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Versão On-line ISBN 978-85-8015-076-6 Cadernos PDE OS DESAFIOS DA ESCOLA PÚBLICA PARANAENSE NA PERSPECTIVA DO PROFESSOR PDE Artigos

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Versão On-line ISBN 978-85-8015-076-6Cadernos PDE

OS DESAFIOS DA ESCOLA PÚBLICA PARANAENSENA PERSPECTIVA DO PROFESSOR PDE

Artigos

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A LEITURA DE MUNDO: USO DE MÚLTIPLAS LINGUAGENS PARA O DESENVOLVIMENTO HUMANO

Autor: Wanda Alba Aranda1

Orientadora: Rejane Palma2

RESUMO

Este artigo é resultado da intervenção pedagógica realizada com os alunos dos 9°anos no Colégio Estadual Marcelino Champagnat, localizado no município de Londrina, estado do Paraná. O trabalho foi desenvolvido durante o Programa de Desenvolvimento Educacional do Estado do Paraná – PDE 2013/2014, com objetivo de contribuir para a melhoria dos processos de ensino e aprendizagem, buscando por meio da leitura de múltiplas linguagens e de mundo desenvolver o hábito de estudos e pesquisas, oportunizando diferentes momentos de leitura por meio da música e suas diversas interpretações e ritmos, despertando as múltiplas determinações: culturais, sociais, psicológicas, políticas, que envolvem suas letras e melodias, assim como a relação com as diversas disciplinas, auxiliando o desenvolvimento escolar e a visão de mundo dos alunos. Desenvolvida em unidades didáticas com embasamento teórico da Pedagogia Histórico-Crítica e a Didática desenvolvida por Gasparin (2005), tem como marco referencial a teoria dialética do conhecimento, que fundamentou a concepção metodológica e o planejamento de ensino e aprendizagem proposto na intervenção.

Palavras-chave: Visão de mundo. Leitura. Música. Desenvolvimento humano.

1- Introdução

Os constantes fracassos escolares observados no cotidiano escolar por

vários anos de trabalho e mediante as reclamações de professores e pais nos

sugerem pensar nas dificuldades de aprendizagem e na falta de compromisso dos

alunos com a vida escolar, a vida de estudos. Diante deste contexto, percebe-se

que é fundamental desenvolver com os alunos, por meio de leitura de múltiplas

linguagens, especialmente com a música, uma proposta que auxilie o

desenvolvimento escolar e a visão de mundo dos alunos, por meio de

compreensões, interpretações, relações históricas e sociais que oportunizem a

melhoria dos hábitos de estudo no auxílio da aprendizagem.

1 Especialista em Formulação e Gestão de Políticas Públicas, Licenciada em Pedagogia pela

Universidade Estadual de Londrina. Pedagoga da rede estadual de ensino do Estado do Paraná, Colégio Estadual Marcelino Champagnat, Londrina. 2 Doutora e Mestre em Educação pela Universidade Estadual de Londrina; Licenciada em Pedagogia

pela Universidade Estadual de Londrina. Professora adjunta da área de Educação do Departamento de Educação da Universidade Estadual de Londrina.

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Esta pesquisa foi realizada a fim de atender à proposta de estudos

desenvolvidos pelo PDE – Programa de Desenvolvimento Educacional de

Capacitação Continuada da SEED - Estado do Paraná e resultou num projeto de

intervenção na escola.

A Produção Didático-Pedagógica elaborada como requisito da intervenção foi

implementada no colégio, por meio de unidades didáticas que oportunizou ao aluno

diferentes momentos de leitura por meio da música e suas diversas interpretações,

ritmos, vestimentas e regionalização.

Embasada na Pedagogia Histórico-Crítica, em que Saviani (2003) afirma que

o homem é um sujeito histórico que aprende a partir da interação social com o outro

e com base marxista, defendeu-se nas unidades didáticas que a função da escola é

transmitir conhecimentos historicamente construídos pela humanidade e que o

homem é um ser social e histórico, que constrói história e se desenvolve com ela.

Trabalhamos as dezesseis unidades didáticas embasadas na Pedagogia

Histórico-Crítica e baseada na Didática desenvolvida por Gasparin (2005), que tem

como marco referencial a teoria dialética do conhecimento, para fundamentar a

concepção metodológica e o planejamento do ensino e aprendizagem que

desenvolvemos.

Ao final da implementação das unidades didáticas verificou-se por meio de

observações dos alunos e conversas com seus professores, que o trabalho proposto

e desenvolvido com os alunos promoveu aprendizagens, destacando as leituras de

mundo e interpretação de textos.

2. Fundamentação Teórico- Metodológica

O projeto traz uma proposta de leitura de mundo, por meio do uso de

múltiplas linguagens para o desenvolvimento humano e foi implementado com

alunos dos 9º anos do Ensino Fundamental. O embasamento teórico está

fundamentado na concepção crítica e em autores da mesma abordagem como

Gasparin (2002) que apresenta uma forma possível de traduzir os princípios da

pedagogia histórico-crítica para o campo específico da didática, isto é, do trabalho

pedagógico em sala de aula, sem exclusão de outras, segundo Saviani (APUD

Gasparin, 2002. p.x).

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Como possibilidade de ampliar a visão de mundo dos alunos uma

intervenção pedagógica pautada no desenvolvimento do gosto pela leitura utilizando

de diferentes linguagens , em especial a música, por acreditar que a música pode

contribuir na formação do hábito de estudo.

O trabalho com a leitura, desenvolvido mediante a exploração de todos os

sentidos, visão, audição entre outros, pode suscitar avanços no que se refere a

mobilizar o aluno para ler, pois quando a criança inicia sua escolarização demonstra

muito mais interesse pela leitura e a medida que vai crescendo este interesse vai se

perdendo ao longo dos anos escolares. Mesmo antes de serem alfabetizados ou de

decodificarem os códigos, interpretam de diferentes modos as leituras e imagens.

Para ler é preciso todos os sentidos e a visão de mundo de cada um, pois

levamos conosco o saber, a cultura, o conhecimento, a arte e, principalmente, as

vivências. Lemos a imagem como quem olha, como quem pensa como sente e tem

o olhar crítico para o que vê e ouve. Freire (1985) “ressalta a leitura do mundo

precede a leitura da palavra, daí que a posterior leitura desta não possa prescindir

da continuidade da leitura”. Embora nem sempre saibamos decifrar todos os

códigos, todos nós lemos. Lemos palavras, imagens, palavras-imagens, “lemos” o

som (REZENDE, 2007, p.6).

Na amplitude da leitura contamos com diversos tipos de textos e imagens,

são todos parte de uma releitura de mundo e seu contexto. Nesse sentido,

analisamos a música, em seus diferentes sons, letras e arranjos, tudo faz parte do

seu histórico, das pessoas que estão envolvidas em sua criação e até de quem as

ouve, aparecendo assim, diversas leituras na medida em que são atribuídos os

significados e sentimentos.

Na realização deste projeto oportunizamos ao aluno diferentes atividades

para que ele pudesse perceber que por meio da leitura percebemos e

compreendemos o mundo que nos rodeia e ampliamos nossa visão de mundo,

levando-os a reconhecer que vemos e lemos em todos os e de diferentes modos.

Para isso, focalizamos a música como um meio, de dar referenciais, instrumentos

materiais e simbólicos para que cada sujeito se aproprie para criar e orientar suas

construções, as atividades criadoras e musicais. Ao se vivenciar atividades que

trabalham com música, estabelece-se uma relação com a matéria musical em si e

uma rede de significados construídos no mundo social.

