o universo musical de alunos do eja na escola...
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Universidade de Brasília – UnB
Decanato de Ensino de Graduação
Universidade Aberta do Brasil - UAB
Instituto de Artes - IDA
Departamento de Música
Curso de Licenciatura em Música à Distância
O UNIVERSO MUSICAL DE ALUNOS DO EJA NA ESCOLA PADRE
CARLOS CASAVECHIA EM RIO BRANCO: Um Estudo Sobre Suas
Preferências Musicais e Hábitos de Escuta
Alberto Rodrigues de Brito Filho
Rio Branco - AC
2014
Alberto Rodrigues de Brito Filho
O UNIVERSO MUSICAL DE ALUNOS DO EJA NA ESCOLA PADRE
CARLOS CASAVECHIA EM RIO BRANCO: Um Estudo Sobre Suas
Preferências Musicais e Hábitos de Escuta
Trabalho de Conclusão de Curso apresentado
como requisito obrigatório para a obtenção do
título de Licenciado em Música na Universidade
de Brasília.
Orientador: Guilherme Montenegro
Rio Branco - AC
2014
AGRADECIMENTOS
Agradeço primeiramente a Deus por me sensibilizar em minhas escolhas, e me oportunizar a
realização de um sonho de concluir a faculdade de música.
Agradeço aos meus familiares que indiretamente me apoiaram mesmo com suas limitações e
distância foram incentivadores do meu estudo.
Agradeço a minha esposa pela paciência e superação dos momentos difíceis porque passei, e a
fiz passar paralelamente aos problemas da faculdade.
Agradeço aos meus filhos pela simples presença em minha vida, e me despertarem para a
responsabilidade que possuo como pai e educador.
Agradeço a UNB por oferecer cursos dessa natureza e pelo acompanhamento durante todos
esses anos.
Agradeço a todos os professores, tutores, orientadores pelo respeito, compreensão e paciência
com as minhas dificuldades e limitações.
Agradeço a Escola Padre Carlos Casavequia, direção, equipe pedagógica e principalmente
alunos do EJA que participaram da minha pesquisa, contribuindo para a conclusão do meu
estudo.
Agradeço aos colegas de classe, que na medida do possível partilharam do sufoco na
realização das tarefas em busca do bem comum.
Enfim, agradeço a todos que contribuíram de alguma forma para a realização desse estudo de
tão grande ou de maior importância em minha vida.
A todos! Meu muito obrigado!
“A música aciona mediações individuais e contextuais que vão, de certa forma, interferir nas
escolhas, preferências, juízos de valor e práticas musicais individuais ou compartilhadas”.
Subtil, 2005
RESUMO
O objetivo desse estudo foi Investigar o universo musical de alunos do EJA da Escola Padre
Carlos Casavechia em Rio Branco – Acre, a partir de suas preferências musicais e hábitos de
escuta. Trata-se de uma pesquisa quantitativa que busca evidenciar a experiência desses
alunos com a música no cotidiano, nos mais diversos ambientes. Assim favorecer o processo
de aprendizagem dos alunos e contribuir com a prática docente no preparo das aulas de acordo
com a realidade desse aluno. A música é uma presença constante no dia a dia das pessoas e
com o avanço da tecnologia, a utilização de inovadores aparelhos permite o acesso em todo e
qualquer lugar que se queira. Partindo desse universo musical do aluno com suas preferências,
e com a opinião de autores voltados para esta área, como: Queiroz – 2010, Matos – 2008,
Souza – 2004, Ramos – 2002, Del Ben e Hentschke - 2002, busca-se evitar o distanciamento
do aluno das aulas de música e torná-las mais proveitosas, com o ensino voltado para sua
realidade. Com a aplicação de questionários autoadministrados aos alunos buscou-se com essa
pesquisa investigar as preferências musicais desses alunos, onde foi registrado o sertanejo
como gênero/estilo preferido desses alunos, bem como o celular/smartphone como o aparato
mais utilizado, sem falar que esses alunos utilizam a música tanto para pensar e refletir sobre
a vida, como para realizar tarefas domésticas. Constatou-se também que os alunos gostariam
de aulas práticas, mesmo diante da variedade de estilos/gêneros presentes em nossa música
que elas fossem próximas da sua realidade. E que através dessa prática eles possam superar o
desconforto e a timidez durante as aulas de música, apresentada por alguns alunos.
Palavras-chave: estilo/gêneros musicais; aluno, aprendizagem; preferências; realidade.
ABSTRACT
The aim of this study was to investigate the musical universe of adult education students of
the School Father Carlos Casavechia in Rio Branco - Acre, from their musical preferences and
listening habits. This is a quantitative research that seeks to demonstrate the experience of
these students with music in everyday life, in many different environments. Thus promote the
process of student learning and contribute to the teaching practice in the preparation of
lessons according to the reality that student. Music is a constant presence in the daily lives of
people and with the advancement of technology, the use of innovative devices allows access
to any place you want. From this musical universe of students with their preferences, and the
opinion of authors focused on this area, as Queiroz - 2010, Matos - 2008, Souza - 2004,
Ramos - 2002 Del Ben and Hentschke - 2002, we seek to avoid the distance the student of
music lessons and make them more profitable, with education facing your reality. With the
application of self-administered questionnaires to students sought with this research to
investigate the musical preferences of these students, which registered the backcountry as
gender / preferred style of these students as well as the mobile / smartphone as the most
widely used apparatus, not to mention that these students use music both to think and reflect
on life, as to perform household chores. It was also found that students would like to practical
classes, despite the variety of styles / genres present in our music that they were close to their
reality. And that through this practice they can overcome the discomfort and shyness during
music lessons, by some students.
