nuctemeron apolonio tiana

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    Copyright Rozekruis Pers, Haarlem, Holanda

    T :

    Het Nuctemeron an Apollonius an Tyana

    LRE I R

    Sede InternacionalBakenessergrat -, Haarlem, Holanda

    www.rozenkruis.nlSede no Brasil

    Rua Sebastio Carneiro, , So Paulo, SPwww.rozacruzaurea.org.br

    Sede em PortugalTravessa das Pedras Negras, , .o, Lisboa, Portugal

    www.rosacruzlectorium.org

    Dados Internacionais de Catalogao na Publicao ()(Cmara Brasileira do Livro, SP, Brasil)

    Rijenborgh, J. van, -.O Nuctemeron de Apolnio de Tiana / comentado por J. vanRijenborgh. - . ed. Jarinu, SP: Lectorium Rosicrucianum, .

    Ttulo original: Het Nuctemeron an Apollonius an Tyana

    : ----Vrios tradutores.

    . Apolnio, de Tiana, -. Nuctemeron . Esoterismo. Filosoa antiga . Gnose . Hermetismo I. Ttulo.

    -

    ndices para catlogo sistemtico:

    . Filosoa hermtica. Todos os direitos desta edio reservados ao

    LR

    Caixa Postal .- Jarinu SP BrasilTel. () . () .

    [email protected]

    http://www.rozenkruis.nl/http://www.rozacruzaurea.org.br/http://www.rosacruzlectorium.org/http://www.pentagrama.org.br/http://www.pentagrama.org.br/http://www.pentagrama.org.br/http://www.pentagrama.org.br/http://www.pentagrama.org.br/http://www.rosacruzlectorium.org/http://www.rosacruzlectorium.org/http://www.rosacruzlectorium.org/http://www.rozacruzaurea.org.br/http://www.rozacruzaurea.org.br/http://www.rozacruzaurea.org.br/http://www.rozacruzaurea.org.br/http://www.rozenkruis.nl/http://www.rozenkruis.nl/http://www.rozenkruis.nl/
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    P Na unidade os demnios entoam louvor aDeus; eles perdem a maldade e a ira.

    S H Mediante a dualidade, os peixes do zoda

    co entoam louvor a Deus, as serpentes gneas entrelaam-se em torno do caduceu, eo relmpago torna-se harmonioso.

    T H As serpentes do caduceu de Hermes entrelaam-se trs ezes, Crbero escancara suastrs bocarras, e o fogo entoa louvor a Deusmediante as trs lnguas do relmpago.

    Q H NaQuartaHoraaalmaregressadaisitaaos tmulos. o momento em que as lanternasmgicassoacesasnosquatrocantosdos crculos. a hora dos sortilgios e dasiluses.

    Q H A oz das grandes guas entoa louvor aoDeus das esferas celestiais.

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    S H O esprito permanece impassvel, ele osmonstrosinfernaismararcontrasieest

    sem medo.

    S H Um fogo que d ida a todos os seres animados dirigido pela ontade de seres humanospuros.Oiniciadoestendeamo,eo

    grande sofrimento transforma-se em paz.

    O H As estrelas conversam entre si. A alma dossis responde ao suspiro das flores. Correntes de harmonia interligam todos os seresda natureza.

    N H O nmero que no deve ser revelado.

    D H A ave do ciclo astronmico e do movimento circular da ida do ser humano.

    U H Asasasdosgniosmovimentam-secommisterioso rumorejar. Eles oam de esfera aesfera e levam de mundo em mundo as

    mensagens de Deus.

    D H Aquiserealizam,pelofogo,asobrasdaluzeterna.

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    Talvez j tenhais ouvido falar a respeito de Apolnio de Tiana,essa gura misteriosaquesurgiunomundonoalvorecer de nossaera. Consideradoum lsofodaescolaneopitagrica, ele foi com

    parado a Jesus, pois seu nascimento tambm foi anunciado peloEsprito* Santo.

    Eleviajoueensinouemquase todasas regiesao redor doMar

    Mediterrneo. O povo vinha de todos os lugares para ouvi-lo e,para os padres daquela poca, seus seguidores eram numerosos.Ele fez muitos milagres, curou enfermos, e sua influncia era togrande que,por ondeele passava, ospovosem luta enterravamosmaados de guerra. Como compreensvel, ele foi perseguido

    pelas autoridades religiosas e vrias vezes encarcerado e torturado.Quando, por m, resolveram atir-lo a ces selvagens para ser

    estraalhado, desapareceu de modo misterioso.Depois que se retirou da cena do mundo, seus feitos e sua biograa foram reunidos em um livro. E assim apareceu nalmenteum evangelho em oito partes volumosas. O contedo desse evangelho era to grande e poderoso que a jovem igreja crist e seusfundadores dele caram temerosos.

    Como a imprensa ainda no existia naqueles dias, as obras de

    Apolnio de Tiana eram apenas manuscritas; por conseguinte,

    Palavras seguidas por um asterisco aparecem no Glossrio, que se inicia na

    pg. .

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    havia um nmero bastante reduzido de exemplares, o que facilitou seu roubo, consco e destruio. Em seguida, o povo foiadvertido de modo muito brutal, e assim, pelo mtodo segurode incutir medo, a lembrana de Apolnio de Tiana foi apagada.E isso sobretudo porque foi aplicado outro mtodo, clssico eextremamente renado, ainda aplicado at o presente: a falsicao. De tempos em tempos foram aparecendo obras atribudas aApolnio de Tianaeoutrassobre ele, que somenteosentendidospoderiam reconhecer como falsicaes.

    Assim, nalmente, esse homem foi descaracterizado de talforma que ningum mais pde reconhecer a verdade e a realidade a seu respeito. Apolnio de Tiana tornou-se mera guralendria, e no desurpreender o fatodemuitos teremduvidadode sua existncia. Desse modo, o grande objetivo foi alcanado:depois de alguns sculos de trabalho perseverante e inteligente,

    Apolnio foi banido para o domnio da lenda, tornaram seus ensinamentos misteriosos e imaginrios. Sua origem, procedncia eseu aparecimento histrico foram postos em dvida.

    Tendo egado a esse ponto, os conspiradores conseguiram irmais alm. Em algumas bibliotecas pblicas, sob a forma de doao, puderam introduzir escritos falsicados, tanto de Apolniocomo tambm de muitos outros, segundo o mtodo de armar

    que foram recentemente descobertos em escavaes. Ento, emseguida, a seleta sociedade intelectual pde debruar-se sobreeles. Naturalmente, os manuscritos foram decifrados, lidos e avaliados por pessoas treinadas no assunto, e apareceram grossoslivros mediante os quais uma pessoa aqui e outra acol puderamreceber o ttulo de doutor.

    E assim a semente da falsicao e da mutilao espalhou-se

    slida e vigorosamente. E os que at esse momento com issocolaboraramporignorncia,orgulhando-sedeseuconhecimentoe de levar no bolso a anlise da sabedoria de Apolnio de Tiana,foram vtimas da iluso. Damesmamaneiracomomuitaspessoas

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    continuamsendo,porquanto a exumaodeantigosmanuscritosest na ordem do dia.

    Ns, porm, que j estamos preparados para trilhar a senda darosa e da cruz, sabemos e compreendemos que a verdade podeser aprisionada durante muito tempo, que ela pode ser mutiladadurante longo tempo, que os servidores da verdade podem ser

    perseguidoseatacados, masaverdadeumdia se libertar. Quantomais tempo ela for reprimida e agrilhoada, maiores se tornaroas tenses, e mais poderosamente irromper o fogo da verdade.

    Compreendereis que Apolnio de Tiana um dos maiores enviados. No alvorecer de nossa era se manifestou, nos pases ao redordo Mar Mediterrneo, nas grandes civilizaes e culturas daqueles dias, um nmero de grandes obreiros da Gnosis* universal.Jesus, o Senhor, foi um deles.

    Esses obreiros formavam um grupo iniciado de sete Filhosdo Pai ou Filhos da Viva, enviados da humanidade-alma. Portanto, compreensvel que Apolnio de Tiana assim comoseus irmos tenha trilhado uma via-crcis, um caminho de sofrimentoesacrifcio, tingidopelosanguedoprprio corao. Elefoi amado por seus lhos gnsticos e odiado pelos servos da natureza dialtica.* Esses fatos so to conhecidos que j no temos

    necessidade de estender-nos nesse assunto.Queremos elevar essa grande personalidade diante de vossoentendimento e de vossa viso e, ao mesmo tempo, livr-la dapoeira, da iluso e da traio dos sculos.

    Queremos mostrar-vos esse enviado de Deus,esseFilhodoPai,tal como ele realmente, pois mais uma vez, neste nal dos dias,o crculo universal dos grandes lhos de Deus tomou a iniciativa

    de um trabalho grandioso.Por isso, a verdade sobre Apolnio de Tiana tambm deve serrevelada.E,comoahoramaisescuraaqueprecedeoromperdaaurora, tambm agora podemos esperar que a iniciativa da jovem

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    Gnosis de colocar Apolnio de Tiana clara luz da realidadeseja acompanhada por uma iniciativa paralela e diversionria dahierarquia* dialtica. Em nossos comentrios, baseamo-nos emalguns fragmentos de uma edio mais antiga de sua obra e combase nesses fragmentos vereis claramente por que seus ensinamentos foram destrudos e sua existncia histrica expurgada daconscincia da massa.

    A escola gnstica fundada por Apolnio de Tiana tinha porobjetivo efetuar a realizao imediata da vida da nova alma.* Eledesejava egar diretamente ao objetivo nico, por isso dirigia-sequeles em quem podia presumir abertura e compreenso. Seusensinamentos no se prestavam, de modo algum, ao uso dialtico: eles eram inadequados para os servos deste mundo. Maistarde, Apolnio de Tiana foi muitas vezes levado a mal, por notravar relaes com qualquer um, e tambm por selecionar

    seu pblico a crivo de peneira. Podemos compreender isso,visto que tambm a Escola da Rosacruz urea emprega medidassemelhantes.

    Contudo, estaramos fazendo injustia a Apolnio de Tianase, ao mesmo tempo, no vericssemos que sua amorosa luze sua profunda compaixo abrangeram toda a humanidade, eque seus milagres e suas curas estiveram a servio de todos, sem

    exceo alguma. Unicamente com base em levar o ser humanode volta ao lar, na verdadeira realidade, ele dirigia-se aos que defato estavam aptos a ser conduzidos imediatamente para o lar,pois ele sabia que seus irmos estavam ativos em outro campo,como Jesus, o Senhor, que trabalhava mais para a futura geraodos escolhidos.

    Assim, Jesus falava mais para a massa, mas tambm, como sabe

    mos, falou para seus discpulos em um mbito mais estreito. Jesus

    O Nuctemeron foi publicado por Eliphas Lvi como apndice de sua obraDogme etRituelde la haute magie (Dogma e titual da alta magia), Paris, .

