notícias da Índia, nov 2012
DESCRIPTION
Publicação mensal da Embaixada da ÍndiaTRANSCRIPT
O que é que a Índia tem? Desmistificando a culinária indiana Energia
Solar As lições da gigante asiática
Conheça e se encante por praias paradisíacas e uma história marcante e viva
Goa
Uma publicação da Embaixada da Índia no Brasil
NOTÍCIAS DA ÍNDIANúmero 1 - Novembro de 2012
Diwali o Festival das Luzes está chegando
Índia no EspaçoGSAT-10, o satélite mais
pesado da ISRO é lançado
Flipkart: A história da megastore online indiana
www.indianembassy.org.br | 3
Índice
Expediente
Notícias da ÍndiaNúmero 01
Edição de Novembro2012
Uma publicação da Embaixada da Índia
BrasíliaSHIS QL 08 conjunto 08
casa 01 - Lago Sul Brasília-DF
Editor:Raj Srivastava
Supervisão:Yatin Patel
Tradução e Diagramação:Hadassah Levyski
Artigos Colunas Especiais
04 Energia Solar na Índia
08 Índia e China discutem laços comerciais
08 Índia atinge nível mais alto de taxa de crescimento de exportação
09 GSAT-10, o satélite mais pesado da ISRO é lançado
10 Abra o seu coração na Índia
12 Flipkart: A história da megastore online indiana
14 Turismo: Goa, conheça e se encante por praias paradisíacas e uma história marcante e viva
16 Gastronomia: O que é que a Índia tem? - “A melhor comida é aquela encontrada dentro das casas..."
28 Agenda: veja os eventos que estão por vir.
22 Diwali - o Festival das Luzes está chegando
24 Mês da Índia no CNPq
26 Festival gastronômico Indiano - “um evento como este é muito mais do que um encontro entre culturas, é um momento de celebração do bom gosto”
4 | Notícias da Índia
Energia Solar na Índia
Recentemente a Índia conseguiu superar a marca de 1 GW em capacidade solar. Até o fim de junho de 2012, o país a capacidade solar do país era de apenas 1,031 MW, sendo que a maioria, cerca de 650 MW, era proveniente de um programa de tarifa fixa do governo de Gujarat.
O país almeja chegar à capacidade de 20.000 MW até 2022, o que faria da Índia um dos maiores mercados para a indústria solar no mundo. Por ser um país tropical, a Índia tem grande potencial para a geração de energia solar. De acordo com estimativas do governo, 5.000 trilhões de kWh são recebidos por ano, sendo que grande parte do país recebe 4-7 kWh por metro quadrado diariamente.
www.indianembassy.org.br | 5
A Missão Solar Nacional Jawaharlal (Jawaharlal Nehru National Solar Mission - JNNSM)A Missão estabeleceu o ambicioso alvo de obter 20.000 MW de
energia solar ligada à rede elétrica até 2022, também reduzindo o custo da geração de energia solar no país por meio de (i) políticas de longo prazo, (ii) implementação de objetivos em larga escala, (iii) pesquisa e desenvolvimento (P&D) dinâmicos e (iv) produção local de matéria-prima essenciais, componentes e produtos, de forma a atingir paridade na tarifa da rede até 2022. A Missão criará uma estrutura de políticas que possibilitarão atingir esse objetivo e fazer da Índia um líder global em material de energia solar.
O lançamento da Missão Solar Nacional Jawaharlal (JNNSM) em 2010 criou muito interesse no setor solar indiano. Para criar maior demanda e atrair investimento para o setor, o governo preparou vários incentivos.
O governo indiano oferece vários benefícios a projetos de energia renovável, tais como: a isenção de credencial industrial, disponibilidade de empréstimo, isenção de imposto sobre produto, concessão alfandegária, aporte financeiro pra projetos de P&D em energia renovável, desconto no imposto de renda, depreciação acelerada, tarifas preferenciais, subsídios de juros e capital, reaquisição de energia e venda e negociação a terceiros. Ao mesmo tempo, o governo também tenta reduzir o custo do capital de projetos de energia renovável para que cada vez mais empresas possam investir no setor. Para atingir esse objetivo, o governo está tentando adotar tecnologias de ponta adequadas no setor e promover uma competição saudável entre os jogadores. O mercado de células solares fotovoltaicas cresceu 75% em 2010 e 50% em 2011 na Índia.
Paridade com a Rede
A escalada do custo da energia convencional, amplamente impulsionada pela crescente exportação de matéria prima e o aumento do custo do estabelecimento de projetos greenfield, juntamente com uma
queda contínua nos preços de energia solar – principalmente em função da forte redução nos preços de módulos de células solares fotovoltaicas – poderia resultar em projetos solares que atingiriam paridade com a rede em 2014, conforme sugerido pelo estudo Rising Sun, ou “Sol Nascente” da empresa KPMG. A paridade com a rede representa o ponto em que o custo da energia solar equivaleria ao custo de energia de fontes tradicionais.
A capacidade solar da Índia cresceu de menos de 20 Mw para mais de 1.000 Mw em menos de dois anos. Até 2017, o estudo prevê um crescimento de 12.500 Mw na capacidade de geração de energia solar.
A previsão da KPMG está baseada na expectativa de que na próxima década, o custo final ao consumidor da eletricidade convencional aumentará de 4% a 5,5% anualmente. Já os preços da energia solar tendem a cair a uma taxa de 5% a 7% por ano, durante o mesmo período.
Qual foi a participação do Governo?