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Vivendo numa sociedade capitalista e excludente onde o ser humano não

sabe que caminho seguir, uma vez que as necessidades de manter sua subsistência

o têm feito percorrer caminhos desconhecidos e incertos, essas necessidades nos

chamam para um repensar de como a educação e nossos alunos são influenciados

por esta situação. Sofrendo, assim, com uma história de lutas e contradições, a

educação brasileira, por meio das influências sociais, psicológicas, econômicas,

políticas que formam a sociedade e o indivíduo estão em constante transformação,

mas não é suficiente para que as concepções educacionais sigam o mesmo

caminho, visto que o ser humano não se transforma por completo em segundos.

A educação é uma atividade específica dos seres humanos e como tal faz

parte do processo de formação humana, onde os sujeitos são reais e como sujeitos

históricos fazem parte de relações sociais. É este sujeito social, que a Pedagogia

Histórico-Crítica considera. Trata-se de uma teoria que busca captar o movimento

objetivo do processo histórico.

O desenvolvimento das unidades didáticas foram abordadas na perspectiva

dialética e crítica. Por meio desse pressuposto teórico é que percebemos um dos

caminhos para a superação do problema presente na sociedade e

consequentemente na escola, ou seja, a alienação3. Nesse sentido:

Em outros termos, o que eu quero traduzir com a expressão pedagogia histórico-crítica é o empenho em compreender a questão educacional com base no desenvolvimento histórico objetivo. Portanto, a concepção pressuposta nesta visão da pedagogia histórico-crítica é o materialismo histórico, ou seja, a compreensão da história a partir do desenvolvimento material, da determinação das condições materiais da existência humana (SAVIANI, 2003, p. 88).

A Pedagogia Histórico-Crítica, baseada em estudos de Saviani, pressupõe

que o homem é um sujeito histórico que aprende a partir da relação social com o

outro. Saviani apresenta sua teoria embasada em Karl Marx, e defende que a função

da escola é transmitir os conhecimentos historicamente construídos pela

humanidade. A concepção educacional tem conhecimento de que o homem é um

ser social e histórico, constrói história e se desenvolve com ela.

3 Alienação: No sentido que lhe é dado por Marx, ação pela qual (ou estado), um indivíduo, um grupo,

uma instituição ou uma sociedade se tornam (ou permanecem) alheios, estranhos, enfim, alienados

aos resultados ou produtos de sua própria atividade (e à atividade ela mesma) e/ou à natureza na

qual vivem, e/ou a outros seres humanos, e – além de, e através de, - também a si mesmos (às suas

possibilidades humanas constituídas historicamente). Dicionário do Pensamento Marxista

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Tanto Marx como Vigotski mencionaram que o homem é um ser social

histórico e desenvolve-se a partir da interação com o meio social em que está

inserido. Voltado para a psicologia, Vigotski é claro ao afirmar que a relação social

com o meio é a principal força impulsionadora de todo o desenvolvimento. A

transmissão pelo adulto à criança, da cultura construída na história social humana,

não é concebida na psicologia vigotskiana apenas como um dos fatores do

desenvolvimento, ela é considerada o fator determinante, principal.

Essa concepção procura não só ver o indivíduo único, mas que precisa estar

integrado a diversos fatores para ser considerado no todo, ele é um ser social que

se desenvolve em seu intelecto, no campo psicológico, cultural, econômico, religioso

e político. Para haver o desenvolvimento sócio-cultural do indivíduo este é visto

como um indivíduo histórico, um ser atuante na história social humana. Para ocorrer

esse desenvolvimento é preciso que o sujeito internalize-se dos produtos culturais,

tanto da cultura material como da cultura intelectual (DUARTE, 2000).

A Pedagogia Histórico-Crítica apresenta a didática como essencial para a

educação e norteadora para as escolas na proposta de mudança, para fundamentar

uma nova concepção metodológica e o planejamento dos processos de ensino e de

aprendizagem. Duarte (apud ALTOÉ, 2005, p. 121) cita em seus estudos sobre

aprendizagem três momentos do processo que representam as fases de

aprendizagem, desaprendizagem, reaprendizagem.

Entendendo a proposta a ser trabalhada na escola, o metodológico da

Pedagogia Histórico-Crítica é a prática social, que é a mesma a professores e

alunos. Essa prática comum é vivenciada diferentemente pelo professor e pelos

alunos. Assim cada um traz o conhecimento que já possuem sobre o conteúdo, de

início, em níveis diferenciados.

Há dois momentos para o professor desenvolver esse passo:

a) anuncia aos alunos os conteúdos que serão trabalhados e seus objetivos;

b) procura sentir os educandos por meio do diálogo, percebendo qual a

vivência cotidiana desse conteúdo, antes de ser ensinado em sala de aula,

desafiando-os para que apresentem e despertem seus interesses a respeito e o que

gostariam de saber a mais sobre o conteúdo.

O segundo passo é a problematização, o ato de constatar as questões que

necessitam ser resolvidas no contexto da prática social e como a educação poderá

apresentar as devidas soluções.

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No terceiro passo trata da instrumentalização, apresentada como a

adequação dos meios teóricos e práticos necessários à avaliação dos problemas

apresentados na prática social. Em posse dos resultados teóricos e práticos é o

momento da realização da nova forma de entendimento da prática social a que se

elevou.

O quarto passo é o momento de catarse, o ponto principal do processo

pedagógico, quando acontece de fato a inclusão de instrumentos culturais,

transformado em parte essencial de transformação social.

O quinto e último passo, é a própria prática social, é o resultado quando o

aluno se eleva para o nível do professor no ponto de partida, reduzindo a diferença

do professor e aluno, cuja compreensão se torna cada vez mais organizada.

Diante destas considerações a mediação do trabalho pedagógico, a

interpretação e a experiência da prática social passam por uma transformação

qualitativa, o que nos leva a constatar que a prática social no início do conhecimento

educativo em comparação com a prática social no resultado não é a mesma,

ocorrendo a aprendizagem.

Para o desenvolvimento da leitura precisamos de subsídios para chegar nesta

interpretação de dominar a língua padrão, a forma culta como comenta o filósofo

Bakhtin (apud PONZIO, 2005, p. 29):

A língua materna, seu vocabulário e sua estrutura gramatical, não conhecemos por meio de dicionários ou manuais de gramática, mas graças aos enunciados concretos que ouvimos e reproduzimos na comunicação efetiva com as pessoas que nos rodeiam.

O modo de expressar de cada povo ou região reproduz o dialeto de cada

região, assim como seus hábitos e costumes. O meio social e histórico são oriundos

de muitas influências e ideologias. Por isso que se faz necessário o conhecimento

da língua culta e padrão a todos, presente nos estudos de Bakhtin e baseado na

ideologia marxista, que instaura o sujeito sócio-histórico e suas produções artísticas,

religiosas, científicas entre outras, em constante processo de vir-a-ser e aplica

o materialismo dialético ao campo da linguística de maneira fértil e original.

Pode-se saber muito sobre um povo, sobre uma determinada coletividade ou até mesmo sobre um indivíduo conhecendo sua música. A música constitui, dessa maneira, objeto privilegiado de investigação no tocante às concepções de mundo (REZENDE, 207, p.136).