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    falava por parbolas, em termos velados e simblicos, a m dedespertar na massa um pouco de anseio e de f. Foi por isso queos opositores puderam distorcer a linguagem de Jesus para uso

    prprio. Que mtodo admirvel foipara eles apossarem-sedaspalavras de um enviado divino que se dirigia massa para encobrircom essa mesma linguagem seus prpriosobjetivos. Que mtodoadmirvel foipara eles fazer deJesusumdeus, umdeus intangvele inatingvel, e fazer de si mesmos uma igreja e um sacerdcio deJesus.

    Todavia, ao mesmo tempo, a lembrana de Apolnio de Tiana deveria desaparecer do cenrio, e seus ensinamentos diretos, como toda Gnosis, deveriam ser aniquilados, pois Apolniopregava e ensinava o Deus manifestado na forma humana dalosoa hermtica, o homem que, pela transgurao* e pelo renascimento d a alma,podia ingressar diretamente n a prpriavida

    libertadora para, desse modo, tornar perfeitamente livre e ativoseu deus interior.A Grande Farsa* no um acontecimento futuro! Ela um

    novo captulo da pea que h milhares de anos se encena para ahumanidade. Rasgai vs mesmos, de um s golpe, a teia da ilusoedafraude,naqualjhtantotemposoismantidosaprisionados,e permiti que os ensinamentos diretos de Apolnio de Tiana vos

    influenciem. Fazei disso todo o vosso empenho! Ento, tambmestareis fazendo justia a Jesus, o Senhor, que h dois mil anosvos falou por parbolas, porque ainda no estveis maduros paraouvi-lo e compreend-lo de outra maneira, nem para pr emprtica seus ensinamentos.

    Nestelivro,falaremosdetalhadamentesobreoNuctemerondeApolnio de Tiana, ttulo que traduziremos por o dia de Deus

    que resplandece nas trevas ou o Deus que est aprisionado em

    Rijenborgh, J. v. Desmascaramento. . ed. So Paulo: Lectorium Rosicrucia

    num, .

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    nosso microcosmo*. Esse dia est dividido em doze horas oudegraus, e cada hora encerra uma instruo concreta quanto aomodo pelo qual cada candidato pode realizar o dia de Deus.Em suma, um mtodo, um caminho para a completa libertao.

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    Na unidadeos demnios entoam

    louvora Deus;

    eles perdem amaldade e a ira.

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    Como dissemos no prefcio, o dia de Deus descrito no Nuctemeronconsisteemdozepartes amadasde horas. Tentaremosagora lanar um olhar sobre a Primeira Hora, que diz:

    Naunidadeosdemniosentoam louvora Deus; elesperdema maldade e a ira.

    Quem deseja trilhar a senda da Gnosis universal deve comearingressando nessa primeira hora. Ela relaciona-secomocaminho

    joanino: asendaqueendireita asveredaspara o Deusemns, que o homem-alma decado.

    Os demnios, de que aqui se trata, no so as vrias espcies de fantasmas que habitam a esfera* refletora, mas sim os

    demnios presentes em cada ser humano. Sem o menor exagero,pode-se dizer que qualquer ser humano dialtico possudo pelodemnio.

    O demonacoomaleoimpuro,opecaminosonoserhumano.O demonaco a soma negativa de todas as existncias que foram

    vividas no microcosmo e habitam o subconsciente como um feixede certas tenses magnticas.

    O microcosmo do ser humano contm inmeras cargas magnticas heterogneas, acumuladas por ele em suas interminveisviagens pela natureza dialtica devido a toda a espcie de situaesde vida, sentimentos, pensamentos, aes e experincias.

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    Compreendereis que cada ser humano est sempre ocupadoem engendrar novas tenses magnticas negativas, isto , aindalatentes. Todas essas tenses, to diferentes, formam o campo*de respirao particular, ocampodevida, a atmosferanaqual, naqualidade de ser humano, respirais.

    Talvez j observastes as nuvens passar no ar e, ao xardes osolhos nelas, vistes em cada nuvem inmeros rostos, com mltiplas formas. Eles tam-vos, e seu olhar perde-se distncia; elesmudamdemauspara inexpressivos, e neles h algodemortio, deirreal. So como sonhos negativos. Assim tambmpodeis xar osolhosemvossoprpriocampode respirao, no interior devossoser* aural. Ali, todas as tenses magnticas nebulosas possuemigualmente cabeas, bem como guras fantsticas e gigantescas,mais ou menos monstruosas e demonacas. Assim, pode-se compreender a razo de falarem de demnios as pessoas que podem

    v-las no prprio ser. Eles so as imagens das tenses magnticas que habitam o subconsciente. So as tenses do campo derespirao aural.

    Por que se fala de subconsciente? Bem, porque tambmexiste ainda outra conscincia,* a conscincia-eu comum. A conscincia-eu desenvolve-se como uma soma de todos os princpiosde conscincia, de todos os tomos que formam vosso sistema.

    Ela alimentada diretamente por radiaes siderais que egamat vs de nosso cosmo circundante. As nuvens demonacas dastenses magnticas de que acabamos de falar no permanecemapenas em vosso campo de respirao, mas tambm vos penetram; elas fazem parte dos cinco fluidos anmicos naturais e, porconseguinte, de cada tomo de vosso ser.

    Portanto, no existe somente um princpio de vida positivo

    no ser humano que lhe permite dizer eu, mas tambm h neleuma compulso subconsciente, uma longa e difcil viagem paraosabismosdopassado,amultiplicidadedevozesdeumprincpiode vida negativo, do subconsciente.

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    por essa razo que muitos investigadores da psique humanavericaram, em todos os tempos, a existncia de dois eus no serhumano: o eu da conscincia comum e o eu da subconscincia;o eu da natureza comum e o eu da natureza desarmoniosa e diablica. evidente que todos os seres humanos vivem desses doiseus. Emcerto momento, elesvivemdoeucomum, econsidera-seisso normal. No momento seguinte, vivem do subconsciente eso, comosediz, anormais. Nesse caso, so arrastadospelas foras

    primitivas do passado a aes, pensamentos e sentimentos que oeu normal lastima.

    Existem pessoas, muitas pessoas, que so governadas to fortemente pelas tenses magnticas desarmoniosas que levam uma

    vida que mostra mais o aspecto anormal do que o normal. Entoelas esto possudas pelo demnio; frequentemente elas descemabaixodasnormasdevidaqueasociedade estabelece; seusistema

    nervoso nada pode fazer em contrrio.Essas pessoas so consideradas criminosas. E os que devemjulg-las e conden-las, e os que como massa humana se encontram a seu redor, ainda no esto sob o jugo do prprio subconsciente. Ainda no! Sua natureza subconsciente ainda no vem tona, mas atrs dos muros de casa, atrs das paredes dos quartos,deixam que seus impulsos tenham livre curso. Dessa maneira eles

    ainda podem conservar certo equilbrio, ao passo que na vidapblica assumem uma expresso de integridade. Todavia, seu estado to sinuoso e to complicado quanto o dos outros. Essa a condio de toda a onda de vida humana em manifestao.

    Os incontveis sculos das manifestaes dialticas falam emcada ser como uma srie de tenses magnticas desarmoniosas ede problemas no resolvidos. Isso o diablico no homem. Isso

    o que lhe peculiar. Isso o pecaminoso nele. E quem diz,comoserhumanonatural,quenoveiodopecadomente.nessarealidade, nessa medonha realidade, que Apolnio de Tiana sedirige a seus alunos.

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    Percebeis, assim, que a amada psicologia moderna no absolutamente moderna. Ela uma tentativa de proteger o serhumano, com as verdades dos antigos gnsticos e dos antigosmtodos ocultistas, contra seus prprios demnios, sem cur

    -los verdadeiramente. a verso moderna do velho e conhecidoexorcismo.

    Apolnio de Tiana coloca seus alunos diante da mais assustadora verdade da dialtica: a de que cada ser humano o produtoda totalidadedopassadodomicrocosmo. Opassado e o presenteemaranham-se em dois eus: o consciente e o subconsciente.

    Como deveis conduzir-vos agora diante dessa realidade ocante? Tendes de aceit-la! Tendes de esforar-vos para colocartodo esse complexo de tenses magnticas diante da Gnosis e desua luz, quando a Primeira Hora do Nuctemeron eleva sua voz.Assim, invocais as radiaes consoladoras e curadoras de Belm,

    na profunda f dequesomentedosmontesdessasublimidadevirvossa salvao. Assim, invocais, em primeiro lugar, as verdadeirasforascuradoras. Eumavezque invocais essas forasauxiliadorase curadoras e vos entregais a essas radiaes magnticas, claroque tendes de viver completamente delas. Deveis assim dizApolnio de Tiana afadigar-vos com toda a vossa seriedadenessas foras para, assim, realizar algo.

    Desse modo, no aluno que se encontra sobre o tapete,* desenvolvem-se cinco processos, ao mesmo tempo, no consciente e nosubconsciente.

    Em primeiro lugar, a Gnosis submete-vos a um julgamento.Isso signica que a totalidade da vida e do campo de vida, comtoda a sua complexidade, so atacadas pelas radiaes gnsticas.

    Assim, o candidato ega, em segundo lugar, a grande autoco

    nhecimento. O consciente e o subconsciente so confrontadosreciprocamente. O aluno descobre as origens das estranhas e divergentes tenses que to frequentemente governam e estorvamsua vida, e que tantas vezes assumem formas gigantescas.

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    Desse modo, em terceiro lugar, o candidato vence o autodesprezo. No verdade que sois frequentemente possudos peloautodesprezo, pela autorrepreenso? Em muitos momentos novos considerais secretamente um indivduo insignicante? Noconheceis e experimentais frequentemente o efeito paralisanteque resulta disso? Para venc-lo, precisais examinar completamente a causa dessa diablica fora paralisante. Examinar essacausa luz da Gnosis signica, ao mesmo tempo, sua remoo.Aps cair nesse autodesprezo, o candidato ca por muito tempocercado de grande vcuo, em que nada mais entra seno grandefrialdade. a solido da terra de ningum.

    Eis por que, emquarto lugar, ovcuodo isolamento rompidopelas radiaesgnsticas, easalvao gnsticapenetra nalmentetodas as partes do microcosmo, da personalidade e do campode respirao. Assim, os focos de uma nova fora de vida vo-se

    formando em todo o campo de respirao. Uma nova esfera magntica comea a expandir-se. Um novo estado de eu comea aformar-se. Esse novo eu a sntese, a unicao do conscientecom o subconsciente. Todas as desarmonias convertem-se emharmonia.

    Ento, em quinto lugar ega o momento glorioso em que,nessa unicao, as antigas tenses desarmoniosas se dissipam e,

    na unidade recm-surgida, todos os antigos demnios e diabos entoam louvores ao Pai. Todas as oposies desaparecem e perdemsua antiga ira e maldade.

    Desse modo, cada candidato pode endireitar as veredas parao seu deus e tornar-se totalmente digno de trilhar a senda dalibertao de modo consciente.

    Primeiro, o subconsciente deve dissolver-se no consciente, e

    depois ambos devem faz-lo na puricao da Gnosis. Essa atarefa da Primeira Hora do Nuctemeron de Apolnio de Tiana.Quem comea essa tarefa na primeira hora do seu dia de Deus,no extingue o passado ou o carma,* como muitos costumam

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    frisar, porm ele faz o passado tornar-se muito valioso, pois fazdele um tesouro permanente de sabedoria, experincia e fora.

