o tico-ticomemoria.bn.br/pdf/153079/per153079_1929_01246.pdf21 — agosio — j92& o tico-tico mÃes...

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PREÇOS: No Rio $500 Nos Estados. . . . S60O o Tico-Tico ANNo XXIV RIO OE JANEIRO. 21 DE AGOSTO 1929 Üm passeio desastpado NUM. 1.246 "—- i i_—________—__——_¦ II Lí æ~~ —~ræ—. I'___r_H rr^ \ _ y= jl==^y y y^y Lamparina ouiru dia tomou a trazeira de um auto- movei e. assim, clandestinamente, andou jxir varias ruas gozando differentes payságens. Mas. para as tantas, o automóvel mal dirigido pelo "chauffeur" virou um transeunte de pernas para o ar Uma vez derrubado no chão o pobre. . yy ?) B . . .mortal, o "motoYista" accelcrou o carro e sahiu numa carreira fantástica, com o escapamento aberto e a soltar fumaça como duzentas chaminés. yy r VL_ _ '¦¦ -_3 Em poucos minutos a rua coda era fumaça. Do automóvel não se via nem a sombra, apenas, quando o . ... vento começou a dissipar toda aquella fumaceira, ap- pareceu í gemer e a espirrar a desventurada Lamparina

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  • PREÇOS:

    No Rio $500Nos Estados. . . . S60Oo Tico-Tico

    ANNo XXIV RIO OE JANEIRO. 21 DE AGOSTO DÊ 1929

    Üm passeio desastpadoNUM. 1.246

    "—- i i_—________—__——_¦ II í ~~ —~r —.

    I' ___r_H

    rr^ \ _ y= jl ==^y y y^yLamparina ouiru dia tomou a trazeira de um auto-

    movei e. assim, clandestinamente, andou jxir varias ruasgozando differentes payságens.

    Mas. lá para as tantas, o automóvel mal dirigidopelo "chauffeur" virou um transeunte de pernas para o arUma vez derrubado no chão o pobre. .

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    . . .mortal, o "motoYista" accelcrou o carro e sahiu numa carreira fantástica, com o escapamento aberto e a soltarfumaça como duzentas chaminés.

    yy r VL_ _ '¦¦ -_3Em poucos minutos a rua coda era só fumaça. Do

    automóvel não se via nem a sombra, apenas, quando o .... vento começou a dissipar toda aquella fumaceira, ap-pareceu í gemer e a espirrar a desventurada Lamparina

  • O TICO-TICO 21 — Agoslo- 1929

    í IVUUWWifVW.

    \ VOCÊS\ querem\ aprenderl a lêr semí mestre.; PEÇAM A PAPAEJ QUE LHES COM-¦: PRE Q

    pato g, Paulo

    n &&$r --^^pâ pipa pepapai púpa

    pia púa pãopoáia piau

    'r-1 ¦ ¦ — ¦¦¦- ' *

    Jl 11 01 £ A

    i, O "LEADER" DOS SABONETES jj

    LOTO INSTRUCTIVOpor meio do qual apren-derão não só a ler eescrever, mas também

    outras coisas muitointeressantes.

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    RUA RODRIGOSILVA, Z —-RIO.

    SABONETETABARRA

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    ~U- *T~^ ^K**YJ^y>' ¦

    f MAPPIN STORES p^^Jl j )f CAIXA 1391 ~ S. PAULO T^ V

    CRIANÇAS!Pura or Vossas roupas bran-cas, vossos vestidinhos de interno nada existe melhor doque a famosa flanela ingleza ¦

    ClydeUa.Disei a vossos Paes quepeçam amostras deste tecido a

    LEIA M

    ESPELHO DE LOJA DE

    Al b a de MelloNAS LIVRARIAS

    Si cada sócio enviasse ã Radio Sociedade umaproposta de novo consocio, em pouco tempo ella po*deria duplicar os serviço; que vae prestando aos que,vivem no Brasil.

    /£/ "^ \\k( flrmrm) \>I\Á I hí\4.\ I I -II j /s/v-v y-J

    -...todos os lares espalhados pelo immenso ter-ritorio do Brasil receberão livremente o confortomoral da sciencia e da arte...

    RUA DA CARIOCA, 45 — 2" andar

    fl FfiDfl E 0 ItEKHflDORHavia, ha muitos annos, um lenhador muito pobre

    que tinha tres filhos. Todas as manhãs levantava-semuito cedo para ir ao matto cortar lenha, e levava com-sigo um sacco. Aconteceu que um dia, estando á cor-tar lenha, appareceu-lhe de súbito uma fada muito bo-nita que lhe disse;

    — Gostarias que esse sacco se enchesse todo iemoedas de ouro?

    Oh! seria para mim a maior felicidade! disse o íe*nhador. Mal acabou de pronunciar estas palavras a fadatocou com a varinha no sacco e este logo se encheu demoedas de ouro.

    O lenhador agradeceu muito á fada e disse:Espere um pouco que irei em casa buscar um outro

    sacco maior e voltarei mais depressa que um relampS"go. Mas qual não foi o seu espanto, quando cm vez deencontrar o sacco cheio de moedas de curo o encontroucheio de pedras. Muito triste voltou para casa arrepe11"dido de não se ter contentado com o primeiro.

    Quem tudo quer tudo perde,

    CARMEN G. DE ARAUJO

    "CINEARTE"

    E' A MELHOR REVISTA CINE-MATOGRAPHICA EDITADAEM LINGUA PORTUGUEZA.

  • 21 — Agosio — J92& O TICO-TICO

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    melhor lombrigueiro porquenão tem dieta* dispensa o

    purgante, não con*tém oleo, é gostoso

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  • O TI -C O-TI CO 21 ^.Agosto — 1929

    ¦3f ^HsO Nariz das Senhoras

    em Perigo

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    A"R initej/icca po/teriok:MUITO PEOR QUE A TERRÍVELOZBNA", É PROVENIENTE DOU/O DE CERTO/ PO' DE ARROZ,QUA/I /EMPRÊ CARO/ E POH-PO/ÂMENTE ANNUNCIADO/.0 , U50 E MESMO 0 ABUSO DO FAMOSO

    PO DE ARROZ L/IDY, JUSTIFICA-SEPORQUE, PELOS EXAMES MÉDICOSFEITOS EM PESSOAS QUE O PREFEREüE ADOPTAM HA LONGOS~ANNOS E NASOPERÁRIAS QUE O FABRICAM E MANU-SEIAM DIARIAMENTE, ESTÃO COM ASSUAS NARINAS SÃS, SEGUNDO OS AT-TESTADOS DÓ ILLUSTRE ESPECIALISTA

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    (PROPRIEDADE Dx\ SOCIADADE ANONYMA "O MALHO")Ítcdactor-Chcfe: Carlos Manhãcs — Diiertor-Gercnte: Antônio A. de Souza e Silva

    A*.sisn:i — Estrangeiro! I anno, (i0$000; o mezes, 35$«00;ÍA? assignaturas começam sempre no dia 1 do mee em que forem tomadas e serão acceltas annual ou semestralmente.'IODA A CORRESPONDÊNCIA, como toda a remessa de din heiro, (que pôde ser feita por valo postai ou carta registrada,

    com valor declarado), deve ser dirigida â Sociedade Anonyma O MALHO — Travessa do Ouvidor, 21. Endereço telegrapluco:O MALHO — Klo. Telepnunes: Uerencia: Norte. 1402. 1-Jscriptorio: Norte: D818 Annuncios: Norte, 6181. Otficlnas: Villa. 6217.Succursal em São Paulo, dirigida pelo Dr. Pünio Cavalcanti — Rua Senador FeiJÔ n. 27, 8» andar. Salas 86 e 87.

    ãcOQA*M __r >"^1 \*K **

    %SÈ&\UÜDOUMA VIRTUDE NECESSÁRIA

    Meus netinhos:

    Ha uma virtude necessária a todos 03meninos e para possui!-a vocês não preci-saíra de mais nada que querer. A virtude a:jue Vovô quer se referir c a paciência. Semcila, nem um só de vocês pôde vencer navida, tão cheia de tropeços e contrariada-des. Todos devem exercital-a sem esmo-reciniento e nunca dizerem, como certosmeninos, que não podem apresentar o ex-ercicio de calligraphia ou desenho, o tra-balho manual, perfeitos e limpos porquenão têm paciência.

    Os nossos avós diziam que com paci-encia e perseverança tudo se alcança. Ummenino sem paciencia. sem vontade realdc construir, de trabalhar, nunca poderáreceber louvores dos mestres nem dos seussuperiores. Vovô, uma vez, já contou a vo-cês uma porção de factos que a historiaguardou para mostrar o quanto valem a

    paciencia e a perseverança. Dentre essesfactos, vou citar o do frade, italiano, cha-

    mado Ferranio, que construiu, com pacíen-te trabalho, um canhãozinho de marfimdo tamanho de um grão de cevada. Um ei-dadão francez offcreceu á Academia de Sei-encias do seu paiz um grão dc trigo sobre oqual havia escripto um período com duzen-tas e vinte e uma palavras. No século XIIIum monge da Polônia deu-se ao pacientetrabalho de copiar toda a Jlliada, o bellopoema de Homero, num pedacinho de pa-pei que cabia dentro de uma casca de nóz.Um caíholico sueco foi visitar o Papa Pau-lo A' e offereceu-lhe 1.200 pratos de mar-fim, por elle fabricados, e tão pequeninosque, uns sobre os outros, não formavammaior volume que um grão de milho. Osanto sacerdote, ao receber tão interessan-te dádiva, offcreceu ao visitante, também,um exemplo de paciencia: — contou, umpor uni, todos os pratinhos de marfim.

    Como os exemplos que Vovô acabade dar a vocês ha outros, muitos outros,que todos os meninos devem imitar

    í ' ovo

  • O TICO-TICO — 6 — 21 _ Agosto — m>.)

    i

    OTICOTICO'J^Z^x \$êA+m~JX~~So-tf-iv

    N A S C I M E N T O S

  • 21 — Agosto 1029 — 7 — O TICO-TICO

    AVE MARIACaminho sob as arvores, na sombra que desce c envolve

    a minha sombra. Um sino, o sino da Gloria, bate Ave-Ma-ria. De súbito, os sons do sino acordam-me tia memória umahora longínqua, de um tempo que foi da minha infância.;

    Eu tinha sete annos. Morava na visinhança de unriigreja, a igreja de £lc»_â Senhora do Rosário. Todas as tar-líes; "nesta hora, uma voz meiga chamava pelo meu nome. Euapparecia. E minha Mãe, juntando-me as mãos ingênuasensinava urna oração para eu rezar. K ia nmrimirando Qíbm-migo: — O anjo do Senhor anmmeiou Maria. ..