A arte musical, necessária de uma cultura, criada e recriada pelo construir

reflexivo-afetivo do homem, é vivenciada no contexto social, histórico, localizado no

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tempo e no espaço, no aspecto coletivo, em que recebe significações que são

repartidas socialmente e sentidos únicos que são preparados a partir da dimensão

afetivos e dos significados. As vivências coletivas e singulares da música, sempre

em meio ao contexto histórico-social, permite compreendê-las como um fazer que se

constrói pela ação do sujeito em relação com o contexto histórico-cultural, sujeito

constituído e constituinte do ambiente a que está inserido.

Não podemos pensar em aprendizagem sem nos referirmos à escola e qual o

seu papel no século XXI. Apesar de diversas críticas à escola, esta ainda representa

a formação maior do ser social e o início de uma coletividade voltada para inúmeras

experiências. “A escola responsável no seu papel de otimizar o contexto da

formação da sociabilidade, deve ampliar o conceito de leitura e aprendizagem , por

meio de significados e mecanismos de ações das novas linguagens” (CITELLI, 2001,

p. 35).

Refletindo na condição de que as escolas podem estimular a felicidade e o

bem-estar humano e que este problema pode ser o objetivo que se observam a

todas as escolas. Chama-nos a atenção as escolas obtêm êxito com alguns alunos.

O resultado favorável dos alunos está relacionado e muito com a cultura que

possuem o grau de conhecimento escolar e o conhecimento cotidiano que os alunos

trazem para a escola.

Com base neste conhecimento que o aluno traz para a escola é que

dependerá sua aprendizagem. O que nos leva a crer que é por meio da leitura que a

criança constrói a compreensão do mundo.

Ao utilizarmos a música como possibilidade de mediação para um ato de

leitura a desenvolver com os alunos, percebeu-se que a música é criada pela

aplicação cultural e dos sons e está integrada nas várias atividades sociais, que

decorrem de diversos significados e manifestações de uma sociedade, estas

enriquecendo seu vocabulário e visão de mundo.

A música é uma linguagem universal, tendo participado da história da

humanidade desde as primeiras civilizações e, como tudo em nosso ambiente, nos

influencia. Sendo uma alternativa didática aguça o interesse do aluno, que muitas

vezes sem perceber se encontra totalmente envolvido no processo, uma vez que o

conjunto de palavras contidas no texto da música é aproveitável em distintas

temáticas como ponto de partida na construção do ensino-aprendizagem.

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O trabalho com a leitura utilizando a música é uma estratégia de introdução

de conteúdo, é um complemento, é um meio para o melhor entendimento dos

diversos conteúdos que além de desenvolver a sensibilidade musical pode ajudar

no desenvolvimento de outras potencialidades dos educandos como a memória, a

imaginação, a comunicação verbal e corporal. As atividades musicais coletivas em

sala de aula favorecem a socialização, estimulando a compreensão, a participação e

a cooperação entre o professor e o aluno. O professor pode observar os pontos

fortes e fracos dos alunos, principalmente quanto à capacidade de memória auditiva,

observação, discriminação e reconhecimento de sons, podendo vir a trabalhar a

defasagem dos alunos.

Na teoria de Vygotsky, o pensamento e a linguagem estão intrinsecamente

ligados, pois a linguagem forma o pensamento e vice-versa. O sentido dado à

palavra é individual e tem a ver com o contexto de seu uso e as relações afetivas do

sujeito, onde a influência dos mecanismos culturais é decisiva na natureza de cada

pessoa. É a cultura que fornecerá ao sujeito os sistemas simbólicos de

representação da realidade e, por meio deles o universo de significações que

permite construir uma ordenação, uma interpretação dos dados do mundo real.

O conhecimento artístico tem como características centrais a criação e o

trabalho criador, características estas, fundamentais para a educação. A escola é o

espaço do conhecimento produzido historicamente pelo homem e de construção de

novos conhecimentos, no qual o processo de criação é essencial. Desta forma,

trabalhar com a música, ou seja, a dimensão artística pode contribuir para a

superação da condição de alienação e repressão à qual os sentidos humanos foram

submetidos.

Para Marx, a emancipação humana plena passa, necessariamente, pelo

resgate dos sentidos e do pensamento. Para o ouvido não musical a mais bela

música não tem sentido algum, não é objeto. [...] A formação dos cinco sentidos é

um trabalho de toda história universal até nossos dias. O sentido que é prisioneiro

da grosseira necessidade prática tem apenas um sentido limitado (MARX, 1987,

p.178).

Figura 01: Feliz é aquele que cultiva a música

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Fonte: Eu cultivo boa música ! @[100004685373149:2048: Deborah] - retirado do Facebook em 12/11/13.

3- Desenvolvimento

A implementação do Projeto aconteceu no Colégio Estadual Marcelino

Champagnat e foi desenvolvido por meio de oficinas didáticas, com duração de

trinta e duas horas. As unidades didáticas foram desenvolvidas junto a um grupo de

sete alunos dos 9º anos em período contraturno das aulas.

Com objetivo de aumentar a visão de mundo dos alunos partindo de seus

conhecimentos prévios e desenvolvendo um conhecimento mais elaborado, por

meio da leitura de diferentes textos propusemos trabalhar com letras de músicas de

diferentes ritmos, explorando o seu contexto e suas influencias no sujeito e na

sociedade.

Na música encontramos os mesmos recursos de um poema: é geralmente

escrita em versos, ocupando espaços muito particulares, pois as linhas são curtas e

os agrupamentos em estrofes deixam espaços em branco. A rima é uma

característica própria de um texto poético como a música, mas não é obrigatória,

existem versos sem rima, porém sempre será escrita de forma a manter a melodia.

O desenvolvimento das atividades teve início com a apresentação do Projeto

para a Direção, Equipe Pedagógica, professores da escola e pais, explicando os

seus objetivos e como seria o desenvolvimento das ações com os alunos. Na

apresentação do Projeto para os alunos dos 9ºs anos do Ensino Fundamental foi

explicado, O quê era o Projeto; Como seria desenvolvido o Projeto; O porquê do

projeto; Quais seriam os objetivos do Projeto; Como seria a organização e o

desenvolvimento do Projeto.

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Vários alunos apresentaram interesse em participar do Projeto, mas devido

das atividades serem em horário contraturno, muitos não participaram, pois já

participavam de outras atividades ou por residirem longe do colégio dificultando a

participação. Participaram das unidades didáticas sete alunos, observando-se que a

maioria são alunos repetentes de 9º ano.

Ao iniciar as unidades didáticas os alunos responderam um questionário

com perguntas abertas e uma de múltipla escolha, para levantamento do

conhecimento prévio sobre o uso da música no seu cotidiano.

Questão A: Quantas horas de música você ouve por dia? Responderam de uma até

o dia todo, observando-se que a música está muito presente em seu cotidiano.

Gráfico 1

Dia todo

1 hora

3-4 horas

16-20horas

Fonte: Marcelino Champagnat, 9º anos, PDE 2014.

Questão B: Quais os ritmos que prefere? Os ritmos mais ouvidos são o Funk, Rock’n

roll; Rap; Eletrônica; Hip Hop; Internacional; Gospel, mas a predominância foi para

os ritmos Sertanejo universitário e Música Popular Brasileira.

Gráfico 2

Funk

Rock'n roll

Sert.Univ.

MPB

Eletrônica

Gospel

Rap

Hip Hop

Pagode

Internacional

Fonte: Marcelino Champagnat, 9º anos, PDE 2014.