Keywords: styles/genres music; student; learning; preferences; reality.
SUMÁRIO
1 INTRODUÇÃO....................................................................................................................10
1.1 OBJETIVOS.......................................................................................................................11
1.1.1 Objetivo Geral............................................................................................................11
1.1.2 Objetivos Específicos..................................................................................................11
1.2 JUSTIFICATIVA..........................................................................................................11
2 REVISÃO BIBLIOGRÁFICA.......................................................................................12
3 METODOLOGIA.........................................................................................................14
3.1 Instrumento de Coleta de Dados...................................................................................14
3.2 Cuidados Éticos...........................................................................................................15
3.3 Procedimento de Coleta de Dados.................................................................................16
3.4 Procedimento de Análise de Dados...............................................................................16
4 APRESENTAÇÃO e DISCUSSÃO dos DADOS............................................................18
4.1 Dados Pessoais.............................................................................................................18
4.2 Parte A – A Música e o meu dia-a-dia............................................................................19
4.3 Parte B – A Música e o EJA..........................................................................................23
CONSIDERAÇÕES FINAIS.............................................................................................29
REFERÊNCIAS................................................................................................................30
ANEXOS
10
1 INTRODUÇÃO
Uma das dificuldades atuais dos professores que trabalham com música na Escola
Padre Carlos Casavechia, observada durante a minha prática docente na disciplina Prática de
Estágio foi quanto à participação dos alunos nas aulas com certos estilos musicais. Esses
alunos se recusavam em participar seja cantando, com atividades gestuais, escritas, enfim,
percebia-se o desconforto ou nenhum esforço em tentar se aproximar com o assunto e com a
aula em si.
A música não só local, como regional, nacional e mundial é muito rica em variedade
de gêneros/estilos. Chegando a ser quase impossível classificar ou conhecer todos eles.
Essa variedade musical apresenta-se tanto em gênero, no que se refere a um conjunto
de possibilidades, quanto ao estilo, que vem a ser um caso particular de determinado gênero.
Para tornar a prática musical mais participativa para todos é preciso que o professor
investigue a relação desse aluno com a música e assim aproximá-lo de uma maior variedade
possível de gêneros/estilos. Durante a disciplina Prática de Estágio, trabalhando o sertanejo,
rock e funk e percussão corporal levando músicas para serem ouvidas, sempre observei que os
alunos não ficavam a vontade em interagir com os demais, quando de determinados estilos
musicais, foi então que optei por trabalhar essa problemática, do distanciamento desse aluno
com certos gêneros/estilos musicais apresentados como: o rock, o funk, etc., bem como
investigar a relação deles com a música no seu cotidiano.
A escola Padre Carlos Casavechia é uma escola da rede pública de ensino do Estado
do Acre, que atende além do ensino regular o programa de Educação de Jovens e Adultos
(EJA). Programa do governo federal que oferece ensino a jovens e adultos que ultrapassaram
a idade para o ensino regular, e assim podem concluir os estudos e entrar numa faculdade caso
queiram. Com esses alunos, dos 4 módulos do EJA, que essa pesquisa foi realizada.
A pretensão dessa pesquisa é investigar presença no que tange a gostos musicais,
preferências e instrumentos de escuta com os alunos, e poder futuramente trabalhar a música
em sala de aula de forma interativa, professor x aluno x música x gêneros x estilos, de forma
que o ensino-aprendizagem seja participativo e satisfatório.
11
1.1 OBJETIVOS:
1.1.1 Objetivo Geral
Investigar o universo musical de alunos que frequentam o EJA em uma escola pública em Rio
Branco a partir de suas preferências musicais e hábitos de escuta
1.1.2 Objetivos Específicos
- Investigar quais recursos os alunos utilizam para a audição musical;
- Identificar a preferência quanto aos gêneros/estilos musicais que escutam;
1.2 JUSTIFICATIVA
Esse estudo justifica-se por apresentar um tema relevante na área de licenciatura que é
a interação professor, alunos e disciplina, abordando o universo musical dos alunos do EJA de
uma escola pública do Acre. Assim, tentar conhecer a preferência de gêneros/estilos dos
alunos, e sua aproximação com a música, tanto em casa, como na escola para facilitar o
processo de aprendizagem dos mesmos, bem como, a atuação do professor.
Conhecer as preferências musicais e os aparatos usados para essa prática de escuta dos
jovens e adultos pode ajudar a nortear as diferentes práticas de educação musical na escola,
valorizando, como ponto de partida, o repertório que lhes é familiar, portanto, a origem
musical cotidiana desses jovens.
Assim, estudando a relação do aluno com a música no cotidiano dentro e fora da
escola, poderá facilitar para os professores da área, a preparação da sua aula com foco na
realidade do aluno e do contexto do seu fazer educacional.
12
2 REVISÃO BIBLIOGRÁFICA
Conhecer a realidade dos alunos perante a música no cotidiano e na vida escolar
tornou-se a temática desse estudo com intuito de facilitar o processo de ensino aprendizagem.
Assim como através de investigação obter dados de suas preferências com estilos/gêneros e
aparatos utilizados no processo de audição musical.
Segundo Tekman e Hortaçsu (2002), a preferência por determinados estilos musicais é
preponderante na configuração da identidade pessoal e social. Sendo a música uma constante
na vida das pessoas, torna-se também referência do seu mundo social. E com os recursos
atuais de tecnologia ficou mais fácil aproximar música, aluno e aprendizagem.