    Ao pé, a Avosinha cega murmurava .tambem, com mi-nha Irmã: — O anjo do Senhor aimunciou Maria. ..

    Depois, a Avosinha. cega morreu. E, num dia de inver-no, a minha Irmã partiu de casa, dentro de um caixão, ves-tida de noiva, entre coroas. Disseram-me que tinha voífiado

    para o céo. .. Mais tarde (eu estava um homem. ..) beijeio meu adeus na creatura que me dera ao mundo, e vim parao mundo. .. Ella ficou, lá-longc. E sempre, ao ouvir a Ave-Maria na igreja de Nossa Senhora do Rosário, ha de pensarna filha e no filho que não tem mais. Uma, a morte levou.O outro, levou-o a vida...

    ÁLVARO"M

    O R E Y R A

  • O TICO-TICO 21 — Açjoslo — 1929

    OS TRES FI DE GABELLQ 00 DIABOCONTO MEDIEVAL DESENHO DE CÍCERO VALLADARES

    CAPITULO III.'f

    A estas declarações, o rei percebeu logo que omoço não podia ser outro senão o menino que nas-cera num folie, e tanto que perguntou:

    "Digam-me: esse moço não podia ir fazerlevar ! á^tw^m9mmmMUMimk^kmmm^mmmm9*

    perdi na' matta, muito grato me seria passar aqui anoite."

    "Infeliz creatura!" redarguiu a velha."Vieste ter a uma caverna de salteadores, que,

    se aqui te encontram, são muito capazes de te da-rem cabo da pelle!"

    um recadouma carta á rai^nha minha mu-lher? Dou-lheduas moedas d eouro por este pe-aueno trabalho

    "Quando Vos-sa Majestade qui-zer!" redarguiramde prompto mo-leiro e moleira

    Em seguidamandaram pôr apostos o moço Orei entretanto, di-rigia esta carta árainha:

    "Apenas o mo-co portador d'es-ta, ahi chegue, dá-te pressa em man-dal-o matar e en-terral-o em segui-da. o resto será

    , resojvido no meuregresso "

    O mocinho par-tiú com a carta echegou pela noitea uma grande matta; por entre a cscundão avistou uma luzinha.

    Seguiu nessa direcção e depressa pa-rou perto duma cabana Entrou e viu sentada umavelha, sósinha, ao pé d'uma lareira Ao vér o moçoficou transida de medo e gritou: "D'onde vens e pn-ra onde vaes?"

    "Venho do moinho" respondeu "e vou ao pa-facio levai uma cana á rainha; como porém me

    WÈÊÊt I IBifflífiHiSÊXjXI rTnCíJLWc^^ tÍA \T * - v-ÁÃ.^--^ %ÀFT ©J

    '.'¦ J^'JJ w—V.^têTV m3wíV-?KV^iT£á^^¦

    ' f"' ,l^*"' **¦¦--•¦' ¦mã" '.¦¦¦»¦¦*¦¦'¦ \ 1 K\jfc TV. 1j ^1^-vl.l ^^frW,' 71 1 B jf JM;

    — ifS^mÊlllt^m&/X- xl/M H \IWj liÀMl] ÍI^SHffl

    OS SALTEADORES

    APODERARAM-SE

    DA CARTA. ..

    "Venha quem

    vier, de nada mearreceio; estoubastante fatigadopara que possacontinuar a jor-nada." Ditas estaspalavras, sentou-se num banco eadormeceu.

    Dahi a poucoappareceram 'o ssalteadores queperguntaram irn-tados quem eraaquelle intruso

    "Ora" retorquiu a velha, é umpobre moço quese perdeu na mat-ta e a quem reco-Ihi por dó; foi en-carregado de levaruma carta a rai-nha "

    Os salteadoresapoderaram-se dac a rta, partiram-lhe o sinete e le-ram, vendo pelo

    conteúdo que, apenas chegasse, o por-tador seria executado. Esta arcumstan-cia tão mal os impressionou que o ca-

    pitão da quadrilha rasgou-a e escreveu outra em

    que dizia que apenas o portador chegasse lhefizessem o casamento com a princeza.

    (Continua)

  • NOSSOS AMIGUINHOS

    _______ ____r ________ _____K-4_________^ff *^___ itv

    sW^ _Ç* c&sr v

    WÊllw^mwi lifjír» •¦r" ^^^ _P^**^^"I ¦_____!>-__£—_:•». _ . - . -... -_^a-»3B__ __¦

    Vera AlvarengaTaubaté — São Paulo.

    A patrulha de escoteiros "Flor deLiz", de Belém, Estado do Pará.

    (m l* ^ kl(1 i ^m.*^ 1 ¦/

    Waldemar, Wanda, Maria deLourdes, Maria da Gra-ça, Maria de Nazareth

    e Antonio Armando;seis interessantes "gu-rys", dilectog filhinhos,

    do Sr. Alberico de AguiarBelém, Estado do Pará.

    Sà.! f$flà I ilfPil ___W\aa ______

  • âUBUM

    ._€0

  • HISTORIASD E

    N OS S APÁTRIA

    D. PEDRO II on segundo reinado

    w

    Padre» Diogo Feijó

    Sendo D. Pedro 2. aindamuito creança por occasião daabdicação de seu pae, foi o gover,-no exercido até 1840 por variasRegências. Entre os governosregenciaes mais enérgicos e pru-dentes devem-se distinguir os doP. Diogo Feijó e do Marquez deOlinda,

    Vários movimentos revolu-cionarios se manifestaram no pe-riodo regencial, sendo o maisimportante a longa luta civil de-nominada guerra dos Farrapos,que ensangüentou durante dezannos (1835-45) o solo do RioGrande do Sul. Foi chefiada porBento Gonçalves e suffocada pe-Ia bravura seguida de clemênciae magnanimidade de Caxias.

    Foi durante a regência quese transformou a Constituição,sendo promulgado o Acto addi-cional de 1834.

    Pelas leis o novo monarchasó devia assumir o governo aos

    (Desenho de Cicero Valladares).

    '

    Ce' r^0v ~*vG5C*

    dezoito annos. Começou poréma formar-se um grande partidoque desejava que o governo dire-cto de Pedro 2." começasse semtardar, mediante a declaração dasua "maioridade" pela Assem-bléa. Esse partido comprehen-deu em breve as pessoas maiseminentes, e o joven imperadorfoi declarado maior aos 15 annos.

    Começou D. Pedro 2." a go-vernar em 1840, e envidou logoesforços para pacificar definiti-vãmente o Brasil, proclamandoamnistia aos revoltosos politi-cos. Foi. porém, só depois de 5anqos que Caxias conseguiu apaz no Rio Grande, depois de suf-focar outras revoltas em S. Pau-lo e Minas.

    A ultima revolta politica queD. Pedro 2.° teve que suf focarfoi a "revolução praieira" dePernambuco em 1848

    jI

    Eá______ ¦¦ '¦ ¦ "¦ ¦____ ^^^^\ '-*¦' Ir mmmmW-^-—>__— V___* I ~HKv ~~*mmB*^

    IIMarquez de Olinda

  • O TICO-TICO 12 *- 21 — Agosto — 1929

    A intelligencia vence a fot*çaA onça andava desesperada com logros que lho

    pregava uma esperta raposa; e por isso tinha juradoapanhal-a, e fazer d'ella um festim.

    A tarefa, no emtanto, não era fa.il. A esperta raposa

    sempre conseguia escapar dos laços que a onça lhe ar--

    mava.Resolveu, então, a onça, montar guarda ao poço,

    onde a inimiga ia beber.

    A raposa, morta de sede, teve uma idéa: procurouuma colmeia e, espantando as abelhas, lambusou-s.

    bem de mel; em seguida, deitou-se em cima de umas fo-lhas seccas, que ficaram grudadas no mel, cobrindo-a com-

    plelamente.

    Onça, na tocaia, não viu passar a raposa, envoltaem folhas. A espertalhona bebeu á vontade; mas a água,derretendo o mel, fez cahirem as folhas, deixando-a semdisfarce.

    A onça avistou-a, então, porém já era tarde.A raposa ia longe, rindo-se d'ellaíD.e outra feita, a raposa encontrou o casco de um ja*

    boty morto.

    Occulta debaixo da larga carapaça, a sabida conse-guiu mais uma vez enganar a cr.ça, e beber água até ásaciedade.

    Quando a fera descobriu o embuste, era tarde; e, fu-riosa, jurou redobrar a vigilância.

    A raposa resolveu, então, pregar-lhe um tal susto,

    que a afastasse para sempre daquellas paragens...A' noite, escondeu-se nas prosátKJíJaâcs da furna da

    onça.

    Quando esta voltou, a raposa, fingindo a voz r.e outraonça, exigiu a repartição da caça que ella trazia.

    Onde estás? perguntou a onça.A raposa, que se escondera á beira de um pequeno

    regato, respondeu:Estou aqui tomando banho.

    A onça espiou no regato, e viu brilhando ao luar asua imagem muito augmentada.

    Começou a ter medo...Vamos vêr quem berra mais alto, propoz então.Aqui nau! pois c. i .mlai-i; tros a caç-i, e eu estou

    com fome. Vamos para a fuma.A fera entrou na furna, e começou a urrr.r...O echo respondia á sua voz, augmentar.do-a, aterra-

    doramente.

    A onça horrorizada com aquella rival, que tinha duasvezes o seu tamanho, e possuía uma voz tão formidável,fugiu para outras terras, deixando a raposa em paz.

    A raposa, então, para instrucção dos pastores, man-dou gravar á entrada da gruta uma figura allegorica, como lemma: A intelligencia vence a força..

    Gusmão A_reu.

  • 21 _ Agosto — 1929 — 13 —

    AS AVENTURAS DO 2 É

    0 TICO-TICO

    MACACO

    U In a i ií vêíi-são h e r r o r o § a

    FAUSTINA: RESOLVI O PROBLEMA,DA FALTA DC CRIADOSfEU CONSTRUI UM APPARELHOPRÓPRIO PARA LA I/ARA LOUÇA ¦..

