o jornal - edição nº 5

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Peniche Demissões abalamACISCP Óbidos Dívidas no Bom Sucesso geram queixa de investidores ANO I | N.º 5 | DISTRIBUIÇÃO GRATUITA | QUINZENAL | 15 abril 2012 // P 4 // P 24 // P 6 Qual é a rádio que você ouve? Dragagens na Foz do Arelho concluídas Rebeca As voltas da vida… A retirada de 350 mil metros cúbicos de areia está concluída e o Ministério do Am- biente prevê novas dragagens em 2013.A obra orçada em 1,8 milhões de euros não convence o Movimento de Salvaguarda da Lagoa, que mantem a correr uma peti- ção exigindo dragagens permanentes Caldas da Rainha // P 11

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O Jornal. As notícias de Peniche, Óbidos, Caldas da Rainha e Oeste

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Page 1: O Jornal - Edição nº 5

15 abril 2012

PenicheDemissões abalam ACISCP

ÓbidosDívidas no Bom Sucessogeram queixa de investidores

ANO I | N.º 5 | DISTRIBUIÇÃO GRATUITA | QUINZENAL | 15 abril 2012

// P 4

// P 24// P 6

Qual é a rádio que você ouve?

Dragagens naFoz do Arelhoconcluídas

RebecaAs voltas da vida…

A retirada de 350 mil metros cúbicos de areia está concluída e o Ministério do Am-biente prevê novas dragagens em 2013. A obra orçada em 1,8 milhões de euros não convence o Movimento de Salvaguarda da Lagoa, que mantem a correr uma peti-ção exigindo dragagens permanentes

Caldas da Rainha

// P 11

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15 abril 201202

CIRCO MUNDIAL

CALDAS DA RAINHAJUNTO AO CENCAL

DE: ATÉ:HORÁRIOS:

Sexta e Terça 21:45Sábado 16:00 e 21:45Domingo 16:00 e 18:30Quarta 16:00

Informações:

www.circomundial.net92 750 36 63 | 91 428 44 32 ABRILABRIL

20 25

VENHA VER O INCRÍVEL HOMEM BALA DISPARADO A 200KM/H

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abertura |

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A faina dos pescadores da embarca-ção FONSILVA, de Peniche, teve, na madrugada de dia 28 de março, a companhia de João Ferreira, um dos redatores do relatório a ser elabora-do no Parlamento Europeu sobre “a

Pesca na mirade Eurodeputado João Ferreira, deputado do PCP ao Parlamento Europeu, falou de propostas e contra propostas para o setor da pequena pesca. E não esqueceu a agricultura

O PCP já interrogou a Co-missão Europeia e o Go-verno Português sobre as medidas a tomar em rela-ção à seca. “Temos vindo a defender a antecipação das ajudas, hipótese que a ministra recentemente referiu. Mas só isso não chega, é importante com-pensar os prejuízos cau-sados, a antecipação das ajudas vai poder melhorar um pouco a situação de sufoco que os produtores têm hoje, mas eles vão sempre ter o prejuízo que tiveram decorrente da seca. O que é necessário é medidas de compensa-ção desse prejuízo, uma proposta que nós fizemos já por diversas vezes é a criação de um Seguro Pú-blico Agrícola, que possa funcionar precisamente em situações de catástrofe natural como a seca, e não só”. No dia 19 de abril há uma sessão no Parlamen-to Europeu para discutir a antecipação do plano de ajudas a Portugal referen-te à seca.

Seguro Público Agrícola

pesca de pequena escala e a reforma da política comum de pescas”.Em cima da mesa do Parlamento Europeu está em discussão a refor-ma da Política Comum de Pescas. Os pontos principais têm a ver com

a mudança do modelo de gestão e com a criação de um regime de concessões de pescas transferíveis, obrigatório para todos os estados membros. O deputado explica que este regime “vai levar à concentra-ção de direitos de pesca num con-junto de operadores mais poderosos do ponto de vista económico e fi-nanceiro. Isto pode ter consequên-cias profundamente negativas para o nosso país, o que trará maiores difi-culdades para os setores da pesca de pequena escala, costeira e artesanal. Estamos a debater contra a imple-mentação desse regime.”As propostas da Comissão Europeia parecem ser insuficientes para dar as respostas necessárias a outros problemas, como “a questão da su-bida do preço da primeira venda do pescado. Há um aumento significa-tivo dos fatores de custo de produ-ção, sobretudo dos combustíveis, enquanto o preço da primeira venda se mantem estagnado, e em alguns casos pode até diminuir.” Para re-solver este problema, João Ferreira diz “ser necessário promover uma distribuição mais justa do valor acrescentado ao longo da cadeia de valor do setor: elevando o preço da primeira venda, contendo o preço no consumidor final, assegurando essa distribuição mais justa.”Mas as propostas apresentadas não se ficam por aqui. “Estamos a ten-tar criar um programa comunitário ao nível da união europeia de apoio à pequena pesca. Entre outros as-petos, a criação de mecanismos de emergência que possam ser acio-

nados em situações imprevistas, como catástrofes naturais, elevação súbita dos custos de combustíveis ou nas paragens biológicas.” Estas paragens conferem uma importân-cia para, durante períodos do ciclo de vida das espécies, se fazer uma interrupção nas pescarias para per-mitir uma reconstituição dos esto-ques. “Mas isto exige uma paragem de atividade, e isso implica um corte no rendimento, o que nem sempre é comportável. Logo, entendemos que deveria existir um fundo de emergência que permitisse apoiar os pescadores nestas situações”, defen-de o deputado.

Evolução negativa

Portugal foi, nestas duas últimas décadas e meia, um dos países que abateu um maior número de frota. “Só na primeira década da entrada na política comum de pescas aba-temos a frota em quase 40%, e as capturas tiveram um decréscimo semelhante, enquanto outros países aumentavam a frota e a produção. Muito embora a pequena pesca seja o segmento dominante na genera-lidade dos países, a verdade é que em Portugal este segmento tem um peso ainda superior. O problema do rendimento, as dificuldades da valo-rização da primeira venda do pes-cado, a questão dos combustíveis tem hoje no nosso país um impacto maior, fruto não só dessa preponde-rância da pequena pesca mas tam-bém da evolução negativa do setor que vem mais de trás.”

Fotos: Pedro Pessoa

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António Morais revela que a situação finan-ceira que tinha sido apresentada no início do seu mandato não correspondia em concreto aquela que se veio a verificar. “Disseram-nos [a antiga direção] que em breve íamos receber uma série de subsídios, o que não se concre-tizou por vicissitudes várias. As dificuldades de tesouraria são mais que muitas, se eu não recebo também não consigo pagar. Somos uma associação pobre, com muitas responsa-bilidades financeiras do antecedente.” Antó-nio Monteiro, presidente da anterior direção da ACISP refuta estas acusações. “É falso. Há data a situação era exatamente aquela que foi transmitida. As dívidas de gestão correntes es-tavam saldadas, e as existentes eram de inves-timentos referentes à nova sede, mas estavam suportadas por valores a receber. É evidente que poderia haver o risco de nem todos esses valores serem recebidos. Mas se alguma coisa não correu bem foi pelos erros da atual direção demissionária.” O antigo dirigente exemplifi-ca com o negócio da venda das antigas ins-talações da associação, “foram avaliadas em 130 mil euros e foram vendidas por 90 mil. Lapidaram o património à associação.” O presidente demissionário vai mais lon-ge e fala em fraude. “Houve uma inspeção em relação às contas desta sede, vinha com a intenção de obrigar à devolução de todo o dinheiro. E nos projetos Modcom [moderni-zação do comércio] a associação, juntamente

ACISCP emcrise diretiva

A Assembleia Geral da ACISCP, Associação Comercial, Industrial e de Serviços do Concelho de Peniche, no dia 30 de março, ficou marcada pela demissão do presidente da atual direção, António Morais. Este alega falta de quórum, de financiamento e a existência de acusações de fraude para justificar a sua decisão. O presidente da direção anterior afirma que esta situação seria evitada se houvesse diálogo

com outras, foi arguida pela Direção Geral das Atividades Económicas (DGAE) por um processo de fraude e associação a desencami-nho de dinheiros públicos.” António Monteiro aconselha precaução neste tipo de acusações, “Insinuações como fraudes são de uma enor-me responsabilidade, deviam ser apresentadas provas concretas dessas acusações. Todas as associações estão a ser investigadas pela DGAE, mas não há nenhuma acusada, pelo menos formalmente.”

Demissão em cascata

Depois de três membros da atual direção se terem demitido, incluindo a vice-presidente, António Morais decidiu seguir o mesmo ca-minho. “Apresentei a minha demissão porque poderia dar a ideia que estava agarrado a al-guma coisa, e não estou. Tenho a consciência que fiz o melhor por esta casa”. António Mon-teiro defende que as sucessivas demissões “fo-ram as verdadeiras razões da demissão. Não as evocadas dos números, dos processos, de não querer dar a ideia de não estar agarrado ao poder. Também não houve coragem de as-sumir os erros de gestão mas houve para se desculpar por terceiros pelo seu insucesso, pondo em risco as relações internas e externas da associação.” Em breve será marcada uma Assembleia Geral para novas eleições.

Guilhermina Silva e António Silva, ambos com 80 anos, foram enganados pelo burlão que se fez passar por funcionário dos CTT e pediu dinheiro - num total de 205€, para levantar uma encomenda em nome da filha de ambos. Uma coincidência foi o suficiente para não levantar suspeitas. Enquanto Guilhermina Silva esperava pelo carro do peixeiro perto de sua casa, foi abordada por um indivíduo “apresentável” que dizia ter uma encomenda para a sua filha Isabel. Afirmou também conhecer os outros filhos. Ao ver que se aproximava o peixeiro disse que já voltava. Minutos mais tarde, enquanto Manuel Chagas estava em frente à casa de ambos, o individuo volta ao local, cumprimenta-o, chama pelo dono

A História de uma Burla

“Ele chamou pelo António, entrou pelo portão e eu não estranhei”, disse Manuel Chagas, vizinho do casal burlado no passado dia 27 de março em Atouguia da Baleia

da residência, António Silva, e entra. Já no interior pede o dinheiro para a encomenda. “Ele veio atrás de mim até ao quarto, eu ti-rei um envelope com dinheiro e dei-lhe o que pediu. Mas ele foi pedindo mais pelos portes de envio, até que eu disse que não dava”, conta Guilhermina Silva, acrescen-tando que “por coincidência tinha pedido à Isabel para fazer uma encomenda pelo cor-reio, o que me fez acreditar na história do burlão, mas essa encomenda nunca chegou sequer a ser feita”. Ao ser-lhe recusado mais dinheiro disse, pelas palavras de Guilhermi-na, “por hoje já chega, vou ao carro buscar a encomenda”. Saiu, despediu-se de Manuel Chagas e até hoje nem sinais da encomenda.

Na madrugada de 10 para 11 de abril, por volta das 4 horas da manhã, um grupo de encapuçados tentou roubar um dos sinos da Igreja de Nossa Senhora da Conceição em Atouguia da Baleia. Possivelmente “o fac-to de ter um peso excessivo, cerca de 200 quilos, e ao embater no chão, depois de ter sido empurrado, fazer muito barulho levou os ladrões a deixarem o sino par trás”, re-vela António Salvador, presidente da Junta de Freguesia de Atouguia da Baleia. O sino, que já não era utilizado, datado de 1891, ficará ao cargo do Centro Interpretativo da Atouguia da Baleia. Nessa mesma noite, a máquina de tabaco de um café na localida-de de Reinaldes foi roubada. Após a entra-da forçada no estabelecimento, a máquina foi levada, e depois do seu interior ter sido esvaziado foi abandonada nos campos agrí-colas das proximidades. Não se sabe se há ligação entre os autores destes crimes.