A opção por certos gêneros/estilos distancia o aluno da prática com estilos que não são
de sua preferência. E a tarefa do professor é sondar essa preferência e assim tornar essa aula
de música mais próxima da realidade e do cotidiano do aluno.
Uma questão de relevância para o estudo de música é diferenciar estilo de gênero.
Segundo Mattos et al. (2008) numa composição musical, estilo se refere ao método e ao modo
de tratamento dos elementos da linguagem musical (forma, melodia, ritmo, harmonia, texto,
instrumentação). Já no que se refere ao gênero, também se verifica a reunião de critérios de
diferentes dimensões musicais como a estrutura do texto (lírico, épico ou dramático), as
técnicas de composição e execução.
Ainda em Mattos et al. (2008) enquanto o estilo procura caracterizar a obra com
relação à sua construção e performance, o gênero procura falar dela quanto à sua função. Esta
funcionalidade da música é tão importante, que pode superar as barreiras estilísticas e
temporais.
O gênero torna-se uma forma mais abrangente e para o estudo em questão
focalizaremos a variedade de estilos, como essa ramificação torna-se familiar com os alunos
entrevistados perante suas preferências. Como exemplo temos a música sertaneja que abrange
o sertanejo raiz, o sertanejo universitário, o sertanejo romântico.
A música também pode contribuir para a formação global do aluno desenvolvendo a
capacidade de se expressar através de uma linguagem não-verbal, os sentimentos e emoções, a
sensibilidade, o intelecto, o corpo e a personalidade... a música se presta para favorecer uma
série de áreas da criança. Essas áreas incluem a “sensibilidade”, a “motricidade”, o
13
“raciocínio”, além da “transmissão e do resgate de uma série de elementos da cultura” (DEL
BEN; HETSCHKE, 2002, p. 52-53).
Para Bastião (2003) a apreciação musical permite o relacionamento do indivíduo com
a música. Essa área do conhecimento envolve muitas maneiras de ouvir e comporta-se perante
o estímulo sonoro.
A importância dada à música pelos adolescentes proporciona identificar suas
preferências, bem como, suas percepções sociais. Eles usam a música como guia para
prováveis características de observação do outro, bem como de si próprio definindo sua
identidade. Através de suas preferências expressam implicitamente uma mensagem que
implica em determinado leque de atitudes, valores e opiniões. North e Hargreaves (1999).
14
3 METODOLOGIA
Essa pesquisa buscou investigar os alunos do EJA (Educação de Jovens e Adultos) no
que diz respeito à vivência musical, com intuito específico de identificar as experiências
desses alunos com a música no seu dia a dia. O que esses jovens e adultos gostam de ouvir,
seus hábitos de escuta, suas preferências por gêneros/estilos e com que frequência e quais
aparatos utilizam para essa aquisição musical.
Trata-se de um estudo descritivo que busca investigar como a vivência musical está
presente no cotidiano dos alunos da Escola Padre Carlos Casavechia, através de uma
abordagem quantitativa, com aplicação de questionário autoadministrado aos alunos.
3.1 Instrumento de Coleta de Dados
O instrumento utilizado para colher informações de abordagem desse tema foi o
questionário e assim esclarecer a proposta voltada às questões da pesquisa, como: onde e
como costuma ouvir música, qual o estilo/gênero preferido, qual a sensação que a música
oferece a esse aluno, ou seja, a coleta de dados e informações sobre a preferência e a vivência
musical do público alvo.
Nesta pesquisa, o questionário foi elaborado com questões fechadas com respostas sim
ou não. Como também questões de múltipla escolha, onde o aluno tem a opção de escolha
entre várias respostas apresentadas pelo pesquisador.
Em um segundo momento foram realizadas perguntas abertas para que os alunos
pudessem expor sua opinião, discorrer sobre o assunto conforme a sua vivência e preferências
em relação à música conforme lhe convém.
Entre as opções de coleta de dados, o escolhido foi o questionário auto-administrado.
Esse tipo de questionário oportuniza o próprio aluno a responder às questões formuladas pelo
pesquisador sem o constrangimento que de certa forma as entrevistas oferecem. Assim
entregar o questionário em um dia para responderem com calma e devolvessem no outro foi
considerada a forma mais indicada para obter as informações dos alunos nessa pesquisa.
Optei pelo questionário auto-administrado para realização dessa pesquisa em
detrimento da entrevista, pois como observados na aula prática de música os alunos não são
participativos e certamente ficariam constrangidos diante dessa situação, de expor sua opinião
15
frente ao entrevistador. A pesquisa foi realizada com 37 alunos, sendo que 19 desses
questionários foram respondidos parcialmente.
3.2 Cuidados Éticos
Toda pesquisa necessita de cuidados éticos, assim os procedimentos utilizados por
cada pesquisador devem se pautar na valoração da ética e na proteção ao bem estar físico e
psicossocial dos sujeitos participantes. Partindo desse princípio buscou-se realizar a
investigação considerando os cuidados em expor claramente os objetivos da pesquisa, com a
devida autorização da direção da escola, bem como dos alunos participantes e a garantia do
anonimato dos dados pessoais e divulgação dos respectivos resultados. Com base nesse
entendimento, Queiroz observa que:
A perspectiva de estudo sistemático da música, no âmbito da ciência, se
insere em um movimento crescente e contínuo, o qual aponta que reflexões
que abordem a ética devem estar no cerne da pesquisa e da produção
científica em todas as áreas do conhecimento, sobretudo aquelas que, como a
música se atêm a estudos que envolvem pessoas, de forma direta ou não.