    1QUE FELICIDADE! )

    í COflO ru es inrEL- I\uc,£firE.., \

    £ UM LAVA LOUÇA SYflCROH'SAOOE FALLAMTE. £' METAPHOtfC^^^--(^^y^rM^>^^^ jl___» OU' TBM UMA TAMPA' II ^J^^FF^mW ^^#5\ fsr.í/ow^^, "-^^^ -jP^V *"™> "** £ "M Processo

    *fÁ3 PARECE UMA MACiNA FAi F/w0« pE \^V_ 4W_X TVJrTi T ^"^^^

    "U^V1"^'' KE DAR UM PALITO? 2^(\V^ /^

  • O TICO-TICO — 14 —' 21 — Anoslo — 1929

    **;S© O Thesouro Encontrado §9;«**•O pciucno Oliverio e seu irmão Ar-

    lindo eram tilhos de um p< bre lavrador,a quem ajudavam nos trabalhos docampo, e ainda achavam tempo parairem a margem do rio,

    "onde pescavam

    peix nhos saborosos, ròm que augmeu-tavam seu parco jantar

    Como tinham um coração generoso,muitas vezes repartiam sua refeição comalgum pequeno mais pobre do que elles.ou iam levar alimentos aos enfermosque não podiam trabalhar.

    Com algum esforço a "pescou..."

    Uma tarde foram elles á margeio* dorio, bem agasalhados nos seus capotesde pelles, porque era inverno e estavamuito frio o tempo.

    Preparam-se para a pescaria do cos-tume, quando Oliverio reparou cm qual-quer cousa que boiava levada pela cor-renteza.

    Curioso de ver o que seria aquillo,desceu o rio, indo esperar um poucomais adeante a passagem do objectoque lhe chamara a attenção.

    O Arlindo o acompanhou ao lugar

    onde o rio formava um angulo e ahipuderam ver que se tratava de umabotija que ia sobrenadando.

    Com algum esforço o Oliverio a "pes-covi" para a margem do rio, veriíi-cando que ella estava muito bem arro-lhada, lacrada e tendo um papel no in-terior

    Levaram-n'a para casa, entregando aao pae que havia regressado do traba-lho e lhes explicou:

    — Os marítimos têm o costume deconfiar ás ondas mensagens dentro degarrafas bem fechadas para que a aguanão penetre nas mesmas, fazendo-as irao fundo As vezes é urna cousa semgrande importância; outras vezes é umped'do de soecorro, eu qualquer um ou-tro appello á solidariedade humana. Ve-jamos o que contem esta.

    Assim dizendo, quebrou a botija queestava recoberta de uma camada delimo, demonstrando haver sido atiradaás águas ha muito tempo.

    Havia no seu interior tres folhas depape-l bem enroladas Uma dellas cnuma espécie de mappa ou roteiro, e asduas outras escnptas em uma lirguaque o pae dos meninos não conhecia.

    Lembrou-se, então, de as levar aocura da aldeia, homem versado em di-versos idiomas e que traduziu logo oque vinha escripto nos papeis em latine em crabe.

    Era o roteiro de um thesouro oceul-to em uma ilha perdida no archipelagode Sonda.

    Acontece que o cura tinha um irmãopiloto de um navio mercante, que an-dava sempre por aquellas paragens, equando estava no porto vinha á aldeiavisital-o.

    Não tardou que seu navio chegassee elle apparecesse na casa do cura quelhe mostrou o roteiro, perguntando siconhecia a ilha ao qual se referia odocumentro encontrado.

    O marítimo a conhecia e promptifi-cou-se a levar até lá o pae do Ol verioafim de procurar o thesouro, cujo es-conderijo a sorte lhe indicara.

    Realmente, chegando á ilha e no lo-

    gar assignalado no roteiro o pae do 0!i-verio encontrou, sob uma pezada pedra.um cefre cheio de moedas de ouro ede pedras preciosas.

    Sua mulher e sua ilha ficaram sur-prezas, quando elle regressou da ilha, tra-zendo um pretinho que muito se lheaffeiçoara ali e era o portador do so-lido cofre.

    Está claro que o cura, que traduz tios documentos, recebeu uma generosaofferta para o concerto da sua ermida,o piloto do navio também teve sua re-compensa e os pobres da alde a foramos mais felizes, pois os dois meninospediram ao pae que construisse um ai*

    Sua mulher e sua fiiha ficaram sur-prezas...

    bergue para os acolher, e onde fossemcarinhosamente tratados.

    Os dois meninos estudaram e foramdepois dos grandes médicos; e o ai-bergue ficou transformado em hospitalonde elles curavam os doentes, auxilia-dos pela irmãzinha que se fez enfer-me ira

    Aquelle dinheiro enterrado na ilhadeserta, talvez por alguns prratas, teveum optimo emprego nas mãos gênero-sas do bom lavrador guiado pelo cora-ção cheio de caridade dos seus filhosqueridos.

    TRANCOSO.,

    ff«iiii3!iii^ iiiiiii!Iiiiiiiiiii!!íiiii;!íi'Ií;|':!;:niii!1iiiiiii:í!i Dl iiiiiiiiiiiiiiiiiimiiHiuiyiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiMiiiiiiimitiiiiHiiiiiiiii ra

    Um exemplo d** .Perseverança e trabalhoPassando um dia pela praça Antônio Prado, jur>to

    á Redacção do "Diário Popular", notei um rapazinhoque muito attento lia um jornal e, apesar de mal trajadoe de condição humilde, deixava transparecer na suasympathica physionomia uma grande força de vontade.

    Observava-o já ha algum tempo, quando em dadomomento vi que seus olhos illuminavam-se n'uma gran-de alegria; depois eil-o a correr como doido em direc-ção a uma conceituada casa de fazendas numa rua mo-vimentada da cidade; detem-se, porém, e enleiado hesi-ta cm transpol-a, mas, impulsionado talvez por uma idéafixa entra de chofre e, dirigindo-se ao chefe, exibe umannuncio que o levava alli.

    O negociante vendo-o tão pequeno, despede-o logodizendo:

    — NHo serves, és ainda um "pirralho"...

    — Oh, senhor!! supplica-lhe o pequeno com osolhos lacrimejantes, experimentae primeiro, si não ficar-des satisfeito, então mandar-me-eis embora, não tenhopae e minha mãe morre á mingua.

    Inflexível, porém, despede-o o negociante e agora,triste c desanimado, vae voltar á sua mansarda, quandosúbito sae a correr para a rua uma filhinha do negocian-te que brincava á porta; de repente, numa carreira des-enfreada, surge um auto-caminhão transporte que teriaesmagado irremediavelmente a interessante menina, senão fora a prompta intervenção e sublime abnegaçãod'aquelle que momentos antes houvera sido tão deshu-n>".namente escurraçado pelo homem que, tocado agoraem cheio no seu coração de pae, entre agradecido e com-movido dava-lhe prazenteiro o emprego desejado..

    Z. R. Phillips

  • 21 — Agosto — 1920 — 15 — O TICO-TICO

    \J'rn RaiD reo atrav^ez Do/>Hanhco

    JOGO DO Tf CO Tf CO 1

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    (pi pf) Ç A (ÇHIQUIUHOJ ÍCAt=tRAPICHo/ ( JUJUBA (Z£>\ACACOy

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    ALFINETE

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    ROLHA Sm »A» él• 1• ^

    MODO SIMPLES E PRACTICO DESE OTILiSAR: o AER£OPLANO

    ESTE. JOC,0 ,È SIMPLES E A EXEMPLO DO JOC^O DE OQSTA-t

    CULOS (fcORRlDA^ JA PUBLICADO, SAÕ UT|Li5ApO§ pOlS

    DADOS PELOS PARCEIROS

  • O TICO-TICO — 16 — 21 — Afloslo 1929m mARARA MIRIM

    (LENDA INDÍGENA)

    A taba selvagem estava sitiada pelos guerreirosbrancas, que tinham vindo de terras longínquas nas suasgrandes pirogas que o vento trouxera, soprando nos lar-gos pannos abertos.

    Reunira-se o conselho dos velhos da tribu, sob a pre-sidencia do pagé, cm volta da fogueira para se tomaruma resolução.

    E só havia mesmo resolução: resistir até a mortecompleta de todos, inclusive mulheres e crianças que se-riam sacrificadas para não cahirem prisioneiras nas'mãos do bárbaro inimigo que as faria suas escravas.

    O cacique lembrou que se poderia escapar abrindoum buraco longo, que fosse, por baixo da terra, levai-os além do cerco.

    Não era fácil a empreza. Não tinham com que ca-var a terra e poderiam encontrar adeante uma lage quelhes tomassem o caminho.

    Só resta resistir e morrer matando; sentcn-ciou com ferocidade o pagé.

    Nesse infante saltou do alto de um galho de arvo-re, cahindo no meio do conselho dos velhos da tribu apequenina figura de Arara-mirim, o indiosinho que seadornava com as pennas verde-azues da arara e tinha aagilidade do sagüi pulando de galho em galho das ar-vores mais altas.

    Ergttcram-se todos promptos a castigar o atrevidointtuso que viera perturbar as graves decisões do consc-lho dos velhos.

    Oiçain-me primeiro e depois me castiguem, siquizerem, disse o pequeno selvagem, recuando a tempode se livrar de um golpe que o cacique lhe atirara á ca-beca.

    ¦— Fala! Ordenou o pagé, sentando-se novamente.Venho do acampamento dos brancos e os vi pre-

    parando a terra negra que põem dentro das suas ar-mas e que estronda como o trovão e vae levar a mortemais longe que a mais ligeira setta.

    E que viste mais? indagou o cacique intcrcs-sado.

    Vi mais que elles guardavam a terra preta emIgaçabas dc madeira de onde a retiram depois, enrolan-doa cm pacotinhos. Consegui quando elles dormiam,

    ?a-retirar tres desses pacotinhos que te trago aqui, óbio pagé, para veres de onde é essa terra negra.

    Dizendo isso entregou tres pequenos cartuchos depólvora que havia trazido do arraial dos brancos.

    O pagé abriu um delles cheirou, provou a pólvorae, desesperado por não poder dizer de onde provinlutaquella terra fina e negra como o tijuco dos mangues,atirou o cartucho etitreaberto na fogueira.

    Uma labareda vermelha ergueu-se rapidamente edesappareceu, deixando em seu lugar uma columna defumo esbranquiçado.

    — O fogo é contra elles; disse o pagé, porque con-some rápido sua invenção de morte, e, deixando aperja-,fumo. sobe ao céo, como uma alma que fosse pedir per-dão a Tupan dos males que espalhou na terra: a morte,a prphandade, a miséria e o luto.

    Quando elle se voltou para perguntar do pequeno in-dio se vira mais alguma cousa já elle ia longe, a correr,levando nas mãos um bem vivo facho resinoso que tira-ra da fogueira.

    Corria em direcção ao acampamento dos brancos edesappareceu em breve na escuridão da noite.