Tentativa de roubo em Atouguia da Baleia. Assalto em Reinaldes

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peniche // concelhos |

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A A_Martuna, tuna académica da Escola Superior de Turismo e Tecnologias do Mar de Peniche (ESTM), organizou no dia 14 de abril a primeira edição do en-contro de tunas Entre Mares, na A.E.F.C.R. Penichense. O Entre Mares – Peniche 2012 contou com as atuações da A_Martuna, K&Batuna- da Escola Superior de Educação de Coimbra, Tuna-papmisto e Hallituna, provindas

O Pavilhão Gimnodesportivo da E.B. 2-3 D. Luís de Ataíde rece-beu o IX Open Internacional de Taekwondo da cidade de Peniche nos dias 31 de março e 1 de abril. O Clube de Taekwondo de Pe-niche realizou mais uma edição desta prova. A novidade deste encontro foi nos combates terem sido usados coletes eletrónicos, tecnologia que permitem mini-mizar os erros técnicos de arbi-tragem. A boa adesão do público

de Portalegre e a Tusófona da Universidade Lusófona. O certa-me ficou completo com a atuação do Grupo de Serenatas Neptu-nos da ESTM. A entrada teve um custo de 2.50€, mas quem se apresentou de traje académico teve um desconto de 50 cênti-mos. Entre outros, esta atividade contou com o apoio do Instituto Politécnico de Leiria e do Muni-cípio de Peniche.

Primeiro Encontro de Tunas em Peniche

IX Open Internacional de Taekwondo nos dias da competição foi um dos ingredientes para o “balan-ço positivo da prova”, testemu-nhada pelo Mestre João Correia. “Os 380 atletas em competição superaram a nossa espectativa. Está a ser um bom espetáculo, o pavilhão está cheio.” Foi ainda prestada uma homenagem a este Mestre “pelo reconhecimento do seu nome a nível mundial e pela dedicação para com esta arte marcial.”

Começou no dia 11 de abril, no Tribunal de Peniche, o julga-mento do casal suspeito do ho-micídio de Paulo Martins, dono de uma churrasqueira em Ferrel.A mulher, de 64 anos, é acusada de homicídio qualificado e posse ilegal de arma. Já o homem, de 69 anos, respondeu por omissão de auxílio. Após várias ameaças dos arguidos, este foi o culmi-

Julgamento do crime de Ferrelnar de um longo conflito com a vítima. O casal queixava-se “do barulho do exaustor e dos carros que iam para o restaurante”, si-tuado em frente à casa do casal e do qual Paulo Martins era o proprietário. Queixas que não eram consensuais entre os res-tantes vizinhos. No dia 4 de maio serão feitas as alegações finais e será marcada a leitura do acórdão proferido pelo coletivo de juízes. O caso ocorreu a 27 de maio de 2011 em Peniche. Segundo vá-rias testemunhas, o suspeito dava voltas de carro junto ao local do crime e terá sido a mulher quem disparou do seu interior, atingin-do a vítima nas costas. Durante a fuga o casal foi intercetado pela PSP, ainda na cidade.

No dia 12 de abril, os 120 lugares do Auditório do Edifício Cultural da Câmara Municipal de Peniche ficaram preenchidos para assistir à conferência do médico pediatra Nuno Lobo Antunes. A esmagadora maioria do público era feminino. As mulheres são as mais afetadas. “É a mãe que está com as crianças, ponto final parágrafo. É com ela que faz os trabalhos de casa, toma banho… O pai chega do trabalho e quer descansar, o filho começa a perturbá-los e o casal perde o con-trolo da situação.” Isto cria vários problemas no ceio da família. “Um casal disse-me que ainda não esta-va divorciado porque nenhum deles quer ficar com o miúdo.”Quando as pessoas se dirigem ao seu consultório a perguntar se os

Nuno Lobo Antunesexplica hiperatividadee défice de atençãoO médico Nuno Lobo Antunes falou da Perturbação da Hiperatividade e Défice de Aten-ção (PHDA). Considerou a doença um problema para a saúde pública que afeta não só as crianças mas sobretudo os familiares

filhos são hipérativos, o médico entende que elas os vêm como um quadrado. “O problema é que eles são cubos. Um miúdo que só tenha PHDA e não outros problemas é a exceção e não regra, e para o per-ceber têm de se investigar os outros problemas, as outras faces do cubo.” Alguns números apresentados pelo médico revelam que estes doentes têm 90% de resultados escolares negativos, um aumento de 33% de idas às urgências e a probabilidade de uma rapariga engravidar é 20 vezes superior ao normal. O atraso do diagnóstico das raparigas em re-lação aos rapazes é em média de 5 anos. “É mais fácil a professora dar pelo miúdo que está constantemente a levantar-se do que por uma rapari-ga tímida, essa é uma coitadinha, e

não se pensa no défice de atenção.”“A PHDA é um problema de saúde pública porque tem consequências que vão para além do défice de aten-ção. As dificuldades de aprendiza-gem são enormes, há o aumento de acidentes, juntando aos problemas que já aqui foram referidos e muitos mais.” O médico aconselha viva-mente a não esquecer a medicação. “As pessoas têm medo que a medi-cação provoque dependência, o que é totalmente falso. A verdade é que os miúdos bem medicados têm uma maior taxa de sucesso. Não é o me-dicamento que resolve o problema, mas os melhores resultados levam à auto confiança, essa leva a que as pessoas se juntem a pessoas bem su-cedidas e melhorem a sua qualidade de vida”, acrescenta o médico.

PROPRIEDADE:Hora H - Agência Global de Comunicação Unipessoal, Lda.

DIRETOR E ADMINISTRADOR:Luís ParreiraREDAÇÃO:Dina Aleixo, Letícia Martins e Marcelo ChagasCOLABORADORES:João Carlos Costa, José Monteiro, Nuno Jorge, António Marques e Carlos TiagoPAGINAÇÃO:vto | design

DEPARTAMENTO COMERCIAL:Paulo Rodrigues e Filipe Santos

Rua Ramiro Matos Bilhau, N.º 10, 3º Esq2520-486 PENICHET. 262 780 280

Av. Eng.º Luís Paiva e Sousa, N.º 2D2500-329 CALDAS DA RAINHAT. 91 857 99 40

IMPRESSÃO: Fig-Indústrias Gráficas, S.A. Rua Adriano Lucas 3020-265 COIMBRA

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A administração do BOM SUCES-SO Design Resort, Leisure & Golf admitiu, no final de março, não ter dinheiro para pagar as dívidas aos proprietários de casas em regime de exploração turística e adiantou que está a estudar um acordo de pagamento não só aos proprietários como a empreiteiros.A polémica sobre a situação do em-preendimento foi levantada por vá-rios proprietários que se queixaram da gestão e de vários problemas de-tetados no empreendimento de luxo.

Bom Sucesso sem dinheiropara pagar dívidas aproprietários e empreiteiros

Vários proprietários que investiram no luxuoso resort do Bom Sucesso quei-xam-se de dívidas superiores a um milhão de euros por parte da empresa que lhes prometeu lucros de cinco por cento mas não está a cumprir o contrato

A situação deficitária do empreendimento turístico está a causar “alguma preocupação” a António Carneiro, presidente do Turismo

As queixas são sobretudo em rela-ção ao sistema Hotelier, em que os proprietários podem usar as casas seis semanas por ano, cedendo-as, no resto do ano, à exploração turís-tica. O contrato firmado pela Acordo Óbidos garantia um rendimento mínimo de cinco por cento sobre o valor do investimento durante um período de dois anos, nuns casos, ou de três anos, noutros. De acordo com uma notícia publi-cada pela agência Lusa, proprie-

tários espanhóis denunciaram que esse valor respeitante à exploração turística, iniciada em 2009, nunca foi pago.Um fórum de proprietários ingleses testemunha igualmente o descon-tentamento. Para além da falta de pagamento, os ingleses queixam-se de problemas na construção das ca-sas e piscinas, os elevados custos de manutenção dos jardins e, nalguns casos, de terem recebido pedidos de pagamento por parte de emprei-teiros aos quais a empresa alegada-

Turismo do Oeste acredita na recuperação do mercado imobiliáriodo Oeste, embora acredite que a recuperação acontecerá associada à retoma da confiança no mercado imobiliário.“Infelizmente esta situação está muito longe de ser única e preocupa-me, embora acredite que a médio prazo o mercado imobiliário em Portugal vai recuperar”, admite.António Carneiro acredita que a situação financeira do Bom Sucesso não decorre de “ um problema de má gestão”, mas sim do facto de pura e simplesmente ter havido uma paragem total nas vendas que afeta todos os empreendimentos que já estavam em fase de desenvolvimento quando se instalou a crise

económica”, sustenta.O responsável pelo turismo na região consi-dera que a crise tem afetado a implantação de outros empreendimentos turísticos de luxo no concelho de Óbidos, onde, exem-plifica, “as quintas de Óbidos [em frente ao resorte do Bom Sucesso] chegaram a ter 21 casas vendidas, com contratos assinados, mas os negócios foram desfeitos porque as pessoas não conseguiam cumprir o compro-misso por os bancos terem deixado de em-prestar dinheiro”.O Royal Óbidos, outro dos empreendimen-tos turísticos de luxo a ser construído no

mesmo concelho, “assumiu a impossibilida-de de avançar com a construção, fez apenas o campo de golfe e vai esperar por uma me-lhor conjuntura para iniciar as casas” acres-centa.Ainda assim António Carneiro acredita que a aposta que a região fez na construção de empreendimentos turísticos de luxo não foi “uma aposta perdida” e que os empreendi-mentos irão recuperar comparadores nos próximos anos, sobretudo em novos merca-dos como o Brasil e Angola.

mente terá ficado a dever.Portugueses, ingleses e espanhóis contestam ainda a não realização de uma Assembleia do Condomí-nio Geral, desde agosto de 2010, e exigem a marcação de uma reunião para apresentação das contas.Em declarações à Lusa o presidente do Conselho de Administração do Bom Sucesso, Paulo Graça Moura, admitiu “uma dívida média de 13 a 15 mil euros/ano” a cerca de 75 pro-prietários do regime Hotelier.A Acordo Óbidos, que contratou

as garantias aos proprietários, “tem dívidas muito grandes e por isso vamos propor um acordo que sal-vaguarde, na medida do possível, o pagamento a clientes, empreiteiros e bancos”, explicou Paulo Graça Moura que reconheceu igualmente que o empreendimento deve “mais de um milhão de euros a empreitei-ros” e “muitos milhões à banca, que reúne, de longe, a maior fatia das dívidas”.

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óbidos // concelhos |

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Os 11 anos da elevação das Gaeiras, no concelho de Óbi-dos, a vila, vão ser celebrados no próximo dia 19 de abril. Será lançada uma monografia sobre a localidade, patrocinada pela Le-ader Oeste, através do programa comunitário PRODER, esta “en-trelaça a importância do passado e do futuro” e contém, segundo o presidente da junta, Eduardo João, “um capítulo que fala so-bre a Casa das Gaeiras, um outro sobre a Quinta das Janelas e uma referência ao filão de dolerito”.A obra explica, segundo o autar-ca, “a criação da freguesia e da sua elevação a vila, da história das nossas coletividades e do património construído, seja ele mais antigo, ou mais recente,

As esculturas do Festival Inter-nacional de Chocolate de Óbidos 2012 vão estar em exposição no Chocolate Lounge, localizado na Praça de Santa Maria, até ao final do mês de maio.Às esculturas vão juntar-se qua-tro dos vestidos apresentados na passagem de modelos de choco-late, que decorreu no passado dia 24 de março, com apresentação de Merche Romero. Os 20 anos da Disneyland Pa-ris foi o tema escolhido para as esculturas em chocolate do fes-tival, que decorreu de 2 a 25 de março e que levou milhares de visitantes à vila.

