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Dados Internacionais de Catalogao na Publicao (CIP) (Cmara Brasileira do Livro, SP, Brasil)Miller, Paul O amor andou entre ns: aprendendo a amar como Jesus / Paul Miller; Traduo Eullia Pacheco Kregness So Paulo: Vida Nova, 2011. Ttulo original: Love walked among us: learning to love like Jesus. ISBN 978-85-275-0487-4 1. Amor Aspectos religiosos - Cristianismo I. Ttulo. 11-12514 CDD-248.83

ndices para catlogo sistemtico: 1. Amor : Aspectos religiosos: Cristianismo 248.83

Copyright 2001 by Paul Miller Ttulo original: Love walked among us: learning to love like Jesus Traduzido da edio publicada pela NavPress, P.O. Box 35001, Colorado Springs, CO 80935, EUA. 1. edio: 2011 Publicado no Brasil com a devida autorizao e com todos os direitos reservados por Sociedade ReligioSa edieS Vida NoVa, Caixa Postal 21266, So Paulo, SP, 04602-970 www.vidanova.com.br/ [email protected] Proibida a reproduo por quaisquer meios (mecnicos, eletrnicos, xerogrficos, fotogrficos, gravao, estocagem em banco de dados, etc.), a no ser em citaes breves com indicao de fonte. ISBN 978-85-275-0487-4 Impresso no Brasil /Printed in Brazil CooRdeNao EditoRial Marisa K. A. de Siqueira Lopes ReViSo Arkh Editorial CooRdeNao de PRoduo Srgio Siqueira Moura ReViSo de PRoVaS Ubevaldo G. Sampaio Diagramao Kelly Christine Maynarte Capa Souto cresicmento de marca Todas as citaes bblicas, salvo indicao contrria, foram extradas da verso Almeida Sculo 21, todos os direitos reservados pela Edies Vida Nova.

Para

Jill

SUMRIO

AGRADECIMENTOS ............................................................................ 011 PREfCIO ............................................................................................. 013 INTRODUO: QUEM JESUS? ....................................................... 015

PARTE 1: O AMOR MOSTRA COMPAIxO01. A mente que se ocupa com os outros O amor v e age ............................................................023 02. O olhar molda o corao Aprendendo a enxergar as pessoas..................................031 03. Eu sei o que melhor para voc A atitude de julgar impede a compaixo ........................039 04. Sou melhor do que voc A soberba impede a compaixo .....................................049 05. assim que voc deve agir O legalismo impede a compaixo ..................................059 06. A regra de ouro A encarnao leva compaixo......................................069

PARTE 2: O AMOR fALA A VERDADE07. H um tempo de se pronunciar Equilbrio entre compaixo e sinceridade ......................079

08. Ira legtima Um alerta compassivo aos outros ..................................089 09. H um tempo de calar Equilbrio entre sinceridade e compaixo ......................099 10. Sei como difcil; tenho o mesmo problema Ser sincero sem julgar o outro ......................................105

PARTE 3: O AMOR VIVE NA DEPENDNCIA DE DEUS11. O segredo do amor Dependncia de Deus ...................................................117 12. Como dizer no a algum que voc ama Respondendo com compaixo s exigncias das pessoas .. 127 13. Dizendo no satisfao prpria O amor que puro........................................................135 14. Aceitando a intromisso gentil O amor ilumina a escurido ..........................................145

PARTE 4: O AMOR REVIGORADO PELA f15. A f fortalece o amor Onde encontrar foras para amar? ..................................159 16. f significa abrir mo do controle Levando a Deus nossas necessidades ..............................169 17. O estranho em meu ntimo Tecendo uma tapearia de amor ....................................181 18. Unidade O amor leva intimidade ..............................................191

PARTE 5: O AMOR ATRAVESSA A MORTE PARA CHEGAR VIDA19. O caminho da humildade O amor aceita as posies inferiores...............................203

