os desafios da escola pÚblica paranaense na … · bullying nas aulas de educaÇÃo fÍsica...
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OS DESAFIOS DA ESCOLA PÚBLICA PARANAENSENA PERSPECTIVA DO PROFESSOR PDE
Produções Didático-Pedagógicas
Versão Online ISBN 978-85-8015-079-7Cadernos PDE
II
FICHA PARA IDENTIFICAÇÃO
PRODUÇÃO DIDÁTICO – PEDAGÓGICA
TURMA - PDE/2014
Título:
Bullying nas aulas de Educação Física
Autor Aderlaine Aparecida Lopes Santos
Disciplina/Área Educação Física
Escola de Implementação do
Projeto de Intervenção e sua
localização
Escola Estadual Dr. Manoel Firmino de Almeida Ensino Fundamental
Município da Escola Santo Inácio – Paraná
Núcleo Regional de
Educação
Maringá
Professora Orientadora Professora Drª Roseli Terezinha Selicani Teixeira
Instituição de Ensino
Superior
(UEM) Universidade Estadual de Maringá
Relação Interdisciplinar
Resumo O presente trabalho destaca a problemática acerca do aumento das
discriminações de gênero dentro do ambiente escolar especificamente nas
aulas de Educação Física caracterizado como bullying gerando grandes
conflitos entre alunos alcançando proporções preocupantes. De que maneira
o professor poderá intervir e contribuir junto ao aluno na superação do bullying
nas aulas de Educação Física? Desenvolver ações de intervenção nas aulas
de Educação Física relacionadas ao bullying no combate à indisciplina;
promover práticas inclusivas de respeito e de valorização da diversidade;
trabalhar por meio de atividades sistematizadas as diferenças de gênero no
combate de conflitos que geram bullying nas aulas de Educação Física. Este
projeto de intervenção será desenvolvido na Escola Estadual Dr. Manoel
Firmino de Almeida - Ensino Fundamental, com alunos do 9º ano no município
de Santo Inácio- Paraná, com atividades planejadas apresentando momentos
de reflexão com questionamentos a serem debatidos entre os alunos,
apresentação de filmes sobre o tema bullying, palestras, confecção de mural,
atividades práticas com aplicação de jogos cooperativo, dinâmicas dentro das
aulas de Educação Física.
Palavras- chave Bullying; Educação Física; Indisciplina.
Formato do Material Didático Artigo
Público Alvo Alunos do nono ano do ensino fundamental
BULLYING NAS AULAS DE EDUCAÇÃO FÍSICA
Aderlaine Aparecida Lopes Santos1
Roseli Terezinha Selicani Teixeira2
Resumo: O presente trabalho destaca a problemática acerca do aumento das discriminações de gênero dentro do ambiente escolar especificamente nas aulas de Educação Física caracterizado como bullying gerando grandes conflitos entre alunos alcançando proporções preocupantes. De que maneira o professor poderá intervir e contribuir junto ao aluno na superação do bullying nas aulas de Educação Física? Desenvolver ações de intervenção nas aulas de Educação Física relacionadas ao bullying no combate à indisciplina; promover práticas inclusivas de respeito e de valorização da diversidade; trabalhar por meio de atividades sistematizadas as diferenças de gênero no combate de conflitos que geram bullying nas aulas de Educação Física. Este projeto de intervenção será desenvolvido na Escola Estadual Dr. Manoel Firmino de Almeida - Ensino Fundamental, com alunos do 9º ano no município de Santo Inácio- Paraná, com atividades planejadas apresentando momentos de reflexão com questionamentos a serem debatidos entre os alunos, apresentação de filmes sobre o tema bullying, palestras, confecção de mural, atividades práticas com aplicação de jogos cooperativo, dinâmicas dentro das aulas de Educação Física. Palavras Chave: Bullying. Educação Física. Indisciplina.
1- Introdução
Nos últimos anos observamos o aumento das discriminações de gêneros
dentro do âmbito escolar durante as aulas de Educação Física gerando grandes
conflitos entre alunos alcançando proporções preocupantes, este fato não acontece
somente nas aulas de Educação Física, mas nas demais disciplinas pertencentes ao
currículo escolar.
