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ELIANA MARTINS ROSANA RIOS O Segredo das Pedras Volume II Tempo de travessia Ilustrações de Negreiros

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  • ELIANA MARTINSROSANA RIOS

    O Segredo das PedrasVolume II

    Tempo de travessia

    Ilustrações de

    Negreiros

  • Copyright do texto © 2008 by Eliana Martins e Rosana RiosCopyright das ilustrações © 2008 by Negreiros

    PreparaçãoAndressa Bezerra da Silva

    RevisãoDaniela MedeirosAna Luiza Couto

    [2008]

    Todos os direitos desta edição reservados àEDITORA SCHWARCZ LTDA.Rua Bandeira Paulista, 702, cj. 3204532-002 — São Paulo — SP — BrasilTelefone: (11) 3707-3500Fax: (11) 3707-3501www.companhiadasletras.com.br

    Dados Internacionais de Catalogação na Publicação (CIP)(Câmara Brasileira do Livro, SP, Brasil)

    Martins, Eliana

    Tempo de travessia / Eliana Martins e RosanaRios ; ilustrações de Negreiros. — São Paulo : Com-panhia das Letras, 2008.

    ISBN 978-85-359-1277-7

    1. Literatura juvenil I. Rios, Rosana. II. Negrei-ros. III. Título.

    08-05686 CDD-028.5

    Índice para catálogo sistemático:

    1. Literatura juvenil 028.5

  • SUMÁRIO

    1. O julgamento, 9

    2. As ágatas, 21

    3. A chavinha, 41

    4. Portais, 65

    5. O cofre, 87

    6. Segredos, 111

    7. Ameaças, 131

    8. Surpresas, 149

    9. O seqüestro, 171

    10. Decisão, 191

    11. Revelações, 213

    12. Pistas, 235

    13. Travessia, 251

    14. Luz e escuridão, 271

    15. De volta, 289

    Alfabeto, 315

    Sobre as autoras, 317

  • 1

    O JULGAMENTO

  • 10

    Dara estava arrumando a mochila para o dia seguin-te. Era fevereiro; fazia pouco tempo que as aulas haviamcomeçado.

    Felizmente, tanto ela como Caio haviam passado deano. Ansiava pela volta às aulas só para revê-lo. Mas es-tava difícil falar com ele a sós. O amigo parecia ignorartudo que haviam enfrentado juntos...

    A mãe já havia chamado para o jantar. Dara ia sairdo quarto quando, ao olhar para o criado-mudo, viu suapedra-que-brilha reluzindo.

    O coração da menina bateu mais depressa. Aqueleera o sinal de Rutilo. Ele a estava convocando! O que te-ria acontecido?

    Dara ouviu a mãe chamar mais uma vez. Apressada,foi à cozinha e disse aos pais que não tinha fome. Estavacom dor de cabeça. Preferia dormir.

    — Mas Dara, nem mesmo um copo de leite? — pro-testou Dalva, sua mãe.

  • 11

    — Adolescentes... — resmungou Martius, o pai, ven-do a filha correr para o quarto.

    Dara trancou a porta e apagou as luzes. Pegou na mãodireita a pedra que reluzia; deitou-se e fechou os olhos. Oque aconteceria? Teria outro daqueles sonhos que pare-ciam reais?

    Em minutos, seu corpo ressonava. Dara havia maisuma vez feito a travessia para o misterioso mundo sub-terrâneo.

    Longe dali, numa furna escura, os únicos sons audí-veis eram o constante fluir das águas e um lamento aba-fado e ininterrupto.

    Cristais encravados nas rochas iluminavam as pare-des e a abóbada no teto.

    Em um canto, uma forma encolhida produzia o hor-ripilante lamento. Só as serpentes enrodilhadas em suacabeça se moviam, nervosas, até que algo muito estranhoaconteceu.

    Uma das serpentes soltou-se da cabeça da criatura,num estalido, e rastejou até o chão. Outra fez o mesmo. Elogo sete répteis se afastavam e seguiam para um canto dafurna, onde um túnel estreito se esgueirava terra adentro.A primeira cobra soltou um silvo e sumiu no buraco. Asdemais foram com ela, e tudo voltou à imobilidade inicial.

    O som de água nas entranhas da rocha continuou,assim como o lamento gutural do vulto. Mas algo muda-ra: as dezenas de cobras que não se haviam desprendidoda criatura postaram-se em estado de alerta.

    Olhinhos brilhantes fixos no túnel, no qual suas seteirmãs haviam sumido, pareciam esperar por alguma coi-sa. Ou por alguém.

