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O PROFESSOR PDE E OS DESAFIOSDA ESCOLA PÚBLICA PARANAENSE
2009
Produção Didático-Pedagógica
Versão Online ISBN 978-85-8015-053-7Cadernos PDE
VOLU
ME I
I
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SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCAÇÃO
SUPERINTENDÊNCIA DA EDUCAÇÃO
DEPARTAMENTO DE POLÍTICAS E
PROGRAMAS EDUCACIONAIS
COORDENAÇÃO ESTADUAL DO PDE
IES: UNIVERSIDADE ESTADUAL DO OESTE DO PARANÁ
UNIOESTE
NÚCLEO REGIONAL DE CASCAVEL
MARIA LURDES MEIRA
UNIDADE DIDÁTICA
SOCIEDADE DE CONSUMO NA CONTEMPORANEIDADE: UM
TEMA DE INTERESSE NO ENSINO DE GEOGRAFIA
CASCAVEL
2010
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1
MARIA LURDES MEIRA
UNIDADE DIDÁTICA
SOCIEDADE DE CONSUMO NA CONTEMPORANEIDADE: UM
TEMA DE INTERESSE NO ENSINO DE GEOGRAFIA
Trabalho apresentado ao PDE, como sugestão de atividades
práticas aos professores, referentes ao Projeto de
Intervenção Pedagógica, elaborado pela Professora de
Geografia Maria Lurdes Meira sob a orientação do
Professor Doutor Edson dos Santos Dias, do curso de
Geografia da Universidade Estadual do Oeste do Paraná,
(UNIOESTE) Campus de Marechal Cândido Rondon.
CASCAVEL
2010
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2
AGRADECIMENTOS
Primeiramente a Deus pela vida e pelas oportunidades colocadas em meu
caminho.
Às colegas de trabalho e amigas por incentivarem-me a ingressar no PDE.
Aos Professores participantes do GTR, pelas suas contribuições.
Em especial:
Professora Ivone Adolfina Walker Dettmer, colega de
trabalho e amiga a qual acompanhou-me desde o início
do projeto, colaborando ainda com a revisão e correção
desta produção.
Professora Terezinha Dresch, colega do PDE e amiga a
qual incansavelmente dedicou seu tempo em todas as
horas que precisei de seu auxílio.
Professor Doutor Edson Santos Dias, Orientador que
contribuiu para direcionar-me no processo desta
caminhada de aprendizagem e produção.
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3
IDENTIFICAÇÃO
PROGRAMA DE DESENVOLVIMENTO DA EDUCAÇÃO – PDE/SEED/PR
PERÍODO: 2009/2010
PROFESSORA: Maria Lurdes Meira
ÁREA DO PDE: Geografia
NRE: Cascavel
PROFESSOR ORIENTADOR: Dr. Edson dos Santos Dias
IES: UNIOESTE – Campus de Marechal C. Rondon
ESCOLA DE IMPLEMENTAÇÃO: Colégio Estadual Presidente Costa e Silva – E.F.M.
PÚBLICO OBJETO DA INTERVENÇÃO: Alunos da 8ª série A – Período matutino
TEMA: Como ensinar a questão do consumismo na sociedade atual
TÍTULO DA PRODUÇÃO DIDÁTICO PEDAGÓGICA – UNIDADE DIDÁTICA:
Sociedade de consumo na contemporaneidade: um tema de interesse no Ensino de
Geografia
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SUMÁRIO
1 - INTRODUÇÃO.............................................................................................5
2 - FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA................................................................7
2.1- Contextualização do Ensino de Geografia.................................................7
2.2- Abordagem do Consumismo na Disciplina de Geografia.......................8
3 - REFERÊCIAS.............................................................................................12
4 - SUGESTÕES DE ATIVIDADES PRÁTICAS.........................................13
4.1 - Atividade 1 - Consumismo na Sociedade Atual....................................13
4.2 - Atividade 2 - Consumismo X Qualidade de Vida.................................18
4.3 - Atividade 3 - Embalagem X Publicidade X Consumismo X
Natureza.............................................................................................................21
4.4 - Atividade 4 - A influência da publicidade na definição de nossas
necessidades de consumo..................................................................................24
5 - SISTEMÁTICA DE AVALIAÇÃO ...........................................................29
6 - CRONOGRAMA DE IMPLEMENTAÇÃO.............................................30
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5
1 INTRODUÇÃO
A Unidade Didática Sociedade de consumo na contemporaneidade: um tema de
interesse no ensino de Geografia aqui apresentada, é resultado de um projeto de pesquisa
possibilitado pelo Programa de Desenvolvimento Educacional (PDE), da Secretaria do Estado
de Educação do Paraná, realizada no período de 2009 e 2010 em parceria com a UNIOESTE.
Tem como objetivo geral “reflexões sobre consumo necessário e consumismo em
relação à sustentabilidade socioambiental no atual modelo de organização social
hegemônico”1. É composta por atividades e textos que objetivam especificamente: despertar
nos alunos a sensibilidade quanto aos danos ambientais2 causados pelo consumismo na
sociedade atual, bem como entender as formas de motivação que induzem os indivíduos ao
consumo abusivo, as quais tiram a liberdade de definir as suas reais necessidades de consumo.
