operação de migração para o novo data center da …...estimula o aluno a ter uma postura mais...
TRANSCRIPT
Versão On-line ISBN 978-85-8015-076-6Cadernos PDE
OS DESAFIOS DA ESCOLA PÚBLICA PARANAENSENA PERSPECTIVA DO PROFESSOR PDE
Artigos
ENSINO DE CIÊNCIAS – USO DE AGROTÓXICOS NA CULTURA DO FUMO E
SEUS IMPACTOS NO CORPO HUMANO E MEIO AMBIENTE
Rosana Sandra Pszedzimirski1 Sandro Aparecido dos Santos2
RESUMO: O presente artigo descreve e analisa as atividades relativas ao desenvolvimento de um projeto de intervenção pedagógica relacionada ao PDE (Programa de desenvolvimento educacional), tendo como foco a abordagem do tema: O uso de agrotóxicos, no âmbito do Ensino de Ciências, contemplando a realidade existente no cultivo de fumo. Os participantes da pesquisa foram os alunos do 8º ano do Colégio Estadual General Eurico Gaspar Dutra – Virmond – Pr. A intervenção pedagógica teve como principal foco ações educativas que exploraram a criatividade e o lúdico dos educandos. A metodologia utilizada foi à pesquisa ação. Ao final da intervenção, foi possível constatar que os alunos conseguiram ter um maior entendimento acerca da questão dos agrotóxicos e os riscos que ocasionam à saúde humana e ao meio ambiente, contemplando a aprendizagem significativa, pois os educandos participaram ativamente das atividades propostas, realçando que a incorporação de recursos e metodologias diferenciadas favorecem o aprendizado no Ensino de Ciências. Palavras-Chave: Ensino de Ciências – Agrotóxicos - Meio Ambiente - Saúde 1 INTRODUÇÃO
A pratica docente em Ciências, no Ensino Fundamental, necessita incorporar
à abordagem de temáticas próximas a realidade do educando, como forma de
propiciar ao aprendiz a condição de assimilar os conteúdos de forma consciente,
compreendendo tanto seu enunciado como o seu alcance no ambiente natural.
Essa incorporação propicia que o aluno reflita sobre as implicações sociais do
conhecimento científico, tendo condições de perceber a sua relevância e incorporá-
lo ao seu repertório de saberes.
Considera-se, mediante essa incorporação, de que se pretende proporcionar
ao aluno um conhecimento que favoreça uma análise crítica sobre o que está sendo
ensinado, resultando em um direcionamento que permite conciliar a teoria científica
1 Professora de Ciências e Biologia da rede pública do Estado do Paraná. Especialista em Pedagogia
Escolar: Supervisão, Orientação e Administração, pela Faculdade Internacional de Curitiba – FACINTER, especialista em Educação para a Inclusão da Diversidade Especial e Social pela Faculdade Integrada Camões – FICA. 2 Professor Adjunto do Departamento de Física da UNICENTRO. Doutor em Ensino de Ciências pela
Universidade de Burgos – Espanha. Vice-Coordenador do Programa de Pós-Graduação – Mestrado - Profissional em Ensino de Ciências Naturais e Matemática.
com a sua realidade, proporcionando um aprendizado mais relevante, onde os
saberes científicos passam a fazer maior sentido.
O processo de ensino aprendizagem com a abordagem de temas próximos
ao aluno, no meio social, busca conciliar o conhecimento científico com a realidade
que este vivencia, para que o significado do conteúdo abordado seja aprendido no
decurso do processo de ensino.
O estabelecimento da relação entre a realidade e o conhecimento científico
estimula o aluno a ter uma postura mais ativa para compreender melhor tanto o
significado do conteúdo como também da situação cotidiana abordada, contribuindo
para sua aprendizagem.
Considerando o exposto, o presente artigo descreve e analisa o
desenvolvimento de um projeto de intervenção pedagógica realizada junto a duas
turmas do 8º ano do Colégio Estadual General Eurico Gaspar Dutra, situado no
município de Virmond – PR, tendo como foco o tema “Uso de agrotóxicos na cultura
de fumo e seus impactos no corpo humano e no meio ambiente”.
Esse tema foi escolhido devido a essa cultura ser comum, principalmente nas
propriedades de agricultura familiar, sendo que alguns alunos auxiliam seus pais na
lida, identificando que o conhecimento científico, pode sensibilizá-los acerca das
repercussões do uso dos agrotóxicos em seu organismo, uma vez que o fumo
demanda altas doses para evitar a incidência de insetos e pragas.
Nesse sentido, o processo de ensino engloba a saúde humana e o meio
ambiente, contribuindo para que o aluno desenvolva um pensamento autônomo
acerca do que está sendo abordado, fazendo com que o Ensino de Ciências seja
relevante no seu processo de aprendizagem.
Nessa perspectiva, o problema selecionado apresentou a seguinte
formulação: Com a utilização de uma temática de referência (uso de agrotóxicos na
cultura do fumo) na abordagem de temas como o corpo humano e meio ambiente
fará com que o aluno aprenda o conteúdo de forma significativa?
O objetivo geral selecionado correspondeu à: desenvolver as temáticas “corpo
humano e meio ambiente” considerando a realidade do aluno, em especial, “o uso
de agrotóxicos na cultura de fumo”, que é a principal renda dos pequenos
agricultores no município de Virmond - PR.
Os objetivos específicos foram: desenvolver um projeto de intervenção
pedagógica pautada na pesquisa-ação; tratar dos conteúdos “saúde, meio ambiente
e agrotóxicos” considerando a realidade dos educandos; estimular a participação
dos educandos no processo de ensino aprendizagem.
