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O chamado de JeremiasTRANSCRIPT
O Chamado de Jeremias
Autoria / Fonte: William Watterson
Qua, 28 de Abril de 2004 23:00
A profecia de Jeremias tem algumas peculiaridades. É, por exemplo, o maior dos livros proféticos
(Isaías tem mais capítulos, mas ainda assim é menor do que Jeremias). Nas Escrituras dos judeus,
ocupava o primeiro lugar dos profetas. É talvez o mais pessoal dos livros proféticos, apresentando
muitos dos sentimentos de Jeremias. Suas lágrimas e seus sofrimentos são vistos em diversas
partes do livro.
O ministério de Jeremias foi difícil. Ele apareceu num momento difícil na história de Israel, avisando
(em vão) do cativeiro que se aproximava. Ele foi perseguido, preso, e suas palavras ignoradas. Mas
a história mostra que Jeremias, praticamente sozinho contra toda a nação de Israel, é quem estava
certo. A sua fidelidade a Deus, mesmo no meio de tanta perseguição, e mesmo ficando
desamparado, é um exemplo para nós hoje.
Os versículos que formam a base deste estudo falam do chamado de Jeremias. Examinando-os,
veremos como Deus agiu em relação ao Seu servo, e poderemos aprender como nós, hoje,
podemos ser chamados por Deus.
Por “chamados”, aqui, entenda-se algo que é verdade de todo cristão. Assim como chamou
Jeremias, Deus chama cada um dos Seus filhos para servi-Lo em diferentes áreas.
Como Ele fará isto? Vamos ao texto:
Esperando — A escolha soberana de Deus (v. 5)
Jeremias foi um profeta de Deus. Este versículo mostra, porém, que foi Deus quem o escolheu e
enviou. É impressionante ver como o Senhor destaca que Jeremias foi separado para o Senhor
antes que ele fosse formado, e antes do seu nascimento. Este não é um caso isolado nas Escrituras.
Lemos o mesmo em relação a Sansão (Jz 13:5), João Batista (Lc 1:15) e Paulo (Gl 1:15), além de
várias referências em Isaías (aqui, porém, referindo-se à nação de Israel, não a um indivíduo).
Comparando estes quatro homens, vemos várias coisas em comum:
� Todos surgiram em tempos especiais na história de Israel. Sansão veio no finalzinho de um
período negro para Israel, o período dos juízes. Jeremias veio logo antes do Cativeiro (ele
ainda estava vivo quando Israel foi levado cativo). João Batista veio logo antes do Messias.
Paulo veio no início da época da Igreja;
� Todos tiveram, de uma forma ou de outra, um ministério especial. Sansão foi dotado de uma
força sobre-humana e, mesmo morrendo sem livrar Israel, obteve vitórias importantes sobre
os filisteus. Jeremias foi a última chance que Deus deu a Israel antes do Cativeiro (uma
chance que Israel desperdiçou). João Batista teve o privilégio de “preparar o caminho do
Senhor”, e o Senhor Jesus mesmo reconheceu a importância do seu ministério. E Paulo foi o
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apóstolo dos gentios, aquele que Deus usou para levar o Evangelho muito além das fronteiras
de Israel, e que escreveu grande parte do NT;
� Todos eles foram perseguidos e presos pela sua devoção a Deus [veja Nota 1], culminando com
a sua morte. [veja Nota 2]
Diante destes fatos poderíamos supor que somente servos especiais, separados para um serviço
especial, seriam chamados por Deus desde o ventre de suas mães. Isto é, se não fosse pela
inclusão de Sansão nesta lista. Não há dúvida que Sansão desempenhou um ministério útil e
especial; também não podemos negar, porém, que ele destacou-se pelos seus erros mais do que
por suas vitórias. Sua grande força está em absoluto contraste com sua grande fraqueza moral.
Deus diz que “foram mais os mortos que matou na sua morte do que os que matara na sua vida” (Jz
16:30). Se Deus escolheu não revelar muitas das fraquezas de Jeremias, João Batista e Paulo, o
inverso aconteceu em relação a Sansão. O mais bem preparado de todos os juízes, o único juiz
dotado de força sobre-humana, o único juiz separado desde o ventre, o único juiz nazireu — e o
único juiz que falhou na sua missão.
