os desafios da escola pÚblica paranaense na … · erosão hídrica, os métodos conservacionistas...
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Versão On-line ISBN 978-85-8015-075-9Cadernos PDE
OS DESAFIOS DA ESCOLA PÚBLICA PARANAENSENA PERSPECTIVA DO PROFESSOR PDE
Produções Didático-Pedagógicas
FICHA PARA IDENTIFICAÇÃO PRODUÇÃO DIDÁTICO – PEDAGÓGICA
TURMA - PDE/2013
Título: A aula de campo e suas contribuições no estudo dos solos em Geografia
Autor Antonio Mateus Bergamasco Disciplina/Área Geografia Escola de Implementação do Projeto e sua localização
Colégio Estadual do Campo Teófila Nassar Jangada
Município da escola Reserva
Núcleo Regional de Educação
Telêmaco Borba
Professor Orientador Prof. Dr. Isonel Sandino Meneguzzo
Instituição de Ensino Superior
Universidade Estadual de Ponta Grossa
Relação Interdisciplinar Ciências
Resumo
O ensino da Geografia no contexto escolar apresenta atualmente uma série de dificuldades, principalmente o desinteresse dos alunos pelos estudos geográficos. Diante dessa constatação, torna-se imprescindível para o professor buscar métodos e técnicas que despertem o interesse dos alunos pela disciplina. Dentre os encaminhamentos metodológicos que podem ser utilizados, a aula de campo pode ser considerada pertinente dentro do estudo da Geografia, em especial, para o estudo dos solos. Considerando que a implementação desta unidade didática se efetivará no Colégio Estadual do Campo Teófila Nassar Jangada, localizado na área rural do município de Reserva, onde a maioria das famílias dos alunos realiza atividades ligadas à agropecuária pode-se inferir que o estudo dos solos através da aula de campo pode ser uma ferramenta eficaz para a aprendizagem e transformação da realidade local. Nesse sentido, este material tem como objetivo principal promover atividades teóricas e de campo com os(as) alunos(as) da 2ª série do Ensino Médio com a finalidade de estimulá-los no processo de ensino e aprendizagem da Geografia, Utilizando-se do tema "processos de erosão hídrica" pretende-se, assim, proporcionar um maior interesse e aprendizado dos alunos, bem como verificar os diversos tipos de processos erosivos hídricos existentes na região.
Palavras-chave Material Didático, solo, aula de campo, geografia
Formato do Material Didático
Unidade Didática
Público Alvo Alunos da 2ª Série do Ensino Médio
APRESENTAÇÃO
A proposição desta produção pedagógica é de criar mecanismos e
ferramentas necessárias para o desenvolvimento de atividades teóricas e de campo
com os(as) alunos(as) da 2ª série do Ensino Médio do Colégio Estadual do
Campo Teófila Nassar Jangada com a finalidade de estimulá-los no processo
ensino-aprendizagem da Geografia escolar, utilizando-se do tema "processos de
erosão hídrica".
O ensino da geografia no contexto escolar tem encontrado uma série de
dificuldades, principalmente o desinteresse pela disciplina por parte dos alunos
resultando em uma aprendizagem deficitária. Esta constatação exige do professor
uma ininterrupta busca por diferentes técnicas e métodos no ensino da geografia,
com o intuito de despertar nos alunos o interesse pelos estudos geográficos e a
construção de uma consciência crítica mediante os desafios que o mundo atual nos
traz em suas diferentes facetas.
Diante dessa realidade e das diversas temáticas que são desenvolvidas
dentro dos estudos da Geografia, diversos encaminhamentos metodológicos e
recursos didáticos podem ser utilizados na construção do conhecimento geográfico
escolar, dentre eles a aula de campo. Segundo as Diretrizes Curriculares Estaduais
de Geografia (2008, p. 80-81):
A aula de campo é um rico encaminhamento metodológico para analisar a área em estudo (urbano ou rural), de modo que o aluno poderá diferenciar, por exemplo, paisagem de espaço geográfico. Parte-se de uma realidade local, bem delimitada para investigar sua constituição histórica e as comparações com outros lugares, próximos ou distantes. Assim, a aula de campo jamais será apenas passeio, porque terá importante papel pedagógico no ensino de geografia.
Portanto, devido à sua importância, a atividade de campo deve, sempre que
possível, ser utilizada para o desenvolvimento dos estudos geográficos,
aproximando os alunos das diferentes realidades vividas nas mais diversas escalas
e levando-os à melhor compreensão das relações socioespaciais que resultam na
produção do espaço geográfico. A aula de campo neste contexto, como diz Bernard
Kaiser (2006, p.97) é “um meio e não um objetivo em si mesma”, portanto, é um
caminho para se chegar aos resultados esperados.
O Colégio Teófila, local onde será implementado este projeto, está localizado
no distrito de José Lacerda, na área rural do município de Reserva, estado do
Paraná. Trata-se então de uma instituição de ensino onde a maioria das famílias dos
alunos tem nas atividades agropecuárias sua principal fonte de renda e, dessa
forma, possui uma dependência direta do solo para seu sustento.
As práticas agrícolas empregadas na utilização dos solos, em sua maioria,
não respeitam as características e os limites que eles possuem e são degradantes
trazendo como consequência processos erosivos, poluição ambiental,
empobrecimento do solo e consequentemente perdas econômicas à população
local. Isso acontece muitas vezes por desconhecimento das características dos
solos da região e de como desenvolver corretamente as práticas agrícolas.
Nesse contexto o estudo do solo por meio da aula de campo torna-se
pertinente, pois faz parte da realidade local facilitando a prática de campo,
contribuindo para a aprendizagem e transformação da realidade.
Esta Unidade Didática está dividida em duas etapas, a primeira contempla os
conceitos referentes ao solo, sua formação, classificação, importância, os tipos de
erosão hídrica, os métodos conservacionistas e as atividades reflexivas e práticas.
Na segunda parte traz os procedimentos referentes à aula de campo em geografia.
Porém, deve-se ficar atento pois as duas etapas se interligam e se desenvolvem ao
mesmo tempo.
PRIMEIRA ETAPA
1 SOLO: CONCEITO, FORMAÇÃO, CLASSIFICAÇÃO E IMPORTÂNCIA
Atividade 1
Atividade de introdução ao tema a ser estudado
Objetivo:
Identificar os conhecimentos prévios dos educandossobre o tema.
Orientações Metodológicas:
Dividir a turma em grupos de 3 ou 4 alunos e pedir pararesponderem as perguntas a seguir de acordo com seusconhecimentos já adquiridos sobre o tema.
O que é solo?
Qual a importância do solo?
O solo tem sido submetido a práticas conservacionistas?
Que problemas o solo tem sofrido?
O que é processo de erosão hídrica do solo?
Que fatores provocam a erosão dos solos?
O que poderia acontecer se todos os solos sofressem grande
degradação?
Como cuidar bem do solo?
Em seguida os grupos socializarão suas respostas para a turma toda.
1.1 Conceito e formação do solo
Objetivo: Oferecer subsídios conceituais e teóricos para que os alunos
possam ser capazes de definir o que é solo e como ele se forma.
Orientações Metodológicas: Aula expositiva utilizando-se de textos impressos,
projetor de slides e quadro de giz para apresentar os conceitos descritos abaixo:
1.1.1 Conceito de solo
Existem vários conceitos para se definir o solo de acordo com os interesses
de cada ciência ligados às suas propriedades físicas, químicas e biológicas. Como
afirma Vesentini (1997, p. 285), o termo solo costuma ser usado em duas acepções
distintas:
Atividade 2
Vídeo sobre o solo
Objetivo:
Proporcionar um primeiro contato dos alunos com o tema estimulando-os a estudá-lo.
Orientações Metodológicas:
Assistir ao vídeo: Conhecendo o Solo que é encontrado noseguinte site: http://vimeo.com/54306301 em 23/09/2013.Após o vídeo lançar a seguinte pergunta aos alunos:
O que chamou mais a sua atenção?
