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O DICIONÁRIO COMO FERRAMENTA DE APRENDIZAGEM Tácio Assis Barros 1 (Orientador) Fabiano Silvestre Ramos² 2 RESUMO: Esse trabalho se refere a uma pesquisa como componente de Prática Curricular, obrigatória no curso de Letras Inglês, UFG - Jataí. O tema abordado é o uso do dicionário por professores e alunos que estudam línguas estrangeiras. O local de realização da pesquisa foi um curso livre de idiomas da cidade de Jataí, Goiás. O tópico levantado se transformou em uma pesquisa a partir do momento em que foi constatado que alguns alunos do último nível de um curso livre de idiomas não sabiam manusear o dicionário de forma eficiente, e era notável a recorrência ao professor. A partir de então algumas perguntas surgiram: Será que há mais alunos com o mesmo problema? Este pode ser resolvido só por incentivo dos professores? O dicionário deixa os alunos mais autônomos? Muitas teorias tentam convencer os profissionais da área que o dicionário é uma das mais importantes peças da aprendizagem de uma nova língua. Seguindo a bibliografia adotada, relatamos, na fundamentação teórica, a importância do dicionário como estratégia de aprendizagem. Através de dados reais obtidos sobre da utilização desta ferramenta, esperamos que possa haver um reflexão por parte de educadores e aprendizes sobre a utilização correta desta para alavancar o aprendizado de uma segunda língua, principalmente no quesito aquisição de vocabulário. Tenciono mostrar dados obtidos de um grupo de estudantes e professores no intuito de refletir que espaço ocupa o dicionário na vida dos participantes da pesquisa. Essa pesquisa quantitativa/qualitativa visa traduzir algumas informações em dados numéricos e transcrever opiniões obtidas a partir dos questionários. PALAVRAS-CHAVE: Uso do Dicionário. Prática Curricular. Curso livre de idiomas. Vocabulário. Estratégia de aprendizagem. 1. Introdução O presente trabalho é resultado de uma coleta de dados, através de questionários aplicados a alunos e professores de língua estrangeira sobre como se dá o uso do dicionário, como uma ferramenta de aprendizagem no dia-a-dia dos participantes. Procura-se, aqui, fornecer dados reais para educadores e aprendizes no que se concerne ao uso deste recurso por ambas as partes, e induzi-los a fazer os mesmos questionamentos, como: Será que todos os alunos de línguas estrangeiras sabem usar o dicionário? Os professores adotam essa ferramenta? É importante mesmo ter um dicionário? O dicionário poderia me ajudar a ser mais independente nos meus estudos/nos estudos dos meus alunos? O conhecimento das estratégias de aprendizagem de línguas (EALs) é de suma importância, principalmente para o professor tornar-se apto, então, a identificar a(s) dificuldade(s) de um determinado aluno ou grupo, fornecendo, posteriormente, meios para solucionar possíveis problemas. 1 Graduando do curso de Letras Inglês Universidade Federal de Goiás [email protected] 2 Professor Mestre do curso de Letras Inglês - Universidade Federal de Goiás [email protected]

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O DICIONÁRIO COMO FERRAMENTA DE APRENDIZAGEM

Tácio Assis Barros1

(Orientador) Fabiano Silvestre Ramos²2

RESUMO: Esse trabalho se refere a uma pesquisa como componente de Prática Curricular,

obrigatória no curso de Letras Inglês, UFG - Jataí. O tema abordado é o uso do dicionário por

professores e alunos que estudam línguas estrangeiras. O local de realização da pesquisa foi

um curso livre de idiomas da cidade de Jataí, Goiás. O tópico levantado se transformou em

uma pesquisa a partir do momento em que foi constatado que alguns alunos do último nível

de um curso livre de idiomas não sabiam manusear o dicionário de forma eficiente, e era

notável a recorrência ao professor. A partir de então algumas perguntas surgiram: Será que há

mais alunos com o mesmo problema? Este pode ser resolvido só por incentivo dos

professores? O dicionário deixa os alunos mais autônomos? Muitas teorias tentam convencer

os profissionais da área que o dicionário é uma das mais importantes peças da aprendizagem

de uma nova língua. Seguindo a bibliografia adotada, relatamos, na fundamentação teórica, a

importância do dicionário como estratégia de aprendizagem. Através de dados reais obtidos

sobre da utilização desta ferramenta, esperamos que possa haver um reflexão por parte de

educadores e aprendizes sobre a utilização correta desta para alavancar o aprendizado de uma

segunda língua, principalmente no quesito aquisição de vocabulário. Tenciono mostrar dados

obtidos de um grupo de estudantes e professores no intuito de refletir que espaço ocupa o

dicionário na vida dos participantes da pesquisa. Essa pesquisa quantitativa/qualitativa visa

traduzir algumas informações em dados numéricos e transcrever opiniões obtidas a partir dos

questionários.