O tema estudado Como ensinar a questão do consumismo na sociedade atual na
disciplina de Geografia propõe formas metodológicas de fácil aplicabilidade para as séries
finais do Ensino Fundamental ou Ensino Médio. Assim, apresentam-se quatro atividades para
trabalhar diretamente com os alunos fazendo referência ao que está cientificamente
comprovado: em conseqüência do consumismo exagerado, cresce a exploração social e,
paralelamente, cresce a degradação ambiental, tanto pela exploração da matéria-prima como
pelo descarte descontrolado das sobras.
É uma proposta para ser abordada pausadamente de maneira que os alunos possam
perceber através da práxis3 a real situação de alienação, de envolvimento e dependência em
que se encontram em relação ao sistema de produção capitalista.
As atividades são condizentes aos conteúdos estruturantes: Dimensão Econômica do
Espaço Geográfico, Dimensão Política do Espaço Geográfico, Dimensão Socioambiental do
Espaço Geográfico, contemplados nas Diretrizes Curriculares da Educação Básica de
Geografia do Estado do Paraná. Estão direcionadas para uma proposta que integra
teoricamente o materialismo histórico dialético, cuja preocupação é o ensino de Geografia
voltado para a atual situação de relação existente entre a sociedade e a natureza, assim
expressado:
1 Objetivo geral do projeto de pesquisa e implementação referente ao PDE – 2009/2010 ( MEIRA, M. L. 2010) 2 O termo ambientais expressa a interação entre a natureza e a sociedade (MEIRA, M. L. PDE, 2010). 3 Práxis é um conceito filosófico da atividade teórico-prática do ser humano em sociedade (ALMEIDA,
ARNONI, OLIVEIRA, p 125. 2007).
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6
[...] Deve possibilitar ao aluno a compreensão sócio-histórica das relações
de produção capitalista, para que ele reflita sobre as questões
socioambientais, políticas, econômicas e culturais, materializadas no espaço geográfico. Sob tal perspectiva, considera-se que o aluno é agente da
construção do espaço, e portanto é também papel da Geografia subsidiá-los
para inferir conscientemente na realidade.
[...] Os alunos deverão entender as relações de poder que os envolvem e de alguma forma os determinam. (DCEB/PR, GEOGRAFIA, 2008, p.70 e, 71).
A fundamentação teórica está baseada em pesquisa bibliográfica apoiada em vários
autores e outros recursos audiovisuais e midiáticos, considerando-se também à prática da
professora autora, atuante na área da educação desde 1981. É um texto que traz
conhecimentos para fins de reflexão sobre o tema apresentado. Está direcionado aos
profissionais da educação, o qual é indicado como o ponto de partida para todos os
professores que tiverem interesse em aplicar as atividades aqui sugeridas.
A abordagem metodológica envolve o contexto da realidade social do aluno nas
escalas global e local, assim como as suas intermediações e relações, possibilitando-lhe
enfrentar com mais segurança e entendimento os desafios e complexidades do seu espaço de
vivência, considerando que a Geografia, assim como as demais ciências, tem papel
fundamental para apresentar melhorias na qualidade de ensino.
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2 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA
A atual decadência do ensino, profissionalmente nos incomoda, aumentando ainda
mais a preocupação com a “causa educação”. É um fato real que motiva para buscar maior
aprofundamento em conhecimentos científicos, principalmente no que diz respeito a
conteúdos pertinentes à área de nossa atuação.
2.1 Contextualização do Ensino de Geografia
Está claro que a educação não se dá somente pela escola, mas muito mais por outras
influências extra-escolares, as quais levam o aluno a adquirir novos conhecimentos que
possibilitam a ele novos comportamentos. Para Nagel, (2001, p. 100), a educação tem seu
conceito mais abrangente:
Educação implica em formação do homem e compreende inúmeros
processos, incluindo-se dentre eles, os ativados pela própria escola em seus diferentes graus, modalidades, estratégias ou técnicas. A educação na
perspectiva adotada, pleiteando mudanças nos homens, não delimitaria
apenas a escolarização ou a educação formal. Enquanto uma busca
intencional de novos comportamentos para responder melhor às novas exigências da vida, a educação contaria para sua concretização, com
outras instituições como a família, a igreja, o setor jurídico e principalmente
os meios de comunicação e estaria associada, em sua raiz, à substituição ou a reprodução (ainda que sob formas novas) da ordem social (NAGEL, 2001,
p.100).
Em meio a tantas reformas educacionais impostas pelo sistema capitalista interessado
em manter suas ideologias, fatiam-se as ciências, dando lugar às especialidades
particularizadas do conhecimento. Enquanto se aprende de forma fragmentada, o
individualismo predomina, dificultando a socialização do saber e se perde a noção da
totalidade. A própria Geografia por um longo período não teve a preocupação de análise das
relações que se estruturam no espaço e na sociedade, concentrando-se apenas em estudos:
[...] a fragmentação acontece de tal forma que impede o raciocínio lógico
capaz de dar conta do objeto que deve tratar. São questões (físicas) naturais e
humanas, são termos de relevo, vegetação, clima, população êxodo rural e migrações, estrutura urbana e vidas nas cidades, industrialização e
agricultura... estudados como conceitos a-históricos, abstratos neutros, sem
ligação com a realidade concreta (CALLAI, 2001, p.139).
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A evolução histórica da Geografia como ciência, também é resultado das conquistas
alcançadas pela humanidade. É por isso que o saber geográfico não pode ser exclusivo de um
pequeno grupo, ou ser um instrumento apenas de Estado, e sim deve estar a serviço da
melhoria da qualidade de vida da maioria da população, com entendimento de que as ações
coletivas são as que trazem melhores resultados.
