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O Papel do GNL na Integração Energética da
América Latina e Caribe
Por Que o Potencial Não É Aproveitado ?
Rafael R. Pertusier
PETROBRAS
Conferência ARPEL, Punta del Este, 7 de abril de 2015
Disclaimer
FORWARD-LOOKING STATEMENTS:
DISCLAIMER
The presentation may contain forward-looking statements about future
events within the meaning of Section 27A of the Securities Act of 1933, as
amended, and Section 21E of the Securities Exchange Act of 1934, as
amended, that are not based on historical facts and are not assurances of
future results. Such forward-looking statements merely reflect the
Company’s current views and estimates of future economic circumstances,
industry conditions, company performance and financial results. Such terms
as "anticipate", "believe", "expect", "forecast", "intend", "plan", "project",
"seek", "should", along with similar or analogous expressions, are used to
identify such forward-looking statements. Readers are cautioned that these
statements are only projections and may differ materially from actual future
results or events. Readers are referred to the documents filed by the
Company with the SEC, specifically the Company’s most recent Annual
Report on Form 20-F, which identify important risk factors that could cause
actual results to differ from those contained in the forward-looking
statements, including, among other things, risks relating to general
economic and business conditions, including crude oil and other commodity
prices, refining margins and prevailing exchange rates, uncertainties
inherent in making estimates of our oil and gas reserves including recently
discovered oil and gas reserves, international and Brazilian political,
economic and social developments, receipt of governmental approvals and
licenses and our ability to obtain financing.
We undertake no obligation to publicly update or revise any
forward-looking statements, whether as a result of new information
or future events or for any other reason. Figures for 2014 on are
estimates or targets.
All forward-looking statements are expressly qualified in their
entirety by this cautionary statement, and you should not place
reliance on any forward-looking statement contained in this
presentation.
NON-SEC COMPLIANT OIL AND GAS RESERVES:
CAUTIONARY STATEMENT FOR US INVESTORS
We present certain data in this presentation, such as oil and gas
resources, that we are not permitted to present in documents filed
with the United States Securities and Exchange Commission
(SEC) under new Subpart 1200 to Regulation S-K because such
terms do not qualify as proved, probable or possible reserves
under Rule 4-10(a) of Regulation S-X.
O espaço geográfico da América Latina passou, na última década, pela inflexão
de superávit a déficit energético;
Processo foi mais evidente nos países do Cone Sul e com o gás natural:
Importações crescentes decorrentes de desincentivos à produção pelos controles de preços;
Esforços regulatórios do governo ainda insuficientes para reequilibrar o balanço;
Grande potencial de produção não-convencional ainda não concretizado.
Elo de integração gasífera no Cone Sul;
Esforços exploratórios desencorajados desde a nacionalização dos hidrocarbonetos e na contra-
mão dos compromissos de exportação assumidos.
Desestímulo aos investimentos em capacidade hídrica geração elétrica cada vez mais
dependente do gás natural importado (GNL);
Grande potencial do pré-sal enfrenta incertezas quanto ao volume de gás natural que será
reinjetado, à razão gás/óleo e ao tempo da concretização da infraestrutura de escoamento.
O Contexto Energético da Região (I)
ARGENTINA
BOLÍVIA
BRASIL
Aumento da dependência das importações de GNL como solução para o balanço energético;
Virtualmente sem integração energética regional.
Implementação de planta de regaseificação pode transformar país em mais um elo de integração
no Cone Sul.
Apesar da coexistência de superávit (Bolívia) e déficits em energia (demais
países), complementaridade energética não é vetor de integração regional;
Inflexão de abundância para escassez concedeu ao GNL importante papel no
potencial de integração, mas não modificou política energética da região, a despeito
das oportunidades.
O Contexto Energético da Região (II)
CHILE
URUGUAI
Integração energética pode assumir duas formas: (i) simples transferência de
recursos energéticos entre os países; e/ou, idealmente, (ii) adoção de políticas e
estratégia empresariais coordenadas em escala internacional, a partir de
planejamento conjunto que contemple as capacidades e as necessidades
energéticas dos atores envolvidos;
Para isso, há condições necessárias: Agentes em posição de arbitragem;
Flexibilidade de fornecimento:
Integração ainda é potencializada por dois vetores: (i) substituição energética
diversificada (água, gás natural e derivados de petróleo); e (ii) sazonalidade marcada
de demanda.
Condições da Integração Energética
Capacidades ociosas na infra-estrutura;
Substituição energética;
Complementariedade energética;
Flexibilidades contratuais.
GNL para geração de eletricidade no Brasil com interligação pela Argentina.