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O amor andou entre ns

20. Enfrentando a tristeza Quando o amor leva ao sofrimento ...............................213 21. Sinfonia de amor O amor sob presso .......................................................221 22. A vida dele pela nossa O preo do amor ...........................................................229 23. Nasce a esperana A jornada do amor chega ao fim ....................................237 24. Abrindo a porta O que faremos com Jesus? .............................................247

9SUMRIO

AGRADECIMENTOS

A

o direcionar meu olhar para Jesus, minha esposa, Jill, mais do que ningum, tornou este livro uma realidade. Devo muito a Ron McRae e Anita Mathias por me instrurem na arte de escrever. Liz Heaney deu continuidade a esse trabalho, ao editar o livro e tornar a leitura mais agradvel. Tambm me beneficiei da editorao de meu colega Keith Howland e da sabedoria de meu amigo David Powlison. Agradeo ainda a todos os que leram o original e refletiram em suas palavras. Por fim, sou grato a Bob Allums por acreditar neste livro quando ele no passava de uma ideia.

PREfCIO EDIO EM PORTUGUS

O

fascnio de Einstein. Por acaso voc j ouviu falar do fascnio que Einstein, uma das mentes mais brilhantes do sculo xx, sentiu pela figura de Jesus ao ler os Evangelhos? Veja o que ele disse:Sou judeu, mas estou encantado com a figura luminosa do Nazareno. [...] Jesus colossal demais para a pena de criadores de frases, por mais hbeis que sejam [...]. Ningum pode ler os Evangelhos sem sentir a presena real de Jesus. Sua personalidade vibra em cada palavra.1

Mas o que h em Jesus que exerce tanto fascnio, no s em Einstein, mas em todos ns? O fato de Jesus ser a personificao do amor, o amor encarnado que andou entre ns. Apesar de a palavra amor estar um tanto banalizada nesses nossos tempos de relacionamentos superficiais, de falta de compromisso e de um egosmo sem precedentes, basta abrirmos os Evangelhos para que esse conceito adquira um sentido renovado em nossa mente e corao. Ao ler a belssima histria da vida, morte e ressurreio de Jesus, conceitos abstratos de amor se tornam reais e adquirem uma dimenso que jamais sonharamos ser possvel, se no fosse pelo exemplo inigualvel desse amor encarnado. Com ele aprendemos no s o que o amor, mas tambm o que amar. Aprendemos que o amor mostra compaixo, fala a verdade, vive na dependncia de Deus, revigorado pela f e que o amor capaz de atravessar at mesmo a morte para chegar vida. Contudo, esse imenso amor retratado nos Evangelhos tambm representa para ns um grande desafio. Nesta obra, Paul Miller coloca bem essa questo, quando diz:

No entanto, h lio mais difcil do que aprender a amar? Como amar algum que no nos ama que s se afasta de ns ou demonstra ingratido? Como amar sem cair numa armadilha ou sem ser usado por outra pessoa? Como amar quando temos nossos prprios problemas? Quando vamos cuidar de ns mesmos? Como amar com honestidade e compaixo? [...] O que o amor, ento?

Amar no nada fcil. Exige empenho, sacrifcio, compaixo, humildade e uma infinidade de outras coisas que contrariam nossas inclinaes carnais. Por isso, precisamos de um exemplo, de algum que saiba verdadeiramente amar e nos ensinar a amar. Precisamos sentir o calor do seu toque, ouvir sua voz acalmando os ventos e nos falando das bemaventuranas, precisamos ver seu olhar de amor e compaixo, trilhar com ele o caminho para Jerusalm, para a cruz e para os braos do Pai. Essa a proposta de Paul Miller neste livro. Portanto, como bons discpulos, vamos abrir os Evangelhos, a fim de observar e aprender a amar como Jesus.Notas

1. George VieReck, What Life Means to Einstein, Saturday Evening Post (26/10/1929), p. 117.

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O amor andou entre ns

INTRODUO Quem JeSuS?