Abrir espaço para discussões.
Em seu significado mais amplo e mais popular, designa o chão onde pisamos. É nesse sentido que falamos em ‘uso do solo urbano’ (para construir edifícios ou avenidas) ou em ‘solo lunar’, por exemplo. Em sentido mais estrito, ligado à agricultura ou à sua importância para a vegetação em geral, o solo refere-se à camada superficial de terra arável, possuidora de vida microbiana. Nessa acepção, o solo é um complexo vivo, formado pela decomposição das rochas por processos físicos, químicos e biológicos, onde existem água, ar, matéria orgânica (vegetais e microorganismos) e minerais.
Este estudo está voltado à segunda acepção, o solo ligado à agricultura e a
vegetação, que possui e produz vida. Já em 1959, o estudioso norte-americano
Peter Farb (1959) defendia que não existe solo sem vida, os dois aspectos são
inseparáveis. Para Bertoni e Lombardi Neto (1990, p. 28):
1.1.2 Formação do solo
O solo é formado por vários fatores que atuam de modo simultâneo e
integrado. Ou seja, para que o solo se forme é necessário que o clima e os
organismos atuem conjuntamente sobre um material de origem, que em geral é uma
rocha, a qual ocupa uma paisagem ou relevo, dentro de um período de tempo.
Assim, os elementos: clima, organismos, rocha, relevo e tempo são considerados
fatores de formação do solo, como podem ser observados na figura 1. (LIMA e LIMA,
2007, p. 1)
o solo é um recurso básico que suporta toda a cobertura vegetal de terra, sem a qual os seres vivos não poderiam existir. Nessa cobertura, incluem-se não só as culturas como, também, todos os tipos de árvores, gramíneas, raízes e herbáceas que podem ser utilizadas pelo homem.
Figura 1. A paisagem e os fatores responsáveis pela formação do solo.
Fonte: LIMA, Valmiqui Costa; LIMA, Marcelo Ricardo de; MELO, Vander de Freitas. meio ambiente: abordagem para professores do ensinoensino médio. Universidade Federal do Paraná. Curitiba: Departamento de Solos e Engenharia Agrícola, 2007.
Material de origem
Denomina-se como material de origem o
desenvolvidos os solos. Esse material pode
rochas ou sedimentos ou
acordo com o tipo de
arenosos, argilosos, férteis ou pobres.
Clima
O clima influencia
precipitação e da temperatura.
climas úmidos e quentes
intemperizados, isto é, com bastante alteração em relação à rocha. Esses solos
caracterizam-se por serem
fertilidade. A maioria dos solos do Brasil tem essas características. Já nas
áridas e semi-áridas, onde há baixa precipitação
. A paisagem e os fatores responsáveis pela formação do solo.
LIMA, Valmiqui Costa; LIMA, Marcelo Ricardo de; MELO, Vander de Freitas. abordagem para professores do ensino fundamental e médio e alunos do
ensino médio. Universidade Federal do Paraná. Curitiba: Departamento de Solos e genharia Agrícola, 2007.
Material de origem
se como material de origem o elemento através do qual são
desenvolvidos os solos. Esse material pode ser de natureza mineral
ou de natureza orgânica, ou seja, de resíduos vegetais
o tipo de material de origem os solos podem ser
arenosos, argilosos, férteis ou pobres. (LIMA e LIMA, 2007, p. 3)
O clima influencia na formação dos solos, sobretudo,
temperatura. Nesse sentido, as regiões tropicais que apresentam
limas úmidos e quentes, contribuem para a formação de solos muito
, isto é, com bastante alteração em relação à rocha. Esses solos
se por serem profundos e pobres, resultando assim em acidez e baixa
fertilidade. A maioria dos solos do Brasil tem essas características. Já nas
áridas, onde há baixa precipitação, os solos são pouco
. A paisagem e os fatores responsáveis pela formação do solo.
LIMA, Valmiqui Costa; LIMA, Marcelo Ricardo de; MELO, Vander de Freitas. O solo no fundamental e médio e alunos do
ensino médio. Universidade Federal do Paraná. Curitiba: Departamento de Solos e
através do qual são
ser de natureza mineral, isto é, de
resíduos vegetais. De
os solos podem ser avaliados como
sobretudo, em razão da
as regiões tropicais que apresentam
formação de solos muito
, isto é, com bastante alteração em relação à rocha. Esses solos
resultando assim em acidez e baixa
fertilidade. A maioria dos solos do Brasil tem essas características. Já nas regiões
, os solos são pouco
intemperizados, e por isso se caracterizam por serem
fertilidade e, comumente
Relevo
O tipo de relevo influencia na formação do solo e também nos processos
erosivos. Em relevos planos aproximadamente toda a água da chuva penetra no
solo causando infiltração e propicia condições para que solos profundos sejam
formados. Nos relevos inclinados, maior parte da água escorre pela superfície e por
isso favorece os processos e
caracterizam, assim, por serem solos rasos.
Em áreas que apresentam relevo abaciado a água da chuva se acumula
superfície do solo e, além disso, essas áreas recebem a água da chuva das áreas
inclinadas. Toda essa água acumulada favorece a formação de banhados, também
chamados de várzeas, solos denominados hidromórficos, isto é, com água em
excesso. Quando há acúmulo de material de orig
oferecem matéria orgânica em grandes
Fonte: LIMA, Valmiquimeio ambiente: abordagem para professores do ensinoensino médio. Universidade Federal do Paraná. Curitiba: Departamento de Solos e Engenharia Agrícola,
Organismos
Os organismos que vivem no solo
insetos, os fungos, as bactérias, etc.,
formação dos solos. A vegetação fornece matéria orgânica,
Figura 2. Representação esquemática dos tipos de relevo que ocorrem na paisagem.
e por isso se caracterizam por serem mais rasos, d
comumente, pedregosos. (LIMA e LIMA, 2007, p. 4)
O tipo de relevo influencia na formação do solo e também nos processos
Em relevos planos aproximadamente toda a água da chuva penetra no
solo causando infiltração e propicia condições para que solos profundos sejam
formados. Nos relevos inclinados, maior parte da água escorre pela superfície e por
isso favorece os processos erosivos e atrapalha a formação do solo,
por serem solos rasos. (LIMA e LIMA, 2007, p. 4)
Em áreas que apresentam relevo abaciado a água da chuva se acumula
além disso, essas áreas recebem a água da chuva das áreas
inclinadas. Toda essa água acumulada favorece a formação de banhados, também
chamados de várzeas, solos denominados hidromórficos, isto é, com água em
excesso. Quando há acúmulo de material de origem vegetal os solos hidromórficos
oferecem matéria orgânica em grandes quantidades. (LIMA e LIMA, 2007, p. 4)
LIMA, Valmiqui Costa; LIMA, Marcelo Ricardo de; MELO, Vander de Freitas. abordagem para professores do ensino fundamental e médio e alunos do
ensino médio. Universidade Federal do Paraná. Curitiba: Departamento de Solos e Engenharia Agrícola, 2007.