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Questão C: Em que lugar gosta de ouvir música? A maioria colocou que gosta de

ouvir no quarto, citando ainda ônibus, com os amigos ou quando está fazendo

serviço de casa.

Gráfico 3

Casa

Quarto

Ônibus

Amigos

Fonte: Marcelino Champagnat, 9º anos, PDE 2014.

Questão D: Que aparelho usa para ouvir música? O uso do celular é o aparelho que

eles mais usam para ouvir música.

Gráfico 4

Computador

Celular

Rádio

Fonte: Marcelino Champagnat, 9º anos, PDE 2014.

Questão E: Gosta de ouvir música de rádio? Houve uma preferência para ouvir

música de rádio, mas tem alunos que não gostam de ouvir música de rádio,

reforçando o uso do celular, pois só ouvem as músicas selecionadas por eles.

Gráfico 5

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Sim

Não

Fonte: Marcelino Champagnat, 9º anos, PDE 2014.

Questão F: Você seleciona suas músicas por letras ou pela melodia? A maioria

escolheu as músicas pelas letras, mas tem quem escolheu pela letra e melodia.

Gráfico 6

Letra

Melodia

Letra/Melodia

Fonte: Marcelino Champagnat, 9º anos, PDE 2014.

Questão G: O que sente ao ouvir músicas que gosta? Todos os alunos concordam

que a música transmite sentimentos de prazer, felicidade, conforto, emoção, leveza,

portanto momentos de alegria.

Gráfico 7

Prazer

Emoção

Conforto

Feliz

Leveza

Fonte: Marcelino Champagnat, 9º anos, PDE 2014.

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Analisando as questões do questionário, percebe-se a importância de

desenvolver um trabalho utilizando a música, pois esta se faz muito presente em

suas vidas. “A música passa uma mensagem e revela a forma de vida mais nobre, a

qual, a humanidade almeja, ela demonstra emoção, não ocorrendo apenas no

inconsciente, mas toma conta das pessoas, envolvendo-as trazendo lucidez à

consciência” (FARIA, 2001, p. 4).

A música é pouco explorada no ambiente escolar, pois se observa pelas

respostas apresentadas que independentes do ritmo musical todos os alunos

gostam de música, como responderam a respeito dos bons sentimentos que sentem

ao ouvirem música. Fato que se observa pelo uso constante de celulares e fone de

ouvido em sala de aula ou em ambiente escolar.

A instrumentalização das unidades didáticas como mediação pedagógica, por

meio das ações que os alunos estabeleceram entre uma comparação do

conhecimento científico e conceitual com a vivência cotidiana que possuem, a fim

de se apropriar do novo conteúdo, iniciou-se com a música: Da cor da Esperança,

de Diego Torres, 2004, onde foi trabalhado o entendimento do texto na perspectiva

da Prática Social Inicial, seguindo da discussão sobre o conteúdo e suas dimensões

afetiva, psicológica, histórica, emocional, cultural e econômica, prevalecendo a

exploração do trabalhador e enriquecendo o tema com um pouco de história da

música no Brasil.

Da cor da Esperança

Autor: Diego Torres - 2004

Interprete: Grupo Tradição

“Sei, tá nos teus olhos, é só te olhar, Esta cansado de andar e de andar, E caminhar, chegando sempre em um lugar.

Sei, todas as portas podem se abrir, Para mudar só depende de ti, Te ajudará, tente de novo uma vez mais”.

Disponível: http://www.youtube.com/watch?v=HXBVh2l3AGM. Acesso em: 23 nov.2013.

Duração: 05:36 min.

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Como foram trabalhados diversos ritmos musicais, foi explicado sobre o ritmo

em uma música que pode ser como um agrupamento harmonioso e regular de sons

fortes e fracos, de maior ou menor duração, o que confere, a cada trecho musical,

características especiais e suas curiosidades, os compositores, autores e histórico

de algumas épocas para contextualizar melhor o momento histórico das músicas.

A parte da reprodução escrita foi feita na sua totalidade oralmente, pois

houve maior participação e interesse nas questões orais, como diz o aluno AP1:

“Como é gostoso este trabalho, a gente não precisa ficar só copiando, a gente pode

falar”. Diante desta colocação e da participação deles, as atividades sugeridas para

serem escritas foram feitas oralmente.

A 2ª unidade didática trabalhou o Funk, foram trabalhadas duas músicas

ressaltando as letras que relatam o crime e a erotização como exploração humana.

Em todos os textos foram analisados as figuras de linguagem, se apresentam ou

não estrofes e interpretações das letras. No funk, a batida é forte e repetitiva e isso

você somente irá perceber ouvindo os vários ritmos que existem. O refrão é uma

expressão que se repete regularmente em uma composição, nele é definido o tom

ou o motivo central do texto.

Crime Chegou

Compositor e intérprete: Mc Daleste

http://letras.mus.br/mc-daleste/crime-chegou/

Acesso em: 19 nov. 2013.

“Mão na cabeça que o crime chegou, Mão na cabeça que o crime chegou, Uhu, é o terror, Mão na cabeça que o crime chegou, Mão na cabeça que o crime chegou, Uhu, é o terror, É o terror que tá chegando, Sente sente o poder

Na produção e na mp6 dj gá bhg”.

Meiga e Abusada

Cantora: Anitta

Compositor: (Anitta/ Umberto Tavares/ Jeferson Junior)

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Disponível: http://letras.mus.br/mc-anitta/meiga-e-abusada/.

Acesso em: 19 nov.2013.

“Eu posso conquistar tudo que eu quero Mas foi tão fácil pra te controlar Com jeito de menina brincalhona A fórmula perfeita pra poder te comandar

Pensou que eu fosse cair mesmo nesse papo? Que tá solteiro e agora quer parar Eu finjo, vou fazendo meu teatro E te faço de palhaço, pra te dominar”.

Na discussão sobre o conteúdo do FUNK e suas dimensões ressaltou o

crime, a apologia ao fim da polícia, a erotização humana, por meio das dimensões

sociais, afetiva, legalidade e cultural. Os alunos participaram ativamente por ser um

ritmo que ouvem muito. O aluno AP1 relatou o envolvimento de traficante e os

cantores de FUNK e como muitos têm sido assassinados. O aluno AP2 relatou que

muitas letras retratam a situação social e a exclusão social vivenciada por eles, por

isso são vistos como movimentos artísticos.

Na unidade didática 3ª iniciou-se com o filme O menino da porteira, de

Jeremias Moreira Filho, 2009, para desenvolver o ritmo Sertanejo e Sertanejo

Universitário e suas diferenças. Foram ressaltados as belezas regionais e amores

impossíveis relatados no Sertanejo e o Sertanejo Universitário destaca o erotismo e

o amor. Observaram-se também pelos alunos a linguagem própria das pessoas da

zona rural e vida simples e suas vestimentas.

Os alunos fizeram uma comparação entre a vida urbana e rural, por meio das

dimensões econômica, afetiva, histórica, estética, emocional, psicológica e a

regionalização, explorando o tipo de vida rural, as festas, o solo, relevo. O aluno AP1

ficou na dúvida quanto à diversão das pessoas que moram em sítios. Os alunos AP3

e AP4 fizeram uma comparação entre a situação do produtor rural e como eles não

recebem o preço justo por sua plantação.