m 1991 minha esposa, Jill, certo dia me perguntou: Voc me ama? Naquele ano, passvamos por uma situao difcil, mas isso de forma alguma era novidade para ns. Temos seis filhos, que na poca estavam com 2, 5, 8, 12, 14 e 16 anos de idade. Nossa filha de oito anos, Kim, portadora de uma deficincia no consegue falar e nem fazer muitas coisas que outras crianas fazem. s vezes a Jill ficava to cansada que pegava no sono durante o jantar. Aquele tinha sido um dia longo, e achei que ela s queria que eu lhe reafirmasse meu amor. Claro que amo voc, respondi. Mas ela perguntou novamente: Paul, voc me ama? E na terceira vez que me fez a mesma pergunta, fiquei irritado. Claro que eu a amava. Afinal, no era eu quem a ajudava com as crianas? Toda manh, eu os vestia e servia-lhes o caf. noite, lia histrias para eles e colocava-os na cama. Eu estava sempre ajudando. E caso encerrado. Naquela noite fui me deitar furioso com a Jill, e ainda fiquei pensando em uma lista de tudo o que fazia para provar que a amava. No lhe disse nada, mas sua pergunta me corroa por dentro. O que significa amar algum? Com o que o amor se parece? Ao pensar no amor, comecei a pensar em Jesus. Afinal, acreditamos que Jesus a pessoa mais misericordiosa e abnegada que j viveu neste mundo. Decidi estudar sua vida e descobrir como ele se relacionava com os outros. Como ele era? Como tratava as pessoas?

E

E de pouquinho em pouquinho, como se diz na frica, comecei a entender o que significa amar de verdade.Quem Jesus?

Seja qual for nosso contexto de vida, difcil ignorar Jesus. Quase dois bilhes de cristos proclamam sua f em Jesus; mais de um bilho de islmicos o honram como profeta. Telogos judeus respeitados o consideram um grande rabino. Sua imagem pode ser vista at em templos hindus. Muitos lderes de seitas afirmam ser a reencarnao de Jesus. Jaroslav Pelikan, professor emrito de Histria da Universidade Yale, afirma:Jesus de Nazar tem sido a figura predominante na histria da cultura ocidental h quase vinte sculos, no importa o que se pense ou acredite a respeito dele [...]. O calendrio da maioria dos povos se baseia no nascimento de Jesus; por seu nome que milhes de pessoas so amaldioadas e em seu nome que milhes oram.1

Apesar de toda ateno que Jesus recebe, a maioria de ns no faz muita ideia de quem ele como pessoa, mesmo aqueles que o adoram. Com bastante frequncia, pergunto aos cristos: Assim que chegar ao cu, que pessoa da Bblia voc vai querer conhecer? Apenas um entre centenas menciona Jesus. Acho que o termo pessoa os confunde porque no esto acostumados a pensar em Jesus como uma pessoa. Em imagens Jesus quase sempre retratado de forma estranha. O cinema normalmente mostra um Jesus em cmara lenta. Nos filmes, por exemplo, ele fala devagar, anda devagar e move-se devagar; alm de sempre aparecer com um olhar fixo. Eu e minha filha Emily, de dez anos, estvamos assistindo a um dos melhores filmes sobre Jesus, e percebemos que ele nunca piscava! Os outros atores piscavam, mas Jesus nunca piscava. Nossos olhos ardiam cada vez que a cmara focalizava o rosto de Jesus. Ento, decidi estudar sua vida sob uma nova perspectiva, deixando de lado tudo o que j sabia ou o que achava que sabia a respeito

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dele. Quis experimentar o que Albert Einstein experimentou ao ler os Evangelhos. Esta foi sua reflexo:Sou judeu, mas estou encantado com a figura luminosa do Nazareno. [...] Jesus colossal demais para a pena de criadores de frases, por mais hbeis que sejam [...]. Ningum pode ler os Evangelhos sem sentir a presena real de Jesus. Sua personalidade vibra em cada palavra.2

Apesar de Einstein no ter sido cristo, ele sentiu o fascnio do verdadeiro Jesus de um modo que muitos no sentem. Ao ler e estudar os Evangelhos, comecei a sentir o mesmo fascnio de Einstein. E espero que voc tambm sinta.O que so os Evangelhos?