Os organismos que vivem no solo, ou seja, os vegetais,
as bactérias, etc., exercem um papel bastante relevante na
A vegetação fornece matéria orgânica, protege contra a erosão
. Representação esquemática dos tipos de relevo que ocorrem na paisagem.
mais rasos, de melhor
O tipo de relevo influencia na formação do solo e também nos processos
Em relevos planos aproximadamente toda a água da chuva penetra no
solo causando infiltração e propicia condições para que solos profundos sejam
formados. Nos relevos inclinados, maior parte da água escorre pela superfície e por
rosivos e atrapalha a formação do solo, que se
(LIMA e LIMA, 2007, p. 4)
Em áreas que apresentam relevo abaciado a água da chuva se acumula na
além disso, essas áreas recebem a água da chuva das áreas
inclinadas. Toda essa água acumulada favorece a formação de banhados, também
chamados de várzeas, solos denominados hidromórficos, isto é, com água em
em vegetal os solos hidromórficos
quantidades. (LIMA e LIMA, 2007, p. 4)
Costa; LIMA, Marcelo Ricardo de; MELO, Vander de Freitas. O solo no fundamental e médio e alunos do
ensino médio. Universidade Federal do Paraná. Curitiba: Departamento de Solos e
vegetais, as minhocas, os
um papel bastante relevante na
protege contra a erosão
. Representação esquemática dos tipos de relevo que ocorrem na paisagem.
através da fixação das raízes no solo, as folhas evitam o impacto direto da chuva e
ao se decompor liberam ácidos. A fauna (minhocas, besouros, formigas, cupins, etc.)
atua ativamente na trituração e transporte dos resíduos vegetais no perfil do solo.
(LIMA e LIMA, 2007, p. 6)
Os fungos e as bactérias desempenham o ataque microbiano, o qual
transforma a matéria orgânica fresca em húmus, apresentando grande capacidade
de retenção de água e nutrientes. Essa capacidade é fundamental para que as
plantas que residem no solo tenham um bom desenvolvimento. (LIMA e LIMA, 2007,
p. 6)
Tempo
O tempo é um fator fundamental na formação do solo. Os processos que
conduzem a formação do solo precisam de determinado tempo para atuar.
Geralmente, necessita de milhares de anos para formação de um solo propício à
agricultura. O tempo que um solo vai levar para se formar dependerá do tipo de
rocha, do clima e do relevo daquela região. Assim, solos que se desenvolvem a
partir de rochas mais capazes de ser intemperizadas acabam se formando de modo
mais rápido, se comparar com os solos cujo material de origem se caracteriza por
ser uma rocha de difícil modificação. (LIMA e LIMA, 2007, p. 6)
Processos de formação do solo
Adições
É considerada adição tudo que se incorpora ao solo no seu desenvolvimento.
A adição mais importante é a matéria orgânica derivada da morte dos organismos
que habitam o solo, em especial a vegetação, pois ela é responsável por imprimir a
cor escura ao solo na parte superior, já que é rica em carbono. A quantia de matéria
orgânica que é incorporada ao solo varia muito já que vai depender do tipo de clima
e de relevo da região. (LIMA e LIMA, 2007, p. 7)
Assim, em climas que apresentam pouca chuva a vegetação é escassa, isso
resulta em menor adição de matéria orgânica. Já, em climas mais chuvosos, a
vegetação é mais farta e a quantidade de matéria adicionada acaba sendo maior.
Isso faz com que os solos tenham a sua parte superior mais escura e consistente.
(LIMA e LIMA, 2007, p. 7)
Perdas
No decorrer do desenvolvimento os solos podem perder materiais através da
forma sólida, ou seja, com a erosão ou através da solução, isto é, da lixiviação.
Como exemplo, tem-se os relevos bastante inclinados que contem solos mais rasos
em consequência da perda de materiais através da erosão. (LIMA e LIMA, 2007, p.
7)
Lixiviação
Em regiões com grande intensidade de chuva, a água solubiliza os minerais
do solo, estes liberam elementos químicos, como cálcio, magnésio, potássio e sódio,
que são levados para as águas subterrâneas. Em decorrência dessas perdas por
lixiviação solos tornam-se muito pobres. (LIMA e LIMA, 2007, p. 7)
Transformações
As transformações são processos que ocorrem durante a formação do solo e
produzem alterações químicas, físicas e biológicas. (LIMA e LIMA, 2007, p. 7)
Exemplo de alteração química: transformação dos minerais primários, os
quais faziam parte da rocha, em novos minerais, ou seja, minerais secundários.
(LIMA e LIMA, 2007, p. 7)
Exemplo de alteração biológica: os materiais vegetais que caem no solo,
como folhas, galhos, frutos e flores, e as raízes que morrem transformam-se em
húmus, um composto mais constante que é responsável pela cor escura dos solos.
Durante o processo de transformação acontece a liberação de ácidos orgânicos, os
quais igualmente colaboram na alteração dos componentes minerais do solo. (LIMA
e LIMA, 2007, p. 7)
Transportes
Como consequência da ação da gravidade e da evapotranspiração
da perda de água das plantas e do solo pela ação do calor, pode acontecer a
translocação de materiais orgânicos e minerais dentro do próprio solo. Essa
circulação pode ocorrer em dois sentidos, isto é, de cima para baixo ou de baixo
para cima. (LIMA e LIMA, 2007, p. 8)
Formação do perfil do solo
Perfil do solo e seus horizontes ou camadas
Os solos são formados
que são produto da ação conjunta dos fatores e proce
sucessão vertical de camadas ou horizontes é nomeada
MELO, 2007, p. 11)
Perfil do solo - representa
Como consequência da ação da gravidade e da evapotranspiração
da perda de água das plantas e do solo pela ação do calor, pode acontecer a
translocação de materiais orgânicos e minerais dentro do próprio solo. Essa
ocorrer em dois sentidos, isto é, de cima para baixo ou de baixo
(LIMA e LIMA, 2007, p. 8)
Formação do perfil do solo
Perfil do solo e seus horizontes ou camadas
formados por uma sequência vertical de camadas horizontais
da ação conjunta dos fatores e processos de formação. Essa
de camadas ou horizontes é nomeada de perfil do solo.
representa uma divisão vertical que começa
Como consequência da ação da gravidade e da evapotranspiração, ou seja,
da perda de água das plantas e do solo pela ação do calor, pode acontecer a
translocação de materiais orgânicos e minerais dentro do próprio solo. Essa
ocorrer em dois sentidos, isto é, de cima para baixo ou de baixo
vertical de camadas horizontais
ssos de formação. Essa
de perfil do solo. (LIMA e
começa na superfície do
solo e finaliza na rocha, podendo ser composto
MELO, 2007, p. 11)
Horizontes do solo
constituídas pelos processos pedogenéticos, ou seja, através das
perdas, dos transportes e
Figura 3. Horizontes do solo.
Fonte: LIMA, Valmiqui Costa; LIMA, Marcelo Ricardo de; MELO, Vander de Freitas. ambiente: abordagem para professores do ensinoUniversidade Federal do Paraná. Curitiba: Departamento de Solos e Engenharia Agrícola, 2007.
Na natureza existem numerosos tipos de perfis de solo, pois os fatores de
formação solo (rocha, clima, relevo, organismos e tempo) e os processos de
formação, como a adição, remoção, transformação e translocação variam muito.
Sendo assim, os solos podem ap
grau de desenvolvimento do solo. Por exemplo, um solo jovem pode ser constituído
de somente o horizonte A sobre a rocha (A
apresenta um maior número de horizontes (A
4. (LIMA e MELO, 2007, p. 14)
a rocha, podendo ser composto por um ou mais horizontes.
Horizontes do solo - são as diferentes camadas que
pelos processos pedogenéticos, ou seja, através das
transportes e das transformações. (LIMA e MELO, 2007, p. 11)
. Horizontes do solo.
LIMA, Valmiqui Costa; LIMA, Marcelo Ricardo de; MELO, Vander de Freitas. abordagem para professores do ensino fundamental e médio e alunos do ensino médio.
al do Paraná. Curitiba: Departamento de Solos e Engenharia Agrícola, 2007.
Na natureza existem numerosos tipos de perfis de solo, pois os fatores de
formação solo (rocha, clima, relevo, organismos e tempo) e os processos de
formação, como a adição, remoção, transformação e translocação variam muito.