Nesse sentido, é cada vez mais importante (re)pensar valores, condutas e
preceitos que devem nortear a atuação do pesquisador em música em suas
incursões pelos fenômenos estudados (QUEIROZ, 2013).
Para Antunes (2013) as questões éticas, presentes tanto em pesquisas qualitativas
quanto em pesquisas quantitativas, estão relacionadas à aplicação dos instrumentos de coleta
de dados, à privacidade dos participantes e contextos pesquisados, à autenticidade e
credibilidade dos dados obtidos. As reflexões sobre o assunto podem então facilitar a
construção dos procedimentos éticos e auxiliar a legitimação da pesquisa.
Portanto, na pesquisa em música, esse é mais um princípio ético importante, que deve
ser considerado no processo de planejamento e realização do estudo. O pesquisador precisa
prever mecanismos e alternativas para que os registros realizados (questionários, fotografias,
filmagens, gravações de áudio, etc.) e os produtos gerados a partir do trabalho (dissertação,
tese, CDs, DVDs etc.) sejam disponibilizados, de forma transparente e respeitosa, para os
sujeitos envolvidos na pesquisa, atendendo, assim, de alguma forma, às suas expectativas e
contribuindo, de acordo com as possibilidades de cada trabalho, com os indivíduos e a
comunidade envolvida (QUEIROZ, 2013).
16
Para realizar esta pesquisa durante a aplicação dos questionários, obtive algumas
resistências com alunos que não quiseram se identificar, com medo de expor sua opinião
perante a escola, ou outra forma de divulgação. Então tive que explicar que os objetivos da
pesquisa eram somente de interesse para a educação, mais precisamente a área de música e
lhes foi assegurado o sigilo de informações dos seus dados pessoais, bem como a garantia do
anonimato.
3.3 Procedimento de Coleta de Dados
Após a elaboração do instrumento, iniciou-se a distribuição dos questionários, que foi
realizada em duas etapas. Para a realização da pesquisa foi requerida autorização à escola bem
como a obtenção do consentimento dos participantes. Para tanto, foi elaborada uma Carta de
Autorização com modelo que se encontra em anexo a esse estudo, entregue à escola antes da
entrada em campo e, no cabeçalho dos questionários, foram disponibilizadas informações
sobre os direitos dos participantes e meus dados pessoais para que os alunos pudessem entrar
em contato quando fosse necessário.
Com a devida anuência dos professores na escola, os questionários foram distribuídos
diretamente aos alunos dos quatro módulos do EJA durante as aulas para que respondessem e
entregassem depois. Os questionários foram distribuídos em dois dias consecutivos para que
respondessem e devolvessem no dia seguinte. Essa coleta foi realizada no mês de setembro de
2014, com trinta e sete questionários respondidos, sendo que dezenove deles respondidos
parcialmente.
3.4 Procedimento de Análise de Dados
Analisar os dados é tornar as respostas obtidas através da coleta de dados mais
compreensíveis. Para essa interpretação de dados foi utilizada a análise de conteúdo. Esse
procedimento consiste em tornar mais claras as informações obtidas com a pesquisa, ou seja,
analisar as comunicações, extraindo do texto unidades significativas, relacioná-las a
determinado tema e interpretá-las.
Para facilitar o esclarecimento do conteúdo desta pesquisa os questionários foram
numerados e com os dados transcritos, sendo as questões fechadas com sim ou não e de
múltipla escolha apresentadas através de tabelas e interpretações no programa gratuito google
drive.
17
A análise das questões abertas nesse estudo foi organizada da seguinte maneira: o
primeiro passo foi numerar os questionários, o segundo passo transcrever as respostas
analisando os conteúdos. Processo definido por Bardin (2002) como conjunto de técnicas de
análise das comunicações com procedimentos objetivos para descrição desses conteúdos.
Essas respostas coletadas foram transcritas no seu original apenas com correções ortográficas
e redigidas com o processador de texto.
18
4 APRESENTAÇÃO e DISCUSSÃO dos DADOS
O objetivo desse estudo foi investigar o universo musical de alunos que frequentam o
EJA em uma escola pública em Rio Branco a partir de suas preferências musicais e hábitos de
escuta. Foram aplicados trinta e sete questionários e, destes, trinta e sete foram retornados e
respondidos, sendo que 19 questionários foram respondidos parcialmente.
Com o questionário dividido em 3 partes, em um primeiro momento buscou-se obter
os dados pessoais dos alunos. O segundo momento “A música no dia a dia do aluno” e o
terceiro momento “A música e o EJA”.
Dos trinta e sete respondentes, as mulheres representam um pouco mais que os
homens entre os módulos.
4.1 Dados Pessoais
Gráfico 1 - gênero dos participantes
Tabela 1 – gênero dos participantes
Masculino 16 43%
Feminino 21 57% Fonte: dados da pesquisa
Quanto à idade, 20 desses alunos estão entre 18 e 25 anos apresentando a maioria, e 3
alunos apenas com mais de 46 anos, que se dividem nos respectivos módulos.
19
Gráfico 2 – faixa etária dos alunos
Tabela 2 – idade dos alunos
18-25 anos 20 54%
26-30 anos 2 5%
31-35 anos 3 8%
36-40 anos 5 14%
41-45 anos 4 11%
Mais de 46 anos 3 8% Fonte: dados da pesquisa
4. 2 PARTE A - A música no meu dia-a-dia
4.2.1 - Qual aparato você mais usa para escutar suas músicas preferidas?