Mateus, Marcos, Lucas e Joo, os quatro relatos bblicos sobre a vida de Jesus, so chamados de evangelhos, um termo que significa boas-novas. Cada evangelho conhecido pelo nome de seu autor, e foi escrito h mais de dezenove sculos, em grego, lngua falada no Imprio Romano. Da mesma forma que os bigrafos atuais, cada autor revela sua perspectiva nica e inclui cenas ou detalhes que os outros deixam de fora. Quando juntamos os quatro evangelhos, chegamos a um retrato magnfico, tridimensional de Jesus. Como acontece nos documentrios de televiso, as cenas geralmente so descritas com tamanha riqueza de detalhes que conseguimos visualizar exatamente o que est acontecendo: o cenrio, as circunstncias, as pessoas, e como Jesus lida com elas. Mateus, que foi cobrador de impostos e um dos doze primeiros seguidores de Jesus, faz o seu relato do ponto de vista de uma testemunha ocular. Os cobradores de impostos do Imprio Romano geralmente eram pessoas bem instrudas e tinham fluncia tanto em seu idioma nativo quanto no grego. O governo dava o cargo de cobrador de impostos a quem fizesse o lance mais alto em um leilo. Para se ressarcir do que havia gastado, o vencedor do leilo aumentava o valor dos impostos, e tornava-se malvisto pela populao em geral. Pensemos em Mateus

Introduo

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como um ex-vendedor de carros usados dos dias de hoje, como uma pessoa muito esperta. Embora Jesus tenha mudado sua vida, Mateus ainda conseguia decifrar claramente o comportamento dos outros. Percebemos isso nos detalhes que Mateus nos fornece sobre Judas (o discpulo que traiu Jesus). O relato de Marcos, escrito trinta e cinco anos aps a morte e ressurreio de Jesus, provavelmente foi obtido de Pedro, que havia sido pescador e tambm lder dos doze discpulos. Assim como a personalidade de Pedro, a histria de Marcos contada de forma rpida e impetuosa, e retrata o forte impacto de Jesus sobre as pessoas. Lucas, mdico e companheiro de viagem de Paulo (um dos lderes da igreja primitiva), baseou seus escritos nos relatos que ouviu de testemunhas oculares. Seu livro transpira compaixo pelos pequenos deste mundo, pelos impotentes: marginalizados, mulheres, crianas, pobres e pessoas com alguma deficincia. Joo, outro ex-pescador e um dos amigos mais ntimos de Jesus, foi o ltimo a escrever seu evangelho. Devido sua proximidade com Jesus, Joo nos oferece uma viso singular e detalhada da pessoa de Cristo. Podemos confiar no relato histrico dos Evangelhos? Deixarei que o leitor julgue por si mesmo. Meu nico pedido que voc os leia com a mente aberta, como Einstein fez. Einstein fez a seguinte reflexo acerca dos Evangelhos:Nenhum mito to cheio de vida. Como so diferentes os relatos sobre os heris das lendas, como Teseu, por exemplo! Teseu e heris como ele no tm a vitalidade autntica de Jesus.3

C. S. Lewis, professor da Universidade de Oxford e renomado especialista em mitologia, escreveu:Estou inteiramente convencido de que os Evangelhos podem ser tudo, menos lendas. J li muitas lendas e afirmo com segurana de que no so a mesma coisa. Os Evangelhos no so suficientemente artsticos para serem lendas.4

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Ao ler uma fbula ou uma lenda, percebemos instintivamente que estamos em um mundo de fantasias. Mudamos de frequncia quando lemos essas coisas; nas palavras do poeta Coleridge, suspendemos a descrena. No entanto, o cenrio dos Evangelhos o mundo real, o mundo das necessidades: falta vinho no casamento; vemos multides famintas e pouca comida; pescarias fracassadas; falta dinheiro para pagar impostos. Nesse mundo das necessidades o sobrenatural desponta mansamente, a ponto de parecer to comum quanto os problemas. Na mitologia, pessoas extraordinrias vivem num mundo extraordinrio e realizam feitos extraordinrios. Nos Evangelhos, a compaixo e o amor extraordinrios de um homem incrvel irradiam e iluminam um mundo comum.Um estudo sobre o amor

