odontologia e preventiva e saÚde pÚblica … físico, mental e social e não apenas a ausência de...
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ODONTOLOGIA E PREVENTIVA E SAODONTOLOGIA E PREVENTIVA E SAÚÚDE DE PPÚÚBLICA BLICA –– DS611DS611
Coordenador:Coordenador: Prof. Antonio Carlos PereiraProf. Antonio Carlos Pereira
Professores: Professores: Maria da Luz RosMaria da Luz Rosáário de Sousa, rio de Sousa, Marcelo Meneghim, FMarcelo Meneghim, Fáábio bio MialheMialhe..
ColaboraColaboraçção:ão: Alunos de doutorado do PPG Alunos de doutorado do PPG ––Odontologia / SaOdontologia / Saúúde Coletivade Coletiva
ODONTOLOGIA: CONCEITOS EM SAODONTOLOGIA: CONCEITOS EM SAÚÚDE PDE PÚÚBLICABLICA
Prof. Marcelo MeneghimProf. Marcelo Meneghim
1º etapa: conceitos, problemas em Odontologia, métodos de mensuração e inquéritos odontológicos (teórica);2º etapa: aplicação prática em bairros, escolas, UBS, etc.;3º etapa: política pública, planejamento, RH e financiamento (teórica);4º etapa: implementação de medidas preventivas nas escolas, vivenciar cenários de prática e experiências no setor.
ODONTOLOGIA: CONCEITOS EM SAODONTOLOGIA: CONCEITOS EM SAÚÚDE PDE PÚÚBLICABLICA
Prof. Marcelo MeneghimProf. Marcelo Meneghim
ALUNOS ATENÇÃO 1: entregar até 09.08.07, na secretaria do Depto de Odontologia Social: nome completo, RA, RG, data nasc., foto, e.mail, tel.;
Nome: ___________________ RA:_______RG:_________________________ Data nasc.:__/__/__e.mail: ___________________fone: (fixo e cel.)
ODONTOLOGIA: CONCEITOS EM SAODONTOLOGIA: CONCEITOS EM SAÚÚDE PDE PÚÚBLICABLICA
Prof. Marcelo MeneghimProf. Marcelo Meneghim
ALUNOS ATENÇÃO 2: formar 7 grupos com 10 ou 11 integrantes. Para cada grupo formado, deverá ser designado um coordenador;
ODONTOLOGIA: CONCEITOS EM SAODONTOLOGIA: CONCEITOS EM SAÚÚDE PDE PÚÚBLICABLICA
Prof. Marcelo MeneghimProf. Marcelo Meneghim
ALUNOS ATENÇÃO 3: para as atividades práticas a serem desenvolvidas, cada grupo deverá levar:
01 cx de luva descartável,01 cx de máscara,avental,01 pcte de gorro,01 frasco de sabonete líquido;
CONCEITOSCONCEITOS
O que O que éé SASAÚÚDE ?DE ?
ÉÉ um estado de um estado de completocompleto bem bem estar festar fíísico, mental e social e não sico, mental e social e não apenas a ausência de enfermidade.apenas a ausência de enfermidade.
OMS,1947.OMS,1947.
Saúde é o grau no qual as funções humanas são executadase não há dor.
Lifson, 1995.
SaSaúúde de éé a a capacidadecapacidade do organismo do organismo para para manter um equilmanter um equilííbriobrio razoavelmente razoavelmente livre de dor, incapacidade ou limitalivre de dor, incapacidade ou limitaçção ão social.social.
Romano, 1995.Romano, 1995.
Saúde é o estado de óótima tima capacidadecapacidade do indivíduo para o desempenho eficaz para as tarefas para os quais ele foi socializado.
Twaddle, in: Bastos & Lopes, 1995.
SaSaúúde de éé uma uma perfeita e contperfeita e contíínuanua
adaptaadaptaççãoão do organismo a seu do organismo a seu
ambienteambiente..
WylieWylie, 1970., 1970.
•SAÚDE PÚBLICA
“É A SAÚDE DO POVO”
(KNUTSON)
•SAÚDE PÚBLICA“É A SAÚDE DO POVO”
Nasce com a revolução industrial na Inglaterra;
Mortalidade maior na zona urbana do que na rural;
Primeiros profissionais: médicos e engenheiros;
Preocupação: medidas de caráter coletivo.
“É O DIAGNÓSTICO CIENTÍFICO E O
TRATAMENTO DOS PROBLEMAS DAS
COMUNIDADES COMO ENTIDADES”.