A maioria dos alunos do EJA utiliza o celular/smartphone para escutar música
representando assim a facilidade que a tecnologia proporciona as pessoas de ouvir música nos
mais diversos lugares e situações.
Para Souza e Torres (2009) a exploração dos aparelhos portáteis de reprodução de som
com fones de ouvido oferecem uma experiência musical particularmente intensa que
proporciona a possibilidade de isolamento em locais públicos. Essa liberdade de poder ouvir
música onde e quando quiser é uma prática constante dos alunos por ser unanimidade não só
entre alunos, mas entre as pessoas o uso das novas tecnologias.
20
Gráfico 3 – aparatos para ouvir música
Tabela 3 – aparatos de audição
rádio 7 19%
tv 7 19%
Mp3 player 3 8%
Celular/smarphone 16 43
internet 2 5%
Cd/dvd 2 5%
outros 0 0% Fonte: dados da pesquisa
4.2.2 Quanto ao estilo/gênero musical de preferência dos alunos, a música sertaneja
assim como o gospel foram as mais preferidas, sendo citados também o rock, o funk, o dance,
o forró, a música romântica e também mpb. Nessa questão, os respondentes redigiam suas
respostas livremente.
Tabela 4 – estilo/gênero musical preferido
ESTILO/GÊNERO MUSICAL
PREFERIDO
RESPONDENTES
Música sertaneja 18
Vários estilos 11
Gospel 8
Não responderam 5
dance 4
rock 3
Rap 2 Fonte: dados da pesquisa
Os alunos não apresentaram exclusividade com apenas um estilo/gênero preferido,
embora gostem muito de sertanejo e evangélicos, outros estilos também foram citados. O que
21
se constatou com a pesquisa é que entre 18 e 25 anos os alunos gostam mais de ouvir música
sertaneja, seja pelo romantismo, influência dos pais, ou até mesmo por influência da mídia.
Mídia essa que dita moda, costumes, comportamento, que de certa forma acrescenta traços na
vida desses alunos, bem como da cultura em geral.
4.2.3 O que leva os alunos a escutar suas músicas preferidas, varia entre algumas
opções como passar o tempo e pensar ou refletir sobre a vida, opções mais citadas pelos
alunos.
Tabela 5 – o que leva os alunos a escutar músicas
RESPOSTAS RESPONDENTES
pensar ou refletir sobre a vida 14
fazer tarefas domésticas 10
relaxar 9
passar o tempo 7
todas as alternativas 5
dançar 4
namorar 2 Fonte: dados da pesquisa
A música é companheira das pessoas nas mais diversas situações, entre elas pensar
sobre a vida e fazer tarefas domésticas apontadas pelos alunos. Ela se torna referência no
mundo social extremamente relacionada à organização da sociedade e manutenção das
estruturas sociais.
4.2.4 Quanto à disposição de tempo para ouvir música responderam diariamente 16
alunos, e três vezes por semana por apenas dois respondentes. A música diária é uma
constante entre esses respondentes.
Gráfico 4 – disposição de tempo para audição
22
Tabela 6 – tempo usado para audição musical
diariamente 16 43%
quase diariamente 11 30%
uma vez por semana 7 19%
três vezes por semana 2 5%
Outros 0 0% Fonte: dados da pesquisa
4.2.5 Você procura informações adicionais sobre o seu (sua) artista e/ou banda preferido (a)?
Gráfico 5 – procura de informações sobre artistas
Tabela 7 – busca de informações sobre artistas
não 19 51%
sim 17 46%
Fonte: dados da pesquisa
A importância com o artista em si, não é tão relevante quanto à audição musical para
os alunos, e sim o estilo e a música.
4.2.6 Entre os que responderam que sim, a busca pela na internet ou a TV são as mais
frequentes. Outra vez a tecnologia ganha espaço, com a facilidade em baixar música através
de programas especializados, bem como a rapidez e o custo diferenciado leva as pessoas a
acompanhar os benefícios da atualidade.
Tabela 8 – onde busca informação sobre o artista preferido RESPONDENTES
internet 22
tv 18
com amigos 4
não respondeu 4
jornais 3
com a família 2 Fonte: dados da pesquisa
23
4.2.7 Quais os artistas que você mais gosta de ouvir:
Gráfico 6 – preferência nacional ou internacional
Tabela 9 – preferências por artistas
nacionais 18 49%
ambos 15 41%
internacionais 2 5% Fonte: dados da pesquisa
Entre os respondentes as músicas nacionais são preferidas para se ouvir, assim
confirmamos o gênero/estilo onde o sertanejo também foi o preferido. E apenas 2 não
responderam. É a valorização das raízes, mesmo com o acesso e a globalização presente em
todos os ramos, a preferência pela cultura local predomina entre as pessoas, ou seja, o
conhecimento geral, mas a preferência do que está próximo, assim acontece com a música.
4.3 PARTE B - A música e o EJA
4.3.1 - Você costuma ouvir música no EJA?
24
Gráfico 7 – a música no EJA
Tabela 10 – audição musical no EJA
não 17 46%
sim 12 32%
Fonte: dados da pesquisa
4.3.2 Em que situação com mais frequência?
Gráfico 8 – frequência de audição musical no EJA
Tabela 11 – situação de escuta musical
RESPOSTAS RESPONDENTES
Não respondeu 16
no caminho entre o EJA e minha casa 11
nos intervalos das aulas 6
durante as aulas, como parte das atividades sele-
cionadas pelo professor
3
durante as aulas por iniciativa própria, usando
fone de ouvido para não atrapalhar os colegas
1
Fonte: dados da pesquisa
25
Ouvir música há muito tempo deixou de ter lugar específico, hoje em dia a audição
musical pode acontecer nos mais diversos ambientes e situações. Para Froehlich (2002) a
música constrói a própria realidade na qual a performance e a audição têm lugar. É, portanto,
um agente social fundamental na vida de todos que se dedicam a isso seja artista ou ouvintes.
