os cem anos do século xx

OS CEM ANOS DO

SÉCULO XX

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Editor ResponsávelUziel de Jesus

RevisãoFernanda Rizzo

CapaMelissa Roncete

Diagramação Fabricio Trindade Ferreira

Claudio Seque

OS CEM ANOS DO

SÉCULO XX

...As glórias e conquistas do presente e do futuro, nada mais são…Que consequência dos conhecimentos adquiri-dos no passado!

Claudio Seque 1999

Biblioteca Pública do ParanáEm especial as bibliotecárias:Claudia MontaninoMarcia GattiLeila FujimuraAna RosaAngela Zani

Ao meu filho Hélio Augusto Negosseque, que nasceu no ano em que comecei a escrever, dando-me inspiração em 1999, e hoje, em 2011, ajudou-me a terminar a obra com as ideias de capa.

A minha mulher Maria Helena da Rosa, que, além da ins-piração, teve paciência durante os doze anos em que pesquisei e escrevi, quase todas as noites, até altas horas da madrugada.

Ao meu pai, que me deu inspirações e histórias de vida de como se deve viver para ser feliz. A minha mãe, que com sua perseverança contínua, também me trouxe muitas inspirações.

Aos meus irmãos, que são obras de meu pai e minha mãe, e que de alguma maneira sempre me deram alguma inspiração. Cada um com seus sonhos e ideias. Todos direitos autorais reservados.Fundação Biblioteca Nacional Registro 485.817. Livro 917, folha 291À Claudio Antonio Negosseque, Claudio Seque(autor)Email: [email protected]

Agradecimentos

Apresentação

Todas as narrativas descritas neste livro foram feitas com pesquisas baseadas em revistas e livros da época correspondente, ou seja, o ano correspondente, sendo

realizadas estas pesquisas da forma e maneiras escritas no seu ano, portanto, haverá, digamos assim, alguns “erros” no português e na própria forma de escrita, e propositadamente palavras também escritas ainda sem a revisão ortográfica, para que se avalie com intensidade de raciocínio a forma de vida daquele ano, portanto, assim como poderá haver erros reais, haverá “erros” para que se assemelhe os anos correspondentes a cada capítulo. A intenção deste livro é trazer um mínimo de conhecimento da história do século XX, um século marcante por sua evolução, pois o mundo não evoluiu nada perto do que evoluiu neste século. Deverá ser uma fonte de pesquisa muito útil, pela sua eloquência e facilidade de interpretação. A pesquisa foi realizada com o que se encontrou naquele determinado ano, dentro dos acessos possíveis, armazenando fatos corriqueiros e mais importantes do último século, os relatos em geral são os mais famosos, e aqueles que ficaram esquecidos na história, que foram importantes, mas pouco se comenta ou lembra-se atualmente, e os curiosos que passaram despercebidos. Se houver falta de alguns assuntos importan-tes, é devido a escassez de revistas dentro dos acessos que tive, principalmente no que diz respeito ao começo do século. Contudo, tudo o que foi encontrado, com certeza, faz parte deste livro e foi copiado, resumido, interpretado, criado, para que se tenha um mínimo de conhecimento do que foi nosso século, neste começo de um novo século.

Fontes de Pesquisa• Almanaque Garnier

• A Ilustração Brasileira

• Revista da Semana

• Revista Eu Sei Tudo

• O Cruzeiro

• Manchete

• Fatos & Fotos

• Veja

• Isto É

• Almanaque Abril

Como foi o mundo no último século? Será que se con-segue imaginar exatamente como as pessoas viviam, o que faziam nas horas de folga, como trabalhavam, como

se locomoviam, como se divertiam, quais eram os esportes e como eram, quantas pessoas existiam no Brasil e no mundo, o que pensavam no início e decorrer do século? A evolução da humanidade ano após ano, partindo do ano de 1899, viajando pelo tempo dentro da imaginação, a história como se estivesse acontencendo hoje. Quem a cem anos pensaria que o homem chegaria à lua, que encontraria a cura para diversas doenças, que existiriam carros velozes movidos a combustíveis líqui-dos, aviões que cruzam os oceanos e dão a volta ao mundo em poucas horas, aviões supersônicos, aparelhos eletrônicos, eletrodomésticos, televisão que transporta as imagens e sons no mesmo instante do outro lado do mundo, computadores, raio laser, bancos eletrônicos, futebol na forma atual, esportes em geral, bebê de proveta, inseminação artificial, clones, e todas as maravilhas que existem atualmente, e que não podemos cha-mar de tempos modernos, porque tudo isso daqui a cem anos será passado, assim como foi considerado por nós cem anos atrás. Citando todas essas maravilhas do nosso tempo, quem imaginaria as coisas ruins que o homem também criou, como a bomba atômica, as guerras, as doenças, a fome no mundo, as atrocidades, o banditismo, as drogas, a corrupção, o dinheiro colocado como essência da vida, a superpopulação de alguns países, a inveja, a ganância como desculpa de felicidade, a injus-tiça, o poder absoluto de poucos sobre os menos favorecidos! É, o mundo mudou, mas não foi só para melhor.