    '— Que iria fazer o pequeno? perguntavam, uns aos

    outros, os velhos do conselho da tribu, quando um clarãoavermelhado illuminou parte do céo, como si fora umrelâmpago de longa duração.

    Instantes depois um estampido formidável se fezouvir semelhando o trovão em noites de tempestade.,

    Depois mais nada; o silencio.,

    No dia seguinte se soube que do acampamento dosbrancos não restava senão ruinas e cadáveres mutilados.

    Do pequeno Arara-mirim tambem nunca mais sesoube porque elle nunca mais voltou á taba de onde par-tira naquella noite, a correr, com um facho resinoso ebem vivo nas mãos.

    Diz, porém, a lenda que na madrugada do dia cmque a tribu se viu livre do cerco do inimigo branco pas-sou voando minto alto, muito alto, uma pequena araraverde-azul, que se perdeu nas nuvens, como a alma deum pássaro cansado que fosse repousar no seio de Tupan.

    E. Wanpeuley.

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  • 21 — Agosto --¦ lí)_í) -- 21 — O TICO-TICO

    fí AXÍM BfíWN.PÍPOQU C \PiPOCA.âUERO UMA ClM-PE2A NESTA"GrERiMõ-ONÇA"VOU DAR UM PASSEIO DEAUTOMÓVEL'St*

    UE, ISTO se ., PATRÃO.esta' 11 Qug lasTMA \CHAMA'TOMOVE* (rALTANDfl O^ZO J \AQu, naC „a )-T- ~p\\~ mao sabia] |jjn^^^ I Boresu/N^ ^

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    NEM COM PARATY ISTO \ UM bEu-0 passeio JVAI ABIANTÇ, O MOTOR. ESTRA

  • O TICO-TICO - Zl 21 _ Agosto — liü.

    UM POR TODOS E TODOS POR UMChovia torrcncialmente.Ao sahirmos da sede, tivemos ensejo de ver unia

    triste occorrencia.Vários meninos apedrcjavam-sc uns aos outros

    sem respeitarem as pessoas que passavam.Uma pobre mulher serviu cie alvo ás pedradas,

    ouvindo-se gritos agudos misturados com os pedi-dos de soccorro de uma criancinha que a acompa-nhava.

    De todos os lados surgiram pessoas de todasas camadas sociaes. A pobre senhora fora ferida numadas vistas, por uma pedrada que àttingirá os óculos epartira um dos vidros. Todos os meninos fugiram commedo.:

    A policia tomou conhecimento do facto; e in-ierrogpu a todos, investigando quem tinha sido o au-tor da pedrada.

    Notei que Danisk tremia como vara verde poroccasião de ventania, e estava pallido como um im-paludado. Danisk é um aspirante de Patrulha doOjato; é um excellente escoteiro, porém, seu únicodefeito é não se aceusar das travessuras que faz.

    O chefe tem feito os maiores esforços para cor-rigil-o, mas nada tem conseguido.

    Baixote é outro aspirante muito amigo de .Da-nisk; andam sempre juntos, ambos trocam idéiasconstantemente.

    Accusa-te Danisk; é uma covardia deixar quenutrem soffra injustamente, dizia Baixote..

    Rias não foi proposital, respondeu Danisk,pallido, tremulo.

    E' dever do escoteiro, continuou Baixote..- Xão tenho coragem...

    Animo, animo! Sou teu amigo e o que sof-

    freres, sofírerei tambem. Aproximamo-nos da vieli-ma. Danisk quasi desmaiava

    Vamos Danisk, nós te defenderemos, disseBaixote agariando-o pelo braço. Vinte e tantos cs-coteiros rodearam-nos. Um guarda civil appareceue Baixote apresentou Danisk que se aceusou. A «mui-tidão, revoltada como estava, tentara castigar phy-sicamente o nosso irmão, mas o Chefe que surgiu naoccasião protestou:

    "Cem pessoas para castigar uma criança?!Para traz covardes!... A autoridade presente saberápunir o culpado". Dirigimo-nós á uma pharmacia paraonde havia sido recolhida a victima.

    Sentada numa cadeira estava a victima que re-conheci ser nossa vizinha.,

    Jogavam-me pedras, procurei defender-me pa-gando na mesma moeda, mas... fui infeliz. Não pre-via que me suecedesse tão mal. Não foi de propo-sito.

    ü povo gritava que pedisse perdão e o Chefe pro-testava que

    "quem tem coragem de se apresentar, ac-cusando-se, não tem precisão de ser humilhado".

    Danisk curvou-se junto á victima e pediu per-dão.

    Estaes perdoado, menino, disse a victima. Te-nho consciência de que não fizeste de propósito.

    Danisk abraçou a victima chorando. O Chefe, áum silvo, reuniu-nos todos e fallou:

    Qual dc entre vós, cm caso semelhante, nãoteria coragem de agir como agiu o nosso irmãoDanisk? Todos respondemos afirmativamente de quefaríamos o que o nosso irmão acabara de fazer.

    Conduzimos Danisk em cha rola para a sua casa.

    ASPIRANTE.

  • 21 _ Agoslo — 1929 — 23 — 0 TICO-TICO

    O gato sempre foi inimigo do rato.Contam-se muitas historias v. respeitodessa inimizade, como, por exemplo, ade que o rato roeu uns importantes do-cumentos que asseguravam a liberdadedo gato...

    O caso é que são inimigos de longadata, e, sendo o gato o mais forte, orato sempre sáe perdendo na luta, amenos que não empregue a astuciapara, se não vencer, ao menos afu-gentar seu feroz adversário.

    Entre as boas qualidade que o gatotem, como sejam seus hábitos hygieni-cos lavando a cara todas as manhãs,(embora com a própria saliva), mestrebichano tem o mão costume de furtar,o que entre os homens elegantes c se-nhoras de boa sociedade toma o sonoronome greco-latino df* "kleptomania".

    As copeiras e coznheiras. principal-mente, não perdoam ao gato esse feiovicio.

    Mais de uma dellas tem ficado sema melhor parte do lombo... de porcoprompto para ir ao forno, ou sem aspostas do peixe já fritas e pouco antesde irem para a mesa, surripiadas pelaagilidade de unhas do senhor gato.

    Foi por isso que unia cozinheira, maisvingativa que as outras, apanhandoserta vez o gato em flagrante delictode furto, atirou-lhe com uma caçarolaquasi cheia de agua a ferver, que ode xoti "escaldado" para o resto davida.

    Quando a ratar'a soube do casa pu-lou, guinchando de coníentc:

    Foi pouco! — dizia um.E' muito bem feito! — concor-

    dava outro.Pena é que não fosse ha mais

    tempo! — lamentava ura terceiro.Se nós arranjássemos também um

    pouco d'agua a ferver para lhe atirarsempre em cima, seria bem bom. lem-brou um camondongo

    GATO

    ESCALDADO...Nem penses nisso; aconselhou um

    rato velho. A agua fervendo é umacousa muito perigosa.

    Eu tive unia idéa! — exclamou«ra ratinho catita muito esperto e quepassava por ser int ei li gente.

    Qual é a idéa? — indagaram to-dos de uma só vez.

    E' smples. Perto das prateleirasda dispensa passa o encanamento dechumbo que leva a agua para a co-zinha...

    E que tem isso ? interrompeuinna rata impacien.e e curiosa.

    Deixem-me acabar o que ia di-zendo: Podemos roer o cano de chum-bo fazendo-lhe um buraquinho que setapará com cera. Quando o gato appa-recer tira-se a cera e um esguichod'agua vae lhe cahir em cima.

    Mas é agua fria e elle não se in-commodará com isso, obtemperou um.

    •— E' o que você pensa. Elle nãogosta d'agua fria, e com a idéa daagua quente que lhe atiraram, vae sentira agua fria como se estivesse a ferver.

    Não creio; disse um rato pelladoe muito incrédulo.

    Não custa nada experimentar; ex-plicou o catita que tivera a idéa.

    Pois experimentemos! — concor»daram.

    Acceita a proposta começaram a roero cano da agua com os dentes aguça-dos e finos.

    Cuidado com esse chumbo; recom-mendou um rato velho e experiente.

    Cuidado por que?Porque vocês podem engulir ai

    guns pedacinhos e isto é venenoso.Dentro em pouco estava o cano com

    um orifício de onde esguichou a agua.Bota a cera! — disseram.

    E a cera foi posta no logar, vedandoa agua.

    Estava tudo preparado á espera dogato

    Aoi anoitecer elle entrou na dispensaá procura de alguma cousa para furtar,ou dc algum rato para comer.

    Mal .chegou, porém, perto de uma dasprateleiras, um jacto de agua lhe foidireito ao focinlio.

    Mestre bichano soltou um miado dedôr e deu um prodigioso salto paratraz, — aquelle celebre salto que ellenão ensnou á onça, e de que se valenas oceasiões perigosas.

    Os ratos que- tudo viram, acharammuita graça no medo do gato, quenunca mais voltou á dispensa.

    Não lhes dizia eu? — perguntava,todo ufano, o ralo catita autor da idéa.Fiquem sabendo que "gato escaldadoaté da agua fria tem medo!..."

    E a phrase ficou.

    M. MAIA

    rv o JLuizinho depois de chegar da escola foi passear no

    jardim, para sentir o aroma suave das flores, que mui-

    to aprecia.Cansado de tanto andar senta-se em um banco^ àz

    pedra em baixo de um lindo caramanchüo de roseiras

    e contempla as bellas flores.Depois de olhar as lindas rosas levantou-se pari

    colher uma, com o fim de fazel-a presente para a sua

    Mãe. Hesita na escolha, pois não só as rosas como to-

    das as flores do jardim, eram verdadeiramente lindas

    e encantadoras. Por fim, escolheu uma linda rosa; e ia

    apanhal-a, quando esta lhe falou:: "Já devias ter-me co-

    lhido a mais tempo, pois eu sou a rainha das flores, sou

    a mais bella. Distinguem-me pela minha linda côr e

    cl i madorável perfume; sou, como vês, a preferida para pre-sentes; leva-me á tua mamãe e ella se alegrará comti-go". Neste momento um lirio branco impediu que Lui-zinho a colhesse e disse as seguintes palavras:

    "De que serve a belleza da rosa? Eu represento

    com a minha brancura a pureza; as donzellas me es-colhem para enfeitar o altar da Virgem".

    Neste momento Luizinho para e pensa.E em que pensa elle?Pensa na pureza angélica de S. Luiz Gonzaga, seu

    terno protector, que em breve o arrebataria para o céo.