Lembrando de Sansão, então, concluímos que não é correto dizer que apenas servos especiais são
chamados desde o ventre. Olhando para o NT, vemos a confirmação disto, pois ali aprendemos que
todo cristão foi eleito não apenas antes de nascer, mas antes da fundação do mundo (Ef 1:4, etc.).
Admitindo isto, porém, é necessário destacar o outro lado da moeda: a Bíblia é clara em afirmar que
Deus deseja que todos sejam salvos (I Tm 2:4), e que todo aquele que nEle crer será salvo (Jo 3:16,
etc.). A Bíblia ensina que cada ser humano é responsável diante de Deus pelas decisões que toma,
mas também afirma que Deus tem um plano para cada um dos Seus filhos. E este plano foi
elaborado antes mesmo de você nascer; antes até de Deus lhe formar no ventre de sua mãe!
Estes quatro servos, com suas semelhanças e diferenças, lembram-nos que nossa vida não consiste
em seguir nossos ideais, mas em seguir o plano que Deus já traçou para nossa vida. Pense nisso:
estou seguindo o plano de Deus? Ou sigo apenas os meus sonhos e ideais? Quem é o soberano
das nossas vidas, na prática?
Quanto a Jeremias, repare que Deus descreve as ações da Sua soberania sob três aspectos:
a. Conhecido
Primeiro, diz o Senhor a Jeremias, “Eu te conheci”. Estas palavras nos apresentam a primeira
exigência do servo de Deus, tão óbvia que podemos negligenciá-la: só pode servir a Deus quem é
filho dEle, quem já nasceu de novo, quem Ele conhece. A oração de Davi (“livra-me … das mãos dos
filhos estranhos”, Sl 144:7) deve ser a oração de cada igreja local. Os presbíteros de uma igreja local
podem ser enganados (são, afinal, apenas homens), mas devem sempre ter o cuidado de receber
apenas aqueles que demonstram ser filhos de Deus, orando para que Ele os livre de serem
enganados. Pois um “filho estranho” dentro de uma igreja local pode fazer muito, muito estrago.
Deus só quer como Seus servos aqueles que Ele conhece.
O verbo usado aqui no hebraico é usado de Deus conhecendo um indivíduo apenas mais duas
vezes no VT. Quando Israel pecou diante do bezerro de ouro, Moisés intercedeu perante Deus pelo
povo, demonstrando sua preocupação sincera com eles. E “então disse o Senhor a Moisés: …
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achaste graça aos Meus olhos, e te conheço por nome” (Êx 33:17). Alguns séculos mais tarde,
quando Davi quis edificar um Templo ao Senhor e o Senhor não o permitiu, Davi entrou na presença
de Deus e agradeceu pelas muitas bênçãos já recebidas. E Davi disse: “Tu conheces bem a Teu
servo, ó Senhor Deus” (II Sm 7:20). E agora, pela terceira vez, lemos de Jeremias, um servo que foi
conhecido por Deus.
“Eu te conheci”! Esta expressão fala de intimidade, de cuidado e zelo amorosos. Este não é, porém,
um privilégio restrito a Moisés, Davi e Jeremias; mas algo no qual todo cristão, por mais humilde e
desconhecido que seja, pode descansar. Paulo escreveu: “Todavia o fundamento de Deus fica firme,
tendo este selo: O Senhor conhece os que são Seus” (II Tm 2:19). Em contraste com isto, as
palavras do Senhor aos incrédulos (mesmo religiosos) são: “Nunca vos conheci!” (Mt 7:23).
Nenhuma religião inventada pelos homens apresenta um Deus tão poderoso como o Deus da Bíblia,
Criador e Sustentador do Universo inteiro. Ao mesmo tempo, nenhuma das religiões humanas
imaginou um Deus tão próximo dos Seus. Ele não Se apresenta como a divindade distante que
todos temem, mas o Pai que conhece, por nome, cada um dos Seus filhos. Não uma divindade que
suporta, de má vontade, seus adoradores, mas um Deus que, como diz o próprio Jeremias, nos
amou com amor eterno e nos atraiu com benignidade. Como é sublime pensar que um Deus tão
glorioso me conhece a mim!