Uma viatura de combate a incên-dios urbanos e voluntários são as principais carências apontadas pela Associação Humanitária dos Bom-beiros de Óbidos, a 1 de abril, data em que a corporação comemorou o 85ºaniversário.Em declarações aos jornalistas o comandante dos bombeiros, Sér-gio Gomes, deixou a “preocupação ao nível do recrutamento de novos voluntários”, depois de nos últimos quatro anos a corporação ter conhe-cido um decréscimo de mais de 30 por cento no número de soldados da paz.O facto de terem vindo a ser retira-das aos bombeiros “algumas rega-lias” e a crise que leva a que “muitos tenham que emigrar ou procurar um segundo emprego”, são alguns dos fatores apontados per Sérgio Gomes como agravantes para o recrutamen-to de novos bombeiros para a cor-

Bombeiros reclamam mais voluntários e viaturasA comemorar 85 anos, os bombeiros de Óbidos temem que o número de efetivos não chegue para acorrer a todas as ocorrências do concelho onde falta também uma viatura de combate a incêndios urbanos

poração que conta com menos de 80 bombeiros e que, gostaria de ter pelo menos uma centena.Prestes a renovar a frota de 27 viatu-ras com um novo carro de combate a incêndios florestais, o comandante lamenta ainda a falta de uma viatu-ra de combate a incêndios urbanos, “uma realidade com a qual nos esta-mos a deparar cada vez mais”.Dificuldades que os bombeiros têm tentado sanar com a realização de campanhas de angariação de novos sócios, a última das quais terá con-tribuído, segundo direção, para um aumento de cerca de 20 por cento.As comemorações do aniversário foram presididas pelo presidente da câmara de Óbidos, Telmo Faria, que deixou aos bombeiros palavras de incentivo e de elogio ao comandan-te, ovacionado em pé por todos os presentes na sala.Na cerimónia participaram, para

além do comandante Sérgio Go-mes e dos presidentes da direção e assembleia geral (Rui Vargas e Fre-derico Garcia) algumas individu-alidades ligadas aos bombeiros do distrito de Leiria, as quais o coman-dante distrital, José Manuel Moura, o representante da Liga de Bombei-ros Portugueses, José Ferreira e o presidente da Federação Distrital de Bombeiros, Mário Cerol.As dificuldades que os corpos de bombeiros atravessam, a nível na-cional, marcaram a tónica dos dis-cursos num dia em que não faltaram elogios ao trabalho desenvolvido pela corporação obidense e que ter-minou com um desfile em que anga-riou especial destaque a nova equi-pa cinotécnica com cães de busca e salvamento.A comemoração ficou ainda marca-da por um almoço aberto a todos os convidados, bombeiros e familiares.

como é o caso do Complexo Es-colar do Alvito”.A Monografia de Gaeiras integra igualmente algumas curiosidades, como “o facto de oito dos presi-dentes de Câmara Municipal de Óbidos terem sido das Gaeiras, ou uma listagem com mais de 400 alcunhas da população local, um capítulo muito engraçado”.A cerimónia tem lugar da sede da junta de freguesia, às 21 horas.

Gaeiras comemora elevação a vila

Esculturas de chocolateem exposição até maio

Ponto de passagem obrigatório deste festival foi uma vez mais a Exposição de Esculturas, onde o público pôde admirar verdadeiras obras artísticas em chocolate, rea-lizadas por profissionais do setor alimentar, que exemplificam as suas perícias na área da doçaria e chocolateria. “À procura de Nemo”, “Piratas das Caraíbas”, “Mickey e Min-nie”, “Peter Pan” e “Cars” e qua-tro vestidos com aplicações em chocolate são as peças que podem ainda ser apreciadas por quem não viu ou por quem pretenda re-visitar as criações em chocolate.A entrada custa dois euros.

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Estudo sobre Linha do Oeste aponta para viabilidade doserviço de passageirosUm estudo encomendado pela câmara das Caldas e entregue ao Governo no início de abril sustenta ser viável manter o serviço de passageiros na Linha do Oeste e até diminuir os custos de exploração

O Movimento São Martinho Para as Caldas tem a decorrer, na in-ternet, uma petição reivindicando a passagem daquela freguesia do concelho de Alcobaça para o das Caldas da Rainha.Os subscritores recordam que a freguesia de São Martinho do Por-to foi sede de concelho “mais de trezentos anos”, tendo posterior-mente pertencido aos municípios de Alcobaça e Caldas da Rainha, mas integrando atualmente este último, numa divisão adminis-trativa que consideram não cor-responder “aos legítimos direitos, interesses e vivência da população local, designadamente no que res-peita às necessidades reais do seu dia-a-dia”. “Os habitantes da freguesia de São Martinho do Porto, desde que nascem, fazem toda a sua vida em íntima e permanente ligação com Caldas da Rainha” e “apenas se deslocam a Alcobaça por razões e obrigações administrativas”, sus-tenta o movimento.Considerando que a população da freguesia desenvolve as suas relações em estreita ligação com Caldas da Rainha no trabalho, na economia, na saúde, na educação / formação, na cultura, no despor-to e nos tempos-livres, “há muito que a população ativa, à falta de

emprego e de habitação ao seu al-cance, vem optando por residir e/ou empregar-se em Caldas da Rai-nha, fazendo aí a sua vida”, expli-cam os autores da petição, defen-dendo “a contiguidade territorial como um fator determinante”.A petição aponta o exemplo da baía, que “sendo o mais impor-tante pólo de desenvolvimento local, e cuja separação adminis-trativa das duas freguesias “tem prejudicado gravemente o seu desenvolvimento e a resolução dos problemas comuns, como o desassoreamento e a despolui-ção, em particular, e o progresso sustentado e sustentável das duas localidades”. Considerando que a permanência no concelho de Alcobaça poderá implicar, segundo a atual propos-ta de organização do território, a perda do estatuto de sede de fre-guesia e a sua agregação a Alfei-zerão, os subscritores consideram que a mudança para o concelho de Caldas da Rainha permitirá novas soluções para a manutenção da autonomia local e acusam mes-mo a autarquia de Alcobaça pela “destruição do património natural e construído à estagnação e re-trocesso, que levaram à perda da importância local e regional que historicamente representámos”.

Movimento São Martinho Para as Caldas

A Plataforma de Defesa da Linha do Oeste, liderada pelo presidente da câmara das Caldas da Rainha, Fer-nando Costa, entregou no passado dia 3 de abril, ao secretário de Es-tado dos Transportes, Sérgio Silva Monteiro, a versão final do estudo que sustenta ser viável diminuir os custos de exploração e aumentar o número de passageiros na Linha do Oeste, se forem implementadas um conjunto de propostas para aumen-tar a atratividade do transporte fer-roviário entre as Caldas da Rainha e Coimbra.A reunião, em que participaram, para além do autarca, deputados do PSD e do PP, eleitos pelo círculo de Leiria, e o empresário Henrique Neto (ex-deputado socialista), dei-xou satisfeitos os intervenientes e levou no final o governante a elogiar “a forma construtiva” como a plata-forma tem defendido a continuidade do serviço de passageiros na linha.O documento, “bem elaborado e com dados muito realistas” coloca a linha “no bom caminho para ser reativada com melhores condições”, sustentou o deputado do PP, Manuel Isaac, no final do encontro.Fernando Costa, presidente da câ-mara das Caldas e um dos funda-dores da plataforma, adiantou que o estudo “vai ser enviado à Refer e à CP”, cujos responsáveis poderão

“discutir todas as questões com o autor”, Nelson Oliveira. “Se se chegar a um consenso pode-remos ter a garantia de continuidade da Linha do Oeste, com serviço de passageiros até Coimbra”, sublinha.

As propostas do estudo

De acordo com Fernando Costa, a versão final do estudo apresenta um conjunto de medidas que permitem atingir os resultados mínimos exigí-veis para que o comboio se mante-nha”.O documento, a que “O Jornal” teve acesso, defende que “as ra-zões apresentadas [pelo Governo] para a suspensão do serviço de pas-sageiros na linha do Oeste não são válidas” e conclui ser possível, sem investimento, ” melhorar os resulta-dos de exploração”.O autor do estudo, Nelson Oliveira, considera que a adequação entre a oferta e procura na linha permitirá, num horizonte de três a cinco anos, um “acréscimo de passageiros em 16 por cento e a redução de 22 por cento no custo de passageiro por quilómetro, abrindo uma grande margem de captação de novos uten-tes para a via que, atualmente, serve apenas cerca de um por cento da po-

pulação da região.Para tal defende a implementação de um conjunto de propostas que es-tima traduzirem-se “numa redução imediata de custos de exploração em cerca de 10 a 25 por cento”.O estudo propõe que as composi-ções passem a ser direcionadas para Coimbra (e não para a Figueira da Foz), e que o número de comboios seja reduzido para quatro em cada sentido.Defende igualmente a articulação dos horários dos comboios com a oferta rodoviária, a correção de “distorções tarifárias” nalguns per-cursos e que sejam publicitadas as vantagens do transporte rodoviário.A linha é considerada “em muito boas condições de conservação” permitindo “uma resposta concor-rencial com o modo rodoviário”, apesar de o material circulante (comboios) ser “antigo e pouco con-fortável e a “oferta desadequada”, em termos de horários e destinos.Estes são dois dos fatores apontados como causas da baixa utilização do comboio.Nelson Oliveira defende que a “cap-tação do mercado” poderá ser po-tenciada com a elaboração de “um estudo de mobilidade da Região Centro de forma a quantificar de forma adequada os fluxos de deslo-cações”.