    Maria - Thereza Velasco

    L^s*

  • O TICO-TICO — 24 —. 21 _ Agosto — 1929

    COLLÀBOEàÇàOESPERANÇA

    Esperança! Palavra consoladora!!!Em meio das maiores desgraças, é sempre a espe-

    rança nossa companheira preferida.Abençoada, palavra, ultima cousa que' nos abaü-

    dona.Sendo assim, vencemos ciuasi sempre; embora

    a 'desgraça nos fira, nos persiga, é porem mais forte,mais altiva do que ella, a esperança' —

    Quantas vezes os paes, vendo um de seus amado?filhinhos sobre um leito, gemendo de dôr, dizem:— Temos ainda esperança, que o nosso filho sesalve....

    Os pobres, esses coitados, não tendo dinheiro paracomprar o necessário alimento para si e para os ido-latrados filhos, dizem que ainda têm esperança que asituação melhore.

    , E" por isso a esperança a palavra consoladora,que todo3 em geral a conhecem. .

    Os amigos, consolam o companheiro, que perde uum parente estimado que lhe fará muita falta e di-zem-lhe:

    — Si tiveres fé em Deus e muita esperança tudov enceras, embora lutes com difficuldade.

    Outras vezes, morre o chefe de uma familia, que,por lutar para sustentar seus filhos e mulher, não lhepoude deixar montepio. Ahi a esposa é consolada, no-vãmente, com a palavra esperança.

    E' por isso muito apregoada, esta bemdicta qua-dra popular, pois em poucas linhas e palavras, nos en-pina que não devemos perder a esperança, seja qualfôr a desgraça:

    Mesmo quando de ferir-nosA desgraça não se cança;Entre as dores mais acerbasNunca se perde a esperariça.

    Norma da Rocha Lemos._

    O MENINO GULOSO

    Cadinhos era um menino de bons sentimentos,meigo e intelligente, contava apenas tres annos.

    Sua mama, sempre carinhosa, ensinava-lhe cou-sas bellas e dava-lhe uteis conselhos.

    Cadinhos, sempre bomzinho, attendia com ummeigo sorriso a aflorar-lhe aos lábios.

    Um dia o avôzinho lhe fez presente de um lindocavallinho e como o garoto nada respondesse, a ma-mã lhe advertio. — Oh! filhinho, quando nos pre-sentcam, devemos sempre ser gentis, agradecendo aquem nos obsequiou.

    Certa vez a mãe do menino fora convidada pnrao anniversario de uma amiga.

    Lá chegando, a senhora offereceu ao garoto umbello prato dc doces, do qual o pequeno Carlos ha-yía tanto gostado que nem se quer se lembrava, dedizer muito obrigado; c quando a mamãe lhe per-guntá: — Não dizes nada, filhinho? — Sim, mamãe,respondeu. Quero mais outro docinho.

    HAYDÉE

    LIVRO

    Era esfarrapado, sujo c apodrecido, jogado pelarua, o pedaço de panno, que agora é uma podridão,mas que já foi uma camisa, uma blusa, já teve em-fim sua utilidade, mas com o tempo, foi se rasgan-do, c, agora é o trapo roto que o vento faz rolar pelasí uas.

    Passa pela rua um homem, descalço e todo ras-gado com um saquinho ao lado. E', o trapeiro.

    Tudo o que acha pela rua vae catando, isto é, sóergue do chão os trapos sujos. Depois de cheio o seusaquinho, leva-o para a fabrica, onde uma machina otransforma no liso papel no qual escrevemos.

    Eis a historia do papel!...Folha por folha, juntas, cosidas c encapadas com

    papelão ou papel, são impressas e depois vão para alivraria onde são vendidas, como livro. O trapo rotoainda não deixa de ser útil. É' transformado cm li-vros que vêm formar a cultura dos homens de le-trás, cs homens sábios. O livro é o uosío melhor mestre,c elle que nos ensina.

    ABELE.

    * * *

    OS ORPHÃOZINHOS

    Era uma gélida noite de Anno-Bom; a neve ca-hia sem cessar, envolvendo no seu niveo manto osmontes, as arvores, as casas. Sentados na calçadade uma movimentada rua, dous pequerruchos, acon-chegavam-se um ao outro para melhor se aquecerem.O menorzito chorava com fome... O outro, que pa-recia ter uns sete para oito annos, estendia a mãozi-nha arroxeada pelo frio aos transeuntes, pedindo-lheíum obulo, porem ninguém attendia... Passavam to-dos depressa, envolvidos cm confortáveis casacos epelles sem olharem ao menos para os dois pequenitosque tremiam de frio ali na calçada...—"Uma esmolinha por amor de Deus! — sup«plicava a misera criança — não temos mãe nempae... dae-nos um pedacinho de pão; desde cedonada comemos..." E a multidão passava indifíeren-te. O inverno não só tinha gelado os campos e rioscomo tambem o coração empedernido daquelles im-piedosos. —

    Cansados dc pedirem sem nada obterem, os po-brezinhos encaminharam-se para a Egreja.

    Sua mãezinha, quando viva, sempre lhes cnsi-nava a orar e dizia que recorressem á Deus nas af-flicções; cheios de fé se foram elles implorar a pro-tecção divina. — Sentaram-se nos degraus da esca-da e ahi adormeceram. Na manhã seguinte, quando oparodio da' cidade veiu abrir o templo aos fieis, dc-parou com duas crianças abraçadas c que pareciamadormecidas, nos degraus da escadaria. Chamou-ase não obteve resposta. Apalpou-as c viu que esta-vam geladas, arroxeadas, com os louros cabellos sal-picados de neve...

    Deus ouvira a prece dos orphãozinhos, e lhesabrira as portas do céo, onde agora não padeceriamíome c nem sentiriam mais frio. —

    LILITA SOLANGE.

  • 2 l _ Afioslo — 1929 25 — O TICO-TICO

    fl CHRÍ-flÜ B flHa industria e na lenda

    A palmeira de cera, como é chamada no Norte af:arnaubeira (copernica cerifera), é uma palmeira de cau-le cylindrico, de dez a quinze metros de altura, com umpalmo mais ou menos de diâmetro, terminando por uma co-rôa de folhas, apalmadas em forma de leque.

    Desta arvore preciosa tudo se aproveita: caule, ra-mos.. flores, fructos, até as raizes.

    O seu principal producto é a cera que tem muitosusos, principalmente para velas de illuminação, e e ti-rada de um pó escamoso. leve e amarellado que cobreas folhas novas.

    Estas mesmas folhas se prestam aos mais variadosmisteres. Da fibra que delia é extrahida se fazem cor-das, vassouras, esteiras, abanps, peneiras, redes, cestos,jacas, e até chapéos. A palha secca serve para cober-tura das cabanas e palhoças, e para o enchimento dascangalhas e até colchões. Nas grandes seccas servepara o alimento do gado.

    A sua madeira, rija e dura, tem muitas applica-ções na marcenaria e nas construcções. As cabanas epalhoças são construidas exclusivamente com traves,caibros e ripas tirados da carnaúba e a parte superiordo tronco chamada garganta, serve para moirões decerca.

    O pedunculo floral, quando em desenvolvimento,produz um sueco adocicado, que é agradável refresco,e que fermentado e destillado produz uma bebida ai-coolica.

    Os fructos ainda verdes, fervidos e amolecidosn'agua, servem de alimento. Maduros, os fructos têmuma côr negra brilhante. São constituidos de um pe-queno coco duríssimo de uma delgada camada fibrosaimpregnada de uma polpa adocicada que é comestivel.O coco torrado e moido como se faz com o café produzuma bebida.

    i Araiz, reduzida a cinzas, produz um sal, contendosódio e potássio, que tem o mesmo emprego que o salde cozinha commum.

    As arvores novas produzem um palmito comestivel,que reduzido a massa, fornece uma farinha semelhanteao sagú.

    Os indios tinham a carnaúba na conta de arvore tãopreciosa, que lhe davam uma origem sobrenatural.

    Conta uma lenda, que um chefe poderoso que pos-suia todo o paiz. tinha quatro filhos.

    Pela morte do chefe, as suas terras foram dividi-das pelos quatro filhos.

    A um coube o paiz que ficava ao norte; ao segundotocavam as torras que ficavam ao sul; ao terceiro, asque olhavam para o poente; e ao quarto, as que fica-vam ao nascente.

    Feita a divisão, cada um reuniu a sua familia epartiu em demanda das terras que lhe tinham tocado.

    O que recebeu as terras que ficavam ao nascente,caminhou durante muitos dias, percorrendo leguaes <léguas sem nada encontrar senão prais arenosas, terre-nos pedregosos cobertos de magras plantinhas, emfin:desolação por toda parte.

    Desesperado, o selvagem supplicou a Tupan, lem-brando-lhe os sacrifícios que sempre lhe fizera, e pedin-do que se apiedasse da penúria que estava reduzido coma sua familia.

    Ao amanhecer immensa foi a sua surpresa, ao vera terra a perder de vista, coberta de palmeiras de cau-le esguio coroadas de uns ramalhetes de plamas verdes.

    Comprehendeu que era um dom de Tupan, mas co-mo por mais que rebuscasse, não comprehendesse a uti-lidade d'aquellas arvores, tornou a supplicar ao seuDeus.

    Appareceu então Tupan e lhe disse: "Applica aestas arvores o teu engenho, com ellas obterás a casa,a luz, a cama. o alimento e as vestes".

    E assim foi. Do tronco e das palmas, fez a cabana,com as folhas se vestiu, fabricou suas redes cestos epeneiras; com as flores, os fructos e as raizes se ali-mentou; com a cera a luz para as longas noites de inverno.

    Maria Ribeiro de Almeida

  • O TICO-TICO — 26 — 2\ — Agosto —• 1929

    in" cr oCerta vêz, á beira de um lago estavam brincando

    ^ois anjinhos extraviados do céo. — Eis que um cie-satov. a chorar convulsivamente.

    "Porque choras?" indagou o outro. Não temasque regressaremos ao céo sem novidade. Talvez oarchanjo Gabriel já ande á nossa procura, pois ha trêshoras que sahimos do paraizo.

    E' verdade, mas, esperando-o, que fazemosneste lugar so-itario? — 'Recordemos o passado,quando éramos na terra. Nao te lembras?