Sendo assim, os solos podem apresentar um ou mais horizontes, de acordo com o
grau de desenvolvimento do solo. Por exemplo, um solo jovem pode ser constituído
de somente o horizonte A sobre a rocha (A-R). Por outro lado, um solo mais antigo
apresenta um maior número de horizontes (A-B-C-R), como pode ser visto na figura
(LIMA e MELO, 2007, p. 14)
por um ou mais horizontes. (LIMA e
diferentes camadas que compõem o solo,
pelos processos pedogenéticos, ou seja, através das adições, das
(LIMA e MELO, 2007, p. 11)
LIMA, Valmiqui Costa; LIMA, Marcelo Ricardo de; MELO, Vander de Freitas. O solo no meio fundamental e médio e alunos do ensino médio.
al do Paraná. Curitiba: Departamento de Solos e Engenharia Agrícola, 2007.
Na natureza existem numerosos tipos de perfis de solo, pois os fatores de
formação solo (rocha, clima, relevo, organismos e tempo) e os processos de
formação, como a adição, remoção, transformação e translocação variam muito.
resentar um ou mais horizontes, de acordo com o
grau de desenvolvimento do solo. Por exemplo, um solo jovem pode ser constituído
R). Por outro lado, um solo mais antigo
R), como pode ser visto na figura
Fonte: LIMA, Valmiqui Costa; LIMA, Marcelo Ricardo de; MELO, Vander de Freitas. ambiente: abordagem para professores do ensinoUniversidade Federal do Paraná. Curitiba: Departamento de Solos e Engenharia Agrícola, 2007.
Atividade 3
Produção de um diário de campo
Estimulare fatosDidática
Os alunosum receberájornais, EVA,bordo de acordo
O diário vaicomentáriosdevem serPosteriormentecom os alunos
LIMA, Valmiqui Costa; LIMA, Marcelo Ricardo de; MELO, Vander de Freitas. abordagem para professores do ensino fundamental e médio e alunos do ensino médio.
Universidade Federal do Paraná. Curitiba: Departamento de Solos e Engenharia Agrícola, 2007.
Figura 4. Alguns tipos de perfis de solo.
Atividade 3
Produção de um diário de campo
Objetivo:
Estimular os alunos a anotar e registrar as diversasocorridos durante a implementação
Didática.
Orientações Metodológicas:
alunos serão divididos em grupos de 4 ou 5 alunosreceberá um caderno e materiais como recortes
EVA, pincel atômico, etc, para personalizaracordo com o critério de cada um.
vai se compor de um texto, com as observaçõescomentários e também imagens. Como é um diário,
ser datados, como um relatório de cada diaPosteriormente todos os diários e demais atividades
alunos serão expostos no colégio.
LIMA, Valmiqui Costa; LIMA, Marcelo Ricardo de; MELO, Vander de Freitas. O solo no meio fundamental e médio e alunos do ensino médio.
Universidade Federal do Paraná. Curitiba: Departamento de Solos e Engenharia Agrícola, 2007.
diversas atividadesda Unidade
alunos e cadarecortes de revistas,
personalizar o diário de
observações ediário, os relatos
dia observado.atividades realizadas
1.2 Classificação dos solos
Objetivo: Oferecer subsídios teóricos para que os alunos possam
compreender a existência de diversos tipos de solos e suas características.
Orientações Metodológicas: Aula expositiva utilizando-se de textos impressos,
projetor de slides e quadro de giz para transmitir os conceitos descritos abaixo.
É importante que os solos sejam classificados por que:
O sistema de identificação, classificação e mapeamento dos solos do Brasil
começou na década de 1950, atingindo seu auge com o atual Sistema Brasileiro de
Classificação de Solos (EMBRAPA, 2006). Este sistema é dividido em 13 ordens,
sendo que algumas não são comuns no Paraná.
a) permite conhecer quais as qualidades e limitações dos solos de um município,
estado ou país;
b) possibilita a troca de informações técnicas entre as pessoas que usam ou
estudam os solos;
c) permite predizer o comportamento dos solos;
d) permite identificar o uso mais adequado dos solos. (LIMA; LIMA e MELO, 2007,
p. 77)
Fonte: http://www.embrapa.br/imprensa/noticias/2012/marco/4a-semana/embrapa-lanca-versao-atualizada-do-mapa-de-solos-do-brasil/image/image_view_fullscreen em 27/09/2013.
Figura 5. Mapa de solos do Brasil.
Figura 6. Mapa Simplificado de Solos do Estado do Paraná.
Fonte: http://www.escola.agrarias.ufpr.br/arquivospdf/mapa_solos_pr.pdf
Na figura 7 são relacionadas às ordens de maior ocorrência no Estado e, de
forma resumida, são dados os conceitos, além de algumas informações sobre as
qualidades e limitações ao uso agrícola e os significados do ponto de vista
ambiental.
Figura 7. Principais classes de solos encontradas no estado do Paraná.
Fonte: LIMA, Valmiqui Costa; LIMA, Marcelo Ricardo de; MELO, Vander de Freitas. Conhecendo os principais solos do Paraná: abordagem para professores do ensino fundamental e médio. Universidade Federal do Paraná. Curitiba: Sociedade Brasileira de Ciência do Solo, 2012.
No município de Reserva os tipos de solos que podem ser encontrados
conforme mostra o mapa da figura 8 são: o neossolo, o latossolo, o argissolo,
cambissolo e nitossolo.
Figura 8. Mapa dos tipos de solo do município de Reserva.
Fonte: Adaptado de http://www.escola.agrarias.ufpr.br/arquivospdf/mapa_solos_pr.pdf
Atividades práticas (4 e 5)
Demonstrardas plantasformado porespessura,estruturas,
Esta atividadeprimeira visitatrabalho quandocampo.
Atividadedesenvolvidalaboratórioexista), naaula ou noescola.
Realização da 1ª visita técnica (
campo)
Atividades práticas (4 e 5)
Objetivo:
Demonstrar a importância do horizonte A para o desenvolvimentoplantas e que o solo não é uniforme em profundidade,
por camadas ou horizontes, que diferemespessura, teor de argila, silte e areia, tipo eestruturas, plasticidade, pegajosidade e teor de matéria
Orientações Metodológicas:
atividade deve ser desenvolvida de formavisita técnica proposta na segunda
quando os alunos coletarão as amostras
Atividade 4
Montagem de um perfil de solo
a serdesenvolvida em
(casosala depátio da
Cada grupo de alunoscortar a parte superioruma garrafa PETas amostras dos horizontes(A, B, C) conformedispostas verticalmenteperfil do solo, identificandocada horizonte naexterna da garrafaetiqueta adesivaatômico.
Realização da 1ª visita técnica (verificar segunda parte: aula de
desenvolvimentoprofundidade, porém
diferem quanto à cor,e tamanho das
matéria orgânica.
forma integrada aparte deste
amostras de solo em
alunos devesuperior de
e colocarhorizontes
conforme estavamverticalmente no
identificandona parede
garrafa comou pincel
aula de
Fonte: LIMA, Valmiqui Costa; LIMA, Marcelo Ricardo de; MELO, Vander de Freitas. ambiente: abordagem para professores do ensinoUniversidade Federal do Paraná. Curitiba: Departamento
1.3 Importância dos solos
Objetivo: sensibilizar os alunos acerca da importância
preservação para a manutenção da vida na Terra.
O solo é um dos recursos naturais mais importante
dele provém indiretamente a maior parte dos alimentos consumidos pela
humanidade, além de ser suporte para a existencia de boa parte da vida terrestre e
manter o equilíbrio nos ecossistemas.
Sugestão de vídeo
http://www.youtube.com/watch?v=ys5xc25FnsQ
Quando se pensa
vegetais, como apoio físico e como fonte de nutrientes e água para os vegetais. Mas
a) Colocar amostras dos
horizontes A e B bem
destorroadas em vasos distintos e etiquetá-los com
a letra correspondente
a cada horizonte;
LIMA, Valmiqui Costa; LIMA, Marcelo Ricardo de; MELO, Vander de Freitas. abordagem para professores do ensino fundamental e médio e alunos do ensino médio.
