o ponte velha - fevereiro de 2013

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RESENDE E ITATIAIA - FEVEREIRO DE 2013 Nº 202 . ANO 18 - JORNAL MENSAL DISTRIBUIÇÃO GRATUITA [email protected] www.pontevelha.com OS PLANOS DO CCRR Integração com shopping e novo perfil de sócio baile no fim dos anos 50 Sônia Pozzato e um histórico dos carnavais em Resende / 50 tons de verde A habilidade de Rechuan no tabuleiro do poder / A pouca transparência de seu governo O Dilema de Maringá e Maromba com o novo plano de manejo do Parque Nacional Renan Calheiros vai nos trazer de volta à “realidade”? / Possível falência da Rede Globo / E muito mais “As coisas transformam-se mais do que evoluem” (Murilo Mendes)

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RESENDE E ITATIAIA - FEVEREIRO DE 2013Nº 202 . ANO 18 - JORNAL MENSAL

DISTRIBUIÇÃO [email protected]

www.pontevelha.com

Os PlanOs dO CCRRIntegração com shopping e novo perfil de sócio

baile no fim dos anos 50

Sônia Pozzato e um histórico dos carnavais em Resende / 50 tons de verde A habilidade de Rechuan no tabuleiro do poder / A pouca transparência de seu governo

O Dilema de Maringá e Maromba com o novo plano de manejo do Parque NacionalRenan Calheiros vai nos trazer de volta à “realidade”? / Possível falência da Rede Globo / E muito mais

“As coisas transformam-se mais do que evoluem” (Murilo Mendes)

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2 - O Ponte Velha - Fevereiro de 2013

P O L I T I C Á L Y ACabo Euclides e Professor Silva1) E AGORA, JOSÉ? Ainda

com relação à eleição na Câmara Municipal de Resende, é público e notório que o vereador Romério votou no Bira para Presidente da Câmara. Os jornais locais comen-taram que, no dia da eleição, o Romério foi buscado, na porta de sua casa, e convidado a falar com o próprio Prefeito que tentou con-vencê-lo a votar no Pedra. Romério teria agradecido a honra de ter um voto tão cobiçado, mas reafirmou que votaria no Bira, a quem tinha dado a sua palavra. Tranquilizou o Prefeito e seus assessores que seu gesto não significava hostilidade ao governo, pois pretendia conti-nuar seu bom entendimento com o José. Uma atitude dessas tem que ser valorizada. Romério demons-trou que é um homem de palavra. Isto jamais poderia ser motivo de qualquer tipo de retaliação. Nossa coluna está de olho em alguns maus assessores do José que andam falando em dar um troco para o Romerinho. Deixa não, José. No nosso ramo, o homem que tem palavra deve ser valorizado.

2) MIGUEL GILBERTO ALMEIDA BALIEIRO DINIZ MARIANO MOREIRA DIAS - nosso estimado e competente Secretário de Agricultura (e Pecuária) tem muitos parentes na Câmara Municipal de Resende e no Governo Rechuan. Na edição de dezembro de 2012, listamos alguns de seus parentes, como segue: Vereadores Soraya Balieiro e Romério Almeida; Ex-Vereadores Dr. Aluísio Balieiro e Gilmar Moreira; Rubinho Moreira (Secre-tário de Obras), Robson Dias (Assessor na Educação) e Alexan-dre Diniz (Subprocurador Jurídico). Recebemos várias manifestações de leitores, reclamando a não inclu-são do Vereador licenciado e atual Secretário de Serviços Públicos, José Valdir Dias, também primo do Miguelzinho. Esquecemos de listar nosso amigo Valdir, que, sendo mais conhecido como Valdir

Macarrão, nos escapou o fato de ser um Dias. Engraçado que, antes de outubro/12, Miguel dizia que o Macarrão era parente longe, longe. Agora anda dizendo que o nobre Secretário de Serviços Públicos é seu primo duas vezes, pelos dois ramos familiares. Tski, tski, tski!

3) DANÇA DAS CADEIRAS - José continua fazendo algumas substituições, com um olho no santo e outro no andor. O santo é sua adminis-tração; o andor é a próxima eleição. Dá gosto ver um profissional em ação, ainda mais assessorado pelo Bebê Johnson, um craque do ramo.

3.1 - SECRETARIA DE ASSISTÊNCIA SOCIAL - Con-forme havíamos noticiado, a ten-dência era a pasta ser assumida por uma pessoa com predomi-nante perfil de político. Rechuan acertou em cheio nomeando o Alfredinho (Alfredo Soares), sem prejuízo de a Dona Marly ter feito um bom trabalho. Alfredinho vai continuar esse bom trabalho e, de quebra, é fiel depositário de muitos votos em Quatis.

3.2 – SANEAR – Sempre entendemos que a Presidência da Sanear deveria ser exercida por um técnico que tivesse sensibilidade política, o que nunca é demais. Pensando em Resende, sempre tor-cemos pelo Luiz Cláudio Siqueira Chaves. Em princípio, estranhamos o José trazer o seu xará, o José Renato Bruno, Ex-Prefeito de Barra Mansa para presidir a Sanear. Pensamos logo na inconveniência de uma gestão eminentemente polí-tica em uma Agência Reguladora, como a Sanear. Porém, logo fomos informados que o Zé Renato é Engenheiro, com especialização em Saneamento Ambiental e extensa prática no ramo. Assim, damos as boas vindas ao Zé Renato, de quem

estamos esperando uma gestão eminentemente técnica. Certa-mente, José aproveitará o Luiz Cláudio em atividade à altura de seu talento.

4) OLHA O NOEL DE OLIVEIRA AÍ, GENTE! - nosso vice-Prefeito tem manifestado seu descontentamento com a criação de Secretarias e com a sistemática terceirização de serviços. Do jeito que ele é obstinado, será difícil convencê-lo de abandonar sua guerra à gastança. Seu próximo passo poderá ser andar, pelos corre-dores do Poder, com um ventilador em uma das mãos e um saquinho de farofa, na outra. O José vai ter que usar toda a sua habilidade para o Oliveira não ficar incontro-lável. Já pensaram se ele se junta ao Julianelli e cria uma frente de oposição?

5) ANA PAULA É RECHUAN - O Professor Silva sonhou que a Dra. Ana Paula foi

oficialmente lançada candidata a Deputado Estadual e que os Ricardos (BJ e BN) criaram um concurso para escolher o slogan da doutora. O Professor Silva faturou o prêmio, com o bonito slogan: Ana Paula é Rechuan!

6) JULIANELLI, NA MUDA - Dá pena ver o Dr. Julianelli fora da Câmara Municipal. Dizem que ele sonha com o Kiko e com o Pedra, todas as noites. Tá parecendo um passarinho na muda. Nem piar o coitadinho pia. Maldade do José não tê-lo convidado para assumir o Hospital de Emergência. Olha que o PC já estava até aceitando colocá-lo na cota do PSB. Agora, falando sério: “nunca antes, na história desta cidade, um político sem mandato teve tanto prestígio”. Em todos os lugares onde passa, muitas pessoas o cercam para declarar seus votos. É bonito ver a integridade ser reverenciada!

7) VAGAS DE DEFICIENTE FÍSICOS - Diariamente, observa-mos carros, sem as identificações de deficientes físicos, ocupando as vagas a estes destinadas. Trata--se de falha grave que deve ser exemplarmente punida. Sugerimos a nossa laboriosa Guarda Munici-pal que, pelo menos três vezes ao dia, faça uma ronda por essas vagas multando os infratores. No tempo do Roque havia até um guincho para rebocar os carros dos infra-tores. Isto também seria uma boa ideia, com grande efeito educativo.

