numero6
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ESPORTES
E S T A D O D E M I N A S ● S E G U N D A - F E I R A , 2 8 D E A B R I L D E 2 0 0 8
27
O jogo
DECISÃO
Geninho
Juninho; Gérson (Renan, intervalo),Leandro Almeida, Marcos e ThiagoFeltri (Agustín Viana, intervalo);Rafael Miranda, Márcio Araújo, Xavese Danilinho: Renan Oliveira (MarceloNicácio 21 do 2º)) e Marques
Estádio: MineirãoGols: Marcelo Moreno 12, Marcos (contra) 18,Ramires 39 do 1º; Guilherme 22, Wagner 32 do 2ºÁrbitro: Paulo César de Oliveira (SP)Assistentes: Maria Eliza Correia Barbosa e
Emerson Augusto de Carvalho (SP)Cartão amarelo: Xaves, Thiago Heleno,Marquinhos Paraná, RamiresPagantes: 48.903Renda: R$ 1.011.020
Fábio; Marquinhos Paraná, Espinoza,Thiago Heleno e Jadílson (Jonathan17 do 2º); Henrique, Charles (Fabrício23 do 2º), Ramires e Wagner;Guilherme e Marcelo Moreno(Leandro Domingues 28 do 2º)
Para o toque de bolado Cruzeiro (foto), que pôso maior rival na roda
Para as falhas individuais deJuninho, Marcos e Gérson,
que contribuíram para aderrota e desequilibraram
todo o time OVi
lão
Atlético Cruzeiro
VIVA
VAIA
0 x 5
Técnico:
Escalação Escalação
AdílsonBatista
Técnico:
A defesa atleticana, que,em tarde infeliz, malposicionada edesorganizada, foi presafácil para os cruzeirenses,que jogaram com liberdadee fizeram a festa. Foi tãofrágil que não conseguianem desarmar o adversário,fundamento básico paraquem atua no setor
Na maior goleada de todos os tempos contra seu maiorrival, Raposa faz 5 a 0 no Galo e praticamente assegura
o título mineiro. Alvinegros não explicam vexame
O começo do massacre cruzeirense: a bolarebatida pela defesa, depois de falha do
goleiro Juninho, bate em Marcelo Moreno eentra, abrindo caminho para a vitória
incontestável sobre um adversário impotente
SEM PERDÃO!
JUAREZ RODRIGUES/EM
EMMANUEL PINHEIRO/EM
ESQUERDA
7
12
Certos Errados
25
DIREITA
5
Certos Errados
14
ESQUERDA
28
38
Certos Errados
19
DIREITA
10
Certos Errados
5 5
FIN
ALI
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IMEN
TOS
15Certas Erradas
4
11
13Certas Erradas
6 7
10 4
3Certos Errados
03 5
Certos Errados
2 3
24recebidas
a favor a favor
16
25 31
8 3
ATLÉTICO CRUZEIRO
NÚMEROS DO JOGO
■ LEVANTAMENTO: ADMINISTRADOR ESPORTIVO ALEXANDRE SIQUEIRA
recebidas
9
LILIAN MONTEIRO
“É campeão… é campeão.”O grito ecoou com força totalna arquibancada azul depoisque o Cruzeiro atropelou oAtlético, seu maior rival, ao fa-zer 5 a 0, no primeiro jogo dadecisão do Campeonato Mi-neiro, ontem, no Mineirão. Foia maior goleada cruzeirensena história do clássico. En-quantooscelestesderamumaaula de futebol, com qualida-de, equilíbrio tático e seguran-ça, os alvinegros caíram apáti-cos, sem força para reagir, e fo-rampresasfáceis,depoisdeal-guns minutos de lampejos deum futebol convincente.Aplausosparaoscruzeirenses.Aos jogadores do Galo, a res-postaveiodaarquibancada:si-lêncio e os torcedores deixan-do o estádio aos 22 minutosdo segundo tempo. Vexame.