    As tenses desarmoniosas do passado, que se agitam e revolvem no ser humano, no so causadas, em princpio, por aes epensamentos terrveis e acontecimentos assustadores em tempospassados, mas referem-se sobretudo a coisas, vivncias, problemas e processos que ainda no foram solucionados, que aindano egaram a um m, que ainda no foram concludos. Porconseguinte, o ser humano encontra-se diante da tarefa que seusantepassados e predecessores no realizaram.

    Quando, mediante a vida de autodescoberta do verdadeirodiscipulado, deixais a atmosfera gnstica penetrar todo vosso ser,endireitais as veredas, armados com o conhecimento provindodo tesouro do passado. Ento, tudo o que se manifesta comodesarmonioso entoar, com tudo o mais, sonoro louvor ao deus

    emvs. Todoopassadoapresenta-secomoumbenefcionohojevivente, base de um futuro absolutamente seguro.Na unidade das foras naturais, com base na alma-esprito,*

    todas as foras da natureza cantam o louvor e a honra de Deus.Elas perdem a maldade e a ira.

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    Mediante a dualidade,os peixes do zodaco

    entoam louvora Deus,

    as serpentes gneasentrelaam-seem torno do caduceu,

    e o relmpagotorna-se harmonioso.

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    Na Primeira Hora de Apolnio de Tiana, pudemos ver como todasas tensesmagnticasdesarmoniosas, incompreendidase,porconseguinte, desgovernadas, que se manifestam no microcosmo,

    podero ser conduzidas unidadepelo discipuladognstico. Elasperdem suas caractersticas negativas de maldade e ira e pem-se

    completamente a servio do candidato aos mistrios gnsticos.Cada tenso magntica com que o ser aural do homem se encontra sobrecarregado foi e causada por determinada ao, emum perodo de vida de uma das personalidades que viveram nomicrocosmo. Quando todas essas tenses magnticas livres demaldade e ira e de suas reaes eventuais se colocam a serviodo ser humano que est vivendo atualmente no microcosmo, ve

    rica-se a liberao de um imenso tesouro de experincias, de puricao e de conhecimentos, que torna cada candidato mil vezesmais forte do que seria explicvel pelo estado de vida comum.

    Primeira Hora ajusta-se agora a Segunda Hora:

    Mediante a dualidade, os peixes do zodaco entoam louora Deus, as serpentes gneas entrelaam-se em torno do

    caduceu, e o relmpago torna-se harmonioso.

    Para poderdes compreender essas palavras, deveis ter bem presenteoqueaPrimeiraHoraquisdizer,isto,quemantendouma

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    orientao inequvocaeestandosobre o tapete, ocandidatoconsegue o autodomnio e, mediante essa unidade do ser, os demniosno ser perdem a maldade e a ira. Agora, de maneira fundamental,o candidato j no est preso vida dialtica inferior. Ele estlivre, ento, para poder trilhar a senda. Essa liberdade fundamental somente possvel com base na j mencionada transformaodo demnio no ser humano: o subtrair-se da garra catica dastenses magnticas, e a ordenao e transformao resultantes.

    To logo um aluno se tenha libertado dessa garra, ele confrontado de maneira direta com o campo astral onde vive, com ocampo de seu nascimento sideral, em suma, comogrande campode vida astral da dialtica, pois a oposio no deve ser vencida eultrapassada somente no prprio microcosmo, mas tambm nogrande mundo, onde vivem o microcosmo e a personalidade.

    Nesse campo de vida sideral, com os ons* a dominantes, ma

    nifesta-se a fora da dualidade, as influncias das foras gmeasda natureza, devido s quais tudo na natureza visvel impelidoparaseuoposto, oqueesclareceamplamente ojogodaalternnciacontnua da dialtica.

    uma lei natural vigente no campo de nascimento sideralque quando algum principia com alegria e entusiasmo, em dadomomento tomado e dominado pelo pessimismo e pela tristeza.

    No sem razo ao contrrio que isso acontece: toda umasrie de fenmenos no grande jogo das alternncias d motivopara isso em abundncia. Assim, alternam-se continuamente, eem todos os aspectos, a crena e a descrena, a certeza e a dvida,a luz e as trevas.

    E quem no venceu o demnio das tenses magnticas na Primeira Hora tambm no poder ir avante na Segunda Hora do

    Nuctemeron. Ele ser completamente subjugado e neutralizadopelas foras do campo sideral. Somente pode tentar dominar ocampo de nascimento sideral quem conseguiu um novo ser, alcanou o nascimento da alma e, mantendo-se rmemente sobre o

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    tapete, serenou a tempestade magntica no prprio ser. Ele podefazer isso, desde que encontre o mtodo pelo qual os opostos danaturezaseequilibram, eassimpodeprepararpara si mesmoumapassagem harmoniosa atravs do Mar Vermelho do nascimentosideral.

    Com certeza j ouvistes falar a respeito do equilbrio dos opostosedeveis ter aprendido algo dissoemvossajuventude;possivelmente tenhais tirado notas excelentes em matemtica, contudo,criar e seguir semelhante caminho matemtico na prpria vida algo bem diferente e coloca o ser humano diante de grandes

    problemas. Deixai queoNuctemeron, naSegundaHora devossodiscipulado, vos ensine o modo como podereis resolver esses problemas, supondoquej atravessastessatisfatoriamente a PrimeiraHora.

    Mediante a dualidade, os peixes do zodaco entoam louvora

    Deus. Esta a primeira frmula que tendes de resolver.Conheceis, naturalmente, o smbolo do signo zodiacal de Peixes (Pisces): osdois peixescolocadosumao ladodooutro e ligadospor uma cruz. Um dos peixes o smbolo do homem divino, ooutro o smbolo do homem preso natureza. Ambos devemtornar-se um mediante uma via-crcis. Compreendemos issocomo sendo: a dissoluo endurstica do homem* natural no

    homem-alma divino. Assim, os dois tornam-se um; os opostosidenticam-se.Desse modo, possus a ave para a passagem atravs do campo

    de vosso nascimento sideral. Neste campo sideral do nascimentonatural arde um fogo que flameja intensamente. Vs o conheceiscomo o fogo do desejo e nele experimentais trs estados: o deatrao, o de repulso e o neutro. O ser humano encontra-se

    perfeitamente sintonizado com esse fogo e uno com ele.Compreendeis que, justamente pela forte e extremada individualizao do ser humano dialtico, o fogo sideral torna-se uminferno flamejante.

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    A vida de desejos de qualquer ser humano semelhante deoutros, j que pertencem a esta natureza* da morte. No entanto,cada uma delas no se sintoniza com o mesmo objetivo. O fogoque um ser humano atrai e assim vivica pode ser repelido poroutro, ou este pode querer extingui-lo, ou ento ele no tem interessepor isso. Estando,pois, sintonizadosdemaneira todesigual,to diferenciada, os seres humanos tornam-se um inferno unspara os outros. Queimam-se uns aos outros com fogo, apesarde no o desejarem, atiando um arco generalizado de fogo e,assim, torna-se compreensvel a furiosa alternncia do jogo dosopostos; as contnuas transformaes so lgicas e explicveis.Por sua natureza comum, os seres humanos atiram-se reciprocamente no inferno do fogo sideral e mantm-se mutuamenteaprisionados. Pelo desejo, atrai-se a discrdia.

    Suponhamos que tenhais percebido isso e queirais neutralizar

    esse fogo pelo qual cada ser humano responsvel, que desejeis conseguir um equilbrio dos opostos e assim abrir para vsmesmos uma passagem. Que tendes de fazer ento?

    Observemososimbolismodosignozodiacal dePeixes. Por queecomoqueohomeminferior eohomemdivinose ligam, ecomoa dualidade se transforma em unidade? Pela cruz, isto : peloamor divino, que tem o poder de tudo santicar e tudo vencer.

    essa, pois, a verdadeira fora anmico-espiritual, a harmonia devida, que to-somente se torna possvel mediante a via-crcis doamor.

    Podeis agora compreender do que se trata aqui? Suponhamosque tenhais um inimigo. Todos os seres humanos tm inimigos,conhecidos ou desconhecidos, querendo-o ou no. Como surgea inimizade? Ela surge, obrigada a surgir, pelo desequilbrio

    dos opostos. Vs repelis, portanto, quereis extinguir. Outro atraio mesmo, ele deseja atiar o fogo. Imediatamente surge grandeconflito, um antagonismo de interesses no campo dos opostos.Logo surge a guerra! Dela participais porque viveis na natureza

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    da morte, porque tendes desejos no campo de nascimento sideral. E assim, os seres humanos prendem-se fortemente uns aosoutros na dana infernal, na prpria perdio. Cumpre-se umalei natural. Ora eles esto no forno e so torrados, ora esto forado fornoparaassar e torrar a outrem. Apolnio de Tianaprocurafazer-vos ver a estupidez disso.

    Por queadualidadedospeixesentoa louvor a Deus? Por causada via-crcis do amor! Como deveis entender isso? Da seguintemaneira:

    Tomai a Primeira Hora do Nuctemeron como vossa base. Suponhamos que estejais na calma e na unidade da Primeira Hora.Ento sabereis, seja l como for, que cada desejo que possui a qualidade e a natureza do campo de nascimento sideral evoca umoposto, e, assim, originam-se a inimizade e o fogo infernal. tambm evidentequej no alimentareis esses desejos, j no o s atia

    reis e mproporescadavezmaiores e,portanto, osneutralizareis.Vs vos elevareis, em orientao superior, vida libertadora daalma. Quem faz isso passa, so e salvo, atravs de quaisquer profundezas do inferno. Ele encontra a harmonia que provm doequilbrio dos opostos.

    Quando vos tornais sem desejos no tocante a tudo o que pertence ao campo de nascimento sideral, ento, no decorrer de

    vossa vida, cada fora sideral de que necessitais, devido a vossoestado biolgico, vem a vs. Sem que invoqueis uma oposio!Outra lei natural assegura isto quando arma: Buscai, em primeiro lugar, o reino de Deus e sua justia, e todas essas coisas vossero acrescentadas.

    Bem,suponhamosquejvosencontreisnaausnciadedesejose na via-crcis do amor e aparea um inimigo, isto , um inimigo

    natural, visto que, segundo a natureza, cada ser humano da dialtica vosso inimigo. Ele quer queimar-vos com a orientaode seu desejo, ele obrigado a faz-lo em razo de seu ser. Issosignica que, em vosso caminho atravs do campo de nascimento

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    sideral, quase que diariamente sois confrontados com as farpasinflamadas do grande fogo. Compreendeis que cada ser humanoassim age, obrigado a agir, devido a seu estado de ser. Percebeisisso perfeitamente.