PALAVRAS-CHAVE: Uso do Dicionário. Prática Curricular. Curso livre de idiomas.

Vocabulário. Estratégia de aprendizagem.

1. Introdução

O presente trabalho é resultado de uma coleta de dados, através de questionários

aplicados a alunos e professores de língua estrangeira sobre como se dá o uso do dicionário,

como uma ferramenta de aprendizagem no dia-a-dia dos participantes. Procura-se, aqui,

fornecer dados reais para educadores e aprendizes no que se concerne ao uso deste recurso por

ambas as partes, e induzi-los a fazer os mesmos questionamentos, como: Será que todos os

alunos de línguas estrangeiras sabem usar o dicionário? Os professores adotam essa

ferramenta? É importante mesmo ter um dicionário? O dicionário poderia me ajudar a ser

mais independente nos meus estudos/nos estudos dos meus alunos?

O conhecimento das estratégias de aprendizagem de línguas (EALs) é de suma

importância, principalmente para o professor tornar-se apto, então, a identificar a(s)

dificuldade(s) de um determinado aluno ou grupo, fornecendo, posteriormente, meios para

solucionar possíveis problemas.

1 Graduando do curso de Letras Inglês – Universidade Federal de Goiás – [email protected] 2 Professor Mestre do curso de Letras Inglês - Universidade Federal de Goiás – [email protected]

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Na literatura existente, tomemos WENDEN (1987, p. 7 apud COSCARELLI, C.V.

1997) como referência para definição de estratégias de aprendizagem como ‘‘técnicas’,

‘táticas’, ‘planos potencialmente conscientes’, ‘operações empregadas conscientemente’,

‘habilidades de aprendizagem, habilidades básicas, habilidades funcionais’, ‘habilidades

cognitivas’, ‘estratégias de processamento da linguagem’, ‘procedimentos de resolução de

problemas’’.

Neste trabalho será adotada a conceituação de Oxford (1990), a qual faz a distribuição

das estratégias em Diretas e Indiretas. As estratégias diretas são compostas na distribuição

direta da aprendizagem, como as relacionadas ao uso da memória, ao uso de estratégias de

compensação e cognitivas, enquanto as indiretas são aquelas externas ao aprendiz, como por

exemplo, as estratégias metacognitivas, sociais e afetivas.

A conscientização sobre o uso de EALs também é válida para os aprendizes, em razão

de se informar sobre o tópico, estes têm a possibilidade de desenvolver melhor a sua

autonomia no estudo de uma língua estrangeira.

A autonomia é um assunto importante na área de ensino e aprendizagem, deste modo,

relato, logo abaixo, a ideia de autonomia proposta por Oliveira (1995), uma das principais

divulgadoras das ideias de Vygotsky no Brasil.

[A] ideia de um processo que envolve, ao mesmo tempo, quem ensina

e quem aprende não se refere necessariamente a situações em que haja

um educador fisicamente presente. A presença do outro social pode se

manifestar por meio dos objetos, da organização do ambiente, dos

significados que impregnam os elementos do mundo cultural que

rodeia o indivíduo. Dessa forma, a ideia de alguém que ensina pode

estar concretizada em objetos, eventos, situações, modos de

organização do real e na própria linguagem, elemento fundamental

nesse processo. (Oliveira, 1995, p. 57).

Finalizo esta parte com a seguinte pergunta: Será que nós, como aprendizes de uma

segunda língua, devemos nos preocupar a respeito da importância desta ferramenta, o

dicionário, na nossa aprendizagem? Este trabalho não responde diretamente a esta pergunta,

mas aborda um breve patamar de alguns dados colhidos para análise/reflexão de como o

grupo de aprendizes e educadores que se dispôs a participar da pesquisa, lida com a utilização

dessa ferramenta, para que, a partir de então, tomemos consciência da utilidade da ferramenta

para muitas pessoas e ocasiões em relação ao ensino/aprendizagem de línguas.

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Na próxima seção discorro sobre as estratégias de aprendizagem, fazendo um estudo

mais aprofundado de alguns conceitos que versam como esses recursos e técnicas são

classificados de acordo com Cohen (2002) e Oxford (1990).