A história do pensamento geográfico neste final do século XX, está marcada
por um intenso debate entre o positivismo clássico, o empirismo lógico, o
historicismo, a dialética e a fenomenologia. A influência marxista deixou marcas profundas neste debate. Ignorá-la é ignorar a história do século XX.
Ou melhor é instrumentalizar o Estado capitalista ideologicamente
(CARLOS, OLIVEIRA, 1999, p.47)
Desta forma procura-se atender um chamado à responsabilidade social do educador,
como articulador de reflexões e debates de assuntos instigantes à realidade, que é seu
principal papel na interação com os educandos, com a escola e com a sociedade.
2.2 Abordagem do Consumismo na Disciplina de Geografia
A busca por estudo sobre “Como ensinar a questão do consumismo na sociedade
atual”, está relacionada à experiência de docência da Educação Básica, quando nos deparamos
com a preocupação referente a existência de lacuna deste conteúdo no currículo escolar. O
assunto “consumismo” não é abordado nos manuais didáticos ou, quando aparece por
intermédio de outros conteúdos, é posto em segundo plano, abordando-se timidamente, de
forma superficial ou distanciado e distorcido da realidade.
A partir de tais considerações, evidencia-se a necessidade de encontrar formas
metodológicas e didáticas, cujas práticas sejam condizentes à situação de vivência dos alunos.
Assim, sem que se sintam alienados, mas inseridos nos conteúdos e motivados através de
diferentes atividades em aula, obtenham por meio do estudo, o conhecimento científico
relacionado com a totalidade4. É importante então que os educandos possam refletir sobre a
questão do consumismo na contemporaneidade, como um desafio para despertar a
sensibilidade de cada um, já que não existe possibilidade - atualmente - de viver fora do
contexto do sistema capitalista.
4 Totalidade sob a lógica dialética não é a soma das partes, mas uma vez que nessa lógica o todo e as partes não
são fixos, estão em movimento. Eles se modificam de acordo com as relações que estabelecem entre si. Essas
relações são de tensão porque expressam a negação mútua entre eles, que são opostas e, por isto, ao mesmo
tempo em que se negam, se completam (ALMEIDA, ARNONI, OLIVEIRA. 2007, p. 91).
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Os avanços tecnológicos para a expansão da produtividade de artigos bons e
desejáveis pela sociedade são constantes. Investe-se alto na divulgação, através dos mais
variados meios publicitários, de forma que os produtos novos fiquem conhecidos e venham a
ser consumidos com maior rapidez, garantindo lucro desta venda em curto prazo.
O Instituto Alana, aponta os seguintes dados, em relação à influência da publicidade
que atinge faixas etárias precocemente:
As crianças brasileiras influenciam 80% das decisões de compra de uma
família (TNS/InterScience, outubro de 2003). Carros, roupas, alimentos, eletrodomésticos, quase tudo dentro de casa tem por trás o palpite de uma
criança, [...]. A publicidade na TV é a principal ferramenta do mercado para
a persuasão do público infantil, que cada vez mais cedo é chamado a
participar do universo adulto quando é diretamente exposto às complexidades das relações de consumo sem que esteja efetivamente
pronto para isso.5
Referindo-se às necessidades de consumo impostas no sistema capitalista, que
ultrapassam culturas tradicionais desrespeitando-as e até destruindo-as, Alphandéry, Bitoun e
Dupont, (1992, p. 115) afirmam: “Nós não definimos livremente nossas necessidades, nós
consumimos mercadorias e signos, nós somos prisioneiros das nossas necessidades”.
As necessidades individuais podem diferenciar-se de acordo com a cultura de cada
sociedade, porém o sistema dominante exalta aquela que convém ao consumo e ao exagero,
sem a identificação real do que é melhor consumir ou possuir.
A necessidade disseminada em números e objetos de consumo, o trabalho
fragmentado em tarefas repetitivas e autoritariamente impostas, a política confiscada pelos estados maiores dos partidos ou pelos corredores da
burocracia, o homem em peças separadas, a natureza sob ou em reservas
protegidas não são, de fato senão múltiplos sintomas de um só e único fenômeno: pensamos o mundo das necessidades antes da necessidade do
mundo, enquanto deveríamos ainda aqui, tentar fazer o inverso. [...] É então,
analisar a cadeia ininterrupta que percorre a necessidade através da ciência,
da técnica, da economia do objeto e seu uso até nossas relações sociais e políticas e nossa relação com a natureza a fim de que se reflita, na definição
e na satisfação de nossas necessidades, [...] E, é enfim, aceitar novamente
que o homem seja um ser de dívida. Dívida em relação ao passado, ao presente e ao futuro, que frente ao poder do fato consumado que lhe confere
sua ação transformadora do mundo, impõe-lhe imaginar, sob novas formas,
necessidades e direitos de conservação (ALPHANDÉRY; BITOUN e DUPONT, 1992, p. 130).
5 In: WIKIPÉDIA, a enciclopédia livre. Flórida: Wikimedia Foundation, 2009. Disponível em:
http://www.alana.org.br/CriancaConsumo/Educacao.aspx?v=2&id=34>. Acesso em: 19 nov. 2009.
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No que diz respeito à movimentação das mercadorias, pode-se considerar como uma
visão crítica do sistema econômico mundial, a transformação das próprias pessoas em
mercadorias: “A economia consumista se alimenta do movimento das mercadorias e é
considerada em alta quando o dinheiro mais muda de mãos; e sempre que isso acontece,
alguns produtos de consumo estão viajando para o depósito de lixo” (BAUMAN 2007, p.
