o bairro nova cidade e a dengue, manaus/am€¦ · a área de estudo fica no bairro nova cidade,...
TRANSCRIPT
O Bairro Nova Cidade e a Dengue, Manaus/AM
Lucimar Silva dos Santos-UFAM
Lucimargeo@ hotmail. Com
Reinaldo Corrêa Costa – Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia
RESUMO
Este trabalho aborda a presença da dengue ante a dinâmica urbana (moradia,
infraestrutura, serviço de saúde, vulnerabilidade/risco) e a análise de seus impactos
noBairro Nova Cidade (Manaus/AM).O objetivo desta pesquisa é identificar e analisar
os problemas relacionados à dengueno bairro Nova Cidadeem relação aos impactos do
que seja considerado risco, especificamente os que residem no final da Avenida
Nepal.A metodologia adotada, além do referencial teórico incluiu entrevista com
moradores, trabalhos de campo e análise de dados oficiais. Sendo um estudo
exploratório-descritivo tendo como unidade espacial de análise o bairro Nova
Cidade.As sociedades produzem riscos que impactam de forma desigual às classes e
grupos sociais.Com a intensificação dos processos de urbanização, especulação
imobiliária, construções inadequadas, entre outros, as ações no espaço tornaram-se mais
plurais e com sobreposição de interesses de forma desordenada. As ocupações os usos
na cidade alteram e/ou criam diversos espaços relacionados com o maior ou menor grau
de intervenção, pública e privada,em interesses não raro opósitos. Neste contexto, os
impactos existentes como espacialização e concentração da dengue e formação de
lugares favoráveis à reprodução do mosquito transmissor refletem a materialização dos
problemas referentes ao risco na sociedade, salientando que só podemos considerar uma
área de risco, quando há pessoas vulneráveis ao perigo. Os discursos sobre o risco vão
além das perspectivas puramente técnicas, incluindo aspectos culturais e sociais, que
permitem compreender os fenômenos podendo avaliar sendo de risco ou não, seja sob a
interpretação do poder público ou do morador. Outro fato é o clima, mas as condições
climáticas não são as únicas que agem na proliferação da dengue. Analisando o contexto
social é possível encontrar diferentes interpretações sobre o que é risco. A presença da
dengue marca-se mais por ausência de infraestrutura urbana que evite a reprodução do
mosquito, presença do poder público principalmente em campanhas públicas; alguns
moradores se previnem contra o mosquito, outros não. Acrescenta-se a isso a hipótese
da atuação climática como elemento favorável para a reprodução do mosquito.
Palavras-chave: Risco, Dengue, Urbano.
Eixo Temático: 6- Espaço Urbano, mobilidade e lutas pela apropriação da cidade
INTRODUÇÃO
A cidade de Manaus está localizada a 3º de latitude Sul e 60º de longitude oeste,
apresentado uma população de 1.802.014 habitantes, distribuída em uma, área urbana de
412,27 km² (IBGE, 2010). Manaus apresenta grande expansão urbana que nos reflete
diversos problemas relacionados ao ambiente e conseqüentemente á saúde publica no
caso da dengue, pois com o processo de expansão surgem também problemas de
saneamento básico que acaba propiciando o criadouro do mosquito Aedes aegypti.
A dengue é uma arbovirose que tem causado preocupação por ser um problema
de saúde pública mundial. Os países tropicais são os mais atingidos em função de suas
características ambientais, climática se sociais. Essa doença caracteriza-se por ser febril
aguda, cujo agente etiológico é constituído por quatro sorotipos: DEN-1, 2, 3 e 4. A
transmissão ocorre principalmente pela picada de mosquitos Ardis aegypti infectados,
os quais possuem hábito domiciliar. Sua convivência com o homem é favorecida pela
utilização de recipientes artificiais no desenvolvimento das formas imaturas, condição
ecológica que torna esta espécie predominantemente urbana, (RIBEIRO. M.V. C, 2006).