2. Estratégias de Aprendizagem

Acreditamos no conceito de estratégias de aprendizagem conforme proposto por

Oxford (1990), que define as EALs como

“...specific actions taken by the learner to make learning easier, faster,

more enjoyable, more self-directed, more effective, and more

transferrable to new situations”.(1990:8)

Oxford tem como caracterização de estratégias, instrumentos que permitem um melhor

autodirecionamento ao aprendiz, devido ao seu objetivo de resolver um problema, ou tentar

solucioná-lo, e são centradas no "como fazer" e não "o que fazer". Segundo a autora, as

estratégias são usualmente meticulosas, flexíveis, mas nem sempre observáveis. E finalmente,

a pesquisadora recomenda que elas podem ser praticadas e ensinadas durante todos os dias de

estudo, inclusive em sala de aula.

Antes de abordar a classificação segundo Oxford (1990), apresento a de Cohen (2002)

para que possamos ter uma comparação inicial sobre essa divisão.

Cohen (2002, apud VILAÇA, 2011, p. 44) classifica as estratégias dependendo das

diferentes teorias e metodologias, e ainda comenta que, na maior parte, são classificadas

segundo três critérios: a função da estratégia, a habilidade linguística e o propósito da

estratégia.

Figura 1 – Critérios de classificação das estratégias

Fonte: Cohen 2002, apud VILAÇA, 2011, p. 44.

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Segue logo abaixo a classificação de estratégias de aprendizagem proposta

por Oxford (1990):

Figura 2 – Classificação das estratégias segundo Oxford (1990)

Fonte: Cohen 2002, apud VILAÇA, 2011, p. 52.

As EALs classificadas como estratégias de memória, cognitiva, compensação, afetiva,

social e metacognitivas se apresentam organizadas em dois grupos, as diretas e indiretas. Ao

mencionarmos as palavras ‘direta’ e ‘indireta’, inferimos sobre o tipo de influência exercida

na aprendizagem. Assim sendo, o grupo de estratégias de aprendizagem diretas pode assim ser

classificado quando existe um contato direto com a língua-alvo, seja por meio de aulas ou

outras situações específicas (atividades, etc.). Ao se falar de estratégias indiretas, ela comenta

que não se estabelece contato direto com a língua-alvo, mas essas estratégias possibilitam

ferramentas para a organização e o monitoramento no processo de aprendizagem, deixando

fora qualquer tipo de necessidade e práticas pedagógicas.

As estratégias diretas são subdivididas em três grupos pela autora: (a) estratégias de

memória - associado ao abastecimento e à retomada de informações na memória; (b)

estratégias cognitivas - são técnicas, procedimentos específicos para a aprendizagem e (c)

estratégias de compensação - lidam com formas de suprir necessidades práticas.

O grupo das estratégias indiretas está divido em:(a) metacognitivas - conectadas a

gestão, avaliação e planejamento da aprendizagem; (b) afetivas - associadas à avaliação e

controle de características emocionais e (c) sociais – dizem respeito àquelas empregadas para

a interação social.

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Apesar de sabermos que a aprendizagem da língua materna pelas crianças se dá por

associações diretas entre os objetos e as palavras, sendo essa a forma mais natural de se

aprender uma língua estrangeira, muitos professores preferem não trabalhar com a tradução,

no intuito de estabelecer uma conexão direta entre o conceito e a palavra na língua alvo sem a

interferência da língua nativa (PAIVA, 2004).

Um dos melhores métodos de estudo de vocabulário, segundo Richards & Rodgers

(1993:7) apud Paiva (2004, p. 02), é a contextualização das palavras, e não um trabalho de

vocabulário com palavras separadas aleatoriamente. Muitos alunos não percebem quando

utilizam estratégias de aprendizagem, outros nem o sabem, mas o que podemos afirmar,

segundo os dados relatados nesta pesquisa, é que diversos aprendizes de língua estrangeira

recorrem diretamente ao uso do dicionário quando o assunto é vocabulário.

Assim sendo, muitos estudantes não têm uma administração adequada do dicionário, o

que acarreta o uso errôneo deste, principalmente quando o trabalho é feito com palavras de

forma isolada, Summers (1998). A aquisição de vocabulário, de acordo com Knight (1994), é

considerada por muitos o aspecto mais importante no aprendizado de língua estrangeira.