Cabe destacar que, no tocante a concretização desses objetivos, houve a
exploração da dimensão lúdica no decurso da realização das atividades propostas,
contribuindo para que os alunos tivessem uma participação ativa ao longo do
desenvolvimento da intervenção pedagógica, como também empregando sua
imaginação e sua criatividade nas tarefas propostas.
Na percepção de Santos, Boccardo e Razera (2009), o docente, que
consegue explorar a dimensão lúdica, oportuniza aos estudantes uma interação
maior com os conteúdos, tornando as aulas mais dinâmicas e atrativas, o que
colabora significativamente na sua aprendizagem.
A estratégia de ação selecionada foi a pesquisa, que permite ao pesquisador
empregar recursos metodológicos diferenciados, com o intuito de dinamizar a
abordagem dos conteúdos, visando contribuir para a aprendizagem significativa dos
educandos e do próprio docente que, conforme o resultado alcançado pode
incorporá-los a sua prática como forma de aprimorá-la. As atividades utilizadas
foram as descritas em uma unidade de intervenção pedagógica, realizadas ao longo
do 1º semestre de 2014.
Ao final da intervenção pedagógica, foi possível constatar que, pelo fato dos
conteúdos estarem contextualizados com a realidade que vivenciam, conseguiram
superar as dificuldades e buscar uma aprendizagem significativa, verificada tanto no
desenvolvimento das atividades que demandaram o uso de suas percepções como
no pós-teste realizado ao término da intervenção pedagógica.
2 REVISÃO DA LITERATURA
O Ensino de Ciências é caracterizado pela intencionalidade de propiciar ao
aluno a compreensão de conteúdos e conceitos científicos, para que possa
empregá-los na percepção crítica da realidade social que o circunda.
Para Arruda, Branquinho e Bueno (2006, p. 117):
Aprender Ciências é aprender uma forma de pensar que deve contribuir para ampliar nossa capacidade de ter uma visão crítica acerca da realidade que vivemos. [...] deve ajudar o aluno a compreender conceitos científicos e a estabelecer relações entre estes e o mundo em que vive.
O aprendizado em Ciências é favorecido pela contextualização dos conteúdos
com a realidade em que o estudante está inserido, podendo estabelecer relações
que oportunizam a assimilação do conteúdo abordado, fazendo com que este
compreenda que o saber científico é relevante para seu desenvolvimento intelectual
e social. Atenta-se, assim, a percepção difundida por Vygotsky (1988) de que o
desenvolvimento cognitivo do aluno não ocorre sem haver referência no processo de
ensino ao contexto social, histórico e social em que este está inserido.
O estabelecimento de relações é importante para que o docente auxilie o
aluno a superar “[...] a ideia reducionista da Ciência como transmissão de conceitos,
porque essa perspectiva desconsidera os aspectos históricos, culturais, éticos,
políticos, sociais, tecnológicos, entre outros que marcam o desenvolvimento
científico” (PARANÁ, 2008, p. 61).
A pratica docente nesta disciplina pode ressaltar para o estudante que os
conceitos científicos advém da necessidade do ser humano em decodificar e
compreender os fenômenos naturais que ocorrem ao seu redor, assim como
produzir bases científicas para apoiar o progresso científico, social e tecnológico.
A Ciência passa a ser identificada como uma produtora de conhecimentos,
expandindo a percepção humana, sendo que tais saberes não representam
verdades absolutas, mas que podem ser modificadas conforme o avanço científico
existente na sociedade.
Essa condição ressalta que a Ciência é dinâmica, pautada, na concepção de
Jardim (2002), de que a pesquisa é fundamental para que se comprove a validade e
a aplicabilidade do conhecimento científico, que tende a ser revisto como forma de
caracterizar sua importância ou sua revisão quando houver necessidade.
O docente, ao estabelecer essa percepção, estimula o educando a ter uma
relação mais profícua com o conhecimento científico, oportunizando um nível maior
de assimilação de seu significado, buscando a aprendizagem significativa.
2.1 Corpo Humano e Meio Ambiente como Conteúdos no Ensino de Ciências
A abordagem do tema corpo humano, no âmbito da disciplina de Ciências
estimula o educando a expandir os conhecimentos acerca do seu próprio organismo,
envolvendo temáticas correlatas, como anatomia, doenças e prevenções, hábitos
saudáveis e sexualidade.
A importância da abordagem desse tema em Ciências decorre no
entendimento de Oliveira (2011, p. 13), por ser “[...] fundamental para a construção
do cidadão. Saber e conhecer a própria anatomia é algo universal e deve estar
presente na bagagem cognitiva de qualquer pessoa”.
O estudo do corpo humano em Ciências propicia abordagens distintas para a
compreensão do seu funcionamento e da sua condição no meio social, que envolve,
por exemplo, a saúde, como uma temática pertinente pelo fato de pontuar condutas
que podem ser adotadas no cotidiano para que o organismo possa se manter
saudável.
O enfoque em saúde, na abordagem do tema corpo humano, pode resultar
em uma influência positiva, para que o educando tenha a consciência da
necessidade de cultivar hábitos saudáveis e conferir maior proteção ao seu
organismo.
Nesse contexto, a aprendizagem sobre o corpo humano, na perspectiva da
saúde, deve “[...] promover mudança no comportamento do aluno, tornando-o
consciente de que é necessário à conservação da saúde. [...] a aprendizagem pode
capacitar o educando a alterar hábitos e comportamentos que possam prejudicar
seu organismo” (LOPES, 2002, p. 18).