Ao se deparar com situações de indisciplina que se tornaram rotineiras no
ambiente escolar, causando desrespeito, violência, discriminações, preconceitos,
houve a necessidade de um trabalho mais aprofundado sobre qual a causa dessas
atitudes que vem aumentando a cada dia entre alunos e que algumas delas resultam
em consequências mais graves envolvendo até professores e funcionários. Visto
que é um problema mundial, encontrado em qualquer escola não estando restrita a
nenhuma instituição sendo ela privada ou pública enfrentamos tais situações
alcançando proporções preocupantes de violência denominados bullying.
O que para muitos o bullying parece ser uma novidade para outros se
torna um tema recorrente e se tornando um problema frequente nas aulas, inclusive
nas aulas de Educação Física entre crianças e adolescentes afetando o cotidiano
escolar e deixando os professores incomodados e até mesmo sem condições de se
manifestarem contra ou a favor do aluno.
Por isso, sendo a escola uma instituição onde são discutidos vários
assuntos que envolvem inclusive a formação moral do aluno, são inúmeras as
dificuldades em trabalhar a temática bullying, cabe a ela repensar a atuação frente
ao aluno, projetos que minimizem as manifestações de discriminação, preconceito,
violência para com os membros que fazem parte dessa instituição.
A escola deve estar comprometida com a aprendizagem e o bem estar do
aluno, mas se depara com comportamentos de agressividade, indisciplina, falta de
respeito, preconceito, repressão, violência até mesmo com professores e
funcionários da escola tornando essas atitudes frequentes no ambiente escolar
caracterizando atos evidentes de bullying. Esses comportamentos podem
transformar a vida de muitos alunos em um verdadeiro tormento, uma realidade que
muitas vezes desconhecem ou passam despercebidos e que resulta sérios
problemas na vida adulta. Mas o que é? Quais as causas? O que ocasiona o
fenômeno bullying? Como prevenir? Estudos vêm sendo realizados dentro do
ambiente escolar sobre a influência desses comportamentos agressivos dos alunos
gerando preocupação e temor, fazendo com que esse ambiente deixe de ser
seguros, modulados pela disciplina, amizade e cooperação, transformando em
espaços de violência, sofrimento e medo.
Neste sentido cursando o Programa de Desenvolvimento Educacional –
PDE, junto à atividade de intervenção, pretende-se de forma interdisciplinar junto a
Escola Estadual Dr. Manoel Firmino de Almeida – Ensino Fundamental propor ações
de intervenção relacionadas ao bullying nas aulas de Educação Física.
Dessa forma o tema desse estudo será promover práticas inclusivas de
respeito e valorização da diversidade, trabalhando por meio de atividades
sistematizadas as diferenças de gênero no combate de conflitos que geram bullying
nas aulas de Educação Física.
2- REVISÃO DE LITERATURA
2.1 O Bullying na escola
Diante do enfrentamento da violência no ambiente escolar, nos faz refletir
sobre os comportamentos dos indivíduos quando se relacionam entre si e se
deparam também com a diversidade cultural que é um tema recente e que muitas
vezes esquecido-se de ser trabalhado por nós professores. Carvalho (2012, p. 19)
diz que:
O propósito é criar condições para um desenvolvimento humano mais
harmonioso e equitativo, de modo a aliviar a pobreza, enfrentar a exclusão
socioeconômica, amenizar as opressões e conflitos; quer global quer interno
a uma sociedade, enfim, atingir a “coesão social” e a paz internacional entre
sociedades diversificadas.
Para valorizar e reconhecer essas diferenças como o reconhecimento e o
respeito à diversidade cultural, a tolerância, o diálogo, a cooperação, devem criar
condições, ou seja, documentos para melhor compreensão entre culturas garantindo
à paz a solidariedade entre os povos. É sabido que nossos alunos, ou uma boa
parte deles, estão em contato com atos violentos em todos os tipos de
relacionamento, seja na escola, em casa e até mesmo na rua. Longe de ser uma
simples brincadeira, crianças e adolescentes muitas vezes sofrem algum tipo de
agressão caladas sem mesmo conseguir reagir de maneira que possa se defender
de tais agressões.