Exemplo de Integração Energética via GNL
1) Celebração de acordo
Brasil/Argentina para livre
trânsito da molécula de gás
natural na Argentina;
PROCESSO
2) Entrega de GNL nos
terminais argentinos para
comprador brasileiro da
carga;
3) Com acordo vigente,
Argentina regaseifica o
GNL e, com custódia do gás,
faz seu transporte até a
fronteira com o Brasil;
4) Comprador do GNL
importa o gás na fronteira
com o Brasil;
5) Comprador vende o gás
para o consumidor (UTE
AES Uruguaiana) para
geração de eletricidade no
Brasil.
Importância do GNL na integração regional decorre da atual conjuntura de
escassez energética;
Aumento do potencial de integração no futuro dependerá da construção de
flexibilidades e harmonizações regulatórias: Incerteza na produção de gás natural na região pré-sal no Brasil, gás de folhelho na
Argentina;
Potencial de Integração Energética via GNL (I)
Potencial de Integração Energética via GNL: Incerteza de Oferta (I)
Dispersão da Projeção da Produção Brasileira de Petróleo (MM bpd)
Fonte: Empresa de Pesquisa Energética (2014), Plano Decenal de Expansão de Energia 2023
Potencial de Integração Energética via GNL: Incerteza de Oferta (II)
Dispersão da Projeção da Produção Bruta Brasileira de Gás Natural (MM bpd)
Fonte: Empresa de Pesquisa Energética (2014), Plano Decenal de Expansão de Energia 2023
Importância do GNL na integração regional decorre da atual conjuntura de
escassez energética;
Aumento do potencial de integração no futuro dependerá da construção de
flexibilidades e harmonizações regulatórias: Incerteza na produção de gás natural na região pré-sal no Brasil, gás de folhelho na
Argentina;
Renovação de contrato de importação da Bolívia;
Novos agentes importadores.
Apesar da complementaridade entre os mercados da região e da elevada
capacidade física de integração (com investimentos já realizados e operacionais),
integração está aquém de seu potencial;
Por que não ocorre essa integração?
Questões regulatórias, políticas e, mesmo, de cultura de negócio;
Potencial de Integração Energética via GNL (I)
Para debater o aumento da integração energética, deve-se antes compreender
porque a integração que poderia acontecer agora não acontece de fato...
...apesar de uma multiplicidade de iniciativas e fóruns: ALADI – Associação Latino-Americana de Integração;
ARPEL – Associação Regional de Empresas de Petróleo e Gás Natural na Am.Latina e Caribe;
CAN – Comunidade Andina;
CAF – Corporação Andina de Fomento;
CEPAL – Comissão Econômica para América Latina e Caribe;
CIER – Comissão de Integração Elétrica Regional;
MERCOSUL – Mercado Comum do Cone-Sul;
OLADE – Organização Latino-Americana de Energia;
SELA – Sistema Econômico Latino Americano.
Mesmo com ativos existentes e claros sinais econômicos (mitigação de riscos,
redução de custos), integração está aquém de seu potencial pela ausência de
políticas coordenadas impeditivos estão principalmente no ambiente externo às
empresas, mas não totalmente;
Iniciativas em curso (exemplo de Uruguaiana) evidenciam que há vontade.
Potencial de Integração Energética via GNL (II)
Os governos nacionais formulam as políticas: Convergência das políticas energéticas;
Harmonização das estruturas regulatórias regionais;
Regras estáveis para atrair investimentos;
Políticas tributárias coerentes com a integração;
Políticas de preços para prover o sinal econômico correto.
Os órgãos reguladores fiscalizam as políticas; Estabelecimento de regras estáveis e transparentes;
Fiscalização de seu cumprimento.
Os operadores de despacho dos sistemas nacionais integram os produtos; Integração dos programas de operação de curto e médio prazos (gás natural e eletricidade);
Aproveitamento das trocas inter-energéticas (hídrica, gás natural, derivados de petróleo).
As empresas energéticas executam a integração; Expansão dos investimentos setoriais;
Retorno e proteção de seus investimentos;
Aquisição de experiência e confiança na realização de acordos / estratégias com seus
parceiros regionais estabelecimento de canais comerciais.
Os consumidores beneficiam-se da integração. Usufruto da modicidade tarifária e de maior segurança de fornecimento.
Quais os Papéis dos Agentes da Integração Energética ?
Qual o principal benefício da integração energética?
O maior valor que uma política energética pode oferecer a seu stake-holder
derradeiro (a população) é segurança de fornecimento; Modicidade tarifária é também objetivo, mas preços devem prover sinal econômico correto;
Qualidade é uma obrigação produto deve atender as especificações de consumo.
Senso comum de que a integração energética na região padece de falta de
investimentos em infra-estrutura dedicada é falsa;
Integração energética transcende o conceito de integração física este é o
papel do GNL; Em momentos de menor disponibilidade de recursos para financiamento de projetos, GNL
arrefece a necessidade de investimentos em ativos dedicados, inflexíveis.
O potencial a ser desde já explorado nas sinergias existentes é grande, sem a
necessidade de novos investimentos basta que agentes cumpram seus papéis.
Conclusões