A aprendizagem, no âmbito do corpo humano, permite que o estudante tenha
uma noção maior acerca das suas principais características, como também das
estratégias que propicia a manutenção de um organismo equilibrado e saudável.
Expande-se a análise do corpo humano nesse contexto, considerando as
influências que este recebe do meio em que está inserido, bem como os efeitos que
pode ocasionar na saúde. A aprendizagem passa a ser entendida como a obtenção
de “[...] uma nova compreensão do corpo humano e da saúde, considerando-os a
partir do que o bem estar da pessoa é influenciado pela interação de fatores
relativos ao indivíduo e a comunidade, inseridos em um ambiente que proporciona
de bem estar não apenas físico, mas também social e cultural” (MONROE, et al
2013, p. 11).
A partir da interação entre os temas “corpo humano e saúde”, é possível ao
docente estabelecer uma prática integrada, aproveitando os saberes que os alunos
já possuem para contextualizar o conteúdo, tendo condições de influir na sua
conduta, sobretudo na aquisição de hábitos quando estes reconhecem a importância
para a manutenção de um organismo saudável.
Há também, a possibilidade do professor abordar o meio ambiente, uma vez
que o espaço onde o ser humano está inserido exerce alguma influência no seu
organismo como também a ação humana ocasiona transformações no ambiente
natural onde está inserido.
A concepção de meio ambiente, está atrelado a perspectiva da preservação
ambiental, uma vez que a ação humana, ao longo do tempo, resultou na degradação
deste meio, colocando em risco a vida de várias espécies que comungam o mesmo
espaço, como também dos recursos naturais que são relevantes para sua própria
sobrevivência (GOBARA, et al, 1996).
A abordagem do meio ambiente tem no Ensino de Ciências, além do próprio
significado da preservação ambiental, destacar o sentido da ação humana no meio
ambiente e os resultados que produz, sobretudo no comprometimento do equilíbrio
ambiental e, em consequência, na qualidade de vida do ser humano.
Nessa perspectiva, o docente consegue englobar o próprio sentido da
intervenção humana no meio ambiente, revelando claramente que os valores que
norteiam sua atuação social, no que se refere ao relacionamento que estabelece
com a natureza, é que determina a qualidade de vida existente na sociedade, uma
vez que os recursos naturais, como a água, o solo e o ar são essenciais para a vida
(CARRARO, 1997).
O bem estar do ser humano passa, necessariamente, pela questão ambiental,
uma vez que a forma com que o indivíduo explora o meio ambiente acaba sendo
determinante na manutenção de um ambiente propício ao desenvolvimento humano.
Por essa percepção, a conexão entre o corpo humano e o meio ambiente é
relevante, propiciando a abordagem de temas como o agrotóxico, que compromete a
integridade de ambos.
2.2 O Impacto dos Agrotóxicos na Saúde Humana e no Meio Ambiente
Um aspecto que suscita a atenção dos produtores agropastoris, mesmo os da
agricultura familiar, é o controle de pragas e doenças nas culturas. Ao longo do
século XX, os produtos mais empregados para esse controle são os agrotóxicos
que, conforme pontua Carraro (1997, p. 45), possuem o “[...] de controlar ou eliminar
as pragas e as doenças que prejudicam a qualidade dos produtos, reduzindo a
produção, causando prejuízos ao agricultor”.
Os agrotóxicos foram incorporados ao processo produtivo agropastoril, com
maior intensidade em meados de 1970, sendo empregados como um elemento
capaz de controlar as pragas que infestavam as culturas. Esse emprego foi feito de
forma indiscriminada, incorporada na concepção da Revolução Verde, onde os
insumos químicos eram importantes para elevar os níveis de produtividade.
Em relação a essa situação, é importante destacar que:
O uso dos agrotóxicos no Brasil e no mundo começou a ser intensificado a partir das décadas de 60 e 70, com a chamada revolução verde. A revolução verde foi um processo de mudança da política agrícola no país implementado a partir da segunda guerra mundial. Com um falso discurso de modernização do campo, esse processo incentivou a prática de monocultivos, o uso de sementes geneticamente modificadas, a forte mecanização do campo e o uso dos pacotes agroquímicos (MPA, 2014, p. 2).
Nos pacotes agroquímicos, os agrotóxicos possuíam, em sua composição,
produtos químicos empregados na 2ª Grande Guerra Mundial (1939-1945) com a
intenção de proteger os soldados contra pragas, como: piolhos, carrapatos e outros
parasitas que transportavam micróbios causadores de doenças.
Com o intuito de desenvolver a agricultura no país, o governo brasileiro, na
década de 1970, incentivava o uso desses produtos, incorporando como um pré-
requisito para a concessão de crédito para o plantio. Meldau (2013, p. 2) relata que:
“Essa atitude resultou somente em uma contaminação ambiental, sem extermínio da
fome. No ano de 1970, diversas fábricas mundiais foram transferidas para o Brasil,
país englobado entre os 5 maiores consumidores de agrotóxicos do mundo”.
Nesse contexto, no Brasil, houve a expansão da monocultura, como a soja e
o milho, que demandam uma quantidade significativa de agrotóxicos para controlar a
infestação de pragas e insetos, fazendo com que tais produtos se tornassem
referenciais no âmbito agropastoril.