Fante (2012) refere-se a esses comportamentos uma contribuição no
aumento dos índices de violência escolar nesses últimos anos e uma elevação do
número de alunos envolvidos com drogas, porte de armas dentro das escolas para
uma intimidação e até mesmo encorajamento para enfrentar seus agressores, uma
vez que a escola está se tornando palco dessas agressões. Esses comportamentos
intimidadores e agressivos passam a fazer parte de uma rotina diária desses
indivíduos, aumentando o número de casos violentos em escolas. Acredito que a
capacidade do ser humano em distinguir o que é certo do que é errado é algo que se
aprende em casa com familiares e que deve ser utilizados em todos os ambientes
para um melhor convívio social.
Para Neto (2005) esse comportamento violento gera uma preocupação
que resulta da interação do desenvolvimento individual e dos contextos que está
inserido, como a família, escola e comunidade, onde se reproduz com maior
frequência na escola, deixando de ser um ambiente seguro, provocando medo e
temor e transformando em um espaço de violência e até mesmo acerto de contas. A
escola é um ambiente onde os indivíduos se relacionam entre si, aqueles alunos que
gostam dos estudos tem maior facilidade para se relacionar com os outros e aqueles
que apresentam dificuldades de aprendizagem acabam se tornando agressores,
intimidadores, pois o que esta sendo ofertado não lhe interessa, para que seja
notado ele utiliza de comportamentos agressivos chamando a atenção de alunos e
professores seja na agressividade, indisciplina entre outros. Sabe-se que nesta
etapa de escolaridade do ensino fundamental e médio é que se desenvolve o
processo de formação do indivíduo, construindo sua própria identidade. Portanto
deveria ocorrer em um ambiente agradável, onde houvesse respeito às diferenças.
Silva (2010, p. 73) coloca,
[...] o pensar e o agir de cada indivíduo não estão previamente “moldados”
em seus circuitos neuronais. De acordo com as vivências, o cérebro reage
ao ambiente externo e, nessa interação (cérebro - meio ambiente), toda a
sua biologia pode ser alterada de forma positiva ou negativa.
Notando essas ações dos indivíduos percebe-se que tais atitudes podem
afirmar que o ambiente em que convivem seja ele familiares e de convívio social
realmente influenciam, por exemplo, na intolerância com as diferenças provocando o
preconceito gerando assim indisciplina dentro da sala de aula. A comunidade
escolar reproduz uma hierarquia onde esta composta por diretores, supervisores,
orientadores, professores, funcionários que cuidam do espaço escolar em todos os
segmentos. Neste sentido, encontramos também o universo dos estudantes, onde
eles também fazem uma divisão de classes entre eles causando as aproximações,
discriminações, agressões, indisciplina entre outros e esses dois segmentos exigem
regras que muitas vezes deixam de cumpridos pelos alunos transformando um
ambiente sem limites, causando a indisciplina, consequentemente o bullying.
Primeiramente é importante entender o que os termos violência,
agressão, indisciplina, bullying nos diz a respeito sobre os comportamentos
antissociais e quais conflitos resultam no desenvolvimento individual e os contextos
sociais que estão inseridos como família, escola e comunidade. Lopes Neto (2005,
p. 165) afirma que:
O modelo do mundo exterior é reproduzido nas escolas, fazendo com que
essas instituições deixem de serem ambientes seguros, modulados pela
disciplina, amizade e cooperação, e se transformem em espaços onde há
violência, sofrimento e medo.
Muitas dessas atitudes envolvendo agressões, violência, discriminação,
exclusão, preconceito, perseguição é uma problemática vista como bullying, que de
acordo com FANTE (2012) é um fenômeno mundial antigo, um problema já existente
nas escolas desde muito tempo, onde educadores pouco se fazia em estudar sobre
o assunto. Foi então que por volta de 1970 na Suécia, surgiu o interesse de toda a
sociedade em pesquisar sobre o assunto e o que estava acontecendo para aqueles
indivíduos identificados como agressores e vítimas tivessem tais atitudes. Durante
muitos anos o fenômeno bullying, era motivo de preocupação entre pais e
professores na Noruega, sem que de alguma forma autoridades se manifestassem
oficialmente em comprometer-se com a situação dos fatos ocorridos em sala de
aula. Fante (2012, p.45), ainda cita:
Dan Olweus, pesquisador da universidade de Bergen, que desenvolveu os
primeiros critérios para detectar o problema de forma específica, permitindo
diferenciá-lo de outras possíveis interpretações, como incidentes e
gozações ou relações de brincadeiras entre iguais, próprias do processo de
amadurecimento do indivíduo.