Atualmente, a energia solar contribui para menos de 0,5% da demanda energética da Índia, com programas como o JNNSM, o governo espera elevar essa participação para algo entre 5% e 7% até 2022. “Estabeleceremos o preço pelo qual aqueles que desenvolvem o projeto devem vender sua energia e abriremos concorrência. Aqueles que necessitaram de aporte financeiro do governo serão capazes de estabelecer suas usinas.”, disse Tarun
“ Hoje, a Índia está a caminho de se tornar uma das líderes
mundiais no setor de energia solar, e estamos muito felizes
por fazer parte desta jornada.” Sujoy Ghosh,
presidente da First Solar
Artigo
6 | Notícias da Índia
O Ministério utilizou uma abordagem semelhante ao buscar concorrência para o desenvolvimento de usinas de energia solar na primeira fase da Missão, que deve comissionar 1.000 Mw até 2013. Companhias energéticas em vários estados compravam a energia solar de maior custo dessas empresas e eram compensadas pelo governo central com certa porcentagem de energia proveniente de carvão mineral. “Esse ano também teremos um pouco de energia vinda do carvão, mas estamos tentando tomar diversas atitudes de forma a aumentar os volumes de energia solar fornecida”, disse Kapoor. A primeira fase da missão solar, que começou em 2010, deu lugar a controvérsias quando quase metade dos proponentes selecionados estavam atrasados na instalação de projetos, além de algumas empresas terem sido acusadas de utilizar métodos complexos de estruturação empresarial para obter mais do que sua cota justa de diretos para produção de energia solar. “Mais do que 90% dos 500 Mw (de projetos de células solares fotovoltaicas) estão em dia. Os outros 500 Mw são projetos solares térmicos que só têm que ser completados até 2013”, disse Gireesh Pradhan, Secretário no MNRE. Os 3.000 Mw a serem gerados até 2017 incluem tanto a energia solar térmica, como a de células solares fotovoltaicas, que são dois métodos diferentes de geração de energia solar. Durante as licitações para a primeira fase, produtores de energia solar deveriam orçar e menor preço para a sua produção de energia solar. O preço médio durante a primeira fase de licitações foi de Rs 8 (R$ 0,24) por Mw. O governo assinou
acordos com 57 desenvolvedores de projetos de energia solar na primeira fase da missão. K. Subramanya, um consultor independente em energia solar, disse que ao estabelecer aquele preço, o governo mostrava que havia feito a lição de casa. “Uma nova evolução está acontecendo e não há problema algum em realizar testes, uma vez que não há um modelo perfeito até agora”, ele acrescentou. Subramanya também disse que a habilidade de produtores de energia solar de assumir riscos aumentará já que o financiamento foi uma indicação do apoio governamental.
Progresso do setor privado
O financiamento privado está ajudando a empresas como Azure Power, que tem US$ 10 bilhões da Corporação Financeira Internacional (IFC), a aumentar seu portfólio de uma pequena usina solar de 2 Mw em 2009 para atuais 35 Mw.
“Acredito que é uma questão simples de economia que faz com que todos voltem seus olhos para a Índia, pois é um mercado impulsionado pela demanda, não pela mudança climática”, disse o fundador e presidente da Azure Power, Inderpreet Wadhwa, “A parte econômica faz todo sentido. Você tem uma tarifa regulada, há um mercado, existem clientes e o preço é mais aceitável agora”.
É por isso que Wadhwa parece bem mais confiante que sua empresa tradicional será capaz de desenvolver e operacionalizar 100 Mw de energia solar até 2012. “Estamos triplicando em tamanho a cada ano e podemos
www.indianembassy.org.br | 7
ver esse crescimento continuando, caso a política permaneça assim”, ele explicou, “mas é necessária maior visibilidade. Agora, é mais uma questão de começar e parar, para que você possa obter um local, sem saber quando o próximo virá. Quando você tem uma grande equipe, é possível planejar de acordo.
Outros, como Kiran Energy, que opera em empreendimento conjunto com Mahindra, estão operando de forma diferente. Seu foco está em construir conjuntos de 55 a 100 Mw que poderão ser utilizados por múltiplos usuários industriais, especialmente se a obrigatoriedade de compra de energia renovável for exigida. São planejados de forma a garantir que empresas de distribuição, consumidores livres e cativos comprem certa porcentagem de energia de suas fontes renováveis.
“No ultimo ano, Índia S.A. tem aos poucos percebido que a energia solar é confiável”, disse Ardeshir Contractor, co-fundador e director da Kiran Energy. “Nesse momento, a demanda na Índia é elástica; então, caso haja maior queda nos preços, o setor solar irá decolar”.
First Solar, uma fornecedora de células solares fotovoltaicas baseadas em seus módulos avançados de filmes finos, irá fornecer esses módulos para instalação no Projeto de 25 Mw Green Infra, no Rajastão, Índia.
O projeto faz parte de um segundo lote de projetos solares em grande escala comissionados sob a iniciativa JNNSM. O projeto foi desenvolvido pela Green Infra que nomeou Juwi como empreiteiro EPC.
“Hoje, a Índia está a caminho de se tornar uma das líderes mundiais no setor de energia
solar, e estamos muito felizes por fazer parte desta jornada. Nosso último projeto com Green Infra é um projeto significativo sob a Missão Solar Nacional que irá ajudar a Índia a atender suas necessidades de segurança energética”, disse Sujoy Ghosh, presidente da First Solar. “Usinas de energia solar fotovoltaica de larga-escala são essenciais para alcançarmos economia de escala e reduzirmos o custo da energia solar para todos”.
FuturoOs preços de Energia Solar
Fotovoltaica estão caindo graças a
desenvolvimentos tecnológicos.
A economia de escala na Índia facilita
ao investidor chegar a um custo
competitivo.
O mercado de telhados na Índia ainda
tem um potencial inexplorado.
Os incentivos governamentais da
JNNSM estão encorajando novas
parcelas.