  • 12

    * * *

    Depois do tremor de terra do ano anterior, o parqueda cidade fora cercado por cordões de isolamento. Dara ea doutora Safira haviam ido lá nas férias, e sua entrada fo-ra barrada pela interdição da prefeitura. Ninguém podiaentrar no parque a não ser daquela forma: num sonho!

    Para Dara, o sonho parecia extremamente real. Elaandou pela aléia até chegar à clareira. Ali estava o Portal.A pedra horizontal, apoiada nas duas verticais, estava ra-chada, porém mantinha-se equilibrada.

    Decidida a continuar, respirou fundo e atravessou aspedras que formavam o Último Portal.

    Luz branca intensa formou-se ao redor. Ouviu pas-sos. Como esperava, viu-se diante de um dos Guardiães,que apontou uma lança e perguntou:

    — Quem pede passagem?— Dara — respondeu, tímida.— O mestre a espera na Assembléia — disse ele, bai-

    xando a lança.Ela não se enganara: o chamado de Rutilo era urgen-

    te. Tomou o caminho que levava à Cidade Ionte. A clari-dade a envolvia; ali não havia noite, um sol rosado bri-lhava no alto.

    No centro da cidade reviu a Fonte Luminosa e a ca-sa-pedra da Assembléia, de onde os mestres governavama Terra dos Iontes. Tudo parecia deserto, porém dali vi-nha um rumor de vozes. Talvez o povo todo estivesse ládentro. Mas como entrar?

    Como que respondendo ao que pensara, uma vozecoou dentro de sua cabeça:

    — Não tenha medo, Dara. Concentre suas energias eatravesse a parede.

  • 13

    Ela gelou. Aterrorizava-a pensar em atravessar umapedra, mas... a voz dissera para não ter medo. E estavasonhando. Nos sonhos, tudo era possível!

    Reuniu coragem e andou, esperando esborrachar onariz. Em vez disso, sentiu um estranho formigamento, en-quanto tudo desaparecia. De repente, estava do lado dedentro da casa!

    Estacou, maravilhada. Havia centenas de criaturasno enorme salão. No centro, doze assentos de pedra dis-postos em círculo eram ocupados por dez iontes; dois es-tavam vazios. A menina reconheceu, em um deles, o ve-lho mestre Zircônio. Em outro, viu Rutilo.

    Passou pela multidão que havia ao redor do círculo.— Parabéns por sua primeira transpetrância — disse

    Rutilo, tomando-lhe a mão.— Trans o quê? — estranhou a garota. — Ah! Quer

    dizer que atravessei a pedra? Transpetrância... — Isso mesmo, Dara — ele confirmou, sorrindo.— Mas... Por que me chamou, mestre? — Pedi que viesse para depor no julgamento de Ci-

    trino. Ele é acusado de traição e você precisa testemunhar.O tempo ali transcorria de maneira diferente do Mun-

    do Lá Fora. Podia ter passado muito tempo desde que tu-do acontecera, mas os perigos que haviam corrido e a trai-ção de Citrino ainda estavam bem presentes na memóriade Dara.

    — E Azurita, mestre? — quis saber. — Não foi con-vocada para o julgamento?

    — Sim, o testemunho dela também é importantíssi-mo. Já deve estar chegando. Foi encarregada de buscarCitrino para a Assembléia.

    Dara engoliu em seco. Aquela experiência prometiaser perturbadora...

  • 14

    * * *

    Do outro lado do mundo, uma voz soou no terminalquatro do Aeroporto de Heathrow.

    — Ladies and gentlemen, passengers of British New Mil-lenium Air Services, flight seven o two from South America,pick up your luggage on platform five.

    O homem atravessou a multidão, ignorando pés oubraços em seu caminho, até resgatar a mala com detalhesmetálicos na esteira rolante número cinco.

    Após passar pela alfândega, tomou o corredor quelevava à área de desembarque do terminal e escrutinou amultidão que esperava os passageiros.

    — Espero que ela não esteja atrasada. Gente que seatrasa é detestável. Hateful! — resmungou entredentes, ajei-tando o topete um tanto amassado.

    No meio do povo divisou uma moça de cabelos qua-se negros, quadris grandes e a boca decorada com batomvermelho. Ela segurava uma folha de papel com os dize-res: “Mr. Xinodras”.

    — Mister Xinodras? — a voz fina da moça ecoou pelosaguão, assim que ele se aproximou.

    O recém-chegado avaliou a moreninha de alto a bai-xo. Gostou do que viu.