“McGRAVAN”
•SAÚDE PÚBLICA
“McGRAVAN”
•ODONTOLOGIA SOCIAL
“É A DISCIPLINA DE SAÚDE PÚBLICA RESPONSÁVEL PELO
DIAGNÓSTICO E TRATAMENTO DOS PROBLEMAS DE SAÚDE BUCAL DA
COMUNIDADE”
•ODONTOLOGIA EM SAÚDE COLETIVA
“É A DISCIPLINA DA INTERDISCIPLINARIDADE E DOS
PROJETOS DE SOCIEDADE”
ODONTOLOGIA E SAODONTOLOGIA E SAÚÚDE BUCALDE BUCALPASSADOPASSADO
RELARELAÇÇÃO ENTRE A ODONTOLOGIA E O ÃO ENTRE A ODONTOLOGIA E O TECNICISMOTECNICISMO
Paralisia intelectual e repetiParalisia intelectual e repetiçção ão mecânica;mecânica;
CurrCurríículo mculo míínimo;nimo;
EducaEducaçção da mão.ão da mão.Baltmore Collegeof Dental Surgery
1840
Desigualdade e exclusão social Desigualdade e exclusão social no Brasilno Brasil
DistribuiDistribuiçção de Renda em 1995ão de Renda em 1995
10% 10% mais ricosmais ricos
50% 50% mais pobresmais pobres
40% 40% intermediintermediááriosrios
50,1%
39,6%
13,3%Fonte: PNUD / IPEA / IBGE, 1998Fonte: PNUD / IPEA / IBGE, 1998
Assistência Assistência àà sasaúúdedeee
Qualidade de vidaQualidade de vida
Qual o real papel dos Qual o real papel dos serviserviçços de saos de saúúde?de?
EstimaEstima--se em não mais que se em não mais que 3,53,5% a % a contribuicontribuiçção da assistência mão da assistência méédica dica no declno declíínio das principais doennio das principais doençças as infectoinfecto--contagiosas nos EUA desde contagiosas nos EUA desde 1900.1900.Apesar do aumento significativo na expectativa Apesar do aumento significativo na expectativa de vida a partir dos anos 50, aumentaram os de vida a partir dos anos 50, aumentaram os anos de vida com doenanos de vida com doençça.a.
A assistência A assistência àà sasaúúde tem se caracterizado de tem se caracterizado mais por salvar vidas do que por proporcionar mais por salvar vidas do que por proporcionar qualidade de vida.qualidade de vida.
McKinlayMcKinlay etet al, 1989al, 1989
EstimaEstima--se em não mais que 3,5% a contribuise em não mais que 3,5% a contribuiçção ão da assistência mda assistência méédica no decldica no declíínio das nio das principais doenprincipais doençças infectoas infecto--contagiosas nos contagiosas nos EUA desde 1900.EUA desde 1900.
Apesar do aumento significativo na Apesar do aumento significativo na expectativa de vida a partir dos expectativa de vida a partir dos anos 50, aumentaram os anos de anos 50, aumentaram os anos de vida com doenvida com doençça.a.A assistência A assistência àà sasaúúde tem se caracterizado de tem se caracterizado mais por salvar vidas do que por proporcionar mais por salvar vidas do que por proporcionar qualidade de vida.qualidade de vida.
McKinlayMcKinlay etet al, 1989al, 1989
EstimaEstima--se em não mais que 3,5% a contribuise em não mais que 3,5% a contribuiçção ão da assistência mda assistência méédica no decldica no declíínio das nio das principais doenprincipais doençças infectoas infecto--contagiosas nos contagiosas nos EUA desde 1900.EUA desde 1900.
Apesar do aumento significativo na expectativa Apesar do aumento significativo na expectativa de vida a partir dos anos 50, aumentaram os de vida a partir dos anos 50, aumentaram os anos de vida com doenanos de vida com doençça.a.
A assistência A assistência àà sasaúúde tem se de tem se caracterizado mais por caracterizado mais por salvar vidassalvar vidasdo que por proporcionar do que por proporcionar qualidade qualidade de vidade vida..
McKinlayMcKinlay etet al, 1989al, 1989
Assistência à saúdee
Qualidade de vida
Qual o real papel Qual o real papel da Odontologia da Odontologia
curativa?curativa?