Qual seriam as expectativas para o início do novo século? Será que já se falava que o mundo acabaria na virada do século? Vamos tentar voltar no tempo e imaginar que estamos vivendo

Introdução

neste ano para sentirmos exatamente como se vivia no ano de 1899. Pensando assim parece muito, muito tempo, só que escre-vendo todos os anos em ordem, em um papel, a impressão que se tem é que foi apenas um tempo que passou muito rápido, com todas as suas histórias em um piscar de olhos, e que o tempo que passa para nós hoje será o mesmo que passou para a geração que estiver vivendo daqui a cem anos e que não conseguirá imaginar como vivíamos hoje. Claudio Seque.

SumárioCapítulo 1889 ..................13Capítulo 1900 ..................16Capítulo 1901 ..................19Capítulo 1902 ..................22Capítulo 1903 ..................25Capítulo 1904 ..................28Capítulo 1905 ..................31Capítulo 1906 ..................33Capítulo 1907 ..................36Capítulo 1908 ..................38Capítulo 1909 ..................40Capítulo 1910 ..................42Capítulo 1911 ..................44Capítulo 1912 ..................46Capítulo 1913 ..................49Capítulo 1914 ..................51Capítulo 1915 ..................55Capítulo 1916 ..................57Capítulo 1917 ..................59Capítulo 1918 ..................63Capítulo 1919 ..................66Capítulo 1920 ..................71Capítulo 1921 ..................75Capítulo 1922 ..................78Capítulo 1923 ..................82Capítulo 1924 ..................85Capítulo 1925 ..................90Capítulo 1926 ..................93Capítulo 1927 ..................96Capítulo 1928 ................100Capítulo 1929 ................104Capítulo 1930 ................108

Capítulo 1931 ................114Capítulo 1932 ................120Capítulo 1933 ................123Capítulo 1934 ................125Capítulo 1935 ................132Capítulo 1936 ................136Capítulo 1937 ................142Capítulo 1938 ................146Capítulo 1939 ................154Capítulo 1940 ................160Capítulo 1941 ................171Capítulo 1942 ................174Capítulo 1943 ................179Capítulo 1944 ................185Capítulo 1945 ................193Capítulo 1946 ................203Capítulo 1947 ................210Capítulo 1948 ................219Capítulo 1949 ................226Capítulo 1950 ................231Capítulo 1951 ................237Capítulo 1952 ................242Capítulo 1953 ................246Capítulo 1954 ................253Capítulo 1955 ................264Capítulo 1956 ................268Capítulo 1957 ................275Capítulo 1959 ................279Capítulo 1960 ................283Capítulo 1900 ................289Capítulo 1962 ................298Capítulo 1963 ................307

Capítulo 1964 ................312Capítulo 1965 ................319Capítulo 1966 ................325Capítulo 1967 ................335Capítulo 1968 ................342Capítulo 1969 ................351Capítulo 1900 ................361Capítulo 1971 ................374Capítulo 1972 ................382Capítulo 1973 ................391Capítulo 1974 ................398Capítulo 1975 ................407Capítulo 1976 ................414Capítulo 1977 ................424Capítulo 1978 ................435Capítulo 1979 ................445Capítulo 1980 ................455Capítulo 1981 ................465Capítulo 1982 ................474

Capítulo 1983 ................482Capítulo 1984 ................490Capítulo 1985 ................496Capítulo 1986 ................502Capítulo 1900 ................507Capítulo 1988 ................512Capítulo 1989 ................519Capítulo 1990 ................526Capítulo 1991 ................538Capítulo 1992 ................547Capítulo 1993 ................554Capítulo 1994 ................558Capítulo 1995 ................562Capítulo 1996 ................570Capítulo 1997 ................575Capítulo 1998 ................581Capítulo 1999 ................588Capítulo 2000 ................596