Ao incentivar o aumento do conhecimento e da cultura dos alunos pretende-

se que:

O educando deve ser desafiado, mobilizado, sensibilizado; deve perceber alguma relação entre o conteúdo e sua vida cotidiana, suas necessidades, problemas e interesses. Torna-se necessário criar um clima de predisposição favorável à aprendizagem (GASPARIN, 2002. p.15).

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O filme foi baseado na música O Menino da Porteira, dos compositores Teddy

Vieira e Luizinho e fez muito sucesso na voz de Sergio Reis.

Trecho do filme: O menino da porteira.

Disponível: http://www.youtube.com/watch?v=VLilI5JeF7k . Acesso em: 19 nov.

2013. Duração: 13:01 min.

A música A Hora é Agora, com Jorge e Mateus, lançada no ano de 2012, uma

representação do Sertanejo universitário.

A Hora é Agora

Composição: Dudu Borges / Jorge Cantores: Jorge e Mateus

Disponível em: http://letras.mus.br/jorge-mateus/a-hora-e-agora/.

Acesso em: 19 nov.2013.

“Aumente o som, Pra ficar bom a nossa festa não tem hora pra acabar O teu sorriso, abre as portas do paraíso Vem comigo pra gente dançar A melhor hora, sempre é agora E o melhor lugar é sempre onde você está E a luz nunca se apaga, juízo sempre acaba E a nossa musica vai começar

Paz e Amor É o que eu quero pra nós E que nada nesse mundo cale a nossa voz Céu e Mar e alguém para amar E o arrepio toda vez que a gente se encontrar Nunca vai passar, Mesmo quando o Sol chegar”.

Um clássico sertanejo, lançada em 1990:

Na Subida do Balão

Compositores: Almir Sater / Paulo Simões

Cantor: Almir Sater

Disponível em: http://letras.mus.br/almir-sater/127238/. Acesso em: 19 nov.2013.

“Calendário tá dizendo Chegou seu mês de junho e Chegou São João Doidão

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Vai ter festa na rua Vai ter traque de véia na subida do balão Seu Zé Mário é um festeiro Chamou os violeiros Principiando o rastapé Sanfoneiro puxa o fole Nós aqui puxemos o gole De fazer bem buscapé”.

Conhecendo o Samba, seus significados, histórias, tipos de sambas e

principais sambistas, são conhecimentos para aprofundar os ritmos Samba e

Pagode desenvolvidos na 4ª unidade, as diferenças do samba do Rio de Janeiro e

São Paulo. Foram discutidas as diferenças do samba e pagode, o carnaval a maior

festa cultural do Brasil e a rima que é usada como uma característica própria de um

texto poético como no samba, mas não é obrigatória, existem versos sem rima,

porém sempre será escrita de forma a manter a melodia. Foram desenvolvidas as

dimensões conceitual, econômica, afetiva, estética, histórica e cultura.

Retalhos de Cetim

Autor: Benito di Paula - 1999

Intérprete: Grupo Sambô

Disponível em: http://letras.mus.br/sambo/1806730/. Acesso em: 20 nov.2013.

“Ensaiei meu samba o ano inteiro, Comprei surdo e tamborim. Gastei tudo em fantasia, Era só o que eu queria. E ela jurou desfilar pra mim Minha escola estava tão bonita. Era tudo o que eu queria ver, Em retalhos de cetim Eu dormi o ano inteiro, E ela jurou desfilar pra mim. Refrão: Mas chegou o Carnaval, E ela não desfilou, Eu chorei na avenida, eu chorei. Não pensei que mentia a cabrocha que eu tanto amei”.

[C1] Comentário: Épreciso aparecer o que os alunos disseram, a que conclusões chegaram...que cpmentarios , que reflexões....isto em todas a squestões e unidade, ok?

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Minha Arte De Amar

Compositores: Nei Lopes / Zé Luiz - 2005

Intérprete: Grupo Fundo de Quintal

Disponível em: http://letras.mus.br/fundo-de-quintal/118842/.

Acesso em: 20 nov.2013.

“Quem ama não tem que procurar Saber a razão porque ama A chama só tem que arder e nada mais A ave no espaço infinito Não pergunta o que é voar Nem o azul mais bonito Se pergunta o que é a paz As flores jamais vão procurar Saber de onde vem seus olores E as cores só querem mesmo é deslumbrar Como uma ave que voa pelo prazer de voar É assim que eu exerço a arte de te amar”.

Agora é a vez do pagode...

As Aparências Enganam

Compositores: Davi Vianna / Douglas Lacerda) - 2013

Cantor: Thiaguinho

Disponível em: http://letras.mus.br/thiaguinho/as-aparencias-enganam/.

Acesso em: 23 nov.2013.

“Você sempre toda linda Arrumada, perfumada Como foi gostar de mim? Que só ando largado De boné, tênis rasgado Bem longe de um manequim

Você se amarra num livro e lê jornal Eu só em festa, viagem e carnaval Nosso convívio é perfeito, é natural O amor é capaz de explicar”.

Foram ressaltadas também as influências sociais e as divisões de classes e a

discriminação com os sambistas, assim com o histórico do samba, que era um ritmo

da época do Brasil Colonial, e dançada nos canaviais e na senzala. Foi interessante

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como os alunos não tem muito conhecimento do samba, o aluno AP5 relatou que só

conhecia o carnaval, mas que nunca participou de uma festa de carnaval.

As dúvidas apareceram mais do aluno AP6 de como é o trabalho das escolas

de samba e que os integrantes tem que pagar as fantasias.

Na 5ª unidade didática foram ouvidas diversas regravações de músicas com

cantores diferentes, épocas, todas mantendo as letras originais e levantando

indagações como qual o sentido de regravarem músicas do passado? Os arranjos

musicais interferem nas novas regravações?

O vocabulário das músicas trabalhadas foram observadas e desenvolvidas

pela dimensão histórica, enfatizando a época e o ano que foram escritas, e qual o

contexto histórico da época. As dimensões econômica, afetiva, estética, histórica,

emocional e psicológica foram abordadas, ressaltando os custos com regravações

as diferenças das épocas das regravações. O aluno AP2 comentou que não tem o

costume de ver o autor da música e o ano de sua criação, por isso desconhece

muitas regravações, achando que é lançamento, pois o aluno AP7 citou algumas

músicas que Lulu Santos e o Grupo J.Quest regravaram.

Eu Sei Que Vou Te Amar

Autores: Vinícius de Moras e Antonio Carlos Jobim - 1958

Regravada por Elis Regina, Adriana Calcanhoto, Simone, Caetano Veloso, Ivete Sangalo

Duas versões da música Eu sei que vou te amar, com cantores diferentes:

Disponível em: http://www.youtube.com/watch?v=ly-Gzbd1eI0&list=RDAr-

xOEelz1k. Acesso em: 20 nov.2013. Duração: 03:30 min.

Intérpretes: Elis Regina, Vinícius de Moraes e Tom Jobim.

Disponível em:

http://www.youtube.com/watch?v=qmMxEDaLOXc&list=PL69F5BAE75145FE41

Acesso em: 20 nov. 2013. Duração: 03:36 min.

Intérpretes: Toquinho e Orquestra Arte Viva.

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“Eu sei que vou te amar Por toda a minha vida Eu vou te amar A cada despedida Eu vou te amar Desesperadamente Eu sei que vou te amar ...

E cada verso meu será Prá te dizer Que eu sei que vou te amar Por toda a minha vida”...