4.3.3 A música está presente em suas aulas do EJA?
Gráfico 8 – presença musical nas aulas
Tabela 12 – presença da música na aula
não 25 68%
sim 11 30%
Fonte: dados da pesquisa
Tabela 13 – presença da música nas disciplinas
DISCIPLINAS RESPONDENTES
não respondeu 26
espanhol 7
português 1
artes 1
matemática 1
Ed. física 1
Fonte: dados da pesquisa
No tocante a presença da música, nas aulas do EJA, 11 alunos responderam sim, e 26
alunos responderam não. E mesmo respondendo não, afirmaram que na disciplina de
espanhol, bem como em outras disciplinas tiveram de certa forma, alguma atividade musical.
26
É importante a aula de música no tocante o despertar de uma função expressiva do emocional
como define Merriam:
A música tem como função uma expressão da liberação dos sentimentos,
liberação das ideias reveladas ou não na fala das pessoas. É como se fosse
uma forma de desabafo de emoções através da música. Uma importante
função da música, então, é a oportunidade que ela dá para uma variedade de
expressões emocionais – o descargo de pensamentos e ideias, a oportunidade
de alívio e, talvez, a resolução de conflitos, bem como a manifestação da
criatividade e a expressão das hostilidades (MERRIAM apud HUMMES,
2004).
Na questão 4.3.4 que tratou da presença da música na disciplina apresentada
constavam as seguintes respostas:
Tabela 14 – como a música é apresentada na disciplina
RESPOSTAS RESPONDENTES
não respondeu 21
ouvimos diversas gravações 9
cantamos na aula 5
levamos o instrumento e
tocamos na aula
2
Fonte: dados da pesquisa
Assim essa experiência de musicalidade reflete nos alunos o seu cotidiano. Eles
buscam ouvir o que gostam e assim expressam seu comportamento e emoções. Nesse sentido,
Ramos expõe:
Falar sobre música se baseia em suas próprias vivências musicais. Assim
sendo, falar significa dizer aos colegas, as músicas que sabe cantar inteiras;
as de que não aprenderam; as que não gostam; as que têm letras
comprometedoras; as que têm letras que não entendem, e por último, letras
que falam de temas próximos de sua realidade social. Assim, escutar música
significa aprender com os cantores e grupos preferidos, aprender as músicas
de que gostam e que, de alguma forma, falam de sua realidade (RAMOS,
2002, p.89).
4.3.5 Você pode contar um pouco sobre essa experiência com a música nessa
disciplina? Como as atividades eram desenvolvidas? E o que você achou dessa experiência?
Essa questão buscou apresentar como o aluno se comportou diante da prática oferecida
em sala de aula. Entre as respostas constava:
27
“o professor levou um som e ouvimos várias músicas e foi muito legal”. Percebemos
com essa resposta que o aluno quando motivado, até se dispõe a interagir na aula de música,
desde que o gênero/estilo lhe agrade.
A importância da música nesse processo de aprendizagem foi observado por Del Ben e
Hetschke, (2002) quando afirma que a música pode contribuir para a formação global do
aluno, desenvolvendo a capacidade de se expressar através de uma linguagem não verbal e os
sentimentos e emoções, a sensibilidade, o intelecto, o corpo e a personalidade.
“O professor levou gravador para tocar umas músicas em espanhol, foi muito legal, pois, os
alunos puderam conhecer este tipo de música”.
“Seria bom que tivesse música em algumas disciplinas”.
“É uma coisa muito boa para as pessoas que sabem cantar a pessoa se acalma, relaxa,
desabafa, etc.”.
Que os alunos gostam de música ficou comprovado, mas o processo de ensino precisa
de alterações. É preciso situar o ensino a realidade atual do aluno, com apoio da tecnologia,
redirecionar a prática educacional ao momento e a situação presente, quanto a esse processo
do ensino com música, Souza reflete:
Tenho desafiado os professores a pensarem em estabelecer um diálogo entre
os sujeitos do processo de ensino e aprendizagem e conhecimentos musicais.
Dessa forma, conhecer o aluno como ser sociocultural, mapear os cenários
exteriores da música com os quais os alunos vivenciam seu tempo, seu
espaço e seu “mundo”, pensar sobre seus olhares em relação à música no
espaço escolar, são proposições para se pensar essa disciplina e ampliar as
reflexões sobre as dimensões do currículo, conteúdo-fora e o ensino-
aprendizagem oferecidos aos alunos (SOUZA, 2004, p. 9).
4.3.6 Durante todo o tempo em que você estudou no EJA, o que você mais aprendeu
relacionado à música? Pode contar sobre alguma experiência importante?
“Aprendi que a música ajuda a gente refletir, dançar, é bom ouvir música nas horas tristes,
etc., e sempre quando estou triste ouço música.
Aprendi que a música é uma arte que nos transporta e nos traz longas e boas lembranças
Aprendi que a música em espanhol é muito interessante.
Aprendi a pronúncia de outra língua estrangeira.
sim, houve momentos que assistimos um vídeo e foi muito bom.