Neste contexto, é considerada a mais importante arbovirose, ou seja, doença
transmitida por artrópodes que afeta o homem e constitui-se em sério problema de saúde
pública no mundo, especialmente nos países tropicais, onde as condições do meio
ambiente favorecem o desenvolvimento e a proliferação do mosquito. A incidência de
casos de dengue também flutua com as condições climáticas e está associada com o
aumento da temperatura, pluviosidade e umidade do ar, condições estas que favorecem
o aumento do número de criadouros disponíveis e também o desenvolvimento do vetor.
O meio urbano é o lócus onde a ação humana é mais sentida. A retirada da
cobertura vegetal, a impermeabilização dos solos, o desvio de cursos dos rios, a
implantação de indústrias, a circulação de veículos automotores e várias outras
interferências humanas visíveis no meio original, assim como aspectos invisíveis ao
olho humano, tais como a composição do ar e os elementos do clima (temperatura,
ventos, precipitação), desregulam os balanços energético e hídrico, produzindo
ambientes climáticos diferentes do original.
2- DENGUE EM MANAUS
Desde novembro de 1996, detectou-se a presença do transmissor da febre
amarela urbana e dengue, o mosquito Aedes aegypti, no município de Manaus, a partir
daí o vetor foi se disseminando progressivamente por toda a cidade, conforme atestam
as pesquisas realizadas. No Amazonas os casos de dengue só começaram a ser
notificados a partir de 1998, atingindo em 2000 um total de aproximadamente 26 mil
casos notificados, (CASTRO, 2004).
Nesses quatro anos ocorreram duas epidemias, restrita à sua capital, Manaus. A
partir do primeiro trimestre de 1998, o número de pacientes que apresentavam sintomas
de doenças exantemáticas compatíveis, principalmente com dengue clássico, foi
aumentando progressivamente. Diante dessa situação, realizou-se uma investigação
epidemiológica mais severa e coletaram-se amostras de soros dos suspeitos clínicos. Em
janeiro de 1998 o Laboratório de Arbovirologia da FMTAM, envolvendo pacientes
procedentes de Manaus e de outras capitais, diagnosticou 10 casos positivos para DEN-
1, dos quais sete foram classificados, através da investigação epidemiológica, como
autóctones da cidade de Manaus, 2 de Belém (PA) e 1 de Imperatriz (MA); 18 foram
negativos; considerando a presença do vetor e de casos autóctones da dengue e com o
crescente aumento no atendimento de doentes no FMTAM, estava caracterizado o início
de uma epidemia da doença na capital do Estado do Amazonas. A presença do vetor, a
população suscetível, aliado à intensificação do intercâmbio turístico entre Manaus e os
países do Caribe, bem como a cidade de Belém que vivia uma epidemia em 1997,
podem ter contribuído para a introdução e reprodução da doença na cidade, (CASTRO,
2004).
Manaus está situada em uma região de clima equatorial quente e úmido, devido
sua localização recebe várias influencias de fenômenos meteorológicos, contribuindo na
dinâmica de precipitação que acabam propiciando para um surto de dengue, pois com as
chuvas e as temperatura encontram-se os recipientes acumulados nas ruas, quintais, ou
nas margens de igarapés, contribuindo para a incidência de mosquito. Tais recipientes
viram criadouros de dengue.
3-LOCALIZAÇÃO DA ÁREA DE ESTUDO
A área de estudo fica no Bairro Nova cidade, localizado na Zona Norte de
Manaus- AM, especificamente no final da Avenida Nepal. O Nova Cidade é
um bairro da Zona Norte de Manaus. Destaca-se por ser um dos maiores bairros
da capital amazonense e por ter uma grandíssima área urbana, enfrenta alguns
problemas na área de infraestrutura, em relação as ruas do bairro.