    E o anjinho falou:"Eu era uma creancinha que morava em um

    lindo palácio cercado de arvoredos e flores, rodeadode tudo quanto era mais bello no mundo; certa vêz,minha mãe trouxe-me um rico livro de historias comfina encadernação e com meu nome na capa, gravadoem letras de ouro. Apreciei muito este livro. Aindame lembro da historia da princeza escantada, que mo-rava num castello de ouro, no fundo do mar. O cas-tello era encantado e ninguém conseguiu desencan-tal-o. porque não sabia o segredo da juventude. Aprinceza está velha, só tem ossos cobertos de pelle,mos basta n'ella pôr o pózinho da juventude para queo cartelic e dragejes de súbito desappareçam, e a piin-ceza recobrando sua côr e viço, estenda os roseos bra-ços para seu libertador. Mamãe tinha tanto pó de ju-ventude para conservar a pelle!...

    Um dia tirei sua caixinha de pó, e encaminhei-mepara o mar. Havia de descobrir o castello! Depois deolha»- muito tempo para a agua, pensativo, comecei aimpacientar-me. Pulei ao mar, e nada de castello...Só via e ouvia o debater das ondas contra os roche-dos. Pai-saram-se alguns minutos, e desanimado que-ria voltar á terra, mas deablde, foram inúteis todos os

    ' *J.

    esforços, e me afoguei. Depois de encontrado meucorpo, meu caixão veio para o céo boiando nas lagri-nris de mamãe. Fazem cinco annos... ainda tenho namão o pózinho da juventude... não pude jogal-o forapoor causa das lagrimas de mamãe, mas agora, que ellame esqueceu um momento, vou abrir minha mãozinliaque tenho fechada ha cinco annos... O outro anjinhoviu então cahir da mão do primeiro um pózinho ama-rello e brilhante".

    "E tu? Porque morreste?''Eu... eu era pobre... não tinha pae... morava

    com minha mãe numa cabana miserável. Morri de de-sejo...

    "be desejo? ' — "Sim, de desejo de fazer umvestido para mãezinha, coitada!... um vestidoo com osfios de prata da lua... mãezinha estava tão doente efraca! Seus únicos vestidos estavam rotos..."

    "E teu caixão, no que veio boiando?'""Não vim em caixão... vim num berço inaciò

    que me deffendia de qualquer offensa..." — "Ondevieste?" "Nos braços de mamãe! Quando ella no leitoagonizava, eu soltava o ultimo gemido... Mamãe sol-tou de seus meigos olhos apenas uma lagrima... Nãoteve tempo da segunda... E agora que estamos só,vou abrir minha mãozinha que tenho fechada ha umanno, e deixar cahir esta lagrima".

    E abrindo a mão deixa cahir uma gota d'agua,transparente e pura dizendo:

    "Minha mãezinha morreu junto de mim... ellaveio commigo..."

    Eis que appareceu o archanjo Gabriel e, tomandonos braços os dois anjinhos, voou com elles para amansão celeste..

    Judith Medeiros.

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    ARISTIDES,filhinho do Sr.

    Arlindo Muccillo

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    HELENA.filha do Sr. Antônio

    da Silva Duarte.— Capital —

    OSNOSSOS

    AMIGUINHOS

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    ~ m^Ê mWm\\\\\J_r _**-___¦ __C_r»-l____r _¦_¦____J lüBRUNO E HOMERO,

    filhinhos do Sr.Renato Michelim

    ADALBERTO,filhinho do Sr.

    Jorge Neves«^**2**_____i Ítoi^-^N. Jorge Neves .--j*______ÍÍ WW^^

    EMILIA M. RAYMUNDO— Buenos Aires —

    MARIA THEREZA— Capital —

  • OsNossos

    Amiguinhos)¦¦

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    ^akflaaaaVlv^ *^ »» ~-W ^^^*aW íjtlA'r^Y^T^Wl aaaaWaMáâiaaããâãaaiaS ¦¦¦t' ilJFlff* «Nfl^^BaST^ ¦¦ Íflflflflflflflflflflaflflflaaã»M * ^flalaflflaPftVflflWaL J * * i M^^P' flaCflafl Éfl&k. ^^

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    Maria Bertha e João José Guedes. — Rio Grande,

    Dulce, filhinha do Sr.Alcino Monteiro.

    — Capital. —

    Escoteiros das Escolas Reunidas de Maracahy, Estadode São Paulo, em animados exercicios

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    Nila e Ledy, dilectos íilhinhos do Sr,Isidorio Grassi.—Santa Maria, R, G. do Sul.

    Grupo de escoteiros das Escolas Reunidas de Maracahy, Estado de São Paulo,

    após os exercicios de gymnastica.

  • 21 _ Agosto — 192Ü — 29 — O TICO-TICO

    f DI MM PÁMPIÍD QA M ^ kA

    Dc accónlo com o que anutmciátnosno ultimo numero d' O Tfco-Tico, apre-sentamos hoje aos nossos queridos lei-tores o resultado final do sorteio destegrande certamen, participando aos fe-I'zes contemplados que estão á sua.db-posição na redacção d*0 Tico-Tico. ruaSachet n. 21, os prêmios que lhes cones-demos em sorteio,

    Eis os premiados:1" PREMIO

    UM GRANDE CARROUSSELUM BELEO AUTOMÓVEL "COCHE"UMA LINDA BONECA E UMA CAIX,\

    COM BONECOS DE CHUMBOHaydée Coutinho, (mappa n. 1.064) —

    com 13 annos de edade, residente á ruaBarbosa da Silva n. SÜ — Riachuclo —Capital Federal

    2" PREMIOUM GRANDE CARROUSSEL

    UM CRUZADORUMA MACHINA DE COSTURA E

    UM JOGO DE LOTOJcrge Luiz (mappa n. 1.234) — cor.í

    3 annos de edade, residente á rua Hei-mezilia n. 19 — Copacabana — CapitalFederal.

    3" PREMIOUAI GRANDE CARROUSSEL

    UM CRUZADOR E UMA CAIXACOM BONECOS DE CHUMBO

    Hercilia Maggiotto, (mappa n. 297) —com 12 annos de edade, residente á rua15 de Novembro n. 282 — Petropolis —Estado do Rio de Janeiro.

    4" PREMIOUMA GRANDE MACHINA DE MA-

    DE1RA E UMA CAIXA COMBONECOS DE CHUMBO

    Cicero da Cunha Cezar, (mappa n.91U) — com 16 annos de edade, residen-te á rua Emilia Ribeiro n. 132 — BentoRibeiro — Capital Federal.

    5° PREMIOUM TABOGAM, UM HARMONIUM

    E UMA CAIXA COM BONECOSDE CHUMBO

    Armando Salgado, (mappa n. 1.145)--com 4 annos de edade, residente á ruaPaulo Barreto n. 104 — casa 3 — Capi-tal Federal.

    6» PREMIOUMA LINDA BONECA E UMA MA-

    CHINA DE COSTURALúcia Leal, (mappa n. 1.084) — com

    7 annos de edade, residente á rua dosMonjolos ii. 36 — Ilha do Governador —Capital Federal.

    7" PREMIOUMA CAIXA DE JAZZ=BAND COM-

    PLETO E UM APPARELHO DECHÁ DE 4LLUMINIUM

    Lygia Muniz Flores de Oliveira,(mappa n. 903) — com 3 annos de edade,

    residente na Agencia dos correios deSão João de Merity — Estado do Riode Janeiro.

    8" PREMIOUMA ORIGINAL CARROÇA PUXADA

    POR UM CABRITOHenrique W. Magalhães, (mappa n.

    398) — com 5 annos de edade, residenteá Alameda Barão de Piracicaba n. 74 —Oipita! de São Paulo.

    9» PREMIOUMA ORIGINAL CARROÇA PUXADA

    POR UM CABRITONilza Gonçalves de Marins, (màppa n.

    836) — com 11 annos de edade, residente:á rua Dr. Câmara Coutinho n. 28 — Ni-ctheroy — Estado do Rio de Janeiro.

    10» PREMIOUMA ORIGINAL CARROÇA PUXADA

    POR UM CABRITOJacyntha Lirnone, (mappa n. 683) —

    com 12 annos de edade, residente á rua

    v • r

    Solução exacta do Concurso S. João

    Dr. Mario Vianna rt. 3)2 — Nictheroy —Estado do Rio de Janeiro.

    11° PREMIOUMA INTERESSANTE CARROÇA

    PUXADA POR UM BURRO "

    Maria Thereza Montenegro, (mappa n.510) — com 1 anno de edade, residenteá rua Haddock Lobo n. 401 — Capital Fe-cteral.

    12» PREMIOUMA INTERESSANTE CARROÇA

    PUXADA POR UM BURRO '

    José Roberto V. de Castro, (mappan. 1.244) — com 8 annos de edade, resi-dente á rua 9 de Fevereiro n. 19 — Co-pacabana — Capital Federal,

    13» PREMIOUMA LINDA E GRANDE BONECA

    Pequeftita Zerbini, (mappa n. 11) —com 10 annos dc edade, residente á ruaTaboão Guaxupé — Estado de MinasCicraes.

    14° PREMIOUM JAZZ-BAND COMPLETO

    Antônio Pedro, (mappa n. 1.270) — com

    Olt) D'0 TICO-TICO1(1 annos de edade, residente á rua JoãoBorges n. 32 — Gavêa — Capital FederaL

    15° PREMIOUMA ESPINGARDA DE TIRO

    AO ALVORoberto Peres Na-cimento, (mappa n.. 642) — com 7 annos de edade, residente

    á Praça Fernandes Pacheco n° 17 —Santos — Estado de São Paulo

    !6° PREMIOUMA ESPINGARDA DE TIRO

    AO ALVO-Carlos Castello Branco Júnior, (map-

    pa n. 262)—com 8 annos

  • O TICO-TICO 30 - 21 — Agosto — 1929

    23» PREMIOUM APPARELHO DE CHÁ DE

    ALLUMINIUMJudith Cunha, (niappa n. 958) — com

    14 annos de edade, residente á rua Dr.Pedro Autran n. 4 — São Salvador — Es-tado da Bahia.

    26° PREMIOUM ESTOJO DE TIRO AO ALVOEuro Albino, (mappa n. 417) — com

    5 annos de edade, residente á AvenidaRaul Soares — Ubá — Estado de Mi-nas Geracs.,

    2/° PREMIOUM ESTOJO DE TIRO AO ALVOMartha Maria Freire, (mappa n. 1.202)- com 13 annos de edade, residente á

    :ua Dr. Monte Rosa — Carmo do RioCaro — Estado de Minas»

    28" PREMIOUM ESTOJO DE TIRO AO ALVO

    ( Veneverito da Cunha, (mappa n. 1.098)com 12 annos de edade, residente árua Felippe Schmidt n. 9 — Florianópolis

    Estado ds Santa Cathrina.29° PREMIO

    UM HARMONIUMMarra Angela Duarte Moreira, (map-

    pa n. 1.287) — com 8 annos de edad'?,residente á Estrada do Porto das Flores

    Santa Thereza — Estado do Rio deJaneiro.