Artigo
8 | Notícias da Índia
Índia e China discutem laços comerciais
A Índia e a China participaram de reuniões cruciais do Grupo Conjunto Econômico (JEG) em 27 de agosto de 2012 em Nova Délhi para discutir assuntos comerciais. O Ministro de Comércio, Industria e Textil da India, Anand Sharma, e seu homólogo, o Ministro chinês Chen Deming, presidiram a nona rodada de alta cúpula do JEG. A oitava reunião aconteceu em 2011. A Índia e a China concordaram em estabelecer um Grupo de Trabalho Conjunto (JWG) que tratasse de assuntos relacionados a comércio, bem como investimentos entre as duas nações. Espera-se que o JWG apresente um relatório dentro de 90 dias a respeito de suas descobertas e recomendações. A China garantiu à Índia que trataria de questões relacionadas ao acesso de produtos e serviços de empresas farmacêuticas e de TI indianas ao mercado chinês. O encontro dos Ministros deve trazer à tona, mudanças de alto nível que devem acrescentar velocidade e facilitar o estímulo a laços comerciais. O Ministro chinês também encontrou-se com líderes industriais para uma conversa durante sua visita de dois dias. A China está confiante com as perspectivas de comércio com a Índia. Durante um briefing conjunto à imprensa que aconteceu depois do encontro, o Ministro Deming mostrou que espera que os dois países possam atingir US$ 100 bilhões em comércio bilateral até 2015.
Índia atinge nível mais alto de taxa de crescimento de exportação
A taxa de crescimento de exportação indiana registrou um crescimento de 16.1% em 2011, chegando ao topo da lista das maiores nações exportadoras no mundo de acordo com um relatório da OMC. “A Índia obteve o mais rápido crescimento de exportação dentre os maiores comerciantes em 2011, com crescimento de 16.1%, ao passo que a China alcançou o segundo lugar, com crescimento de 9.3%”, registrou o Relatório da OMC sobre o Comércio Mundial de 2012.
Em 2010, a China ficou no topo da lista com taxa crescimento de 28.4% e a Índia registrou uma alta de 22%. De acordo com especialistas, o esforço do governo indiano e de exportadores para diversificação dos mercados de exportação beneficiou as remessas do país. “Principalmente a diversificação de mercados para países do Oriente Médio, Sudoeste da Ásia e China permitiram que as exportações indianas obtivessem bons resultados”, disse o diretor do prestigioso Instituto Indiano de Comércio Exterior (IIFT), K.T. Chaco. O presidente da Federação de Organizações de Exportação Indiana (FIEO), Rafeeq Ahmed, também disse que a estratégia de diversificação de mercado e de produtos possibilitou os resultados positivos.
Após a recessão econômica nos mercados de exportação da Índia mais tradicionais, os EUA e a Europa, o governo teve que estenedr incentivos aos exportadores para que explorassem novos mercados, incluindo regiões como a América Latina e a África.
Ministro Cheng e Ministro Anand Sharma
www.indianembassy.org.br | 9
Índia no EspaçoGSAT-10, o satélite mais pesado da ISRO é lançado
O programa espacial indiano, com 50 anos de idade, se projetou na história ao lançar
seu satélite de comunicação, o GSat-10 com 3.400 Kg. Após uma contagem regressiva
que durou 11 horas e 30 minutos, o foguete Ariane 5 da Arianespace foi lançado ao na
base de Kourou na Guiana Francesa dentro do horário previsto na abertura da janela de lançamento.
Com 60 segundos de vôo, a Unidade Central de Controle (MCF) da Agência Indiana de Investigação
Espacial (ISRO) em Hat Hassan em Karnataka recebeu sinal do satélite. O presidente da ISRO, K.
Radhakrishnan estava na MCF e disse que até novembro de 2012, o satélite deve estar operacional e
disponível para a comunidade de usuários. Trinta minutos e 45 segundos após o início da missão, o
Gsat-10 havia sido injetado em uma órbita elíptica de transferência geoestacionária muito próximo à
órbita pretendida. Seu periastro era de 250km (do seu ponto mais próximo à Terra) e o apoastro era
de 36.000 km (do ponto mais longe da Terra). O satélite seria lançado daqui em órbita geoestacionária
de 36.000km acima do equador, utilizando seu sistema de propulsão em uma abordagem de três
passos. Depois disso, os painéis solares e as antenas seriam dispostas. Nos próximos dias, as cargas
úteis (aérea e espacial) seriam ativadas para realizar uma série de testes abrangentes em órbita.
Com uma vida operacional de 15 anos, o Gsat-10, que custou Rs 7.500 milhões (cerca
de R$ 277.500,00), tem um total de 30 transponders de comunicação em banda-C normal,
banda-C baixa estendida, e banda-Ku, assim como carga útil Gagan para fornecimento de
serviços de navegação. Esse é o segundo satélite na constelação Insat/Gsat com carga útil
Gagan, seguindo o Gsat-8 que foi lançado em maio de 2011. Gsat-10 também auxiliará em
transmissões de DTH de TV, como parte do Sistema Nacional Indiano de Satélite na região Ásia-
Pacífico. O diretor do Centro de Satélite da ISRO, S. K. Shivakumar, que estava em Kourou,
havia dito que o Gsat-10 fornecerá um impulso para a revolução da comunicação na Índia.
Índia em Foco
10 | Notícias da Índia
Pessoas que querem economizar no custo de
cirurgias começam a olhar para além de
suas fronteiras – e isso explica porque
a Índia se tornou um destino preferido por
pacientes cardíacos que procuram diminuir
os custos de suas cirurgias. Com os custos
de cirurgia cardíaca nos Estados Unidos
e no Reino Unido subindo rapidamente,
a indústria de turismo médico tem
se tornado uma parte significativa
de muitos países, inclusive a Índia.
De acordo com o artigo Tendências
Globais em Cirurgias Cardíacas e
Cardiotorácicas – Uma Oportunidade
ou uma Ameaça?, escrito por Molina e
Heng em 2009 e publicado nos Anais da
Academia de Medicina, em Cingapura,
doenças cardíacas serão responsáveis por
quase 14.2% das mortes em todo o mundo até
2030. Independente dos avanços tecnológicos
que já aconteceram no campo da cardiologia,
muitas pessoas não conseguem realizar cirurgias
no coração devido aos custos exorbitantes.
Para essas pessoas, realizar suas cirurgias na
Índia pode ser uma alternativa que vale a pena.
Abra o seu
(para curá-lo)
www.indianembassy.org.br | 11
coração na Índia
(para curá-lo)
Por que optar por cirurgia cardíaca na Índia?
• Já que o custo da cirurgia é muito mais barato do
que nos países ocidentais, pacientes conseguem
diminuir o custo de suas despesas médicas
viajando para a Índia para realizar seu tratamento.