8) A GUARDA MUNICIPAL E SEU TELEFONE 181 - Na última entrevista que o Prefeito Rechuan concedeu ao Jornal Beira Rio, ele informou o telefone 181, da Ouvidoria da Guarda Municipal, destinado a receber informações, críticas e sugestões dos munícipes. De um modo geral, o atendimento do 181 é muito bom, com correto encaminhamento para a solução dos problemas apontados. Porém, temos notado que alguns aten-dentes não foram corretamente informados da função do telefone 181. Alguns nem sabem que ali é Ouvidoria, nem mesmo o que é uma Ouvidoria. Sugerimos ao Comandante Jances que promova treinamento para o pessoal, espe-cialmente acionando seu antigo colega de farda, o Leão, que hoje é nosso Ouvidor Geral. Como bem diz o Leão, todo funcionário público é um Ouvidor. Assim, pessoas despreparadas não têm o direito de comprometer o bom fun-cionamento da Guarda Municipal, um dos orgulhos de nossa cidade.A 10km de Penedo,

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União (CGU) nos estados e municípios. Além do CONSO-CIAL, já temos também uma lei municipal, de autoria do Vereador Julianelli, que regulamente a

lei federal de acesso às informa-ções dos órgãos públicos. Comi-tê e lei representam uma avanço significativo na consolidação da jovem democracia brasileira.

A nossa lei municipal teve quatro vetos por parte do pre-feito José Rechuan, dois deles afetam significativamente os objetivos da lei. O CONSO-CIAL RESENDE está solici-tando à Câmara Municipal que derrube os vetos do prefeito. O

prefeito alega que o site da pre-feitura tem total transparência, mas o comitê discorda. Nome dos servidores, salários, adicio-

nais, lotação, su-bordinação, local de trabalho e situ-ação do servidor, por exemplo, não estão dispo-níveis de forma clara e objetiva

no site. O prefeito alega também que a exibição desses dados, em caráter permanente e atualizado, fere direitos individuais e acarreta custos adicionais para o município. O co-

mitê de transparência também discorda dessas alegações. Os órgãos públicos tiveram quatro anos para se adequar à lei da transparência. Muitos, a come-çar pelo próprio governo fede-ral, já estão divulgando esses dados. Não há qualquer motivo justificável para a Prefeitura de Resende não acatar esta lei.

Você deve ter lido a notícia da existência de 400 servidores fantasmas, apenas no gabinete do prefeito, na Prefeitura de Ni-

Fevereiro de 2013 - O Ponte Velha - 3

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O pior é o pessoal continuar tomando ele

de qualquer jeito...Estão pedindo transparência sobre a quantidade de água que

eu coloco no seu leite.

deixa o sol entrarDizem que o melhor de-sinfetante é a luz do sol. Con-cordo. Em todos os sentidos. Principalmente quando a luz do sol atravessa as paredes, portas, janelas e cortinas dos gabinetes dos dirigentes políticos. Não basta só o detergente, tem que ter a esponja. E a melhor esponja para combater este tipo de sujeira é a lei, não aquela que fica escondida no fundo da gaveta, mas aquela que a sociedade exige que funcione, como o código de defesa do consumidor e a lei da transparência do serviço público. Esta última, ainda engatinhado, mas que veio para ficar. Desde que você queira. Se você está lendo este artigo, isso já é um bom sinal.

Se houvesse transparência total sobre os órgãos públi-cos neste nosso país não teria acontecido a tragédia da Boate Kiss. Quem aprovou o projeto? Quem licenciou? Quem fisca-lizou? Quem emitiu o alvará? Se houvesse transparência, tudo isso estaria informado, de forma clara e objetiva, nos sites dos órgãos públicos envolvidos.

Em Resende, a sociedade civil se organizou e criou o COMITÊ DE TRANSPARÊN-CIA E CONTROLE SOCIAL (CONSOCIAL/RESENDE). Este órgão foi criado por força de lei federal e é braço de apoio da Controladoria Geral da

lópolis. Em recente programa de fiscalização, a CGU encon-trou irregularidades no progra-ma do Bolsa Família em todos os município fiscalizados. Entre os beneficiários do programa havia comerciantes, donos de sitos e principalmente servido-res públicos dessas prefeituras. Se todos esses dados estivessem disponíveis nos portais das pre-feituras, de forma clara, objetiva e transparente, isso não teria acontecido. Alguém teria visto e denunciado o fato à CGU, ao Ministério Público, ou qual-quer outro órgão de controle.

A transparência é, sem dúvi-da alguma, a maior inimiga da corrupção. Prestação de contas por parte de agentes públicos não é nenhuma novidade, isso vem da Grécia antiga onde a comunidade se reunia em praça pública para ouvir os esclare-cimentos prestados por todos aqueles que exerciam cargos públicos. Não precisamos mais nos reunir em praça pública para ouvir a prestação dos nossos dirigentes públicos. Hoje temos a internet, a cidadania exercida pelas redes sociais, a

Eliel de Assis Queiroz

mesma que está botando pra correr corruptos e ditadores pelo mundo afora. O Egito é um bom exemplo.

Além dos dados aqui cita-dos, o CONSOCIAL RESEN-DE está solicitando também ao prefeito de Resende, José Rechuan, mais transparência no processo de licitação do ge-renciamento dos resíduos. Um documento postado pela prefei-tura na internet define em 25 anos o prazo de concessão desse serviço para a iniciativa privada, sem apresentar um único dado técnico para justificar tal deci-são. O comitê de transparência não é contra concessões, nem está tratando o tema de forma ideológica. O que se exige é a apresentação dos dados obtidos através de estudos de viabilidade técnica e econômica, em audi-ência pública, como determina a legislação vigente. Na última audiência pública, realizada no CIEP do Surubi, o prefeito se comprometeu com a criação de um Grupo Técnico de Trabalho para tratar do assunto. Pelo visto, a promessa foi esquecida. Eliel de Assis Queiroz Gestor da Reserva Agulhas Negras (RPPN)

4 - O Ponte Velha - Fevereiro de 2013

A Justiça, através do STF, deu um importante passo para diminuir a impunidade no País. Ao condenar os mensaleiros e estabelecer a perda dos mandatos para os deputados envolvidos, estabeleceu um critério e um precedente. Se for séria a determinação de regular a atividade política,

muita gente ainda vai dançar.Quando o Presidente Lula

tomou posse em 2003, o caos finan-ceiro estava instalado no Brasil, orquestrado ao sistema internacio-nal para inviabilizar um governo de esquerda. O dólar beirava os 4 reais; algum sinal tinha de ser dado para que o governo não capitu-lasse, logo no início. A reforma da Previdência foi o primeiro processo do governo sinalizando com o controle das contas públicas. Mas havia um entrave; os mercadores do Congresso. Deputados que querem alguma benesse, algum privilégio para votarem com o governo. Foi aí, da necessidade de reformas necessárias doloridas e do apetite de deputados, que surgiu o mensalão.

Mas essa era e ainda é a forma de fazer política no País. Todo cidadão minimamente interessado já ouviu falar em toma lá dá cá, nas

negociações que deputados, fede-rais e estaduais, e vereadores fazem junto ao executivo para ganhar vantagens. Portanto esses conde-nados foram apenas os iluminados pela mídia na hora certa. Os que fazem o mesmo, nas sombras, são muito mais. Certamente as práticas em que eles foram condenados abraçam muito mais políticos, dos mais variados partidos.

O mensalão do DEM em Bra-sília e as negociações de empre-sas com órgãos do governo vêm sendo demonstrados pelos meios de comunicação. Vereadores que brigam, se expõe em defesa de um tema, mas na hora da votação em plenário acabam votando a favor do prefeito e contra o que prega-vam; exemplos como esse vêm acontecendo regularmente, pelo País. A maioria dos políticos parece que busca constantemente recursos para a próxima campanha. E as campanhas eleitorais têm sido cada vez mais caras.

Cada vez mais caros marquetei-ros, mercadores da alma, tomam o centro das campanhas. As campa-nhas políticas não discutem Política de transporte, saúde ou educação; a superficialidade, os escândalos, o imediatismo, sentimentalismos expostos por marqueteiros compe-tentes formam o cerne das cam-

panhas. Os ideais e os programas partidários deixaram de existir. Os apelos pelo voto são semelhantes aos daqueles que vendem sabonete ou cerveja.

Nossos tempos e os governos do PT permitiram que a Justiça e a Polícia Federal investigassem de forma independente; podemos dizer que há uma tendência irreversível para chegarmos num ponto em que o mal--feito seja denun-ciado e criminali-zado, sem distinções de classe social ou de conluio com autoridades. Oxalá essa marcha não seja interrompida.

