o que steven spielberg faria no seu lugar?
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O que Steven Spielberg faria no seu lugar? Lições de um contador de
histórias para sua estratégia de conteúdo
A audiência só está preocupada com a história, o conceito, os altos e baixos e o barulho que um 9ilme popular começa a fazer mesmo antes de ser popular. Assim, o público não é atraído pela tecnologia, ele é atraído pelas histórias.
-‐ Steven Spielberg
Diariamente produzimos mais conteúdo do que desde o momento zero do Planeta Terra até 2005. Hoje, uma criança de 5 anos já foi impactada por mais informação, comerciais e conteúdo do que um imperador há 300 anos atrás.
Estamos diante de uma batalha pela atenção. Afinal, quanto mais conteúdo é produzido, maior é a concorrência pela audiência. Por conta disso, humor acaba concorrendo com notícias, que concorre com vídeos, que concorre com conteúdo educativo, que concorre com gatinhos.
NINGUÉM Precisa se marketing de contéudo! As pessoas precisam de histórias.
Esse é o verdadeiro conteúdo.
MITOLOGIA ideias exemplares e sagradas que
fornecem sentido à nossa existência desde o início dos
tempos.
CONFLITOS coisas que queremos fazer, mas
somos impedidos de fazer, ou coisas que não queremos fazer,
mas temos que fazer.
MENSAGEM lições, informações, detalhes e
outros ensinamentos que podemos aprender ao final de
cada história.
Nosso cérebro é inconscientemente fisgado pelas histórias. Quando algo está chato, as pessoas tendem a desassociar as coisas, pensar em outras ideias e, principalmente parar de prestar atenção. Todo mundo já fez isso alguma vez na vida: em uma DR, em uma aula chata, em um sermão de mãe. Pensamos em outras coisas. A isso, damos o nome de área de broca. É o cérebro agindo e procurando coisas mais legais para se fazer.
Qualquer tipo de conteúdo precisa ser um diálogo. Se você não colocar a outra pessoa no meio do que está fazendo é como se estivesse falando sozinho para ninguém. O tom de voz de seu conteúdo precisa parecer com uma conversa. Você precisa incluir o expectador no meio da sua história. Se ele não se sentir ali dentro, ele vai embora.
Dependendo do tipo de história que você está contando, você precisa fazer com que o seu expectador imagine, se ele não puder visualizar. Por isso, utilizar ganchos linguísticos que o coloquem no meio do conteúdo, como: imagine, reflita, pense, se acontecesse com você, e outros que permitam que ele se coloque no meio da história.
Em ET Spielberg empregou o uso de ângulos baixos, para imbuir o mesmo sentimento de admiração que Elliott sentia e para dar aos espectadores adultos a sensação de que eles eram crianças novamente. O efeito é decididamente sentimental, mas eficaz. Ao elaborar sua história, conecte-se ao seu expectador para que eles consigam entender o que você quer transmitir a eles.
Você quer saber porque Tubarão e Inteligência Artificial são tão memoráveis? Eles são apenas interpretações modernas de Moby Dick e Pinóquio, respectivamente. Spielberg é um mestre em pegar alegorias do passado e reinvantá-las. Nem sempre você tem que começar do zero. Encontre inspiração em sua história ou seu propósito e parta daí.
Spielberg ama a edição. É uma das suas partes favoritas. Mas como pode algo tão solitário e trabalhoso trazer tanta satisfação? Porque é o culminar de um trabalho duro e visão. Se você não gosta de produzir histórias, conteúdo ou odeia o marketing digital, nunca vai conseguir fazer um trabalho memorável, e alcançar grandes resultados.
Criar histórias pensando na crítica, na bilheteria, na concorrência é o jeito errado de criar qualquer tipo de história. Quando tiver produzindo a sua história, pensa na história e nos seus expectadores. Todo o resto, SEO, links patrocinados, índice de qualidade e prova social são consequências de uma história bem construída.
A sua ideia pode vir de muitos lugares: um happy hour com amigos, uma reunião informal no café, ou bate-papo durante um evento de networking. Da mesma maneira que a sua ideia veio até você, seria fantástico você criar para sua audiência um pano de fundo para ambientar e introduzir a sua história. Comece a sua história, introduzindo o nascimento da ideia.
Use a sua imaginação para inventar uma história introdutória, se colocar em uma situação e comece a imaginar um problema para a sua ideia resolver. Em seguida, use analogias para comunicar suas ideias para o público, mostrando como elas se aplicam no dia-a-dia para resolver o problema.
Emoçòes são poderosas e a falta delas levam a um texto descritivo, frio e monótono que pode ter uma excelente mensagem, mas não ser nada atraente para o expectador. Use e abuse de adjetivos que ajudem você a expressar seus pensamentos para o seu público e ajudar você a se tornar mais criativo.
Use conceitos familiares, histórias ou propostas. Isso pode incluir filmes, programas de TV, desenhos animados e qualquer tipo de entretenimento. Qual é o propósito de fazer isso? Basta pensar sobre o que está fazendo na internet em seu tempo livre: ver filmes, ler livros e se divertindo. Lembre-se da inspiração de Spielberg em Pinóqui e Inteligência Artificial.
As imagens são suas aliadas. Procure-as no Tumblr, Flickr, faça prints do YouTube, ou até mesmo na busca por imagens do Google. As imagens chatas que todos usam não vão adiantar de nada. Certamente o seu expectador está cheio de encontrar sempre as mesmas coisas na internet.
Cada exercício de storytelling deve começar com a pergunta: quem é o meu público-alvo e qual é a mensagem que eu quero compartilhar com ele? Cada decisão sobre sua história deve fluir a partir dessas perguntas, que devem ser repondidas para o seu público, não para você.
Os melhores contadores de histórias olham para as suas próprias memórias e experiências de vida como maneiras de ilustrar sua mensagem. Que acontecimentos em sua vida fazem você acreditar na ideia que você está tentando compartilhar?
Sempre que possível, você deve esforçar-se para fazer de seus leitores os heróis da sua história. Isso aumenta o engajamento e a vontade acreditar na sua história. Quanto mais você celebrar suas próprias decisões fica menos provável do público se conectar com você e sua mensagem.
Uma história sem um desafio não é muito interessante. Uma história precisa de conflito. Existe um competidor que precisa ser superado? Um desafio de mercado que precisa ser superado? Não tenha medo de sugerir que o caminho será difícil. Lembra da Apple?
Nem toda história que você conta tem que ser surpreendente, épica e emocionante demais. Algumas das histórias mais bem sucedidas e memoráveis são relativamente simples e diretas. Não deixe que detalhes desnecessários desvirtuem sua mensagem central. Trabalhe a partir do princípio de que menos é mais.
Contar histórias é uma forma de arte que exige um esforço repetido para acertar. Pratique suas histórias, pois só assim você vai conquistar a liderança de pensamento que tanto deseja. Uma vez que você conta uma história convincente, a primeira coisa que alguém faz é pensar: para quem eu posso contar essa história?