Universidade Federal do Paraná. Curitiba: Departamento de Solos e Engenharia Agrícola, 2007.
ncia dos solos
Objetivo: sensibilizar os alunos acerca da importância
preservação para a manutenção da vida na Terra.
O solo é um dos recursos naturais mais importantes para a humanidade, pois
dele provém indiretamente a maior parte dos alimentos consumidos pela
humanidade, além de ser suporte para a existencia de boa parte da vida terrestre e
manter o equilíbrio nos ecossistemas.
vídeo sobre o tema: A VIDA NO SOLO disponível em:
http://www.youtube.com/watch?v=ys5xc25FnsQ
se pensa na função do solo, logo se associa com a sustentação
físico e como fonte de nutrientes e água para os vegetais. Mas
Atividade 5
Experiência com plantas
Cada grupo de alunosdeve:
b) Colocar 3 sementes de
milho ou feijão em
cada vaso a mais ou
menos 1 cm de
profundidade e cobrir com
solo;
c) Regar diariamente
com quantidade
de água suficiente
apenas para deixar o solo
úmido;
LIMA, Valmiqui Costa; LIMA, Marcelo Ricardo de; MELO, Vander de Freitas. O solo no meio fundamental e médio e alunos do ensino médio.
de Solos e Engenharia Agrícola, 2007.
Objetivo: sensibilizar os alunos acerca da importância do solo e da sua
para a humanidade, pois
dele provém indiretamente a maior parte dos alimentos consumidos pela
humanidade, além de ser suporte para a existencia de boa parte da vida terrestre e
O SOLO disponível em:
com a sustentação dos
físico e como fonte de nutrientes e água para os vegetais. Mas
d. Observar o desenvolvimento
da planta. Em qual horizonte
ela se desenvolve
melhor
e por quê? Qual a conclusão?
a função do solo não é só essa. O solo também contempla relevantes funções
ambientais (BARCELLOS e MOTTA, 2007, p. 100). Afinal, o solo promove a
interação com todos os seres vivos. Todos os nutrientes que as plantas sugam e
serão aproveitados, mais tarde, por nós e por todos os seres, em determinado
momento do seu ciclo, passaram pelo solo. Bem como, a grande quantidade de
organismos presentes no solo geram o reaproveitamento dos nutrientes. Assim, o
solo é muito importante ambientalmente e pode agir em seis funções decisivas:
a) Ciclagem de materiais orgânicos para liberação de nutrientes, que posteriormente serão
reutilizado na síntese de nova matéria orgânica (ou seja, um ciclo);
b) Estocagem e gradual liberação de água e nutrientes;
c) Divisão da água da chuva que chega à superfície do solo: escorrimento superficial e
infiltração;
d) Manutenção da diversidade de habitat necessária aos seres vivos do solo;
e) Sustentação das raízes e resistência à erosão provocada pelo vento e água;
f) Divisão (partição) da energia superficial, importante em processos globais. (DORAN e
PARKIN, 1996)
Fonte: LIMA, Valmiqui Costa; LIMA, Marcelo Ricardo de; MELO, Vander de Freitas. O solo no meio ambiente: abordagem para professores do ensino fundamental e médio e alunos do ensino médio. Universidade Federal do Paraná. Curitiba: Departamento de Solos e Engenharia Agrícola, 2007.
Atividade prática 6
Objetivo:
Demonstrar que o solo retém água e é importantefiltro de substâncias poluentes.
Orientações Metodológicas:
Cada grupo deve coletar o solo necessário para arealização desta atividade durante a 1ª visita técnicaproposta na segunda parte deste trabalho.
Materiais necessários para cada grupo de alunos:
- Aproximadamente 1 litro de solo seco peneirado.
- Duas garrafas PET transparente (2 litros).
- Frasco de 1.000 ou 500 mL com escala de medição emmL.
- Uma colher de café
Procedimento:
Pegar duas garrafas plásticas de refrigerante de 2 litrose cortar uma no terço superior e a outra na metade. Agarrafa cortada na metade será utilizada como suporte.Fazer três pequenos orifícios na tampa da garrafa quefoi cortada em um terço (Figura ?).
Medir 1 litro de solo seco e colocar em uma garrafatransparente. Medir cerca de 500 mL de água, misturarcom uma colher de café e adicionar lentamente nasuperfície.
Após adição de todo conteúdo, esperar até o diaseguinte e medir quanto de água foi drenada. Medir aágua drenada e retirar do que foi adicionado (500 mL) everificar a cor da água antes e depois que passou nosolo.
Figura 9. Solo atuando como filtro e reservatório de água.
Fonte: Adaptado de LIMA, Valmiqui Costa; LIMA, Marcelo Ricardo de; MELO, Vander de Freitas. O solo no meio ambiente: abordagem para professores do ensino fundamental e médio e alunos do ensino médio. Universidade Federal do Paraná. Curitiba: Departamento de Solos e Engenharia Agrícola, 2007.
2 PROCESSOS DE EROSÃO HÍDRICA DO SOLO
O Brasil é considerado um país privilegiado por suas terras agricultáveis. No
entanto, esse patrimônio tem sido ameaçado consideravelmente pela agricultura de
exploração, ou seja, uma agricultura que não preza pelo cuidado com o solo por
considerar que pode explorar novas terras assim que determinado solo estiver
exaurido. De acordo com Bertoni e Lombardi Neto (1990, p. 21):
Percebe-se desse modo que, no processo de erosão do solo, o fator
preponderante para seu agravamento é o uso intensificado do mesmo pelo homem
que leva a exposição do solo às forças erosivas. Segundo Costa (2003) a erosão é a
ação de desgaste do solo pelo transporte dos seus constituintes realizado por
[...] um dos fatores de desgaste que mais seriamente têm contribuído para a improdutividade do solo é, sem dúvida, a erosão hídrica, facilitada e acelerada pelo homem com suas práticas inadequadas de agricultura. Práticas agrícolas comprovadamente nefastas, ainda adotadas pelos agricultores, como o plantio continuado e mal distribuído de culturas esgotantes e pouco protetoras do solo, o plantio em linhas dirigidas a favor das águas, a queimada drástica dos restos culturais e o pastoreio excessivo, estão acelerando gravemente o depauperamento das melhores terras do país.
agentes geológicos como o vento (erosão eólica) e a água (erosão hídrica). A erosão
hídrica ocorre através do impacto direto das gotas de chuva sobre o solo e ao
escoamento que a chuva causa. De acordo com Lal (1988, apud Dyonisio, 2010, p.
16):
A agressão causada pela erosão hídrica sobre o solo é significativo e por isso,
muito difícil de recompor, pois, conforme explica Bertoni e Lombardi Neto (1990, p.
25):
A erosão hídrica, decorrente das gotas de chuva pode ocorrer no solo como
erosão laminar, erosão em sulcos e erosão em voçorocas. Sendo que essas três
formas de erosão podem acontecer simultaneamente no mesmo terreno e
dependem da progressiva concentração de enxurrada na superfície do solo.
Bertoni e Lombardi Neto (1990, p. 75) consideram a erosão laminar como
sendo “a lavagem da superfície do solo nos terrenos arados”, segundo os autores
essa forma de erosão é muito pouco perceptível e por essa razão a mais perigosa,
pois ela
a capacidade da chuva de causar erosão do solo é atribuída à proporção e distribuição dos pingos d’água, segundo a carga de sua energia. Assim, a erosividade de uma chuva é atribuída à sua energia cinética ou momentum, parâmetros facilmente relacionados às suas intensidade e quantidade total.O momentum pode ser definido como um produto da massa pela velocidade. Trata-se de uma medida da pressão exercida pela chuva sobre o solo (pressão ou força por unidade de área), a qual tem a natureza de um estresse mecânico que causa a desestruturação dos agregados do solo.