Houve um tempo, durante a ditadura militar, que qualquer investigação ou denúncia na imprensa era proibida e censurada, se atingisse pessoas ligadas ao governo. E não precisava ser de natureza política, econômica ou financeira. Emblemático os dois casos de pedófilos, filhos de gente influente, até do ministro da Justiça na época, que foram abafados (governo Médici). E duas crianças brutalmente assassinadas, uma em Brasília e outra em Vitória. A Policia Federal foi proibida de investigar os suspeitos. (Quem quiser detalhes, pode procurar na internet, casos Araceli e Ana Lidia Braga, ou ainda caso Buzaidinho).

Com seus inúmeros defeitos, a democracia é ainda o melhor sistema de governo.

A Democracia deve prevalecer; com ela, a busca pela Justiça

José

Rob

erto

De

Paiv

a

As formas oficiais da demo-cracia não nos garantem decidir o que desejamos para nossas vidas (e será que desejamos mais do que um relativo conforto?) O poder econômico (os mais ambi-

ciosos), sim, deseja com vontade; concentra-se cada vez mais a nível planetário e dita a musica que vamos dançar. Incorpora a oposição, anula a contradição. A geração que sofreu na tortura em nome de uma reforma agrária, hoje é aliada de Renan Calheiros, dono de boiadas que às vezes até se prestam a justificar notas frias. Alguns vão a julgamento por corrupção, mas há no ar um cheiro de coisa pontual referente a troca das cadeiras do palácio, um cheiro de que isso não se alastrará pelo nosso sinistro oceano de municípios.

E minha sobrinha volta de sua viagem pela América do Sul dizendo que apóia, sim, Hugo Chavez, pois considera que ele está fazendo as reformas estru-turais que o Lula não fez. Minha sobrinha, por sinal, me parece

uma exceção numa mocidade que foi muito enfraquecida na possi-bilidade de influir nos rumos do país e, assim, enfraquecida tam-bém na capacidade de sonhar, de exercitar os ideais e as utopias, que são o laboratório de pesquisa da ciência política.

Mas vou especulando sobre a falta do sentimento republicano (o sentimento de que o país e a aldeia nos pertencem), para chegar a Penedo. Um lugarejo como este, de características específicas, que não se presta a indústrias ou a mega shoppings, ainda possibilita que sua própria população decida o seu destino. Uma micro (e linda) bacia hidro-gráfica encravada nos contrafor-tes da serra nasceu para o apuro, o detalhe. Não para estar sujeita a uma Itatiaia longínqua no espaço e na mentalidade. Ficamos de mãos atadas por interesses de ocasião de caciques políticos, mas pode ser diferente. Antes de tudo, antes de saber se tem que virar distrito ou não, é preciso haver uma vontade, alguma cura para a incapacidade de pensar coletivamente, para a injeção de impotência que os tempos atuais nos inoculam.

PS:Um grupo de amigos de Engenheiro Passos que costuma se encontrar na pizzaria Empório do Alto vai começar no dia 28 de fevereiro uma série de encontros filosófico-literários, sempre na última quinta-feira de cada mês às 20h, no Empório. Temas ligados a filosofia e à história. Marcos Cotrim será o primeiro a expor um tema. O Empório fica em frente ao hotel-fa-zenda Três Pinheiros e oferece pizza, vinhos e cerveja de boa qualidade

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Morro dos Pecados é o nome tradicional – não, tra-dicionalíssimo! – da elevação que se vê por trás do conjunto de prédios industriais ergui-dos na simpática planície de Itatiaia, que já se chamou “Campos de Dona Silvéria” em inícios do século XIX. Postado com certa nobreza entre os vales dos rios Campo Belo e Bonito, dominando os pastos da Cabreúva, abrigava um cafezal longe de qualquer dos córregos onde se mata a sede na roça.

Sem grota nem mina por perto, trabalhar nesse cafezal era um castigo nos tempos do proprietário da Fazenda Rio Bonito, Manoel Gonçalves da Rocha, o Manoel Carim-bo, pai da importante figura que foi Dona Maria Benedita Martins. Daí, “Morro dos Pecados”. Passo adiante o que ouvia dos mais velhos. Por isso me assustei quando ouvi cha-má-lo de “Morro Redondo”. Não que esteja errado, pois redondo é. Mas certo também não é. No fundo, é uma falta

de respeito com o venerando morrete, glorioso com seus cinquenta tons de verde.

A variedade do verde

inspira a dos nomes. As coisas, como as pessoas, têm nomes próprios. Pena que não se fale mais do Morro do Venerando, que emoldura o bairro da Vila Pinheiro em Itatiaia também. As denominações – Veneran-do e Pinheiro – são antigas como Campo Bello, embora não se saiba bem por que foram assim chamados esses personagens. Lógico que a comodidade simplifica a pre-cisão, inventando as “ruas de cima”, “ruas de baixo”, “ruas direitas” etc. Ou então com mais riqueza de orientações: “rua mata porcos”, “rua do bicame” “rua do rosário” etc. Mas como substituir “Pedra Selada”, “Macieiras”, “Baga-gem”, “Capelinha”, “Porti-nhos”, “Formigueiro”, “Fazen-dinha”, “Manejo”, se têm vida própria e foro de cidadania? Carteiros precisam de CEPs, mas nós precisamos mais do

que nunca desses nomes.Dias atrás fui atropelado na

internet por uma “Lenda da índia deitada”, uma narrativa mirabolante, mais artificial do que a “Lenda do Timburibá” criada pelo João Maia. Maia tem a vênia (era bacharel...) de ter vivido numa época em que o romantismo permitia que se criassem lendas. Vá lá... Heróis, hinos, bandeiras e declamações compunham um cenário simbólico respei-tável para elas. Mas tirar do bestunto, hoje, uma Lenda da índia deitada é descabido. Só falta – arrepiei-me! – estarem ensinando isso nas escolas. Bem pior do que a Casa do Papai Noel, erguida no quin-tal de Dona Maria Benedita, onde os nomes finlandeses pelo menos cumprem alguma função.

Quem lida com o verde

– mesmo os ambientalistas! – sabe como ele nos oferece a variedade de tons, multipli-cada pela incidência da luz e pelo movimento das texturas. Nem a era da anilina conse-guiu exilar o verde de nossas vidas. Apesar das tentativas de regulamentar as frequ-

ências de onda de nossa cor imperial, ou decretar o fim da força da gravidade. Apesar dos atentados contra o arroz com feijão e o samba de breque, que enchem as ruas de Resende de caquinhos arquitetônicos e postes sob tortura, parece que pelo me-nos no milho pode-se contar com o verde.

As entrevistas-depoimen-tos de Flora Pimentel sobre seu avô, Sávio, no último número do Ponte Velha dão a entender que podemos ter

esperança. Há uma geração em formação que nada tem de daltônica. Do sobrado de Maria Benedita, Netinho e Filhinha irradiaram uma Re-serva familiar com algumas das melhores espécies da Mata Atlântica. Com raízes, troncos e membros que ajudam a cidade a respirar, demonstrou-se o óbvio: uma cidade é feita de famílias. Do cognac licoroso de gengibre ao suco de milho, a honra dos nomes próprios é assegurada.

quitetônico que inclua um shopping, em cima do qual haja uma área para o clube, com quadras e academia de ginásti-ca, por exemplo, como vem acontecendo em alguns clubes de grandes cidades. O comércio daria uma receita extra ao clube e além disso movimentaria ainda mais o espaço.

Nesse sentido, está sendo feito um levantamento topográfico (trocado pelo CC pela terceirização do seu carnaval deste ano), em cima do qual a ONG resendense Bicho Pau vai realizar o projeto arquitetônico. A Bicho Pau é formada por arquitetos e estudantes de arquitetura e tem por objetivo a revitalização de espaços públicos com adequação ao respeito ambiental que o nosso tempo exige. Já fizeram alguns projetos para a cidade, entre eles o do Parquinho do Aarão, que podem ser vistos no site da ONG.

“O projeto da Bicho Pau será transformado numa maquete eletrônica, de modo que será fácil e atraente apresentar à cidade o que será o novo clube, e ao mesmo tempo ouvir da população o que ela espera do novo CC em termos de atividades” - completa Ricardo Pimentel.

