana Paula de. Negociação e solução de conflitos: do impasse ao ganha-ganha através do melhor estilo. São Paulo: Atlas, 1998. ORLICK, Terry. Vencendo a competição. São Paulo: Círculo do Livro, 1989. POIT, Davi Rodrigues. Organização de eventos esportivos. 2. ed. Londrina, PR: D.R. POIT, 2000. SOLER, Reinaldo. Jogos cooperativos. 3. ed. Rio de Janeiro: Sprint, 2006. ________. Brincando e aprendendo com os jogos cooperativos. Rio de Janeiro: Sprint, 2008. 2. ed. TOSCANO, Moema. Introdução a sociologia educacional. 10. ed. Petrópolis, RJ: Vozes, 2001. VELÁZQUEZ CALLADO, Carlos. Educação para a paz: promovendo valores humanos na escola através da educação física e dos jogos cooperativos. Santos, SP: Projeto Cooperação, 2004.

APÊNDICE

QUESTIONÁRIO DIAGNÓSTICO

1. Para você o que é a violência e como ela acontece?

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2. Se você acredita que existe violência na escola de que forma ela acontece?

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3. Qual seu entendimento sobre jogos e brincadeiras?

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4. Qual seu entendimento sobre jogos cooperativos?

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5. Você acredita que os jogos, dependendo da forma como são conduzidos, podem

promover a competição de forma exagerada e a violência?

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