    — Sim, sou eu. E fale português, please. Quanto me-nos formos entendidos, melhor. Let’s go.

    — É claro, venha por aqui. Tenho um táxi nos es-perando e reservei o hotel que o senhor pediu no e-mail,se bem que um homem da sua posição devia ficar numhotel melhor...

    — Miss Smith — ele a interrompeu —, como expli-quei em nossos contatos anteriores, estou aqui incógni-to... Lembra-se? Remember?

  • 15

    — Ah, of course, Mister Xinodras. I’m sorry... Mas jáque vamos falar português, pode me chamar de Marga-reth. É Margareth Mary Lourdes da Silva Smith, mas parao senhor é só Margareth.

    Na área de estacionamento, uma garoa gelada enve-lopava o ar. Um motorista os viu, pegou a mala e pôs noveículo. A moça abriu a porta do táxi para o recém-chega-do embarcar.

    Sem uma palavra, ele se jogou no confortável banco.Aprovara sua nova colaboradora.

    “De Margareth ela não tem nada, nem de Smith”, pen-sou. “Mas parece bastante esperta para me servir e bur-rinha o suficiente para não atrapalhar.”

    Conferiu o clima inóspito pela janela, conforme o tá-xi acessava a auto-estrada para Londres.

    “Acho que vou ter saudades do sol”, pensou, de no-vo ajeitando as ondas do topete.

    Enquanto aguardava o julgamento, no Mundo dasPedras sob o Brasil, Dara recordou o que Citrino fizera.

    — O que foi feito dele todo esse tempo, mestre? Fi-cou na prisão?

    — Não há prisões aqui — elucidou Rutilo. — Ele es-teve comigo até a Assembléia marcar seu julgamento. Hámuito tempo não temos uma acusação de traição. É umcrime grave.

    — Onde estão Flint e Ônix? Eles também virão ao jul-gamento? — perguntou, lembrando-se do clorionte e do so-dionte que a tinham ensinado como entrar naquele mundo.

    — Estão longe, em missão — esclareceu o mestre. —Não daria tempo de chegarem. Mas aquiete-se, Dara, ojulgamento vai ter início.

  • 16

    Todos no recinto se calaram. Uma mulher ionte er-gueu-se de um dos bancos de pedra.

    — Bem-vindos — disse ela. — Sou Jade, responsávelpela direção desta casa. Há muito não nos reunimos parauma tarefa tão difícil, por isso peço absoluto silêncio. Queentre o acusado.

    No fundo do salão, Azurita e Citrino atravessaram aparede e andaram até o círculo.

    — Apresente-se, minha filha — disse Jade a Azuri-ta —, e introduza o caso ao povo ionte.

    A moça sodionte tomou fôlego, olhou para Rutilo,viu Dara de relance e começou a falar.

    — Sou Azurita, da Terra dos Sodiontes. Fugi de láquando Espinélio começou a explodir nossas aldeias. Elenos forçava a beber água do rio Letes, para perdermos amemória e virarmos escravos.

    Um murmúrio de indignação percorreu o recinto. Azurita prosseguiu, narrando como contatara

    Rutilo e ele fora em seu auxílio, na época em que Ci-trino fora jogado num abismo pelos guardas de Espi-nélio.

    — Nós o salvamos, mas depois descobrimos queele era um espião. Levava um gel mineral criado peloSenhor da Torre para inibir a telepatia; por isso o mes-tre nunca pôde ler sua mente. Com Citrino dando in-formações aos renegados, Rutilo foi capturado e quasemorreu.

    — Citrino, você ouviu a acusação — disse-lhe Jade.— O que tem a dizer?

    Silêncio novamente. O acusado parecia oprimido pe-las centenas de olhares fixos nele.

    — É verdade — ele disse. — Eu era um espião a ser-viço do Senhor da Torre.

  • 17

    — Mas não estava sob o efeito das águas do Letes —afirmou Jade.

    — Só quem se rebelava era obrigado a tomar a águado esquecimento. Eu trabalhava nas escavações. Quandoo Senhor da Torre convocou voluntários para espionaros iontes, achei isso preferível a cavar. Devia me infiltrarentre os refugiados e me aproximar dos mestres iontes.

    — Então — disse Jade —, você admite que traiu osque o acolheram?

    Citrino baixou os olhos e assentiu.Os nove iontes sentados nos bancos juntaram seus

    pensamentos ao de Jade e trocaram palavras de mente pa-ra mente.

    — Não restam dúvidas sobre a culpa deste clorionte— concluiu a chefe da Assembléia —, mas Rutilo insisteem que ouçamos uma testemunha.