Aquarela do Brasil

Autor: Ary Barroso – 1939

Regravações: Toquinho, Emílio Santiago, Gal Costa, Martinho da Vila, instrumental, Jorge Aragão.

Música Aquarela do Brasil em várias versões e artistas:

Disponível em: http://www.youtube.com/watch?v=H-y8TS7jbpY . Acesso em: 20 nov.2013. Duração: 05:55 min.

Com Francisco Alves. Disponível em: http://www.youtube.com/watch?v=f-oLhhuw8Uo. Acesso em: 20 nov.2013. Duração: 04:00 min.

Com Jorge Aragão.

Disponível em: http://www.youtube.com/watch?v=9KAZXO5UbnU. Acesso em: 20 nov.2013. Duração: 04:00 min.

Com Toquinho.

Disponível em: http://www.youtube.com/watch?v=mXm9YtLgiQ.

Acesso em: 20 nov.2013.Duração: 14:29 min.

Aula de cavaquinho.

“Brasil, meu Brasil brasileiro Meu mulato inzoneiro Vou cantar-te nos meus versos O Brasil, samba que dá Bamboleio que faz gingar O Brasil do meu amor Terra de Nosso Senhor

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Brasil, pra mim, pra mim, pra mim Abre a cortina do passado Tira a mãe preta do serrado Bota o rei Congo no congado Brasil, pra mim”.

A música Clássica trabalhada na 6ª unidade didática, foi a que apresentou

maior interesse dos alunos, apresentei primeiro dois trechos do filme Amadeus,

1984, em seguida ouviram a ópera A Rainha da Noite, 1791 e Tuba mirum, 1791.

Apenas a uma aluna AP2 tinha conhecimento de algumas músicas clássicas,

acharam interessantes as letras tratarem de tragédias e as diferenças das

vestimentas, costumes, vocabulários apresentados nos textos com as letras e

traduções. Os alunos AP4 e AP5 demonstraram interesse em assistir o filme inteiro e

conhecer mais sobre a vida de Johannes Chrysostomus Wolfgang Gottlieb Mozart,

1756-1971.

Filme: Amadeus, de 1984.

Disponível em: http://www.youtube.com/watch?v=M1TL7NxiNOQ (parte I)

Acesso em: 20 nov.2013. Duração: 02:43min.

Disponível em: http://www.youtube.com/watch?v=dHGt_kfNxfA (parte II)

Acesso em: 20 nov.2013. Duração: 02:53min.

A Rainha da Noite

Compositor: Wolfgang Amadeus Mozart – 1791

Disponível em: http://www.youtube.com/watch?v=i6q5gzNtwXY.

Acesso em: 20 nov. 2013. Duração: 03:11 min.

A Rainha da Noite

Der Hölle Rache kocht in meinem Herzen Tot und Verzweiflung

Tot und Verzweiflung flammet um mich her! Fühlt nicht durch dich

Sarastro Todesschmerzen Sarastro Todesschmerzen

So bist du meine Tochter nimmermehr

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A Rainha da Noite

(tradução)

A vingança do inferno ferve no meu coração Morte e desespero Morte e desespero chama sobre mim! Não através de você Sarastro, a pena de morte Sarastro, a pena de morte Então você é minha filha nunca mais Então você é minha Minha filha nunca Oh ... Minha filha nunca Oh ... Então você é minha filha nunca mais.

Outra maravilha de música...

Tuba mirum

Compositor: Wolfgang Amadeus Mozart - 1791

Disponível em: http://www.youtube.com/watch?v=1qERepWWK44.

Acesso em: 20 nov.2013. Duração: 03:53 min.

Tuba mirum

Tuba mirum spargens sonum per sepulcra regionum,

coget omnes ante thronum. Mors stupebit et natura cum resurget creatura,

judicanti responsura. Tuba mirum (Tradução)

A trombeta poderosa espalha seu som pela região dos sepulcros, para juntar a todos diante do trono. A morte e a natureza se espantarão com as criaturas que ressurgem, para responderem ao juízo. Um livro será trazido, no qual tudo está contido, pelo qual o mundo será julgado. Logo que o juiz se assente, tudo o que está oculto, aparecerá: nada ficará impune.

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O que eu, miserável, poderei dizer? A que patrono recorrerei, quando apenas o justo estará seguro?

O conhecimento prévio dos alunos sobre o assunto são conceitos cotidianos

das coisas e das vivências e são experiências empíricas, por isso o estudo dos

conhecimentos científicos em aula e a música clássica foi um exemplo deste

trabalho, assim sendo:

É preciso reorganizar essas noções dentro de uma totalidade, de tal forma que, ao término do processo, professor e alunos aproximem-se, enquanto uma visão sintética, da nova prática social desse conteúdo, construindo um novo todo (GASPARIN, 2002. P.21).

A Música Popular Brasileira – MPB, tema da 7ª unidade didática foram

ouvidas três músicas de mensagens intrínsecas e de sucesso de grandes

compositores. Os alunos participaram ativamente, apesar dos alunos AP1 e AP7

comentaram: “Estes cantores ainda estão vivos? Parece que já ouvi esta música”. A

aluna AP2 tinha maior conhecimento das músicas, pois sua avó ouve muito estes

cantores e este ritmo de música, como relatou.

Comida

Composição: Arnaldo Antunes / Marcelo Fromer / Sérgio Britto - 1997

Cantor: Arnaldo Antunes

Disponível em: http://letras.mus.br/arnaldo-antunes/1769313/.

Acesso em: 20 nov. 2013.

“Bebida é água. Comida é pasto. Você tem sede de que? Você tem fome de que? A gente não quer só comida, A gente quer comida, diversão e arte. A gente não quer só comida, A gente quer saída para qualquer parte. A gente não quer só comida, A gente quer bebida, diversão, balé. A gente não quer só comida, A gente quer a vida como a vida quer”.

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Planeta Água

Compositor e cantor: Guilherme Arantes

Disponível em: http://letras.mus.br/guilherme-arantes/46315/.

Acesso em: 20 nov.2013.

Uma das finalistas do Festival Shell, lançada em 1981.

“Água que nasce na fonte Serena do mundo E que abre um Profundo grotão Água que faz inocente Riacho e deságua Na corrente do ribeirão”...

Maria, Maria

Compositores: Milton Nascimento E Fernando Brant - 1978

Intérprete: Elis Regina

Disponível em: http://letras.mus.br/elis-regina/75151/.

Acesso em: 23 nov.2013.

“Maria, Maria É um dom, uma certa magia, Uma força que nos alerta Uma mulher que merece viver e amar Como outra qualquer do planeta Maria, Maria É o som, é a cor, é o suor É a dose mais forte e lenta”.

A unidade 8ª tratou das músicas de Rádio e como muitas músicas fazem

sucesso por serem pagas para serem tocadas e a função do ECAD, em preservar o

recebimento pelos compositores de suas músicas sendo tocadas em diferentes

ambientes. Foi apresentado o artista Zé Índio, que relata em suas letras este

comércio nas rádios para tocar somente as músicas pagas.

As gravadoras pagam para tocar as músicas nas rádios, muitas vezes sem

qualidade, havendo também uma invasão de músicas internacionais. Para tentar

diminuir a pirataria, ou seja, da reprodução de músicas sem autorização existe o

[C2] Comentário: Observe que está como um relato...em pesquisa vc pode relatar, mas precisa ser comentado e custurado com seu texto....