A consulta ao dicionário é considerada uma importante e eficaz estratégia na retenção

de apalavras (Ard, 1982; Ha, 1992; Hulstijn, Hollander&Greidanus, 1996; Knight, 1994;

Luppescu& Day, 1993).

No Brasil, Coura Sobrinho (1998) estudou o uso do dicionário na

aprendizagem de vocabulário, apontando o impacto positivo do uso

dessa estratégia, destacando que leitores que utilizam o dicionário não

só aprendem mais palavras, como também alcançam maior

desempenho na compreensão da leitura. Segundo o autor, o dicionário

é um instrumento eficaz na aprendizagem de vocabulário,

contribuindo para que o aluno continue a aprender, mesmo fora da

sala de aula. (CONCEIÇÃO, 2008, p. 115).

Vejo o dicionário como uma ferramenta de suma importância na aprendizagem de LE,

principalmente ao fazer a leitura de trabalhos desenvolvidos por alguns autores, já

mencionados anteriormente, os quais constataram através de várias pesquisas, como a minha,

que os dados sobre o uso do dicionário são alarmantes.

3.Objetivo

O objetivo geral deste trabalho foi investigar como se dá o uso de vocabulário por

estudantes de língua estrangeira, por meio de geração de dados obtidos através de

questionários aplicados aos participantes da pesquisa.

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Para tanto, propusemos os seguintes objetivos específicos: (1) descrever a realidade do

uso do dicionário por parte dos alunos, em forma de gráficos que mediram, por exemplo, sua

satisfação com a habilidade de utilizá-lo e se são motivados pelos educadores; e (2)

transcrição dos comentários dos professores em relação ao uso do mesmo para obter

informações de utilização do dicionário em sala, e quais dificuldades os alunos enfrentam

com o uso.

4. Metodologia

Pode-se qualificar este trabalho como de cunho qualitativo e quantitativo. Os dados

obtidos através dos questionários aplicados aos alunos foram trabalhados em forma de

categorizações, o que permite o agrupamento segundo algumas características, discriminando

um agrupamento do outro; e qualitativa, pois, ao analisarmos os dados das respostas livres dos

professores, foi possível subdividir em categorias, transcrevendo alguns comentários. O termo

qualitativo “é um conceito guarda-chuva cobrindo algumas formas de investigação que nos

ajuda a entender e explicar o significado do fenômeno social com a menor quebra possível do

ambiente natural” (Merriam, 1998, p. 5).

Visto que o estudo de caso é uma das várias modalidades deste tipo de pesquisa,

tratamos, resumidamente, a seguir, do estudo de caso.

5. Estudo de caso

O estudo de caso tem sido abordado em diferentes áreas de conhecimento, desde

Psicologia até Administração (André, 2005).

“Como esforço de pesquisa, o estudo de caso contribui, de forma

inigualável, para a compreensão que temos de fenômenos individuais,

organizacionais, sociais e políticos”, preservando, “as características

holísticas e significativas dos eventos da vida real” (Yin, 2002, p.21

apud Duarte 2008, p. 117).

O estudo de caso é uma forma particular de estudar, e neste caso é fundamental

abordar, a priori, que serão relatadas apenas as informações obtidas da coleta de dados

visando expor como anda o uso do dicionário em LE em duas visões: professores e alunos.

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5.1. Contexto e participantes da pesquisa

Os participantes deste estudo foram quatorze aprendizes e cinco professores de línguas

estrangeiras, de um curso livre de línguas, situado nada cidade de Jataí, Goiás. Os aprendizes

que responderam ao questionário foram escolhidos de maneira aleatória em diferentes níveis.

O mesmo procedimento foi realizado na seleção dos professores.

Pedimos aos participantes que utilizassem pseudônimos, escolhidos por eles mesmos,

com o objetivo de garantir a privacidade dos participantes.

5.2. Instrumentos de coleta de dados

Foram utilizados duas modalidades de questionário na fase de geração dos dados para

esse estudo: um questionário fechado (cf. ANEXO I) para os alunos e um aberto (cf. ANEXO

II) para os professores. Escolhemos o questionário como instrumento de coleta de dados

porque, segundo Johnson (1992), demanda menos tempo e menos custos.

5.3. Análise dos dados

Na análise dos dados, foram adotados procedimentos da pesquisa qualitativa. Fizemos

uma leitura geral dos mesmos para possibilitar, por parte dos dados dos alunos, relatar

informações quantitativas, enquanto os dados obtidos pelos questionários dos professores se

restringiram em categorias: (1) Tipo de dicionário utilizado pelo professor; (2) O uso do

dicionário em sala de aula; (3) Dificuldade(s) encontrada(s) pelos alunos em relação ao uso;

(4) Atividades desenvolvidas com dicionário; (5) Definição de um bom dicionário; (6)

Impressões sobre o uso de dicionários em provas e (7) Importância de dicionários para o

estudo de línguas estrangeiras.