Maryniuik, 1984Estudo longitudinal
Rest. Amálg.: 1 face 13,5 anos
Rest. Amálg.: 2 ou 3 faces 9,7 anos
Rest. Amálg.: 4 ou 5 faces 6,1 anos
SUBSTITUIÇÃO DE RESTAURAÇÕES
Walls, 1985: duração média das restaurações
6 anos de idade: 2 anos e 2 meses
12 anos de idade: 8 anos e 11 meses
SUBSTITUIÇÃO DE RESTAURAÇÕES
0
2
4
6
8
10
12
14
1 2 3 4 5 6 7 ou +
RelaRelaçção entre não entre núúmero de retornos ao dentista e mero de retornos ao dentista e superfsuperfíícies restauradas pela primeira vez e cies restauradas pela primeira vez e
reobturadasreobturadas. Reino Unido, 1988. Reino Unido, 1988
SuperfSuperfíícies restauradas cies restauradas pela primeira vezpela primeira vez
SuperfSuperfíícies cies reobturadasreobturadas
NNúúmero de visitasmero de visitas
Conclusões :modelo cirúrgico-restaurador
a)a) A odontologia cirA odontologia cirúúrgicorgico--restauradora restauradora éé limitadalimitada na na
sua essência quando se trata de sua essência quando se trata de promover sapromover saúúdede, , embora sob o ponto de vista restaurador tenha atendido todas as
necessidades existentes;
b) A atenção às necessidades restauradoras de uma população não impede que
perdas dentárias significativas venham a ocorrer na idade adulta;
Conclusões :modelo cirúrgico-restaurador
a) A odontologia cirúrgico-restauradora é limitada na sua essência quando se
trata de promover saúde, embora embora sob o ponto de vista sob o ponto de vista
restauradorrestaurador tenha tenha atendido todas as necessidadesatendido todas as necessidades
existentes;existentes;
b) A atenção às necessidades restauradoras de uma população não impede que
perdas dentárias significativas venham a ocorrer na idade adulta;
Conclusões :modelo cirúrgico-restaurador
a) A odontologia cirúrgico-restauradora é limitada na sua essência quando se
trata de promover saúde, embora sob o ponto de vista restaurador tenha
atendido todas as necessidades existentes;
b)b) A atenA atençção ão ààs necessidades restauradoras de uma s necessidades restauradoras de uma
populapopulaçção não impede que perdas dentão não impede que perdas dentáárias rias
significativas venham a ocorrer na idade adulta;significativas venham a ocorrer na idade adulta;
ODONTOLOGIA E SAODONTOLOGIA E SAÚÚDE BUCALDE BUCAL
HOJE:HOJE:
RELARELAÇÇÃO ENTRE A ODONTOLOGIA E A ÃO ENTRE A ODONTOLOGIA E A SOCIEDADESOCIEDADE
ODONTOLOGIA E SAODONTOLOGIA E SAÚÚDE BUCALDE BUCAL
HOJE:HOJE:
RELARELAÇÇÃO ENTRE A ODONTOLOGIA E A ÃO ENTRE A ODONTOLOGIA E A SOCIEDADESOCIEDADE
Programas de saProgramas de saúúde bucal;de bucal;
Mercado de trabalho;Mercado de trabalho;
ServiServiçço po púúblico;blico;
UsuUsuáário;rio;
Humanismo.Humanismo.
Acesso
Criar Unidades de Acolhimento para a
obtenção dos seguintes resultados :
1) tratar de forma humanizada toda a
demanda;
2) dar resposta a todo demandante;
3) discriminar os riscos, as urgências e
emergências.
Acolhimento
A função da porta não é mais barrar e
limitar o atendimento e, sim, responder
aos problemas que ali aparecem,
explorando ao máximo as tecnologias
de que dispomos em nosso saber.
VínculoCriar vínculos implica em ter relações tão
próximas e tão claras, que nos sensibilizamos com todo o sofrimento daquele outro, daquela população. É
permitir a constituição de um processo de transferência entre o usuário e o
trabalhador que possa servir àconstrução da autonomia do próprio
usuário.
Assistência odontológicaA assistência odontológica refere-se
ao conjunto de procedimentos clínico-cirúrgicos dirigidos a
consumidores individuais. Limita-se ao campo odontológico.
Atenção à saúde bucal
A atenção à saúde bucal é constituída, pelo conjunto de ações que, incluindo a assistência odontológica individual, não se esgota nela, buscando atingir grupos
populacionais através de ações de alcance coletivo com o objetivo de
manter a saúde bucal.
