o senhor dos anÉis

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O Senhor dos Anéis Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre. Nota: Para a trilogia cinematográfica de Peter Jackson , veja The Lord of the Rings (trilogia cinematográfica) . The Lord of the Rings O Senhor dos Anéis Livros A Sociedade do Anel/A Irmandade do Anel As Duas Torres O Retorno do Rei/O Regresso do Rei Autor J.R.R. Tolkien Tradutor Lenita Maria Rimoli Esteves e Almiro Pisetta António Rocha e Alberto Monjardim Idioma original Inglês Publicado entre 1954 -1955 1972 -1973 1974 -1979 (Artenova) [1] 1975 -1979 1994 (Martins Fontes) Editora Geo. Allen & Unwin Artenova Martins Fontes Europa-América Ediciones Minotauro Christian Bourgois éditeur País Reino Unido Gênero Fantasia Portal Literatura O Senhor dos Anéis (título original em inglês : The Lord of the Rings) é um romance de fantasia criado pelo escritor, professor e filólogo britânico J.R.R. Tolkien . A história começa como sequência de um livro anterior de Tolkien, O Hobbit (The Hobbit), e logo se desenvolve numa história muito maior. Foi escrito entre 1937 e 1949 , com muitas partes criadas durante a Segunda Guerra Mundial . [2] Embora Tolkien tenha planejado realizá-lo em volume único, foi originalmente publicado em três volumes entre 1954 e 1955 , e foi assim, em três volumes, que se tornou popular. Desde então foi reimpresso várias vezes e foi traduzido para mais de 40 línguas, somando os 3 livros publicados já venderam mais de 160 milhões de cópias, [3] tornando-se um dos trabalhos mais populares da literatura do século XX . A primeira edição em português, da extinta editora Artenova (tradução de Antônio Rocha e Alberto Monjardim), era constituída por seis volumes, o primeiro dos quais

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Page 1: O SENHOR DOS ANÉIS

O Senhor dos Anéis

Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.

Nota: Para a trilogia cinematográfica de Peter Jackson, veja The Lord of

the Rings (trilogia cinematográfica).

The Lord of the Rings O Senhor dos Anéis

Livros

A Sociedade do Anel/A Irmandade do Anel

As Duas Torres

O Retorno do Rei/O Regresso do Rei

Autor J.R.R. Tolkien

Tradutor Lenita Maria Rimoli Esteves e

Almiro Pisetta

António Rocha e Alberto

Monjardim

Idioma original Inglês

Publicado entre 1954-1955

1972-1973

1974-1979 (Artenova)[1]

1975-1979

1994 (Martins Fontes)

Editora Geo. Allen & Unwin

Artenova

Martins Fontes

Europa-América

Ediciones Minotauro

Christian Bourgois éditeur

País Reino Unido

Gênero Fantasia

Wikiprojeto Literatura

Portal Literatura

O Senhor dos Anéis (título original em inglês: The Lord of the Rings) é um romance

de fantasia criado pelo escritor, professor e filólogo britânico J.R.R. Tolkien. A história

começa como sequência de um livro anterior de Tolkien, O Hobbit (The Hobbit), e logo

se desenvolve numa história muito maior. Foi escrito entre 1937 e 1949, com muitas

partes criadas durante a Segunda Guerra Mundial.[2]

Embora Tolkien tenha planejado

realizá-lo em volume único, foi originalmente publicado em três volumes entre 1954 e

1955, e foi assim, em três volumes, que se tornou popular. Desde então foi reimpresso

várias vezes e foi traduzido para mais de 40 línguas, somando os 3 livros publicados já

venderam mais de 160 milhões de cópias,[3]

tornando-se um dos trabalhos mais

populares da literatura do século XX.

A primeira edição em português, da extinta editora Artenova (tradução de Antônio

Rocha e Alberto Monjardim), era constituída por seis volumes, o primeiro dos quais

Page 2: O SENHOR DOS ANÉIS

intitulava-se "Terra Mágica". A segunda edição em português foi editada em Portugal

durante os anos de 1980, pela editora Europa América.

A história de O Senhor dos Anéis ocorre em um tempo e espaço imaginários, a Terceira

Era da Terra Média, que é um mundo inspirado na Terra real, mais especificamente,

segundo Tolkien, numa Europa mitológica, habitado por Humanos e por outras raças

humanóides: Elfos, Anões e Orcs. Tolkien deu o nome a esse lugar a palavra do inglês

moderno, Middle-earth (Terra-Média), derivado do inglês antigo, Middangeard, o reino

onde humanos vivem na mitologia Nórdica e Germânica. O próprio Tolkien disse que

pretendia ambientá-la na nossa Terra, aproximadamente 6000 anos atrás,[4]

embora a

correspondência com a geografia e a história do mundo real fosse frágil.

A história narra o conflito contra o mal que se alastra pela Terra-média, através da luta

de várias raças - Humanos, Anões, Elfos, Ents e Hobbits - contra Orcs, para evitar que o

"Anel do Poder" volte às mãos de seu criador Sauron, o Senhor do Escuro. Partindo dos

primórdios tranquilos do Condado, a história muda através da Terra-média e segue o

curso da Guerra do Anel através dos olhos de seus personagens, especialmente do

protagonista, Frodo Bolseiro. A história principal é seguida por seis apêndices que

fornecem uma riqueza do material de fundo histórico e linguístico.[5]

Juntamente com outras obras de Tolkien, O Senhor dos Anéis foi objeto de extensiva

análise de seus temas e origens literárias. Embora um grande trabalho tenha sido feito, a

história é meramente o resultado de uma mitologia na qual Tolkien trabalhava desde

1917.[6]

As influências sobre este antigo trabalho e sobre a história do Senhor dos Anéis

englobam desde elementos de filologia, mitologia, industrialização e religião até antigos

trabalhos de fantasia, bem como as experiências de Tolkien na Primeira Guerra

Mundial.[7]

O Senhor dos Anéis teve um efeito grande na fantasia moderna, e o impacto

de trabalhos de Tolkien é tal que o uso das palavras "Tolkienian" e "Tolkienesque"

("Tolkieniano" e "Tolkienesco") ficou gravado no dicionário Oxford English

Dictionary.[8]

A enorme e permanente popularidade de O Senhor dos Anéis levou a numerosas

referências na cultura pop, à criação de muitas sociedades de fãs da obra de Tolkien[9]

e

à publicação de muitos ensaios sobre Tolkien e seu trabalho. O Senhor dos Anéis

inspirou (e continua inspirando) trabalhos de arte, a música, cinema e televisão,

videogames e uma literatura paralela. O cineasta estadunidense George Lucas admitiu

em uma entrevista que sua saga, Star Wars, foi inspirada na saga de Tolkien.

Adaptações do livro foram feitas para rádio, teatro e cinema. Em 2001 – 2003 foi

lançado o filme A Trilogia de O Senhor dos Anéis (The Lord of the Rings film trilogy),

que promoveu uma nova explosão de interesse pelo Senhor dos Anéis e por outras

obras do autor.[10]

Índice

[esconder]

1 Estrutura da obra e plano de fundo da história

2 Detalhes do enredo

o 2.1 A Irmandade do Anel (A Sociedade do Anel)

Page 3: O SENHOR DOS ANÉIS

o 2.2 As Duas Torres

o 2.3 O Regresso do Rei (O Retorno do Rei)

3 A escrita da obra-prima

4 Publicação

5 A voz dos críticos

6 Influência

7 Impacto na cultura popular

o 7.1 Produção editorial

o 7.2 Música

o 7.3 Jogos de interpretação

8 Adaptações do livro

o 8.1 No rádio

o 8.2 Na tela

o 8.3 Nos palcos

9 Ver também

10 Referências

[editar] Estrutura da obra e plano de fundo da história

Aviso: Este artigo ou se(c)ção contém revelações sobre o enredo (spoilers).