Prezado leitor, você conhece este Deus? Ele te conhece? Todo aquele que já creu em Cristo como
único Salvador pode dizer: “Sim! O Senhor conhece os que são Seus”. E ser conhecido por Ele é o
primeiro passo para ser chamado por Ele.
b. Santificado
Em segundo lugar, o Senhor diz ao Seu servo: “Eu te santifiquei”. O servo que Deus usa é,
primeiro, conhecido por Deus; mas é também santificado. Apesar de toda a conotação religiosa que
esta palavra carrega, ela quer dizer, simplesmente, “separado”. Deus está dizendo a Jeremias: “Eu
te conheci, e Eu te separei para ser Meu”.
Nunca é demais repetir que separação, no sentido bíblico, tem dois aspectos: o negativo e o positivo.
Como cristãos devemos estar separados de tudo aquilo que desagrada a Deus (o mundo, o pecado,
etc.), e separados também para o Senhor. Não é só deixar o pecado; é nos apegarmos a Ele. Ser
santo não é viver num mosteiro, ou trancado dentro de casa; ser santo é viver no mundo sem ser
atraído pelo mundo, usufruir de bens materiais sem ser materialista, viver aqui lembrando que nossa
pátria está nos céus.
O que é apresentado aqui, porém, não é o que Jeremias fez, mas o que Deus fez na vida dele. Deus
o conheceu (isto lembraria Jeremias de que Deus se importava com ele) e Deus o santificou (isto lhe
lembraria que Deus tem autoridade sobre ele). Eis mais uma palavra de ânimo e consolo. Nosso
Deus não diz apenas: “Eu conheço você; sei das suas limitações, das suas boas intenções, do seu
amor, da sua fraqueza”. Mais do que isto, Deus diz: “Você é Meu!” Aquele trecho tão lindo de
Malaquias 3:16-18 fala disto. No v. 16 lemos que o Senhor atenta à voz do Seu povo e a ouve; Ele
nos conhece. No v. 17 Ele diz: “E eles serão Meus, diz o Senhor dos Exércitos; naquele dia serão
para Mim jóias; poupá-los-ei, como um homem poupa a seu filho, que o serve”. Nós não
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pertencemos mais a nós mesmos; fomos comprados por bom preço (I Co 6:19-20).
Que privilégio! Que responsabilidade!
c. Enviado
Finalmente, diz o Senhor, “às nações te dei por profeta”. Primeiro o Senhor salva; depois Ele
separa; depois Ele envia. Isto é, só será um servo útil ao Senhor quem primeiro já foi salvo e
santificado. Mas repare também a seqüência natural: se Deus já lhe salvou, pode ter certeza que
você também foi separado por Ele e para Ele (pode haver falhas na prática, mas a posição de santo
já é sua). E se você já foi salvo e separado, saiba que o Senhor também lhe envia para servi-Lo.
Fomos salvos “para as boas obras”, diz Ef 2:10. Temos a responsabilidade de servi-Lo — mas onde
Ele mandar!
Você sabe o que o Senhor quer de você hoje? Talvez amanhã o serviço seja outro; mas hoje, nas
circunstâncias atuais, no meio da igreja com a qual você se reúne, no emprego que você têm, na sua
família, na escola: você entende a necessidade de ser enviado por Deus, e de servi-Lo sempre? A
noção romântica que temos de “chamamento” e “envio para um campo missionário” é muito distante
da realidade. Deus chama cada um dos Seus servos. Alguns pare servi-Lo nos confins da Terra,
outros (como o gadareno) para servi-Lo entre os seus vizinhos mesmo. E só nos sentiremos
realizados enquanto estivermos entendendo (e seguindo!) o plano que Ele tem para nós desde antes
da fundação do mundo.