Figura -1: Esquema da área de estudo no Bairro Nova cidade, Av. Nepal
Neste contexto, o número populacional segundo o (IMPLUB, 2014), é 31.422
moradores. Como já fora citado, apresenta problemas na área de infraestrutura, em
relação às ruas, pois estas possuem certa declividade, no qual as águas das chuvas e das
casas escoam para um igarapé no final da Avenida Nepal.
Sendo assim, a inexistência ou intermitência de abastecimento de água, gera
necessidade de armazená-la precariamente nos domicílios sendo que o mosquito da
dengue utiliza-se preferencialmente de depósitos artificiais de água limpa para colocar
os seus ovos. Todas as casas pesquisadas possuem caixas d águas tampadas, a maioria
suspensas em colunas de concreto como mostra a figura 2, mas há outros recipientes
como: baldes e camburões, sendo que estes não continham tampas.
Figura2- Mostra os reservatórios de água utilizados em todas as casas do Bairro. Fonte: Santos -
2014.
Ausência de destino adequado do lixo não deixa de ser um fator de risco para a
sociedade, pois gera reservatórios artificiais contribuindo para a procriação do
mosquito. A Prefeitura de Manaus mantém de forma intensa as ações de combate à
doença e encerrou no dia 13 de maio, o segundo Levantamento do Índice Rápido de
Infestação por Aedes aegypti (LIRAa) de 2014, que teve início no último dia 05. O
resultado do LIRAa mostra que Manaus está com médio risco para dengue, com índice
de 3,3.
As pesquisas do LIRAa é realizado da seguinte maneira:O município é dividido
em grupos de nove mil a 12 mil imóveis com características semelhantes. Em cada
grupo, também chamado estrato, são pesquisados 450 imóveis. Os estratos com índices
de infestação predial:
Inferiores a 1%: estão em condições satisfatórias
De 1% a 3,9%: estão em situação de alerta
Superior a 4%: há risco de surto de dengue
Conforme o as pesquisas do LIRAa os bairros de alto risco são Coroado, São
José, Zumbi, Gilberto Mestrinho, Tancredo Neves, Jorge Teixeira, Novo Aleixo, Cidade
Nova, Manoa, Colônia Santo Antônio, Novo Israel, Nova Cidade, Santa Etelvina e
Redenção.
Figura 3 e 4, mostra duas ruas a 69 e 73 no bairro Nova cidade, estas apresentam ravinas
,água empoçada , interferências humanas no que se refere as residências próximas ao igarapé bastante
assoreado no final da Av .Fonte: Silva- 2014.
Neste contexto, foram feitas entrevistas com os moradores a fim de analisar e
identificar os problemas relacionados à dengue, descobrir quais os impactos e
dificuldades estes poderiam acarretar para a população. Vale salientar que num contexto
geral o bairro Nova cidade é considerado de alto risco na incidência de dengue nas
3
4
pesquisas do LIRAa, nesta trabalho foi analisado apenas uma parcela do bairro
correspondendo á algumas ruas no final da Av. Nepal por apresensentar precariedade de
infraestrutura e por estar localizado em uma área próximo de um igarapé contendo
residências como mostra a figura 3 e 4, que propiciam condições para criadouros do
mosquito Aedes aegypti.
Sendo assim, com tantos indicadores para possível propensão á incidência de
dengue, não foi possível conter a inquietação em saber se de fato a área pesquisada
apresentava altos ou baixos índices de casos de dengue.
Figura 5: Localização da área e o nome das respectivas ruas no qual ocorreram as pesquisas.
Fonte: Google, 2014.
Diante disso, conversando com os moradores das respectivas ruas totalizando
168 residências, o maior índice de infestação se deu e se dá por malária e não por
dengue, atualmente uma pessoa morreu com histórico de malária. Segundo uma
morador da Rua 59 por nome de Lucia Vieira adoeceu de malária por três vezes,
contraindo sérias seqüelas no fígado. Dentre os entrevistados 10 pessoas alegaram que
foram infectados pelo mosquito da dengue assim que chegaram ao bairro em 2005.