Já foi dito que a obra deveria ser lançada em um único volume, mas foi dividido em três

como forma de baratear os custos (havia racionamento de papel na Inglaterra do pós-

guerra). Cada volume é dividido em dois tomos ou "livros".

1. O primeiro volume, A Sociedade do Anel, publicado em 1954, contém um

prólogo, no qual são dadas as características dos Hobbits.

2. O segundo volume, As Duas Torres, publicado alguns meses depois de A

Sociedade do Anel, também em 1954, continua a história original com mais

personagens.

3. A saga termina com a publicação em 1955 do terceiro volume, intitulado O

Retorno do Rei, que contém diversos apêndices explicativos sobre a história, as

línguas, a cronologia da narrativa e outras informações adicionais sobre a

mitologia criada por Tolkien para a sua Terra-Média.

Page 4: O SENHOR DOS ANÉIS

A mão de Sauron

O pano de fundo da história é revelado enquanto o livro progride, e elaborado também

nos apêndices, no Silmarillion e em Contos Inacabados, os últimos publicados após a

morte de Tolkien. Começa milhares de anos antes da ação no livro, com a ascensão do

epônimo senhor dos anéis, senhor do escuro Sauron, possuidor de grandes poderes

supernaturais, que governava o temido reino de Mordor. No fim da Primeira Era da

Terra Média, Sauron sobreviveu à catastrófica derrota e o exílio de seu mestre, a figura

fundamental do mal, Morgoth e durante a Segunda Era Sauron planejou ganhar o

domínio sobre a Terra Média. Sob aparência de "Annatar" ou senhor dos presentes

ajudou os elfos ferreiros de Eregion, e fomentou a forja dos anéis mágicos que

conferenciaram vários poderes e habilidades aos seus portadores, mas Celebrimbor,

líder dos elfos ferreiros (muito talentoso e neto de Fëanor que criara as Silmarils na

Primeira Era), os tinha forjado independentemente de Sauron. Os mais importantes

destes foram os dezenove anéis do poder ou os Grandes Anéis.

Então Sauron forjou secretamente um Grande Anel para si próprio, o Um Anel, pois

planejava escravizar os portadores dos outros anéis do poder. Este plano falhou em parte

porque os elfos tomaram ciência dele e esconderam seus anéis, os Três Anéis Élficos,

dando-os aos Sábios de seu tempo (Galadriel, Círdan e Gil-Galad). Nesses, Sauron

jamais tocou. Sauron lançou-se então à guerra, durante a qual capturou dezesseis dos

anéis do poder e os distribuiu aos senhores e aos reis dos anões e dos homens. Estes

anéis foram conhecidos como os sete e os nove respectivamente. Os Senhores Anões se

provaram demasiado resistentes à escravização, embora seu desejo natural para a

riqueza, especialmente ouro, aumentasse; isto trouxe muitos conflitos entre eles e outras

raças. Dos sete Anéis que tinham sido dados aos Senhores Anões, Sauron recuperou os

que não tinham sido destruídos, e dos nove Anéis presenteados aos Homens, Sauron

trouxe todos para sua custódia. Esses humanos portadores dos Nove lentamente se

corromperam e transformaram-se consequentemente nos morto-vivos, Nazgûl, os

Espectros do Anel, os servos mais temidos de Sauron.

Page 5: O SENHOR DOS ANÉIS

Após 1500 anos, o Numenorianos enviaram uma grande força para destruir Sauron,

conduzida por seu poderoso monarca Ar-Pharazôn, o Dourado. Abandonado por seus

servos, Sauron rendeu-se e foi feito prisioneiro de Númenor. Entretanto, com

perspicácia e força de vontade, começou a aconselhar o rei e envenenou as mentes do

Númenorianos contra os Valar. Iludiu seu rei, aconselhando-o a invadir as Terras

Imortais para conseguir ser imortal como os Valar e os elfos. Os Valar, ao saberem da

invasão, invocaram Eru Ilúvatar, que causou um deslizamento de terras sobre os

Númenorianos, e abriu uma grande abismo no mar, destruindo Númenor e separando as

Terras Imortais das Mortais. O corpo físico de Sauron foi destruído, mas seu espírito

retornou a Mordor e assumiu um nova e terrível forma. Alguns Númenorianos

(chamados de Fiéis por não terem deixado de adorar Ilúvatar) também obtiveram

sucesso em escapar para a Terra-média. Esses eram chamados de Elendili e foram

conduzidos por Elendil e seus filhos Isildur e Anárion.

Depois de cem anos, Sauron lançou um ataque contra os Númenorianos exilados.

Elendil formou a Última Aliança dos Elfos e dos Homens com o Elfo-rei Gil-galad.

Marcharam de encontro a Mordor, derrotando os exércitos de Sauron na planície de

Dagorlad e sitiaram a fortaleza Barad-dûr, onde Anárion morreu. Após sete anos sitiado,

o próprio Sauron foi forçado a vir para fora e entrar num combate com os líderes. Gil-

galad e Elendil foram mortos enquanto lutavam com Sauron e a espada de Elendil,

Narsil, quebrou-se. O corpo de Sauron foi subjugado e morto [4]

e Isildur cortou o Um

Anel de sua mão com que sobrara da espada, Narsil; quando isto aconteceu, o espírito

de Sauron fugiu e não reapareceu por muitos séculos. Isildur foi aconselhado,por

Elrond, a destruir o Um Anel arremessando-o no vulcão da Montanha da Perdição onde

foi forjado, mas atraído pela sua beleza, Isildur preferiu conservá-lo para que fosse a

herança de seu povo.

Começou assim a Terceira Era da Terra-média. Dois anos mais tarde Isildur e seus

soldados foram atacados em uma emboscada por um bando de Orcs no que foi chamado

posteriormente de Desastre dos Campos do Lis. Quase todos os homens foram mortos,

mas Isildur escapou pondo o Anel, que torna invisível quem o coloca. Mas o Um traiu o

seu portador, escapando do dedo de Isildur, que foi visto e flechado pelos orcs, e o Anel

foi perdido por dois milênios.

Foi então encontrado, por acaso, no rio por um ancestral dos hobbits chamado Déagol.

Seu parente e amigo [4]

Sméagol o estrangulou para roubar o Anel. Sméagol fugiu para a

Montanhas Sombrias depois de ter sido expulso de casa, e nas raízes das montanhas se

transformou numa criatura repulsiva e nojenta chamada Gollum.

Em O Hobbit, aproximadamente 60 anos antes dos eventos do Senhor dos Anéis,

Tolkien relacionou a história do encontro aparentemente acidental do Anel por um outro

hobbit, Bilbo Bolseiro, que o leva para sua casa, o Condado. Foi somente durante a

criação de O Senhor dos Anéis que Tolkien relacionou as histórias..[4]

Nem Bilbo nem o

mago Gandalf estavam cientes neste momento que o anel mágico de Bilbo era o Um

Anel, forjado pelo senhor do escuro, Sauron.

A saga do Anel conta, no final da Terceira Era, a luta entre os povos livres da Terra-

média contra Sauron, que procura pelo Um Anel e tem o intuito de dominar toda a

Terra-média, assim como seu mestre, Morgoth, tentara anteriormente.