[...]o solo perdido pela erosão hídrica é geralmente mais fértil, contendo os nutrientes das plantas, húmus e algum fertilizante que o lavrador tenha aplicado. Milhões de toneladas de solo superficial fértil podem ser perdidos para sempre se ele é arrastado para o mar. Terrenos com erosão severa tornam-se difíceis de trabalhar, e os sulcos que se formam impedem o seu manejo, porém, o que de mais grave resulta, são as grotas que crescem continuamente, inutilizando os mesmos, chegando a serem abandonados.
A erosão em sulcos seria “a concentração de água escorrendo em pequenos
sulcos nos campos cultivados” e é resultante “de pequenas irregularidades na
declividade do terreno que faz que a enxurrada, concentrando
do terreno, atinja volume
profundos.” Bertoni e Lombardi Neto (1990, p. 76) Essa forma de erosão é mais
notável e é causada por chuvas de grande intensidade em terrenos de elevada
declividade e em grandes lançantes.
Figura 10. Erosão em sulcos no município de Reserva
Por fim, a erosão em voçorocas seria um agravamento da erosão em sulcos,
isto é, “quando os sulcos foram bastante erodidos em largura e profundidade.”
Bertoni e Lombardi Neto (1990, p. 77) Ou seja, “é a forma espetacular da erosão,
ocasionada por grandes concentrações de enxurrada que passam, ano após ano, no
arrasta primeira parte mais ativa do solo de maior valor, é a integrada pelas menores partículas, pode
A erosão em sulcos seria “a concentração de água escorrendo em pequenos
sulcos nos campos cultivados” e é resultante “de pequenas irregularidades na
declividade do terreno que faz que a enxurrada, concentrando-se em alguns pontos
do terreno, atinja volume e velocidade suficientes para formar riscos mais ou menos
profundos.” Bertoni e Lombardi Neto (1990, p. 76) Essa forma de erosão é mais
notável e é causada por chuvas de grande intensidade em terrenos de elevada
declividade e em grandes lançantes.
. Erosão em sulcos no município de Reserva -
Fonte: O Autor.
Por fim, a erosão em voçorocas seria um agravamento da erosão em sulcos,
isto é, “quando os sulcos foram bastante erodidos em largura e profundidade.”
Bertoni e Lombardi Neto (1990, p. 77) Ou seja, “é a forma espetacular da erosão,
ocasionada por grandes concentrações de enxurrada que passam, ano após ano, no
arrasta primeiro as partículas mais leves do solo, e considerando que a parte mais ativa do solo de maior valor, é a integrada pelas menores partículas, pode-se julgar os seus efeitos sobre a fertilidade do solo.
A erosão em sulcos seria “a concentração de água escorrendo em pequenos
sulcos nos campos cultivados” e é resultante “de pequenas irregularidades na
se em alguns pontos
e velocidade suficientes para formar riscos mais ou menos
profundos.” Bertoni e Lombardi Neto (1990, p. 76) Essa forma de erosão é mais
notável e é causada por chuvas de grande intensidade em terrenos de elevada
- PR.
Por fim, a erosão em voçorocas seria um agravamento da erosão em sulcos,
isto é, “quando os sulcos foram bastante erodidos em largura e profundidade.”
Bertoni e Lombardi Neto (1990, p. 77) Ou seja, “é a forma espetacular da erosão,
ocasionada por grandes concentrações de enxurrada que passam, ano após ano, no
o as partículas mais leves do solo, e considerando que a parte mais ativa do solo de maior valor, é a integrada pelas menores
se julgar os seus efeitos sobre a fertilidade do solo.
mesmo sulco, que se vai ampliando, pelo deslocamento de grandes massas de solo,
e formando grandes cavidades em extensão e em profundidade”. Bertoni e Lombardi
Neto (1990, p. 77)
Ainda Bertoni e Lombardi Neto (1990, p. 83) classificam o fenômeno da
erosão hídrica a vulnerabilidade do solo ou a sua susceptibilidade à erosão, que é
recíproca à sua resistência à erosão. Dessa forma, pode-se afirmar que diferentes
tipos de solos podem apresentar susceptibilidade diferenciada à erosão, mesmo
para condições semelhantes de declividade, cobertura vegetal e práticas de manejo.
Essas diferenças são devidas às suas propriedades e são denominadas
erodibilidade do solo (BERTONI; LOMBARDI NETO, 1990, p. 82-83).
São muitas as agressões sofridas pelo solo que provocam a sua degradação.
No município de Reserva, é fácil perceber o uso de técnicas inadequadas de cultivo
e o manejo incorreto do solo, tais como: o uso excessivo do fogo, o constante
desmatamento dos remanescentes de matas nativas inclusive as matas ciliares, a
falta de medidas de prevenção contra a erosão, o uso intenso do solo e o uso
exagerado de agrotóxicos, principalmente no cultivo do tomate. Todas essas atitudes
provocam o desgaste, a erosão e a contaminação do solo no município de Reserva.
É fácil também perceber a ocorrência de erosão em sulcos e a perda da camada
humífera através da erosão laminar.
2.1 Consequências da Erosão
A erosão do solo constitui o centro de atenção de uma série de problemas
relacionados com o uso dos recursos solo e água. Ela causa problemas ambientais,
econômicos e sociais. Dentre os problemas ambientas, destacam-se: o
assoreamento dos rios e lagos, a poluição da água, a destruição dos
microrganismos do solo e a emissão de gás carbônico para atmosfera em virtude da
decomposição da matéria orgânica. A redução da fertilidade e da capacidade do solo
em armazenar água diminui a produtividade das culturas e, conseqüentemente,
diminui o lucro do agricultor e gera problemas de ordem econômica. Por essa razão,
muitos agricultores também abandonam o campo e vão buscar alternativas de
trabalho na cidade, gerando problemas de ordem social (êxodo rural).
3 Métodos Conservacionistas
Durante muito tempo o ser humano se relacionou de modo sustentável com o
solo coletando seus frutos ou mesmo praticando uma agricultura que não oferecia
grandes riscos à função ecológica do solo. Mas com o advento da industrialização e
a expansão capitalista, gerando a urbanização, a exploração dos solos tomou
dimensões bem maiores. O solo passou a ser um conjunto de oportunidades para
um grupo de pessoas obterem lucro extraindo dele o máximo de produção,
esquecendo–se de sua importância para a manutenção da vida na Terra.
O município de Reserva encontra-se localizado no Segundo Planalto
paranaense, na região dos Campos Gerais. De acordo com resultados do Censo
2010, realizado pelo IBGE (2012, p.12), Reserva possui uma população total de
25.177 sendo que 12.211 residem na área urbana e 12.966 vivem no meio rural fato
que caracteriza a importância ainda maior da conservação dos solos para a
manutenção das famílias no meio rural, diminuindo o êxodo rural, e evitando a
crescente concentração fundiária.
Segundo dados apresentados por Hupalo (2005), os tipos de solos
predominantes no município de Reserva são os litólicos e os cambissolos, a altitude
média é de 760 metros e a maior parte do território apresenta relevo fortemente
ondulado, montanhoso e escarpado. Essas declividades necessitariam de cuidados
especiais na prevenção de formação da erosão e em muitos locais a preservação da
vegetação nativa. Mas menos de 8% da área do município é coberta com matas
nativas e estima-se que pelo menos 40% das áreas de matas ciliares necessitam de
intervenção para a sua recuperação. E 75% das lavouras temporárias (maior
ocupação das terras) apresentam manejo inadequado. Esses fatores naturais, aliada
à exploração capitalista e desordenada dos solos, vêm provocando sérios problemas
erosivos aos solos da região.
O solo pode ser considerado um conjunto de agentes químicos e não
químicos que encontra o seu equilíbrio natural através da sua proteção natural, em
geral as matas ou outros tipos de vegetações naturais. A partir do momento em que
Realização da 2ª Visita técnica (verificar segunda parte: aula de campo)
este solo é diretamente exposto à ação de fatores naturais como o sol, a chuva e os
ventos, ele mostra toda a sua fragilidade, e a sua degradação passa a ser possível
pelos efeitos da ação, principalmente, das chuvas, que ocasionarão a erosão
hídrica.