• Esse tipo de cirurgia atrai principalmente
turistas, uma vez que permite que eles não apenas
diminuam os custos, mas também lhes oferece
o benefício de realizar seus procedimentos
com alguns dos melhores cirurgiões no mundo.
• Existem vários hospitais de ponta
na Índia oferecendo cirurgias de ponte de
safena, angioplastia coronária, colocação
de marca-passo, cirurgia de válvula
cardíaca e várias outras cirurgias cardíacas.
• Existem diversas instalações médicas na
Índia com certificações JCI, NABH e ISSO,
que oferecem serviços de primeira a uma
fração dos preços cobrados no Ocidente.
• A cirurgia para ponte de safena é muito
popular na Índia, já que o país é conhecido
por ter um dos melhores hospitais na Ásia.
• A maioria dos médicos e cirurgiões na Índia falam
inglês fluentemente, minimizando a barreira lingüística.
Índia em Foco
12 | Notícias da Índia
Desde seu estabelecimento com um
investimento de apenas US$ 8.000, a
Flipkart se tornou uma gigante varejista
online com uma receita de US$ 100 milhões em
apenas 5 anos. Bem, esse é o conto de fadas.
Hoje, muitos indianos estão abraçando o
mercado de comércio online com entusiasmo. Sites
populares na Índia como o Flipkart lideram a conversão
de compradores offline em caçadores de ofertas
online. Para a Flipkart, isso significa a liberação de um
grande público que estava à espera de experimentar
as alegrias e o conforto de realizar compras online.
Sachin Bansal, Presidente e co-fundadores da Flipkart,
juntamente com Binny Bansal, é um ávido defensor
dos méritos do atendimento a clientes. “Uma simples
vontade de criar um produto feito sob medida para
o consumidor indiano se transformou em algo muito
além do que poderíamos imaginar”, diz Sachin. Basta
uma rápida olhada na história da Flipkart e vemos
que a idéia inicial era que fosse uma plataforma de
comparação de preços, mas não havia sites de compras
online suficientes para que a comparação fosse feita.
Então, os dois Bansals, que eram colegas no Instituto
Indiano de Tecnologia em Délhi (IIT-Délhi) e depois
na Amazon.com, pensaram “por que não fazemos
um site de comércio online?” E foi assim que Flipkart
surgiu. De um investimento inicial de US$8.000, essa
pequena semente cheia de vontade germinou em
uma varejista online de US$ 100 milhões preferida
por muitos. A paixão dos fundadores pelo espaço
do consumidor na internet se manifesta na marca,
que é sinônimo de bom atendimento aos clientes e
satisfação. “Não conte quantos são os seus clientes
antes que eles sorriam” é o mantra operacional da
empresa, um mantra empregado com muito sucesso!
O conceito do comércio online está sendo aceito
bastante rapidamente na mente do consumidor
indiano. A falta de tempo é um dos grandes
promotores da compra feita pela interenet. Além
disso, a acessibilidade a uma variedade de produtos
A história da megastore online indiana
www.indianembassy.org.br | 13
faz com que moradores de cidades pequenas optem
pela rota online. Grandes varejistas enfrentam os
desafios de estocar suas lojas adequadamente. Com
freqüência, clientes são incapazes de comprar itens de
sua escolha, o que também faz com que eles procurem
os vendedores online. “Para livros, eu normalmente
prefiro comprar de lojas físicas, mas até agora apenas
a Flipkart conseguiu me fornecer Mangá, um tipo de
literatura japonesa que é bem difícil de encontrar.
E comprar online é geralmente mais barato. Eu
definitivamente vou voltar a comprar nesse site”, diz
Riddhima Toshniwal, um contente escritor de Raipur.
Tais experiências explicam a crescente
popularidade da Flipkart também nas regiões não-
metropolitanas. “Fecharemos o ano de 2011-2012
com mais de US$ 100 milhões de receita. Até 2015,
queremos chegar a US$ 1 bilhão, mas ao olhar para
as atuais tendências, talvez consigamos isso mais
cedo”, diz Binny, Diretor de Operações da Flipkart.
Essa afirmação é bastante razoável, basta uma
rápida observação no alcance da internet indiana
para ver uma base de usuários de aproximadamente
100 milhões. O Plano Nacional de Banda Larga do
Governo, de US$ 4.5 bilhões, propõe a conexão
de mais 160 milhões de usuários até 2014. Logo, a
disseminação e subseqüente adoção do comércio
online, parecem lógicas. Com tantos varejistas
renomados oferecendo também serviços online,
parece natural a tendência de que esse tipo de
compras possa aumentar significativamente.
“ Uma simples vontade de criar um produto feito sob medida
para o consumidor indiano se transformou em algo muito além do
que poderíamos imaginar”Sachin Bansal
Índia em Foco
14 | Notícias da Índia
Goa, situado a oeste da Índia, é um dos estados mais belos do país. Já foi
conhecido como uma colônia portuguesa, e hoje é cheio de atrações,
como as praias desenhadas pelas belas palmeiras, com areia dourada
a perder de vista, campos verdes, e um mosaico incrível de herança cultural,
com igrejas, templos, fortes e monumentos magníficos, representantes de uma
síntese cultural única entre o leste e o oeste.
Com seu clima tropical, Goa é o destino para ser visitado pelos turistas em todas
as estações. As cidades de Goa são incomparáveis. A capital, Panjim (Panaji),
para muitos, é uma das melhores cidades do mundo. Repleta de arquitetura
colonial, a cidade é conhecida por ser vibrante e atinge seu ápice durante o
Carnaval de Goa, um evento que acontece todos os anos.
A estrutura multi-religiosa da sociedade de Goa, ecoa em alto tom o espírito
de “Sarva Dharma, Sarva Bhava” ou de Respeito Igual a todas as Religiões.