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A administração do Centro Hospita-lar Oeste Norte, que integra os hos-pitais das Caldas da Rainha, Peniche e Alcobaça, nega a falta de materiais ou medicamentos em qualquer des-tes hospitais, noticiada por vários órgãos de informação depois de ter sido denunciada à Ordem dos Mé-dicos num encontro entre profis-sionais dos hospitais das Caldas da Rainha e Torres Vedras.Num comunicado enviado aos jor-nais, o conselho de administração do Centro Hospitalar Oeste Norte (CHON) desmente “categoricamen-te que se verifiquem, em qualquer um dos três hospitais que integram este Centro Hospitalar, falta de ma-teriais, medicamentos ou quaisquer outros bens essenciais para a ma-nutenção da atividade das referidas instituições”.O desmentido foi divulgado na se-quência da denúncia efetuada por médicos dos centros hospitalares Oeste Norte e Oeste Sul (que inte-gra dois hospitais de Torres Vedras) sobre a “situação de penúria que se vive em ambos os centros hospita-

Centro HospitalarOeste Norte desmente falta de materiaisOs médicos dizem que falta material e medicamentos nos hospitais do Oeste, mas a administração do CHON desmente as acusações

Foi formada a 30 de março, no auditório da câmara das Caldas da Rainha, a Comissão de Uten-tes e Profissionais de Saúde do Centro Hospitalar Oeste Norte (CHON), que integra um grupo de profissionais e utentes dos dois hospitais locais (distrital e ter-mal), representantes do Conselho da Cidade e membros da Liga dos Amigos do CHON.Depois da constituição a comis-são reuniu a 3 de abril, tendo decidido elaborar uma carta de intenções que será divulgada em breve a pedir audiências ao pre-sidente do Conselho de Adminis-tração do CHON (Carlos Sá), ao presidente da Administração Re-gional de Saúde de Lisboa e Vale do Tejo (Luis Cunha Ribeiro) e aos presidentes das câmaras dos concelhos servidos pelos hospi-tais, nomeadamente Caldas da

"Garantir a qualidade e segurança nas instalações elétricas de esta-belecimentos que recebem pú-blico é de extrema importância, porque falamos de locais como escolas, serviços hospitalares, ou estabelecimentos comerciais uti-lizados diariamente por elevado número de pessoas”, considera Carlos Ferreira Botelho, diretor--geral da CERTIEL. A formação decorrerá no Caldas Internacional Hotel entre as 9h00 e as 18h00, e destina-se aos téc-nicos responsáveis pela conceção ou execução de instalações elétri-cas, e a outros profissionais inte-ressados no tema. A formação nas Caldas da Rai-nha é uma das 55 que decorrerão em 23 cidades, de norte a sul do país, entre abril, maio e junho, e que cumprem a missão da CER-TIEL de dar apoio aos profissio-

lares, onde se têm vindo a verificar situações repetidas de carência de materiais básicos de uso corrente, bem como de alguns reagentes labo-ratoriais ou medicamentos”.As falhas foram apontadas durante uma reunião realizada a 21 de março na sede do Distrito Médico do Oeste da Ordem dos Médicos e divulga-das num comunicado aprovado por unanimidade por todos os médicos presentes.Em comunicado enviado ao Distrito Médico do Oeste, no final de março, a administração do CHON protesta contra “a forma como foram apon-tadas estas alegadas falhas, sem que tivesse a Ordem dos Médicos pro-curado esclarecer junto do conselho de administração tais informações”.A administração desmente a carên-cia de materiais e diz-se “fortemen-te empenhada em manter o nível de cuidados de saúde a que a po-pulação servida por esta instituição está habituada”, sublinhando que, “apesar das restrições económicas e financeiras que o país e as suas ins-tituições vivem, tem sido possível

manter e em alguns casos melho-rar os indicadores de atividade do CHON”.O conselho de administração afir-ma-se “sempre disponível para pres-tar informações sobre a real situação verificada no CHON e da estratégia que vem sendo seguida para racio-nalizar gastos e diversificar fontes de receita, procurando manter o ní-vel de cuidados”, no sentido de se-rem encontradas, em conjunto com os profissionais, soluções para a sal-vaguarda dos interesses dos utentes.Há também abertura, refere, para reunir e analisar qualquer questão com a Ordem dos Médicos.O presidente do Distrito Médico do Oeste da Ordem dos Médicos, Pedro Coito, recordou que as falhas apon-tadas foram “descritas por médicos dos dois centros hospitalares em reunião na sede do Distrito Médi-co do Oeste” e remeteu para 11 de abril, após reunião da ordem, uma posição oficial sobre a posição do conselho de administração.

Comissão de utentes defendeserviços hospitalares

Rainha, Óbidos, Bombarral, Pe-niche, Alcobaça e Nazaré.A comissão pretende ainda agen-dar reuniões com as restantes comissões de utentes da região, incluindo de Torres Vedras, cujos hospitais o Governo pretende fundir com o CHON, criando um centro hospitalar único para o Oeste. Para além de António Curado, eleito porta voz da comissão, do grupo fazem parte António Fer-reira, Arnaldo Sarroeira, Carlos Gaspar, Filomena Cabeça, Jaime Neto, João Frade, Joaquim Ur-bano, Luís Botelho, Rui Correia, Teresa Mendes, Teresa Neto e Vasco Trancoso.O grupo adiantou ainda a intenção de criar um blogue para divulga-ção de iniciativas e dos objetivos ligados com a defesa dos serviços hospitalares e de saúde.

Formação em instalaçõeselétricas para espaços públicosA CERTIEL – Associação Certificadora de Instalações Eléctricas, di-namiza, no próximo dia 7 de maio, um seminário dedicado às insta-lações elétricas de tipo C em estabelecimentos que recebem público

nais ligados à conceção e manu-tenção de instalações elétricas.Cada ação de formação terá a duração de sete horas e meia e abordará as regras comuns aos diversos tipos de estabelecimen-tos que recebem público, assim com as normas específicas para edifícios do tipo administrativo, hospitalar e comercial, estabele-cimentos escolares e empreendi-mentos turísticos e similares.A formação tem o custo de 45 euros por pessoa, valor que inclui certificado de participação, co-ffee break e almoço, e pasta com “manual de acompanhamento”. O número de vagas por semi-nário é de 40 participantes, e as inscrições serão aceites até 20 dias antes de cada seminário. Os interessados devem inscrever-se diretamente no portal da CER-TIEL, em www.certiel.pt.

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Os presidentes das doze câmaras que integram a Comunidade Intermunicipal do Oeste (Oes-teCIM) aprovaram por unanimidade uma pro-posta à comissão parlamentar do Poder Local para que a denominada lei dos compromissos não seja aplicada às autarquias. “De acordo com o princípio da autonomia ad-ministrativa e financeira de que o poder local é detentor, propomos que a lei não seja aplicada à administração pública local”, pode ler-se no documento aprovado no início de abril.Os presidentes oestinos consideram que a lei (que proíbe as entidades públicas de assumi-

OesteCIM contesta Lei dos Compromissos

rem compromissos para os quais não tenham verba cabimentada nos três meses seguintes) pode levar a que “as crianças fiquem sem ali-mentação nas escolas, os transportes escolares corram o risco de paralisar, a recolha do lixo e o pagamento de vencimentos aos funcionários fiquem comprometidos”.A OesteCIM defende em alternativa que seja criada uma nova lei “específica para a admi-nistração local” que determine a obrigatorie-dade de as câmaras reduzirem 10 por cento da dívida ao ano, o total da dívida acumulada num prazo de 10 anos.

Até 2015 poderão vir a ser investidos mais de 54,2 milhões de euros nas bacias hidro-gráficas das ribeiras da região Oeste, cujo plano está em consulta pública até ao pró-ximo mês de maio.O investimento previsto pela Administra-ção Regional Hidrográfica (ARH) do Tejo será destinado à construção de sistemas de recolha e de tratamento das águas re-siduais.Entre as medidas previstas contam-se a re-conversão de canais de rega, identificação de locais potenciais para a reutilização das águas residuais e pluviais, restabelecimen-to de cursos de água para a fauna piscícola e construção de estações de tratamento de efluentes pecuários, a implementação de um plano de gestão da enguia, programas de monitorização e medidas contra a es-

Bacias e ribeiras do Oestecom investimentos superioresa 54 milhões até 2015

cassez de água e dos ecossistemas aquá-ticos e a aplicação de condicionantes à construção de novas captações de água subterrâneas.O plano prevê igualmente a criação de reservas estratégicas para responder a si-tuações de seca, reabilitar linhas de água, definir áreas a preservar nas bacias hidro-gráficas e elaborar planos de gestão do risco de inundações, com a delimitação de zonas de infiltração máxima.De acordo com uma notícia divulga-da pela agência Lusa, a maior fatia do investimento estimado será ao abrigo dos investimentos do Plano Estratégico de Abastecimento e de Saneamento de Águas Residuais e o restante é assegurado pela ARH Tejo e pelos municípios.

A Amb3E – Associação Portuguesa de Gestão de Resíduos assinou um protocolo com a As-sociação Humanitária dos Bombeiros Volun-tários do Bombarral (AHBV), alargando a sua presença no distrito de Leiria. Com esta parceria, os munícipes do Bombarral poderão entregar os seus equipamentos elétri-cos e eletrónicos em fim de vida, gratuitamen-te, no quartel da corporação, sendo a primeira Associação Humanitária de Bombeiros do Distrito a tornar-se local de receção de REEE. O Distrito de Leiria passa, assim, a contabi-lizar um total de 29 locais de receção para REEE (Resíduos de Equipamentos Elétricos e Eletrónicos), entre os quais sete disponibili-zam Ponto Eletrão.António Abreu Ferreira, diretor do Depar-

Bombeiros do Bombarral recebem eletrodomésticos para reciclar

tamento de Gestão de Resíduos da Amb3E afirmou-se “muito satisfeito por podermos dar mais um passo na nossa política de expansão da rede de locais de receção que a Amb3E vem promovendo por todo o País. Com este acordo de cooperação, a Amb3E e a AHBV do Bombarral passam a estar unidos em torno de uma mesma causa: facilitar e promover o destino adequado deste fluxo de resíduos em Portugal. Os excelentes resultados alcançados com a campanha Quartel Eletrão provaram que os bombeiros desempenham um papel de sensibilização fundamental junto das popula-ções.”O presidente da Câmara Municipal do Bom-barral, José Manuel Vieira, reforçou o papel dos bombeiros na sensibilização da comuni-dade: “A assinatura deste protocolo é a prova viva que, juntos, bombeiros, população, enti-dades aderentes e a AMB3E, enquanto entida-de promotora da ação, continuam a pretender contribuir com muito empenho para a preser-vação do ambiente”.Pequenos e grandes eletrodomésticos, compu-tadores e torradeiras, entre outros velhos equi-pamentos elétricos e eletrónicos podem ser en-tregues, a partir de agora, nas instalações dos Bombeiros Voluntários do Bombarral.

Lançado durante a BTL (Bolsa de Turis-mo de Lisboa), está já em distribuição o novo “Mapa Turístico” do Turismo do Oeste. O mapa, distribuído em formato 60x42 cm e dobrado em tamanho bolso era, se-gundo a Entidade de Turismo do Oeste (ETO) “uma peça muito solicitada pelos visitantes”. A produção destina-se a ilustrar e com-plementar as ações profissionais, levadas a efeito pelo Turismo do Oeste, em feiras e certames, workshops, seminários e con-gressos, apoio a jornalistas e a operadores turísticos, e distribuição nos hotéis e pos-tos de turismo.O mapa foi elaborado pela empresa Turin-

Turismo do Oeste com novo mapa turístico

ta e apresenta-se com um contexto moder-no no seu design. O trabalho conta ainda com informação complementar de alojamentos, museus e postos de turismo na região. O organismo chegou a ter há anos um mapa perspetivado do território, mais tar-de substituído pelo mapa da Costa de Pra-ta e pelo mapa de Lisboa Região. A ETO considerou agora “oportuno editar de novo um mapa Oeste, de forma a cada vez mais reafirmar a marca, sendo uma exigência dos atuais resorts e hotéis”. A edição do mapa foi comparticipada pelo QREN (Quadro de Referência Estratégica Nacional).

Francisco Leitão, o Rei Ghob, natural da Lourinhã (presumível local dos crimes) diz não ter cometido os crimes pelos quais foi condenado a 25 anos de prisão pelo coletivo de Juízes do Tribunal de Torres Vedras. “O que se passou com eles não sei, não sou o pai deles. Não os matei. Não posso dizer coisas que não sei”, escreveu Rei Ghob numa carta em resposta à RTP e divulga-da pela estação no dia 30 de março. “Não lhes fazia mal nenhum. Se lhes fizesse, (os adolescentes) não iam para lá”. Francisco Leitão viu ser-lhe aplicada a pena máxima

Rei Ghob diz-se “inocente”permitida em Portugal no dia 29 de março último. Estava acusado de quatro crimes de homicídio e outros quatro de ocultação de cadáver referentes aos desaparecimen-tos de Tânia Ramos, Joana Correia, Ivo Delgado e de um sem-abrigo conheci-do como “Pisa lagartos”. Relativamente a este último foi absolvido por falta de provas. A defesa vai recorrer da decisão porque “não se revê na decisão e um dos indícios não convenceu um dos juízes”. A advogada de um dos assistentes, Cláudia Gomes, diz que “apesar de nada apagar a dor da perda de um filho, fez-se justiça.”