Nota-se assim que, quando a cobertura natural do solo é retirada, são
fundamentais que se realizem ações mitigatórias chamadas de práticas
conservacionistas, pois dependem dessas práticas não só a conservação das
características de um solo, como também seu equilíbrio hídrico. De acordo com
Bertoni e Lombardi Neto (1990, p. 94), as práticas conservacionistas podem ser
dividas em vegetativas, edáficas e mecânicas.
As práticas conservacionistas vegetativas são aquelas “em que se utiliza a
vegetação para defender o solo contra a erosão.” Bertoni e Lombardi Neto (1990, p.
94)Sendo que, para que essas práticas surtam efeito é fundamental que a cobertura
vegetal seja bem densa, ou seja, quanto mais densa, mais ela recobre e protege
contra os efeitos danosos da erosão. Alguns sistemas de proteção do solo podem
ser utilizados quando o solo é utilizado para fins agrícolas como o florestamento e
reflorestamento, a pastagem, as plantas de cobertura, a cultura em faixas, os
cordões de vegetação permanente, a alternância de capinas, a ceifa de mato e a
cobertura morta.
Já as práticas conservacionistas de caráter edáfico são as que “com
modificações no sistema de cultivo, além do controle de erosão, mantêm ou
melhoram a fertilidade do solo.” Bertoni e Lombardi Neto (1990, p. 109). Isso porque
não basta controlar a erosão para que o solo continue fértil é necessário realizar
práticas que reponham os elementos nutritivos do solo. São elas: o controle do fogo,
a adubação verde, a adubação química, a adubação orgânica e a calagem.
No que se refere às práticas de caráter mecânico são consideradas aquelas
em que “se recorre a estruturas artificiais mediante a disposição adequada de
porções de terra, com a finalidade de quebrar a velocidade de escoamento da
enxurrada e facilitar-lhe a infiltração do solo.” Bertoni e Lombardi Neto (1990, p. 114).
As práticas mecânicas podem ser feitas através da distribuição racional dos
caminhos, do plantio em contorno, do terraceamento, dos sulcos e camalhões em
pastagem e dos canais escoadouros.
Além destas práticas os sistemas de manejo do solo também são importantes
para se resolver os problemas erosivos como a rotação de culturas, o preparo do
solo e o plantio direto, pois como explicam os autores: “A conservação do solo não
se reduz à simples aplicação de um número determinado de práticas: é todo um
sistema de manejo do solo que assegura a obtenção dos maiores lucros possíveis
sem diminuir a produtividade do terreno.” Bertoni e Lombardi Neto (1990, p. 94).
Dessa forma, é indiscutível a necessidade de se conservar o solo.
Atividade 7
Pesquisa na Internet
Objetivo:
Estimular visualmente os alunos para melhor compreensãodos conceitos trabalhados.
Orientações Metodológicas:
Os alunos farão uma pesquisa na internet, buscando encontrarimagens dos principais tipos de erosão do solo e dos métodosconservacionistas do solo utilizando-se dos laptops do ProgramaUm Computador Por Aluno existente no colégio. Deverão salvarno computador duas imagens de cada tipo de erosão e umaimagem de cada método conservacionista.
Realização da 3ª visita técnica (verificar segunda parte: Aula de campo)
Atividade Prática 8
Importância da cobertura vegetal no solo
Objetivo:
Mostrar aos alunos como ocorre a erosão hídrica no solo;
Evidenciar a importância da cobertura vegetal naconservação do solo e da água.
Orientações metodológicas:
O solo usado para o desenvolvimento destaatividade será coletado no pátio da próprio colégio.
Procedimentos Metodológicos:
Construir uma caixa retangular de madeira ou metal de 90 × 50centímetros e com aproximadamente 5 centímetros de altura naparte inferior e 6 centímetros nas laterais e na parte superior.Dividi-la em três partes iguais. Cada compartimento terá 30 × 50centímetros, o que corresponde a 1.500 centímetros quadradosou 0,15 metro quadrado.
Fazer algumas perfurações na base para evitar que a água seacumule na caixa. Levantar uma das laterais e colocar um suportea fim de formar pequeno declive (espécie de rampa).
Adicionar solo levemente destorroado até à borda da caixa emdois compartimentos. O terceiro compartimento deverá serpreenchido com solo até aproximadamente metade da altura dacaixa. A superfície do solo no primeiro compartimento ficarácompletamente descoberta. A superfície do solo no segundocompartimento será coberta com resíduo vegetal morto (folhasmortas de qualquer vegetal). O terceiro compartimento serápreenchido com uma cobertura vegetal viva (coletar uma faixa de50 × 30 centímetros de grama com raízes e solo usando uma facae pá de jardinagem). Todos os compartimentos deverão estarpreenchidos até à superfície inferior da caixa, ou seja, 5centímetros de altura.
Com o auxílio de um regador com água, simular uma chuva sobrea superfície de cada compartimento de forma individualizada, ouseja, um de cada vez. Coletar a água escoada separadamenteem um recipiente coletor. O ideal é usar uma bandeja da mesmalargura do compartimento (30 centímetros) ou maior. Comparar acor da água coletada nos diferentes tratamentos. Comparar aquantidade de água escoada nos diferentes tratamentos.Comparar a quantidade de solo perdida nos diferentestratamentos.
Fonte: LIMA, Valmiqui Costa; LIMA, Marcelo Ricardo de; MELO, Vander deFreitas. O solo no meio ambiente: abordagem para professores do ensinofundamental e médio e alunos do ensino médio. Universidade Federal doParaná. Curitiba: Departamento de Solos e Engenharia Agrícola, 2007.
Atividade 9
Atividade com música
Objetivo:
Despertar nos alunos um sentimento decarinho e respeito pelo solo.
Orientações Metodológicas:
Ler, ver, ouvir e cantar a música TerraTombada, mas também pode ser amúsica Cio da Terra.
Terra Tombada
Chitãozinho e Xororó
É calor de mês de agosto, é meados de estaçãoVejo sobras de queimadas e fumaça no espigão
Lavrador tombando terra,...
[...]
(refrão)Terra tombada, solo sagrado chão quente
Esperando que a semente, venha lhe cobrir de florTambém minh'alma,
[...]
http://letras.mus.br/chitaozinho-e-xororo/45240/ Acesso em: 17/10/13
Videoclip original da música disponível em:
http://www.youtube.com/watch?v=zLAp-OJX6mM
Acesso em: 17/10/13.
Copie um verso da música que mais chamoua sua atenção e explique por que escolheuesse trecho da música. Em seguida faça umailustração representando o trecho que vocêescolheu.
Anote uma frase da música que representemaus cuidados com o solo e uma frase querepresente cuidado ou carinho com o solo.
SEGUNDA PARTE
4 AULA DE CAMPO
A aula de campo na geografia escolar pode auxiliar o aluno a compreender
melhor a realidade que o cerca e relacioná-la com outras escalas espaciais ou
temporais. Para Carmelengo e Torres (2004, p. 218), “estudar o meio é fazer com
que o aluno veja e compreenda a realidade, ou seja, é a análise da maneira pela
qual o homem vive e interage no espaço”. Assim, considera-se a aula de campo
como uma forma de análise e interpretação da produção do espaço geográfico
resultante da interação homem-natureza. Espaço este construído e permeado pelos
diversos interesses daqueles que detém o poder.
O estudo dos solos constitui oportunidade para por em prática a aula de
campo em geografia, uma vez que enriquecida pela teoria crítica ela pode contribuir
para uma melhor análise e interpretação da relação sociedade capitalista e uso
dos solos no meio rural e suas consequências.