Goa é replete de igrejas e templos famosos e uma co-existência harmoniosa
prevalece entre os povos que professam diferentes tipos de fé. Independente de
serem católicos, hindu ou muçulmanos, muitos goanos se prostram em
reverência simbiótica
a divindades diferentes
daquelas a quem
adoram. Religião habita
nos corações dos filhos
de Goa onde quer que
estejam no mundo.
www.indianembassy.org.br | 15
Temperatura:No verão: 33º-26º C No inverno: 31º -20ºC
Melhor época para visitar: Durante todo o ano!
Roupas para levar: Para o clima tropical
Idiomas falados: Inglês, Konkani, Hindi, Marathi
Diretório de Turismo: Indiatourism Goa, Communidade Building, 1st Floor, Church Square, Panaji. Tel:2223412. Telefax:2420529. E-mail: [email protected]
Goa Tourism Development Corpn. Ltd., Trionora Apartments, Dr. Alvares Costa Road, Panaji. Tel: 2224132, 2226728, 2226515. Fax: 2430133. E-mail: [email protected], Website: www.goa-tourism.com
GoaTurismo
16 | Notícias da Índia
Não há sequer uma forma de cozinhar
que possa ser a definição do que é
“indiano”, porque cada região da
Índia tem os seus próprios sabores, ingredientes
e métodos de preparação. No entanto, quando
alguém diz que vai “comer comida indiana”, está
provavelmente pensando na gastronomia do norte da
Índia, Mughlai e Tandoori. O mundo já conhece bem
as carnes e vegetais marinados em pastas especiais e
assados no forno de barro, conhecido como o Tandoor,
os suculentos kebabs e os aromáticos biriyanis. Mas
a comida indiana é muito mais que isso.
Um bom livro de culinária sempre vai agrupar
as receitas de acordo com a região de onde vêm. As
robustas carnes, os vegetais e legumes do Norte; o
peixe delicado, os curries de vegetais e os chutneys
de Bengal e Orissa; as crepes salgadas e doces e os
sambars do Sul; os curries de peixe de Goa; os vegetais
e grãos Maharashtrianos, suavemente aromatizados
com coco e kokum. Cada estado tem seu prato
emblemático, e um gourmet indiano saberá pelo que
procurar quando for experimentar nossa cozinha
regional. Um estrangeiro faria bem em pedir ajuda
a um amigo indiano caso queira verdadeiramente
explorar as possibilidades infinitas da comida indiana.
E eu nem cheguei a falar dos doces! Cada região tem
as suas iguarias.
O que faz da gastronomia indiana
verdadeiramente única são as várias maneiras em
que os vegetais podem ser cozidos. Não se trata
apenas de cozinhar no vapor ou ferver e temperar
com azeite e sal. Na Índia, os vegetais são as estrelas
do show, cozidos com especiarias e molhos, não
apenas como acompanhamentos de uma carne ou
um peixe.
É importante enfatizar que a melhor comida
é aquela encontrada dentro das casas, não em
restaurantes chiques. Cada estação, cada festival,
cada celebração tem seus pratos “especiais” e aqueles
que, como eu, foram criados à maneira tradicional,
aguardam ansiosamente para poder saborear as
iguarias daquela estação – samosas, chaats, chhole,
bhature e costeletas têm um toque que nenhum
buffet elegante poderia reproduzir.
Outra coisa que acho interessante esclarecer
é um erro comum que os indianos cometem ao
perguntar se a comida está temperada (spicy)
quando tudo o que querem saber é se a comida está
A gastronomia indianaRatna Prakash*
www.indianembassy.org.br | 17
apimentada (hot). Nós utilizamos especiarias (spices)
para temperar a comida, muitas, muitas mesmo!
Cardamomo, canela, cravos, cuminho, açafrão da
terra, erva doce, semente de coentro, ervas... Uma
cozinha indiana tem um armário só de especiarias,
cheio de potinhos. Também usamos pimentas e
pimenta do reino. Mas quando respondemos “sim” à
pergunta sobre a comida estar spicy, o que queremos
dizer é que a comida está temperada, porque, sim,
utilizamos muitas especiarias no preparo.
Por último, vale mencionar que nenhum
cozinheiro indiano que se preze jamais utilizará o
“curry” em pó vendido nos supermercados. Isso é
uma invenção ocidental. Cada curry indiano tem uma
mistura única de especiarias, e um bom cozinheiro
fará sua mistura de especiarias, moídas e em grãos,
de acordo com as particularidades do delicioso prato
que irá preparar.
*Ratna Prakash foi Embaixatriz da Índia no Brasil e em outubro de 2012 retornou à sua terra natal.
“A melhor comida é aquela encontrada dentro
das casas..."
Gastronomia
www.indianembassy.org.br | 19
Diwali Chegou novamente o tempo de acender pequenas lamparinas,
de pendurar lanternas coloridas nas casas, de fazer oferendas,
visitar os amigos e celebrar em volta da mesa aalegria que traz
a festa do Diwali, o Festival das Luzes. O Diwalié o festival mais
importante na Índia, acontece sempre no início do inverno, entre o final do mês de outubro e a primeira
quinzena de novembro, durante a lua crescente, e dura cinco auspiciosos dias. Esta celebração representa a
vitória das forças do bem contra as forças do mal, das virtudes sobre os vícios, das luzes sobre a escuridão, e
são muitas as histórias na Índia que explicam seu surgimento.
Alguns acreditam que o Diwali celebra o casamento da Deusa Lakshimi, a deusa da prosperidade, com
o Deus Vishnu, o mantenedor do Universo. Outros acreditam que ele celebra o retorno triunfante de Rama,
o príncipe arqueiro, a Ayôdhya, após ter derrotado o terrível demônio Rávana, de dez cabeças. Há também
os que acreditam que ele celebra a vitória de Krishna sobre o demônio Narakásura, entre tantas outras.
Nesse dia as pessoas acendem lâmpadas e soltam estalinhos, distribuem doces e comemoram a chegada
do Ano Novo, no dia seguinte, segundo o calendário Vikrama, que teve seu início no ano 56 a.C.