6 - O Ponte Velha - Fevereiro de 2013

O CCRR, que no século passado foi o clube mais importante de Resende (e que nas últimas décadas, com a transformação rápida da cidade, ficou um pouco defa-sado), está iniciando um processo de revitalização que começa no resgate dos sócios tradicionais, passa pela identificação do perfil de um novo público e inclui ainda um ousado projeto arquitetônico mesclado com shop-ping - solução encontrada por alguns clubes de grandes cidades, como o Botafogo do Rio e o Central de Niterói.

O Botafogo e o Central foram dois dos clubes visitados pela dupla que está à frente da empreitada: Guilherme Matos de Freitas, o atual presidente do CC, e Ricardo Pimentel (o Sabiá, da Parada do Milho), seu vice. Os dois, por sinal, ex-atletas do CCRR - Guilherme no futebol de salão e Ricardo na natação. E o que os move é principal-mente o “amor à camisa” do clube, que já foi destaque em várias modalidades nas competições estaduais. A sala da diretoria é repleta de troféus, que em breve deverão fazer parte de um museu do CC, outra idéia da dupla.

10 mil metros quadrados a menosO CCRR foi fundado em 1937 por um grupo de resen-

denses que tinha à frente o Dr. Haroldo Rodrigues, co-nhecido médico da cidade. O maior propósito era reunir a sociedade resendense em torno de atividades culturais e sociais, como saraus e bailes. A sede tinha entrada pela rua XV de Novembro e ficava onde depois se instalou o ci-nema Odeon. Nesse tempo não haviam atividades espor-tivas, uma vez que haviam ali instalações para isso.

Na década de 1960 o clube mudou-se para o local onde está até hoje, por trás da Praça da Matriz, onde o espaço era suficiente para desenvolver o esporte amador. Ali também as novas gerações de então protagonizaram os fa-mosos bailes - notadamente os de carnaval -, os concur-sos de misses, os fins de semana na piscina, os namoros, noivados e casamentos.

Naquela época - lembram Guilherme e Ricardo - o CC tinha uma área de 18.000 m2, que é o que ainda consta nos cadastros da Prefeitura. No entanto, na prática, o clube hoje tem apenas 8.000 m2. O restante da área, cor-respondente ao que é agora o Parque Zumbi, na beira do rio Paraíba, acabou com o tempo sendo separada do clube, num processo em que a documentação foi perdida e cuja reversão é hoje muito difícil, segundo eles.

Resgate dos SóciosO primeiro grande problema que a nova diretoria

encontrou foi o da inadimplência. De um total de 801 sócios proprietários apenas 54 estão com suas mensali-dades em dia. Desta forma, qualquer receita extra que o clube consegue (atualmente as receitas extraordinárias são obtidas principalmente com a locação das instalações) tem que ser usada em despesas de manutenção e folha de pagamento, o que torna muito difícil os investimentos.

“Estamos conversando com os sócios, um a um, pro-curando convencê-los a acertar a situação e a acreditar no futuro do clube” - diz Guilherme. “Poderíamos apenas enviar uma correspondência dando prazo para o acerto das contas sob pena de perderem o título, mas não é isso

CCRR busca seu novo lugar na cidade

que queremos”.“Estes sócios tradicio-

nais têm saudades do clube” - completa Ricardo, “alguns fazem parte de um grupo chamado Amigos do CC, que tem até um facebook e vem promovendo bailes de carnaval para rememorar os áureos tempos. Os bailes são um sucesso, muitos dos participantes querem fazer eventos aqui, mas quan-do a gente os chama para participar mais ativamente do clube, no dia a dia, eles ficam reticentes”.

Ricardo, aliás, conheceu sua esposa, Kátia, no CC, e foi nos bailes, nas conversas na piscina, que o namoro co-meçou. Foi no clube também que suas filhas fizeram as primeiras amizades e viram o pai disputar competições. “Tudo isso me faz sentir uma dívida de gratião para com o CC, e é esse sentimento que eu acho que deve existir no coração de muita gente” - diz ele.

Dos Idosos aos JovensGuilherme e Ricardo pensam que a fase de inércia

que o clube viveu nos últimos tempos deixou nas pessoas a imagem de um CC abandonado, palco dos bailes funks que passaram a acontecer ali depois que a boate parou de funcionar. Eles querem mudar isso. Pretendem voltar com os bailes que aconteciam às quintas-feiras, até 2011, e que, pelo repertório e ambiente, atraíam pessoas da terceira idade. Outra meta é atrair os jovens com uma revitalização da parte de esportes, tentando também uma parceria com a Prefeitura através das escolas municipais.

“A Prefeitura poderia manter aqui uma escolinha para vários esportes. Quantos jovens vivem pelos arredores do CC sem opção de lazer, sem um lugar de convivência saudável? A droga está aí, e a sociedade precisa oferecer alternativas a eles” - diz Ricardo.

“O sócio tradicional do CC era da elite resendense, que hoje tem piscina e sauna em casa, quando não tem um campinho de futebol particular. Surgiram também outros clubes, mas há uma parte da comunidade que carece de um bom clube” - completa Guilherme.

E no que diz respeito a esporte amador o que não falta é tradição ao CC. Já foi campeão estadual de voleibol feminino (equipe que ficou na lembrança de tanta gente, dirigida pelo coronel Buzzato), campeão da Copa Rio Sul de voleibol masculino, e já conquistou muitos títulos em handball, judô e natação. Entre as décadas de 60 e 90 do século passado o CC era um nome forte na cenário do esporte amador do estado do Rio. E as instalações estão lá: piscina olímpica, ginásio, quadras, sauna, grande salão social, etc.

Visão de FuturoAlém do resgate dos antigos sócios e da incorporação

de novos, a atual diretoria tem um plano ambicioso com respeito à reformulação da sede. Pensam num projeto ar-

servimos almoço Opção de Comida natural

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Fevereiro de 2013 - O Ponte Velha - 7

“ Tanto riso / Oh, quanta alegria / Mais de mil palhaços no salão...” (Zé Keti /Hildebrando Matos)

Carnaval é o tipo de festa que você ama, ou odeia. Não conheço ninguém que ame pela metade o Carnaval. Ele des-perta sentimentos extremados: “Amo de paixão o Carnaval!” “Detesto Carnaval!” E esses sentimentos são acalentados desde o nascimento. Na minha família todos amam os feste-jos de Momo. Fomos, desde pequenos, levados a curtir esse período. Nossos pais nos fantasiavam, compravam confete, serpentina, lança-perfume (naquela época era permitida a compra), tiravam fotografias, nos levavam nos bailes infan-tis... Conta uma “lenda familiar” que meu pai, recém-casado, morando no Rio, saiu num sábado de Carnaval e voltou só na 4ª feira de cinzas. Ao chegar em casa, tentando justificar o sumiço, disse que estava ajudando a organizar o desfile dos Ranchos (antigamente, existiam essas associações) e “perdeu a noção do tempo”. Haja “noção” prá perder e haja “tempo” prá encontrar!!! E minha mãe, que viveu sessenta carnavais com ele, poderia ter cantado tal qual a música Com Açúcar e com Afeto, de Chico Buarque:

“E ao lhe ver assim cansado, maltrapilho e maltratado / Como vou me aborrecer, qual o quê / Logo vou esquentar seu prato, dou um beijo em seu retrato / E abro os meus braços pra você...”

Resende tem uma história muito rica quando o assunto é Carnaval. Pesquisando nos jornais de épocas passadas, pode-se constatar o esplendor dos festejos que aconteciam, em nossa cidade, desde priscas eras.

A minha geração – década de 60, 70, início da década de 80 (quando começou a decadência dos clubes, dos blocos e escolas de samba) – tem muito prá contar sobre esse assunto.

“Confete, pedacinho colorido de saudade / Ai, ai, ai, ai / Ao te ver na fantasia que usei / Confete, confesso que chorei.” (David Nasser/Jota Junior)

Os bailes infantis, que aconteciam nos diversos clubes da cidade, eram especiais. RESENDE FC, CCRR, GSSAN, GRUMC, CIMAN iam formando uma geração de futuros foliões. O fotógrafo oficial da maioria dos resendenses era o Flávio Maia (antes de irmos para o clube passávamos no seu estúdio para sermos fotografados fantasiados).