Page 6: O SENHOR DOS ANÉIS

[editar] Detalhes do enredo

[editar] A Irmandade do Anel (A Sociedade do Anel)

Placa da Hospedaria Pônei Saltitante, em Bri.

Frodo Bolseiro é um hobbit do Condado, que recebe de seu tio Bilbo um anel de rara

beleza. Esse anel tem uma longa história: foi roubado de uma criatura chamada Gollum

(como relatado no livro O Hobbit), e desde então ele tem sido guardado por Bilbo.

o Mago Gandalf, um velho amigo de Bilbo, percebe o poder que aquele anel possui, não

sendo um anel comum, mas sim o Um Anel, artefato mágico forjado por Sauron, o

Senhor do Escuro, e que fora perdido numa batalha muito tempo antes. Se recuperado, o

Um Anel permitiria a Sauron o domínio definitivo sobre toda a Terra-média. O Um

Anel, ou Anel do Poder, dera longevidade fora do comum a seu antigo dono, Bilbo, e

possuia consciência, uma vontade própria que o conduzia sempre na direção do seu

criador e senhor. Gandalf aconselha Bilbo a deixar o Condado, planejado para ocorrer

até a festa de aniversário daquele ano. Gandalf parte, para resolver alguns assuntos, mas

combinando que voltaria para acompanhar Frodo, porém, não manda notícias durante

vários meses. Chegando a data prevista, Bilbo decide deixar o Condado e deixa tudo

para Frodo. Depois de um tempo, Gandalf retorna e convence Frodo a partir para

destruir o anel, após vender Bolsão,Frodo leva consigo seus amigos Sam, Merry e

Pippin para sua aventura.

Os hobbits resolvem pegar um atalho que passa através da Floresta Velha, lar de árvores

que se comunicam entre si. Dentro da Floresta, os hobbits são salvos de uma árvore

violenta por um estranho ser que adora cantar: o enigmático Tom Bombadil, um dos

maiores mistérios de Tolkien.

Passando por outros perigos, os hobbits chegam a Bree, uma vila habitada por Homens

e hobbits, perto da fronteira do Condado, e lá aceitam a ajuda de um Guardião chamado

Passos de Gigante, amigo de Gandalf, que os guia até Rivendell, um reino ainda

habitado por elfos, seres imortais, detentores de grande poder, beleza e sabedoria. Mas o

caminho ainda é perigoso: o grupo é emboscado no Topo do Vento e Frodo acaba

apunhalado por um Nazgûl, Espectro do Anel. Passos de Gigante consegue repelir a

ofensiva do Inimigo e foge com Frodo, que está gravemente ferido, e os outros hobbits.

Quando estão a ser novamente alcançados pelos Espectros do Anel, o elfo Glorfindel

Page 7: O SENHOR DOS ANÉIS

encontra-os e condu-los em segurança até Valfenda. Os Nazgûl tentam detê-los mas são

varridos pela inundação súbita do rio Baraduin.

Já curado, Frodo descobre as maravilhas de Valfenda e lá é realizado um conselho

liderado por Elrond, o meio-elfo mestre de Rivendell e pai de Arwen, a amada de

Passos de Gigante, cujo verdadeiro nome é Aragorn, que se revela descendente de

Isildur e herdeiro do Trono de Gondor.

No Conselho de Elrond são expostos os problemas relacionados ao Um Anel. Boromir,

filho do regente de Gondor, sugere usar o Anel do Poder contra Sauron. Elrond e

Gandalf rejeitam a ideia imediatamente e explicam os vários motivos pelos quais não

podem usá-lo contra o "Senhor dos Anéis": Sauron é o único e verdadeiro mestre do

Anel, pois o forjou, sendo portanto totalmente maligno, além disso, seu poder é grande

demais para ser controlado por mortais comuns e mesmo os poderosos entre os povos

livres da Terra-Média, como os imortais elfos (Elrond) e os magos (Gandalf), temem

inclusive tocá-lo. O poder quase absoluto do anel corrompe o carácter e deforma a

personalidade daquele que se atreve a empunhá-lo, ainda que movido por boas

intenções. Quem quer que tente derrotar Sauron utilizando o anel, acabará tornando-se o

próximo Senhor do Escuro.

Dada a impossibilidade de utilizar o Um Anel como arma de guerra, é imposta a tarefa

de levá-lo até a Montanha da Perdição, um vulcão localizado no centro de Mordor, a

Terra Negra do Inimigo, onde o anel fora forjado e também o único lugar onde poderia

ser destruído.

Para essa missão, de sucesso improvável, é formada a Irmandade do Anel, composta

por nove companheiros:quatro hobbits (Frodo,Sam,Merry e Pippin), dois humanos

(Aragorn e Boromir), um elfo (Legolas), um anão (Gimli) e um mago (Gandalf). Frodo

seria o Portador do Anel, aquele que deveria lançar o Anel nos fogos de Orodruin.

A Irmandade do Anel parte em direção a Sul. Cientes que essa rota está sendo vigiada

pelo Inimigo, o grupo faz um desvio para Leste através das Montanhas Nebulosas, mas

são obrigados a voltar por causa da neve e do frio. Um caminho alternativo leva-os até a

temida Moria, reino subterrâneo dos anões, onde Gandalf é morto lutando com um

Balrog, um demónio do mundo antigo. Os outros companheiros escapam e chegam em

segurança a Lothlórien, reino da rainha élfica Galadriel, temida por seu poder mas

dotada de rara beleza e sabedoria. Nesse reino encantado, onde o tempo parece não

passar, os viajantes recebem auxílio e conselhos. Após algumas semanas de descanso, a

Irmandade do Anel, agora liderada por Aragorn, parte de Lothlorien em direção a Sul,

navegando pelo grande rio Anduin em canoas construídas pelos elfos da Floresta

Dourada. Quando param para descansar próximo às cataratas de Rauros, Boromir tem

uma discussão com Frodo, e tenta roubar-lhe o Anel do Poder. Frodo foge e decide ir

sozinho para Mordor, mas acaba levando Sam. Quando os outros membros da

Irmandade do Anel vão em busca de Frodo, são atacados por Uruk-hai (sub-espécie de

Orc, mais alta e forte) enviados por Saruman, um mago renegado que se aliou a Sauron,

mas que também ambiciona o Anel do Poder.

Na luta que se segue, a Irmandade é rompida:Merry e Pippin são capturados pelos uruk-

hai, Boromir morre ao defendê-los, Aragorn, Legolas e Gimli decidem resgatar os

hobbits aprisionados, Frodo e Sam partem sozinhos para a Montanha da Perdição.

Page 8: O SENHOR DOS ANÉIS

[editar] As Duas Torres

Aragorn, Legolas e Gimli seguem os rastros dos hobbits capturados (Merry e Pippin) e

o caminho condu-los até a Floresta de Fangorn. Nela encontram o Mago Branco que

inicialmente pensam ser Saruman, o traidor. No entanto, o velho enigmático revela-se

Gandalf, que morreu enfrentando o Balrog e retornou da morte para cumprir sua missão

na Terra-Média. Os quatro seguem então para Rohan, Terra dos Cavalos. Sua capital

Edoras fica no alto de uma colina, onde os rohirrim ergueram Meduseld, O Palácio

Dourado. Nele vive o rei Théoden , cuja mente fora envenenada por Saruman através de

um agente infiltrado, o conselheiro Gríma Língua-de-cobra. Gandalf expulsa Grima,

cura o rei de seus males, e o aconselha a enfrentar a ameaça de Saruman e partir rumo a

Isengard, fortaleza de Saruman, com todos os guerreiros disponíveis.