Na verdade, não importa qual a história ou a crença que alimenta a celebração do Diwali por toda a
Índia, a metáfora que permeia em todas elas é a mesma: afastando a ignorância, representada pela escuridão,
atingimos a sabedoria, a luz, e com ela, abrimos espaço para que a prosperidade e a felicidade possam
acontecer em nossas vidas.
Este ano o Diwali será celebrado no dia 13 de Novembro, na Índia e na diáspora. O Brasil não é exceção:
a Embaixada da Índia terá sua própria celebração e já estamos sabendo de que alguns grupos o farão, um
pouco pelo país. Pelo quinto ano consecutivo o Núcleo Prema, dirigido por Irani Cippiciani, celebrará o
Diwali apresentando um espetáculo de Dança Clássica Indiana, no Teatro do Centro da Terra, em São Paulo.
Participam do recital Irani Cippiciani, fundadora do grupo, e as bailarinas do Núcleo Prema, Laís Schalch,
Lucia Chiba, Barbara Vale, Lilian Abdalla, Raquel Parrine, AsacoTominaga, Sheila Santos, IzabellaYshihara e
as bailarinas convidadas, Beatriz Scatralhe, Patrícia Souza e Joana Wildhagen, apresentando coreografias
tradicionais e modernas dos estilos Bharatanatyam e Kuchipudi. Será no dia 24 de Novembro, às 20:30 horas.
Se está em São Paulo, não perca!
Em Florianópolis também acontecerão celebrações do Diwali. A Escola Aatmalaya Brasil, coordenada
pela dançarina e professora KrishnaSharana, apresenta alirecital em celebração ao Diwali. No recital será
apresentado repertório de dança clássica indiana no estilo Bharatanatyam por KrishnaSharana e alunas, e
música clássica indiana pelo famoso sitaristaRajDhaivatraj, além de outros músicos convidados. Se estiver em
Florianópolis, dia 25 de Novembro, 20:00 horas, na Casa das Máquinas – Centro Cultural Bento Silvério.
Também no Espaço Rasa, em São Paulo, à semelhança do que foi feito nos últimos três anos, será
apresentado o espetáculo Ramayana, que reúne teatro, música e dança para recontar o épico famoso, e ao
final o puja para Lakshimi. A dançarina Andrea Prior está coordenando o previsto workingprogress com o
Ramayana em 10 episódios, com ritual no final .
A Embaixada da Índia deseja a todos um feliz e próspero Diwali e um feliz Ano Novo! E com certeza
todos os nossos parceiros partilham este mesmo sentimento e votos!
Artigo
20 | Notícias da Índia
O fato de Brasília ser uma cidade tão internacional permite intercâmbios culturais muito enriquecedores. Várias
instituições, públicas e privadas, aproveitam a presença das representações de outros países para trazer essa diversidade, que dificilmente poderiam ser acessíveis a todos.
Uma dessas instituições brasileiras que criou um projeto interessante de troca de conhecimento e cultura é o CNPq – Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico, uma agência do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI)que tem como principais atribuições fomentar a pesquisa científica e tecnológica e incentivar a formação de pesquisadores brasileiros.
No início deste ano de 2012 o CNPq criou o projeto “Passaporte Cultural”, que tem como objetivos oferecer aos servidores, em sua hora de almoço, momentos de entretenimento, aprendizagem e reflexão sobre as distintas manifestações culturais de outros povos; fortalecer a identidade pessoal e coletiva com base no princípio da alteridade e
compreensão com outras culturas; e, finalmente, ampliar o repertório cultural individual, a fim de dinamizar processos criativos e inovadores.
Depois de ter tido a participação e colaboração de outros países como Portugal, Espanha, Bélgica, Argentina e Alemanha, chegou a vez da Índia. É justo dizer que a expectativa era grande!
Pela história milenar do país e por sua riqueza sociocultural, ficou bem complicado apresentar em quatro momentos um panorama geral da nação que é hoje a maior democracia mundial e um dos países mais populosos do Mundo.
Dessa forma, elegeram-se quatro documentários bem representativos, para serem exibidos . Teve lugar também uma palestra sobre a Índia atual, com destaque para as ciência e tecnologia de ponta que vêm sendo produzidas e popularizadas no país, pelo mais jovem diplomata da Embaixada, YatinPatel.
Os momentos mais agradáveis aos sentidos, porém, admitimos, foram as apresentações de dança clássica e de culinária indiana.
Segundo os responsáveis pelo projeto, o mês
MÊS DA ÍNDIA NO CNPq
Bailarinas Ana Paiva (E), Renata Samper (C) e Fernanda Solaris (D)
Lakshmi Srivastacva ensina a preparar samosas.
www.indianembassy.org.br | 21
inteiro foi um sucesso, mas era inevitável que o apelo visual e degustativo fossem os momentos altos. Entre 80 a 100 pessoas, entre servidores do CNPq de Brasília e pesquisadores de outros estados do Brasil que estavam na sede nesse dia, assistiram à apresentação de Ana Paiva, Renata Samper e Fernanda Solaris, que, além de delicada e graciosa, foi muito didática. O conjunto era visualmente apelativo, com o colorido das vestimentas típicas e as joias das dançarinas.
A demonstração de culinária indiana teve em torno de 30 participantes. Foi a esposa do Ministro RajSrivastava, Sra. Lakshimi, quem nos presenteou com as explicações e as degustações. A interação com o público foi excelente, aws pessoas participaram de
todas as etapas, desde a preparação das receitas até à degustação dos pratos.
Cabe ainda referir que durante todo o mês dedicado à Índia uma exposição de quadros réplica de 14 dos mais destacados pintores indianos de arte contemporânea. O nome da exposição é “Kalpana”, originalmente foi organizada pelo Conselho Indiano para as Relações Culturais, cobre expressões artísticas de mais de 120 anos. Kalpana é uma palavra em
sânscrito que, traduzida para o hindi, telugu, marathi e nepali, significa “criatividade, imaginação”. As representações das figuras e formas humanas sempre estiveram no centro de todas as formas de arte e aqui encontraram um ponto de convergência entre o antigo e o moderno, de uma forma encantadora. Todos os que tiveram a oportunidade de ver os quadros ficaram com a melhor impressão possível das cenas representando momentos do quotidiano e do ideário indiano.