Ortiz (2014, p. 2) relata que: “[... enquanto nos últimos dez anos o mercado
mundial de agrotóxicos cresceu 93%, o brasileiro aumentou 190%, revelando que
seu emprego no campo mantém índices constantes de crescimento”.
Contudo, ao longo do tempo, foram sendo detectados os efeitos nocivos dos
agrotóxicos para o meio ambiente e para a saúde dos seres humanos. Um dos
primeiros efeitos nocivos acerca do seu uso foi o fato do surgimento de resistência
aos seus compostos químicos das pragas, insetos e doenças, demandando o uso de
doses mais significativas, com um nível maior de toxicidade para propiciar o controle
destes fatores.
Em relação a essa situação, Assis (2014, p. 2) relata que:
Podem também provocar o aumento das pragas ao invés de combatê-las, pois na medida em que se usam insumos químicos as pragas tornam-se mais resistentes, necessitando de agrotóxico cada vez mais forte, desse modo, agredindo ainda mais o ambiente dizimando até os próprios predadores naturais das pragas.
Mediante essa percepção, os agrotóxicos foram relevando, no decurso do seu
uso, efeitos colaterais significativos, oriundos dos produtos químicos empregados na
sua composição, que não são passíveis de controle, devido ao seu emprego em
larga escala nas grandes plantações.
Essa utilização em larga escala resultou na exposição do ser humano a
comprometimentos sérios de saúde, resultando no surgimento de doenças crônicas,
quase sempre fatais.
Meldau (2014, p. 2) relata que:
Os agrotóxicos têm feito vítimas fatais, além de provocar aborto, malformação fetal, suicídios, câncer, dermatose, entre outras doenças. De acordo com a OMS, ocorrem 20.000 óbitos/ano devido à manipulação, inalação e consumo indireto de pesticidas, nos países em desenvolvimento, como o Brasil.
Tal condição deriva do fato de, até meados da década de 1980, haver pouca
informação acerca dos riscos de contaminação envolvendo os agrotóxicos, fazendo
com que os trabalhadores rurais atuassem sem qualquer tipo de proteção, sendo
expostos por períodos prolongados aos componentes tóxicos de sua composição,
fazendo com que, ao longo dos anos, tivessem sua saúde totalmente comprometida.
Os consumidores também são afetados pelos efeitos dos agrotóxicos,
condição advinda do fato dos alimentos serem contaminados com resíduos destes
produtos químicos. Ortiz (2014, p. 2) indica que “[...] o consumo prolongado de
alimentos contaminados por agrotóxico ao longo de 20 anos pode provocar doenças
como câncer, malformação congênita, distúrbios endócrinos, neurológicos e
mentais”.
Os efeitos para o meio ambiente também são nefastos, resultando em
contaminação de nascentes, poluição de rios, erosão de solos e desertificação,
intoxicação da fauna e da flora. Devido a tais efeitos, a legislação passou a
contemplar os agrotóxicos, principalmente pelo reconhecimento da sua condição de
afetar a vida humana e o meio ambiente.
Nesse sentido, foi estabelecida uma classificação (figura 1), considerando o
grau de toxicidade deste produto químico, apresentando a seguinte disposição:
FIGURA 1 – Classificação do nível de toxidade do agrotóxico.
FONTE: MELDAU (2012, p. 3).
O conhecimento acerca dos níveis de toxidade dos agrotóxicos nem sempre
estão ao alcance de quem os utiliza. Nesse contexto, a abordagem deste tema na
escola é relevante, principalmente quando considera-se a possibilidade dos alunos
entrarem em contato com tais produtos.
Cabe destacar que a abordagem do uso de agrotóxicos e o impacto no
organismo humano e no meio ambiente, no Ensino de Ciências, é relevante,
principalmente em municípios de pequeno porte, onde a agricultura familiar é uma
das principais atividades econômicas, que acaba envolvendo até crianças e
adolescentes na realização das tarefas nas propriedades rurais (CARRARO, 1997).
O processo educativo, pode propiciar aos alunos maior esclarecimento acerca
deste tema, como também relacionando-o a temas como meio ambiente e saúde
humana.
3 METODOLOGIA
A metodologia utilizada no desenvolvimento das atividades do projeto da
intervenção pedagógica foi à pesquisa-ação, que oportuniza a junção da pesquisa
com a prática docente.
Engel (2000, p. 182), em relação à pesquisa-ação, afirma:
A pesquisa-ação é um tipo de pesquisa participante engajada. [...] procura unir à pesquisa à ação ou prática, isto é, desenvolver o conhecimento e a compreensão como parte da prática. É, portanto, uma maneira de se fazer pesquisa em situações em que também se é uma pessoa da prática e se deseja melhorar a compreensão desta.
Por meio dessa modalidade de pesquisa, é possível efetivar uma prática
docente incorporando perspectivas pedagógicas que nem sempre são
desenvolvidas no cotidiano da sala de aula, devido a questões como o tempo, por
exemplo, propiciando que se tenha uma atuação docente diferenciada, que pode
influir favoravelmente na aprendizagem do educando em relação a um determinado
tema.
Nesse sentido, um aspecto importante no desenvolvimento da presente
pesquisa constituiu-se na exploração do lúdico que, no Ensino de Ciências,
conforme indica Sousa et al. (2012, p. 3), “[...] desenvolve diferentes capacidades
que contribuem com a aprendizagem, ampliando a rede de significados necessários
que devem ser constituídos tanto para crianças quanto para os jovens”.