Confessando — As limitações do profeta (v. 6)
Assim como muito outros (Moisés, por exemplo), a primeira reação de Jeremias é recusar. Não por
falta de vontade, mas por sentir-se incapaz e fraco diante da grandeza da obra. Ele menciona sua
falta de capacidade (“Eis que não sei falar”) e sua falta de força (“porque ainda sou um menino”).
É saudável a atitude de Jeremias. Lembre de Gideão (“…a minha família é a mais pobre em
Manassés, e eu o menor na casa de meu pai”, Jz 6:15), de Paulo (“eu sou o menor dos apóstolos,
que não sou digno de ser chamado apóstolo”, I Co 15:9), e tantos outros. O caminho certo para o
fracasso espiritual é confiar em si mesmo; o caminho certo para o sucesso espiritual é desconfiar de
si, e confiar em Deus.
É necessário enfatizar isto, pois contradiz a teoria predominante no mundo hoje. Os livros de auto-
ajuda, que se proliferam, ensinam qualquer pessoa a ter orgulho de si mesmo, confiando no seu
potencial. A Bíblia, pelo contrário, nos exorta a humilharmo-nos perante Deus, crendo que é só
através dEle que a obra será feita.
É claro que há o outro extremo, como vemos no caso de Moisés (Êx 3 e 4), que relutou tanto em
aceitar o chamado de Deus a ponto do Senhor irar-Se com Seu servo. Quando Deus nos manda
fazer algo, devemos fazê-lo prontamente, mesmo sentindo as nossas limitações. Mas tudo aquilo
que fazemos, devemos fazer confiando nEle, sabendo que qualquer resultado será fruto da graça
dEle nas nossas vidas.
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Como encaramos nossas limitações? Que não sejamos tolos a ponto de ignorá-las, achando que
temos, em nós mesmos, a capacidade e a força para servir ao Senhor. Por outro lado, que não
sejamos temerosos a ponto de esquecer que nossas limitações não podem impedir o Senhor de nos
usar, sendo esta a vontade dEle.
Ou seja: minhas limitações são tantas que, sozinho, eu não posso fazer nada (literalmente nada)
para agradar a Deus. Por outro lado, meu Deus é tão poderoso que pode fazer qualquer coisa por
meu intermédio, apesar das minhas limitações.
Confiando — As respostas do Senhor (v. 7-10)
Na Sua resposta, o Senhor mostra a Jeremias que as limitações dele não seriam um empecilho, pois
o Senhor estaria com o Seu servo.
Fortalecendo (v. 7-8)
Primeiro o Senhor trata do problema da força. Jeremias considera-se um menino, pequeno e fraco
diante do inimigo. O Senhor, porém, diz: “Não digas: Eu sou um menino”. E por que não? Por duas
razões:
� Porque o Senhor o enviou (v. 7). “Porque a todos a quem Eu te enviar, irás; e tudo quanto
[Eu] te mandar, falarás”. Jeremias poderia temer enquanto pensasse que partia na sua própria
iniciativa, mas o Senhor o lembra que ele é apenas um enviado do Senhor. Jeremias só iria
falar a quem o Senhor o enviasse, e só iria transmitir o que Deus lhe dissesse. Não era dele a
responsabilidade pelo conteúdo da sua mensagem. Que peso isto deve ter tirado das costas
de Jeremias; a função de planejar e decidir era de Deus — ele apenas obedeceria ordens. É
bom nós também lembrarmos que não somos os responsáveis pelas verdades que cremos e
que pregamos, ou por onde e quando serão transmitidas. O Senhor quer decidir tudo, e quer
que nós estejamos prontos a obedecê-Lo. A mensagem transmitida não originou-se conosco,
e não precisamos tentar justificá-la ou desculpar-nos — devemos simplesmente transmiti-la,
com fidelidade e com muito amor e humildade. A atitude dos homens diante desta palavra diz
respeito a Deus, não a nós mesmos. Quando rejeitam a mensagem que anunciamos rejeitam
ao Senhor, não a nós. Quando rejeitam a autoridade estabelecida por Deus, rejeitam ao
Senhor, não a nós (veja I Sm 8:7). Nosso serviço será muito menos pesado se entendermos
que nossa responsabilidade é simplesmente transmitir aquilo que vem de Deus. Não
precisamos (não podemos!) inventar algo para contar, e não precisamos convencer os
homens daquilo que falamos. Somos apenas porta-vozes.