6. Resultados

Nesta seção, apresentamos, primeiramente, os dados dos alunos, em forma de gráficos,

e as informações colhidas do questionário dos professores, fazendo o levantamento em

categorias, transcrevendo alguns comentários, para em seguida fazermos a interpretação dos

mesmos.

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- Dados dos Alunos

Gráfico 1.0

É possível verificar que, no primeiro gráfico, todos os alunos que se dispuseram a

responder possuem dicionário, no entanto, apenas dois utilizam dicionários monolíngues e

doze utilizam os do tipo bilíngue. A praticidade de ter a definição do vocabulário em

português pode levar a essa estatística, acarretando um possível desenvolvimento

desacelerado.

Gráfico 2.0

O segundo gráfico nos fornece a informação de que 21% dos alunos nunca utilizam o

dicionário para tarefas, 07% sempre o utilizam e 57% usam apenas algumas vezes. Essa

estatística é alarmante, visto que a minoria é a que realmente faz uso da ferramenta.

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Gráfico 3.0

O gráfico número 3.0, segue os dados sobre a quantidade de alunos que usam o

dicionário para Tradução e Pronúncia, sendo 03 e 13 respectivamente. O ensino de pronúncia

em sala de aula nem sempre leva em consideração o dicionário como uma importante

ferramenta. Muitos professores não ensinam os aprendizes as utilizarem este para tal fim.

Dessa forma, podemos inferir que esse resultado reflita essa prática de professores em sala de

aula de línguas.

Gráfico 4.0

Mais da metade diz recorrer ao dicionário antes de contatarem outra fonte de

informações e trinta e oito por cento usam o dicionário só depois de terem pesquisado em

outro lugar. Esse resultado sugere que o dicionário ocupa um lugar importante no processo de

aprendizagem da maioria dos participantes.

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Gráfico 5.0

Os alunos participantes ficaram divididos em relação ao tópico: segurança ao usar o

dicionário. Um total de 46% diz não terem segurança quando o utilizam e 54% se sentem

seguros. A incógnita que aparece aqui, juntamente com estes dados, é a de que não sabemos

ao certo quais são os fatores que regem essa situação de segurança, mas chamo a atenção para

este ponto, principalmente por parte de professores, os quais podem oferecer uma aula de

como manusear este instrumento de aprendizagem para prevenir possíveis inseguranças.

Gráfico 6.0

Mais da metade dos alunos diz que acha que sabe usar o dicionário para traduções,

diferentemente de cinco alunos que afirmam ter certeza. Ninguém marcou a opção “não”.

Apesar de ninguém ter mencionado a opção ‘não’, ainda precisa ser confirmada, futuramente,

a aptidão destes alunos para com o uso do dicionário.

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Gráfico 7.0

Um número considerável de 57% diz não sabe utilizar o dicionário para trabalhar com

fonética. Apenas dois alunos se dizem confiantes, três acham que sabem utilizar para esse fim,

e um participante marcou a opção “acho que não”. Há lacunas a serem analisadas em relação

a pratica de uso do dicionário para a fonética, mas é certo que o proveito desse material será

muito maior se o aluno receber orientação sobre como utilizá-lo.

Gráfico 8.0

Mais da metade dos alunos se diz motivada pelo professor a usar o dicionário. Vinte e

um por cento dos alunos marcaram que não há motivação por parte do educador e somente

três alunos dizem que ás vezes o professor os motiva.

Gráfico 9.0

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A quantidade de alunos satisfeitos com a habilidade de utilizar o dicionário totaliza 08

e os insatisfeitos chegam a 06. Praticamente todas as pessoas que estudam uma LE procuram

adquirir um dicionário bilíngue, para melhor compreender a língua em questão, isso significa

apontar que sua aplicação no dia a dia dos estudantes e seu uso em sala de aula deve ser

monitorado/instruído para que os aprendizes não o administrem de forma errônea e possam se

sentir satisfeitos ao utilizá-lo.

Gráfico 10.0

O último gráfico nos informa que onze alunos acham que o melhor dicionário é o

Bilíngue, em contraste com três alunos que dizem ser o Monolíngue.