Houve, na pesquisa, a exploração de uma temática próxima a realidade dos
educandos, procurando estimular a criatividade e a imaginação, por meio do lúdico,
na abordagem dos conteúdos e na realização das atividades, com a intenção de
contribuir para que estes conseguissem compreender e assimilar os saberes da
disciplina de Ciências.
A pesquisa teve como suporte uma unidade didática, que introduziu práticas
pedagógicas diferenciadas, explorando a maior participação dos alunos por meio da
exploração do lúdico, além de atividades como pesquisa no laboratório de
informática, socializações, confecções de cartilhas e murais.
O desenvolvimento da pesquisa envolveu duas turmas do 8º ano do Ensino
Fundamental, resultando na participação total de 49 (quarenta e nove) alunos. O
período da intervenção pedagógica deu-se durante o 1º semestre de 2014, no
Colégio Estadual General Eurico Gaspar Dutra – Ensino Fundamental e Médio,
situado no município de Virmond – PR.
A atividade inicial foi à realização do pré-teste, com a intenção de identificar o
conhecimento prévio dos alunos em relação ao tema: saúde humana, meio ambiente
relacionados ao uso de agrotóxicos.
Na segunda atividade, foi construído um modelo do sistema respiratório pelos
alunos divididos em grupos.
Na terceira atividade, foi aprofundada a problemática dos efeitos nocivos dos
agrotóxicos na saúde humana e no meio ambiente.
Na quarta atividade, visamos à utilização inadequada dos agrotóxicos que
afetam o meio ambiente ocasionando sérios danos ambientais, além de
comprometer a saúde humana, através da elaboração de charges e de cartilhas de
sensibilização em relação a importância do uso dos EPI’s.
Como atividade final, foi realizada a socialização dos trabalhos realizados
pelos alunos durante uma palestra que teve como tema “A saúde e o uso de
agrotóxicos na cultura de fumo”, e a aplicação do pós-teste.
4 RESULTADOS E DISCUSSÕES
O projeto de intervenção pedagógica, teve início com a apresentação do tema
junto aos alunos, realçando, em primeiro lugar, os riscos que os agrotóxicos
ocasionam, tanto para a saúde humana como para o meio ambiente. Foi destacado
também, que os conhecimentos adquiridos podem ser compartilhados no meio
social, contribuindo para que um número maior de pessoas tenha ciência de tais
riscos, realçando a necessidade de cuidados na sua manipulação e na sua
utilização.
Magalhães (2002) pontua que o professor de Ciências, ao contextualizar os
conteúdos da disciplina com situações vivenciadas pelo educando no meio social,
além de oportunizar uma aprendizagem significativa, permite que este adquira
saberes que possam colaborar para sua atuação social, incluindo a condição de
apresentarem suas percepções sobre determinada situação, o que pode até influir
na conduta das pessoas próximas, principalmente quando a questão envolve a
saúde e a preservação ambiental.
A primeira atividade desenvolvida foi um pré-teste com questões envolvendo
saúde humana, meio ambiente e temas relacionados ao uso dos agrotóxicos. Os
educandos indicam que possuíam pouco conhecimento acerca dos agrotóxicos,
sobretudo em relação ao uso dos EPI’s (Equipamentos de proteção individual),
mesmo havendo campanhas contínuas de sensibilização por parte das empresas do
setor, junto aos produtores de fumo.
Um aspecto que suscitou a atenção foi de que alguns educandos fazem a
aplicação dos agrotóxicos nas plantações de fumo nas propriedades rurais dos seus
familiares, sem utilizar os EPI’s, o que ao longo do tempo, pode ocasionar danos à
saúde.
Nesse contexto, percebe-se que o Ensino de Ciências, ao considerar a
realidade social, possui a condição de contribuir para que os alunos desenvolvam
uma noção maior acerca das situações que vivenciam, sendo que, neste caso
específico, foi enfatizado os riscos sobre o uso dos agrotóxicos, principalmente
quando não é utilizado os EPI’s.
Os alunos argumentaram que o uso desses equipamentos atrapalha a
mobilidade nas plantações de fumo, além do desconforto que ocasiona, fazendo
com que os agricultores não os utilizem, assim como os próprios adolescentes.
Destacando a relevância desses equipamentos, como também os efeitos nocivos
dos agrotóxicos na saúde humana.
Em relação ao trabalho dos adolescentes no campo, procurei salientar que as
crianças e adolescentes devem evitar as situações de risco, não aplicar os
agrotóxicos, deixando esta atividade para maiores de 18 anos, como prevê a
legislação.
Na segunda atividade, foi construído um modelo do sistema respiratório pelos
alunos, divididos em grupos, salientando que seus órgãos são os mais afetados pela
intoxicação originária dos agrotóxicos. Os educandos demonstraram grande
motivação, sendo que, após a conclusão da atividade em grupo, a maioria optou por
construir um modelo para si mesmo.
Em outra atividade, os estudantes assistiram a um vídeo sobre o sistema
respiratório, onde as dúvidas foram esclarecidas ao longo de sua exibição, sendo
que procurei enfocar os malefícios ocasionados pelos agrotóxicos neste sistema.
A atividade foi encerrada com uma pesquisa no laboratório de informática
com o tema “efeitos provocados por produtos químicos no sistema respiratório
humano”, enfatizando a importância desta atividade no processo da aprendizagem.
Na percepção de Schnetzler (2004), a pesquisa contribui para que o aluno
possa aprofundar o estudo do conteúdo, identificando que recursos, como a
informática, contribuem na aprendizagem, permitindo que tenha uma noção mais
abrangente quando se aborda temáticas sociais, como a questão dos agrotóxicos
focada na intervenção pedagógica.