    30° PREMIOUM HA RAIONI UAI

    Evanise Carneiro Leão, (mappa n.1.437) — com 7 annos de edade, residente

    á rua Sebastião Lopes n. 113 — Recife —Estado de Pernambuco.

    31» PREMIOUM JOGO DE FERRAMENTAS PAR/V

    JARDIM.Maria Jasé Pimentel, (mappa n. 128)com S annos de edade, residente á rua

    Álvaro Ramos n. 9 — casa I — CapitalFederal,

    32» PREMIOUM JOGO DE FERRAMENTAS PARA

    JARDIMAfaria Antonietta de Siqueira, (map-

    pa n. 2) — com 11 annos de edade, re-sidente á rua Barão de São Borja n. 03

    Meyer — Capital Federal.

    33» PREMIOUM JOGO DE FERRAMENTAS PARA

    JARDIMAmaury Alves dos Santos, (mappa n.

    380) — com 11 annos de edade, residenteá rua Capitão Senna n. 56 — Praia For-mosa — Capital Federal.

    34» PREMIOUM JOGO DE FERRAA1ENTAS PARA

    JARDIM

    Os .vaido A. Lopes, (niappa n. 20) —com 13 annos de edade, residente á maBartholomci! Gusmão n. 87 — Ribeirãopreto — Estado de São Paulo.

    UM35» PREMIO

    INTERESSANTE DYNAMO

    •*^AAA.AA>AAy%^/V^W\^A/VS/WWS^WW\AA/\^VSA/V3

    TENDES FERIDAS, ESPINHAS,MANCHAS, ULCERAS. ECZEMAS,emfim qualquer moléstia de origem

    SYPHILITICA?usae o poderoso

    Elixir de Nogueira

    JLdo Piannc».João éa

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    Chimico

    Silva SUvefo

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    Vinho CreosotadóDO PITARM. CHIM.

    Joio da Silva SilveiraPODEROSO FORTIFI-CANTE PARA OS ANE-MICOS E DEPAUPE-

    RADOS.Empregado com suecesso nasTosses, Bronchiítes « Fra-

    qusza GeraL

    •wwwwwwU

    Maria Barros Morgado, (mappa n376) — com 10 annos de edade, ¦ residen-te á riia Mariano Moreira n. 39 — Tau-ba'.é —• Estado de São Paulo.

    AVISO IMPORTANTEOs prêmios não recebidos ou não re-

    clamados dentro do prazo de 60 dias, ucontar desta data, não mais serão entre-gues, perdendo os premiados o direitoaos mesmos.

    Relação final das soluções certas

    mes; 1672, Mario José Goiabcira; 1673,Luiz de Castro Leão; 1674, Maria Thcrezada Cunha e Silva; 1675, Luiz Oliveira Lei-te; 1676, Georges de Bacre; 1677, ÂngeloSampaio Fiúza; 1678, Nicia Guimarães daSilva; 1679, Mathias de Campos; 16S0, Li-li Nagel; 1681, Eduardo Lima; 1682, Edu-ardo de Lima; 1685, Ame!'a Freitas; 1684,Tara V. Kert; 168.., Iara! V. Kert; 16S6,Ione Freitas; 1687, Luiza Kert; 1688; Lui-za Kert; 1689, Ione Freitas; 1690, LúcioBerg Maia; 1C91, Samuel Berg Maia;1C92, Lair Figueiredo; 1693, Stella Fi-gueiredo; 1694, Léa Figueiredo; 1695, Ru-bem Trovisqueiro; 1696, Rubem Trovis-queiro; 1697, Rubem Trovisqueiro; 1698,Adelia Argelina Driendl; 1709, José deAlmeida Pinto; 1800, Oswaldo José Gon-çalvcs; 1801, Irccê Walhcr dos Guáranys;1802, Plínio de Freitas; 1803, Antônio Paesò, Vi.ente Dutra; .18.1,Maríal do Carmo Reis; 1822, Paiilo PiresFerreira di Almeida . Amazonas; 1S23,

    Osório de Oliveira Farias; 1824, Maria doCarmo da Costa Ouental;' 1825, Ayri Tran-coso; 1826, Moacyr Moreira; 18J7,:. AloahLopes Nasc.mcnto; 1S28, Soly Rodriguesde Freitas; 1829, Gabriel Rodolpho de Oli-veira; 1830, Elizaria M. Castro; 1831, Ma-nita Portilho; 1832, Sosthenes César deMello; 1833, Miguel Paes de Carvalho;1834, Celio Carreirão Queluz; 183., JoséGeraldo Bellini; 1836, Sebastião Pinto" Ri-beiro; 1837, José Eduardo de Siqueira;1838, Ivo da Silva; 1839, Adhemar Car-valho; 1840, Guida Ncdda de Carvalho Ba-rata3 1841, Ney Gabriel de Carvalho Ba-rata; 1842, Dulce Moraes; 1843, AdelinoPereira Bessa; 1844, Guilherme Carvalho;1845, Darcy Carvalho; 1846, Myriam M.de Sa.nt Brisson Pçteira; 1847, Ilson daSilva Baila; 184S, Jacy Mathias Ricão;1849, José Ribeiro Campos; i8;0, Home-ro Ferreira; 18..1, Mario Gonçalves; 1832,gS^lí?

  • 21 _*Aüoslo — 1929 31 — O TICO-TICO

    ttüV-

    JFp|P|^7i)|I(PP|piÍír ^^H^^ WW^^^' ^mm/*' ™rWF ^mym- ^n mm\mf ...^ ___^___

    RESULTADO DO CONCURSO N. 3357

    Solucionistas; — Ney Villaro, Niso deFarias, Mario Cini, Francisca da Luz Ura-ga, Oscar Barbosa Filho, Haydéa Bastosde Albtiquerquer, Maria Victoria Camar-go Barros, Tercio Miranda. Rosado, AldoSalgado Bastos, Gastão dc Miranda Filho,Marilia Meirelles Rcdriguc% Mario Con-rado Nunes, Maria Apparecida Bi Santos,Jacob Gallcr, Homero Rispoli, José Ban-deira dc Mello, Fábio Homem de Mello,Willian Tejo, Epiphanio Antônio Dias,Izaura Alves Rosa, Emmanuel Ribeiro,Lindinalvo Araújo, Eólo Capiberibe, LúciaRoilcmberg Dantas, Eugenia Peres, Fran-cisco Pereira, Henrique Manoel de Lima,Dylson Drumraond, Nestor Lyra, MoacyrCastro, Henrique Fraenkel, Djalma P.Britto, Inti Ollantay Beltran, Nair Tava-res Goulart, Antônio Queiroz de Oliveira,Jo;é de Araújo Silva, Paulo Germano djMagalhães, Ocíaviano Galvão, Simião Bar-bosa, Lüb Forzano, Cláudio Sampaio,Odyléa de Oliveira, Latira Duarte de Car-valho, Antônio Iglesius, Milíon Scheid,Flavio Maia Dretise, Jany de Arruda Ca-mara, João da Rosa Pereira, Beatriz, Côr-tes de Moraes, Djatma Ferreira Mendes.Marcos Galvão de Queirroz, Leeio Victordo Espirito Santo, Marilia Przewodow^ka,Newton Silveira de Souza, Nirce Graviua,Alvir Souto, Sylvano da Carmino, Ornardo Espirito Santo, Enayde Motta Meirel-les, Humberto Campos de Oliveira, Mariat!o Carmo da Costa, Elaine O. Pinto, JoséPereira de Barros, João M. dos Reis,Amilcar Augusto Pereira de Castro, Nata-licio Accioly dos S., Jefferson Denys Por-to, Nair Costa, Miguel Ally, Sylvio Colh',Fmilo Coile, Paulo Leal, Ayda Muniz,José Franco, Clovis José Lage, LuizinhoMedeiros Filho, Hermá de Mendonça eSilva, Asty üeury Curado, Jacques

    PÍLULAS

    í®íllll(PÍLULAS DE PAFAINA E PODO-

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    Empregadas com suecesso nas moles»tias do estômago, figado ou intestinos.-Estas pílulas, além de tônicas, são in«dicadas nas dyspepsias, dores de cabe-ça, moléstias do figado e prisão de ven-tre.. São um poderoso digestivo e re-gularisador das funeções gastro-intes-tinaes.

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  • O TICO-TICO 32 21 _ Agosto — 1929