Este livro analisa como Jesus tratou as pessoas que encontrava em seu caminho, pois nessas ocasies rotineiras com amigos e familiares que quase todos ns revelamos quem somos de verdade. Jesus no foi exceo. Gandhi, hindu e lder nacional em seu pas, gostava de repreender os cristos por achar que eles no levavam a srio o mandamento de Jesus em relao a amar o prximo. No entanto, h lio mais difcil do que aprender a amar? Como amar algum que no nos ama que s se afasta de ns ou demonstra ingratido? Como amar sem cair numa armadilha ou sem ser usado por outra pessoa? Como amar quando temos nossos prprios problemas? Quando vamos cuidar de ns mesmos? Como amar com honestidade e compaixo? Quando somos compassivos, as pessoas tiram vantagem; quando somos honestos, elas ficam zangadas. O que o amor, ento? A maioria de ns no tem bons exemplos de amor. Nem sabemos mais o que normal. Gostaria de que o leitor pensasse no seguinte: Jesus um prumo com o qual alinhamos nossas vidas. Ele satisfaz nossa necessidade de um heri de algum que seja ao mesmo tempo bom e forte que transforme este mundo. Jesus foi casa de suas grandes amigas, Maria e Marta, alguns dias aps a morte de Lzaro, irmo delas. Aos prantos, Maria atirou-se aos ps19

Introduo

de Jesus de modo impulsivo, tpico do antigo Oriente Prximo. Tomado pelo sofrimento, Jesus chorou com ela. Vrios espectadores comentaram: Vede como o amava (Jo 11.36). Neste livro, iremos nos unir a esses espectadores de Jesus, a fim de observar e ver o modo como ele amava.NOTAS

1. Jaroslav PelikaN, Jesus Through the Centuries: His Place in the History of Culture. New Haven: Yale University Press, 1985, p. 1. [Tambm publicado no Brasil por Cosac & Naify sob o ttulo A imagem de Jesus ao longo dos sculos]. 2. George VieReck, What Life Means to Einstein, Saturday Evening Post (26/10/1929), p. 117. 3. VieReck, p. 117. 4. C. S. lewiS, God in the Dock. Grand Rapids: Eerdmans, 1994, p. 158.

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O amor andou entre ns

Parte 1

O AmOr mOSTrA cOmPAixO

Captulo um

A MENTE QUE SE OCUPA COM OS OUTROS o amoR V e age

esus viveu h dois mil anos, numa poca diferente da nossa, em um mundo quase que inteiramente judeu; s de vez em quando aparece um gentio nos Evangelhos. No mundo em que Jesus viveu, as famlias eram ligadas por laos estreitos ningum existia sem esses laos familiares. Tudo que a pessoa tinha era a famlia e o cl a que pertencia. Quem perdesse essas coisas perdia tudo. Aos trinta anos, mais ou menos, Jesus reuniu um grupo de discpulos e comeou a percorrer Israel, de cidade em cidade, ensinando as pessoas. Certo dia, ao se aproximarem da cidade de Naim, Jesus e os discpulos foram surpreendidos por um funeral. Lucas relata o que aconteceu:Pouco depois ele seguiu viagem para uma cidade chamada Naim; e seus discpulos e uma grande multido o seguiam. Quando chegou perto da porta da cidade, estavam levando para fora um morto, filho nico de uma viva; e uma grande multido da cidade o acompanhava. Logo que a viu, o Senhor se encheu de compaixo por ela e disse-lhe: No chores. Aproximando-se, Jesus tocou no caixo e, ao pararem os que o levavam, ele disse: Moo, eu te digo: Levanta-te. O que estivera morto sentou-se e comeou a falar. E Jesus o entregou sua me. Ento o medo dominou a todos; e glorificavam a Deus, dizendo: Um grande profeta se levantou entre ns; e:

J