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Este podia ser o título de uma das suas can-ções, mas é simplesmente a melhor forma de descrever o momento que a cantora calden-se Rebeca atravessa. A viver um período de bastante sucesso com o seu último trabalho discográfico, a cantora parece ter também en-contrado de novo motivos para sorrir a nível pessoal.Curada da doença que motivou uma paragem na sua carreira e divorciada desde o início de 2012, Rebeca parece ter encontrado o amor que tanto tem cantado ao longo da sua car-reira. “Não gosto de ver a minha vida pessoal catapultada para a comunicação social, sou uma pessoa como as outras, com qualidades e defeitos, com momentos bons e momentos

A vida dá voltas…Rebeca

maus, gosto que falem do meu trabalho e não do meu dia-a-dia. No entanto, é verdade que a minha vida deu uma volta completa nestes últimos tempos.”A vida de Rebeca deu uma volta, e é precisa-mente com o seu primeiro namorado que está agora. Empresário de hotelaria e bombeiro, o obidense Élio Gomes é agora o companheiro da cantora, que este ano completa 15 anos de carreira e se prepara para lançar um livro auto-biográfico intitulado “Voltei a viver.”Com uma agenda bastante preenchida, apesar da austeridade existente e da crise que afeta o mundo dos espetáculos, Rebeca pode agora, mais do que nunca, dizer: “voltei a viver.” A vida dá voltas…

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Eram 5 da manhã do dia 28 de mar-ço quando 162 alunos da ESP deram o primeiro passo para percorrer os 100km da 27ª Peregrinação a Fáti-ma a pé. Mas no grupo faltava uma figura incontornável. A professora Cristina não podia caminhar por ra-zões de saúde. “Quando eles partiram eu estava num canto da sala de convívio, per-dida, como um peixe fora de água.” Mesmo limitada, não perdeu a força para se juntar “à luta”. “Se a primei-ra experiencia é boa, principalmente a nível interior, isto torna-se vician-te. Este ano foi complicado, fi-la de uma forma muito diferente. Não a fiz a andar. E esse facto magoou-me um bocadinho, podia dizer que fiz bem, mas não, magoou-me. Quando me deram a chave de um carro desa-tei a chorar, não queria ficar agarra-da a um.”

“O tempo não é nosso”Quem o afirma é Cristina Marques, professora de Educação Moral Religiosa e Católi-ca (EMRC) da Escola Secundária de Peniche (ESP). Na sua 10ª peregrinação a Fátima viveu uma sensação nova: pertencer ao apoio. E muita coisa mudou

Inês Mamede, 19 anos, antiga aluna de EMRC e atualmente no primeiro ano do ensino superior, também foi “caloira” no apoio. “É complicado afastar-me desta escola, principal-mente das peregrinações. Como não podia ir caminhar [as peregrinações destinam-se alternadamente entre alunos e ex-alunos] decidi ir para o apoio. Apesar de não termos bolhas nos pés é bastante cansativo, temos de carregar malas, correr de um lado para o outro. Mas os motivos para o apoio ou peregrinação são os mes-mos.” E quais são esses motivos? Inês diz que isso depende de cada um. “Eu levava as minhas intenções e queria entrega-las aos pés de Ma-ria, e entreguei. Há dois anos, na mi-nha primeira peregrinação, foi tudo muito estranho, aquilo não era eu, estava confusa. Mas foi aí que me comecei a “formar”, há coisas que

não se conseguem explicar.” Quem também tem coisas que não consegue explicar é Mariana Lou-renço, aluna do 12º ano. “Esta foi a minha segunda caminhada. Fui a primeira vez porque queria viver esta experiência. E marcou-me tão profundamente que quis reviver es-ses momentos novamente. É uma experiência inexplicável.” “A Ma-riana deu-me o melhor abraço que já recebi numa peregrinação. Ficou entre nós e nossa senhora. Há mo-mentos que são únicos, que nos fa-zem crescer.” Confessa a professora Cristina perante o olhar emocionado de Mariana. A caminhada teve um custo de 65€ por participante. Preço que podia ser mais elevado não fosse a gene-rosidade da escola, do Verbo Di-vino (local onde pernoitaram), de algumas empresas e dos pais. Sem esquecer a solidariedade de pro-fessores, “houve alunos que não podiam pagar, e não pagaram. Te-mos professores que nos entregaram envelopes para ajudar a pagar a ins-crição de um ou outro aluno deles, e lá dentro estava o dinheiro todo.” Entre tantas perguntas que se fazem sobre a peregrinação, os seus mo-tivos ou testemunhos, a professora Cristina dá-nos uma das respostas, “todos nos tentamos descobrir para encontrar Deus na nossa vida e um sentido para ela. Perceber onde esta-mos, para onde queremos ir e o que podemos fazer para sermos felizes, e a peregrinação ajuda muito nisso. Não nos resolve os problemas, eles continuam lá. Dá-nos é força para os enfrentar de outra forma.”

“Aproveite o momento”

Os 32 graus Celcius impróprios para o mês de março e para peregrinações atrasaram os peregrinos ao longo do primeiro dia, não só pelo cansaço físico mas também pelo mental. O método para o segundo dia era sim-ples: as “parvoíces” da professora Cristina. “Os chefes de apoio reuni-ram-se e pediram para eu ir à fren-te fazer parvoíces para puxar pelo

pessoal. O professor “Chico” (que participou nas 27 edições) estava de rastos e não conseguia pegar neles. A verdade é que chegámos ao San-tuário à hora marcada: às 19 horas do dia 29.” Inês Mamede assegura que os dois dias passados em Fáti-ma complementam a caminhada. “A parte da “discoteca” [momento de partilha entre os peregrinos no san-tuário na madrugada da chegada] é muito importante. Andar os 100km

DESCONTO NÃO ACUMULÁVEL

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e depois ir embora não tem tanta magia. Conhecermo-nos depois da caminhada é essencial.”Apesar de ter ficado agarrada a um carro, a professora Cristina apren-deu muito. “Apercebi-me que era importante ter um professor de moral no apoio. Tivemos muitos momentos de partilha, tomei cons-ciência de muita coisa em relação aos meus alunos.” Carpe Diem (aproveite o momento) pode ser

uma lição a tirar desta experiência. “Percebi que a qualquer momento podemos partir. Porque havemos de andar sempre às turras uns com os outros? O importante é viver o pre-sente com intensidade. O futuro ain-da não vivemos, o passado já foi… O objectivo da peregrinação é este, mexer com as pessoas, de nos expor, provocar muitos remoinhos na nos-sa vida. Dei conta que o tempo não é nosso.”

“As coisas que a secundária faz não podem ficar na ga-veta.” Foi este “recado” que o actual bispo do Porto, D. Manuel Clemente deu aos professores de EMRC. E duas escolas já abriram essa gaveta. A Escola Secundária da Lourinhã, há 3 anos, e a de Pombal, há 2 anos, co-meçaram a organizar tam-bém elas uma peregrinação a Fátima a pé. Esta última confessou à ESP que, “nós vamos porque vos vimos, se vocês eram capazes, nós também somos.” A profes-sora Cristina faz mea culpa às declarações de D.Manuel Clemente. “Ao tentarmos ser humildes, não nos querer-mos exibir, não nos aperce-bemos que podemos ajudar os outros.” A peregrinação fica “encerrada” na missa de finalistas no dia 1 de Maio, onde será apresentado o li-vro, com edição limitada de 50 exemplares, dedicado aos peregrinos da Escola Secun-dária de Peniche.

É possívelfazer diferente

Fotos: Inês Mamede

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| economia

A Trilógica é uma empresa de in-formática que está há 22 anos a laborar em Peniche. Dedica-se es-sencialmente à comercialização de software de contabilidade, comer-cial, e de hardware. Carlos Viola é o proprietário do espaço que para além da comercialização, apre-senta vários tipos de serviços, “as empresas procuram sistemas de facturação, de contabilidade e de assistência técnica. Os particulares procuram mais portáteis, impres-soras e também assistência”.

Trilógica

CentroÓptico de Peniche

O sinal analógico de televisão termina a 26 de abril deixando sem televisão todos aqueles que não estejam munidos de recetores TDT (Televisão Digital Terrestre) ou receção via cabo ou satélite. A Teleconde, nas Caldas da Rainha, está aberta sábado, 28, e domingo, 29 de abril, em horário alargado para poder ajudar aqueles que eventualmente deixem este assunto para a última hora. A referida empresa disponibilizou ainda uma linha telefónica exclusiva para poder esclarecer dúvidas sobre a TDT: 262 831 388.

“Apagão”no final de abril

A 102 FM Rádio e O Jornal uniram esforços para lhe facilitar a vida. Na edição impressa de O Jornal encontra vales de desconto que pode trocar pelos produtos das referidas empresas. Pode desfrutar de descontos em serviços de restauração, pastelaria, supermercados, cabe-leireiro, vestuário, electrodomésticos e muito, muito mais! Para gastar menos, mais fácil era impossível.

Bazar é o nome de uma loja que tem subjacen-te um projeto social. Roupa a partir de1€, ele-trodomésticos e mobiliário em segunda mão a preços incríveis para proporcionar a quem vive com dificuldades o acesso a esses bens.O Bazar aceita todo o tipo de donativos, por isso já sabe, se tiver em casa roupa que já não usa, brinquedos que ficaram de lado ou até móveis que já não têm utilidade para si, pode entregar no Bazar, nas Caldas da Rainha, Rua Fonte Pinheiro (Junto ao Lidl).

Abriu junto à rotunda da Fonte Luminosa, nas Caldas da Rainha a “Top Smile”, uma clínica dentária com um conceito “low cost”. Para já o rastreio é gratuito e a campanha de abertura garante preços que vão permitir que pessoas com menos possibilidades económicas pos-sam voltar a sorrir.

“Top Smile”,sorrir mais a preços“low cost”

Um por todos e todospor um…

Com lojas em Peniche e em Ferrel, o Centro Óptico de Peniche presta vários serviços de optometria, des-de a consulta à resolução do proble-ma. Artur Pereira é o proprietário do centro e assegura “que qualquer pessoa que se desloque aos espaços tem um serviço completo de exame, rastreio e consulta. Temos também um stock de lentes que permite às pessoas terem a consulta e saírem com os óculos prontos a usar, no espaço de uma hora.”

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Filipe Montargil

Óbidos e Peniche são os dois con-celhos do Oeste escolhidos pela L’Oréal para participarem na primei-ra edição dos Censos da Pele, uma iniciativa que pretende aprofundar o conhecimento sobre a realidade das mulheres portuguesas e a saúde da sua pele. “Censos da Pele – Na pele das mu-lheres portuguesas” é a designação da iniciativa com arranque marca-do para este mês promovendo uma investigação mais detalhada sobre a saúde da pele feminina em Portugal. A iniciativa vai contempla uma amostra de cerca de 2400 mulheres residentes em Portugal continental, com idades compreendidas entre os 18 e os 70 anos.O estudo permitirá conhecer não só o tipo de pele e o que caracteriza o seu envelhecimento, mas também os hábitos das portuguesas completando esta informação com dados demográ-ficos, geográficos e socioeconómicos. A recolha de dados é feita ao domi-cílio por técnicos de saúde devida-mente formados e certificados que decorrerá até junho. A divulgação dos resultados está prevista para se-tembro.Os concelhos foram escolhidos ale-atoriamente, mas de forma a refletir eventuais diferenças regionais, no-meadamente entre zonas urbanas e rurais, interiores e litorais. Leiria, Castelo Branco, Proença-a--Nova, Abrantes, Arruda dos Vinhos, Alcochete, Lisboa, Oeiras, Évora, Beja e Faro foram os restantes locais escolhidos.