Figura 6, 8e 9.Rua no final da Av. Nepal, estando próximo á uma área com vegetação ,7 corresponde a
rua78, evidenciando problemas de infraestrutura.Fonte: Santos, 2014.
Segundo dona Lúcia, moradora da Rua 69 a 12 anos e entre outros, o Bairro
Nova cidade é dividida por área, o local da pesquisa encontra-se na área 13. Na
6 7
8 9
concepção dos moradores uma epidemia de dengue causaria muitos problemas,
transtornos e até mesmo perdas irreparáveis, pois o bairro possui extensa área urbana e
conseqüentemente a ausência de postos de saúde, sendo que estes se encontram em
outros bairros. Segundo os moradores, antes eles contavam com a presença de agentes
de saúde para coletar amostras de sangue com intuito de verificar a incidência de
malária e dengue, atualmente esses agentes não estão aparecendo ocasionando
descontentamento a população. Conforme os relatos da moradora Lúcia que possui dois
netos de menor idade que apresentaram dores no corpo e febre neste ano, por falta
desses serviços ela não pode receber os diagnósticos dos netos, pois não teve condições
de conduzi-los ao posto de saúde, não sabendo se estavam com sintomas de dengue ou
malária.
As reclamações dos mesmos estão também direcionadas ao saneamento básico,
um dos fatores questionados encontra-se as redes de esgoto, pois segundo os
entrevistados é insuficiente, sendo que as ruas apresentam escoamento superficial como
mostra a figura 7 provocando erosibilidade das mesmas.
4-PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS
O trabalho iniciou-se pela revisão bibliográfica referente ao estudo da degue, O
planejamento das atividades seguiu um roteiro proposto, com etapas preliminares dos
pontos de observação. A estrutura do trabalho consistiu em: Coletas de dados através
de entrevistas com os moradores, caderneta de campo, registros fotográficos. Para a
sistematização e tratamento dos dados foi realizada a seleção de fotografias. As
perguntas feitas aos moradores tiveram os seguintes objetivos: Levantar informações
dos casos de dengue na família, quantas pessoas residem na casa, o que pesam do
saneamento básico.
RESULTADOS
Conforme os resultados dessa pesquisa o bairro Nova Cidade, especificamente
as ruas finais do Av. Nepal apresentam baixo índice de dengue, havendo mais
ocorrência de índice de casos de malária, não obstante a dengue é uma arbovirose que
tem causado e causa preocupação para a população residente no local, pois a área em
destaque tem sua localização próximo a um remanescente de mata possuindo problemas
de infrestutura, falta de posto de saúde etc.
Tais observações nos apontam um cenário de risco, pois as casas estão inseridas
em uma área que apresenta algumas deficiências de estrutura urbana, oferecendo risco
de epidemia de dengue e de malária. Tendo em vista que, os moradores possuem
conhecimento de que as condições do meio ambiente favorecem o desenvolvimento e a
proliferação do mosquito contribuindo para a espacialidade dos riscos.
A prevenção das infecções causadas pelos vírus do dengue ainda é um desafio
visto a ser centrado na atuação sobre o único elo vulnerável da cadeia epidemiológica
que é a eliminação do seu principal transmissor, o Ae. aegypti , esta envolve agressão
ao meio ambiente pelo uso de inseticidas; investimentos substanciais em saneamento
básico e a necessidade de participação dos moradores com indução de modificações
comportamentais.
Segundo (CASTRO, 2006). Nas áreas mais privilegiadas, os índices de
escolaridade são mais elevados, mas nem sempre correspondem a uma educação
também direcionada para a conservação do meio Ambiente, embora disponham de
coleta de lixo mais adequada, deixam dispostos nas suas residências inúmeros tipos de
criadouros potenciais do mosquito como uso excessivo de descartáveis, o hábito de
manter plantas aquáticas, entre outros.