Este tipo de pesquisa citado pela autora teve como objetivo desenvolver
regras claras contra o bullying nas escolas, aumentado o envolvimento dos pais e
professores na conscientização do problema para eliminar os mitos e apoiar e
proteger as vítimas do bullying. Existem diversos pesquisadores envolvidos com
estudos em todo o mundo apontando preocupação significativa sobre o crescimento
do bullying principalmente nos primeiros anos de escolarização. No Brasil, o bullyng
ainda é um tema pouco estudado e discutido, pois não existem dados suficientes
que forneçam uma visão global para comparar com outros países (FANTE, 2012).
Assim, o bullying precisa ser estudado em todos os ambientes escolares, inclusive
pela disciplina de Educação Física, considerando uma aula onde estão envolvidos
vários tipos de comportamentos, reações dos alunos em diversas situações de
atividades que estão relacionados ao bullying. Além disso, a Educação Física
oferece também aos alunos, oportunidades de aprenderem a lidar com regras,
normas, valores morais e sociais, fator que contribuirá na formação de opinião sobre
a importância do trabalho coletivo e democrático, de forma que todos sejam tratados
de forma igualitária e obterem as mesmas oportunidades (SOARES, 1993).
Considerando que a aprendizagem por meio das aulas de educação física exige de
certa forma, atitudes que visam à capacidade de aprender a ser e a conviver em
sociedade, contribuindo na prevenção do bullying (SOUZA, ALMEIDA, 2011).
2.2 Bullying e Educação Física
A escola tem uma difícil missão em despertar o interesse dos alunos para o
senso crítico, visando o respeito às diferenças, as tolerâncias pensando sempre nos
princípios éticos, morais e sociais. A Educação Física, ou seja, os profissionais da
área devem contribuir na superação dessas discriminações, preconceitos,
proporcionando um ambiente de socialização impedindo sua proliferação.
Segundo Bastos e Souza (2013, p. 141),
A escola nem sempre consegue se posicionar como um espaço que se
desperta no ser humano a arte de posicionamento e reflexão; na maior
parte das vezes acabam por se tornar um microcosmo de batalhas,
pequenas no tamanho, mas grandes o suficiente para causar estragos,
muitas vezes, de improvável reparação.
É comum entre alunos nos depararmos com situações de conflitos em sala de
aula de diferentes maneiras e em todas as disciplinas. É necessária uma ação
conjunta entre os professores, pais, alunos, funcionários e equipe pedagógica para
dar suporte na execução das atividades. Para as DCE (PARANÁ, p.50, 2008) a
Educação Física
[...] tem um papel relevante neste processo, pois esta fundamentada nos
reflexos sobre as necessidades atuais de ensino perante os alunos, na
superação de contradições e na valorização da educação. Por isso é de
fundamental importância considerar os contextos e experiências de
diferentes religiões, escolas, professores, alunos e da comunidade.
Dessa forma, o ensino de uma maneira geral, deve propiciar ao educando
condições de entendimento crítico, as quais devem ser tratadas de modo que
organizem suas ideias, evitando consequências antissociais tais como:
agressividade, perseguição, individualismo, exclusão entre outros.
Compreende que a disciplina de Educação Física manifesta atitudes de
agressões muitas vezes banais, levando a discussões ofensivas num simples jogo
qualquer. Essas atitudes começam a fazer parte de um cotidiano do educando de
maneira que perturbam os menos favorecidos.
De acordo com Silva (2010) o papel do professor é fundamental para
diagnosticar precocemente os casos de bullying, pois em geral são eles que estão
em maior contato com os alunos na sala de aula.