    No entanto, por vossa ausncia de desejos, j no podereis serarrastadospara o fogoe tambm no o atiareis paraosoutros. Eleest diante de vs. Ele procura, pelo medo, ou por outro modoqualquer, induzir-vos atividade. Contudo, a nica atividadeque agora parte de vs o grande amor da via-crcis das rosas,o princpio de vida do mundo da alma, a grande compreensocompassiva do prximo, da situao do prximo. Para vs j noexistem oposies. Para vs h somente a fase da via-crcis a travessia pelo deserto atravs do campo sideral, pois estaisvoltados para o mundo do estado de alma.

    E assim prosseguis, amais vossos inimigos, e todos as oposi

    es desaparecem; encontrais a grande harmonia. O lho deDeus, a almavivente, tomouseu lugar junto avossoestadosideral.Ingressastes nos cnticos da Segunda Hora:

    Mediante a dualidade, os peixes do zodaco entoam louvora Deus.

    E assim, ainda resta examinar a segunda parte:

    As serpentes gneas entrelaam-se em torno do caduceu, e orelmpago torna-se harmonioso.

    Dissemos h pouco que o candidato, quando permanece sobreo tapete em orientao inequvoca, obtm o autodomnio e

    que, por meio dessa unidade com o ser, os demnios no ser perdem sua maldade e ira. Isso signica que quando o candidato,mediante o autossacrifcio do eu dialtico, segue o verdadeirocaminho joanino atravs do deserto, produz-se um alinhamento

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    de todas as correntes magnticas que atuam no ser dialtico. Astenses magnticas, com todas as suas consequncias to naturalmente presentes na vida dialtica, desaparecem. Por um lado,a totalidade da fora de tenso magntica acumulada no ser aural harmonizada e colocada a servio do candidato. Por outrolado, essa fora de tenso magntica ordenada ou afastada dosistema, demodoque, no nal, nada permanea almdaunidade.A amargura e a ira desaparecem completamente.

    Aps essa ordenao e preparao, o candidato ingressa na Segunda Hora, na qual ele confrontado direta e conscientementecom o mundo astral da natureza comum onde vive e respira emrazodesuanaturezadialtica. Nesse campo, ele deve aprender a

    vencer oque tipicamente inerente naturezadialtica, asaber,as amadas foras gmeas da natureza, os pares de opostos.

    O candidato soluciona agora os grandes problemas relacio

    nados com isso seguindo uma via-crcis. Aqui ele se encontratotalmente voltado para o signicado simblico do signo de Peixes do zodaco. Nesse smbolo, o homem natural, inteiramenteaprisionado e ardendo no fogo sideral, encontra-se ligado aohomem divino, ao Esprito, que livre de todas as aflies terrenas. A ligao entre ambos realizada pela cruz do amor divino,isto , pela radiao da Divindade. O candidato, mediante ver

    dadeiro amor impessoal, universal, pode atravessar ileso o fogosideral.Esseamortorna-seviventecombasenaausnciadedesejosegundo a natureza.

    O fogo sideral desejo, desperta desejo, e cada desejo despertae possui um oposto. Se nele mergulhais, ento seguis pelo infernoda natureza comum. H apenas um anseio, uma diretriz volitiva,pela qual o candidato pode ascender, visto que o ser humano

    nascido da natureza nada mais pode fazer! o anseio pelo outroreino, pelo novo campo astral, o profundo anseio pelo homemdivino com o qual ele est ligado pela harmonia de Pisces, que ocontnuo entoar louvores Gnosis.

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    Se a diretriz da Primeira Hora trouxe ordem ao sistema magntico, ento a diretriz da Segunda Hora trar, em anseio profundo, o autoesvaziamento pelo autossacrifcio alma divinapormeio do caminho joanino, que se torna possvel mediante o: necessrio que ele cresa e eu diminua. Em decorrncia desseacontecimento, as serpentes gneas entrelaam-se em torno docaduceu, e o relmpago torna-se harmonioso.

    Na Doutrina* Universal, as radiaesdo fogosideral so indicadascomoserpentes gneas, comomovimentosqueseassemelham forma do relmpago. O caduceu representa a coluna vertebral,e nele circula o fogo* serpentino, o fogo sideral, o animador doser humano, o fogo que o impele atravs da vida. No caduceu eao seu redor se realiza continuamente toda espcie de processosgneos. O fogo sideral multiforme dos pares de opostos disparasuas farpas flamejantes ininterruptamente no fogo serpentino

    do ser humano e, por meio desse fogo serpentino e do sistemanervoso correspondente, todas as influncias so conduzidas portodo o sistema. O observador atento v que a totalidade do caduceu est envolvida continuamente por um espectro multicorde flamas de radiaes siderais, s vezes de cor branca, viva e res

    plandecente, s vezes de cor vermelha escura e de vibrao pesada.E o ser humano contorce-se nesse arco infernal de fogo. Ele

    obrigado a reagir.Contudo, quem segue seu caminho em orientao inequvocae faz com que a ordem se estabelea em seu estado magntico,caminha sossegado e ileso atravs do arco infernal da vida dialticaporque,emautossacrifcio,seencontravoltadoparaaelevadae nica meta da liao divina, isto , para o despertar da alma,para o renascimento da alma mediante a via-crcis das rosas.

    Ento realiza-se grande milagre. A agitao convulsiva desaparece do ser e da vida. Grande quietude interior desenvolve-se, aqual esclarecida pela intensa transformao que se produz nosprocessos gneos siderais no caduceu e a seu redor.

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    As serpentes gneas entrelaam-se em torno do caduceu, e orelmpago torna-se harmonioso.

    Sim, pois as foras siderais da Gnosis, as foras do reino da alma,domundodaalma, dasexta regio csmica, comeamagovernaro caduceu. E assim surge um fogo claro, brilhante, uniforme esereno, uma flama tranquila e inextinguvel, pela qual todo o ser alimentado harmoniosamente.

    Nessa harmonia interior, o candidato ingressa na TerceiraHora.

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    As serpentes do caduceu de Hermesentrelaam-se trs ezes,

    Crbero escancara suas trs bocarras,

    e o fogo entoa louvora Deusmediante as trs lnguas do relmpago.

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    Quando a flama serena, proveniente da ausncia de desejo segundo a natureza, tornou-se um fato e o candidato avana pela

    via-crcis das rosas, ele deve tornar-se um cavaleiro do SantoGraal, isto , um guerreiro, um obreiro a servio da luz universal. Para tanto, ele precisa primeiro fabricar sua arma, sua espada.Ele possuir essa espada pelo correto preparo interior do cadu

    ceu, da coluna do fogo serpentino de seu ser. Essa coluna de fogoespiritual, esse caduceu, possui trs canais. Quando consideramos os dois aspectos do simptico* nesse processo, vemos que ofogodescepor umdoscordespara, emseguida, subirpelo outro.Desse modo o caduceu protegido pelo novo fogo e recebe aoportunidade de, nesse entrelaamento, preparar-se completamente para o grande processo de transgurao que acontecer

    depois e de sintonizar todo o ser com esse processo, armando-seassim contra Crbero.Na mitologia, Crbero descrito como um co tricfalo do

    inferno. Outras fontes descrevem-no como possuindo cinquentacabeas, cauda parecida com a de um drago, crista de cem serpentes, saliva e hlito venenosos. Seu latido faz o inferno estremecer.Ele denominado o guardio do portal, o vigia na outra margem

    do Estige. Dentre as muitas lendas que os sculos teceram sobreCrbero, escolhemos uma, a que arma que os vivos que desejampassar para a outra margem do Estige devem possuir o basto deMercrio. Aqui feita uma referncia ao caduceu de Hermes.*

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    O candidato temdeprovar quesuaarma, sua espada de cavaleirodo Graal, tornou-se sucientemente forte.

    Um candidato aos mistrios trilha a senda una com o objetivonico de participar do mundo da alma, do novo campo de vida,para estar livre dos grilhes da natureza da morte. E por issoele quer atravessar o Estige. Mas a dialtica no permite a umser humano seguir assim to facilmente. O que foi construdo econservado durante milhes de anos na natureza da morte nopode desaparecer de modo to repentino!

    Crbero o smbolo do ser do pecado que se oculta, qual umaserpente, no ser aural e que, em virtude das leis dos processosmagnticos, nalmente se impe aoaluno, antesdedesaparecer e

    permitir queocandidato atravesse. Comanoo ser do pecadono se deve pensar em um fantasma, no resultado das aes ecrimes terrveis dos predecessores em vosso microcosmo, mas na

    soma de tudo o que manteve vossos predecessores e mantm avs mesmos aferrados natureza da morte. Pensai to-somenteno medo existencial, no medo inerente a todos os seres humanosem sua luta pela sobrevivncia. Este apenas um dos aspectos deCrbero. Precisais compreender perfeitamente qual a aparnciade vosso Crbero, para que saibais, a cada hora, se por vosso caminhar na senda j vos tornastes fortes o bastante para transpor

    essa serpente do passado.Contudo, Crbero em grande parte nada mais do que iluso.Eleapenasoespelhodopassado. Quandoegaromomentoemque tudo o que esse espelho mgico reflete, seja em vosso crebro,seja em vosso corao, j no afetar-vos, podereis dissolver emnvoa essa gura ilusria por meio das trs lnguas do relmpagode vosso fogo serpentino renovado.

    Crbero escancara suas trs bocarras, assim est escrito na Terceira Hora. Crbero o smbolo do ser do pecado do homemque, semelhante a uma serpente, se encontra oculto no ser aurale se projeta continuamente no caduceu do ser humano vivo e

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    impe-seaocandidatodeconformidadecomas leisdas radiaesmagnticas. Porm, quando nos mistrios gnsticos, o candidatorenovouseuprprio caduceu de modo trplice (o caduceu possuitrs aspectos), ento preciso vericar se o candidato se encontra forte o bastante para atravessar a sombra do passado e suagarra, a m de neutraliz-la e aniquil-la. Portanto, Crbero simplesmente o estado fundamental do ser humano dialtico, a soma do passado no presente. Se vosso hoje vivente situa-sena Gnosis, ento lgico que esse fato se comprove eletromagneticamente, e evidente que, em certo momento, ele entrar emforte conflito com a fora nuclear do passado. Ento se vericarquem o mais forte.

    Crbero, a fora nuclear do passado, que evidentemente controla e governa vossa condio de nascido desta natureza, logicamente , com razo, o guardio do portal na outra margem

    do Estige. Cada peregrino que est a caminho do Pas dos Viventes tem de passar por esse guardio. Passar por ele signica:aniquil-lo mediante a extino completa do passado e o estabelecimento de um novo incio em todo o microcosmo, o incio dohoje vivente.

    Seria bom que livrsseis as realidades relacionadas com tudoisso de todo o romantismo e de todas as histrias de horror sobre

    os guardies do umbral e ans. Pois como dissemos anteriormente cada radiao magntica possui uma estrutura queaparece no campo de respirao como uma imagem, como umagura que se apresenta frequentemente sob um aspecto mais oumenos assustador. Quando semelhante imagem surge no campode respirao de um aluno, e este est de posse do caduceu verdadeiramente novo, ento, a influncia magntica mencionada

    transformada imediatamente em outra vibrao pela radiaodo caduceu. Dessa forma, assim diz o Nuctemeron, todos osdemnios todas as formas grotescas no campo de respirao desaparecem e entoam louvor a Deus.