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Os Cem Anos do Século XX

Caminhando em uma rua qualquer de uma cidade qualquer, um transeunte observa as carroças e bondes que passam bem calmos puxados por

cavalos sem nenhuma pressa de chegar, pois quanto mais tempo leva, melhor o passeio ou a viagem. As pessoas caminham pela rua e param para conversar fazendo o tempo passar, sem grandes preocupações e correrias, com certeza a vida é tranquila; olha-se para o céu e se vê apenas os pássaros a voarem de um lado para o outro. A conquista do ar é para os homens o grande sonho, que ainda está praticamente nos papéis e desenhos, para o mais pesado que o ar nem se comenta,

Capítulo 1889

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voar é apenas privilégio de alguns poucos aeronautas, que sobem com seus balões ainda não bem dirigíveis, e que caem a toda hora. Em meio a estes aeronautas, aparece um que começa a revolucionar a conquista, o sr. Alberto Santos Dumont, com 26 anos de idade, que constrói na França o balão dirigível Santos Dumont no 02, semelhante ao no 01, que construíra no ano anterior, porém com um motor mais potente, 10 cavalos e hélice maior. Con-tudo, o mau tempo prejudica a experiência e a aeronave é destruída em um acidente. Sem grande demora, ele constrói o Santos Dumont no 03, com 20 metros de comprimento, cubando 500 m3, na forma de um charuto, afilado nas duas pontas, conseguindo com este balão executar evoluções múltiplas em torno da Torre Eiffel, verificando com grande prazer que o balão obede-cia fielmente ao impulso da hélice e à ação do leme.

Nos esportes as pessoas no Brasil disputam nas praças públicas a “tou-romachia” corrida de touros, o turf, frontões, xadrez, são os esportes mais populares, e mais praticados. Rechaçar índios que são ameaça constante, é um dos esportes mais praticados pêlos exércitos de todo mundo.

A Academia Brasileira de Letras com três anos de existência, tendo no seu quadro quarenta membros, depois de muitas discussões em quantos membros deveria ter, o Sr. Joaquim Nabuco profere um notável discurso, no qual justi-fica o número de quarenta fixado pela Academia para seus membros dizendo: ---Se não tivéssemos quadro fixo, reciávamos não ser uma companhia, fazendo comparação com a França que também possuí quarenta, sendo nós que não temos quase literatura, temos a pretensão de ter cinqüenta. Não tomamos a França todo sistema decimal? Podíamos bem tomar-lhe o metro acadêmico, nós somos quarenta, mas não aspiramos a ser “os quarenta”. O Estatuto se compôs em dez Artigos.

O Brasil está em grande crescimento populacional, com a vinda dos imigrantes que não param de chegar nos navios abarrotados de gente, estima--se que a população atual no Brasil é de mais ou menos 15.000.000 de almas.

O Reino Unido após vencer a Guerra dos Bôeres anexa as repúblicas independentes de Transvaal e de Orange no nordeste da Africa do Sul. A ane-xação à coroa da Inglaterra, dos estados de Orange e Transvaal, é reconhecida pelos Boêres. Eles obtém entretanto sérias garantias, que permitem esperar que a Inglaterra tratará amanhã com generosidade seus inimigos de ontem.

Eu disse uma vez que o último aderente da República seria o espírito de nacionalidade, mas chegou o momento em que este espírito nos deve gritar a todos: -- Esquecei vossas dissensões políticas; o País está chegando ao gráo de

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fraqueza, do qual nenhuma nação se levanta, e quando tiver caído, acreditais que ficará salva a vossa responsabilidade de brasileiros com a resposta: -- “Nós nada tinhamos com isso, éramos monarquistas?” É tempo de cessar em todos os lábios o grito cruel de quanto pior melhor. Um ponto mais é a bancarota, e a bancarota pode arrastar a nacionalidade. Quem sabe? Mais um ato e pode ser o epílogo. O espírito de partido matou o império; desta vez não matará a República, mata o país. O instinto do território é o último que uma raça perde. Aceitei essa missão, como teria talvez aceitado nas novas condições do país, da América e do Mundo, uma cadeira no parlamento. Com ressalva das minhas idéias monárquicas e de quanto tenho dito e escrito, posso entrar por toda a parte para defender a causa Nacional. Nada me liga à República, se me desligão da Monarquia, ficarei tendo um só partido o da Pátria”. Discurso proferido por Joaquim Nabuco.