Enquanto isso, os hobbits Merry e Pippin conseguem escapar dos uruk-hais, e fogem

para o interior da Floresta de Fangorn. Lá encontram Barbárvore, um Ent, um gigante

em forma de árvore, e cujas origens remontam a tempos muitíssimo mais antigos que a

Terceira Era, na qual se passa essa história.

Barbárvore leva Merry e Pippin a sua casa, onde descansam enquanto os Ents são

convocados para uma reunião (o "Entebate") no qual se discute, na lentíssima língua dos

ents, o que fazer com o Inimigo Saruman. Os Ents decidem ir à guerra e partem rumo a

Isengard. Os Ents invadem a fortaleza de Saruman, massacram os odiados orcs, que

haviam derrubado muitas árvores de Fangorn, e apagam as fornalhas de Isengard

desviando o curso do Rio Isen. Todo o círculo de Orthanc é inundado, ficando Saruman

isolado pelas águas em sua Torre de pedra.

O Um Anel.

De volta a Rohan, o rei Theoden envia velhos, mulheres e crianças para a segurança do

Templo da Colina, um refúgio nas montanhas, enquanto os cavaleiros de Rohan partem

em direção a Isengard. Entretanto, são obrigados a fazer um desvio que os leva até o

Abismo de Helm, um estreito desfiladeiro onde os rohirrim construíram uma fortaleza

de pedra (o Forte da Trompa"). Nela, as tropas de Rohan buscam refúgio mas acabam

sitiadas pelos Uruk-hai de Saruman. Após horas de batalha sangrenta, os orcs são

derrotados com a ajuda de outras tropas de Rohirrim, trazidas por Gandalf. Os Orcs

remanescentes fogem mas são massacrados pelos Huorns, Ents mais arvorescos, que

buscam vingança pela destruição da Floresta de Fangorn.

Finda a Batalha do Abismo de Helm, o rei Theoden, Gandalf, Aragorn, Legolas e Gimli,

cavalgam até Isengard. Ao chegarem lá, encontram Merry e Pippin sãos e salvos, e

surpreendem-se com os hobbits se fartando com as provisões de comida, vinho e fumo

da fortaleza do Inimigo. Numa última e desesperada tentativa, Saruman procura seduzir

Page 9: O SENHOR DOS ANÉIS

o grupo com sua voz persuasiva, quase hipnótica, mas Gandalf anula o feitiço e ainda o

expulsa da ordem dos Istari, quebrando seu bastão. Nesse momento, Gríma língua-de-

cobra atira da Torre de Orthanc um Palantír, pedra vidente que é capaz de comunicar-se

com outras semelhantes. Gandalf recolhe-a para posterior averiguação.

À noite no acampamento, Pippin, em sua incontrolável curiosidade, agarra o Palantír e

olha para o seu interior, e numa visão, vê o próprio Sauron, mas por sorte não revela

nada dos planos dos povos livres, e ainda vê uma parte dos planos do Senhor dos Anéis:

seu primeiro ataque será contra a capital do Reino de Gondor, a cidade de Minas Tirith.

Gandalf parte então com Pippin para Minas Tirith a fim de alertar Gondor da guerra

iminente, encerrando assim a primeira parte de As Duas Torres.

A segunda parte do livro, que fala sobre Frodo e Sam, inicia-se com a captura de

Gollum. Em troca de sua liberdade, ele promete levar os dois até Mordor, onde fica a

Montanha da Perdição. Assim é feito.

Mas Gollum não é totalmente fiel, nem totalmente sincero. Apenas Sam é capaz de

perceber suas verdadeiras intenções. Gollum é uma criatura velha e "pegajosa" que já

foi um hobbit, mas que foi possuído pelo poder do Um Anel, e jamais conseguiu

libertar-se dessa atração: um lado de sua personalidade dividida quer levar os hobbits

até Mordor em segurança, mas a outra pretende matá-los e apossar-se do Anel que lhe

foi roubado.

Atravessando vários lugares, os hobbits são guiados até o Portão Negro de Mordor, mas

este está fechado, e os hobbits, conduzidos por Gollum, seguem outro caminho.

Ao pararem para descansar e comer, Frodo e Sam testemunham uma batalha entre

Homens de Gondor e os Haradrim, aliados de Sauron. Gollum desaparece e os hobbits

são capturados por uma patrulha chefiada por Faramir, irmão de Boromir. Frodo e Sam

são levados até um esconderijo situado atrás de uma cachoeira onde Sam

inadvertidamente revela o objetivo da missão (a destruição do anel do poder).

Frodo repreende Sam e teme que Faramir seja como seu falecido irmão e queira tomar o

anel para si. Entretanto, para sua surpresa, Faramir revela grande força de caráter e

nobreza de coração, e os liberta para que possam cumprir sua tarefa.

Os hobbits reiniciam sua jornada para Mordor, com Gollum como seu guia, e decidem

atravessar as montanhas através de Cirith Ungol, local de má fama, considerado maldito

e perigoso. Este caminho os leva até uma escada talhada em um paredão de rocha, que

termina num túnel. O plano de Gollum, que se rendeu ao mal, é guiá-los através desse

túnel e lá dentro entregá-los a Laracna, uma aranha gigantesca, descendente da terrível

Ungoliant. O esquema de Gollum funciona em parte: Frodo é picado por Laracna, mas

Sam luta desesperadamente contra o terrível aracnídeo e acaba derrotando-o com um

golpe de espada num ponto fraco de sua couraça.

Convicto da morte de Frodo, Sam decide assumir o fardo do anel e completar a missão

de seu mestre. Nesse ínterim, uma patrulha de orcs se aproxima, e Sam volta para evitar

que o cadáver de Frodo vire carniça de orcs. Sam ouve a conversa dos servos de Sauron

e tem um choque ao saber que Frodo na verdade não estava morto, apenas

Page 10: O SENHOR DOS ANÉIS

inconsciente.As Duas Torres termina com os orcs levando o adormecido Frodo para a

Torre de Cirith Ungol e com o Hobbit Samwise Gamgee em desespero, que tem de

escolher entre continuar a missão do Anel ou tentar salvar Frodo das garras dos orcs.

[editar] O Regresso do Rei (O Retorno do Rei)

Gandalf e Pippin entram na cidade de Minas Tirith, onde se encontram com Denethor,

regente do reino de Gondor. Gandalf o avisa da guerra próxima, e o regente pede a

ajuda de Rohan, mas revela seu rancor por Aragorn, que, sendo descendente direto do

último rei, é o herdeiro legítimo do trono de Gondor. Merry, entretanto, permanece com

os rohirrim, para servir ao rei Théoden, que reune todos os guerreiros aptos de seu reino

e parte para a guerra em Minas Tirith. Junto com ele vão Aragorn, Legolas e Gimli.

Enquanto isso, Sam penetra na torre de Cirith Ungol, e resgata Frodo, que era mantido

prisioneiro. Com muita sorte, ambos escapam dos muitos orcs, e adentram Mordor, uma

imensa terra devastada, coberta de pó, cinza e fogo, cujo próprio ar é carregado de

fumaça venenosa.

Após receberem uma mensagem de Elrond, Aragorn, Legolas e Gimli deixam o exército

de Rohan e viajam então para as Sendas dos Mortos. Lá Aragorn convoca um exército

de almas penadas/ mortos-vivos (o livro não deixa muito claro) a cumprirem um antigo

juramento de lealdade para com Isildur, o primeiro rei de Gondor e seu ancestral direto.

Os mortos haviam jurado lutar ao lado de Gondor mas fugiram para as montanhas

quando foram chamados à guerra. Isildur então os amaldiçoou a não terem paz, nem na

vida nem na morte, até que sua promessa fosse cumprida.