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    Resta ento a foranuclear aindapresentenoser aural, daqualpartiram e ainda partem todas as influncias magnticas. Porm, essa foranuclear, Crbero, dever tambm ser expulsa, vistoque Crbero a ave para a fronteira extrema da stima regiocsmica.

    Por conseguinte, se algum candidato quer passar da stimapara a sexta regio csmica, ele deve confrontar-se com Crbero,que escancara suas trs bocarras para devorar o peregrino quese aproxima e, dessa maneira, devolv-lo regio a que pertencedevido a seu nascimento natural.

    Quando, portanto, falamos sobre vosso e nosso Crbero e suaatuao como nosso opositor, tendes de pensar em um caminhoque todos temos de percorrer, em uma resistncia que todos temos de romper. Quando nos armamos com a espada do caduceurenovado, devemos em seguida averiguar o campo de batalha,

    o lugar do confronto, e analisar os meios com que Crbero seapresenta para opor-se a todos os que desejam passar por ele.Estamosconvictosdequeoguardiodoportal do microcosmo

    vos aparecer sob uma luz totalmente diferente quando refletirmos sobreseusmeiosde luta. Talvezestejais propensosacrer que,para poder passar por ele, tereis de dispor de grande medida deesprito de luta em sentido dialtico e, por outro lado, possuir

    grande medida de pureza. No entanto, compreendereis que, parater sucesso, h necessidade de algo mais e que tendes de ponderarsobre as autocorrees mais evidentes a serem feitas.

    Em primeiro lugar, devemos indicar mais uma vez o fantasmado medo, que vos mantm aprisionados em razo de vosso nascimento natural. A ansiedade prpria da natureza dialtica.Tendes ansiedade por causa de vossa sade, de vossa posio so

    cial, de vossas posses, de vosso marido, mulher, lho, de todos osacontecimentos que possivelmente possam interferir em vossavida. Por medo fazeis coisas que no devereis fazer e deixais defazer muitas outras que devereis fazer. Ansiedade, preocupao

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    e medo deixam-vos em frangalhos. Isto , se desejais trilhar asenda, se quiserdes tecer a veste gnstica.

    Para o candidato, Crbero o maior obstculo no caminho, a causa pela qual repetidamente ele busca um compromisso como mundo. E quando j no h medo dos obstculos no mundo,desenvolve-seaansiedadedequeaveste* ureanupcial no possaser tecida. Crbero despertar, seja de que maneira for, a ansiedade no candidato. Por receio de perder a Gnosis, o candidatopode tornar-se um fantico, que o exemplo tpico do ser humano que persevera em algo em razo de um medo duplo: medode participar e medo de no participar. A loucura do fanatismode semelhante ser humano circula em seu fogo serpentino.

    Portanto, para banir esse medo preciso muitssima perseverana e persistncia. Por isso, preciso ter passado de maneiracorreta pelaSegundaHora. A cruzdoamor deve ser carregada de

    tal maneira que esse amor vos torne fortes, para que toda a aoou no ao seja realizada de maneira correta em sua fora e paraque tudoenfrenteiscoma tranquilidade interior que esse mesmoamor concede. Enquantoesseamor aindano estiverperfeito em

    vs, Crbero vos manter a passagem feada, e isso to-somentepelo medo, que ainda est presente em vs.

    Libertar-se de ansiedade, preocupao e medo tambm a ta

    refa que o Sermo da Montanha prope ao candidato. Isso noquer dizer: neutralizar e vencer no mundo dialtico todos os medos, preocupaes e ansiedades, pois isso impossvel, porqueeles so inerentes dialtica. Por conta das leis naturais, eles aparecem em vossa vida. No, deveis elevar-vos acima deles na forae na luz do outro reino.

    A supercialidade de muitos contos, lendas e mitos est no

    fato de o cavaleiro vencer o drago mediante coragem cultivada.Mas de modo algum se trata de coragem! Quem consolida emsi mesmo a luz do outro reino eleva-se acima de qualquer medo.O medo desaparece de sua vida. Passar pelo guardio do portal

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    mediante luta violenta e demonstrao de grande valentia e coragem est fora de questo.

    Outro aspecto de Crbero em vs o dogma. Um dogma uma doutrina. Existem inmeras doutrinas. A Gnosis pode serexplicada, descrita e denida doutrinariamente. Essas doutrinasso necessrias para ter-se um ponto de partida e seguir determinado caminho. Todos os grandes do Esprito tambm deramao mundo, alm de tudo o mais, doutrinas. Todas elas tinhamumaspectodogmticoenosderamumprograma fundamentado.Tambm a Rosacruz urea, como no podia deixar de ser, transmite uma doutrina, extensamente esclarecida com o auxlio daliteratura. O candidato que traz esta doutrina na cabea e nocorao tambm a xa no sangue e veste-se completamente coma roupagem da doutrinao. Essa doutrinao preene toda asua vida.

    Contudo, pode ser que nessa situao, sobre essa base, Crbero tenha o candidato fortemente sob seu poder. O candidatoconsidera-se um gnstico por excelncia. Pois no verdade queseus semelhantes o estimam muito? Com que elegncia e clarezaele sabe expor a doutrina, como ela formulada corretamente,bem pensada, esclarecida com pureza losca.

    Noentanto,aquiespreitaograndeperigo!Umadoutrinaum

    programa, e um programa existe para ser realizado. E o executor muitssimo mais que um conhecedor do programa. Algumpode ser um mau conhecedor do programa, porm um excelenterealizador. Por isso, o candidato corre o perigo de car preso nadoutrinao. Deixar o mundo sufocar-se em doutrinao umattica, um mtodo de Crbero.

    E precisamente nisso que consiste o declnio da teologia, da

    igreja, que em sua maior parte nada mais que um institutodoutrinrio. Em um de seus aspectos a Gnosis original veio aoser humano como uma doutrinao, como uma doutrina absolutamente pura. Houve pessoas que se consolaram com essa

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    doutrina e sorveram-na como um nardo. Em seguida, sarampara pregar a doutrinao. Algumas escreveram livros para divulgar a mensagem e lev-la aos que no estavam em condiode alcan-la pessoalmente. A gerao seguinte baseou-se nesseslivros. Surgiram universidades, grandes escolas, a m de ensinaressa doutrinao. E os dogmticos reuniram-se para revisar e corrigir asdoutrinas, a mdeadapt-lasaomundo, civilizao, aosconhecimentos e desejos dialticos existentes. O medo distorceua doutrina. As doutrinas tornaram-se confusas e se contradisseram. Ficaram reduzidas a fragmentos. E um grupo disse: Este o fragmento correto! Outro grupo buscou sua salvao nosegundo fragmento. E assim surgiram as universidades das divergncias. E todo esse dogmatismo de sculos estabeleceu-se nosangue e no fogo serpentino do ser humano. Crbero mantm ahumanidade rmemente em suas garras devido aos instintos dog

    mticos do passado. No existem, dentre os candidatos da sendadasalvao, muitosqueprecisam lutar desesperadamenteconsigomesmos, porque o instinto dogmtico herdado no concordacom o programa e a losoa da Gnosis?

    Como podeis libertar-vos das garras do dogma? Colocandoo dogma que escolhestes como um programa de vida e executando-o com todo o vosso ser. Desse modo careis logo sabendo

    se ele um dogma morto ou vivo e se ele vos conduz para oobjetivo a que se prope.Se cardes presos ao dogma, sem fazer mais nada, e de tempos

    em tempos trocardes um dogma por outro, ento vossa vida car povoada de dolos. Permanecereis ento acorrentados nocrcere. Todas as vossas esperanas dogmticas se mostraro inteis e afundareis no pntano das decepes. Crbero, vosso ser

    do pecado, ter ento triunfado pela ensima vez.

    Candidato, aprendei esta lio:Recebeis a doutrina para realiz-la.

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    Realizai-a, e estareis livre do dogma.Ento vs mesmos vos tornareis o ensinamento.E sobrepujareis vosso Crbero!

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    Na Quarta Horaa alma regressa

    da isita aos tmulos.

    o momento em queas lanternas mgicasso acesas nos quatro

    cantos dos crculos.a hora dos sortilgios

    e das iluses.

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    O candidato escapou das trs bocarras de Crbero. Os perigosdomedo, dodogmatismoeda idolatria foramneutralizados pelocandidato mediante as trs lnguas do relmpago, mediante afora trplice do caduceu renovado. E agora ele confrontadocom a Quarta Hora do Nuctemeron:

    Na Quarta Hora a alma regressa da isita aos tmulos.o momento em que as lanternas mgicas so acesas nosquatro cantos dos crculos. a hora dos sortilgios e dasiluses.

    Se acompanhastes com ateno at este ponto nossa viagem investigativa,compreendestesqueocandidatoaosmistriosuniversais

    deveprovar,aoingressarnaquartahoramgica,sedefatocapazde seguir como homem autnomo o caminho da grande e mgicaautolibertao.

    Foi para isso que ele se preparou. Ele satisfez s exigncias elementares e desimpediu todos os caminhos para a grande viagem.Crbero, o guardio do portal, afastou-se para o lado. O candidato passa pelos portais, pois agora est livre para faz-lo. Todas

    as foras libertadoras esto concentradas nele. Agora ele precisamostrar que uso far delas.Supondequeestasejavossasituao:estaispreparadosparaavi

    agem. Vossas roupas esto prontas, e dispondes do dinheiro para

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    realiz-la. Conheceis o alvo da viagem. Em princpio, nada maispoder atrapalhar-vos o caminho ou opor-vos resistncia. Noentanto, em vossa viagem pelos mistrios universais, no sereisembalados, transportados e entregues no destino. Ou, falandode maneira romntica, no sereis levados para o alvo como queem asas de anjos com msica e cntico de salmos. No, equipados com todas as possibilidades e foras, vs mesmos tendes deestabelecer a direo passo a passo. Vs mesmos tendes de tomar a deciso no tocante a cada detalhe do plano de viagem. Porconseguinte, as novas faculdades tm de ser utilizadas, testadas,e tendes de aprender a manej-las na prtica. Assim, a viageminteira depender de vossa prpria avaliao.

    Se possus crebro, tendes de utiliz-lo; se possus corao, tendes de faz-lo irradiar. Assim, todas as faculdades do estado dealma capazes de libertar a humanidade devem ser colocadas em

    prtica. Essa a razo pela qual muitas diculdades no desenvolvimento do candidato somente principiam depois de ele terpassado por Crbero. So diculdades que resultam da inexperincia da fase inicial, da fragilidadedonovo estadodenascimento.E repetimos: a totalidade da viagem a ser iniciada agora deve basear-se na nova faculdade de avaliao. Ningum, a no ser vsmesmos,deverdecidirsobreoquedeveisfazeroudeixardefazer

    na Quarta Hora; vs mesmos tendes de avaliar, tomar a decisoe execut-la. A voz de todos os vossos irmos e irms silencia naQuarta Hora.

    egado o momento em que as lanternas mgicas de umestado de avaliao autnoma so acesas nos quatro cantos doscrculos, e deveis atentar se a alma, aps ter visitado os tmulos,deles regressa de fato. Por tmulo devemos entender aqui a natu

    reza da morte, que, com todas as assim amadas manifestaesde vida, , em essncia, gigantesco cemitrio. Nela nada existe que,em realidade, no seja efmero. A vida da dialtica, com todos osseus aspectos, uma sepultura terrvel.