4.1 Organizando a Aula de Campo
Orientações metodológicas: A escola onde será aplicado este material
didático está localizada no meio rural facilitando seu desenvolvimento. Quando se
tratar de escolas localizadas em grandes centros urbanos deve-se tomar cuidado
para não se realizar observações em áreas urbanas aterradas, pois, isto pode
interferir na interpretação do tipo de solo no local bem como perder o foco de estudo
deste material que está direcionado ao uso do solo no meio rural.
Objetivos: Identificar em campo os tipos de solos e de erosão hídrica e os
métodos conservacionistas que ocorrem na região onde a escola está inserida,
coletar amostras para o desenvolvimento de atividades posteriores a aula de campo
e despertar maior interesse nas aulas por parte dos alunos;
O professor fará com antecedência um levantamento das características da
região a ser estudada e com sugestões dos próprios alunos poderá delimitar os
pontos de observação tais como: barrancos, áreas com diferentes tipos e estágios
de erosão e áreas com a utilização de métodos conservacionistas do solo. Se
necessário fará a abertura de trincheiras para a observação das características e
coleta de amostras do solo.
Faz se necessário também uma boa orientação prévia em sala de aula das
atividades a serem desenvolvidas em campo bem como providenciar todos os
materiais necessários para coleta e transporte de amostras de solo ou para
observação e registros dos fenômenos.
Para que possamos realizar a observação do solo são necessários alguns
instrumentos para observação e coleta do solo são eles: martelo pedológico; trado
de rosca; trado holandês; trado de caneco; enxadão; pá quadrada; pá reta, faca ou
canivete; fita métrica, sacos plásticos para pôr as amostras de solo e uma caixa de
madeira para organizar e transportar as amostras de solo.
É necessário levar também:
máquina fotográfica;
material para anotação (diário de campo);
lanche;
filtro solar;
As aulas de campo propostas nesta unidade didática serão desenvolvidas em
três etapas que serão descritas abaixo:
1ª Visita técnica para a observação e identificação dos tipos de
solos e dos horizontes ou camadas do solo existentes na região onde a
escola está localizada. Coleta de material para o desenvolvimento das
atividades 4, 5 e 6.
O professor questionará os alunos da seguinte forma:
Quais os horizontes ou camadas que este solo apresenta?
Qual o tipo do solo que está sendo observado?
Este é um solo jovem ou velho e profundo?
Para o desenvolvimento desta atividade estão previstas 04 horas.
Os alunos registrarão as informações adquiridas a campo de forma escrita e
por meio de fotografias. Essas informações serão discutidas em sala de aula e
resultará na confecção de painéis ou cartazes que serão expostos no colégio como
forma de socialização do conhecimento apropriado.
2ª Visita técnica para identificar e observar a erosão em sulcos e
laminar existentes na região onde se localiza a escola. O professor
questionará os alunos a responderem com base nos conhecimentos
teóricos apreendidos em sala de aula as seguintes perguntas:
Que tipo de erosão está sendo observado?
Que fatores levaram ao surgimento desta erosão?
Qual a consequência econômica e ambiental trazida pela
erosão?
O que pode ser feito para resolver ou amenizar o problema?
Para esta atividade são previstas 04 horas.
3ª Visita técnica para identificar e observar a existência de métodos
conservacionistas na região de estudo. O professor lançara os seguintes
questionamentos:
Há algum método conservacionista sendo utilizado no local?
Se há qual o método?
Que vantagens o método utilizado proporciona? Só ele é
suficiente ou teria que ser em consonância com outro(s)?
Outro método conservacionista seria mais adequado para o
local em observação?
Para o desenvolvimento desta atividade serão necessárias 04 horas.
5 AVALIAÇÃO
O processo avaliativo dar-se-á de modo contínuo durante todo o
desenvolvimento do projeto. Porém, cada aluno elaborará um relatório final tomando
como referencia seu diário de campo e será aplicada também uma avaliação escrita
para verificar a assimilação e a aprendizagem do conteúdo trabalhado.
Espera-se que ao término desta atividade os alunos possam ter agregado em
sua vida uma série de conhecimentos referentes ao solo e a realidade que o cerca e
que possam resultar em respeito ao solo e a natureza e um uso mais sustentável do
solo na região onde vivem.
6 ORIENTAÇÕES METODOLÓGICAS
Aos professores de geografia que pretenderem usar este material, sugere-se
que além de adaptações à realidade do lugar, possam também explorar outros
conceitos de solo e erosão hídrica além da possibilidade de trabalhar outras
atividades que não constem neste trabalho.
REFERÊNCIAS
BARCELLOS, Milena; MOTTA, Antônio Carlos Vargas. Funções do solo no meio ambiente. In: _____. O solo no meio ambiente: abordagem para professores do ensino fundamental e médio e alunos do ensino médio. Universidade Federal do Paraná. Curitiba: Departamento de Solos e Engenharia Agrícola, 2007. p. 99-110. BERTONI, José; LOMBARDI NETO, Francisco. Conservação do solo. 3. ed. São Paulo: Ícone, 1990. CARMELENGO, Leonor Inês; TORRES, Eloiza Cristiane. Ensino de geografia por meio do trabalho de campo. In: ASARI, Alice Yatiyo; ANTONELLO, Ideni Terezinha; TSUKAMOTO, Ruth Youko (Orgs.). Múltiplas geografias: ensino-pesquisa-reflexão. Londrina: Edições Humanidades, 2004. p. 211-224. COSTA, João da. Dicionário rural do Brasil. Rio de Janeiro: Campos, 2003. DORAN, J.W.T.B. Parkin. Defining and assessing soil quality Defining and assessing soil quality.1996. DYONISIO, Hamilton Antonio Ferreira. Erosão hídrica: suscetibilidade do solo. In: Revista Eletrônica Thesis, São Paulo, ano VII, n. 13, p. 15-25, 1° semestre, 2010.
EMPRESA BRASILEIRA DE PESQUISA AGROPECUÁRIA - EMBRAPA. Centro Nacional de Pesquisa de Solos. Sistema brasileiro de classificação de solos Sistema brasileiro de classificação de solos. 2.ed. Rio de Janeiro: 2006. 306p. FARB, Peter. Terra Viva. Distribuidora Record: Rio de Janeiro. 1959. HUPALO, Marcelo Ferreira. Diagnóstico Municipal. Emater: Reserva, 2005. INSTITUTO BRASILEIRO DE GEOGRAFIA E ESTATÍSTICAS. IBGE: Resultados do Censo 2010. São Paulo: 2012. Disponível em: <www.ibge.gov.br/.../censo2010/.../total_populacao>. Acesso em: 15 maio 2013. LIMA, Valmiqui Costa; LIMA, Marcelo Ricardo de. Formação do solo. In: _____. O solo no meio ambiente: abordagem para professores do ensino fundamental e médio e alunos do ensino médio. Universidade Federal do Paraná. Curitiba: Departamento de Solos e Engenharia Agrícola, 2007. p. 1-10. LIMA, Valmiqui Costa; MELO, Vander de Freitas. Perfil do solo e seus horizontes. In: _____. O solo no meio ambiente: abordagem para professores do ensino fundamental e médio e alunos do ensino médio. Universidade Federal do Paraná. Curitiba: Departamento de Solos e Engenharia Agrícola, 2007. p. 11-16. LIMA, Valmiqui Costa; LIMA, Marcelo Ricardo de; MELO, Vander de Freitas. Classificação Brasileira de Solos. In: _____. O solo no meio ambiente: abordagem para professores do ensino fundamental e médio e alunos do ensino médio. Universidade Federal do Paraná. Curitiba: Departamento de Solos e Engenharia Agrícola, 2007. p. 77-88. PARANÁ. Secretaria de Estado da Educação. Superintendência de Educação. Diretrizes curriculares estaduais de geografia para a educação básica. Curitiba, 2008. VESENTINI, José Willian. Sociedade e Espaço. Ática: São Paulo. 28 ed. 1997.