Discussão dos dados dos Professores

Foi aplicado um questionário aberto aos professores participantes desta pesquisa. A

análise dos dados gerados por meio desse questionário foram agrupados nos seguintes temas,

que são discutidos a seguir:

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(1) Tipo de dicionário utilizado pelo professor:

A maioria dos professores relata utilizar o dicionário bilíngue, quando necessário. Um

dos professores, que utiliza o dicionário Monolíngue, se expressa da seguinte forma:

“[...] eu utilizo dicionário monolíngue. Acredito que seja necessária uma

imersão total do idioma e, por assim ser, o uso de um dicionário monolíngue é

um facilitador nesse processo” (Vik, Questionário).

Outro professor comenta que “só usam o material didático” (Lily, Questionário).

Na fala de Vik, percebemos que isso sugere que a reflexão que o professor faz sobre o

uso do dicionário monolíngue é a de que este ajuda o aluno a ter uma imersão maior da língua

inglesa, enquanto que os alunos da professora Lily talvez não tenham os mesmos resultados.

(2) Uso do dicionário em sala de aula:

Três professores disseram não utilizar o dicionário em sala de aula. Uma professa diz:

“utilizo e deixo os mesmos livres para fazerem alguma pesquisa” (Lya, Questionário). No

caso do professor Vik, ele informa: “Eu, na verdade, incentivo os alunos a comprarem seus

próprios dicionários, já que é uma aquisição para a vida toda. Com os alunos de nível

avançado, o uso de dicionário é mais frequente, já que eles, de certa forma, são mais

independentes” (Vik, Questionário).

Por fim, Peter responde a seguinte pergunta, “em sala de aula, com seus alunos, você

os utiliza?”. “Não. Os alunos podem levar e utilizar, se desejarem” (Peter, Questionário).

Diante das respostas dos professores ao item cinco, não fica evidente se os alunos

realmente usam o dicionário em sala de aula, e mais uma vez a lacuna sobre a importância de

ensinar o aluno a manusear esse material fica aberta. Possibilitar que os aprendizes atinjam

certa autonomia no manuseio da ferramenta é altamente recomendado.

(3) Dificuldade(s) encontrada(s) pelos alunos em relação ao uso:

A resposta afirmativa, ao nos referirmos a questão de dificuldade ao manusear o

dicionário, é quase unânime. Segundo um dos professores, os alunos não estão familiarizados

com este tipo de ferramenta, “o dicionário tem suas peculiaridades e os alunos não estão

familiarizados com eles, por isso é importante oferecer aos alunos suporte em relação a isso”

(Vik, Questionário).

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Fernández (1996) menciona fatores essenciais no processo de ensino/aprendizagem: o

livro didático, o dicionário e o professor. Diante do comentário mencionado pelo professore,

podemos estimar, talvez, que o a metodologia utilizada durante as aulas não corresponde às

expectativas dos alunos e, dessa maneira, se torna evidente que realmente os alunos não estão

familiarizados com a ferramenta.

Outros professores, participantes da pesquisa, pensam diferentemente e comentam que

“eles conseguem manuseá-lo bem” (Lya, Questionário), assim como Peter diz ser comum

sentirem dificuldade, e exemplifica que “algumas vezes eles utilizam o primeiro significado

da palavra que encontram” (Peter, Questionário).

“Eu acredito que a maior dificuldade dos alunos em relação ao uso dos dicionários

monolíngues na minha aula é quando eles procuram definições de preposições. Os alunos

têm muita dificuldade de entender certas definições que o dicionário apresenta” (Vik,

Questionário). Lya diz achar que talvez seja a pronúncia, “porque mesmo com os símbolos

fonéticos, muitos não sabem pronunciar direitinho” (Lya, Questionário).

Diante dos resultados obtidos através deste tópico, concluímos que, embora a apenas

um professor se manifestou positivamente quanto ao uso de dicionário pelos alunos, os

comentário sugerem que faltam atividades que foquem o uso do mesmo. Dentre várias

sugestões de emprego desse material, podemos relembrar alguns como exercícios de

morfologia (flexão das palavras e derivações), exercícios de sintaxe, tarefas que trabalhem o

emprego de palavras em diferentes contextos, pronúncia, etc.