Quando a guerra se abate sobre Gondor, o exército dos mortos, liderado por Aragorn,

liberta um porto no grande rio Anduin, dominado pelos Haradrim (habitantes do sul da

Terra-Média), o que permite o embarque de tropas aliadas que vão em auxílio de Minas

Tirith, sitiada pelas Tropas de Sauron. Terminada a batalha dos Campos do

Pelennor,que ainda não fora a batalha definitiva, os exércitos de Gondor e Rohan,

marcham rumo ao Portão Negro de Mordor. O objetivo da arriscada manobra é atrair os

exércitos remanescentes do Inimigo e esvaziar a Terra Negra, possibilitando a passagem

de Frodo e Sam até a Montanha da Perdição, onde o Anel do Poder poderia ser

destruído.

Tudo ocorre como previsto: os exércitos de Mordor caem na armadilha. Frodo e Sam

conseguem passar, todavia antes de entrarem na Montanha da Perdição, encontram

Gollum em seu caminho. Os hobbits se separam, Frodo adentra as Fendas da Perdição,

uma câmara no vulcão que dá acesso à lava chamejante. Quando já está à beira do

precipício, surpreendentemente, Frodo é dominado pelo Anel do Poder e o reivindica

para si: "o anel é meu, não vou destruí-lo!". Nisso, Gollum intervém, ele e Frodo lutam

ferozmente, até que Gollum arranca o anel das mãos de Frodo. Gollum escorrega e cai

acidentalmente (ou não) na lava ardente, levando consigo o Um Anel, que é destruído,

assim como Sauron, cujo espírito estava vinculado ao anel, e seus servos orcs, que

dependiam de sua força e comando.

Aragorn então assume o trono de Gondor com o nome élfico Elessar, sendo coroado

Rei por Gandalf, e se casa com a meia-elfa Arwen. Tem início assim a Quarta Era, a era

Page 11: O SENHOR DOS ANÉIS

do Domínio dos Homens. Os elfos remanescentes da Terra-Média decidem partir para

Aman, morada dos deuses Valar.

Os quatro Hobbits então retornam para o Condado, tendo que enfrentar um último

inimigo: Saruman que se apossou do Condado. Mas o mago acaba morto pelas mãos de

Grima Língua-de-cobra, e a paz volta à terra dos hobbits.

O livro termina com a partida para as Terras Imortais (Aman) de Gandalf, Galadriel,

Elrond assim como dos hobbits Frodo e seu tio Bilbo, que, embora mortais, conquistam

o direito de viver o resto de seus dias junto aos Elfos e aos Valar, como reconhecimento

de sua lealdade e sacrifício durante a Guerra contra Sauron e por terem sido portadores

do Anel Um.

Aviso: Terminam aqui as revelações sobre o enredo (spoilers).

[editar] A escrita da obra-prima

O Senhor dos Anéis foi iniciado como um sequência para o Hobbit, história publicada

em 1937 que Tolkien tinha escrito e tinha sido lida originalmente por muitos jovens.[11]

A popularidade de O Hobbit levou seu editor a pedir por mais histórias sobre hobbits,

de modo que o mesmo ano Tolkien, com 45 anos de idade, começou a escrever a

história que se transformaria no Senhor dos Anéis. A história não seria terminada até 12

anos mais tarde, em 1949, e não foi publicado antes de 1954, quando Tolkien tinha 63

anos de idade.

Tolkien originalmente não pretendia escrever uma sequência para O Hobbit, e nesse

tempo dedicou-se mais a histórias infantis, tais como Roverandom e Mestre Gil de

Ham. Como seu trabalho principal, Tolkien esboçava a história de Arda, das Silmarils e

das raças que habitavam a Terra. Tolkien morreu antes de terminar e unir este trabalho,

conhecido hoje como o Silmarillion, mas seu filho Christopher Tolkien editou o

trabalho do seu pai e publicou-o em 1977.[12]

Alguns biógrafos de Tolkien consideram

O Silmarillion como o verdadeiro "trabalho de seu coração",[13]

fornecendo o contexto

histórico e linguístico para seu trabalho mais popular e para suas línguas criadas, que

ocupavam a maior parte do tempo de Tolkien. Em consequência O Senhor dos Anéis

terminou acima dos últimos movimentos do legendário de Tolkien e em sua própria

opinião "muito maior, e eu espero também na proporção do melhor, do ciclo inteiro." [4]

Casa de Tolkien, na Nothmoor Road 20, Oxford. Lugar onde escreveu O Hobbit e O

Senhor dos Anéis.

Page 12: O SENHOR DOS ANÉIS

Persuadido por seus editores, começou "um novo Hobbit" em dezembro de 1937.[11]

Depois que diversos começos falsos, a história do Um Anel logo emergiu e o livro

mudou de uma sequência do Hobbit, para mais uma sequência do ainda não publicado

Silmarillion. A criação do primeiro capítulo (Uma festa muito esperada) sucedeu bem,

embora as razões por atrás do desaparecimento de Bilbo, do significado do anel e do

título do Senhor dos Anéis não chegassem até a primavera de 1938.[11]

Originalmente,

planejou escrever uma outra história em que Bilbo tinha esgotado todo seu tesouro e

procurava uma outra aventura para ganhar mais; entretanto, recordou-se do anel e seus

poderes e decidiu-se escrever preferivelmente sobre ele.[11]

Começou com o Bilbo como

personagem principal, mas decidiu-se que a história era demasiada séria usar um hobbit

divertido e amoroso e assim que Tolkien procurou usar um membro da família de

Bilbo.[11]

Pensou sobre usar um filho de Bilbo, mas isto gerou algumas perguntas

difíceis, tais como local onde encontrou sua esposa e se esta deixaria seu filho entrar em

perigo. Assim procurou um personagem alterno para carregar o anel. Nas legendas

gregas, era o sobrinho do herói que ganhava o artigo de poder, e assim que o hobbit

Frodo surgiu.[11]

A escrita era lenta devido ao perfeccionismo de Tolkien e foi interrompida

frequentemente, por suas obrigações como professor e por outros deveres

acadêmicos.[14]

Ele abandonou O Senhor dos Anéis durante a maior parte de 1943 e o reiniciou somente

em abril de 1944.[11]

Christopher Tolkien e C.S. Lewis recebiam notícias sobre a

história frequentemente - Tolkien enviava para o filho uma série de cópias dos capítulos

enquanto os escrevia, quando Christopher estava servindo na África do Sul na Força

Aérea Real. Prosseguiu outra vez em 1946, e mostrou uma cópia do manuscrito a seus

editores em 1947.[11]

A história foi eficazmente terminada o ano seguinte, mas Tolkien

não terminou de revisar as últimas partes do trabalho até 1949.[11]

Uma disputa com seus editores Allen & Unwin fez com que Tolkien oferecesse o livro

à Collins em 1950. Tolkien pretendia que o Silmarillion (com a maior parte ainda não

revisada até neste momento) fosse publicado junto com O Senhor dos Anéis, mas a

Allen & Unwin se recusava a fazer isto, e mais: queriam que O Senhor dos Anéis fosse

dividido em três partes para baratear os custos. Depois que seu contato em Collins,

Milton Waldman expressou a opinião de que O Senhor dos Anéis "necessitava

urgentemente de uma redução", e exigiu finalmente que o livro fosse publicado em

1952. Não fizeram isso, e assim Tolkien escreveu a Allen & Unwin novamente, dizendo

que "consideraria satisfatoria a publicação de qualquer parte do material.".[11]

Desse

modo, A Sociedade do Anel e As Duas Torres foram publicados em 1954 e O Retorno

do Rei, depois de revisões nos apêndices, foi publicado em 1955.