As pesquisas do Liraa não deixam de ser importante em conjunto com a
Geografia, para localização da espacialização e controle vetorial do dengue em Manaus
e para elaboração de ações de combate ao vetor, Salientando a Geografia relacionada á
saúde não busca tratar da doença, pois esta incumbência cabe aos especialistas da
medicina, mas sim entender o processo de espacialização geográfica do vetor em
conjunto das relações socioespaciais e ambientais.
REFERENCIAS
Carvalho, Afrânio de lima. "Casos de leishmaniose tegumentar Americana na região
Metropolitana de Manaus e suas relações com a dinâmica da vegetação e com a variabilidade Climática" ' 01/07/201184 f. mestrado acadêmico em Clima e ambiente -Inpa - UEA instituição de ensino: instituto nacional de pesquisas da Amazônia biblioteca depositária: instituto nacional de pesquisas da Amazônia – Inpa. CASTRO, JULITA NASCIMENTO CÂMARA DE. Aspectos virológicos do dengue no estado do amazonas, Dissertação de mestrado-UEA, Manaus-Amazonas,2004. B ARROS, Marcus. Clima e endemias tropicais. 2006. BORGES, S. M. A. Importância epidemiológica do Aedes albopictus nas Américas. São Paulo, 2001 [Dissertação de Mestrado Faculdade de Saúde Pública da USP]. CYRINO, J. C. B. Espaço e ambiente na epidemia de dengue em Manaus. Dissertação de Mestrado, Manaus: Universidade Federal do Amazonas, 1999. Daniel Meninéa Santos. Rocha. Ribeiro. Rolim. Influência dos fenômenos El Niño e La Niña na precipitação do estado do Amazonas. Universidade Federal do Pará/ SIPAM – CTO BE, INFORME EPIDEMIOLÓGICO DA DENGUE. Governo do Estado do Amazonas, Secretaria Estadual de Saúde e Departamento de Vigilância em Saúde, Ano II, n.º 1, janeiro, Manaus-AM, 2002. IBGE. Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística. Censo demográfico 2010. Disponível em: <http://www.ibge.gov.br/home/ estatística população/ censo 2010/população _por município.shtm> acesso em: 18 de Maio de 2014. RIBEIRO, Andressa F. G.J.M. Associação entre incidência de dengue e variáveis
climáticas, FUNASA, Fundação Nacional de Saúde, 2001. Dengue: situação epidemiológica, riscos e medidas de controle. Boletim epidemiológico eletrônico, http://www.funasa.gov.br FUNDAÇÃO NAIONAL DE SAÚDE. Guia de vigilância epidemiológica, 4.ª ed. Brasília: Ministério da Saúde, 1998. MORAES, P.R. As Áreas tropicais Húmidas e a febres hemorrágicas Virais- Uma abordagem Geográfica na área Ambiental e na Saúde.Universidade de São Paulo( tese) São Paulo:FFLCH, 2007.
NOBRE, A.; ANTEZANA, D. & TAUIL, P. L., 1994. Febre amarela e dengue no Brasil: epidemiologia e controle. Revista da Sociedade Brasileira de Medicina Tropical, 27 (Suplemento III): 59-65. TAUIL, Pedro Luiz. Aspectos críticos do controle do dengue no Brasil- Critical aspects of dengue control in Brazil. Universidade de Brasília. Cad. Saúde Pública, Rio de Janeiro, 18(3):867-871, mai-jun, 2002. TEIXEIRA, M. G.; BARRETO, M. L. Porque devemos, de novo, erradicar o Aedes aegypti: Ciência e Saúde Coletiva, p. 1: 122-135, 1996. Trecho disponível em: INPLUB, http://implurb.manaus.am.gov.br/bairros-de-manaus/2014. Trecho disponível em: http://amazonasnoticias.com.br/manaus/676-semsa-encerra-segundo-liraa-de-2014.