Na terceira atividade, foi aprofundada a problemática dos efeitos nocivos dos
agrotóxicos na saúde humana e no meio ambiente, tendo como elemento norteador
as percepções constituídas pelos estudantes na pesquisa realizada no laboratório de
informática. Nesse sentido, os alunos realçaram que tinham uma noção superficial
desses produtos químicos, condição que, por exemplo, influenciava na opção de não
utilizar os EPI’s no decurso das atividades que realizavam nas plantações de fumo.
Em relação a essa situação, Germano et al (2010, p. 3) ressalta que: “A
exploração do tema agrotóxicos nas aulas de Ciências, pode favorecer a
compreensão dos alunos com relação aos benefícios e malefícios do uso excessivo
de determinadas técnicas de cultivo e no desenvolvimento tecnológico que
observamos atualmente”.
Nesse sentido foi enfatizado para os educandos que os avanços científicos,
relacionados à produção agrícola, têm a intenção de contribuir para elevar os níveis
de produtividade e a redução dos custos. Os agrotóxicos têm a condição de
controlar os insetos, os fungos e as ervas daninhas que podem comprometer o
desenvolvimento das plantas. Porém, apresentam riscos a saúde humana, sendo
importante colocar em práticas medidas preventiva, como o uso de EPI’s, além de
haver um cuidado com a sua aplicação para evitar a contaminação do meio
ambiente.
Nesse contexto, foi possível realçar a importância do Ensino de Ciências no
desenvolvimento da sociedade, sendo fundamental a aquisição de uma consciência
crítica para que haja a noção de que o uso dos avanços científicos necessita ser
feita de forma adequada, para atenuar a ocorrência de efeitos negativos ou nocivos
a saúde humana e a natureza.
No momento da socialização, em uma mesa redonda, os estudantes
relataram que passaram a perceber os riscos que estavam correndo com a
aplicação dos agrotóxicos sem o uso de EPI’s, como também de seus familiares,
percebendo a importância de os alertarem acerca desta situação, para atenuar tais
riscos.
Houve o intercâmbio de experiências, indicando que o professor de Ciências
necessita valorizar os saberes que o educando constituiu em suas vivências sociais,
como forma de favorecer a aprendizagem significativa. Santos (2014, p. 3) expõe:
A promoção da aprendizagem significativa se fundamenta num modelo dinâmico, no qual o aluno é levado em conta, com todos os seus saberes e interconexões mentais. A verdadeira aprendizagem se dá quando o aluno (re)constrói o conhecimento e forma conceitos sólidos sobre o mundo, o que vai possibilitá-lo agir e reagir diante da realidade.
Houve a constituição de um mural, socializado com a comunidade escolar,
envolvendo a produção textual dos alunos em relação ao uso dos EPI’s, que
suscitou interesse dos demais educandos, oportunizando o compartilhamento do
saber científico.
Como forma de explorar a dimensão lúdica no Ensino de Ciências, os
estudantes elaboraram paródias e uma peça teatral, tendo como foco o uso de
EPI´s. Silveira, Ataíde e Freira (2009, p. 3) relatam que, por meio do lúdico em
Ciências:
[...] é possível ensinar e divulgar a ciência de forma mais envolvente, interativa e prazerosa. No processo de criação e execução da abordagem lúdica vislumbramos uma prática inovadora, podendo tornar-se um momento prazeroso e instigante, permitindo que o conhecimento científico seja construído de maneira usualmente diferente.
As atividades que exploraram o lúdico foram uma peça teatral, onde os alunos
relataram as situações que vivenciam, como também seus familiares no tocante ao
uso de EPI’s na cultura do fumo e a elaboração de uma paródia, com os temas: uso
de agrotóxicos, a saúde humana e a preservação ambiental.
Os educandos demonstram grande criatividade, conseguindo expor suas
percepções sobre os temas de forma clara e didática, realçando um nível
significativo de compreensão sobre os conteúdos abordados, apontando as
aprendizagens adquiridas no decurso da intervenção pedagógica realizada até
então.
Na quarta atividade, os alunos, por meio da elaboração de charges e da
montagem de uma cartilha de sensibilização em relação a importância do uso dos
EPI’s, demonstraram o nível de assimilação dos conhecimentos científicos
relacionados ao tema.
Nesse sentido, conseguiram evidenciar os danos ambientais e à saúde
humana, provocados pelo uso de agrotóxicos de forma inadequada, sendo que as
charges recriavam situações presentes no cotidiano, como por exemplo, a
contaminação dos alimentos.
As cartilhas tiveram como base o material apresentado aos estudantes,
composto por informativos repassados aos agricultores da região de Virmond – PR
pelos órgãos públicos de saúde e pelas empresas que comercializam o fumo.
Ao longo da elaboração das cartilhas, que envolvia textos e desenhos, os
alunos expunham situações em que seus familiares utilizavam de forma inadequada
os agrotóxicos, como também deixavam de usar os EPI’s por desconsiderar os
riscos de contaminação a que estavam submetidos.
Por meio das atividades envolvendo charges e a elaboração de cartilhas, foi
possível constatar que o lúdico, segundo Ninaus, Uhmann e Araújo (2014, p. 3), “[...]
torna a abordagem do conteúdo mais interessante, atual e interativo, desenvolvendo
assim, sujeitos críticos, capazes de decisões próprias frente a fatos e
transformações que ocorrem na realidade”.