(4) Atividades desenvolvidas com dicionário:

“Não realizo atividades em sala de aula usando o dicionário” (Peter, Questionário),

comenta um dos professores. Três professores não realizam nenhum tipo de atividade com o

dicionário em sala de aula, ou extra classe. No caso de Lya há atividades com o dicionário

somente “quando se trata de adjetivos, substantivos e/ou mesmo interpretação de texto com

palavras ainda desconhecidas pelos alunos” (Lya, Questionário). “O primeiro contato que os

alunos têm com o dicionário se dá no 3º módulo em aulas de fonética. Após esse nível, os

alunos começam a utilizar o dicionário com atividades de vocabulário”(Jack, Questionário).

Nesta sessão os comentários indicam que o aluno poder aprender a construir

conhecimentos e a ter consciência que, conforme a evolução da língua, o dicionário pode

fazer um papel fundamental no processo de ensino/aprendizagem, mas desde que o

professor/aprendiz possua o conhecimento de como manuseá-lo, pois não fica claro se o

professor faz o papel de facilitador.

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(5) Definição de um bom dicionário:

Percebemos neste item que todos concordam que um bom dicionário deva ter uma

quantidade considerável de palavras e definições. Todos relatam a opinião sobre o que é um

bom dicionário.

(a) “Um bom dicionário é aquele que, além de ter um bom número de léxicos, define

de maneira clara as palavras e seus exemplos são de simples compreensão” (Vik,

Questionário); (b) “Que possua um considerável número de palavras, que defina os vários

significados” (Lya, Questionário); (c) Que esteja com a “atualização em dia [...], com o

número de verbetes acima de 3.000. Presença de Grafemas em Inglês GB e inglês US para

cada palavra e que possa ser carregado na mochila” (Jack, Questionário); (d) “Um

dicionário que tenha Phrasal Verbs, que explique determinadas palavras usando ilustrações

e que também apresentem frases para exemplificar os usos das palavras em diferentes

contextos”(Lily, Questionário) e (e) “Aquele que possui um grande número de palavras, bem

como todos os seus possíveis significados” (Peter, Questionário).

Deixamos livres para que definissem um bom dicionário, e percebemos, aqui, o

esclarecimento de que existem diferentes dicionários e que todos são úteis, de acordo com a

visão de cada professor, cabendo ao usuário eleger o mais oportuno a cada ocasião.

(6) Impressões sobre o uso de dicionários em provas:

O não uso do dicionário em provas foi o tema comum entre a maioria das respostas

dos participantes, professores, da pesquisa, mas dois professores têm opiniões diferentes,

quando um comenta que acha “que o professor pode deixar que os alunos pesquisem, mas

acho que os alunos devem ter o dicionário somente como um material de apoio mesmo. Por

exemplo, tem uma palavra que o aluno quer usar na prova então ele pode pesquisar se

naquele contexto que ele quer usar a palavra é o contexto mais adequado” (Lily,

Questionário).

Ao questionada se permitiria o uso de dicionário em suas provas, a professora Lya diz

que gosta muito, pois “muitas vezes o aluno perde tempo procurando uma única palavra, e

muitas vezes quando você não conhece a palavra o seu dicionário também não ajuda muito”.

Ela ainda complementa que se for “uma prova que tenha textos ou com um rico vocabulário,

permitiria, mas se for uma prova somente do que foi explicado em sala de aula, com nada de

novidade, creio que não seja necessário”(Lya, Questionário).

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Os resultados sugerem que os professores tendem a optar por não permitir o uso

dicionário em sala de aula, já que vários fatores afetam essa escolha, como, por exemplo, o

assunto a ser abordado, o foco de conhecimento requerido, etc.

(7) Importância de dicionários para o estudo de línguas estrangeiras:

Finalizamos os resultados com a reflexão que os professores participantes deixam

sobre a importância do dicionário para a aprendizagem de uma língua estrangeira. (a) “É

muito importante não para ver a tradução, mas para perceber o que determinada palavra

quer dizer dentro de certo contexto” (Lya, Questionário); (b) “O dicionário serve como

suporte e apoio. Ninguém é obrigado a saber tudo, por isso o uso dessa ferramenta serve

para consultar palavras e, muitas vezes, serve como leitura básica para aprendermos mais

vocabulário e gramática, já os dicionários têm, cada vez mais, oferecido atividades extras,

lista de vocabulário ilustrativo, etc” (Vik, Questionário); (c) “Auxilia os alunos com novas

palavras” (Peter, Questionário); (d) “Dependendo da modalidade de ensino da língua, a meu

ver o dicionário é interessante. Por exemplo; modalidade ESP, ou qualquer área de Inglês

instrumental, técnicas de escrita, leitura ou literatura” (Jack, Questionário) e (e) “É

importante, mas não podemos deixar que o uso do dicionário se torne um vício” (Lily,

Questionário).