51). A política do capital é contínua e busca-se ofertar cada vez mais produtos irresistíveis.
Destaca-se ideologicamente o luxo como algo positivo, existente nas classes
dominantes. Por isso, afirma-se que o sistema capitalista é “profundamente enganador”
(MÉSZÁROS 1996, p. 36). O luxo tem seu valor ideológico que mede o status social ou o
poder econômico das pessoas, promovido e sustentado pelas forças de produção capitalista.
Varia na sua concepção e estilo conforme variam as condições sociais dos indivíduos e as
diferentes épocas históricas da humanidade.
Assim, como resultado da absurda reversão dos avanços produtivos em favor dos produtos de consumo rápido e da dissipação destrutiva de recurso, o
“capitalismo avançado” tende a impor à humanidade o mais perverso tipo de
existência imediatista, totalmente destituída de qualquer justificativa em relação com as limitações das forças produtivas e das potencialidades da
humanidade acumuladas no curso da história (MÉSZÁROS, 1996, p.35).
O avanço das forças produtivas que se estabelece favorece o crescimento econômico
do poder da classe dominante, porém é contraditório quanto aos danos ambientais que surgem
em conseqüência desta forma de desenvolvimento e quanto ao distanciamento entre as classes
sociais e degradação da natureza. “[...] problemas ecológicos e ambientais revelam disfunções
que são próprias de um determinado estilo de desenvolvimento; problemas de um
desenvolvimento desigual para as sociedades humanas e nocivos para os sistemas naturais”
(GUIMARÃES 2005, p. 86).
No Manual de Educação referente ao Consumo Sustentável do Ministério do Meio
Ambiente Brasileiro, consta que:
A industrialização crescente permitiu um aumento excepcional no consumo
de produtos e teve como conseqüência o aumento também do lixo e da
poluição. Para conter os danos ao meio ambiente de uma população não-sustentável e garantir a sobrevivência das futuras gerações, a sociedade
moderna terá de reformular alguns hábitos de consumo. Vivemos numa
sociedade de consumo, onde comprar e vender fazem parte do cotidiano e
tomam muito tempo, recurso e energia. O problema é que geralmente não percebemos que esse simples ato pode ter reflexos negativos sobre o meio
ambiente. [...] será que precisamos de todos os produtos que consumimos?
Se avaliarmos com cuidado, veremos que boa parte do que compramos em
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nosso dia-a-dia é fruto de uma falsa necessidade, de um exagero criado pela
cultura do consumismo dos bens descartáveis” (BRASIL, 2002, p.122).
O documento “A Carta da Terra”, que envolveu o mais inclusivo e participativo
processo associado à criação de uma declaração internacional, cujo teor é a preocupação com
o homem no Planeta Terra, buscando a construção de uma sociedade global justa, sustentável
e pacífica, faz os seguintes chamados:
São necessárias mudanças fundamentais dos nossos valores, instituições e modo de vida. Devemos entender que, quando as necessidades básicas forem
atingidas, o desenvolvimento humano será primariamente voltado a ser mais,
não a ter mais. Temos o conhecimento e a tecnologia necessários para
abastecer a todos e reduzir nossos impactos ao meio ambiente. O surgimento de uma sociedade civil global está criando novas oportunidades para
construir um mundo democrático e humano. [...] Incluir totalmente os custos
ambientais e sociais de bens e serviços no preço de venda e habilitar os consumidores a identificar produtos que satisfaçam as mais altas normas
sociais e ambientais”.[...] Defender o direito de todas as pessoas no sentido
de receber informação clara e oportuna sobre assuntos ambientais e todos os planos de desenvolvimento e atividades que poderiam afetá-las ou nos quais
tenham interesse (CARTA DA TERRA, p.1-2,4,6). 6
Estas são algumas das reflexões que merecem um olhar especial, por nós professores
de Geografia. A sociedade precisa de pessoas que pensem sobre como encontrar soluções para
amenizar o que está posto e que saibam viver na coletividade. Aqui está o grande poder e
desafio da Escola e dos educadores: praticar com os alunos o pensar pela totalidade, pela
contradição, pela interação, pela dialética e a colaborar com parte da formação da
integralidade do ser humano.
6 In: WIKIPÉDIA, a enciclopédia livre. Flórida: Wikimedia Foundation, 2009. Disponível em:
http://pt.wikipedia.org/w/index.php?title=A_Carta_da_Terra&oldid=17242420>. Acesso em: 17 out. 2009.
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3 REFERÊNCIAS
A CARTA DA TERRA In: WIKIPÉDIA, a enciclopédia livre. Flórida: Wikimedia
Foundation, 2009. Disponível em: <http://pt.wikipedia.org/w/index.php?title=A_Car
ta_da_Terra&oldid=17242420>. Acesso em: 17 out. 2009.
ALANA, Instituto < http://www.alana.org.br/CriancaConsumo/Educacao.aspx?v=2&id=34>.
Acesso em: 19 nov. 2009.
ALMEIDA José, ARNONI Maria e OLIVEIRA Edilson. Mediação dialética na educação
escolar: teoria e prática. São Paulo. SP. Edições Loyola. 2007.
ALPHANDÉRY Pierre, BITOUN Pierre, DOPONT Yves. O Equívoco Ecológico. São
Paulo. Ed. Brasiliense. 1992.