O emprego de atividades lúdicas no Ensino de Ciências no decurso da
intervenção pedagógica revelou-se como um fator motivador, fazendo com que os
alunos conseguissem expressar de maneira criativa a percepção que construíram
sobre o tema abordado ao longo das aulas.
A última atividade, desenvolvida envolveu uma palestra ministrada pela
equipe da 5ª Regional da Saúde de Guarapuava, acerca da questão do uso de
agrotóxicos. Um dado que suscitou a atenção dos alunos é de que o município de
Virmond – PR apresenta um alto índice de intoxicação por agrotóxicos, revelando a
necessidade de campanhas de sensibilização, para que haja uma modificação nesta
situação que compromete tanto a saúde humana como o meio ambiente.
Os educandos fizeram inúmeras indagações aos palestrantes, sendo que,
muitas vezes, expunham situações que vivenciam no seu cotidiano, oportunizando o
acesso a esclarecimentos importantes para atenuar os riscos envolvendo a
aplicação de agrotóxicos nas propriedades de seus familiares.
A palestra foi muito elogiada pelos alunos, sugerindo que a mesma fosse
estendida aos seus familiares e aos produtores do município, como forma de alertá-
los sobre os riscos do uso inadequado dos agrotóxicos e da importância da
utilização dos EPI’s.
Considerando as atividades efetivadas na intervenção pedagógica, foi
possível constatar a seguinte situação, destacada por Mundim e Santos (2012, p. 5):
[...] uma formação diferenciada para o ensino de ciências na perspectiva de auxiliar os alunos a compreenderem o significado do conhecimento científico para a vida e para as relações sociais que se estabelecem no decorrer dos tempos e das sociedades.
Essa formação estimulou os educandos a terem um desempenho destacado
na socialização das produções realizadas, no decurso da intervenção pedagógica
com a comunidade escolar. Demonstraram desenvoltura no esclarecimento das
dúvidas dos colegas, identificando a aprendizagem que adquiriram acerca do tema
enfocado.
O nível de aprendizado foi evidenciado no pós-teste, onde os resultados
mostraram que os alunos conseguiram compreender os conteúdos, evidenciando
que a abordagem de um tema próximo a realidade que vivenciam, favorece a
aprendizagem dos saberes da disciplina de Ciências.
5 CONSIDERAÇÕES FINAIS
A intervenção pedagógica propiciou a noção de que, o Ensino de Ciências,
com a utilização de temas próximos a realidade dos educandos, torna-se mais
dinâmico, permitindo que estes exponham suas noções, conseguindo estabelecer
uma relação com seus saberes com os conhecimentos científicos.
No caso da cultura de fumo, bastante presente no município de Virmond –
PR, os educandos demonstraram grande conhecimento, mas acerca do uso dos
agrotóxicos, não tinham uma percepção mais aprofundada, incluindo os riscos
acerca da sua utilização para a saúde humana e para o meio ambiente.
Ao longo da intervenção pedagógica, passaram a ter uma noção mais
aprofundada sobre o tema e sobre os conteúdos abordados, demonstrada nas
atividades desenvolvidas, sobretudo as que envolviam o lúdico, fazendo com que
estes, por meio da criatividade e da imaginação, conseguissem explicitar suas
aprendizagens.
O lúdico foi importante para estabelecer uma prática docente mais dinâmica e
atrativa, fazendo com que as atividades conseguissem mobilizar a atenção. Outro
aspecto a ser considerado foi a atenção dispensada à pesquisa e a socialização,
como a palestra, oportunizando a aquisição de saberes e de intercâmbio de
conhecimentos que favoreceu a aprendizagem, detectada no pós-teste.
Nesse sentido, a intervenção pedagógica foi de grande valia, identificando
que o docente, no Ensino de Ciências, necessita desenvolver atividades
diferenciadas, sobretudo envolvendo temas próximos a realidade do educando, para
que este possa compreender e assimilar com maior profundidade os conhecimentos
da disciplina.
REFERÊNCIAS
ARRUDA, Ana Maria da Silva; BRANQUINHO, Fátima Teresa Braga; BUENO, Shirley Neves. Ciências no Ensino Fundamental. Rio de Janeiro: UFRJ, 2006. CARABETTA JÚNIOR, Valter. A utilização de mapas conceituais como recursos didáticos para a construção e interrelação de conceitos. Revista Brasileira de Educação Médica, v. 37, n. 3, p. 441-447, 2013. ENGEL, Guido Irineu. Pesquisa-ação. Educar, n. 16, p. 181-191, 2000. FREIRE, Paulo. Pedagogia da autonomia – saberes necessários a prática educativa. São Paulo: Paz & Terra, 1996. GERMANO, Carolina M.; PALHETA, Jennyfer A. P.; NEVES, Paulo A. P. F. G. das; BUZA, Ruth G. C.; SILVA, Maria Dulcimar de B.; HENRIQUES, Lígia A. F.; SILVA, Lucrécia Pereira da. O uso da temática agrotóxicos no ensino de Ciências: a concepção dos alunos do Curso de Licenciatura Plena em Ciências Naturais. Anais do XV Encontro Nacional de Ensino de Química. Brasília: UNB, 2010. GOBARA, Shirley Takeco; AYDOS, Maria Celina Recena; SANTOS, José Carlos Chaves dos; PRADO, Cynthia P. A. Prado; GALHARDO, Edvaldo Pereira. O ensino de Ciências sobre o enfoque da educação ambiental. Caderno de Ensino de Física, v. 9, n. 2, p. 171-182, agosto de 1996. GORI, Renata Machado de Assis. Observação participativa e pesquisa-ação: aplicações na pesquisa e no contexto educacional. Revista Eletrônica de Educação do Curso de Pedagogia, v. 1, n. 2, 2006. JARDIM, Maria Inês de Affonseca; BLANCH, Régia M. Avancini. A compreensão da realidade através do conhecimento científico: concepções sobre a força e o movimento. Ensaios e Ciências, v. 6, n. 3, p. 87-104, 2002. LOPES, Thiago Tassinari. Cuidando do próprio corpo. Revista Nova Escola, ed. especial, agosto de 2002. MARIN, Joel Orlando Bevilaqua; SCHNEIDER, Sérgio; VENDRUSCOLO, Rafaela. SILVA, Carolina Braz de Castilho e. O problema do trabalho infantil na agricultura familiar: o caso da produção do tabaco em Agudos – RS. Revista Economia e Sociologia Rural, v. 50, n. 4, 2012. MATEUS, Wagner de Deus; COSTA, Luana Monteiro. A utilização de mapas conceituais como recurso didático no ensino de Ciências Naturais. Revista Eletrônica de Ciências da Educação, v. 8, n. 2, p. 1-16, novembro de 2009. MELDAU, Débora Carvalho. Agrotóxicos. Disponível em: <http://www.infoescola.com/ecologia/agrotoxicos/> Acesso em maio de 2014.