Já adolescentes e jovens, não perdíamos um baile no CCRR. Os bailes do CC eram conhecidos no Estado do Rio todo. Nossa casa virava uma hospedaria de primos, primos dos primos, amigos dos primos, amigos dos amigos que vinham para curtir essa festa. Como já disse, nós adoramos Carnaval!

O desfile dos Blocos e Escolas de Samba era uma atração à parte. Em 1979, me lembro bem, pois já trabalhava na Prefeitura de Resende, desfilaram três Escolas de Samba: Grêmio Recre-ativo Escola de Samba Campos Elíseos, Escola de Samba Unidos do Manejo e Escola de Samba Unidos da Nova Liberdade e quatro Blocos: Mocidade Alegre da Vila Vicentina, Unidos do Lavapés, Sociedade Recreativa Castelo Branco e Bloco Carnavalesco do Monte Castelo. Em 1981, desfilaram também o Grêmio Recreativo Escola de Samba Castelo do Paraíso, o Grêmio Recre-

ativo Escola de Samba Alto dos Passos e a Escola de Samba Cisne Azul. Uma multidão se aglomerava na Praça Oliveira Botelho e depois na Avenida Beira Rio para torcer pela sua Escola do coração. Apagar uma manifestação cultural é fácil, difícil é fazê-la ressurgir das cinzas!

Não se pode esquecer dos desfiles dos Blocos de Sujo. “Chegou a turma do funil / Todo

mundo bebe/Mas ninguém dorme no ponto / Ai, ai ninguém dorme no ponto / Nós é que bebemos e eles que ficam tontos(...)” (Mirabeau/M.de Oliveira/U.Castro)

Minha memória vai buscar o Bloco chamado “Turma do Funil” que saía do Armazém do seu Hermílio, pai do Noel de Oliveira, hoje Vice-Prefeito de Resende. Este Bloco se reunia no armazém, que hoje é um point resendense – Bar do Catarino. Bêbados, sóbrios, homens vestidos de mulher, fantasias de demônio, de diabo, baianas, índios, desfilavam pelas ruas de Campos Elíseos ao som de marchinhas maravilhosas. Mas o personagem mais marcante chamava-se LORETTI. Ele era um funcionário da AMAN, que veio para Resende junto com a Academia. Na 6ª feira de Carnaval, ele se travestia de mulher e saía pelas ruas da cidade. Todos esperavam a sua performance carnava-lesca.

Na década de 70, surgiu, também o Bloco das Piranhas, organizado pela juventude resendense que marcou toda uma geração e, até hoje, continua arras-tando foliões.

“Acabou nosso carnaval / Ninguém ouve cantar canções /Ninguém passa mais / Brincando feliz / E nos corações / Saudades e cinzas / Foi o que restou. / E, no entanto, é preciso cantar! / Mais que nunca é preciso cantar! / É preciso cantar / e alegrar a cidade!” ( Vinícius de Moraes e Carlos Lyra)

Meados da década de 80, década de 90, década de 2000...Carnaval de Itatiaia e Quatis bombando. Carnaval de Resende morrendo. Motivos? Poderia citar vários. Mas, prefiro me alegrar com a notícia do seu renascimento, gestado no coração e mentes de pessoas que cultuam as nossas

manifestações populares. Cantemos e dancemos, pois!!! Caymmi já avisava que quem não gosta de samba “bom sujeito não é. É ruim da cabeça ou doente do pé”. Quem sabe a alegria permaneça nas ruas e nos clubes de nossa Resende, e deles nunca mais desapareça.

Cantarolando Chico Buarque, desejo a todos um feliz Carnaval e vida longa às marias, aos zés, aos beneditos, aos laís, aos ricardos, aos osvaldos, às sônias nogueiras, aos aloísios, aos guilhermes, aos márcios, às sandras, às anas, às terezas, aos claudionores, enfim, a essa legião de foliões que faz com que o Carnaval seja sempre a maior festa cultural e popular brasileira.

“Mas é carnaval, não me diga mais quem é você / Amanhã tudo volta ao normal / Deixa a festa acabar, deixa o barco correr, deixa o dia raiar / Que hoje eu sou da maneira que você me quer / O que você pedir eu lhe dou / Seja você quem for, seja o que Deus quiser / Seja você quem for, seja o que Deus quiser (...)”

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Tanto riso Oh, quanta alegria

Sônia Maria Pereira Pozzato

Carnaval na década de 50 - Macedo Miranda Filho, Maria Cláudia, Sônia Leite, Zil Leite.

Foto de Flávio Maia

8 - O Ponte Velha - Fevereiro de 2013

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desde 2007

A criação do “CONSELHO MUNICIPAL DE PLANE-JAMENTO ESTRATÉGIO E ASSESSORAMENTO” deno-minado “Instituto Marechal José Pessoa” – Lei Municipal n° 2873, de 20 de setembro de 2011, com suas competências, objetivos claros e definidos nos estimula a escrever este artigo com conside-rações que julgamos pertinentes. Recebendo este “Conselho” o nome do dinâmico Marechal José Pessoa, o Poder Público de Resende valoriza a sua obra mais significativa – a transferência da Escola Militar de Realengo da ci-dade do Rio de Janeiro para este município. Homenageia também o Exército Brasileiro, pois a esco-la aqui instalada, hoje denomina-da, Academia Militar das Agulhas Negras, ao diplomar oficiais, em Resende, desenvolve suas futuras lideranças e parte significativa do seu potencial humano.

A decisão tomada e sua con-cretização trouxeram benefícios para o Exército como registra Hiram Câmara, conceituado bi-ógrafo do Marechal José Pessoa. Relata que a escolha de Resende, às margens do importante rio Paraíba e no sopé das Agulhas Negras, deu-se porque a região oferecia condições geográfi-cas, climáticas e sociais para a almejada mudança. Acrescenta-mos que a adequada e gradual evolução da cidade de Resende, ao longo dos anos, acolhendo os cadetes oriundos dos vários Estados, com suas peculiaridades culturais, contribuiu e facilitou a formação, desenvolvendo perso-nalidades sadias nesses militares

ainda jovens. Registrou, em livro de sua autoria, o saudoso coronel Gustavo Lisboa Braga, cadete de 1944: “Cumpre, porém, ressaltar o carinho, a atenção e a compre-

ensão que recebemos das famílias de Resende.”... O reconhecimen-to dessa especial acolhida se faz com inúmeras nuances, podendo se destacar a união afetiva, pois alguns escolheram para esposas filhas desta cidade, o que justi-fica nossas singelas percepções. Assim podemos concretizar nossas homenagens mencionando o estimado “capitão” Amorim instrutor e comandante da turma de Infantaria de 1963, como exemplo de oficial que tem por esposa uma resendense.

O objetivo do então Ministro da Guerra, General Eurico Gaspar Dutra, que priorizou a constru-ção da nova Escola Militar em Resende, profeticamente ocorreu, pois aqui passou-se como era o seu desejo “forjar o caráter dos jovens” com novos estímulos para seus comandantes, profes-

sores e instrutores preparando “as personalidades dos futuros oficiais em melhores condições“. Pode-se também avaliar a contri-buição das famílias de Resende

na formação dos filhos que são “doados” para nesta cidade se incorporarem a considerável família militar destacada por todo o nosso imenso Brasil. Como o Instituto foi criado quando estava no comando da AMAN o General Arruda vamos mencioná-lo, pois além de conterrâneo do Marechal Dutra é também casado com ilustre filha de Resende.

Mais benefícios essa mudan-ça propiciou, pois a qualidade dos oficiais é evidenciada nos episódios de nossa rica e honrada História e nos acontecimentos vi-venciados pelas inúmeras turmas de oficiais aqui formados.

A escolha do nome deste importante “Conselho” deve-se também ao reconhecimento dos benefícios que a Academia Mili-tar vem trazendo para a região, e agora a esses fatores menciona-

mos a sua inclusão representando o “pensamento acadêmico” da qual faz parte como pioneira escola de nível superior.