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    A Quarta Hora deve agora comprovar, pois, se o candidato,que em princpio j est equipado de maneira fundamental paraa grande viagem, que j preparou tudo para ela, tambm j sedespediu de fato e no mais amplo sentido da imensa armadilhada dialtica.

    Essa sepultura mais complicada do que o candidato possaimaginar primeira vista. Ela no somente possui os aspectosmateriais grosseiros, mas abrange tambm muitos estados de serextremamente renados e cultivados. E quando venceis o que grosseiro e o m aisbanal, o renado, oveladoeoseleto atacam-vos.Quem ingressana Quarta Horavivenciaa hora dos sortilgiosedasiluses. Justamente ento ele precisa urgentemente das lanternasmgicas nos quatro cantos dos crculos.

    Os crculos de que se fala aqui tambm podem ser indicadoscomo esferas ou crculos de vida. O estado de vida dialtico, em

    sua totalidade, abrange diversas esferas ou crculos de vida emque se manifestam vrios estados de ser. Pela expresso esferarefletora compreendemos todos esses diferentes crculosdevidae os processos que neles se manifestam.

    claro, pois, que quando o candidato enceta sua viagem e seeleva,porconseguinte,acimadaesferamaisgrosseiradoreinodosmortos, ele deve em seguida atravessar todos os outros crculos

    da natureza da morte, em vivncia consciente e triunfante. Paratanto, ele deve colocar em cada crculo de vida pelo qual almejapassar as quatro lanternas mgicas, para que, na luz qudrupla daavaliao mgica, ele possa eliminar o sortilgio e a iluso de cadaum desses crculos de vida.

    Apolnio de Tiana indica aqui, portanto, um processo mencionado em todas as escrituras sagradas e na Doutrina Universal

    de todos os tempos. Pensai, por exemplo, na viagem da Pistis*Sophia: em seu retorno para o Dcimo* Terceiro on, ela nopode omitir nenhum crculo de vida. Em cada crculo que elaatravessa, os ons e foras tentam det-la ou aprision-la.

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    Pensai na viagem de Dante, em A divina comdia. Ao iniciara angustiante viagem, ao encetar sua viagem pelo inferno, eleencontra-se em uma floresta tenebrosa. Imediatamente precisaapelar para as faculdades de seu prprio estado de ser, e assim serecupera de um ataque de medo:

    Mas depois que eguei ao p de uma colina,L onde terminava o aleQue me havia compungido de medo o corao,

    Olhei para o alto e i sua encostaVestida j dos raios do planeta

    Que reto conduz o homem por todas as ias.

    Ento aquietou-se um pouco o medo

    Que, no lago do corao, me havia duradoToda a noite, passada com tanto pesar.

    E como algum que ofeganteEmerge do plago e atinge a praiaVolta-se para a gua perigosa e a encara,

    Assim meu nimo, ainda fugindo,Voltou-se para contemplar de novo o passoQue pessoa alguma jamais deixara com ida.

    E de Jesus, o Senhor, foi-nos dito que morreu, foi sepultado,desceu ao reino dos mortos, ressuscitou, ascendeu aos cus ouingressou em sua ptria.

    Esse o caminho universal de cada candidato. Por isso descritademaneiralgicaparans,na QuartaHoradoNuctemeron,

    Dante. A divina comdia, Inferno, Canto , .

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    essaviagem pelo inferno, essa mara atravs de todososcrculosda natureza dialtica.

    A seguir, precisamos ainda deter-nos nas quatro lanternas magnticas que so colocadas nos quatro cantos de cada crculo aser ultrapassado. Essas quatro luzes formam naturalmente umquadradomgico, um tapete, umabasedeconstruo, uma aveabsoluta. Conheceis o quadrado mgico universal do tapete daRosacruz: unidade* de grupo, orientao inequvoca, ausnciade luta e harmonia em todas as manifestaes de vida.

    O quadrado mgico da autoavaliao enobrecida, no qual seaa a fora para passar por todos os sortilgios e iluses doscrculos, consiste em:

    . razo pura,

    . vontade pura,. sentimento puro ou corao puro. e ao pura.

    A avaliao absoluta depende de estardes perfeitamente rmesna Gnosis e orientados para ela sem vacilaes. Vossa vontadeno deve querer outra coisa seno o que a Gnosis quer. Vosso

    corao somente deve amar o que a Gnosis deseja que o coraoame.Vossavidadeaesnodeverealizaroutracoisasenooqueest em harmonia com a razo, com a vontade e com o corao.

    Essas so as quatro luzes da magia que, em cada crculo devida, em cada passagem, devem envolver o candidato. Sabe-se queforas poderosas se encontram ocultas na razo, na vontade e nocorao. Quando, impelidos por essas trs foras, o ser humano

    passa ao, realizao, ele ca ligado aos resultados da ao,que o detm at ele ser capaz de aniquilar novamente a aoe suas consequncias. Por isso, compreendereis a necessidadeurgente de pr em prtica a magia gnstica das quatro luzes. O

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    conhecimento e a experincia pertinentes a isso no caem do cu.Eles devem ser conquistados! Eles devem provar se a alma, defato, em todos os aspectos, regressou da visita aos tmulos.

    Por m, consideremos ainda os sortilgios e as iluses. Sotambmquatroemnmero, ordenadosemquatro rubricas, comosombras projetadas ou imitaes das quatro luzes mgicas.

    A primeira imitao a que aparece frequentemente nos crculos de vida mais sutis da natureza dialtica: a mistura da verdadecom a mentira, da realidade com a aparncia, mediante a qualuma segunda inteno, uma orientao egocntrica, um desejo

    proveniente da natureza da morte envolvido com uma bela linguagemecomvestidura daverdade, a mdeconseguir ser ouvidoe realizado.

    A segunda imitao o veneno dos falsos ensinamentos, oveneno mortal de cobra. A absoro desse veneno por um ser

    humano, bebendo-o ou injetando-o, faz com que ele que agrilhoado natureza da morte.A terceira imitao a do amor. O amor, em todos os seus

    aspectos, mesmo no mais renado, mesmo naquele classicadocomo desapaixonado, nito. O que queremos dizer com isso que um assim amado relacionamento sentimental na naturezadialtica tambm est voltado para o eu, para a autossatisfao

    e a autoconservao, para a explorao, a relao entre senhore escravo, a ostentao. um amor, uma condio sentimental,que nada tem a ver com a natureza do amor, com a esfera deamor da alma. A quarta imitao a especulao, a irreflexo,a irracionalidade, a ao espontnea negativa sem fundamento,sem a razo, motivadas por tendncias ou influncias.

    Essas quatro imitaes ameaam cada candidato em sua via

    gem de alma atravs dos crculos da natureza da morte. Contudo,se ele souber conservar acesas suas quatro lanternas mgicas erealmente tiver regressado da visita aos tmulos, nada podercausar-lhe dano.

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    Aoz das grandes guasentoa louvorao Deusdas esferas celestiais.

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    Estamos seguindo o candidato aos mistrios libertadores em suaviagem pela esfera refletora. Tal como a Pistis Sophia, ele atravessou todas as esferas dessa regio mediante o uso das quatrolanternas mgicas, que soube manter acesas, de modo que todosos sortilgios e iluses da esfera dialtica no puderam ret-lonem prejudic-lo.

    E assim ele adentra a Quinta Hora, o quinto perodo de seucaminho de desenvolvimento. A Quinta Hora a hora davitria,a hora da libertao completa de todas as influncias, foras easpectos da dialtica, tanto em relao esfera* material comotambm em relao esfera refletora. Apenas agora possvelfalar-se de uma nova gnese humana, de um nascimento verdadeiramente novo, da estrela quntupla de Belm, da verdadeira e

    profunda paz interior.Para o candidato que se aproxima de uma escola* espiritualgnstica, essa situao inteiramente nova no se encontra em umfuturo longnquo. Essa situao no aparece somente quando eleselibertadamorteedetodaacorporalidadedialtica,poisoNuctemeron quer informar-nos que possvel alcanar esse estadode ser enquanto o aluno ainda dispe completamente de sua per

    sonalidade nascida da natureza, contanto que essa personalidadenascida da natureza se tenha tornado perfeitamente joanina etenha ingressado no estado de nascimento da alma mediante oestado de ausncia do eu.

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    precisamente desse tipo de seres humanos que a Fraternidade* Universal necessita, eles so os verdadeiros ceifeiros. Sereshumanos que esto no mundo, mas que j no pertencem aomundo. magnco saber-se acolhido nos braos acalentadoresda Fraternidade e ser guiado, passo a passo, para o mundo doestado de alma vivente. glorioso poder deixar denitivamenteeste vale de lgrimas terreno aps o nascimento da nova alma,porm ainda mais glorioso o fato de poder partir, como servidor,para o grandecampodecolheita, sabendoqueacolheita serabundante.

    Quando dito, no simbolismo evanglico, que a estrela deBelm brilha sobre a gruta da natividade, sabemos que isto serefereaesse tipo de servidor dahumanidade, asemelhante Filhodo Homem. Semelhante ser humano possui a caracterstica daQuinta Hora do Nuctemeron. Ele um homem-alma vivente

    na gura de um corpo joanino, descendo na natureza da mortepara realizar sua tarefa. Ele permanecenascorrentesvitais davidauniversal eassimila a s g randes forasvitaisquesustentam e levamadiante a condio de homem-deus. Todas essas correntes de

    vida tm apenas uma voz, a saber, a voz do nico e grande planodivino da manifestao universal. O homem-alma escuta a vozdas grandes guas.

    Quem ingressa na Quinta Hora da vitria ouve a msica celestial da vida universal, o som primordial do universo, que aFraternidade dos Ctaros* exprimia em seus hinos mediante ascinco vogais: ----. So as cinco vogais da Quinta Hora que,como a voz das grandes guas, entoam louvor ao Deus das esferas celestiais. Essas cinco vogais abrem as fronteiras da Cabea*urea e compelem os efsios* a entrar.

    Nessa hora da vitria, nessa hora do nascimento, o candidatodeveantesdetudorefletirprofundamentesobreoqueeledeixoupara trs e sobre o que se encontra a sua frente. Tal reflexo necessria, porque o passado sempre conserva certos vestgios

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    em um microcosmo. Apagar o passado, aniquilar o carma, nosignica perd-lo totalmente. Quer dizer somente expi-lo, sobrepuj-lo. Todavia, em certo sentido, ele sempre permanece namemria do microcosmo. Com efeito, sempre podeis evoc-loem vossa lembrana. Essa lembrana pode ser uma tendnciaou uma influncia quando est relacionada a predecessores nomicrocosmo.

    Contudo, independente disso, agoraocandidato ingressouemnovas regies, e, com base em novas possibilidades, descortina-seum futuro completamente novo.