Cabe a nós professores incentivar nossos alunos a atitudes fundamentais
para a vida como: cooperação, ação positiva na resolução de conflitos, estando
atentos a atitudes de agressões, pois com tais atitudes acabam prejudicando o
desenvolvimento daquele que esta sendo vítima e deixando de desenvolver posturas
menos ativas diante dos problemas (MELLO, 2005).
Sendo assim, nós professores de Educação Física estamos em contato maior
com esses casos de bullying e podemos contribuir e muito no desenvolvimento de
atividades que estimulam a cooperação, o respeito às diferenças presente no
ambiente escolar.
3- METODOLOGIA
Esta pesquisa se caracteriza como descritiva qualitativa que segundo
Silva e Menezes (2005) pesquisa qualitativa tem como objetivo a interpretação dos
fenômenos e a atribuição dos significados numa relação dinâmica entre o mundo
real e o sujeito não requerendo o uso de métodos e técnicas estatísticas, onde o
ambiente natural é a principal fonte de dados e o indivíduo é o instrumento-chave.
Assim o pesquisador utiliza da particularidade de cada um como o principal foco no
processo de pesquisa. O instrumento que será utilizado na coleta de dados será um
questionário que para Gil (1991, apud Silva, 2005, p.21),
[...] visa descrever as características de determinada população ou
fenômeno ou o estabelecimento de relações entre variáveis. Envolve o uso
de técnicas padronizadas de coleta de dados: questionário e observação
sistemática. Assume em geral, a forma de levantamento.
Será desenvolvido na Escola Estadual Dr. Manoel Firmino de Almeida -
Ensino Fundamental, com aproximadamente 110 alunos do sexo masculino e
feminino do 9º ano do ensino fundamental, com faixa etária entre 13 e 15 anos,
sendo uma turma no período matutino e outra no período vespertino no município de
Santo Inácio- Paraná. A aplicação será em todas as turmas do 9º ano e, entretanto,
a intervenção será desenvolvida em uma turma escolhida aleatoriamente.
Os envolvidos no trabalho, após a implementação desta pesquisa
deverão desenvolver ações sob a orientação do professor para que busquem
atividades a fim de minimizar o enfrentamento à violência de maneira que os
educando procurem combater as ações relacionadas ao bullying. As atividades
planejadas apresentará primeiramente um questionário sobre as manifestações do
bullying no ambiente escolar, a partir daí serão realizados momentos de reflexão
com questionamentos a serem debatidos entre os alunos, apresentação de filmes
sobre o tema bullying, palestras, confecção de mural, atividades práticas com
aplicação de jogos cooperativos por meio das aulas de Educação Física.
Este estudo permitirá ao educando uma rica vivência de atividades
voltadas à cooperação e a importância da participação e da colaboração do outro
para juntos tornarmos melhores.
As aulas serão ministradas de forma expositiva utilizando recursos
pedagógicos como audiovisuais, discussão, práticas de leitura seguindo a
abordagem das Diretrizes Curriculares do Estado do Paraná.
Para que este estudo alcance os seus objetivos, serão seguidos alguns
critérios de planejamento por meio de dez momentos didáticos ou 32h/a.
Primeiro momento: a produção didática pedagógica deverá ser
apresentada à equipe pedagógica, aos professores e aos funcionários da Escola
Estadual Dr. Manoel Firmino de Almeida – Ensino Fundamental com a intenção de
que todos os envolvidos no processo pedagógico tomem conhecimento dos seus
objetivos.
Segundo momento: pretende-se aplicar em forma de cartazes espalhados
nos espaços do ambiente escolar com perguntas baseado no tema do assunto e
referencial teórico pesquisado. Serão três perguntas distribuídas uma pergunta para
cada cartaz, investigando qual o conhecimento dos alunos frente ao tema abordado.
Nas demais aulas, os alunos participarão de maneira prática (jogos
cooperativos), teórica, filmes relacionados ao tema e no final confeccionarão painéis
e panfletos sobre o tema do estudo abordado.
Pretende-se aplicar aos alunos perguntas em forma de cartazes
espalhados pela escola com perguntas de acordo com o referencial teórico
pesquisado como: O que é bullying para você? Você já sofreu bullying? Você já foi
vítima de bullying? Com isso os alunos terão a oportunidade de responder as
questões sem serem identificados. Após a exposição dos cartazes serão recolhidos
para averiguação e investigação sobre o conhecimento dos alunos referente ao
tema abordado.