Evito relacionar esses benefí-cios, na sua íntegra, pois já foram reconhecidos inclusive por histo-riadores civis e militares perten-centes às Academias de História de Itatiaia, de Resende e de His-tória Militar. A eles incentivados pelos mais profícuos fundadores: a professora Alda Bernardes e o Coronel Cláudio Moreira Bento, devemos significativos registros resgatando os vultos históricos da nossa região. No caso da Academia Militar convém que sejam ressaltados alguns aspectos reativando nossa memória com renovada gratidão:

Ao arquiteto Raul Penna Firme, que projetou os conjuntos escolares, a vila residencial e as demais obras de arte inalteradas, por serem projetadas com uma visão de futuro alimentada pelo afeto que amalgamou seu apreço ao Exército e amor à Pátria. Destacamos no projeto Penna Firme a adequação das constru-ções ao Meio Ambiente, que por ser preservado, desenvolve no cadete o imprescindível amor à Pátria, estimulando-o para seu eterno e prioritário valor de a ela SERVIR.

Aos comandantes da AMAN, que sempre buscaram uma con-vivência fraterna com a comuni-dade de Resende, contribuindo principalmente para o desenvol-vimento educacional concretiza-do na participação dos instrutores

e docentes de todas as gerações desde a instalação desta escola no Município. Eles são os respon-sáveis preservando o “ideal do Marechal José Pessoa”, influindo em outros idealistas que, por essas significativas influências, se tornaram também exemplares. Assim mencionamos o professor Antonio Esteves fundador da primeira escola civil de nível superior em Resende, que cresce, acompanhando adequadamente as necessidades de sua saudável e promissora juventude.

Nosso artigo busca também confirmar o benefício que as Instituições Educacionais pro-piciam para o desenvolvimento das cidades. No caso específico de Resende, dedicamos ênfase à Academia Militar das Agu-lhas Negras. Finalizamos com gratidão à criação do “Instituto Marechal José Pessoa” que ratifica a necessária interação existente desde pelo menos 1931, pois assim registra o n° 1 / 2005 da Revista da Academia Itatiaien-se de História: “Em 1931 o Cel. José Pessoa escalou o Maciço de Itatiaia em companhia dos Eng. Raul Penna Firme, Tácito Vianna Rodrigues, Dr. José Barreto Cos-ta, Diretor do Horto Florestal e do Dr. Jorge Dany, para lá escolher uma pedra de 60 cm x 50 cm para servir de pedra fundamental da AMAN atual.”

É esta imprescindível rela-ção entre civis e militares que fortalece a democracia existente no nosso País.

a aMan e a EducaçãoEstevão Alves Correa Neto

A Academia Militar das Agulhas Negras, ao diplomar oficiais, em Resende, desenvolve suas futuras lideranças e parte significativa do seu potencial humano. (...) É esta imprescindível relação entre civis e militares que fortalece a democracia existente no nosso País.

Fevereiro de 2013 - O Ponte Velha - 9

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O solo de um município pode ser subdividido em zonas rurais ou urbanas. Para as urbanas também existem subdivisões em função do tipo de utilização definida pelo Plano Diretor como zonas comerciais, de vida silvestre ou de interesse histórico. Sobre as zonas urbanas a sociedade detém meios de ordenar ou zonear, controlando inclusive o aspecto arquitetônico em alguns casos. Nestas zonas urbanas o controle do uso do solo é exercido pelas administrações municipais.

Conforme a Lei Complemen-tar 140/2011 o licenciamento de atividades, a definição quanto ao uso do solo e sua fiscalização estão sob a responsabilidade da Unidade de Conservação (UC) nas áreas que estiverem dentro de sua Zona de Amortecimento (ZA) assim definidas em seu Plano de Manejo. Considerando que o novo Plano de Manejo do Parque Nacional do Itatiaia (PNI) a ser lançado em futuro próximo, definirá a faixa de 3 km no entorno do parque como área prioritária da Zona de Amor-tecimento, a microbacia ficará quase na sua totalidade dentro da ZA do PNI. Ficam fora da ZA as zonas urbanas legalmente cons-tituídas. Entretanto, permanecem dentro (da ZA) áreas que hoje têm características urbanas consolida-das, como a vila de Maringá (MG) e o vale da Santa Clara, que ainda são legalmente rurais. Entendemos que deixar esta áreas “urbanas” sob a responsabilidade do PNI pode não ser a melhor alternativa. Principalmente se considerarmos o crescimento natural que agora será certamente alavancado pela

pavimentação das estradas de acesso (RJ 163 e RJ 151). Outros-sim, precisamos admitir que o órgão (PNI) não tem vocação para regular o uso do solo urbano, o que pode levar a situação a se deterio-rar nesta parte da microbacia com crescimento desordenado e desen-freado. Prova disto é a situação dos núcleos das vilas de Maringá – RJ e Maromba onde observamos a ocupação desordenada com casas muito próximas umas das outras e sem afastamento das vias, dificul-tando iniciativas de urbanização

almejadas pela comunidade. Esta ocupação desordenada ocorreu antes do final do século passado (2000) a partir de quando estas áreas tornaram-se urbanas legal-mente. Até o final do século estas vilas estavam sob a tutela do PNI que dispunha de apenas um guarda e escassos instrumentos de regu-lação. Para controlar efetivamente o uso do solo e evitar a repetição de situações de caos e degradação, restará ao PNI exercer pressão institucional sobre estas áreas com a proibição de novas construções,

o que significa congelar o uso, não permitindo que os hoteleiros e comerciantes expandam suas atividades localmente.

O ponto crucial deste dilema está na disposição legal prevista no parágrafo único do artigo 49 da Lei do SNUC – Lei 9.985/2000 (veja quadro abaixo) que determina que uma vez incluída na Zona de Amortecimento, de uma UC, a região não pode mais transformar--se em Zona Urbana. Este disposi-tivo estabelece a perpetuidade da condição de zona rural, mesmo que

O dilema de Maringá e MarombaSérgio Wright Maia esta região deixe de ter esta carac-

terística. O que é muito comum ocorrer em regiões turísticas pró-ximas de unidades de conservação onde a natureza protegida é procu-rada por turistas e novos moradores atraídos pela natureza exuberante.

Art. 49. A área de uma unidade de conservação do Grupo de Pro-teção Integral é considerada zona rural, para os efeitos legais. Pará-grafo único. A zona de amorteci-mento das unidades de conservação de que trata este artigo, uma vez definida formalmente, não pode ser transformada em zona urbana.

Trata-se portanto de um complexo dilema. De um lado é interessante transformar uma zona rural em que exista aglomeração de casas em zona urbana, devido ao fato de ser esta a única esperança real de ordenamento. Com isso a localidade urbana em formação ficaria sob a responsabilidade de quem tem vocação e poder constitucional para administrar as cidades que é o município. Por outro lado, devido à notória carência de recursos das admi-nistrações municipais, talvez seja mais interessante deixar estas áreas sob a tutela da UC (no caso o PNI). Todavia, esta tutela poderá significar a proibição do uso do solo para novas cons-truções como sendo a única de alternativa de controle existente no âmbito de uma Unidade de Conservação. Além disto, cabe lembrar que as UCs têm como objetivo a proteção da fauna e da flora contidos em suas áreas e não têm, portanto, qualquer compro-misso específico com as comuni-dades que habitam o seu entorno.

10 - O Ponte Velha - Fevereiro de 2013

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A Rede Globo de Tele-visão pode, em breve, vir à falência. E tudo causado por um gás desenvol-vido pelo químico Jairo Blwynkwynsky. O gás em questão é o Dihidroximetil-conscienciol-T, com efeito

de despertamento de torpores televisivos. Blwynkwynsky testou o gás, que é inodoro e incolor, na pequena cidade de Tamboril, in-terior do Ceará, utilizando equi-pamentos similares aos famosos “fumacês” de combate à Dengue. No dia seguinte à aplicação, o Ibope da Globo caiu 99,7%. Não havia ninguém assistindo às novelas, jornais nem ao Big Brother, a população parece real-mente ter tomado “consciência”, como sugere o nome do produ-to, das idiotias e manipulações mentais da programação global. Agora, os diretores da emisso-ra estão preocupadíssimos se

esse gás for aplicado em todo o território nacional. “Será o fim da Globo”, segundo conclusão do economista Botelho Pinto, em sua entrevista para o Ponte. Blwynkwynsky, que vem sofren-do ameaças por telefone, planeja uma fuga imediata do Brasil, talvez para a Polônia, terra natal de seus bisavós.