[editar] Publicação

Na publicação, a maior parte dos custos foi devido à falta (e preço) do papel no pós-

guerra, mas para manter o preço baixo da primeira edição, o livro foi dividido em três

volumes: A Sociedade do Anel, publicado em 1954, As Duas Torres, publicado alguns

meses depois, O Retorno do Rei e mais seis apêndices, publicado em 1955. O atraso na

produção dos apêndices, dos mapas e especialmente os índices resultou que fossem

publicados mais tarde do que esperado - em 21 de julho de 1954, em 11 de novembro de

1954 e em 20 de outubro de 1955, respectivamente, no Reino Unido. O Retorno do Rei

Page 13: O SENHOR DOS ANÉIS

foi especialmente atrasado. Tolkien inclusive não gostou muito do título de O Retorno

do Rei, acreditando que era demasiado afastado da linha da história. Tinha sugerido

originalmente o título A Guerra do Anel, que foi rejeitada por seus editores.[15]

Os livros foram publicados sob um arranjo de "partipação nos lucros", por meio do qual

Tolkien não receberia um adiantamento ou direitos autorais até que os livros cobrissem

os gastos, depois do qual teria uma parte grande dos lucros. Um índice para os três

volumes, que viria no fim do último, já fora prometido à época do lançamento do

primeiro volume, mas provou-se ser imprático para compilá-lo num período razoável.

Em 1966, quatro índices, não compilados por Tolkien, foram adicionados ao Retorno do

Rei.

[editar] A voz dos críticos

O Senhor dos Anéis sempre foi um livro bastante controverso. Sob rótulos de "Lixo

Juvenil", mas também alumiado por elogios fervorosos, essa obra ainda sobrevive para

que possa receber as mais diversas opiniões.

Começando pelas críticas favoráveis, destacamos algumas das mais importantes.

O jornal Sunday Telegraph se manifestou[16]

à época do lançamento do livro dizendo

que ele estava "entre os maiores trabalhos de ficção do século XX". A conclusão

parecida, conquanto mais teatral, chegou o Sunday Times, afirmando que "o mundo do

Inglês está dividido entre aqueles que leram O Senhor dos Anéis e O Hobbit, e aqueles

que ainda vão ler".

W.H.Auden escreveu ao New York Times: "A primeira coisa que pedimos é que a

aventura seja […] empolgante; sob este aspecto a inventividade do Sr. Tolkien é

incansável […e] o leitor exige que pareça real […] O Sr. Tolkien tem a sorte de possuir

um espantoso dom de dar nomes e um olho […] exato para descrições. […] O conto

mostra no espelho a única natureza que conhecemos: a nossa própria; também nisto o

Sr. Tolkien teve um êxito soberbo. O que ocorreu no Condado […] na Terceira Era […]

não somente é fascinante em A.D. 1954, mas é também um alerta e uma inspiração."[16]

Sobre a capacidade de inventar nomes, O Senhor dos Anéis conta com 301 nomes de

pessoas e animais, e 433 nomes de lugares.[17]

Donald Barr falou, no New York Times também, sobre uma coisa que Tolkien muito

amava: "O Sr. Tolkien é um afamado filólogo britânico, e a linguagem de sua narrativa

nos recorda que um filólogo é um homem que ama a língua."[16]

E John Gardner escreve sobre o livro, falando sobre "a rica caracterização, o brilho

imagético, um senso de lugar vigorosamente imaginado e detalhado, e [a] aventura

brilhante."

Mas nem tudo era elogios. Richard Jenkyns escreveu ao The New Republic que os

personagens e o próprio trabalho de Tolkien são "anêmicos, e carentes de fibra".

A crítica mais ácida veio talvez de Edmund Wilson, ao The Nation: "Ficamos perplexos

ao pensar por que o autor terá suposto que escrevia para adultos. […] Exceto quando é

pedante e também aborrece o leitor adulto, há pouca coisa no Senhor dos Anéis acima

Page 14: O SENHOR DOS ANÉIS

da inteligência de uma criança de sete anos. […]A prosa e o verso estão no […] nível de

amadorismo profissional. […]Os personagens falam uma língua de livro de histórias

[…e] não se impõe como personalidades. Ao final deste […] romance, eu ainda não

tinha uma concepção do mago Gandalph [sic]. […] Esses personagens estão envolvidos

em intermináveis aventuras, a pobreza de invenção demonstrada nas quais, é […] quase

patética. […] Como é que esses extensos volumes de […] baboseiras provocam tais

tributos […]? A resposta […] é que certas pessoas […] têm um apetite vitalício por lixo

juvenil."."[16]

Ronald Kyrmse, um dos maiores especialistas brasileiros em Tolkien e autor do livro

Explicando Tolkien, rebate a crítica da "língua de livro de histórias" dizendo que: "Não

só Tolkien cria nomes e frases como ninguém, mas os idiomas élficos são testemunha

da sua habilidade linguistica." e sobre a tal "pobreza de imaginação patética", Kyrmse

afirma que "Tolkien não fez outra coisa na sua vida literária senão criar uma mitologia.

[…] O problema de Tolkien é que os críticos não têm com o que compará-lo, pelo

menos na literatura contemporânea. Isso gera uma incompreensão que os leva a

rejeitá-lo."

[editar] Influência

O Senhor dos Anéis começou como uma exploração pessoal de Tolkien de seus

interesses na Filologia, religião (particularmente Igreja Católica), Contos de fadas,

assim como a Mitologia nórdica, mas também foi influenciado, de forma crucial, pelos

fatos que ocorreram em seu serviço militar durante a Primeira Guerra Mundial.[18]

Tolkien criou um universo fictício completo e altamente detalhado (Eä), onde O Senhor

dos Anéis se passa, e muitas partes deste mundo eram, como ele admitia livremente,

influenciado por outras origens.[19]

Uma vez, Tolkien descreveu O Senhor dos Anéis ao seu amigo, o padre jesuíta Robert

Murray, como "um trabalho fundamentalmente religioso e Católico, inconscientemente

no início, mas ciente disso na revisão [do livro]." [4]

Há muitos temas teológicos

subjacentes na narrativa, incluindo a luta de bem contra o mal, o triunfo do excesso

vaidade na humanidade e a atividade da Graça Divina. Além disso o trecho do Pai

Nosso "e não nos deixeis cair em tentação, mas livrai-nos do mal" esteva sempre

presente na mente de Tolkien quando descreveu luta de Frodo de contra o poder do Um

Anel.[4]

Page 15: O SENHOR DOS ANÉIS

Gandalf foi influenciado por Odin, "O Viajante" da Mitologia Nórdica.

Os motivos religiosos não-cristãos também tiveram fortes influências na Terra-média de

Tolkien. Os Ainur, uma raça de seres angelicais que foram responsáveis pela concepção

do mundo, incluíam os Valar, que formam um panteão de "deuses" quem são

responsáveis por toda a manutenção do Mundo em seus aspectos materiais e abstratos.

O conceito dos Valar ecoa na mitologia grega e nórdica, embora os próprios Ainur e o

mundo sejam criações de uma divindade sozinha - Ilúvatar ou Eru, "O Único".