    naide Hugo de Jesus, Zuleika Hugo deJesus, Joaquim Malheiro-, Armindo F.Barros, Alberto Frey, Manoel dos SantosGuimarães, Álvaro Alves de Farias, JoãoJorge de Carros, Carlos Antônio de O.i-veira* Corrêa, lnezia Pereira Lima, Joséda Silva Mangualdc, Sylvia Braint, Ma-riainia Lúcia Massara, Jandyra Valente,Antônio Rufino, Manoel Machado dosSantos, Neyla Leal, Carlos FantolphoTeixeira, Marcilio da Silva, Eduardo Qua-dros, Ariàldò Gonçalves Soares, Zi.nay Ca-tão Borges, William Murray, BernardoHorstmann, Geraldo Xcnocrates de Al-meida, Orchidta Pereira de Oliveira, Ed-méa Tavares de Mello, Abigail Rio, Mu-rillo Machado Pessoa, jayme Bueno Bran-dão, João Baptista dos Santos, Yvonnejssa, Marino Canso. Vicente Penna, Age-nor Arames, Benedicto Rosa, Lamarünc,Oliveira Vellio, Muriilo Lins Vallet Soa-res, Léa Eyer Abreu Lima Wilson daCunha Mendes, Neusa Sampaio, PedrüNunes, Aureüa Wilchcs, Francisco Ca-procios, Maria José üestri, Heitor AlvesVianna, Arlindo Fofiscca, Heitor Candra,Egas Polônio, Deolinda Lucke, FernandoHiuidsen, Paulo Pacheco Flaury, AntônioRodrigues Alves Netto, Ezio AntônioBrengleirb, Locy Higa, Roberto, Gil Pres-tes Bcrnardes, Anazar José de . Campos.Fernanda Paulo Magalhães, Solon Bor-ges, )o-é Froise, Waldemar Ludwig, Da!-va Rezende, Liuo Alves Malta, YeddaMello, íí lida Faure, Guilhermina Rino,ardo, José Alves Linhares, Fiavio Aguiar,Rubem Magalhães, Octavio Dantas Tei-xeira, Ormir Gonçalves, Alberto Pririz,Lygia Muniz Flores de Oliveira, EpitacioAlexandre das Neves, Ayrtcn Sá dos San-tos, Zjlené Faria, Edmar Pilhr Cordeiro,Thomc S. L. Caries Toledo Rizzini, Eu-nice Lima. Luiza Soares Campos, RubemDias Leal, Helena Sdilanny, UmbertoMiam, Liesse Magalhães Pereira, GeraldoPonte, Nelson Cancelli, Aida de AraújoCcriolano, Carlos Ferreira, Roberto Aze-vedo Mcza, Ismael do Amor Divino, JoãoAloysio Rocha, Manoel Armando Gonçal-ves, Guiomar Paulo Figueira, Alberto Edu-S. Guimarães, Marilia Martins Amaral,Newton do Oliveira, Fábio dc Povina Ca-valcanti, Célia Teixeira, Eduardo HoskenFUho, Plinio Rangel Pestana, Milda deAraújo Fonseca, Aurélio Rodrigues deAraújo, Euphrodisio de Oliveira Agra, Lu-cia Braga Guahyba, Ruy de Abreu Cou-tinho, Joaquim Soares Araújo. Henrique L.Ferraz, Pedro Jorgencscn, Waldemar deSouza, Célia dc Alcncastro Guimarães, Ma-ria Lcurdss Couto, Maria Stella Lomana-co, Álvaro Campos Wanderlcy, José MiguelBrandini, José Maria dc Figueiredo Gue-des, João Toledo Joiccling, Quirino Lopesria Silva, Rosa Amélia Cruz, José Miguelde Nader, Sylvio da Costa Reis, InonnCorrêa Pinto, Carlos Moreira, Anna Abrão,Dalmo Estevão dc Oliveira, Ivaldo Fu-riaii, Jorge Williamson, Maura de FreitasBorges, Ivan Castello Branco, Álvaro Gue-des de Lima, Paulo Machado, Euclydes deOliveira Figueiredo, Sera.phim da CunhaBarreto, Orlando Moscozo, Pedro Gomes,Dieta Viveiros, Dulce Lopes Gonçalves,Nadir da Paz Flaque Fontes, Luzia Men-des da Cruz, Orlirida Gomes de Carvalho,Ruth Pouxias, José de Araújo Gaspar, Ma-rio Rovai, Celina Ribeiro, Eduardo R. Ve-veira, Edgard R. Pereira, Darcy A. Pin-to, M. de Lourdes Giachetta, Gastão Ara-nha de Assis Pacheco, Edith Juliana Bo-ross, Aütcijao Carlos de Souza c Silva,' Ma-ria Cecilia de Niemeyer, Affonso Balia,Aldecio Costa, Leonor Albuquerque Pe-reira, Haroldo da Silva Ferraz, Edio Hen-rique dós Santo., Taíitha Sanr_)__ da Foft-seca.

    Foi _. seguinte o resultado final do con--curso:

    Io Prcniio:TOSE' TROISÉ

    de_ io annos dc idade e residente na Fa-brica Nacional de Cartuchos e Munições,em São Bernardo, Estado de São Paulo.

    2" Prcmio:

    JOSÉ' MIGUEL DE NADER

  • !l — Agosto 1929 33 — O TICO-TICO

    MUDARAM-SE OS ESCRIPTORIOSDO "0 MALHO"

    Os escriptorios da Sociedade Anonyma "O

    MALHO" mudaram-se para a TRAVESSADO OUVIDOR, 21, onde serão recebidas, coma attenção de sempre, as ordens de seus annun-dantes, agentes e leitores.

    As officinas, porém, como a Redacção dasdiversas revistas desta Empresa, continuam noedificio próprio da Rua Visconde de Itaúná, 419,onde sempre estiveram.

    "THEATRO DAS-CREANÇAS".

    Dos Srs. C. Teixeira & Cia., edito-ris em São Paulo, recebemos umexemplar do "Tliea.ro das Crianças"da autoria de J. Veira Pontes.

    O livro', nit damente impresso, constade uma col'ecção de comédias, canço-netas, poesias, diálogos,', monólogos,etc., para creanças de 6 a 12 annos.e já está em terce ra edição, o quedemonstra a acecitação que teve pelopublico

    ''miúdo'' que o lê.

    --------v---.-.-.-.-.-...-.-..,

    Amaral Osório, Antônio . Rufino, AbrahãoRieche, Adelina Leite dos Santos, CarlosFlcriano Vidal Andrade. Fernando OctavioGonçalves, Eóio Capiberibe., Romeu Ribas,Estevcs, Fgas Polônio, Yedda Regai Po;-so'o, Lúcia Rangel Reis, Haroldo RibeiroFraga, Alceu. R.. Mendes, LeonorLimou-ceiK, Mi.tcn Cyriaco, Guilherme PaivaCastro, José da Silva Mangualde, Contei-ção de** Oliveira, Ruth Silva. Sylvio Au-gusto Bolm Vieira-, Cecilia Bohn Vieira.José Schar, Cláudio Sampaio, Dirceu deMiranda Cord lha, José Gabriel Pereira.D'na Maria das Neves, Rubem Dias Leaí,Odette Lftcas de Faria, Dermeval BragaCarva'hc Arlindo Fonseca. Hélio JesosFonseca, Nelson Mallaco, Eloine*0. Pin-to, Wanda Maria de Fonteneile, Arlctteda Silveira Duarte, Lygia Muh-iz Floresde Oliveira, Abigail Rio, Ayrton Sá d ¦Santos, Orchidéa Pereira de Oliveira, Har-cy Gonçalves de Oliveira, Sylvio Margari-do Filho, João Jorge dc Barros, IdalinaMontenegro, Orlando Gomes Loques, Re-nato Gemes Loques, Amélia Soriano deSouza, Sylvio Arantes, Antônio GuedesMarques, Waldemar Ludwig. Oswald )Athayde Silva, João Baptista Faria, M?r!ide Lourdes Pereira, Maria Cecilia de Ni.'-meyer, Paulo S;Iva de Arauio, Pri-cilla ioCarmo Hollanda, Maria Anparecida B.Santos, Armando Terçio de Mranda. Ewtr-ton Ravmnndo Castro Visco,' AguinaWoPettv, Marüdi Przewcdowka.

    Fpi premiada a con-.urrente:MARTA DF, LOURDES PEREIRA

    rlc io annos dc idade, c residente á Praiano Caju' n. 116, nesta Capital.CONCURSO N . 3.372

    Para os i.kitoriís dbsta capitai, i; dosEstados próximos

    Perguntas:1* — Qual o sobrenome que sem a ini-

    c'a.1 não é doce?

    entina que é4a — Qual a cidade da Ar;objecto de culto religioso?. ^(4 syllabas).

    André Vieira5* — Qual a capital de paiz europeu que

    é ií me dc mulher?(,- syllabas).

    Amélia Cru/.

    no dia to de Setembro, daremos como pre--.- sorte, entre as soluções certa-, umrico livro de historias infantis.

    As soluções devem ser_ enviadas á reda-cção d'0 7 ico-Tiço devidamente assigna-das, acompanhadas dc* vale numero 3.372.

    Para este concurso, que será encerrada

    C O N C UPara os v-Utouks

    í^j^^___--¦¦•ara. a«ONCID_tf

  • O TICO-TICO — 34 - 21 _ Agoslo — 1D29

    Dotmstece e^ engordoSER CHR/STÃOSer CHristão, é professar a lei DivinaQue Jesus, Rei Supremo aqui pregou.E' vencer sem temor da vida a sina.Não peccar contra um Deus que nos creou.

    Ser Christão, é bem cumprir todas as jurasQue fazemos n'ur.i bom credo. AcreditarNas palavras do Bom Deus, nas EscripturãsDos m\%teiios principaes não duvidar. .

    Ser Christão, é supportar os soffrimentosD'esta vida tão cruéis; mas sem lamentosPois lamúrias contra o céo não têm valor,

    Ser Cliristão. v'ver sempre a Deus louvando,Ser Christão. viver rindo e não chorando,N'este mundo vil, ingrato, e enganador.

    Armando Mauieieo Filho

    FARINHA LÁCTEA qPHOSPHATADA e

    VITAMINADA -Silva Araújo &c.a<

    O Macaco e a RaposaNos tempos em que os bichos falavam, havia um

    macaco muito sabido. A todos dava conselhos, e fa-lava da vida dos outros,

    Um dia, estava a raposa sentada á beira da estra-ria, muito triste, talvez pensando na vida, quando lheãppareceu o macaco. — Olá! Comadre raposa quefazes ahi com esta cauda estendida no caminho? Nãovês que attrapalhas a quem passa.

    Assim começou elle a fallar, e reprehender a po-bre raposa, mas nem se quer notou que a sua caudatambém se achava estendida e que sc approximava

    A raposa riu-se gostosamente e desde esse dia,uma carroça que, ao passar, a fez em dois pedaços.o macaco passou a tomar conta dc si e não dos ou-tros.

    HAYDÉE

    Meniimo NobreO negrinho esfarrapado entrou lampeiro junto aos

    meninos ricos, num quintal.Queria ver de perto o Judas prisioneiro, degrandes olho»; de tinta e espada de lata á cinta, cn-forcado no arame do varal.

    " Arregaça os lábios grossos, côr de amóra ,uumriso, vendo o bruxo pendurado.

    (Tinha fome, e nem se lembra disso...)Um foguete chiando estoura r.o ar!Allehiia! Alleluia!

    E o Judas .cansado de apanhar rola no chão, ru-bro, incendiado, ferido a pontaços de caniço. .

    Alleluia! Alleluia!Latas matracam. Bombas. Explosão!

    Frente de alegria o quarteirão.Alleluia! Alleluia!Carne no prato, farinha na cuia!

    O pretinho berra enthusiasmado no coro de cn-surdecer:

    "Alleluia! Alleluia!Carne no prato, farinha na cuia!"

    ...Não se lembra o moleque esfarrapado quenem ao menos tem farinha pra comer!... — OLI-VEIRA RIBEIRO NETO.

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  • !L _ Agosto — 1329 O TICO-TICO

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    fül¦.Chiquinho era bom patinador. Fa_ia com 05 patins

    verdadeiras maiavilhas. Estava uma ve2 patinando nasala de jantar e por um descuido, tomou a direcção da...

    . ...e deu-se a collisáo no meio da mesma. O choque foiterrivel. Chiquinho foi sobre;o primo fazendo-o retroceder. Felizmente, nada houve a lamentar, nem mesmo

    Patinação

    Alm #lã\i

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