No final, a opinião partilhada era a de que momentos de troca como estes nos tornam mais sábios, consequentemente, melhores cidadãos deste planeta onde os mundos cada vez se encontram mais próximos. Melhores cidadãos são também pessoas mais felizes e multiplicadoras de processos inspiradores, não importa em que ramo do conhecimento atuem.
Todos os documentários (“AnIndian Symphony”, “À la carte – foodatthefastlane”, “Healingthe world”, e, “Cinema with a
purpose”) são produção do Ministério das Relações Exteriores da Índia e encontram-se disponíveis no http://www.youtube.
com/indiandiplomacy.
Eventos
Yatin Patel discursou sobre a ciência e tecnologia na Índia
A esquipe do CNPq
22 | Notícias da Índia
Pela segunda vez, em dois anos
consecutivos, teve lugar no
restaurante panorâmico do Hotel
Royal Tulip, num cenário muito agradável, à beira do
Lago Paranoá, o Festival Gastronômico Indiano, na
última semana de Setembro do corrente ano.
Promovido pela Embaixada da Índia em Brasília,
em parceria com o hotel e tendo como chef convidada
a senhora Deepali, que recentemente abriu um
restaurante especializado em comida indiana, em São
Paulo, foi aberto a toda a comunidade brasiliense,
cada dia com um paladar mais exigente e aguçado.
É sabido que a comunidade internacional em
Brasília é considerável, são mais de 100 embaixadas e
organismos internacionais; se forem incluídos todos
os diplomatas, adidos civis e militares, e respectivas
famílias, entendemos que talvez esta seja uma das
mais internacionais cidades brasileiras.
É verdade que encontramos restaurantes de
cozinha internacional em Brasília. Peru, Alemanha,
Portugal, são alguns dos países que têm sua ‘cuisine’
representada na cidade. Porém, a Índia, apesar de
todos os seus atrativos e de tão fascinante sempre
ser ao olhar estrangeiro, ainda não tem uma
representação culinária na capital. Dessa forma, um
evento como este é muito mais do que um encontro
entre culturas, é um momento de celebração do
bom gosto e da sedução dos paladares locais, uma
rendição à sofisticação dos temperos, fragrâncias e
cores dos pratos e receitas desse megadiverso país,
também no quesito gastronomia.
Assim, entre os dias 27 e 30 de setembro, um
público curioso afluiu ao Festival. Do menú fizeram parte
as famosas samosas, kachori, chicken kabab, diversos
chutneys, butter paneer, navaratna korma, mutton
kheema – dezenas de pratos deliciosos com nomes
exóticos para o idioma português mas inusitados ao
paladar, na
delicadeza e
na presença
de distintos
temperos,
que vão
muito mais
além do
que correntemente (e erroneamente) se atribui à
culinária indiana, ditos ‘apimentados’. Na verdade,
a riqueza das especiarias indianas torna quase
impossível repetir uma receita – a mão, a experiência
e toda a bagagem cultural do chef, agregam inúmeras
variáveis a um prato que pode até ter um nome fixo,
conhecido, mas com certeza será único, naquele
específico tempo e espaço.
No final do evento, depois de conversarmos
com os felizardos que dele puderam se aproveitar (a
sala é grande e sempre estava cheia!), identificamos
um sentimento comum: uma vez que se experimenta
comida indiana, fica difícil suportar os longos
intervalos entre eventos como este.
Que venha o próximo!
Festival
Gastronômico indiano
“um evento como este
é muito mais do que um
encontro entre culturas, é
um momento de celebração
do bom gosto”
www.indianembassy.org.br | 23
Eventos
Amit Shukla (E) Yatin Patel (C) Raj Srivastava (D)Embaixador B.S. Prakash
Convidados se servindo no buffet
Buffet de saladas
24 | Notícias da Índia
Eventos passados
10 de Novembro
Bazar das EmbaixatrizesÀ semelhança do que vem acontecendo em anos anteriores, o Clube do Exército, em Brasília, sediou no
dia 10 de Novembro, o Bazar Anual Internacional, organizado pelo Grupo das Embaixatrizes. Dele participaram
as Embaixatrizes e as Embaixadas que se proponham exibir produtos típicos, bem representativos de seus
países. O objetivo do evento é mostrar à comunidade brasiliense e internacional aspectos da cultura de
cada um dos países que têm representação diplomática na capital, entre objetos de artesanato, comida,
música, com a premissa de que essa troca enriquece a todos e todas, ao ampliar sua visão de mundo e sua
curiosidade com o que ultrapassa seu horizonte mais próximo. A Índia esteve presente trazendo consigo
objetos do artesanato e moda indiana, encantando a todos pela variedade e qualidade dos produtos
expostos. A receptividade e a curiosidade do público brasiliense mais uma vez ficaram evidentes, já que o
estande indiano foi um dos mais visitados durante todo o Bazar.
www.indianembassy.org.br | 25
Eventos passados
Aconteceu de 12 a 14 de novembro em São Paulo o Open Innovation Seminar, que teve como seu tema central para a edição de 2012 o Crescimento Sustentável apoiado em Redes de Inovação: Agenda Brasil. No dia 12 de novembro, o painel Gestão da inovação aberta e criação de novos negócios: o que gestores corporativos podem aprender empreendedores, contou com a participação da key note speaker Saras D. Sarasvathy, da Universidade de Virgínia, Índia. Sarasvathy falou sobre sua teoria da “efetuação” (effectuation, em inglês) e a respeito de como homens de negócios podem aprender muito com empreendedores.
Além disso, o tema de um de seus workshops, foi o programa Ciências sem Fronteiras (CsF). No workshop, representantes de países, da indústria e de parques tecnológicos, incubadoras, institutos de pesquisa e outras associações de ciência e tecnologia que têm interesse em colaborar com o Programa Ciência sem Fronteiras estiveram presentes. Além disso, instituições e empresas, atuais parceiras do programa, apresentaram o porquê e como aderiram ao programa, suas expectativas e primeiras experiências.