Túnel ligando o Brasil à África já tem edital de licitação para início das obras

Depois do trem-bala (que deve ligar o Rio de Janeiro à São Paulo) e dos investimentos estratosféricos nos estádios de futebol para a Copa do Mundo de 2014, o governo brasileiro, que acredita que o país esteja com dinheiro sobrando, planeja a construção do túnel submarino ligando o Brasil ao continente africano. O trajeto começaria pela cidade de Natal (capital do Rio Grande do Norte), passando

por Fernando de Noronha, Cabo Verde e chegando a Dakar (Sene-gal). De lá, os interessados pode-riam ir para a Europa. O processo licitatório já está aberto, mas tudo indica que quem fará a obra será o mesmo grupo de empre-sas que construiu o Eurotúnel (que liga a França à Inglaterra). A obra, orçada em mais de cinco trilhões de dólares, receberá recursos do PAC (Programa de Aceleração do Crescimento) e do BID (Banco Interamericano de Desenvolvimento), e está prevista para durar mais de 10 anos. Ambientalistas do mundo inteiro estão preocupados com o grande impacto ambiental do empreendimento, mas o Ministério do Meio Ambiente brasileiro declarou, em nota, que “os máximos cuidados serão tomados para que a natureza seja minimamente afetada, cuidados esses que vêm sendo tomados em todas as grandes obras nacionais desses últimos tempos”.

Dôncotouvous virá ao Brasil para workshop

O famoso filósofo grego Proncovolvus Dôncotouvous virá ao Brasil no mês que vem para um workshop sobre autoconhe-cimento. Autor do Best-seller “A busca de si mesmo através do autoconhecimento com meios próprios”, que já vendeu mais de 800 milhões de cópias no mundo, ocupando há dez me-ses o primeiro lugar em vendas de livros de autoajuda, deverá promover o evento de três dias em palco montado na praia de Copacabana. Um forte esquema de segurança e de trânsito já está sendo estudado pela prefeitura do Rio para que tudo ocorra bem. Dôncotouvous, que tem ligações de parentesco com o filósofo da Antiguidade Sócrates, compro-vadas através de testes de DNA, concedeu uma rápida entrevista ao Ponte pelo Skype, em que disse estar ansioso para conhecer o Brasil, país onde seus livros e os de autoajuda em geral têm excelente aceitação no mer-cado. Presidente da Fundação Whoiam, Dôncotouvous disse que no caminho do autoconheci-mento dos autores de autoajuda ele tem sido amplamente autoa-judado por tantos leitores que o estão ajudando a autoajudar-se. Dono de uma fortuna bilionária, ele apoia a ajuda financeira que os ricos podem fazer ao doar parte de seu dinheiro, e disse que em breve fará o mesmo com pelo menos um por cento de todo seu capital. Perguntado sobre a questão de que muitas pessoas que adquirem livros de autoajuda possuírem diversos títulos em casa, mas que muitas das vezes não terminam de ler a obra, parando pela metade, Dôncotouvous enfatizou que “no caminho da autoajuda, é preciso escolher somente um autor, e ler todas as obras dele até o fim, e assim o autoconhecimento será alcançado”.

Falência iminente da Rede Globo PReocuPa diRetoRes

Um bom programa de fim de semana, tanto para o turista de Penedo quanto para o resendense, é participar de um dos passeios oferecidos pela The Forest Bike, empre-endimento do paulista Paulo Rogério da Costa, que funciona anexo ao hotel Pequena Suécia. Rogério, assim como Yang - que trabalha com ele como guia - conhece todas as trilhas da região, incluindo Visconde de Mauá e Parque Nacional de Itatiaia. E as conhece à base de pedaladas.

- De bicicleta a gente vivencia melhor os lugares porque tem mais acesso; põe ela nas costas e passa por cerca, por locais mais acidentados - diz ele.

São muitos os passeios oferecidos por Rogério, que conta com 10 bikes e fornece os capacetes aos clientes. Em Penedo, um dos percursos mais comuns é o da Cachoeira da Lontra, na África I, para a qual há duas opções de acesso: ou se vai por uma trilha fechada, no meio da mata, gastando-se uma hora de ida e volta, ou pedala-se por outras trilhas de terra, mais abertas, que costumam também ser per-corridas por gente a cavalo e de quadriciclos, e então chega-se a gastar uma manhã inteira.

Fevereiro de 2013 - O Ponte Velha - 11

Posto AvenidaBob`s

Seu carro agradece e seu paladar tambémCREDIBILIDADE

Esta invocação é uma Prece MundialExpressa verdades essenciais.

Não pertence a nenhuma religião, seita ou grupo em especial. Pertence a toda humanidade como

forma de ajudar a trazer a Luz Amor e a Boa Vontade para a Terra. Deve ser usada

frequentemente de maneira altruísta, atitude dedicada, amor puro e pensamento concentrado.

a Grande Invocação

Desde o ponto de Luz na Mente de Deus,que aflua Luz às mentes dos homens.

Que a Luz desça à Terra.

Desde o ponto de Amor no Coração de Deus, que aflua Amor aos corações dos homens.

Que aquele que vem volte à Terra.

Desde o Centro, onde a Vontade de Deus é conhecida, que o propósito guie

as pequenas vontades dos homens.O propósito que os Mestres conhecem

e a que servem.

Desde o centro a que chamamos raça humana, que se cumpra

o plano de Amor e Luz. E que se feche a porta onde mora o mal.

Que a Luz, o Amor e o Poder restabeleçam o Plano Divino na Terra.

Unidade de Serviço para Educação IntegralAv. Nova Resende, 320 – sala 204

CEP: 27542-130 – Resende RJ – BrasilTels(0xx24) 3351 1850 / 3354 6065

O português Arnólio Martins veio de Pessegueiro do Volga, cidadezinha lusa onde desagua o famoso rio Volga dos barqueiros russos. E aqui em Resende, há 50 anos, abriu a panificadora Nossa Senhora de Fátima, que faz o melhor pão da cidade, segundo corre pela boca do povo. Arnólio passou a empresa para o irmão Alexandre, que a toca ainda hoje com o auxílio do filho Orlando. Saem fornadas durante todo o dia, e o segredo da massa, trazido lá de Pessegueiro do Volga, eles não revelam.

CURTas

Duas perdas na região. Vamos sentir falta de Samuel Fichmann, o Samuca, que morreu em meados de janeiro, em São Paulo, ainda na casa dos 70 anos. Sua loja de materiais já era uma das mais antigas de Campos Elíseos. Seus amigos do bar do Domingos, pesarosos, põem todo seu afeto na brincadeira: “quem é que vai nos pagar o café agora?” E também nos deixa saudade o seu Ismar, que desde os 15 anos alugava cavalos em Penedo.

Mika Peltonen, o finlandês que está restaurando o casarão da antiga fazenda Penedo, acaba de inaugurar, o lado da porteira da entrada, o Boteco do Casarão. Ali, nos anos 50 e 60, funcionava a venda do Chico Paulino, local do único telefone de Penedo, e que centralizava a vida social. A idéia de Mika é resgatar um pouco o clima de venda, oferecendo desde petiscos, acom-panhados de boa pinga e cerveja gelada, até sandálias havaianas, bolas de futebol e outros produtos de mercadinho. As iniciativas de Mika, ao lado da atual revitalização do baile finlandês, são importantes para preservar a história e oferecer mais qualidade aos turistas.

de Bike pela Mata

A Cachoeira de Deus e a Banheira de Pedras, ambas na parte alta de Penedo, local conhe-cido como Fazendinha, são outros passeios muito procurados, gastando-se também uma manhã se contarmos com o banho de cachoei-ra a a apreciação da natureza.

A Foreste Bike também tem condições de levar até três bicicletas para Visconde de Mauá, de carro, para que os clientes façam lá o seu passeio. Da mesma forma para a Serrinha, Fumaça ou o Parque Nacional do

Itatiaia. O custo dos passeios para as cachoiras de Penedo é de R$ 60,00 por pessoa. Se a pessoa quer ficar mais tempo com a bike, paga R$ 30,00 por hora ou R$ 80,00 por dia.