19 não responderam”
Nessas duas ultimas questões os alunos do EJA contam sua experiência com música
nas disciplinas. Entre as atividades mais frequentes, a disciplina de espanhol desenvolveu
atividades com música para esses alunos com audição de canções para em seguida trabalhar a
pronúncia com os alunos.
28
Portanto, o que é oferecido a esses alunos em questão de música ainda está bastante
aquém do esperado tanto por eles, como por nós professores da área. Com os dados
observados constatamos suas preferências por sertanejo, é preciso atentar para a possibilidade
de desenvolver um trabalho voltado para esse estilo. Quanto essa questão do currículo escolar
Souza observa:
A realidade do currículo escolar, a forma-conteúdo no processo de ensino-
aprendizagem musical, não está ampliando as questões relevantes da vida
dos alunos para além do espaço da escola, deixando de representar um
espaço que permita a nós, alunos e professores, pensar o espaço real e
desvendar as complexidades da música como fato social (SOUZA, 2004, p.
10).
O que foi constatado com a pesquisa é que muitos alunos utilizam a mídia e têm a
prática de ouvir música diariamente pelo celular/smartphone. Não só alunos, mas toda
sociedade precisa acompanhar o desenvolvimento principalmente tecnológico, e a escola deve
estar atenta a estes aparatos para a prática de ensino, mesmo que a realidade atual esteja
distante do devido espaço que merece.
É preciso que a sociedade, mais precisamente, a comunidade escolar observe o que os
alunos anseiam e o que utilizam para que a música se torne presente no seu dia a dia. E com
auxílio da tecnologia aproximar esse aluno das aulas de música conforme sua realidade.
29
CONSIDERAÇÕES FINAIS
O estudo sobre a vivência e preferências musicais dos alunos do EJA na escola Padre
Carlos Casavechia nos proporcionou observar que a música faz parte do cotidiano dos
estudantes sem distinção de raça, gênero ou classe social, todos têm acesso a ela nas mais
diversas formas e ambientes.
No contexto escolar a música também merece espaço, e foi pensando nessa
possiblidade que surgiu a ideia desse estudo com intuito de através de uma pesquisa
quantitativa investigar a presença da música no cotidiano dos alunos dessa escola, bem como
suas preferências.
Com os resultados da pesquisa observei que a música se faz presente diariamente na
vida desses alunos, seja no caminho para a escola, em casa, ou nos mais diversos ambientes. E
com a presença da tecnologia, é possível ouvir música nos mais diversos lugares. Assim o
celular/smartphone foi um dos aparatos mais utilizados pelos alunos para ouvir suas músicas
preferidas.
A prática musical em sala de aula até tem ganhado espaço, mas é preciso inovação e
esforço do professor para que realmente o ensino aprendizagem aconteça.
Os novos dispositivos de comunicação propiciam modos inéditos de recepção de
música pela juventude, assim refletir esses meandros que caracterizam o cenário etnográfico
se faz necessário, como também é preciso buscar formas de ensinar e aprender música
considerando o contexto que abrange o universo musical (QUEIROZ, 2010).
Concluiu-se que no tocante a faixa etária, mesmo com a maioria dos alunos sendo
jovens, os poucos adultos não apresentam divergências ou conflitos em relação ao gênero
musical. Até porque, hoje em dia, o acesso à mídia e a informação em geral tornam-se
universal e desde que se queira, todos podem partilhar das novidades oferecidas. Para esses
alunos o que poderia ser um diferencial, não apresentou relevância, de forma que pudesse
alterar as estatísticas apresentadas na pesquisa. Mostram sim, diferenças nas escolhas de estilo
individualmente e não por faixa etária.
Assim com esse estudo buscou-se aproximar o fazer pedagógico da realidade do
aluno, através de uma investigação de seus hábitos de escuta e dessa forma, conhecendo suas
preferências poder realizar uma prática de ensino, onde todos os alunos possam participar,
sem rejeição e constrangimento e que o professor, também possa atuar com eficiência.
30
REFERÊNCIAS
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em Brasília. Brasília, 2013.
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Revista Educação & Tecnologia. Curitiba. CEFET-PR ano 1, n. 1, jul. 1997.
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partir das concepções e ações de três professoras de música. Revista da ABEM, Porto
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FREIRE, V. B. Horizontes da Pesquisa em Música: bases filosóficas e pressupostos.
Rio de Janeiro: Letras, 2010. 172p.
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MATTOS, F.; SOUZA, G. de; MOREIRA, J. G. S.; BORGES, S. de A. Caracterização
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Música da UFRGS e Universidade Parceiras, do Programa Pró-licenciaturas II da
SEED/MEC, Porto Alegre, junho de 2008.
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Education Research. 1999; 1(1):75-92.
QUEIROZ, L. R. S. Ética na pesquisa em música: definições e implicações na
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QUEIROZ, Luiz Ricardo Silva. Educação musical e etnomusicologia: caminhos,
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RAMOS, Silvia N. Música da televisão no cotidiano de crianças. Dissertação
(Mestrado em Música) Programa de Pós-Graduação Mestrado e Doutorado em Música,
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ensino médio sobre a aula de música da escola. Revista da ABEM. Londrina. v. 20. n.
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SEVERINO, A. J. Metodologia do Trabalho Científico. 23 ed. Ver. E atual. São
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31
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37 (5), 227–285.