MAGALHÃES, Josiane. A formação da consciência crítica e o ensino de Ciências. Urutagua, v. 1, n. 4, maio de 2002. MATEUS, Wagner de Deus; COSTA, Luana Monteiro. A utilização de mapas conceituais como recurso didático no ensino de Ciências Naturais. Revista Eletrônica de Ciências da Educação, v. 8, n. 2, p. 1-16, novembro de 2009. MPA. Movimento dos Pequenos Agricultores. Agrotóxicos no Brasil. Disponível em:<http://mpacontraagrotoxicos.wordpress.com/agrotoxicos-no-brasil/> Acesso em maio de 2014. MOREIRA, Marco Antonio; BUCHWEITZ, Bernardo. Novas estratégias de ensino e aprendizagem: os mapas conceituais e o Vê epistemológico. Lisboa: Plátano, 1993. MONROE, Natanael Bezerra; LEITE, Pablo Ricardo Ramalho; SANTOS, Danilo Nunes; SÁ-SILVA, Jackson Ronie. O tema transversal saúde e o ensino de Ciências: representações sociais dos professores sobre as parasitoses intestinais. Investigação em Ensino de Ciências, v. 18, n. 1, p. 7-22, 2013. MUNDIM, Juliana Viégas; SANTOS, Wildson Luiz Pereira. Ensino de Ciências no ensino fundamental por meio de temas sociocientíficos: análise de uma prática pedagógica com vista à superação do ensino disciplinar. Ciência & Educação, v. 18, n. 4, 2012. NINAUS, Elizandra Brauner; UHMANN, Rosangela Inês Matos; ARAÚJO, Maria Cristina Pansera de. Agrotóxicos: temas do impacto socioambiental problematizado na formação de professores. Disponível em: <https://www.revistas.unijui.edu.br/index.php/edeq/article/viewFile/2621/2201> Acesso em outubro de 2014. ORTIZ, Fabíola. Um terço dos alimentos consumidos pelos brasileiros está contaminado por agrotóxicos. Disponível em: <http://noticias.uol.com.br/saude/ulti mas-noticias/redacao/2012/05/01/um-terco-dos-alimentos-consumidos-pelosbrasileir os-esta-contaminado-por-agrotoxicos.htm> Acesso em maio de 2014. PARANÁ. Secretaria de Estado de Educação. Diretrizes Curriculares de Ciências para o Ensino Fundamental. Curitiba: SEED/PR, 2008. SANTOS, Deyvison Reis; BOCCARDO, Lilian; RAZERA, Júlio César Castilho. Uma experiência lúdica no ensino de Ciências sobre os insetos. Revista Iberoamericada de Educación, n. 50, novembro de 2009. SANTOS, Júlio Cesar Furtado dos. O desafio de promover a aprendizagem significativa. Disponível em: <http://www.juliofurtado.com.br/textodesafio.pdf> Acesso em outubro de 2014. SCHNETZLER, Roseli P. A pesquisa no ensino de Química e a importância da Química na nova escola. Química Nova na Escola, n. 20, novembro de 2004.
SILVEIRA, Alessandro Frederico da; ATAÍDE, Ana Raquel Pereira de; FREIRE, Morgana Lígia de Farias. Atividades lúdicas no ensino de Ciências: uma adaptação metodológica através do teatro para comunicar a ciência a todos. Educar em Revista, n. 39, 2009. SOUZA, Elizângela Mendes; SILVA, Franciel de Oliveira; SILVA, Thiago Rodrigues Souza da; SILVA, Paulo Hernandes Gonçalves da. A importância das atividades lúdicas: uma proposta para o ensino de Ciências. Anais do VII Congresso Norte Nordeste de Pesquisa e Educação. Palmas, 19 a 21 de outubro de 2012. VYGOTSKY, Lev Semenovich. A formação social da mente. 2. ed. São Paulo: Martins Fontes, 1988. ZUANON, Átima Clemente Alves. O processo ensino-aprendizagem na perspectiva das relações entre: professor-aluno, aluno-conteúdo e aluno-aluno. Revista Ponto de Vista, v. 3, p. 13-23, 2011.