BAUMAN, Zygmut. Vida para Consumo: A transformação das pessoas em mercadorias.
2007. Cambridge. Inglaterra. Tradução Carlos Alberto Medeiros. Rio de Janeiro. Ed. Zahar
2008.
BRASIL, Ministério do Meio Ambiente, Instituto de Defesa do Consumidor. Consumo
Sustentável: manual de educação. São Paulo. Impressão: Prod. Gráficas Editoriais. 2002.
CALLAI, Helena Copetti. GASTROGIOVANNI, Antônio Carlos. SCHÄFFER, Neiva Otero.
KAERCHER, Nestor André. Geografia em Sala de Aula: práticas e reflexões. 4ª edição.
Porto Alegre. RS. Ed. UFRGS. 2003.
CARLOS, Ana F. Alessandri e OLIVEIRA, Ariovaldo Umbelino. Reformas no Mundo da
Educação: Parâmetros Curriculares e Geografia. São Paulo. Ed. Contexto. 1999.
GUIMARÃES, Mauro. Sustentabilidade e Educação Ambiental. In CUNHA, Sandra Baptista
da, GUERRA, Antônio José Teixeira. A Questão Ambiental – Diferentes Abordagens. Rio
de Janeiro.Ed. Bertrand Brasil. 2005.
MÉSZAROS, Isteván. Produção Destrutiva e Estado Capitalista. 2ª Edição. São Paulo. Ed.
Ensaio. 1996.
NAGEL,L.Helena. O Estado Brasileiro E As Políticas Educacionais A Partir Dos Anos
Oitenta. In: NOGUEIRA,F.M.G (org).Estado e Políticas Sociais no Brasil: Conferência
proferida no Seminário Estado e Políticas Sociais no Brasil e textos do relatório parcial do
projeto de pesquisa.Cascavel: EDUNIOESTE: 2001.
PARANÁ, Secretaria de Estado de Educação. Departamento de Educação Básica. Diretrizes
Curriculares da Educação Básica de Geografia. Curitiba. 2008.
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4 SUGESTÕES DE ATIVIDADES PRÁTICAS
O desenvolvimento das atividades seguintes tem como objetivos específicos:
- Despertar nos alunos a sensibilidade quanto aos danos ambientais causados pelo
consumismo na sociedade atual.
- Entender as formas de motivação que nos levam, enquanto indivíduos, ao consumo
abusivo, as quais nos tiram a liberdade de definir plenamente nossas necessidades.
4.1 Atividade 1
Tema: Consumismo na Sociedade Atual
Nesta atividade os alunos terão conhecimento introdutório ao tema, podendo
identificar a evolução da humanidade em relação à degradação socioambiental no decorrer do
processo histórico do consumismo, através do seguinte procedimento metodológico:
- Exposição resumida o assunto: “Sociedade de consumo na contemporaneidade: um tema de
interesse no ensino de Geografia”, esclarecendo sobre as atividades sugeridas neste contexto.
- Apresentar o texto 1 para leitura em grande grupo, seguida de explicações e comentários. Ao
final cada aluno deverá responder as três questões colocadas no início do texto.
- Esclarecer o significado de termos como: forças produtivas, consumo necessário,
consumismo exagerado, necessidades básicas, necessidades criadas, valor de troca, valor de
uso, luxo, moda, degradação ambiental.
- Assistir ao vídeo “A história das coisas” - poderá ser acessado no laboratório de
informática, pelo seguinte endereço:
<http://www.diaadia.pr.gov.br/tvpendrive/modules/debaser/singlefile.php?id=13027>.
- Fazer comentário mediando a compreensão referente ao processo histórico da evolução da
sociedade contemporânea, conforme exposto no conteúdo do vídeo. Poderão anotar no
caderno os pontos mais relevantes.
- Assistir ao vídeo “Impacto Ambiental – Descarte de Pilhas”, poderá ser acessado no
laboratório de informática, pelo seguinte endereço:
<www.diaadia.pr.gov.br/tvpendrive/modules/debaser/player.php?id=13973>, e comparar o
conteúdo do mesmo com atitudes semelhantes que praticamos em nosso dia a dia.
- Reflexão: O que podemos fazer em prol do equilíbrio da natureza, se somos uma parte tão
pequena na sociedade?
![Page 16: New DA ESCOLA PÚBLICA PARANAENSE 2009 · 2013. 6. 14. · 5 1 INTRODUÇÃO A Unidade Didática Sociedade de consumo na contemporaneidade: um tema de interesse no ensino de Geografia](https://reader036.vdocuments.site/reader036/viewer/2022081408/6070e884e59187328f63e95d/html5/thumbnails/16.jpg)
14
TEXTO 1
O que são necessidades?
(MEIRA, Maria Lurdes. PDE 2010. Texto adaptado para fins didático com
base no Livro: EQUÍVOCO ECOLÓGICO dos Autores: Alphndéry,P.
Bitoun P. Dupont Y. - Ed. Brasiliense. SP. 1992)
Temos mesmo necessidade de todas as nossas necessidades?
Não inventamos pra nós necessidades fictícias?
Na sociedade atual vivemos sob o efeito das políticas de produção capitalista, isto é,
dá-se grande importância a ter cada vez mais coisas: mercadorias, bens, capitais. Estas
coisas novas chegam até nós, primeiramente através da propaganda que vem aguçar nossa
vontade de comprar e adquirir algo novo, mesmo sem necessidade de possuí-lo. Assim,
descartamos objetos úteis que ainda poderiam ser usáveis por maior tempo e substituímos
por outros mais sofisticados, os quais muitas vezes continuam com as mesmas utilidades.
