o p r o g r e s s o
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O Progressoizildinha
Ainda, que os agigantados prédios
Mostrem, a impunidade aos olhares
Sendo grande, também escondem tédios
E a solidão ronda, por seus andares...
E os vizinhos, se esbarram também
Pois a grandeza, é que ofusca fachada
Das amarguras, que o tolo entretém
A multidão, que se solta enclausurada.
Da morbidez, da segunda lavada
Ao desencadear sonolento do domingo
Não há canto.Espaço sem porta cerrada
E falta sempre, o letreiro do pingo.
Condomínio certo.No domínio fechado
Uma redoma ao mudo voraz
E os novos, emergindo enclausurados
No econômico, de lá de trás...
Tantas árvores, na prepotente selva
Que embelezam, e enfeiam o lugar
Todos sonham, descansar numa relva
Mas acordados, só fazem lucrar.
Vestimos a Terra com este asfalto
E no silêncio ela se veste bem
Inundações...Dívidas em preço alto
No déficit que o retorno vem.
Quem dera, pudéssemos refazer tudo
Progresso e Natureza, se dando bem
Mas a Terra soluça, num retorno mudo
Efeito da causa.São tratos que tem!