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ECAD (Escritório Central de Arrecadação e Distribuição). Foram trabalhadas as

dimensões: econômica, social, legalidade, afetiva, estética e histórica.

O aluno AP5 relatou que prefere ouvir as músicas que ele grava, não tem

costume de ouvir rádio, mas que desconhecia esta prática de pagar para tocar as

músicas, outro aluno AP7 indagou sobre a pirataria, daí comentamos sobre o ECAD

que é um órgão para proteger os artistas, mas a pirataria a polícia federal que

fiscaliza.

De Que Vale Ter tudo na Vida

Composição: José Augusto/ Miguel/ Marcelo// Salim - 1973 Cantor: José Augusto Disponível em: http://letras.mus.br/jose-augusto/156092/. Acesso em: 20 nov. 2013.

“Nada mais importa agora Você foi embora e eu fiquei tão só Sigo, sem saber meu rumo Eu não me acostumo sem você aqui (Refrão) De que vale ter tudo na vida De que vale a beleza da flor Se eu não tenho mais teu carinho Se eu não sinto mais teu calor”.

Hey, Soul Sister

Compositor: Pat Monahan - 2009

Cantor: Train.

Disponível em: http://www.vagalume.com.br/train/hey-soul-sister.html. Acesso

em: 20 nov. 2013.

“Hey, hey, hey

Your lipstick stains On the front lobe of my left side brains

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I knew I wouldn't forget you And so I went and let you blow my mind

Your sweet moonbeam The smell of you in every single dream I dream I knew when we collided You're the one I have decided who's one of my kind”.

Só Toca Se Pagar

Compositor: Charles Col

Cantor: Zé Índio

Disponível em: http://letras.mus.br/ze-indio/1854126/.

Acesso em: 20 nov.2013.

“a mpb não queira nem saber você não vai entender o que aconteceu a mpb na era do cd passou a feder, apodreceu a mpb no tempo do dvd no rádio na tv só toca se pagar a mpb afirmo pra você é um panelão cheio de jabá (refrão)

o sertanejo não tem nada do sertão é tudo enganação conversa pra boi dormir esse pagode é samba falsificado que o sistema desgraçado faz o povo engolir e na elite nada de novo acontece só tem frescura só rola gls de norte a sul virou um bunda lê lê defecaram na MPB”.

A 9ª unidade didática foram apresentadas músicas que retratam a ditadura

vivida no Brasil e a época da Jovem Guarda, dois momentos importantes da história

e influência nas artes brasileira. Foi apresentado um pouco da história das músicas

Cálice (Chico Buarque de Holanda e Gilberto Gil), 1973 e Pra não dizer que não falei

das flores (Geraldo Vandré), 1968. Após conversarmos muito sobre este período

passado pelo Brasil, eles conseguiram relacionar com as passeatas que tiveram no

Brasil em 2013 e as lutas por melhorias para o trabalhador.

Cálice

Compositores: Chico Buarque de Hollanda e Gilberto Gil – 1973

Intérprete: Chico Buarque de Hollanda

Disponível em: http://letras.mus.br/chico-buarque/45121/.

Acesso em: 20 nov. 2013.

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“Pai! Afasta de mim esse cálice Pai! Afasta de mim esse cálice Pai! Afasta de mim esse cálice De vinho tinto de sangue

Pai! Afasta de mim esse cálice Pai! Afasta de mim esse cálice Pai! Afasta de mim esse cálice De vinho tinto de sangue

Como beber dessa bebida amarga Tragar a dor e engolir a labuta? Mesmo calada a boca resta o peito Silêncio na cidade não se escuta De que me vale ser filho da santa? Melhor seria ser filho da outra Outra realidade menos morta Tanta mentira, tanta força bruta”.

Pra Não Dizer Que Não Falei Das Flores

Compositor e intérprete: Geraldo Vandré – 1968

Disponível em: http://letras.mus.br/geraldo-vandre/46168/.

Acesso em: 20 nov. 2013.

“Caminhando e cantando E seguindo a canção Somos todos iguais Braços dados ou não Nas escolas, nas ruas Campos, construções Caminhando e cantando E seguindo a canção

Vem, vamos embora Que esperar não é saber Quem sabe faz a hora Não espera acontecer”.

Jovem Guarda

Era Um Garoto

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Compositor: Mauro Lusini - 1960

Intérprete: Grupo Os Incríveis

Disponível em: http://letras.mus.br/os-incriveis/47830/. Acesso em: 21 nov.2013.

“Era um garoto que como eu amava os Beatles e os Rolling Stones Girava o mundo sempre a cantar as coisas lindas da América Não era belo mas mesmo assim havia mil garotas a fim. Cantava Help and Ticket to ride, oh! Lady Jane and Yesterday Cantava viva à liberdade, mas uma carta sem esperar Da sua guitarra o separou, fora chamado na América. Stop! Com Rolling Stones, stop! com Beatles songs. Mandado foi ao Vietnã, brigar com vietcongs. Tatá-ratatá...”

Foi abordado para contextualizar as músicas um pouco da história das

músicas Cálice e Pra Não Dizer Que Não Falei Das Flores e do período da ditadura. A aluna

AP2 conhecia as músicas e já tinha ouvido falar da ditadura, mas não sabia ao certo porque havia

acontecido. Fizemos a comparação da jovem guarda com as músicas do período da ditadura e a

criatividade utilizada na composição das letras das músicas.

As dimensões econômica, afetiva, histórica, legalidade, psicológica, geográfica, social

foram discutidas e o aluno AP1 comentou que “este período foi como uma guerra, mas com

mortes escondidas”, os alunos AP demonstraram muito interesse e entenderam que os jovens

de hoje não lutam por melhorias, não querem nem saber do que acontece no Brasil.

O Rock’n roll e Rock Pop, foi o tema da 10ª unidade didática, leram um pouco

sobre a história do Rock e conheceram alguns cantores que iniciaram este ritmo no

Brasil. Por sua irreverência o rock é o ritmo preferido dos adolescentes e jovens, não

só pela música, mas as vestimentas, tatuagens, grupos sociais. Os alunos AP5 e

AP6 questionaram as sobre drogas e sua relação com o rock.

Algumas letras de rock’n roll apresentam em algumas letras agressividade e

quais as influências no comportamento dos jovens, como tatuagens e estilos de

vida. Foram trabalhadas as dimensões econômica, afetiva, emocional, psicológica,

estética, histórica.

Me Adora

Compositores: Pitty, Derrick Green e Andreas Kisser – 2009

Cantora: Pitty

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Disponível em: http://letras.mus.br/pitty/1507865/.

Acesso em: 20 nov. 2013.

“Tantas decepções eu já vivi Aquela foi de longe a mais cruel Um silêncio profundo e declarei: Só não desonre o meu nome!

Você que nem me ouve até o fim Injustamente julga por prazer Cuidado quando for falar de mim E não desonre o meu nome”.

Dias de Luta, Dias de Glória

Compositores: Chorão e Thiago – 2006

Intérprete: Charlie Brown Jr.

Disponível em: http://letras.mus.br/charlie-brown-jr/788211/.

Acesso em: 20 nov. 2013.

“A vida me ensinou a nunca desistir Nem ganhar, nem perder, mas procurar evoluir Podem me tirar tudo que tenho Só não podem me tirar as coisas boas Que eu já fiz pra quem eu amo

E eu sou feliz e canto O universo é uma canção E eu vou que vou

Histórias, nossas histórias Dias de luta, dias de glória Histórias, nossas histórias Dias de luta, dias de glória”.