� Porque o Senhor estava com Ele (v. 8). “Porque Eu estou contigo para te livrar”. Que
consolo para Jeremias. Ele foi duramente perseguido durante seu ministério, mas o Senhor
esteve sempre com Ele. Nem sempre o Senhor o livrou de sofrimentos físicos, mas o Senhor
o manteve fiel e o tornou vitorioso. Nós temos a mesma promessa, dada pelo Senhor a nós,
Seus discípulos: “Eis que estou convosco todos os dias, até a consumação dos séculos” (Mt
28:20).
A fraqueza e o temor que Jeremias estava sentindo foram dissipados com estas palavras do Senhor.
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Jeremias era novo, inexperiente e fraco, sim. Mas era o Senhor quem o enviara (ele tinha apenas de
transmitir as palavras do Senhor), e este mesmo Senhor o acompanharia durante todo seu
ministério. Que sejam estas palavras um consolo também para nós.
Capacitando (v. 9-10)
Além de fortalecer o Seu servo, o Senhor também lhe deu uma capacidade especial para aquele
serviço. O Senhor tocou-lhe nos lábios, e disse: “Eis que ponho as minhas palavras na tua boca”.
Todas as limitações de Jeremias desapareceram neste instante. Ele não sabia falar, mas o Senhor
falaria por ele.
Três vezes lemos de Deus tocando os lábios de um servo Seu:
� Quando Isaías sentiu-se indigno de servir ao Senhor por causa da sua impureza (“…sou um
homem de lábios impuros, e habito no meio de um povo de impuros lábios”), o Senhor enviou
um dos serafins que tocou os lábios de Isaías e disse: “a tua iniqüidade foi tirada, e expiado o
teu pecado” (Is 6:5-8);
� Quando Jeremias sentiu-se incapaz de servir ao Senhor por causa das suas limitações, o
Senhor tocou-lhe nos lábios e o capacitou;
� Quando Daniel sentiu-se impossibilitado de servir ao Senhor por causa da fraqueza física
(“sobrevieram-me dores, e não me ficou força alguma”), um anjo tocou-lhe os lábios, e Daniel
recuperou sua força (Dn 10:15-21).
Estes três casos se aplicam a nós. Somos indignos, somos incapazes, muitas vezes somos
impossibilitados pelas circunstâncias. E o que fazer? Lamentar, desesperar, desanimar? Não. Como
Isaías, Jeremias e Daniel, mencione o problema ao Senhor. Confesse seu pecado, reconheça suas
limitações, diga ao Senhor: “Não resta força em mim”. E o Deus de Isaías, Jeremias e Daniel, o seu
Deus, purificará o seu pecado, dará a você a capacidade que você não tem, e restabelecerá as suas
forças.
Conclusão
Jeremias foi grandemente usado por Deus numa hora crucial da história de Israel. Deus ainda hoje
quer usar a mim e a você. Lembremos dos três passos vistos em Jeremias:
� Esperemos em Deus, pois tudo começa com Ele. Só será útil a Ele quem Ele, na Sua
soberania, já salvou, santificou e enviou.
� Confessemos as nossas limitações. Não sabemos servi-Lo; não temos força para servi-Lo.
� Confiemos nas provisões dEle. Somos apenas porta-vozes; temos a presença dEle
conosco sempre; e recebemos dEle a capacidade especial que precisamos para cumprir a
Sua vontade.
Jeremias ouviu, creu e foi. Imitemos seu exemplo!
W. J. W.
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Notas de Rodapé [nota 1] Talvez associamos a prisão de Sansão mais com seus relacionamentos com as filhas dos
filisteus do que com sua devoção a Deus. Convém lembrar, porém, que os filisteus o odiavam
porque ele estava do lado de Deus (apesar das suas falhas), e não devido aos seus casamentos.
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[nota 2] Não temos, na Bíblia, o registro da morte de Jeremias, mas vários historiadores dizem que
ele morreu apedrejado pelo povo. [voltar ao texto]
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