Um delegado suísso que serviu na exposição internacional de Chicago formou uma idéia um tanto confusa e curiosa e até certo ponto verdadeira sobre os Estados Unidos quando regressou a Suiça, damos aqui sua descri-ção da América: Uma terra comparada com a qual a Europa é apenas uma península, os Estados Unidos formam um país comparado com o qual os reinos da europa são pigmeus. A América é a terra de incalculáveis dimensões e distâncias, a terra dos Dollars e da eletricidade, a terra onde os prados são mais extensos, os rios mais caudalosos, as quedas d’água mais profundas, as pontes mais longas, os trens mais rápidos, as catástrofes mais terríveis, que em qualquer outro país do Mundo. É a terra onde em um simples desastre nas estradas de ferro e todos os dias acontece um, perdem-se mais vidas que na Europa num ano inteiro. É uma terra em que as casas são mais altas, os criminosos em maior número, os ricos mais ricos e os pobres mais pobres, os milhões maiores, os ladrões mais atrevidos, os assassinos mais desavergo-nhados, a gente educada mais escassa, os dentes postiços mais abundantes, as cinturas mais estreitas, as enfermidades mais mortíferas, a corrupção mais geral, os verões mais quentes, os invernos mais frios, os incêndios mais devoradores, o gelo mais espesso, o tempo mais precioso, os homens mais nervosos do que em nenhum outro país da pastoral Europa. É a terra em que os velhos são mais moços, e os moços mais velhos, os negros mais pretos e os brancos mais amarelos que em nenhuma outra região do Mundo”.

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Capítulo 1900

Entrando em um novo século, como as comunicações ainda são restritas, tendo como principais meios o telégrafo e o telefone, as

comemorações se limitam às pessoas de convívio social mais próximo. Nas cidades realizam-se grandes carnavais para comemorar a chegada do novo século, com bailes à fantasia, músicos tocando nas ruas e praças. A chegada do século XX traz muitas esperanças e confiança em um mundo melhor, com recursos mais eficazes contra todos os males que assolam a humanidade, porque o século anterior trouxe importantes inovações, como o telefone, a luz elétrica,

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os meios de transportes, o próprio telégrafo, o raio X, que revolucionou a medicina, e muitas outras novidades que provavelmente vão revolucionar o novo século. Com o aperfeiçoamento desses meios, os recursos práticos de sobrevivência da humanidade entrarão em uma nova era de progresso e as revoluções, tanto para o bem como para o mal, são previsões tidas por certas e verdadeiras. Neste século, os astrônomos calculam que haverá 1.000 eclipses, 650 do sol e 350 da lua. Serão 25 anos bissextos e o mês de fevereiro terá, pôr três vezes, cinco domingos, em 1920, 1948 e 1986.

Realiza-se em Paris os segundos Jogos Olímpicos Modernos, as compe-tições duram cinco meses, quase sempre sob as vistas indiferentes do público parisiense, que estava mais interessado na Feira Internacional que está sendo realizada simultaneamente. Fracasso de organização, os jogos foram abertos à participação feminina, sendo a britânica Charlot Cooper a primeira mulher a receber medalhas, ao vencer o torneio de tênis.

No Brasil Rodrigues Alves, presidente de São Paulo, reúne a bancada Federal do Estado para apoiar o programa de Campos Sales, que fica insti-tuída como a Política dos Governadores, manobra coordenada pelo Senador gaúcho José Gomes Pinheiro Machado, pela qual o Governo Federal passa a reconhecer a eleição dos deputados e senadores indicados pêlos governado-res dos Estados em troca do apoio desses últimos, fortalecendo com isso as oligarquias no poder.

O Brasil ganha a disputa com a França pelo território do Amapá. É realizada a primeira gravação magnética, e Reginald Aubrey Fessenden transmite a palavra humana através das ondas de rádio. O dirigível rígido é inventado na Alemanha por Ferdinand Von Zeppelin.

Insatisfeitos com a submissão da dinastia Manchu à denominação européia, nacionalistas chineses cometem atentados contra autoridades estrangeiras na China, deflagrando a Guerra dos Boxers. O movimento é liderado por uma associação secreta do norte do país, a Sociedade Harmoniosos Punhos Justiceiros, conhecida como sociedade dos Bo-xers. Reino Unido, França, Japão, Rússia, Alemanha e Estados Unidos organizam uma expedição conjunta para combater a revolta. Derrotada a China é condenada a pagar indenização e a aceitar a política da Porta Aberta, que mantém sua integridade territorial em troca de concessões econômicas ao Ocidente.