Figura 1
Fonte: http://www.diaadia.pr.gov.br/tvpendrive/modules/debaser/singlefile.php?id=9826
Para entender melhor a situação atual da sociedade em que vivemos, precisamos
relembrar como ocorreu o processo histórico de formação da humanidade. Considerando o
tempo, a cultura e o espaço em que se organizaram todas as sociedades, percebe-se que a
maioria dos povos sempre buscou melhorar a situação de conforto coletiva ou individual.
- Será que isso está certo? - Será que sempre foi assim? - Será que isso está certo? - Será que sempre foi assim? - Será que isso está certo? - Será que sempre foi assim?
![Page 17: New DA ESCOLA PÚBLICA PARANAENSE 2009 · 2013. 6. 14. · 5 1 INTRODUÇÃO A Unidade Didática Sociedade de consumo na contemporaneidade: um tema de interesse no ensino de Geografia](https://reader036.vdocuments.site/reader036/viewer/2022081408/6070e884e59187328f63e95d/html5/thumbnails/17.jpg)
15
Interessante que os homens de outras culturas, com o
passar do tempo, estudaram tanto, investiram tanto,
acumularam tantos bens e conhecimentos para chegarem
ao poder de destruição da natureza, apenas para a
satisfação de suas necessidades exageradas...
Inicialmente, a luta era por um conforto simples, apenas buscavam suas necessidades
básicas. Com o passar dos tempos este conforto foi agregando novas necessidades e domínio
de novos espaços, incluindo a melhoria da situação financeira de maneira geral. Neste
processo, os indivíduos foram fortalecendo-se com maior quantidade de bens e produtos cuja
apropriação destes valores materiais e o poder em deter capital, evoluiram para determinar a
posição social ou o status individual.
Nesta evolução histórica e cultural, a sociedade organizou-se em países,
conquistando e demarcando seus territórios... Atualmente, os países do mundo (em sua
grande maioria), estão estruturados numa sociedade com civilização industrial, a qual já
atingiu um estágio de relações de desenvolvimento avançado e muito diferente de sociedades
anteriores. Podemos tomar como exemplo, alguns países do continente americano, que se
estruturaram numa sociedade de produção industrial capitalista que explora o trabalho
humano e a natureza, diferenciando-se muito da sociedade indígena aqui existente. Na
sociedade industrial trabalha-se muito e vive-se mal, com constantes agressões ao meio
ambiente... De maneira geral, a sociedade civilizada atingiu um elevado nível de inovações
tecnológicas, que trouxeram grandes benefícios para a humanidade, mas continua carente de
recursos em todos os sentidos, pois ainda não foi erradicada a pobreza, a fome, o
analfabetismo...
Na sociedade atual, estamos sempre em busca de mais coisas, mesmo sem saber o
porquê de tais necessidades, queremos sempre comprar mais. Na explicação de Alphandéry,
Bitoun e Dupont (1992, p. 111), a questão cultural dos indivíduos é trabalhada de forma que
as coisas do passado não possuem mais valor e que as coisas novas chegam para substituí-
las. As modificações de nossas necessidades são determinadas pelas publicidades que
indicam os novos produtos a serem por nós desejados.
Na sociedade contemporânea são as publicidades que criam as necessidades para as
pessoas de todas as idades, sendo que principalmente as crianças e os jovens são os mais
atingidos. Formou-se uma mentalidade de adquirir novos objetos e jogá-los fora tão cedo,
![Page 18: New DA ESCOLA PÚBLICA PARANAENSE 2009 · 2013. 6. 14. · 5 1 INTRODUÇÃO A Unidade Didática Sociedade de consumo na contemporaneidade: um tema de interesse no ensino de Geografia](https://reader036.vdocuments.site/reader036/viewer/2022081408/6070e884e59187328f63e95d/html5/thumbnails/18.jpg)
16
antes mesmo de acabar sua utilidade para substituí-los por novos. Assim, pelo fato de
estarmos sempre buscando a satisfação de nossas necessidades, na tentativa de acompanhar a
imposição da mídia que mostra as novidades, somos uma sociedade frustrada, nunca teremos
tudo, sempre queremos mais.
A publicidade aparece diariamente em nossa vida, nos adverte indicando novos
produtos e nos convence em comprá-los, por exemplo, a roupa e calçados que em cada virada
de estação mudam por conta da moda. Também os produtos eletrônicos ultimamente são
substituídos antes mesmo de findarem sua vida útil.
Agora, retomando a parte inicial de nosso texto, vamos dar ênfase ao
seguinte conceito: necessidades são desejo de possuir mais coisas... Pode variar de
acordo com a cultura, poder aquisitivo ou posição social de cada um. Para alguns
é desejo de suprir o conforto básico, enquanto que para outros, necessidades são
desejos ilimitados e exagerados.
Nossas necessidades, segundo Alphandéry, Bitoun e Dupont (1992, p. 130), estão
envolvidas numa cadeia que percorre a ciência, a técnica, a economia, tem a ver com as
relações sociais e políticas, bem como, com as relações que temos direta ou indiretamente
com a natureza.