- Já teve o caso de um cliente que levou a bike para o Parque Nacional e ficou com ela lá por uma semana - conta Rogério. Ele diz também que faz uma avaliação de cada pessoa, para ver que tipo de passeio ela pode aguentar, e recomenda que se vá bem ali-mentado, levando água e de tênis. Para reservar o passeio, o telefone é o do hotel: 3351 1275.

Os novos planos de Rogério são confeccionar e disponi-bilizar na internet mapas das trilhas da região, e implantar um projeto de escalada em árvores. Vamos aguardar.

Marcos Esch, nosso político/cantor evangélico, acaba de lançar oficialmente o seu CD Bossa e Paz. As músicas, compostas por ele, se inspiram na levada da bossa-nova e têm letras religiosas. O Ponte Velha ganhou um exemplar. Como não tem aparelhagem de som na redação a equipe ainda não escutou. Mas bota fé no trabalho do Marcos. É comprar para conferir. Um cantinho, uma oração / tanto amor no coração...

12 - O Ponte Velha - Fevereiro de 2013

Antes que me esqueça (ou que me esqueçam) (XI) Zé Leon

Agora SimZé Roberto do Badger

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Meus amigos sabem do meu carinho lá pelas bandas da Represa do Funil. Há praticamente 20 anos que eu tenho um cantinho (alugado) lá. Mas nunca tive esti-mulo para convidar novas pessoas para conhecerem o pedaço: não havia muito o que oferecer, a não ser, ultimamente, os bons sons do Cezinha. Era só para pescadores e alguns amigos. Não tinha muita motivação.

Mas, recentemente, assumiu a direção da área um mineiro fora de série: careca, falante, simpático e autoritário, sendo essa sua última característica o seu ponto forte. Observei que ele nutre também, pelo lugar, o mesmo carinho enorme que eu. É o Carlos Pombo. Em pouco tempo houve uma revo-lução. Ele fez uma reforma gene-ralizada, digna de aplauso: limpeza da área, melhoria em alguns chalés e, principalmente, recuperação do hoje bar e restaurante chamado Azul e Branco.

Com seu prestígio, arrumou a estrada, dando acesso perene a todos que lá forem. Um problema que o afligia era tocar o bar, mas eu acredito que quem quer vai, assim como aconteceu com dois bons amigos meus que por acaso foram visitar o bar. Elias e Zezé, que têm know how no serviço e se agruparam ao Pedrão e à dona Cida (Panelinha de Ouro). Deu certo.

Resumindo: hoje, de terça a domingo, o bar tem con-dições de atender a partir das 9h, e o restaurante a partir das 11h, com self-service. Bebidas e mini--mercado com os mesmos preços da cidade. Tem até cigarros. Vai até às 22 h. Agora sim! Posso convidar a todos para conhecerem um dos mais agradáveis pontos de lazer de Resende, sem medo de fazer vergonha. O endereço é estrada do Clube Náutico, km 2,5.

Meus Outros EusMuita gente boa acha (eu também achava) que esse negócio de hete-

rônimo nasceu com o poeta português Fernando Pessoa. Bem antes disso, a prática de escrever com nomes falsos é atribuída ao filósofo e poeta dinamarquês Sören Keirkegaard (1813-1835. Fernando Pessoa nasce em 1888), pai do existencialismo. É dele o uso de sete heterônimos. Trata-se de ideia recorrente entre os escritores, que faziam questão de separar a “identidade poética” da “identidade civil”. Na verdade, o escritor francês Vitor Hugo não tinha nenhum heterônimo ou mesmo pseudônimo, sendo motivo de chacota (caraca, que palavra antiga) de seu conterrâneo Jean Cocteau, que dizia que Vitor Hugo era tão louco que acreditava que era Vitro Hugo. Para puxar a história para os nosso dias, Nelson Rodrigues escrevia nos jornais como Susana Flag, Alceu de Amoroso Lima era Tristão de Ataíde, Sérgio Porto era Stanislaw Ponte Preta e Chico Buarque de Holanda compunha como Julinho da Adelaide.

Temos dezenas de exemplos na literatura mundial e se fosse começar a discorrer sobre isso, não falaria de outro assunto. E essas minhas reminiscências nada mais são que uma autobiografia de uma bio-grafia coletiva.

Pois bem, esse entróito é pra dizer que nesses meus trinta anos de Rezende tive também meus heterônimos nos jornais A Lira, Folha Regio-nal e na Revista Phoenix, como Madame Satã, Gladys Junqueira e Itália Fausta Viveiros de Gusmão.

Foram momentos divertidos porque todas elas faziam sucesso, as dos jornais mais ainda. A Itália Fausta escrevia sobre comportamento, estava na moda o livro da Danuza Leão “Na Sala Com Danuza” mas não teve muita repercussão. A revista circulou pouco.

Madame Satã, nome tirado do malandro gay mais famoso da Lapa nos anos 40, falava de um tudo (caraca, outra expressão do tempo do onça) e recebia cartas com elogios mais a maioria reclamando. Era a década de 80 e não tinha essa chatura atual do politicamente correto. “Ela” barbarizava e os editores na época – Grice e Luis Ricardo Alves, casal maravilhoso – deixavam eu escrever sem nenhuma censura prévia. Teve uma vez que eu fui comentar o desfile das escolas de samba de Rezende e disse que o Manejo contra o Alto dos Passos, era escola contra bloco. Quase empicharam o jornal. E o Léo Montenegro quis me dar uns tapas (em mim não, na Madame Satã), porque ele apareceu numa transmissão da Globo, em plena Copa do Mundo, no México de sombreiro na cabeça e eu zoei muito.

Outra que me divertia muito fazer era a Gladys Junqueira. Esse nome eu tirei de um programa infantil da minha época: Tia Gladys e seus bichinhos. Eu (Ela) escrevia sobre televisão, numa época que a TV Rio Sul ainda engatinhava. Vivi momentos hilários mas vou contar só dois. Quem ler essa coluna agora vai ficar sabendo que era eu.

O primeiro “causo” era de um programa de televisão, institucio-nal, que uma turma, liderada pelo Ferrão e o Cláudio Mendonça., fazia para o governo do Augusto Leivas. Mesmo eu fazendo parte dessa admi-nistração, tendo feito teatro a vida inteira e um pouco de TV e cinema, nunca pediram minha opinião, nem sobre a cor da camisa do câmera man. E não é que o Cláudio mandou uma carta para o Folha Regional – dirigido pela Célia Borges e pelo Rui Camejo – pedindo para a Gladys criticar o programa? Kkkkkk, deitei e rolei. E o mais gostoso foi chegar segunda--feira na prefeitura (o jornal circulava aos sábados) e ver todos da equipe ao redor do Ferrão e ele, lendo em voz alta minha coluna.

E a outra história tem a ver com a turma da TV Rio Sul, que tinha ódio da Gladys. Como escrevi acima, o canal estava começando e os erros e a qualidade eram de principiantes. Pois então, não sei porque, devo ter me traído e começaram a desconfiar de mim, principalmente a Carmem, que hoje comanda os projetos de responsabilidade social da TV. Eu tinha que armar uma estratégia, e me lembrei que a minha ex-cunhada tinha feito pós graduação em Bar-celona e sua orientadora estava em São Paulo. Pois então combinamos que ela, ao chegar na Espanha, man-

daria um cartão da cidade catalã para a Carmem, com um pequeno texto: “Olá Carmem e amigos da TV. Daqui de Barcelona, mando essa lembrança para dizer que mesmo na Europa eu não esqueço de vocês”. Não sei se o texto era esse mas esse era o sentido. Fiquei três semanas, combinado com a Célia e o Rui, sem escrever a coluna pois “estaria na Europa”. O cartão chegou. O departamento comercial era no Centro Empresarial e eu fui lá, com uma desculpa esfarrapada, só pra ver se o cartão tinha chegado. Estava espetado no quadro de avisos e a Carmem me chamou e disse: “olha o cartão que chegou. Isso aqui é letra de homem. A Gladys é você”. Eu retruquei: Carmem, por acaso eu estou na Europa? Por acaso eu estou em Barcelona?” E meu heterônimo mais famoso ficou protegido até hoje.