L’Oréal avalia pele das mulheres de Óbidos e Peniche

O diretor executivo do Parque Tecnológico de Óbidos, Filipe Montargil, vai integrar o júri do prémio SIM, a convite da Samsung.O Prémio SIM é uma iniciativa que visa dis-tinguir projetos na área das industriais criati-vas que possuam um caráter inovador, mas ao mesmo tempo relevante para a comunidade em que se inserem. Na sua segunda edição, o prémio vai contar ainda com o apoio da Associação Nacional de Jovens Empresários (ANJE), Associação Por-tuguesa de Capital de Risco e Desenvolvimen-to (APCRI), Federação Nacional de Associa-ções de Business Angels (FNABA) e da Caixa Geral de Depósitos (CGD) enquanto parceiros institucionais.O prémio pretende dar a conhecer portugueses empreendedores e os seus projetos, podendo os interessados submeter a concurso os seus trabalhos até 31 de agosto. Os trabalhos de-vem estar integrados numa ou em várias das áreas das indústrias criativas, nomeadamente arquitetura, artes performativas, artes visuais

A agência criativa de marketing e comuni-cação digital WIZ Interactive, empresa do Parque Tecnológico de Óbidos, conquistou o segundo lugar do pódio dos Prémios Criati-vidade da Meios & Publicidade, atribuído ao projeto de responsabilidade social ‘2 Faces’. O trabalho foi premiado no âmbito da catego-ria Digital.A WIZ Interactive associou-se ao 2 Faces, um projeto da autoria de Luís Mileu e Ricardo Henriques, em parceria com a Revista Cais, tendo desenvolvido o site www.projecto2fa-ces.com. O site dá a conhecer em pormenor a vida das 10 pessoas que deram a face, bem como a obra dos 10 artistas que interpretaram essas mes-mas vidas num projeto que junta a fotografia, a entrevista e o desenho, numa abordagem in-tegrada. A criação do website foi de José So-bral e Pedro Valentim, com direção criativa de

Nuno Mendes, realizado a partir da imagem gráfica criada pelo Atelier MAGA.De referir que projeto ‘2 Faces’ já havia sido premiado com Bronze no âmbito do festival El Ojo Interactivo, ao qual se candidataram 454 peças criativas oriundas de 11 países.A WIZ Interactive é uma agência criativa de marketing e comunicação digital focada em trabalhar marcas de forma integrada, criando conceitos, conteúdos e desenvolvendo apli-cações no universo digital com o objetivo de proporcionar experiências que aproximem e envolvam as marcas com os seus consumido-res. Fundada a 11 de Setembro de 1998, tem como atuais partners os sócios fundadores Nuno Sil-va e Pedro Patrício. Em 2010 foi considerada a ‘Agência Digital do Ano’ nos Prémios da publicação Meios & Publicidade.

e design, marketing e publicidade, cinema, televisão e rádio, moda, música e novas tecno-logias e aplicações digitais.Todos os projetos submetidos serão avaliados com base nos critérios de inovação, potencial de mercado, impacto na comunidade e viabili-dade económica.No final de novembro o júri anunciará o ven-cedor e as três menções honrosas.O júri é presidido por Joana Vasconcelos e conta também com a participação de João Sa-laviza, Beatriz Batarda, Manuel Pureza, An-tónio Câmara, Paulo Caetano (APCRI), Pedro Bandeira e Dulcineia Neves (vencedores da Edição 2011), Ricardo Luz (FNABA), Hugo Silva (CGD), Francisco Maria Balsemão (em representação da ANJE) e Pedro Gândara (em representação da Samsung Eletrónica Portu-guesa). O prémio para o projeto vencedor é de 25 mil euros e o valor deverá integrar, na sua totalida-de, o capital social da sociedade proponente, que terá que ter sede em território nacional.

WIZ Interactive conquista segundo lugar dos Prémios Criatividade da Meios & Publicidade

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| necrologia

Brites Maria Baptista

Henrique Ferreira de Sousa Maria do Rosário Sousa

Maria Rosa da Conceição Sousa

Manuel de Jesus Bastos

Jorge Juís Lacerda Freire

Eugénia dos Anjos Domingos Maria Nazaré Casimiro

25.09.1925 | 11.03.2012

09.12.1932 | 07.04.2012 17.03.1932 | 10.04.2012

10.03.1938 | 08.04.2012

16.04.1932 | 06.04.2012

05.10.1994 | 03.04.2012

07.04.1923 | 08.04.2012 04.04.1929 | 13.04.2012

PENICHE

ATOUGUIA DA BALEIA CASAL MOINHO

CASAL MOINHO

PENICHE

ATOUGUIA DA BALEIA

LUGAR DA ESTRADA ALVORNINHA / LISBOA

Sua família, na impossibilidade de o fazer pessoalmente, vem por este meio agradecer a todas as pessoas que acompanharam o seu ente querido à sua última morada, bem como a todos aque-les que de qualquer outra forma lhe manifestaram o seu pesar.Descansa em paz!

Sua filha, genro e neta, na impos-sibilidade de o fazerem pessoal-mente como seria sua vontade, vêm por este meio agradecer a todas as pessoas que assistiram às cerimónias fúnebres e acom-panharam o seu ente querido à última morada, bem como todos aqueles que de qualquer outra for-ma lhe manifestaram o seu pesar.Descansa em paz!

Seu marido, filhos, noras e netos, na impossibilidade de o fazerem pessoalmente como seria sua von-tade, servem-se deste meio para agradecer a todas as pessoas que se incorporaram no funeral da sua ente querida e a acompanharam à última morada bem como todos aqueles que de outra forma lhe manifestaram o seu pesar.Descansa em paz!

Seu marido, filhos, noras e netos, na impossibilidade de o fazerem pessoalmente como seria sua vontade, servem-se deste meio para agradecer a todas as pessoas que se incorporaram no funeral da sua ente querida e a acompanha-ram à última morada bem como todos aqueles que de outra forma lhe manifestaram o seu pesar.Descansa em paz!

Sua esposa e familiares, na im-possibilidade de o fazer pes-soalmente, vêm por este meio agradecer a todas as pessoas que acompanharam o seu ente que-rido à sua última morada, bem como a todos aqueles que de qualquer outra forma lhe mani-festaram o seu pesar.Descansa em paz!

Sua família, na impossibilidade de o fazer pessoalmente, vem por este meio agradecer a todas as pessoas que acompanharam o seu ente querido à sua última morada, bem como a todos aque-les que de qualquer outra forma lhe manifestaram o seu pesar.Descansa em paz!

Suas filhas, genros e netos na impossibilidade de o fazerem pessoalmente como seria sua vontade, servem-se deste meio para agradecer a todas as pes-soas que se incorporaram no funeral da sua ente querida e a acompanharam até à última mo-rada, bem como a todos aqueles que de qualquer outra forma lhes manifestaram o seu pesar.Descansa em Paz!

Sua família, agradece reconhe-cidamente a todos quantos se dignaram acompanhar o seu ente querido à sua última morada ou que de qualquer outro modo lhes manifestaram a sua amizade ou pesar.Descansa em paz!

Agência Funerária de Peniche | T. 262 782 368Agência Funerária de Peniche | T. 262 782 368

Agência Funerária de Peniche | T. 262 782 368 Agência Funerária Noivo, Lda. | T. 262 759 434 | Tlm. 913 409 180 Agência Funerária Noivo, Lda. | T. 262 759 434 | Tlm. 913 409 180

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eventos |

Semana Santa de ÓbidosManifestações religiosas e culturais atrairam a Óbidos milhares de visitantes que, entre 1 e 8 de abril, não perderam pitada das celebrações da Semana San-ta, um dos principais cartazes turísticos da vila.A evocação da paixão e morte de Cristo teve como pontos altos a procissão do Encontro e a procissão do Enterro, que culminou as celebrações.

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Grupo de Teatro O NazarenoA Igreja de S. Pedro foi palco para a encenação “ Cristo, da condenação à mor-te“, pelo grupo de Teatro “O Nazareno”. Talvez a mais bela encenação da morte e ressurreição de Cristo até hoje realizada em Peniche e com a maior afluência de pessoas a emocionar-se com fortes imagens do que Cristo terá passado, aquando da sua passagem por este mundo.

Fotos: Carlos Tiago

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Xico Nico expõe em Lisboa

Rendas de Bilros em Espanha

Esculturas de Francisco Novo (Xico Nico) estão patentes ao público no Palácio Galveias, em Lisboa, onde a Associação Portuguesa de Arte Outsider realiza pela primeira vez uma exposição na Galeria do Palácio Galveias em Lisboa.Grande parte das esculturas de Xico Nico, podem ser consideradas Arte Outsider, uma arte que se identifica pela diferença temática e formal, e ainda pelo uso de materiais e técnicas personalizadas. Segundo o diretor desta Associação de Arte Outsider, Vitor Albuquerque Freire, “Xico Nico adora criar formas novas e espontâneas, quase experimentais, afas-tando-se de um ‘estilo’ estereotipado de autor, e neste aspeto, ele é também um outsider, mesmo nos poucos casos em que se poderá aproximar de uma nova arte popular contemporânea”.

Peniche esteve presente na XXII Mostra do Encaixe (Rendas) de Camariñas, Es-panha, entre os dias 4 e 8 de abril. O vice-presidente da Câmara Municipal de Peniche, Jorge Amador, juntamente com duas rendilheiras penichenses foram os representantes do município neste evento que se insere no acordo de geminação com Camarinãs, Novedrate (Itália) e Peniche.

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António Marques

Rogério Cação

Nós, os feriados e a democracia …

Somos de facto sui generis no que toca à in-dignação. Tão depressa vamos aos arames por uma coisa de nada, como ficamos impávidos e serenos perante factos que nos dão cabo da alma ou da vida. Temos uma capacidade imensa de nos revoltarmos, principalmente quando está pouca gente a ver, mas facilmente remediamos as nossas indignações com uma rodada no momento certo. Ora vá lá mais uma, pago eu, e está tudo resolvido. Somos assim, o que é que nos hão de fazer? Pobretes mas ale-

gretes, refilistas mas conformistas. Desde que não nos mexam no futebol e no petisco de fim de semana, desde que não nos venham com essas modernices do aborto e do casamento gay, se nos forem polindo o pouco orgulho que resta com uns sinais requentados de agra-decimento e uma palmada nas costas, ‘tá tudo bem. Não se passa nada. E mais: chamem-nos para as grandes causas, que nós estamos lá. Timor amigo, o povo está contigo. No Afega-nistão mandam os que lá estão. Peito aberto, lá estamos nós, presentes e afirmativos.Mas temos de facto uma pachorra de fazer co-rar o santo padroeiro da paciência. Mentem--nos todos os dias com quantos dentes têm na boca, e mais alguns emprestados, mas se nos jurarem que é em nome do povo e do futuro, que seja. Até fazemos de contas que acredi-tamos. E de facto, poucos povos haverá mais crédulos que o nosso. Nós até acreditamos que essas coisas de face oculta e freeports é invenção de gente maldosa, que a Indepen-dente era uma universidade séria e que a Santa da Ladeira fazia mesmo milagres. Basta que nos contem devagarinho, sem agitar muito. E a nossa tolerância, essa passa os píncaros do imaginável. Até conseguimos acreditar numa justiça que absolve presidentes de câmaras mais comprometidos que um monge secular, e leva uma pipa de anos a julgar um caso de

pedofilia que, bem vistas as coisas, já se sa-bia que não iria dar em nada. Toleramos tudo. Ou quase. Mas há coisas que um homem não pode mesmo aceitar. Cortar nos subsídios e nos salários? Paciência, é a crise. Continuar a ver oportunistas e malabaristas a navegar nas áreas do poder e a ganhar fortunas? Tudo bem, é um sinal dos tempos … Ver a fome e a mi-séria cada vez mais perto e o futuro risonho cada vez mais longe? Tem de ser, não pode-mos gastar mais do que aquilo que temos... Bem, não podemos é como quem diz, já que não temos para gastar, mas há quem o faça por nós, não é? Perguntem a uns tantos cidadãos que andam por aí a carpir mágoas, mas com os bolsos bem mais pesados que as consci-ências, certamente. Mas, como diria a Teresa Guilherme, isso agora não interessa nada. Que nos tirem a liberdade, o emprego, a igualdade de oportunidades, o sonho, a esperança, ainda vá. Que nos privem da saúde, da segurança, de um patamar de qualidade de vida razoável, ainda vá. Mas tirarem-nos a terça-feira de car-naval? A quinta-feira santa? O dia da restau-ração? Nem pensar! A democracia até pode ir a banhos, mas deixem-nos os feriados. É que nesses dias, até dá a impressão que somos um bocadinho mais felizes! Depois, podem conti-nuar a dar cabo da nossa vidinha. Assim como assim …