    Todos os olhares se voltaram para Dara. Ela juntoucoragem e foi para o centro do círculo.

    — Apresente-se, humana — pediu a mulher —, econte tudo.

    Dara contou.— Há tempos, eu e meus amigos, doutora Safira e

    Caio, ansiávamos entrar no Mundo das Pedras para tentarencontrar o professor Feldspato. Marcamos o dia, e tantacoisa aconteceu que só eu consegui entrar. O pior foi que,quando cheguei, mestre Rutilo tinha desaparecido. Entãoparti para as cavernas com Azurita; íamos tentar salvá-lo.

    As palavras de Dara absorviam toda a atenção dospresentes. O silêncio era total, e ela continuou.

    — Os passos da Górgona faziam tudo tremer. Os tú-neis desabavam. Mas o mestre estava preso ali perto; e osescritos do professor Feldspato diziam que a única formade deter a monstra era jogar água do rio Letes nela.

  • 18

    O nome daquele rio ainda fazia tremer muitos dospresentes à Assembléia, que haviam perdido as lembran-ças do passado graças às tais águas...

    — Azurita e eu conseguimos pegar água num bra-ço subterrâneo do rio — continuou Dara —, tapamos osolhos e entramos na câmara. Então eu ouvi a voz de Ci-trino. Ele desafiou a Górgona a petrificá-lo primeiro! Eo coitado virou pedra. Nessa hora, eu e Azurita jogamosa água em Esteno. Ela perdeu a memória e o poder.

    — Você afirma que Citrino se deixou transformar empedra para salvar vocês? — Jade inquiriu.

    — Foi — concordou a menina. — Se não fosse isso,não teríamos conseguido escapar.

    O murmúrio cresceu no salão. A mulher ionte olhouao redor e tudo cessou, num átimo.

    — E daí — Dara encerrou, encorajada pelo silên-cio —, nós revertemos o encantamento usando a água dorio, e os que tinham virado pedra voltaram a viver. Ci-trino foi o primeiro. Mestre Rutilo disse que ele podia fu-gir... mas ele preferiu se entregar, apesar de saber que se-ria julgado por traição.

    Todos fitavam Citrino, agora ruborizado, o que dei-xava sua pele verde num estranho tom de marrom. Jadefez sinal a Dara de que podia ir, e a menina, aliviada, saiudo centro do círculo.

    — Azurita, você confirma o que a humana declarou?— Sim — afirmou a sodionte. — Ele nos traiu, mas no

    final acredito que se arrependeu. Os mestres voltaram às conversas mentais, até que a

    mulher ionte retomou a palavra.— Os fatos atenuantes são importantes. Contudo, Citri-

    no confessou ser espião de Espinélio e entregou Rutilo aos re-negados sabendo que, em conseqüência, o mestre morreria.

  • 19

    Diante disso, só existe uma decisão possível. Pode ir, Azu-rita. Ele deve estar sozinho para ouvir a sentença.

    A sodionte se retirou do centro do círculo e foi sen-tar-se junto de Dara.

    — Citrino, está pronto a aceitar o que esta Assem-bléia decidir?

    Ele ergueu o rosto e fitou Jade nos olhos pela primei-ra vez.

    — Sim — disse. — Estou pronto.— Esta é a decisão da Assembléia sobre o clorionte

    acusado de traição... Nesse momento, Dara começou a ouvir um som, um

    zumbido altíssimo que a impedia de ouvir a voz da ion-te... E uma luz forte surgiu, forçando-a a cerrar os olhospara não ser ofuscada.

    Quando abriu, viu um objeto estranho. Custou a per-ceber que era seu despertador.

    Dara tirou as mãos de sob as cobertas para desligaro som. Ainda segurava a pedra que o mestre lhe dera,porém não havia mais vestígios de luz nela.

    — Dara! — a voz de sua mãe veio da cozinha. — Querse atrasar para a aula?

    — Já vou, mãe!Sentou-se na cama, ainda confusa. Nem por um ins-

    tante acreditou que aquilo tivesse sido um sonho co-mum. Tudo estava claro em sua memória.

    — Citrino! — lembrou. — Voltei antes que a senten-ça fosse proferida. O que será que vai acontecer com ele?

    — Dara! — desta vez era a voz do pai —, é bom virtomar café, e depressa!

    — Tudo bem! — ela respondeu, levantando-se. Tinhamuito em que pensar. Mal podia esperar para estar comCaio e contar a ele o que vira...

  • 20

    Foi escovar os dentes, imaginando qual seria o casti-go dos iontes para um acusado de traição.

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