    Em sua reflexo sobre a Quinta Hora, o candidato deve decidir-se agora a pr um m denitivo ao passado, embora esteesteja disponvel e possa ser vivicado novamente. O candidatodeve ingressar na nova terra e explor-la unicamente com baseemsuasnovaspossibilidades. Talvez algunsexemplos tornem isso

    mais claro, visto que situaes semelhantes tambm ocorrem emnveis mais inferiores na vida dos alunos, como uma previso daQuinta Hora.

    Suponhamosqueocandidato, comoser humanoamadurecido,com vasta experincia de vida e muitas obrigaes, ingresse, emdado momento, em uma escola espiritual gnstica e ali seja encarregado de um trabalho qualquer. Animado com as melhores

    intenes, ele estar inclinado a aplicar, tambm em uma escolaespiritual, os mtodos e hbitos antigos de vida que se mostraram teis e produziram bons resultados. Contudo ele vericarque esse mtodo sempre tem resultados negativos em uma escolaespiritual.

    Quando, pois, na hora da vitria, o candidato examina seupassado, ele v toda uma srie de fraquezas tipicamente huma

    nas que antes preeniam sua vida, fraquezas que imprimiramseu selo em seu carter, que formaram sua personalidade, que determinaram sua conduta com seus semelhantes, bem como suasalegrias e suas tristezas.

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    Alm disso, eledescobrequenopassadosempre foi umjoguetedo destino. O destino, a dialtica, determinou seu caminho de

    vida. Em seguida, o candidato v nitidamente por que o destino,nesse perodo, tomouemmosas rdeasdesuavida, vistoquediae noite ele se ocupou com as prticas, com as foras da dialtica.Desdeahoradeseunascimento dialtico at o momentodoamadurecimento na vida, cada ser humano preparado, sintonizado

    para participar da vida dialtica, para familiarizar-se com os hbitos e as foras da prtica de vida dialtica. Portanto evidente emesmo inevitvel que essas foras mantenham um ser humanocativo, que o dominem e governem.

    Certos hbitos e prticas de vida so to renadamente inteligentes, to engenhosos, to poderosos mental e astralmente, toecazes na natureza comum, que preciso resistir tentao deaplic-los tambmnonovo estadodeser. Emsua retrospeco, na

    Quinta Hora, o candidato deve tomar a resoluo de no aplicarno novo estado de vida nenhum, mas nem um sequer, dos hbitos ou mtodos de vida antigos. De sua viso retrospectiva ele sevolta, ento, para o novo hoje vivente e o futuro nele contido, ena hora da vitria ele toma em mos as novas armas e faz uso desuas novas possibilidades.

    O que elas contm? O candidato encontra-se nas correntes de

    vida das grandes guas universais, o que signica que um novofogo mgico o toca e traspassa, fazendo nele sua morada. A vozdas grandes guas nele canta com os cinco sons primordiais. Essescinco sons fundem-se.

    E agora ele extrai a quinta-essncia dessa consonncia, que ,na msica, o quinto tom da escala fundamental. Na magia, essetomomaisexcelente,omaisnobre,omaispoderosodessafora

    grandiosa, que agora sua. E assim ele se apresenta como umservidor na grande casa da interveno divina, a m de realizaras tarefas que o aguardam no campo de colheita. uma fora nuclear com a qual ele leva por toda parte, mesmo nas profundezas

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    abissais do inferno, a harmonia, a tranquilidade e a paz, a paz deBelm.

    Quemsabeepodeempregar essa foraj no precisa lutar,porquantoqualquer luta surgeda inimizade recprocaentre as forasgmeas da natureza dialtica. Quem j no vive dessas foras gmeas eleva-se acima de toda a contenda e um portador de pazsobre a terra para todososqueaindavivemnas trevas. Semelhanteser humano leva o vcuo do novo estado de alma natureza damorte, de modo que nesse vcuo os abatidos e os feridos possamser santicados, possam ser curados. Nos mistrios isso denominado o casamento dos opostos. A alma, quando experimentaesses opostos: bem e mal, luz e trevas, alegria e tristeza, amor edio equilibra-os.

    Ento, a alma, somente a alma, transcende a dialtica.

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    O esprito permanece impassvel,ele os monstros infernais

    mararcontra si e est sem medo.

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    Pudemos vericar que a Quinta Hora foi a hora da vitria, naqual o candidato aos mistrios gnsticos faz primeiro uma retrospectiva e se decide a j no empregar, sob nenhum pretexto, osmtodoseas forasdaantigavida,porque, seassim o zesse, essasforas outra vez automaticamente passariam a govern-lo.

    Em seguida, ele dirige os olhos para o futuro, quando podertomar sobre si sua tarefa como um servo de Deus e dos homens,equipado com foras completamente novas, isto , com as foras das grandes guas ou as foras do Esprito Stuplo. Aps tercomemorado sua vitria, ele encontra-se, pela primeira vez emseu caminho de desenvolvimento, como um ser humano completamente livre na natureza da morte. Somente agora se tornam

    verdadeiras para ele as palavras: No mundo, porm j no domundo.Muitos foram os msticos que tentaram dar uma soluo a

    essas palavras, fugindo literal e corporalmente do mundo. Ocultaram-se por trs de grossas paredes de mosteiros, em lugaresinacessveis de florestas virgens ou de montanhas e, como seisso no bastasse, procuraram ainda, no interior das paredes dos

    mosteiros, o isolamento em celas.Contudo, agora no se trata de paredes e celas em lugares isolados, porm de estar no mundo, no sentido mais amplo da palavra.Emmeioaestemundo,ocandidatodemonstrarqueumapea

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    ntegra e dinmica a servio do mundo e da humanidade, completamente mergulhado navidadanaturezadamorte para, dessamaneira, entrar em contato estreito com todos os que nela se encontram aprisionados. Assim, ele est no mundo, e, no entanto,no do mundo. Esse o segredo da arte hermtica.

    No ser do mundo no uma fuga do mundo ou uma inimizade pelo mundo e pela vida, mas estar no mundo, servi-loe, mediante os mistrios gnsticos, venc-lo interiormente, pormeio do nascimento da nova alma e do novo estado de conscincia. E assim, mediante um novo estado de ser, poder manter oesprito impassvel diante dos ataques e do domnio dialticos.

    Semelhante ser humano no tem medo. Em sentido gnstico,ele est enobrecido para o servio humanidade. Ele pode caminhar tranquilamente pelo mundo, pois, embora tenha de contarcom perigos, no os teme devido nova fora interior. Ingressar

    nessa liberdade superior e profunda deve ser o anseio mais elevadoeametadecadaalunodaEscolaEspiritual. Qualquer formadialtica de liberdade grande engodo, absoluta iluso e sempreuma forma de aprisionamento.

    Acompanhemos agora no campo dialtico esse servidor ou servidora dos seres humanos em seu caminho da verdadeira liberdade.

    Esse servidor ou servidora realiza sua tarefa por mandato da luzuniversal. Ele amado, em primeiro lugar, de rei-sacerdote.Seu sacerdcio deve estar claro para vs. Certamente ele serve aDeus e humanidade, e uma luz na senda para o buscador. Suarealeza deve ser compreendida no sentido clssico. Um rei, nosentidooriginaldapalavra,ummonarca,isto,umhomemquese tornou autnomo, um homem que, vivendo verdadeiramente

    o sacerdcio, alcana essa autonomia. No h poder algum, aforao da Gnosis, que esteja acima de seu poder. No h na naturezadialtica regio alguma que ele no possa penetrar para realizarsua tarefa.

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    Com certeza j lestes na escritura sagrada universal sobre arealeza da alma que foi libertada pelo Esprito. compreensvelque esse estado de rei-sacerdote seja necessrio para o obreiro doreino de Deus. Por conseguinte, esse estado de rei-sacerdote ,por exemplo, indicado como o de Melquisedeque, o misteriosolder de uma ordem excelsa, a Ordem de Melquisedeque.

    Melquisedeque a entidade que representa a mais elevadajustia divina e reside na justia do reino divino da paz. Por isso,ele denominado rei de Salm, o rei do reino da paz.

    Todos os que, na Sexta Hora de sua viagem para a vida universal, assumemsua tarefadeservirintegralmente so reis-sacerdotessegundo a Ordem de Melquisedeque, o que indica a elevadaautonomia e a inviolabilidade desse sacerdcio na natureza damorte.

    Deveis compreender bem que todo o candidato aos mistrios

    gnsticos que ingressou na ordem do estado de rei-sacerdote epassa a realizar seu trabalhoservidor temmais a fazer doque falare testemunhar sobre a vida libertadora do novo estado da alma.Mediante exemplo dinmico e vivo, mediante a construo deumcampode trabalho, ele deve estimular o buscador a tomar emmos o cajado de peregrino.

    Todavia, esse trabalho to-somente uma parcela relativa

    mente insignicante do que, em realidade, tem de ser alcanado.O campo de atividade ao qual o referido servidor deve dirigir-se to extenso que quase impossvel fazer-se ideia dele.

    Quem quiser compreender, mais ou menos, o signicado daSexta Hora, deve tentar lanar um olhar nesse campo de atividade para, de algum modo, ter uma noo de sua magnicnciae inviolabilidade. Vivemos em um mundo de fenmenos cujas

    causas, em sua maioria, se encontram ocultas. Portanto, quemquer realmente auxiliar uma criatura em sua caminhada atravsdo campo de existncia deve conhecer as causas mais recnditasda vida dessa criatura.

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    Todos os seres humanos possuem um carter distinto. Todoseles possuem tipos diferentes e assim, nas mesmas situaes, pensaro, sentiro e agiro de maneira muito diversa. As causas eos efeitos das atividades psicolgicas em todos eles so bastanteindividuais. Poderamos simplicar essas diferenas falando em:

    passado, carma, estadodesangue, fatoreshereditrios, raa, nao,condio social. Contudo, em verdade diramos muito poucocom essas palavras. Quando dizemos: o ser humano o produtodo passado, nada expressamos ainda sobre a natureza essencialdesse passado. extremamente necessrio sondar-se de maneiraperfeita algo desse passado.

    NaEscolaEspiritual, aproximamo-nosdesseproblemaquandodizemos que qualquer expresso de vida o resultado de certaradiao eletromagntica de natureza csmica. No entanto, tambm ainda assim nada dissemos do que se encontra por trs disso.

    No que se refere a seus intentos, os raios csmicos vm diretamente a ns ou no? Existem foras ou seres que os modicame desviam com segundas intenes? Existem talvez ainda outrosimpedimentos? Nopoderiaacontecer devrios reinosdevidaestarem interagindo, fazendosurgir, assim, todoo tipo de radiaessecundrias?

    Assim,podeisproporumasriedeperguntasecompreendereis

    que, quando na Escola da Rosacruz urea simplesmente dizemosque h uma radiao dialtica e uma radiao gnstica, estamosapenas balbuciando os primeiros rudimentos de uma cincia daradiao a ser investigada, por meio da qual todas as causas eestados de vida devem ser esclarecidos, antes que se possa falarrealmente de auxlio, de uma terapia.

    O que sabemos, em sentido mais profundo, um do outro?