A economia de um país, de qualquer país, é sustentada por três esteios. A saber, o consu-mo interno, as exportações e o investimento.Passou no dia 11 um ano em que o então Pri-meiro Ministro José Sócrates anunciou ao país o pedido de resgate às instâncias europeias e mundiais abrindo assim caminho para a insta-lação em Portugal da Troika, que é composta por representantes da Comunidade Europeia, do Banco Central Europeu e do Fundo Mo-netário Internacional. Vai para um ano que a

A Troika já está em Portugal há um ano.

Que balanço?

Troika se instalou no nosso país ditando a lei em tudo o que diz respeito à economia e finan-ças dos portugueses. Salvar da bancarrota o nosso país, eis o desiderato desenvolvido num extenso texto, em forma de memorando de entendimento sobre condicionalismos especí-ficos de política económica, com 8 capítulos e cerca de 48 paginas na versão portuguesa, cobrindo todas as matérias que dizem respeito aos setores da nossa economia, com repercus-sões por vezes violentas, na vida do dia-a-dia do cidadão português.Um ano depois passemos em revista cada um dos pilares da nossa situação económica onde quase todos os indicadores apresentam resul-tados negativos com exceção das exportações e consequentemente do défice externo.Portugal pediu ajuda financeira é certo, mas a batalha económica centrou-se na austeridade e do que está à vista convenhamos que nada melhorou até agora na economia portuguesa. O conjunto da riqueza produzida no nosso país (PIB), continua a contrair-se e até de forma acentuada podendo atingir a meta dos 3,5% no ano em curso, com grandes pressões no pri-

meiro semestre.O consumo esse sofreu um verdadeiro tram-bolhão muito para além da queda prevista e continua a cair em roda livre afetando todos os lares portugueses sem contemplações e levan-do muitas famílias a lutar contra a fome e até a miséria que se instala, arrastando consigo nes-te cortejo de misérias o bem estar mínimo, a saúde, a dignidade, a segurança e o desespero.Em algumas categorias de produtos, a quebra foi ainda mais abrupta, como a venda de ve-ículos. Analisem este indicador elucidativo. No mês de março, o número de automóveis ligeiros vendidos em Portugal baixou mais de 49%. Por limitações de espaço, só me refiro a este setor da atividade económica porque caracteriza muito bem o barómetro da classe média.Tanto o governo como todos os analistas são da opinião que o consumo ainda vai cair mais por causa do corte nos subsídios da função pú-blica e dos pensionistas que desviam do inves-timento privado grande parte do rendimento disponível causado pela suspensão dos subsí-dios da função pública e dos pensionistas, do impacto da inflação provocada pelo aumento dos preços e sobretudo pelo desemprego re-corde. Aliás, este flagelo maior é sem dúvida o retrato do momento atual, o seu lado mais marcante e o reflexo visível da deterioração económica de Portugal. Neste momento atin-gimos 15% de desempregados e não se sabe até onde vamos chegar com estes números arrasadores. Os indicadores de conjuntura do INE (Instituto Nacional de Estatística) e do Banco de Portugal apresentam-nos alguns si-nais de melhoria, com ligeiras recuperações no início deste ano, mas os indicadores de confiança daqueles que ainda ousam consu-mir, continuam por terra.O paradoxo reside no facto de que geralmen-te uma diminuição acentuada de atividade económica dita uma descida dos preços. Em

Portugal, de mal a pior, este fenómeno incom-preensível, não se está a verificar, pelo con-trário. A inflação está a subir e rondará os 4% este ano, arrastada pela subida das ramas do petróleo e pelos aumentos do IVA entre outros impostos que provocaram aumentos nos trans-portes e nos combustíveis.Só as exportações crescem, salvando a catás-trofe. Crescem mas com cautela. Em termos nominais, as exportações subiram a ritmos superiores a 10% em todos os meses do ano passado, com exceção do mês de dezembro, em que só cresceram 3%. Em janeiro voltaram a subir 13,1%, mas é quase certo que vai haver um abrandamento este ano.O volume das exportações não conseguirá compensar a retração do consumo. Por seu lado, o investimento quer externo quer interno sofreu uma quebra muito acentuada e deverá continuar a diminuir este ano. O principal ín-dice da bolsa portuguesa, o PSI20, também so-freu uma queda significativa no último ano. O índice estava nos 7.816,7 pontos; na segunda--feira 9 de abril, fechou a sessão nos 5,544.9. Em pouco menos de um ano, o PSI20 perdeu 41%.A conclusão que o povo português pode fazer das medidas que a Troika impôs a Portugal é a seguinte: a austeridade não pode ser a única receita para ajudar os países em dificuldade. Austeridade é precisa para queimar gorduras inúteis, mas tem que ser compensada com po-líticas que promovam o desenvolvimento. Es-tas políticas, por sua vez, seriam a garantia de sustentabilidade do emprego, que cria rique-za, promove o consumo interno e incentiva o investimento, sobretudo captando fluxos de capitais estrangeiros. Sem estas políticas, que tardam em aparecer, ainda não se alcançam, mas são indispensáveis, Portugal vai passar um mau bocado e os portugueses vão sofrer as agruras do desespero.Até quando?

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José Machado

Fernando Tinta Ferreira

É preocupante o aumento oficial do desem-prego no concelho de Óbidos ter sido de 49% nos últimos 4 anos. Segundo as estatísticas do Instituto do Emprego e Formação Profissional (IEFP), eram 366 desempregados inscritos em janeiro de 2008 e em janeiro deste ano esse número subiu para 545. De referir que, em outubro de 2008, a câma-ra municipal emitiu notícia que o semanário Expresso publicou, afirmando que neste con-celho só existiam então 200 desempregados.Posteriormente, em 2010, aquando da visita do Presidente da República a Óbidos, foi repe-tida, em vários jornais e nas televisões, a afir-mação “Óbidos tem metade da percentagem de desempregados do país”. A verdade é que não se concretizou a criação de milhares de postos de trabalho que a câma-ra municipal anunciou. Óbidos não é um oá-sis, Óbidos é um deserto de empregos. E isto é verdadeiramente colossal!Infelizmente, a crise é internacional, nacional e local, sendo necessárias políticas, a todos os níveis, que conduzam ao crescimento da eco-nomia e do emprego.Só no Parque Tecnológico de Óbidos, no úl-timo ano, a principal empresa teve uma re-dução de pessoal de 22%, passando para 90 trabalhadores. Tem agora quase metade dos trabalhadores que tinha quando foi desloca-lizada da cidade de Caldas da Rainha para o Parque Tecnológico de Óbidos. Contudo, esse desemprego não entra nas estatísticas de Óbi-

O desempregoaumentou 49% em Óbidos

dos, mas sim onde essas pessoas residem, que será maioritariamente em Caldas da Rainha.Também o contributo da redução de dezenas de postos de trabalho dum hotel no concelho de Óbidos teve maior influência no concelho de Peniche, onde reside a maioria dos respec-tivos trabalhadores.Por outro lado, ao ter havido despedimentos em fábricas situadas em Caldas da Rainha, os trabalhadores que residem no concelho de Óbidos contribuíram para a subida da taxa ofi-cial de desemprego neste concelho. Infelizmente, o número real de desemprega-dos é ainda maior do que o oficial, porque há pessoas que não tendo condições legais para receber o subsídio de desemprego não fazem a atualização da sua situação no IEFP. Assim, acrescem aos números do IEFP muitos outros desempregados, como é reconhecido, inclusi-vamente pelo Primeiro Ministro.Quando apresentei este gritante problema do aumento do desemprego, na última sessão de câmara, um vereador da maioria PSD apelou para eu ter uma atitude recetiva a propostas para novos concursos de admissão de funcio-nários.Imediatamente respondi que, para além de a câmara não ter, atualmente, condições finan-ceiras para aumento de despesa com pessoal, a lei em vigor obriga à redução de funcionários no Município de Óbidos, pelo que a resolução do grave problema do crescente desemprego no concelho de Óbidos não passa por ser a câ-

mara ou as empresas municipais diretamente a aumentarem a quantidade de funcionários.

Parque das Merendas doBom Sucesso foi destruído

No âmbito das obras de preparação para a construção dum novo campo de golf, há dias, foi totalmente arrasado o Parque de Merendas do Bom Sucesso, que tinha sido construído e mantido pela câmara municipal.Já defendi, na última sessão da câmara muni-cipal, que o parque de merendas seja recons-truído na zona do Bom Sucesso. A dificuldade apresentada pela maioria do executivo é con-

seguir obter-se um novo espaço adequado para o efeito.Quem dá sugestões de localização viável para um parque de merendas no Bom Sucesso?

“ Fórum Bordalo XXI – Uma Escola a rein-ventar-se para continuar a servir a região”.A Escola Secundária Rafael Bordalo Pinheiro organizou no dia 14 de abril último o Fórum Bordalo XXI. Este evento teve como propósi-to fazer uma retrospetiva do importante passa-do desta instituição, dar a conhecer à comuni-dade a realidade presente e procurar reflectir sobre os desafios do futuro. Ao participar na iniciativa senti necessidade de passar a escri-to algumas das observações que nesse fórum produzi.Poucas escolas terão tido a influência que a Escola Secundária Rafael Bordalo Pinheiro teve na caracterização do tecido económico e social de uma cidade de média dimensão como é o caso das Caldas da Rainha. Desde a sua fundação esta escola especializou-se no ensino profissional e artístico proporcionando um conjunto de conhecimentos aos caldenses que contribuíram para que a cidade se consti-tuísse como capital de uma região industrial e comercial. O ensino de técnicas na área da cerâmica e noutras áreas industriais deram um grande impulso para o aumento da qualidade da produção cerâmica e consequente incre-mento de empresas nesta área. Os cursos co-merciais contribuíram para o aparecimento de muitas lojas e as Caldas passaram a ser conhe-cidas como um centro de comércio dos mais referenciados do país.A globalização com a consequente livre con-corrência oriental a baixos custos de produ-ção, originou um grande ajustamento negativo da produção cerâmica mas o principal sector de actividade do concelho continuou a ser o comércio e os serviços. A formação que a Es-cola Bordalo Pinheiro proporcionou deu, no meu ponto de vista, um forte contributo para a caracterização da cidade que hoje vivemos.