32
ANEXOS
ANEXO A – QUESTIONÁRIO
REFERÊNCIAS MUSICAIS E HÁBITOS DE ESCUTA DOS JOVENS NO EJA
Olá pessoal! Meu nome é Alberto e sou aluno do curso de licenciatura em Música a distância da Universidade de Brasília – UnB. Este questionário faz parte de uma pesquisa em que eu desejo conhecer um pouco mais sobre as preferências musicais e hábitos de escuta de jovens que estudam no EJA. Sua opinião é muito importante para minha pesquisa e eu ficaria muito agradecido se você pudesse participar respondendo este Questionário. Serão necessários apenas 10-15 minutos de seu tempo. Esse questionário possui treze questões e está dividido em: Dados pessoais, Parte A e Parte B. A maioria das questões é de múltipla escolha, bastando marcar com X. Outras são mais abertas e livres, ou seja, você poderá escrever o que desejar ou achar importante. Nesta pesquisa, o seu nome não será divulgado de maneira alguma. Seja bastante sincero em suas respostas. Quero conhecer melhor sua opinião sobre a música! OBRIGADO POR SUA COLABORAÇÃO!
1 DADOS PESSOAIS
NOME:
SEXO
o MASCULINO
o FEMININO
IDADE
o 18-25 ANOS
o 26-30 ANOS
o 31-35 ANOS
o 36-40 ANOS
o 41-45 ANOS
o MAIS DE 46 ANOS
MÓDULO QUE CURSA
o 1º MÓDULO
o 2º MÓDULO
o 3º MÓDULO
o 4º MÓDULO
33
PARTE A) A MÚSICA NO MEU DIA-A-DIA
1 - QUAL APARATO VOCÊ MAIS USA PARA ESCUTAR SUAS MÚSICAS PREFERIDAS?
o RÁDIO
o TV
o MP3 PLAYER
o CELULAR/SMARTPHONE
o INTERNET
o CD E/OU DVD
o OUTRO. QUAL?
2 - QUAL GÊNERO/ESTILO DE MÚSICA QUE VOCÊ MAIS GOSTA DE OUVIR?
3 - O QUE TE LEVA A ESCUTAR COM MAIS FREQUÊNCIA SUAS MÚSICAS
PREFERIDAS?
o PASSAR O TEMPO
o RELAXAR
o DANÇAR
o PENSAR OU REFLETIR SOBRE A VIDA
o ESTUDAR
o NAMORAR
o FAZER ATIVIDADE FÍSICA/ESPORTE
o FAZER TAREFAS DOMÉSTICAS
o SAIR COM OS AMIGOS
o OUTROS MOTIVOS, QUAIS?
4 - CONSIDERANDO O TEMPO SEMANAL, COM QUE FREQUÊNCIA VOCÊ ESCUTA MÚSICA?
o DIARIAMENTE
o QUASE DIARIAMENTE
o UMA VEZ POR SEMANA
o TRÊS VEZES POR SEMANA
o OUTRO
5 - VOCÊ PROCURA INFORMAÇÕES ADICIONAIS SOBRE O SEU (SUA) ARTISTA E/OU BANDA PREFERIDO(A)?
o SIM
o NÃO
34
5.1 RESPONDENDO SIM, ONDE VOCÊ COSTUMA PROCURAR ESSAS INFORMAÇÕES COM MAIS FREQUÊNCIA?
o INTERNET
o TELEVISÃO
o LIVROS E REVISTAS
o JORNAIS
o COM AMIGOS
o COM A FAMÍLIA
o OUTROS. ONDE/COM QUEM
6 - QUAIS ARTISTAS QUE VOCÊ MAIS GOSTA DE OUVIR?
o NACIONAIS
o INTERNACIONAIS
o AMBOS
PARTE B) A MÚSICA E O EJA
1 - VOCÊ COSTUMA OUVIR MÚSICA NO EJA?
o NÃO
o SIM
1.1 EM QUE SITUAÇÃO COM MAIS FREQUÊNCIA?
o NOS INTERVALOS DAS AULAS
o NO CAMINHO ENTRE O EJA E A MINHA CASA
o DURANTE AS MINHAS AULAS, COMO PARTE DAS ATIVIDADES
SELECIONADAS PELO PROFESSOR.
o DURANTE AS AULAS, POR INICIATIVA PRÓPRIA, USANDO FONES DE
OUVIDO PARA NÃO ATRAPALHAR COLEGAS.
o OUTRA. QUAL?
o
2. A MÚSICA ESTÁ PRESENTE EM SUAS AULAS DO EJA?
o SIM
o NÃO
EM QUAL DISCIPLINA?
2.1 - SE VOCÊ RESPONDEU SIM, COMO A MÚSICA ESTÁ PRESENTE NESSA DISCIPLINA COM MAIS FREQUÊNCIA?
35
o OUVIMOS DIVERSAS GRAVAÇÕES
o LEVAMOS INSTRUMENTOS E TOCAMOS NA AULA
o CANTAMOS NA AULA
o OUTRA SITUAÇÃO. QUAL?
2.2 VOCÊ PODE CONTAR UM POUCO SOBRE ESSA EXPERIÊNCIA COM A MÚSICA NESSA DISCIPLINA? COMO AS ATIVIDADES ERAM DESENVOLVIDAS? E O QUE VOCÊ ACHOU DESSA EXPERIÊNCIA?
2.3 DURANTE TODO O TEMPO EM QUE VOCÊ ESTUDOU NO EJA. O QUE VOCÊ MAIS
APRENDEU RELACIONADO À MÚSICA? PODE CONTAR SOBRE ESSA EXPERIÊNCIA
IMPORTANTE? (pode ser uma aula formal, ou momento informal com os
amigos/colegas, nos intervalos).