As mitologias do norte europeu são talvez as mais bem conhecidas influências não-

Cristãs em Tolkien. Seus elfos e anões são parecidos e muito baseados na mitologia

nórdica e relacionados à mitologia germânica.[20]

Os nomes tais como "Gandalf",

"Gimli" e "Terra-média" são derivados diretamente do mitologia nórdica. A figura de

Gandalf é particularmente influenciada pela divindade germânica Odin em sua

encarnação como "O Viajante", um homem velho com uma longa barba branca, um

chapéu de bordas largas e uma cajado; Tolkien declarou que pensava em Gandalf como

um "Odin errante" em uma carta de 1946.[4]

As influências específicas incluem o poema

Anglo-Saxão Beowulf.[21]

O Senhor dos Anéis foi fortemente influenciado pelas experiências de Tolkien durante a

Primeira guerra mundial, onde lutou, e pela partida de seu filho para lutar Segunda

guerra mundial.

Depois da publicação de O Senhor dos Anéis, devido à sua influência ocorreu a

especulação que o Um Anel fosse um metáfora da bomba nuclear.[22]

Tolkien,

entretanto, insistiu repetidas vezes que seus trabalhos não apresentavam aquele tipo de

alegoria,[23]

indicando no prefácio de O Senhor dos Anéis que não havia gostado desta

especulação e que a história não era alegórica. Tolkien já tinha terminado grande parte

do livro, incluindo o final, antes que as primeiras bombas nucleares tivessem sido

conhecidas pelo mundo, com sua explosão em Hiroshima e em Nagasaki em agosto de

1945.

Page 16: O SENHOR DOS ANÉIS

Alguns locais e suas características foram inspiradas em locais da infância de Tolkien

como Sarehole (então uma vila de Worcestershire, agora parte de Birmingham) e

Birmingham.[24]

Tolkien sugeriu que o Condado e suas redondezas eram baseados nos

campos em torno da faculdade de Stonyhurst em Lancashire, que Tolkien frequentou

durante a década de 1940.[25]

[editar] Impacto na cultura popular

O Senhor dos Anéis promoveu uma grande mudança na cultura popular, desde os anos

1950, quando foi publicado, mas principalmente nos anos 1960 e 70. Pode-se encontrar

tal influência em exemplos como jogos de tabuleiro baseados no livro e em paródias

como Bored of the Rings (no Brasil, O Fedor dos Anéis), o episódio de South Park, O

Retorno do Senhor dos Anéis às Duas Torres, e o musical da Revista Mad nomeado O

Anel e Eu. Graças ao trabalho de Peter Jackson, muita dessa influência voltou a ser

sentida hoje.

[editar] Produção editorial

Ainda hoje o Senhor dos Anéis influencia muito da produção editorial em todo o

mundo. O exemplo mais recente é a série Ciclo da Herança de Christopher Paolini, onde

temos um enredo que se passa em uma terra que em muito lembra aquela descrita por

Tolkien. Além de Paolini, há influência de Tolkien em muitas outras obras, como a

Trilogia Fronteiras do Universo, de Philip Pullman, e até mesmo, segundo alguns

críticos, Harry Potter, de J.K.Rowling.

[editar] Música

Muitos músicos e bandas também inspiraram-se não só no Senhor dos Anéis como em

outras obras de Tolkien. As letras de músicas de algumas bandas dos anos 1970 é

recheada de referências à obra do autor. Led Zeppelin é provavelmente o mais famoso

grupo diretamente inspirado em Tolkien, e possui quatro músicas com referências

explícitas, como Misty Mountain Hop, Ramble On e The Battle of Evermore. Outras

bandas dos anos 1970 inspiradas no autor são Camel, Rush e Styx. The Beatles pode até

não ter sido musicalmente influenciados, mas eles tinham a intenção de fazer um filme

baseado em O Senhor dos Anéis. A idéia não saiu do papel, se é que chegou a ele. A

banda alemã Improved Sound Limited, em seu segundo album, gravou a música "The

dark lord", referência direta ao senhor dos aneis e Tolkien

Mais tarde, nos anos 1980 e 90, bandas de metal encontraram lugar para Tolkien em

suas músicas, muitas vezes usando a parte má da obra dele, os personagens e hostes

ruins.Summoning,fora a pioneira dentre as mais marcantes bandas de Black

Metal/melodico,pois alem de ser completamente fiel aos padrões criados pela Mitologia

Fantastica de Tokien,foi uma das bandas mais inovadoras no sentido sonoro e

ambiental.Passando o climax des de as terras imortais seguindo á Beleriand,Numenor,e

em fim a terra-media. Mas tambem nem só Summoning fica com o cargo em Black

Metal,pois muitas bandas como Gorgoroth,Lugburz,Morgoth, tambem tiveram os seus

nomes e algumas musicas usurpadas pelo misticismo.Battlelore tambem é uma banda

bastante influenciada em suas faixas sonoras.

Page 17: O SENHOR DOS ANÉIS

As bandas alemãs Blind Guardian que possui entre outras referencias a Tolkien, no

álbum Nightfall in Middle-Earth, contando história das Silmarils e a banda Helloween

com o álbum Master of the Rings. A finlandesa Nightwish (que possui a música

Elvenpath, que faz alusão a Elbereth e a Lórien) são famosas bandas de metal.

Fora do rock, muitos artistas New Age foram influenciados pelo trabalho Tolkieniano.

Enya escreveu uma música chamada Lothlórien, e compôs duas músicas para o filme A

Sociedade do Anel: May It Be, cantada em Inglês e em Alto-élfico e Aníron, cantada em

Élfico-cinzento. Além dela outros muitos artistas encontraram na obra de Tolkien a

inspiração para sua música.

[editar] Jogos de interpretação

Os primeiros jogos de interpretação de personagens (RPG) surgidos entre as décadas de

70 e 80 tiveram grande inspiração no ambiente medieval-fantástico de O Senhor dos

Anéis, incorporando os elementos geográficos como suas montanhas fabulosas, florestas

densas, grandes fortalezas e redes de túneis sobre a terra e também elementos étnicos,

como as diferentes raças civilizadas que ambientam toda a obra, como os Elfos, Hobbits

e Anões.

Esses primeiros jogos inspiraram outros mais modernos e foi longo o tempo em que

RPG ficou diretamente ligado a um cenário de fantasia-medieval. Pode-se perceber no

D&D, um dos mais famosos sistemas de RPG, uma clara semelhança com O Senhor dos

Anéis, embora adaptada à própria realidade do jogo. Apesar de toda a difusão do RPG e

da variada gama de assuntos abordados por seus jogos ainda hoje um dos mais

populares jogos de RPG do mundo é primariamente ambientado em um cenário que em

muitos aspectos lembra a terra criada por Tolkien.

[editar] Adaptações do livro

O livro já foi adaptado para o rádio, o cinema e televisão e os palcos.

[editar] No rádio

O livro foi adaptado para o rádio três vezes. Em 1955 e em 1956, a BBC passou O

Senhor dos Anéis, uma adaptação em doze partes da história para o rádio, da qual

nenhuma gravação sobrou. Em 1979, uma dramatização da história foi transmitida nos

Estados Unidos e depois colocadas em fita e CD. Em 1981, a BBC transmitiu uma nova

dramatização em 26 partes de meia hora.

[editar] Na tela

As adaptações para a tela incluem uma animação em 1978, quando Ralph Bakshi

produziu a primeira versão em desenho animado sobre o Senhor dos Anéis. A produção

não foi um sucesso. Seguindo o enredo de A Sociedade do Anel e de As Duas Torres,

devia ser dividido em duas partes. O desenho tinha muitos cortes e a qualidade da

animação não era muito boa, mas serviu como uma alavanca para uma maior

abrangência dos livros. Porém, mesmo e principalmente entre os fãs, nunca houve

grande aceitação sobre essa animação. A outra parte, O Retorno do Rei, em 1980, foi

Page 18: O SENHOR DOS ANÉIS

um especial animado para a TV por Rankin-Bass, que tinha produzido uma versão

similar a O Hobbit em 1977.