Atenção à saúde bucal
A atenção à saúde bucal implica, por outro
lado, atuar concomitantemente sobre
todos os determinantes do processo
saúde-doença bucal. Isso exige uma
abrangência que transcende não apenas
o âmbito da odontologia, mas do
próprio setor saúde.
Desenvolvimento da cidadania nas Desenvolvimento da cidadania nas sociedades modernassociedades modernas
Direitos Civis
Direitos Políticos
Direitos Sociais
““A saA saúúde de éé direito de todos e direito de todos e dever do Estado, garantido dever do Estado, garantido mediante polmediante polííticas sociais e ticas sociais e econômicas que visem econômicas que visem àà redureduçção ão do risco de doendo risco de doençça e de outros a e de outros agravos e ao acesso universal e agravos e ao acesso universal e igualitigualitáário rio ààs as açções e serviões e serviçços os para sua promopara sua promoçção, proteão, proteçção e ão e recuperarecuperaçção.ão.””
Constituição da República Federativa do Brasil, Artigo 196. 1988
O Estado“...é todo o complexo de atividades práticas e teóricas com as quais a classe dirigente justifica e mantém, não só o seu domínio, mas consegue obter o consenso ativo dos governados”.
Paim, J.
Os Sistemas de SaOs Sistemas de Saúúde de podem estar articulados a podem estar articulados a partir de dois princpartir de dois princíípios:pios:
PrincPrincíípio da PROTEpio da PROTEÇÇÃOÃO
PrincPrincíípio do MERCADOpio do MERCADO
O que determina a consolidaO que determina a consolidaçção de ão de cada um destes sistemas cada um destes sistemas éé a a estrutura do Estado em relaestrutura do Estado em relaçção ão ààAssistênciaAssistência
Essencialmente EstatalEssencialmente Estatal
Essencialmente Essencialmente PrivadoPrivado
Papel do Estado
Princípios organizativos
Ética
Estado de Bem-Estar
Estado Neoliberal
Estado Protetor Estado mínimo
Universalidade“SUS para todos”
Integralidade
Focalizalização“SUS para os pobres”
Cesta básica
Coletivismo Individualismo
Modelos de Estado e PolModelos de Estado e Polííticas de Saticas de Saúúdede
Como se deu este Como se deu este processo?processo?
Quais os seus determinantes Quais os seus determinantes histhistóóricos e conjunturais?ricos e conjunturais?
cNo Brasil
Sistema estruturado no inSistema estruturado no iníício do cio do ssééculoculo
Clara distinClara distinçção entre aão entre açções de ões de SaSaúúde Pde Púública e ablica e açções de ões de AssistênciaAssistência
Modelo voltado para os Modelo voltado para os interesses do setor privadointeresses do setor privado
Decorrente de concepções diferenciadas, as políticas de saúde e as formas como se
organizam os serviços não são fruto apenas do momento atual.
Ao contrário, têm uma longa trajetória de formulações e de
lutas.Campos et al., 1998
Fonte: Cunha e Cunha, 1998
Marco legal e Marco legal e polpolííticotico
RedemocratizaçãoNova RepúblicaConstituição / LOS
A dA déécada de 80cada de 80: eclosão da crise : eclosão da crise estrutural e a consolidaestrutural e a consolidaçção das ão das propostas reformadoraspropostas reformadoras
SaSaúúde Coletivade Coletiva Criação do SUSFormalização do conceito amplo de saúde
Fonte: Cunha e Cunha, 1998
A dA déécada de 80cada de 80: eclosão da crise : eclosão da crise estrutural e a consolidaestrutural e a consolidaçção das ão das propostas reformadoraspropostas reformadoras
Obesidade
Doenças Cardiovasculares
Diabetes
Câncer (incluindo Bucal)
Doença Mental
Doença Respiratória
Cárie Dentária
Doença Periodontal
Traumatismo de Dentes/Ossos
Doenças de Pele
Fatores de Risco
Dieta
Fumo
Álcool e Drogas
Sedentarismo
Ambiente de Trabalho
Trânsito
Má-Higiene
Doenças
Abordagem do Risco Comum
SheihamSheiham, 1996, 1996
“A partir do entendimento que todos nós temos de saúde enquanto direito, é nosso dever lutar para que este sistema seja desenvolvido em sua plenitude. Essa é uma forma de, inclusive, promover mais justiça social, mais democracia e mais humanidade dentro da sociedade”
Oliveira e Souza, 1998