Assim, o ser humano torna-se “um ser de dívida. Dívida em relação ao passado, ao
presente e ao futuro [...]” (ALPHANDÉRY; BITOUN e DUPONT, 1992, p. 130). Pois a
necessidade torna-se mercadoria pelo impulso da sociedade do consumo que prega a busca
O desejo de consumir ou sentir a necessidade de possuir tal mercadoria na
sociedade contemporânea é reflexo do que foi investido com intencionalidade pela TV,
mídias e publicidades como afirmação de possuir ou consumir tais produtos que
elevam a estima social. Quando as condições financeiras não permitem a aquisição, do
produto desejado, há a possibilidade de fazer dívidas através de empréstimos com
acentuados juros em longo prazo, para então possuí-lo. Desenvolveu-se assim, em
nossa sociedade, a cultura de estar sempre devendo e pagando juros, contribuindo desta
forma para o grande lucro das classes mais elevadas.
assim para o grande lucro das classes mais elevadas.
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17
por novos produtos e o descarte dos velhos, sem medir as conseqüências ambientais geradas
pelo consumo desnecessário, como resultante dos incentivos adquiridos culturalmente e
também economicamente. Ou seja, quanto mais propagado pela mídia ou quanto mais
dinheiro se tem, mais produtos são comprados, independente do nível de sua utilidade.
A insaciabilidade por mais mercadorias ou suprimento das necessidades gera bem
estar instantâneo para quem puder comprá-las. Aos pobres que não tem o mesmo acesso aos
objetos, o sistema consumista os faz acreditar que em breve poderão ter.
Entende-se, portanto, que os indivíduos internalizam que lhes é positivo possuir aquilo que
está sendo propagado no momento, constroem tais necessidades e passam a lutar por elas
sendo direcionados a desprezarem as coisas do passado recente.
REFERÊNCIAS:
A HISTÓRIA DAS COISAS: (vídeo) Disponível em:
http://www.diaadia.pr.gov.br/tvpendrive/modules/debaser/singlefile.php?id=13027 ou
http://www.youtube.com/watch?v=lgmTfPzLl4E . Acesso em 17 de out. 2009.
ALPHANDÉRY Pierre, BITOUN Pierre, DOPONT Yves. O Equívoco Ecológico.
São Paulo. Ed. Brasiliense. 1992.
IMPACTO AMBIENTAL - Descarte de Pilhas. (vídeo). Disponível em:
www.diaadia.pr.gov.br/tvpendrive/modules/debaser/player.php?id=13973. Acesso em 10 de out.de
2009.
Volte seu olhar para a figura 1 e faça uma reflexão: há necessidade de trocar com tanta
freqüência de aparelho celular?
![Page 20: New DA ESCOLA PÚBLICA PARANAENSE 2009 · 2013. 6. 14. · 5 1 INTRODUÇÃO A Unidade Didática Sociedade de consumo na contemporaneidade: um tema de interesse no ensino de Geografia](https://reader036.vdocuments.site/reader036/viewer/2022081408/6070e884e59187328f63e95d/html5/thumbnails/20.jpg)
18
4.2 Atividade 2
Tema: Consumismo X Qualidade de vida
Nesta atividade serão abordados conteúdos que mostrem o mecanismo usado pelas
forças produtivas capitalistas na indução do consumismo desenfreado.
- Assistir fragmentos dos filmes: Os Delírios do Consumo (Becky Bloom); Super Size Me
(Morgan Spurlock); Fast Food Nation (Richard Linklater).
- Questionamentos para reflexão referente ao conteúdo dos filmes:
Será que todos os alimentos de nosso consumo diário são de boa qualidade e
saudáveis?
O uso abusivo do cartão de crédito beneficia a quem? Quem é o maior prejudicado?
O que o conteúdo dos filmes tem a ver com cada um de nós?
- Comentar sobre as guloseimas e diversidades de alimentos que existem no mercado atual,
pontuando aqueles produtos que são mais propagados pela mídia. (Neste caso entram os
lanches “fast food”, variedade de refrigerantes, principalmente a coca-cola, os quais são muito
apreciados pelas faixas etárias jovens).
- Fazer uma pesquisa sobre consumismo baseando-se nas fontes: a) Internet: Carta da Terra;
Instituto Alana; Economia Solidária (CEFURIA); Consumo Sustentável (IBAMA); Agenda
21. b) Livros: Projeto Araribá Geografia da 8ª série/2006 p. 46 a 49 e Geografia -Ensino
Médio/SEED/. 2008 – p. 164 a 163 e 177. (Ver endereços e bibliografias na referência).
- Tarefa complementar extraclasse: orientar os alunos para entrevistarem seus avôs/ avós ou
outras pessoas conhecidas, as quais tenham vivido entre os anos de 1950 a 1980, respondendo
as questões seguintes referentes à sua juventude. Em seguida repetir a mesma entrevista com
pessoas de sua família pais, tios ou vizinhos que tenham vivido sua juventude após 1980.
1) Em qual época aproximadamente viveu sua juventude? (ano)
2) Onde eram adquiridos os produtos para o alimento diário?
3) Qual a comida que mais apreciava, quando era criança ou jovem?
4) Comprava-se em prestações naquela época?
5) Usava-se cartão de crédito nas compras?
6) Qual era o meio de comunicação mais usado?
7) Qual era o meio de transporte mais utilizado?
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19
8) Quais as diversões que mais participava?
9) Quais as possíveis dificuldades de acesso a produtos na época?
10) Sua residência na época era no meio rural ou urbano? Continuou morando no mesmo
lugar ou mudou? Por quê?
11) Qual era o seu principal trabalho na época de sua juventude?