Realista e irônico, o maior romancista português, que atacou a hipocrisia moral e denunciou a contradição entre a religiosidade aparente e os senti-

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mentos reais das personagens que retratava em seus romances. Criou muitos tipos pitorescos, como o Conselheiro Acácio, de o Primo Basílio, notável por sua habilidade em teorizar sobre o óbvio. Estava atualmente designado consul em Paris, um dos maiores escritores portugueses, José Maria Eça de Queirós, faleceu aos cincoenta e cinco anos.

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Capítulo 1901

O Presidente do Brasil Sr. Campos Salles está dando grande contribuição para o desenvolvimento do Brasil, pagando muitas dívidas internas e

externas, baixando o ágio do ouro e realizando obras de grandeza, como melhorar o material da esquadra, resgatando as estradas de ferro, e completando as obras de defesa do porto do Rio de Janeiro. Sua gestão iniciou-se no ano de 1898, e terminará em 1902, sendo auxiliado pelo seu Ministro da Fazenda Sr. Joaquim Murtinho.O Brasil e a Inglaterra em litígio dos limites da Guiana, convidam o Rei da Itália para ser árbitro na questão, o qual aceita a missão.

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As capitais brasileiras tem em média 25.000 habitantes, sendo o Distrito Federal no Rio de Janeiro a mais populosa com 700.000 habitantes, grande empório comercial do País, um dos principais centros comerciais do Mundo, sendo o principal meio de transporte o trem, que atualmente conta com 2.315 Km., de estradas de ferro. A cidade é iluminada a gás, com bicos Auer e incandescente racional, pela Cidade circulam bondes de tração animal e al-guns elétricos. A Capital do Rio de Janeiro é Petrópolis. São Paulo a segunda maior cidade do Brasil possui 240.000 habitantes. Curitiba conta com 40.000 habitantes, e a cidade é iluminada pôr luz elétrica. A viação férrea do Brasil tem cerca de 14.500kms.

O Padre Bartolomeu Lourenço de Gusmão foi na realidade quem conquistou o ar, com um balão não dirigível em abril de 1709, foi o primeiro homem a voar, com o passar do tempo desconheceram está façanha do bra-sileiro, e o invento do Padre voador a “machina de voar” caiu em completo esquecimento, dando isso lugar a que a França pretendesse tomar-nos a glória do descobrimento dos aerostatos, atribuindo aos irmãos Montgolfier no ano de 1783, porém muitos foram depois os que procuraram resolver o intrigado problema da dirigibilidade do balão, ninguém porém conseguiu a completa vitória , que estava reservada a outro brasileiro, Sr. Alberto Santos Dumont, que após construir os balões Santos Dumont n. 01, 02, 03, 04, um senhor chamado H. Deutsch grande entusiasta do problema da direção de balões, estabeleceu um prêmio de 100.000 francos para o balão que partindo do parque do Clube, em St. Cloud, fizesse a volta na Torre Eiffel, regressando pôr linha previamente traçada como a da ida a St. Cloud, no prazo máximo de 30 minutos, sendo esse percurso de 11Km., Santos Dumont tomou peito de ganhar o prêmio, e construiu o Santos Dumont n. 05. Em Saída de St. Cloud, o dirigível contorna a Torre aplaudido pôr uma multidão que tem o privilégio de ver o balão contornar a Torre e retornar a St. Cloud, nunca mais esquecerão em toda vida, tiveram a sensação de ver alguma coisa de genial pairar pôr cima de si, fazendo o percurso em 40 minutos. Poucos dias depois o aeronauta ainda com o número 05 quase perde a vida, causando uma enorme correria e confusão, tendo seu balão um problema, foi obrigado a parar o motor porque ia fatalmente de encontro a Torre Eiffel, quebrou com uma pancada a corda almofadada do escapamento, e fez cair a 32 metros de altura, com o barulho da explosão no telhado do grande Hotel do Trocadero, o pano voou em pedaços, e o balão esvaziou-se caindo a 15 metros do solo. Os bombeiros de um posto observaram a queda do balão, e correram para o socorro, procedendo o trabalho de salvação. Como o n. 05

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