As locações do condado

Em 1999, o diretor Peter Jackson resolveu adaptar O Senhor dos Anéis para o cinema.

A trilogia foi filmada simultaneamente, e está entre os recordes de bilheteria, além de

ter acumulado dezessete Oscars, 4 para o primeiro, 2 para o segundo e 11 para o

terceiro. A empresa que realizou os filmes chama-se WETA Workshop Ltd..

Os direitos dos filmes e do enredo estão em poder da Electronic Arts, para fazer jogos

de computador e para videogames.

Para mais informações confira:

The Lord of the Rings: The Fellowship of the Ring (2001)

The Lord of the Rings: The Two Towers (2002)

The Lord of the Rings: The Return of the King (2003)

[editar] Nos palcos

Já houve muitas produções teatrais baseadas nos livros. Três foram apresentadas em

Cincinnati, Ohio, Estados Unidos: A Sociedade do Anel (2001), As Duas Torres (2002)

e O Retorno do Rei (2003). Um musical de O Senhor dos Anéis foi apresentado em

2006 em Toronto, Ontário, Canadá.

[editar] Ver também

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Hobbit

Anões

Page 19: O SENHOR DOS ANÉIS

Mordor

Homens

O Hobbit

Silmarillion

Anexo:Os 100 livros do século do Le Monde

The Lord of the Rings Online

O Senhor dos Anéis (RPG)

O Último anel por Kiril Yeskov

Referências

1. ↑ http://www.valinor.com.br/8204/

2. ↑ World War I and World War II.

3. ↑ Tolkien FAQ: How many languages have The Hobbit and The Lord of the

Rings been translated into?

4. ↑ a b c d e f g h The Letters of J. R. R. Tolkien. Boston: Houghton Mifflin,

1981. #211 p. ISBN 0-395-31555-7

5. ↑ The Return of the King: Summaries and Commentaries: Appendices.

6. ↑ J. R. R. Tolkien: A Biographical Sketch.

7. ↑ "Influences of Lord of the Ring".

8. ↑ Peter Gilliver. The Ring of Words: Tolkien and the Oxford English Dictionary.

[S.l.]: Oxford University Press, 2006. ISBN 0-19-861069-6

9. ↑ Celebrating Tolkien: Elvish Impersonators.

10. ↑ Lord of the Gold Ring. The Boston Globe (16 de Novembro de 2003).

11. ↑ a b c d e f g h i j The Lord of the Rings: Genesis.

12. ↑ Tom Shippey. The Road to Middle-earth. Revised and expanded edition ed.

[S.l.]: Houghton Mifflin, 2003. ISBN 0-618-25760-8

13. ↑ Tom Shippey. J. R. R. Tolkien: Author of the Century. [S.l.]: Harper Collins,

2000.

14. ↑ "Passei as férias dos últimos dezessete anos revisando-o […] Escrever estórias

em prosa ou verso torna-se difícil principalmente pela falta de tempo."The

Letters of J. R. R. Tolkien. Boston: Houghton Mifflin, 1981. #17 p. ISBN 0-395-

31555-7

15. ↑ J.R.R. Tolkien. The War of the Ring: The History of The Lord of the Rings,

Part Three. [S.l.]: Houghton Mifflin, 2000. ISBN 0-618-08359-6

16. ↑ a b c d Explicando Tolkien, de Ronald Kyrmse

17. ↑ Coleção 100 respostas: O Senhor dos Anéis.

18. ↑ "Influences of Lord of the Ring".

19. ↑ The Letters of J. R. R. Tolkien. Letter #19, 31 de dezembro de 1960

20. ↑ The Letters of J. R. R. Tolkien. cartas #144 & #236 dezembro de 1960

21. ↑ Shippey, Tom (2000). J. R. R. Tolkien Author of the Century, HarperCollins.

ISBN 0-261-10401-2

22. ↑ "The LOTR Props Exhibition: Steve la Hood Speaks".

23. ↑ J.R.R. Tolkien. The Lord of the Rings. [S.l.]: HarperCollins, 1991. ISBN 0-

261-10238-9

24. ↑ The Letters of J. R. R. Tolkien. cartas #178 & #303 dezembro de 1960

25. ↑ "In the Valley of the Hobbits".

J.R.R. Tolkien. O Senhor dos Anéis. São Paulo, Brasil: Martins Fontes, 1954 [1994]. ISBN 85-

336-0292-8

Page 20: O SENHOR DOS ANÉIS

J.R.R. Tolkien. O Hobbit. São Paulo, Brasil: Martins Fontes, 1937 [1998]. ISBN 85-336-0881-0 J.R.R. Tolkien. O Silmarillion. São Paulo, Brasil: Martins Fontes, 1977 [1999]. ISBN 85-336-

1165-X

[Esconder]

v • e

J. R. R. Tolkien

Bibliografia

Ficções

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Anos 40 Leaf by Niggle (1947) · The Lay of Aotrou and Itroun (1945) ·

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Anos 50

The Homecoming of Beorhtnoth Beorhthelm's Son (1953) ·

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Ring (1954)) (The Two Towers (1954)) (The Return of the

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Anos 60

The Adventures of Tom Bombadil and Other Verses from

the Red Book (1962) · Tree and Leaf (1964) · The Tolkien

Reader (1966) · The Road Goes Ever On (1967) · Smith of

Wootton Major (1967)

Ficções póstumas

Anos 70 The Father Christmas Letters (1976) · The Silmarillion (1977)

Anos 80 Unfinished Tales (1980) · Mr. Bliss (1982)

Anos 90 Bilbo's Last Song (1990) · The History of Middle-earth (12

Volumes) (1983–1996) · Roverandom (1998)

Anos 00 The Children of Húrin (2007) · The History of The Hobbit

(2007) · The Legend of Sigurd and Gudrún (2009)

Trabalhos

acadêmicos

Anos 20

A Middle English Vocabulary (1922) · Sir Gawain and the

Green Knight (Middle English text, 1925) · Some Contributions

to Middle-English Lexicography (1925) · The Devil's Coach

Horses (1925) · Ancrene Wisse and Hali Meiðhad (1929)

Anos 30

The Name "Nodens" (1932) · Sigelwara Land Parts I and II,

in Medium Aevum (1932-34) · Chaucer as a Philologist: The

Reeve's Tale (1934) · Beowulf: The Monsters and the Critics

(1936) · The Reeve's Tale: version prepared for recitation at

the "summer diversions" (1939) · On Fairy-Stories (1939)

Anos 40 Sir Orfeo (1944)

Anos 50

Ofermod and Beorhtnoth's Death (1953) · Middle English

"Losenger": Sketch of an etymological and semantic

enquiry (1953)

Anos 60

Ancrene Wisse: The English Text of the Ancrene Riwle

(1962) · English and Welsh (1963) · Introduction to Tree and

Leaf (1964) · Contribuições para a Bíblia de Jerusálem

(como tradutor e lexicógrafo) (1966) · Tolkien on Tolkien

(autobiografia) (1966)

Trabalhos

acadêmicos

Sir Gawain and the Green Knight, Pearl, and Sir Orfeo (Modern English

translations, 1975) · Finn and Hengest (1982) · The Monsters and the

Page 21: O SENHOR DOS ANÉIS

póstumos Critics (1983) · Beowulf and the Critics (2002)