    Vemo-nos uns aos outros fazendo coisas estranhas, coisas desagradveis ou lamentveis. E, muitas vezes perplexos, perguntamos:Porqu?Emseguidavemumasriedeindagaes:PorqueumserhumanoentraparaaEscoladaRosacruzeoutrono?Porque

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    muitos, que estavam a ponto de encontrar a Rosacruz, recuaramno ltimo momento? Que influncias invisveis os desviaram desua senda?

    Eis por que o verdadeiro e profundo amor ao prximo requerque se saiba por que algum pensa, sente e age tal como o faz.Que foras, em toda a sua variegada multiplicidade, governamo ser humano? possvel, uma vez descoberta a fonte dessasforas, obstru-la ou desviar seu curso de determinados gruposhumanos?

    Percebeis que possuir o domnio e o conhecimento da cinciada radiao em sentido universal uma necessidade para realizar-seumservioverdadeiroaoprximo? Os antigosdistinguiam,em maior ou menor grau, muitos grupos de radiaes segundosuasatividades. Elespersonicaramessesgrupos, eassim falava-sede deuses, dolos e espritos. Mediante conjuraes e veneraes,

    mediante numerosas prticas ocultistas, procurou-se limitar aatividade de uma radiao mediante o estmulo de outra. Portanto, vemos que se trata de uma cincia muito antiga, que atcerto ponto se perdeu, foi esquecida e se arruinou devido ao usoincorreto.

    Essa cincia somente deve ser conhecida e utilizada quando seest animado de intenes verdadeiramente gnsticas, intenes

    que so colocadas diariamente diante de todos ns. Podemosindicar-vos essa cincia, que, h muitas dezenas de milhares deanos,esteveempoderdahumanidadeparaqueestapudesse,comsegurana e rapidez, endireitar para si mesma o caminho para a

    vida libertadora. Entretanto, desde h muito esse saber antigo retirou-se outra vez para os mistrios da Ordem de Melquisedeque,e somente conferido aos que, na Sexta Hora, devem iniciar sua

    tarefa auxiliadora.

    Temos agora de responder ao porqu de o ser humano que se libertou da dialtica e, no obstante, nela se encontra em atividade

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    a servio do mundo e da humanidade estar absolutamente semmedo, embora veja os monstros infernais vir contra si.

    Deveis compreender bem que esse sem medo nada tem avercom uma ansiedade eventual em relao a si mesmo, em relaoao prprio estado de ser, pois o candidato, j na Quinta Hora,obteve a vitria sobre a morte e sobre a matria.

    Portanto, quando ele d incio a sua tarefa de libertao dahumanidade, evidente que no se trata, de modo algum, de ummedo banal pela existncia e consequentemente da tpica lutadialtica pela existncia.

    O liberto tornou-se existencialmente sem medo, e, por isso,no terianenhumsentido, naSexta Hora, aludir novamenteaumestado de ser evidente. Alm disso, seria desperdcio de palavraspreciosas, visto que, conforme pudemos concluir, a totalidadedo Nuctemeron, no que concerne s doze horas mgicas, caracte

    riza-se por uma formulao especialmente concisa. Ele pode serescrito em uma pgina.Apolnio de Tiana tinha, na Sexta Hora, uma inteno bem

    diferente, e por isso uma exposio pormenorizada necessria.Para tanto, deveis ter em vista a constituio de um microcosmo.Seu aspecto exterior o seguinte: do exterior, vedes primeiro ogrande campo magntico do microcosmo. Em seguida, encon

    trais o ser aural stuplo, que consiste em camadas de diferentesespessuras e est semeado de pontos magnticos. No interiordesse ser aural, vedes um espao aparentemente vazio, o campode respirao, onde vos encontrais como personalidade.

    Queremos dirigir vossa ateno muito especialmente para ocampo de respirao do microcosmo. At o presente momentonunca zemos na Escola Espiritual um estudo minucioso desse

    campo de respirao. Sabeis que o campo de respirao organizado e nele circulam diversas correntes de foras astrais, as quaisesto ligadas ao sistema fgado-bao. Alm disso, o campo de res

    pirao abriga foras das quais o microcosmo deve ser puricado,

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    foras demonacas, autogeradas, que estorvam o ser humano navida e muitas vezes podem ser fatais para ele.

    Apolnio de Tiana deseja que o candidato, em sua reflexosobre a Sexta Hora, tome conhecimento disso e descubra queespcie de forasseapresentamnocampode respiraooucorpoastral deummicrocosmo. Quandovosaprofundardesnoassunto,

    vericareis que jamais houve momento em que o campo de respirao de um microcosmo estivesse desabitado.

    Vericamos, em uma de nossas consideraes anteriores, queuma puricao e uma ordenao gerais das vrias tenses e radiaes magnticas devero ocorrer nos vrios rgos e esferasdo microcosmo. Portanto, devemos dizer que sempre surgemoutras relaes magnticas em um microcosmo quando certastenses magnticas importunas e prejudiciais ao ser humano sodescobertas, desatadas e dissolvidas. No decorrer dos anos, onde

    se concentraram vossos pensamentos, sentimentos e atividadesvolitivas, atividades que na maioria das vezes determinam vossasaes?

    Sabeis que determinados pensamentos e sentimentos se impem periodicamente a vs. Eles influenciam vossa secreo interna, vosso sangue e vosso fluido nervoso. Com a regularidadedeumrelgio,permaneceisocupadoscomasconsequnciasdisso

    no corpo. Abertamente ou em segredo, com relutncia ou commuitomedo,comoquepossudosporumapaixoou,talvez,comcerto agrado, ou ainda com intenso desgosto, passais a agir deacordo com tudo isso.

    Alguns lutam desesperadamente contra essas inclinaes, masno h ningum que seja capaz de domin-las. O ser humano obrigado a obedec-las, ainda que ponha em suas aes maior ou

    menor dose de cultura, de modo que a consequncia da ao satisfaasuaconscinciaouaadormea. Algunstentamenfeitartodosesses processos com uma etiqueta losca e psicolgica. Outrosdissertam sobre eles nas universidades e procuram psicanalis-los.

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    Alguns buscam caminhos que ofeream um comportamento medianteoqual seuprprio grandeconflitodeconscincia, causadopor todos esses impulsos animalescos no ser humano, possa sereliminado, possa ser dissolvido psicanaliticamente.

    A razo mais profunda de tudo isso situa-se, sem exceo, nocampo de respirao do microcosmo, onde residem todos os estados magnticos, tenses, tendncias e foras. Algumas dessastenses entram pelo sistema fgado-bao, e fala-se ento de subconsciente. Outras alcanam o corao atravs do cerebelo e damedula oblonga, e fala-se ento de desejos, anseios e estados sentimentais. Outras ainda penetram no crebro pelas aberturas dapineal* e afetam os sentidos, os rgos da razo e, por m, os rgos da vontade. E quando o fogo da vontade atiado, segue-sea exploso, como lei natural.

    Por que sois assim como sois? Por que agis do modo como

    agis?Podeis encontrar a resposta no campo de respirao e em seushabitantes. Algumas das foras que nele residem j se encontravam ali ao nascerdes, porquanto o microcosmo que vos envolveno era puro e virginal ao nascerdes! Muitos outros j habitaram

    vosso microcosmo antes de vs. Ele uma casa que j foi habitada inmeras vezes. E muitos moradores anteriores do campo de

    respirao declaram-se a vs, impem-se a vs. Alternadamente,eles foram tomando o comando de vossa vida e foram impulsionando-a nas mais diversas direes. Eles ganham poder sobre vsem concordncia com vossas experincias e situaes.

    Acaso pensais que todos os povos primitivos, com suas crenas em demnios e seu animismo aperfeioado, eram tolos? No,nessepontotodosessespovossoigualmentenaturais,exatoseve

    rdicos! Eles no negam os fatos nem conhecem outro caminhoseno aceit-los e servi-los. Eles tentam, em perfeita rendio,servir e satisfazer alternadamente os deuses de seu campo derespirao, aliviando assim as tenses.

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    O queospovos primitivos fazem aberta e n aturalmente, todosos povos cultos o fazem s escondidas e sob muitos disfarces, atmesmo com o nome de Jesus Cristo nos lbios.

    Compreendereis o que pensamos a respeito desse tipo de cultura. No h ser humano algum de estrutura dialtica que nosirva aos deuses de seu campo de respirao!

    Isso no nenhuma acusao, mas apenas arrebatamos a realidade de sua iluso, retiramos as mscaras, porquanto no existeser humano dialtico ou homem divino que possa subtrair-se aodomnio das foras magnticas de seu campo de respirao. Porisso, no deveis presumir ser oquena realidadeno sois. Namaisprofunda essncia, sois pobres homnculos, joguetes das forasmagnticas da natureza.

    No captulo precedente dizamos que h apenas uma soluopara o imenso conflito de conscincia pois a vida, em sua tota

    lidade, particularmente para o portador do tomo original, umgrande conflito de conscincia a saber: desenvolver, na Gnosis,foras magnticas novas e diferentes no campo de respirao.

    Realizais isso, em primeiro lugar, mediante f inabalvel, aspirao intensa e dedicao ininterrupta. Esse o segredo do sucessoque denominamos estar sobre o tapete. Se tiverdes xito em introduzir algumas dessas foras magnticas libertadoras em vosso

    campo de respirao e as obedecerdes, seguindo-as perfeitamentequando se zerem sentir em vossa vida mediante um dos canaismencionados, e nelas resistirdes, do imo, s outras foras, entoestareis no bom caminho.

    Conforme consideramos antes, o candidato no Nuctemeron jiniciaessecaminhodedesenvolvimentonaSegundaHora.Vossocampo de respirao microcsmico vossa esfera de vida, literal

    mente o campo em que respirais. Ele completamente idnticoao grande campo de respirao do cosmo-terra. Se vosso campode respirao de natureza inteiramente dialtica, isso signicaque ele corresponde ao grande campo de respirao exterior, com

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    o qual eneis os pulmes. Assim, vossa pequena natureza encontra-seemperfeitoequilbriocomag randenatureza, com todasasconsequncias desse aprisionamento. No entanto, se mediantediscipuladoverdadeiroeperseverana e no h outrocaminho! conseguis desenvolver e manter foras magnticas gnsticasem vosso campo de respirao, o grande campo de respirao mudar igualmente para vs. Ento j no assimilareis seu veneno,seus demnios e todo o perigo que a humanidade demonaca, adialtica possessa, nele irradia. Ento, inalareisapenasoqueservepara vossa paz, sade e bno, vossa respirao modicar-se-.

    Atentai agora paraaSexta Hora. O irmodaSexta Hora, comoser humano perfeitamente liberto e servidor da humanidade, trabalha em terra hostil. Por conseguinte, uma realidade que osmonstros infernais de inmeras tenses magnticas agrupadosem grandes poderes no grande campo de respirao csmico

    avanam contra ele, porque ele est ocupado em arrebatar-lhesas vtimas. Todavia, um obreiro desse nvel est absolutamentesem medo. Ele no teme por si mesmo, o que evidente! Domesmomodoele no temepelo resultadodeseu trabalhosalvador,libertador.

    Demoremo-nos um pouco nessa concluso. Im