Dando continuidade à intervenção os alunos irão assistir ao filme:
Elephant: O Bullying na escola e ao término faremos uma reflexão e assim dar
andamento as ações planejadas.
Após a execução e discussão do filme os alunos participarão de algumas
aulas teóricas que falam sobre o bullying, conceituando, caracterizando e colocando
os problemas que causam essas atitudes. Essas aulas teóricas serão intercaladas
com aulas práticas que envolvam jogos cooperativos na forma de prevenção e
diminuição nas atitudes de preconceito, agressões para com os colegas que fazem
parte do seu cotidiano minimizando atitudes de bullying.
Cada aula terá uma duração de 50 minutos e será ministrada uma aula
por semana em cada turma na intervenção/aplicação do projeto. As aulas práticas
acontecerão na quadra da escola e as teóricas, assim como as confecções de
painéis, panfletos e a projeção do filme em uma das salas da escola.
As turmas do 9º ano do ensino fundamental foram selecionadas para
fazerem parte deste projeto, visto que durante alguns anos de experiência no ensino
fundamental percebi que há uma grande manifestação de atitudes relacionadas ao
bullying nessas turmas efetivamente. Diante do exposto será observado no início do
ano letivo de 2015 qual dessas turmas apresentará maiores casos de
comportamentos relacionados ao bullying.
4- APRESENTAÇÃO E DISCUSSÃO DOS RESULTADOS
O resultado desta produção resultará em ações voltadas às discussões e
reflexões com os alunos no intuito de minimizar as atitudes voltadas ao bullying,
contribuindo para a formação de valores importantes para sua cidadania.
As atividades serão direcionadas no intuito de diversificar, motivar e
despertar o interesse dos alunos na busca de conscientizá-los nas questões do
bullying.
Neste sentido desenvolveremos atividades com enfoque cooperativo
numa pesquisa descritiva qualitativa na perspectiva de incentivar o diálogo e a
incorporação dos valores humanos, possibilitando melhor compreensão por parte
dos envolvidos com a produção sobre os diversos tipos de bullying. Para finalizar
será exposto aos alunos painéis com assuntos relacionados no bullying.
5- CONSIDERAÇÕES FINAIS
Ultimamente nos deparamos com frequência uma sociedade
extremamente individualista, onde o capitalismo transforma as pessoas e os valores
humanos ficam em segundo plano na vida das pessoas.
A escola por sua vez, passa a ser um “campo de batalha” na luta contra
essas mudanças, realizando ações de intervenções contra tais atitudes. A
conscientização é uma das maneiras de prevenir as manifestações de bullying, por
isso se não houver uma intervenção por parte de nós professores essas atitudes irá
trazer consequências trágicas a aqueles que sofrem ou praticam o bullying.
Neste sentido esse trabalho busca instrumentar professores e
profissionais que realizam intervenções pedagógicas e necessita preparação com
essa temática, proporcionando subsídios teóricos que propiciem a ação docente
melhoria em sua prática.
É muito importante que nós professores estejamos atentos a toda e
qualquer manifestação de bullying de maneira que possamos atuar como
mediadores através de diálogos e atitudes na busca de contribuir para um processo
de sensibilização fazendo-os refletir sobre sua prática e assim intervir partindo de
uma educação de valores morais construindo esses valores e refletindo sobre seus
direitos e deveres. Não existe uma “receita pronta” para extinguir o bullying entre os
alunos, mas não podemos ignorar ou desprezar o que está acontecendo, ou seja,
deixar crescer a violência e o preconceito no ambiente escolar e posteriormente em
sua vida adulta.
Em consequência do tema apresentado e aliados a estes fatores,
pesquisas podem ser feitas com relação a diversos tipos de bullying como
(homofobia e racismo) que estão bem evidentes em nosso cenário da vida real, ou
seja, fora do contexto escolar.
Esperamos que esta produção venha contribuir de alguma forma nas
construções de uma convivência social harmoniosa onde existem as diferenças e
que estas sejam respeitadas.
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