Desde o lançamento do CsF, foram assinados acordos com com 13 países (EUA, Alemanha, Austrália, Bélgica, Coreia do Sul, Espanha, França, Holanda, Itália, Portugal, Índia, Suécia e Reino Unido), quatro parceiros privados (Febraban, ABIDIB, CNI, CISB), quatro indústrias locais (Petrobras, Vale, Natura, Eletrobras) e cinco empresas multinacionais (Saab, GSK, BG, Hyundai e Boeing). O CNPq e a Capes seguem abertos para novas parcerias e novos modelos para a construção de rede e de
oportunidades para os estudantes e pesquisadores nos ambientes mais atrativos em termos de inovação.
Nesse âmbito, a Embaixada da Índia foi representada pelo seu Encarregado de Negócios, Sr. Raj Srivastava, que juntamente com representantes de outros países falaram sobre esse programa que busca promover a consolidação, expansão e internacionalização da ciência e tecnologia, da inovação e da competitividade brasileira por meio do intercâmbio e da mobilidade internacional. A iniciativa é fruto de esforço conjunto dos Ministérios da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI) e do Ministério da Educação (MEC), por meio de suas respectivas instituições de fomento – CNPq e Capes –, e Secretarias de Ensino Superior e de Ensino Tecnológico do MEC.
O projeto prevê a utilização de até 101 mil bolsas em quatro anos para promover intercâmbio, de forma que alunos de graduação e pós-graduação façam estágio no exterior com a finalidade de manter contato com sistemas educacionais competitivos em relação à tecnologia e inovação. Além disso, busca atrair pesquisadores do exterior que queiram se fixar no Brasil ou estabelecer parcerias com os pesquisadores brasileiros nas áreas prioritárias definidas no Programa, bem como criar oportunidade para que pesquisadores de empresas recebam treinamento especializado no exterior. Entre 8 e 10 mil alunos já foram à Índia, como fruto da parceria entre o Brasil e a Índia dentro do programa.
26 | Notícias da Índia
O Programa de Pós-Graduação em Ciências das Religiões da Universidade Federal da Paraíba estará sediando de 19 a 21 de Novembro, o primeiro ENPERFI – Encontro de Pesquisas em Religiões e Filosofias da Índia.
Este evento, promovido pelo Programa de Pós-Graduação em Ciências das Religiões com o apoio da CAPES, tem por objetivo reunir pesquisadores de diversas instituições brasileiras que se dedicam ao estudo dos sistemas filosóficos e religiosos da Índia, seja na antiguidade ou na contemporaneidade.
Embora o evento seja realizado no âmbito de um programa de Ciências das Religiões - sendo o fenômeno religioso no subcontinente indiano seu foco central -, a proposta dos organizadores é acolher pesquisadores oriundos de diversas áreas do conhecimento, tais como: Filosofia, Teologia, História, Antropologia, Sociologia e Estudos da Linguagem, entre outras.
Eles acreditam que esta articulação entre diversos campos do saber é importante para que haja progresso - no âmbito da academia brasileira - na compreensão do pensamento indiano expresso nos Vedas, Brāhmaṇas, Āraṇyakas, Upaniṣads, no Mahābhārata, Rāmāyaṇa, ou nos seis sistemas ortodoxos (Darśanas): Sāṅkhya, Yoga, Nyāya, Vaiśeṣika, Mīmāṃsā, Vedānte, e em todas as demais correntes do Hinduísmo.
O programa acontece de 19 a 21 de novembro, das 9h00 às 19h00, e contará com mesas redondas, grupos de trabalho, apresentações e workshops.
SOBRE O EVENTOQuando?19 a 21 de novembro de 2012.Onde?UFPB Universidade Federal da ParaíbaCidade Universitária - João Pessoa - PB - BrasilInscreva-se: http://enperfi.blogspot.com.br/p/inscricoes.htmlMaiores informações: [email protected]
REALIZAÇÃO:
Grupo Padma
COLABORAÇÃO:
Enperfi
www.indianembassy.org.br | 27
13, 24 e 25 de Novembro
Diwali Festival das Luzes
O Diwalié o festival mais importante na Índia, acontece sempre no início do inverno, entre o final do mês
de outubro e a primeira quinzena de novembro, durante a lua crescente, e dura cinco dias. Esta celebração
representa a vitória das forças do bem contra as forças do mal, das virtudes sobre os vícios, das luzes sobre
a escuridão. Este ano vários grupos de artistas brasileiros já com histórico e currículo nas artes indianas
celebrarão o Diwali em suas cidades.
Em São Paulo, além das festividades que terão lugar no Centro Cultural da Índia, em dois outros locais o
Diwali acontecerá. No dia exato do feriado, no Espaço Rasa, coordenado por Andrea Prior, a partir das 18:00
horas, a encenação completa (10 episódios) de Ramayana acontecerá. Mais informações em www.espacorasa.
art.br. No dia 24, no Núcleo Prema,dirigido por Irani Cippiciani, também em São Paulo, terá lugar um recital
de música indiana bem como a atuação de várias bailarinas dedicadas aos estilos clássicos Bharatanatyam e
Kuchipudi. A partir das 20:30 horas.
Em Florianópolis, no dia 25, a Escola Aatmalaya Brasil, coordenada pela dançarina e professora
KrishnaSharana, apresenta um recital em celebração ao Diwali, pelo bem conhecidositaristaRajDhaivatraj,
além de outros músicos convidados e performances de dançarinas brasileiras experientes em Bharatanatyam.
É a partir das20:00 horas, na Casa das Máquinas – Centro Cultural Bento Silvério.
Agenda
Agende-se
namaste
Visite o site da Embaixada da Índia:
www.indianembassy.org.br
Renúncia: O Notícias da Índia reúne os seus contúdos a partir de diversas fontes e as opiniçoes e pontos de vista expressos nas entrevistas e eartigos pubnlicados não representam necessariamente as opiniões da Embaixada
ou do Governo da Índia.