“ Fórum Bordalo XXI – Uma Escola a reinven-tar-se para continuar a servir a região”

Hoje em dia o trabalho produzido na Escola Secundária Rafael Bordalo Pinheiro continua a merecer destaque. Para além de possuírem ótimas instalações recentemente renovadas, a escola continua a produzir um ensino de qualidade, reflexo da qualidade do seu corpo docente. A escola para além do trabalho que desenvolve nas áreas cientifico-humanísticas, que contribuem para a prossecução de estu-dos, continua fiel aos princípios que nortea-ram a sua origem, promove uma forte aposta no ensino profissional, decisiva para o futuro da produtividade do concelho. Nas Caldas da Rainha cerca de 47% dos alunos do secun-dário frequentam o ensino profissional (mais de 1000 alunos!). Brevemente atingiremos as metas definidas pela União Europeia e pelo es-tado português de que 50% do ensino secun-dário seja profissional. A existência de uma forte componente de ensino profissional num concelho contribui também para que os alunos, que estejam ex-clusivamente inclinados para a prossecução de estudos, possam conseguir melhores resul-tados, uma que vez que os colegas menos mo-tivados nestas áreas estão mais empenhados e motivados na frequência do ensino profis-sional. Um concelho com mais ensino profis-sional pode assim obter melhores médias nos exames dos alunos que pretendem a prossecu-ção de estudos. Para mim um dos factores que contribui para que o concelho das Caldas da Rainha esteja em 9º lugar no raking nacional de exames no 12º ano (Expresso, 2011) deve--se, entre outros, ao facto de existirem alterna-tivas de ensino profissional para aqueles que estão menos motivados para o ensino tradi-cional. A Escola Secundária Rafael Bordalo Pinheiro é a que mais alunos tem (de entre as escolas com ensino secundário) no ensino pro-

fissional, no concelho das Caldas da Rainha.No Fórum Bordalo XXI também se afloraram os desafios que se oferecem à escola no futuro. Naturalmente dei o meu contributo dissertan-do sobre o que considero ser, a curto e médio prazo, o enquadramento nacional, regional e local, nos mais variados setores, procurando ser útil na definição da estratégia de atuação futura desta escola. Aquilo que lá disse, se for considerado relevante, tanto pode servir para esta instituição de ensino como para outras. Ficará para um melhor desenvolvimento nou-tra oportunidade. No que respeita à Escola Secundária Rafael Bordalo Pinheiro considero que deve manter a matriz que a tem caracterizado desde sempre. Uma escola como forte implantação no ensino

profissional. Portugal e a região precisam de profissionais capazes e de qualidade que pro-duzam mais e melhor riqueza. Só assim nos poderemos desenvolver. Continuar neste ca-minho permite a esta escola continuar na linha da frente da construção do futuro.

Parabéns à Escola e ao Fórum.

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O Grupo Desportivo Atouguiense (GDA) inaugurou, a 31 de março, o novo relvado sintético, uma obra conjunta do clube, da Junta de Fre-guesia de Atouguia da Baleia e da Câmara Municipal de Peniche.A obra é, segundo o presidente do clube, Rui Faustino, fruto do em-prenho e dedicação de “muitos atouguienses” e a prova viva de que “quando as pessoas se unem tudo se consegue”.Uma união elogiada igualmente por Jorge Amador, vice-presidente e ve-reador com o pelouro do desporto.O campo que o presidente da jun-

GDA inaugurou relvado sintéticoEm dia de festa o GDA inaugurou a ansiada obra do relvado sintético numa ce-rimónia que contou com surpresas como bolas a cairem do céu e demonstrações de Body Combat, demonstrando a vitalidade do clube que comemora 90 anos

ta de freguesia, António Salvador, considera engrandecer a freguesia e o concelho de Peniche, passa a chamar-se Parque de Jogos do GDA e irá servir os atletas que em dia de inauguração receberam do presiden-te da câmara, António José Correia, um caloroso cumprimento.O autarca elogiou ainda a “persis-tência” e trabalho desenvolvido pela direção que tornou possível dotar de mais condições desportivas a fre-guesia de Atouguia da Baleia.A inauguração insere-se no progra-ma de comemoração dos 90 anos do Grupo Desportivo Atouguien-

se, tendo sido assinalados também os 30 anos da primeira subida à 3ª divisão nacional, homenageando os atletas e dirigentes da altura.As várias placas que assinalam estes momentos marcantes para o GDA foram descerradas pelo presidente da Câmara Municipal de Peniche, António José Correia, o vice-pre-sidente e responsável pelo pelouro do desporto, Jorge Amador e os vereadores, Carlos Amaral e Luis Ganhão. Os convidados e o público em geral tiveram oportunidade de assistir ao desfile de todos os atletas, treinado-

res e diretores. A este desfile juntaram-se também as equipas séniores de 2010/2011 e a de 1981/1982 para a entrega das faixas de campeão à primeira e uma merecida homenagem à segunda pela conquista do campeonato dis-trital e a subida, pela primeira, vez ao nacional da 3ª divisão.No momento em que as equipas se encontravam alinhadas o público foi surpreendido por um piloto do Aeródromo de Atouguia da Baleia, que sobrevoou o campo de jogos por várias vezes ostentando a bandeira nacional e a do Grupo Desportivo

Atouguiense e largando bolas para a assistência. A cerimónia contou ainda com uma demonstração de Body Com-bat, pela equipa feminina do Grupo Desportivo Atouguiense e com um churrasco convívio que durou até cerca das 21 horas. As comemorações dos 90 anos do Atouguiense continuam dia 25 de abril com a realização de mais um torneio 25 de abril e que conta com a participação de várias escolas de futebol nomeadamente de grandes clubes nacionais.

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Algumas das dragas usadas na em-preitada de retirada de 350 mil me-tros cúbicos de areia da praia da Foz do Arelho começaram a ser retira-das no sábado, depois de o Minis-tério do Ambiente ter anunciado o final da obra para domingo, dia 15.O ministério admitia, contudo, a possibilidade de os trabalhos pode-rem “prolongar-se por mais alguns dias dada a ocorrência de algumas situações imprevistas e que têm obrigado à realização de alguns ajustes aos trabalhos inicialmente previstos”, citava a agência Lusa.As dragagens orçadas em 1,8 mi-lhões foram adjudicadas a 8 de no-vembro de 2011 e deveriam ter sido concluídas num prazo de quatro meses.Porém, a obra acabou por só ser ini-ciada a 5 de dezembro. O ministério justifica esta prorrogação do prazo

Conclusão da dragagem não convence Movimento pela Salvaguarda da LagoaO Ministério do Ambiente anunciou a conclusão das dra-gagens na Foz do Arelho, mas a obra de 1,8 milhões de euros não satisfaz o Movimento pela Salvaguarda da La-goa de Óbidos que admite promover uma concentração a exigir o desassoreamento daquele ecossistema

pelo facto da “embocadura da la-goa se ter deslocado para sul, entre o lançamento da empreitada e o seu início”.No decorrer da intervenção alguns órgãos de comunicação social apon-taram problemas de falta de gasóleo para justificar algumas paragens nos trabalhos, mas as informações foram negadas pelo ministério, que esclareceu, ter havido sim necessi-dade de “uma escavação não previs-ta, com vista ao reposicionamento da aberta”, dado não ser possível trabalhar com draga no local da embocadura “devido às fortíssimas correntes”.De acordo com a tutela, já no de-correr da obra, verificou-se “um elevado assoreamento na zona que falta dragar (cerca de 100 metros a montante da embocadura) em resul-tado da orientação das correntes”,

alterando as condições iniciais e tornando-as “mais desfavoráveis em termos do volume de areia a retirar”.A dragagem teve como objetivo o desassoreamento do canal norte da zona inferior da Lagoa de Óbidos, uma intervenção de emergência “para garantir tanto quanto possível o posicionamento da embocadura da lagoa na parte central do cordão dunar ”.Concluídos os trabalhos os resulta-dos não convencem, no entanto, um movimento cívico que sábado de

manhã realizou uma recolha de assi-naturas para uma petição em defesa da lagoa, por considerar que as dra-gagens realizadas “são insuficientes e destituídas de uma resposta ao contínuo assoreamento”.“As obras e os dinheiros que têm gasto, sobretudo com o canal de ligação ao mar, como nesta últi-ma dragagem, são o triste exemplo da incompetência destes senhores em resolver os reais problemas da lagoa”,sustenta o movimento que defende que o ministério não de-

veria permitir a retirada das dragas antes de a lagoa estar realmente de-sassoreada.O movimento admite promover uma concentração de protesto contra as obras em data ainda a agendar, ape-sar de o ministério ter já anunciado que está “em fase de lançamento do concurso público para elaboração do projeto de execução”, da segun-da fase da dragagens, prevendo que a obra possa iniciar-se em finais de 2013.

A juventude e o emprego estive-ram em destaque no Salão Empre-ga 2012, que entre os dias 12 e 15 de abril decorreu na Expoeste, nas Caldas da Rainha, em simultâneo com a Expolazer e Semana da Ju-ventude.Ao todo 54 stands (entre empre-sas, instituições, escolas e centros de formação) marcaram presença na iniciativa organizada pelo Pon-to de Ajuda, um contrato local de Desenvolvimento Social, assinado entre a Santa Casa da Misericór-dia, a câmara e o Instituto da Se-gurança Social.

O presidente da Câmara Municipal das Caldas da Rainha, Fernando Costa, acaba de regressar de uma viagem aos Estados Unidos da Amé-rica onde participou no aniversário da Associação Regional Caldense.Refira-se que esta associação tem tido uma louvável ação de divulga-ção das Caldas da Rainha e de Por-tugal na terra do “Tio Sam”. A ação desta entidade tem sido tão marcante que é apelidada de “Décima Sétima Freguesia” do concelho das Caldas da Rainha. Num livro da autoria de João Carlos Costa, intitulado “A Décima Sétima Freguesia” e que

Fernando Costa no aniversário daAssociação Regional Caldense

conhecerá este ano uma nova edição (a ser lançada no Dia do Emigran-te), estão bem patentes os feitos de caldenses (e não só) que têm propor-cionado bastantes iniciativas com o intuito primeiro de divulgar Caldas da Rainha na América.Durante a sua estadia nos Estados Unidos, em entrevista na SIC In-ternacional, Fernando Costa falou da importância dos portugueses na América e simultaneamente da im-portância da sua participação na vida política americana, assim como a do ensino da língua portuguesa aos fi-lhos dos emigrantes.

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Emprega 2012 marca fim da atividade do Pontode Ajuda das Caldas da Rainha

O certame que contou com a re-alização de diversos painéis te-máticos, workshops e atividades lúdicas “respondeu às nossas ex-petativas e atraiu bastantes pes-soas”, disse a “O Jornal” Cláudia Almeida, do Ponto de Ajuda.Com um orçamento de cinco mil euros, financiados pela câmara das Caldas, o certame foi a última iniciativa do Ponto de Ajuda que, na segunda-feira dia 16, termina o contrato com a Segurança Social e que desconhece ainda “se vai ou não ser aprovada renovação que já solicitámos”, sublinhou Cláudia

Almeida.O projeto que desde janeiro de 2010 apoiou mais de 6500 pes-soas viu os seus méritos reconhe-cidos pela câmara e pelas várias instituições da rede social com as quais tem desenvolvido ações e os responsáveis admitem a expetati-va de verem renovado o contrato que lhe permitirá manter o apoio e acompanhamento integrado a jovens, famílias e desempregados dos diferentes extratos sociais que procuram os seus serviços.