o trabalho, sua evolução e estatuto no ocidente
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1. O trabalho, o ócio e o negócio
Definição antiga: vem da palavra latina – tripalium.Significava instrumento de tortura com três estacas, utilizado na Roma Antiga o que demonstra a sua ligação com punição e sofrimento.
Só a partir do séc XIX é que os socialistas e os movimentos operários passaram a considerar o trabalho como esforço para dominar a Natureza, fonte de riqueza, dignidade e direitos sociais, relacionando-o com a ideia de progresso social
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Definição atual:Trabalho: consiste na realização de atividades produtivas ou criativas para se atingir determinado fim-satisfação de necessidades humanas- implicando gasto de esforço físico e mental.
Tem existido uma variação ao longo dos tempos acerca do seu significado.
Para as religiões monoteístas: judaísmo, cristianismo e islamismo- trabalho era sinónimo de punição.
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Existiram no entanto outras opiniões que qualificavam o trabalho como uma atividade criadora, fonte de felicidade.
Consoante as culturas, a época e os contextos sociais, o trabalho foi respeitado, detestado ou simultaneamente amado e odiado.
Mas nem todos sofreram da punição do trabalho…
As pessoas que viviam do ócio (inação, preguiça, lazer, repouso, descanso), pertenciam a grupos sociais dominantes, detentores de poder e riqueza.
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A separação entre os dois mundos- o do trabalho e o do ócio -encontra-se relacionada com as desigualdades sociais.
O negócio associado ao trabalho, nega o ócio:- ócio: convívio e lazer- Negócio: trabalho nas atividade que visam a
satisfação das necessidades humanas
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Com o desenvolvimento da produção e do comércio e depois com a industrialização e globalização, os negócios alargaram-se a quase todas as atividades, às grandes transações, aos contratos e acordos comerciais.
Trabalho: séc XIX – com a industrialização, passou a ser Encarado como fonte de felicidade e gerador de riquezae também como sinónimo de dignificação, autonomia e libertação da “punição” originariamente estabelecida.
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2. A Divisão Social do Trabalho
1º Divisão Social do Trabalho
Pastores
Agricultores
2º Divisão Social do TrabalhoPastores
Agricultores
Artesãos
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3º Divisão Social do Trabalho
Pastores
Artesãos
Agricultores
comerciantes
Divisão do Trabalho por sexosEra diferente consoante as diversas culturas
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Grécia Antiga
Roma AntigaSociedades Esclavagistas
Romanos- instituíram as corporações-agrupamentos profissionais. Os artesãos trabalhavam em ruas e bairros independentes, transmitiam o conhecimento de pais para filhos e ajudavam-se mutuamente. Cada corporação tinha os seus costumes, rituais e festas próprias e eram protegidos por divindades. Esta instituição perdurou na Idade Média.
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3. O Trabalho. Da sociedade feudal à máquina a vapor
Feudalismo- 3 ordens: Clero, Nobreza e PovoPovo: trabalhavam a terra e produziam as roupas grosseiras e as ferramentas de Trabalho
A partir do séc XV, com o comércio colonial, o crescimento das cidades e o alargamento dos mercados, a divisão do trabalho acentuou-se, surgindo novas profissões ligadas ao comércio, aos transportes, aos seguros, aos câmbios e aos serviços de crédito.
Com a Revolução Industrial: o trabalho assalariado e a divisão social do trabalho intensificaram-se.Adam Smith: defendeu o princípio da especialização – a origem da riqueza das nações encontrava-se na divisão social do trabalho ( por profissões) e na divisãotécnica do trabalho (especialização em tarefas).
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Divisão social do trabalho
Sociedades tradicionais: as pessoas que trabalhavam dominavam os processos de produção do início ao fim, havendo poucas especializações.
Sociedades modernas: existem muitas especializações, que deram origem a grande interdependência económica, depen- diam muito uns dos outros, quer para o processo produtivo, quer para a satisfação das necessidades.
As revoluções agrícolas, tecnológicas e industriais dos sécs XIX e XX originaram novas divisões sociais e técnicas do trabalho, aumentos de produtividade muito acentuados, bem como alterações nos sectores de atividade e profissões.
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4. As condições de vida das classes trabalhadoras na Europa Ocidental (sécs XVIII e XIX)
Revolução Francesa (1789): reivindicação mais importante
Liberdade no trabalho, proclamada em 1791 contra as restrições que as corporações impunham (regulamentos muito precisos sobre quem podia ou não integrar uma profissão)
A liberdade no trabalho ( poder de os patrões contratarem os trabalhadoresque queriam) beneficiou essencialmente a burguesia ( detentores dos meios de produção ou capital)
A exploração do trabalho infantil e as péssimas condições verificadas nas indústrias durante o século XIX mobilizaram os trabalhadores a reivindicar leis que os auxiliassem e os protegessem contra os abusos.
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• Inovações tecnológicas na indústria, nos transportes e na agricultura• Liberdade contratual• Liberdade da propriedade privada
Capitalismo industrial
Proletariado Condições de trabalho e de vida muito duras:trabalhavam durante muitas horas, sujeitos ao calor, ruído, humidade e máquinas perigosas, o queprovocava uma grande sinistralidade no trabalho e uma reduzida esperança de vida.
Reivindicações: - 8h de trabalho diárias - segurança social - salário igual para trabalho igual - férias remuneradas - contratação coletiva
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Transformações laboraisManufatura Maquinofatura
Fonte de energia Manual Carvão
Unidade de produção Oficina Fábrica
Volume de produção Baixo Elevado
Preço Elevado Baixo
Quantidade Baixa Elevada
Mão-de-obra Artífice Operário
O trabalhador era um mero executante de uma função específica no processo de produção.
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• Taylor - método para a otimização do rendimento da fábrica
• Taylorismo (organização científica do trabalho).
5. A organização científica do trabalho: taylorismo e fordismo
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Taylorismo
• Divisão máxima do trabalho em pequenas tarefas encadeadas.
• A cada operário caberia executar repetidamente apenas uma das tarefas, que o trabalhador seguinte continuava.
• Deveria fazê-lo num tempo mínimo, em articulação com os restantes elementos da cadeia de produção.
• O resultado era uma produção em massa de objetos iguais (estandardização), produzidos em enormes quantidades, a baixo preço e virados para o consumo de massas.
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Fordismo• Primeira aplicação do
taylorismo – indústria automóvel.
Henry Ford (1863-1947)
Modelo T
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Produção em série
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Críticas ao taylorismo
• Desvalorização do trabalhador• Excessiva divisão do trabalho• Exploração do operário• Monotonia e desmotivação• Contestação, greves, absentismo
• Novas formas de organização do trabalho
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6. Tentativas de superação da crise dos modelos taylorista e fordista
Elton Mayo –Escola das Relações Humanas
Importância da coesão interna para a vida dos grupos
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Posteriormente surgem outras formas de organização do trabalho mais humanizadas:
• Rotação dos postos de trabalho;• Alargamento de tarefas e o enriquecimento da
atividade;• Flexibilização, quer da parte do trabalho quer da
parte do capital;• Direção participativa;• Círculos de qualidade
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O futuro do trabalho
• Com a globalização Grande diversidade de situações de trabalho
Nova Divisão Internacional do Trabalho
Países, anteriormente produtores de matérias-primas e de produtos brutos, se transformaram em grandes exportadores de produtos manufaturados com tecnologia incorporada.Ex: India, Coreia do Sul, China, Malásia, Tailândia, Brasil, México.