Como estamos no ano da Copa do Mundo, a 11ª unidade didática foram

apresentadas algumas músicas que já foram sucesso em Copas passadas e vídeos

da Copa de 1958. A discussão girou em torno da paixão pelo futebol e as

manifestações contrárias à Copa no Brasil, pela falta de infraestrutura e hospitais

que a população necessita e o dinheiro gasto para sua realização.

Disponível em: http://www.youtube.com/watch?v=9I3DF39SLyw. Acesso em: 23 nov.

2013. Duração: 03:12 min.

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K'naan Skank - Waving Flag Brasil

Copa 2010 - Africa

Compositores: K´naan & David Bisbal

Cantor: Skank

Disponível: http://letras.mus.br/skank/1629329/. Acesso em: 20 nov. 2013.

“GOOOOLLLL Ô Ô Ô GOOOOOOLLLL BRASIL ! GOOOOLLLL Ô Ô Ô GOOOOOOLLLL Give me freedom, Give me fire, Give me reason Take me higher, See the champions Take the field now, Unify us, Make us feel proud In the streets our Hands are lifting, As we lose our, Inhibition, Celebration It surrounds us, Every nation All around us, Gol de placa de trivela no cantinho pra desempatar É de letra de cabeça bicicleta pra comemorar”.

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A Taça do Mundo é Nossa

Compositores: Wagner Maugeri, Lauro Müller, Maugeri Sobrinho e Victor Dagô

(Em 1958 na Suécia, o Brasil venceu pela 1ª vez uma Copa)

Disponível em: http://letras.mus.br/temas-diversos/564467/.

Acesso em: 20 nov. 2013.

“A taça do mundo é nossa Com brasileiro não há quem possa Êh eta esquadrão de ouro É bom no samba, é bom no couro

A taça do mundo é nossa Com brasileiro não há quem possa Êh eta esquadrão de ouro É bom no samba, é bom no couro”.

Todo Mundo

Copa 2014

Cantora: Gaby Amarantos/Participação: Monobloco

Disponível em: http://letras.mus.br/gaby-amarantos/todo-mundo/.

Acesso em: 20 nov.2013.

“Vem que vai começar Um mundo num só lugar Cada canto do meu país Tem sede de ser feliz E o som da batida Na palma da mão E a voz da torcida É a voz da nação Eu quero gol Ôô ôô ôôôôôôô... Vamos gritar Ôô ôô ôôôôôôô... É gol, é gol, é gol”.

Na 12ª unidade didática foi apresentado o vídeo da Banda Marcial do colégio

na década de 1990 e que hoje está reestruturada. Analisamos o ritmo e as

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características próprias deste ritmo musical. Assistimos um ensaio da Banda e

conhecemos os instrumentos utilizados para compô-la. Os alunos ficaram

interessados na história da Banda do colégio, pois desconheciam este

acontecimento e importância para cidade. Desenvolvendo a dimensão cultural,

estamos oportunizando:

O trabalho de todo o processo ensino-aprendizagem apresenta-se como um grande instrumento na transformação de um aluno-cidadão em um cidadão mais autônomo. Se o trabalho pedagógico exige um aluno que se aproprie dos conhecimentos científicos pela mediação do professor, ao término do período escolar, pressupõe-se que esse aluno apresente a condição de cidadão critico e participativo, sem a presença e intermediação do professor. Espera-se que tenha atingido, dessa forma, um novo estágio, um nível mais elevado de seu desenvolvimento atual (GASPARIN, 2002, p.122-123).

Vídeo da Banda Marcial nas décadas de 1990 para conhecermos um pouco

de sua história.

http://www.youtube.com/watch?v=blOSk7E1OU8.

Acesso em: 29 nov. 2013. Duração: 02:35 min.

As unidades didáticas 13ª e 14ª foram para criação de letras de músicas e

ritmos de preferência, como era um grupo pequeno e uma aluna tocava violão,

fizeram somente um grupo. No final acabaram fazendo um novo arranjo para a

música Me Adora, da cantora Pitty, 2009. Foi muito gratificante, pois alguns estavam

com baixa-autoestima, pois já haviam reprovado o 9º ano e apresentam dificuldade

em leitura e interpretação. No grupo eles se sentiram parte do trabalho proposto

pela professora, sugeriram e relataram várias experiências.

As unidades 15ª e 16ª foram coletadas as impressões dos alunos que

participaram das atividades da implementação, por meio de questionário.

Questão 1: Você se transformou após os trabalhos realizados? Os sete

alunos participantes foram unânimes em dizer que sim, que gostaram de participar,

que os dias que precisamos trocar o curso eles sentiram falta e que gostaram de

receber algumas músicas para ouvirem, preliminarmente ao curso, pelo grupo do

Facebook e que puderam expressar mais as suas opiniões.

Questão 2: Você fez outras leituras? Os sete alunos foram unânimes e

relataram que começaram observar mais as letras das músicas que ouvem e

também as músicas que os pais ou avós ouvem, sempre prestando mais atenção na

letra e quando esta foi escrita.

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Questão 3: E agora, quais os ritmos que vocês mais gostaram? Continuam

gostando de suas preferências, mas gostaram de conhecer sobre a ditadura e a

música clássica. Citaram até um funkeiro que mistura música clássica e funk, que

eles não sabiam que os instrumentos que ele utiliza são próprios de orquestra.

4- Considerações Finais

O presente artigo tem como finalidade a apresentação da Produção Didático-

Pedagógica na Escola sob o título: A Leitura de Mundo: uso de múltiplas linguagens

para o desenvolvimento humano, em cumprimento ao proposto pelo Programa de

Desenvolvimento Educacional, oferecido pela Secretaria de Estado da Educação. A

Produção Didático-Pedagógica no Colégio foi implementada com alunos dos 9º anos

do Ensino Fundamental do Colégio Estadual Marcelino Champagnat, Londrina – PR.

A proposta do projeto de intervenção pedagógica foi de proporcionar no aluno

diferentes momentos de leitura por meio da música e suas diversas interpretações,

ritmos, vestimentas e interdisciplinaridade, despertando a análise das múltiplas

determinações e aumentando sua visão de mundo por meio da leitura crítica de

textos.

O objetivo de apresentar de forma diversificada e incentivar a leitura de

diferentes textos foi atingido por meio de observações nas discussões e interesse

dos alunos participantes. Os alunos participantes das unidades didáticas sugeriram

que fosse trabalhada com todos os alunos da turma, pois é um trabalho “gostoso” de

realizar e mais participativo.

A metodologia embasada na Pedagogia Histórico-Crítica e a didática

desenvolvida baseada nos estudos de Gasparin, foram trabalhadas com os alunos

partindo de sua prática social, e por meio das dimensões passam por uma

transformação qualitativa, o que nos leva a constatar que a prática social no início do

conhecimento educativo em comparação com a prática social no resultado não é a

mesma, ocorrendo a aprendizagem.

Quando os alunos atingirem o estágio de cidadãos mais completos e integrados à sociedade, estará cumprida a tarefa do professor. (GASPARIN, 2002. P. 123).

[C3] Comentário: ?

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Ao trabalhar com uma mudança de metodologia e ao alcançar os objetivos

propostos que só reforça nossos pensamentos e esforços em formar cidadãos mais

completos e integrados a sociedade.

5- Referências

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