Diante das respostas dos professores ao nosso questionário, ressaltamos que os professores

participantes da pesquisa tem uma posição critica, positiva, em relação ao uso do Dicionário.

Fica evidente, se formos levar em consideração os Parâmetros Curriculares Nacionais (1998)

sobre a diversificação de materiais didáticos em sala de aula que o dicionário deve ter papel

de destaque, pois é uma ferramenta de grande utilidade, conforme já ressaltado neste trabalho.

7. Considerações Finais

Nesta pesquisa, foram analisados dados concernentes ao uso do dicionário por parte

dos alunos e professores de língua estrangeira e embora estudos, como Maldonado (1998) e

Ferñández (1996), apontem contribuições do dicionário como estratégia de aprendizagem,

percebe-se, através dos dados e pela bibliografia discutida, que ainda há controvérsias sobre o

seu uso. Pelos resultados, nota-se que existem algumas lacunas como, por exemplo, de como

manusear o dicionário de forma eficiente e se os professores estão atuando como facilitadores

no processo de manuseio por parte do ensino aos alunos.

Assim, pretendemos colaborar com esta pesquisa deixando a reflexão da importância

de utilizar essa ferramenta na aprendizagem de uma língua estrangeira.

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Alguns pontos podem ser destacados ao término da pesquisa: (1) o contraste com

alunos/professores que utilizam e os que não usam o dicionário nos faz afirmar que algumas

lacunas do aprendizado dos alunos de língua estrangeira podem ser preenchidas pelo

dicionário; (2) conhecer as estratégias de aprendizagem abre diversas possibilidades para um

aperfeiçoamento; (3) muitos dados nos fazem refletir sobre a conformidade do uso do

dicionário e (4) algumas atitudes devem ser repensadas.

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2014.

Anexos

Anexo 01

O questionário empregado aos alunos, de tipo fechado, continha as seguintes questões:

1.Você possui dicionário?

( ) Sim ( ) Não

8. Você sabe usar o dicionário para a fonética?

( ) Sim

( ) Acho que Sim

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2. Que dicionário utiliza?

( ) Monolíngue ( ) Bilíngue

3. Você o utiliza para suas tarefas?

( ) Nunca

( ) Às vezes

( ) Frequentemente

( ) Sempre

4.Você usa dicionário para:

( ) Tradução

( ) Pronúncia

5. Usa o dicionário...

( ) Depois de pesquisar outra fonte

( ) Antes de pesquisar outra fonte

( ) Diretamente

6.Mesmo usando-o, se sente seguro?

( ) Sim

( ) Não

7. Você sabe usar o dicionário para traduções?

( ) Sim

( ) Acho que Sim

( ) Não

( ) Acho que Não

( ) Não

( ) Acho que Não

9. Você é motivado pelo seu educador a utiliza-

lo?

( ) Sim

( ) Não

( ) Às vezes

10. Você está satisfeito com sua habilidade de

utilizá-lo?

( ) Sim

( ) Não

11. Por parte de quem a motivação deve ser

maior?

( ) Minha

( ) Professor

12. Que tipo de dicionário você acha o mais ideal

(adequado para o seu nível hoje)?

( ) Bilíngue( ) Monolíngue

Anexo 02

O questionário aberto, aplicado aos professores, abrangia as perguntas abaixo:

1. Com qual língua você trabalha?

2. Em que níveis?

3. De maneira geral, você utiliza dicionários? De língua materna ou de língua estrangeira?

4. A/O biblioteca/curso da sua escola oferece bons dicionários?

5. E em sala de aula, com seus alunos, você os utiliza?

6. Em caso afirmativo, são da escola, do professor ou dos alunos?

7. Seus alunos têm e levam dicionários para sala de aula?

8. Seus alunos têm ou já tiveram dificuldades de manuseá-lo?

8. Que tipo de atividades você desenvolve em aula utilizando dicionários?

9. Quais as dificuldades encontradas durante as aulas com a utilização de dicionários?

10. Você trabalha com dicionários online? Indica para seus alunos?

11. Como você definiria um ‘bom dicionário’?

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12. Se lhe pedisse para me indicar um dicionário da língua com a qual você trabalha, qual

me indicaria?

13. Para você, qual a importância do dicionário nas aulas de línguas?

15. Você, como aluno, gostaria de utilizar o dicionário em provas?

16. Você, como professor, deixaria seu aluno utilizar o dicionário em provas?