Na competição das arqui-bancadas, duas faixas anun-ciavam o embate entre os 100anos da melhor torcida domundo contra os eternosguerreiros celestes. Dentro decampo, Atlético e Cruzeiro ti-nham tudo para retribuir afesta dos torcedores com maisum clássico digno da tradiçãodas duas forças de Minas. Masquando a bola rolou, o espetá-culo ficou só do lado azul. OCruzeiro, que tinha a vanta-gem pela melhor campanhana primeira fase, agora vai pa-ra o jogo do troféu e da faixa
com uma espetacular tran-qüilidade, já que obriga o Atlé-tico a ganhar por 6 a 0.
Se todos esperavam umasurpresa de Adílson Batista,ela veio de Geninho com a es-calação de Renan Oliveira, agrande novidade. Com as car-tas dadas, estava feita a pro-posta do duelo entre um ata-que rápido e leve contra umadefesa pesada e dura. No en-tanto, a tática do técnico cru-zeirense foi vitoriosa e certei-ra com Marquinhos Paranámarcando Danilinho e Henri-que sem dar liberdade a Mar-ques. O Atlético começoumelhor, com mais força ofen-
siva diante do rival, mais cui-dadoso com a marcação. Semconseguir furar o bloqueioazul, os alvinegros pagaramcaro diante de falhas indivi-duais que desestruturaramtoda a equipe. No lance doprimeiro gol, de Marcelo Mo-reno, o vilão foi Juninho, malposicionado, e a bola aindatocou em Leandro Almeida.
Na frente, perigoso nas jo-gadas invertidas e contra-ata-ques, o Cruzeiro passou a sermais eficiente e descobriu ocaminho: o lado direito doAtlético. Explorou a fragilida-de do adversário no setor ecriou suas principais jogadas.
Nosegundogol,emlancecomJadílson, Marcos se antecipouaJuninhoeaMarceloMoreno,marcando contra. Com tantavantagem, bem mais equili-brados, os cruzeirenses con-trolaram a partida. O Atléticocaiu ainda mais de produção,não desarmou mais, concen-trou o jogo em Marques e Da-nilinho, este muito marcado,enfim, um fiasco.
CALADOParacoroarasuperio-ridade do Cruzeiro, um belogol de Ramires, por cobertura.Erro na saída de bola atletica-na, Guilherme recuperou pelaesquerda, tocou para Wagner,o armador achou o volante,que foi preciso. Na arquiban-cada, os cruzeirenses incansá-veis cantavam sem parar, já osatleticanos, sentados, calados,pareciam não acreditar.
Se o primeiro tempo foiterrível para o Atlético, o se-gundofoiaindapior.OCruzei-ropôsorivalnaroda.Mostrouporque,nesteiníciodatempo-rada, é uma das equipes maisacertadas do Brasil. E aindatemcomomelhorar.Demons-trou sintonia com a torcida,que,comoprometiaafaixanoaltodoMineirão,moveuosjo-gadores, guerreiros em cam-po.Nofim,deixaramocampoextasiados e certos de que o tí-tulo está bem próximo. O tor-cedor já soltou o grito de cam-peãoereservaespaçonopeitopara mais uma faixa.
O EM VIU
O torcedor deveria estar na sala onde são realizados osexames de antidoping, no Mineirão, para ver o ambiente,depois do chocolate que o Cruzeiro aplicou no Galo. Qua-tro personagens do espetáculo se encontraram e ficaramum bom período sentados bem a frente um do outro, nu-ma sala de, no máximo, dois metros. À direita da porta,Guilherme e Fabrício, este atrás da porta, e à esquerda, osatleticanos Gérson e Renan. Praticamente, houve apenas ocumprimento de praxe, sem nenhuma brincadeira: para-béns pela vitória, disseram os atleticanos, e os cruzeiren-ses, com cara de felicidade, agradeceram, afirmando queestavam num dia em que tudo deu certo. No resto, apenaso olhar desconfiado de um para o outro até que fizeram oque era necessário e foram liberados. (Antônio Melane)
FRENTE A FRENTE