12) O que o senhor(a) gostaria de dizer para os jovens de hoje? Por quê?
- Elaborar um texto comparando as mudanças referentes ao modo de vida entre as duas
pessoas entrevistadas e responder se tais mudanças ocorreram como resultado do mercado
capitalista ou por resultado de necessidades humanas.
- Comentário em grande grupo envolvendo as conclusões do relato da entrevista e a pesquisa
concluída tendo a intervenção da professora, principalmente no sentido de:
Explorar as condições de vida que eram favoráveis ou não naquele momento
histórico, comparando com as condições de vida da sociedade atual e a organização
espacial;
Explicar as razões que levam a sociedade atual a ser tão consumista.
- Ao concluir esta atividade os alunos deverão fazer cartazes ou desenhos que expressem as
relações entre “Consumismo e Qualidade de Vida” para exposição na escola.
REFERÊNCIAS:
A CARTA DA TERRA. Disponível em:
<http://pt.wikipedia.org/w/index.php?title=A_Carta_da_Terra&oldid=17242420>. Acesso
em: 17 out. 2009.
AGENDA 21. Documento Eco/92 Rio de Janeiro. 1992. Disponível em:
<http://www.mma.gov.br/sitio/index.php?ido=conteudo.monta&idEstrutura=18&idConteudo
=575>. Acesso em 19 nov. 2009.
ALANA, Instituto < http://www.alana.org.br/CriancaConsumo/Educacao.aspx?v=2&id=34>.
Acesso em: 19 nov. 2009.
ARARIBÁ Projeto. Geografia /obra coletiva/ 8ª Série. São Paulo.Ed. Moderna. 2006.
BRASIL, Ministério do Meio Ambiente, Instituto de Defesa do Consumidor. Consumo
Sustentável: manual de educação. São Paulo. Impressão: Prod. Gráficas Editoriais. 2002.
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20
CEFURIA, Centro de Formação Urbano Rural Irmã Araujo/ PR e RECID, Rede de Formação
Cidadã / PR. Disponível em <http://www.cefuria.org.br e www.recid.org.br>.
FRAGMENTOS DO FILME Os Delírios de Consumo. (Becky Bloom).
<http://www.diaadia.pr.gov.br/tvpendrive/modules/debaser/singlefile.php?id=15911>
Acesso em 03 mai. 2010.
FRAGMENTOS DO FILME: Fast Food Nation (Richard Linklater);
FRAGMENTOS DO FILME: Super Size Me (Morgan Spurlock);
PARANÁ, Secretaria de Estado de Educação. Geografia Ensino Médio. Ed. SEED/PR.2008.
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21
4.3 Atividade 3
Tema: Embalagens X Publicidade X Consumismo X Natureza
Atividade prática na qual os alunos farão seus trabalhos com base na observação e
análise de embalagens de produtos que consumiram em suas casas. Para introdução desta será
feita a leitura e comentário do texto 2.
- OBS: Os alunos serão antecipadamente orientados para coletar embalagens e ir entregando
ao(à) professor(a) que guardará as mesmas.
No dia da atividade formarão pequenos grupos, terão orientações e acompanhamento do(a)
professor(a) para:
Identificar o nome do produto, peso, volume, textura da embalagem, o que é mais
atrativo no visual da embalagem, local de origem do produto, local em que foi
embalado.
Analisar sobre a possibilidade de existir outra forma mais ecológica de embalar este
produto para estar no mercado.
Concluir se o visual da embalagem influencia ou não ao consumismo exagerado.
Identificar seu descarte e sua decomposição se jogados na natureza.
- Elaboração de um mapa do Brasil Político (tamanho grande - colado sobre um feltro) e ao
redor fixar as embalagens, ligando cada uma com um fio até o local de sua produção no mapa.
- Interferência da professora para explicar sobre as formas e condições referentes ao trabalho
humano destinado na produção e transporte de mercadoria bem como a questão espacial
envolvida, solicitando que relatem nos cadernos suas conclusões.
TEXTO 2
A Ação do Sistema Capitalista e a Natureza
(MEIRA, Maria Lurdes. PDE 2010 - Texto adaptado para fins didáticos)
No sistema capitalista o mais importante é o lucro. Os donos dos meios de produção
são os mais privilegiados economicamente e nestas condições também dominam o poder
político sobre o Estado. Para Mèszáros (1996, p.35), o capitalismo impõe o imediatismo à
humanidade, sem considerar suas culturas ou potencialidades acumuladas, exigindo
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22
aceleração na produtividade e no consumo. É um sistema no qual as classes sociais dividem-
se, diferenciando-se de acordo com seu poder econômico.
O desconhecimento da dinâmica dos sistemas naturais responsáveis pela
vida na Terra e o consumismo exacerbado levam a desastres ecológicos que
precisam ser entendidos em suas raízes. As tecnologias modernas não substituem nem eliminam o papel da natureza na vida humana, pelo
contrário, podem acelerar a destruição de seus recursos e da biodiversidade
(PONTUSCHKA, 1982. p. 63).
A partir do final da década de 1940, a marca passa a ser: slogan, imagem, etiqueta
que animam as pessoas a apropriarem-se de certos produtos, pelo status que isso representa.
Entre tantos, temos o exemplo da Barbie, marca da boneca criada em 1959, vindo influenciar
o mercado de brinquedos promovendo uma revolução ao consumo infantil.
Segundo Bauman, (2008, p. 8) a influência da internet nos últimos tempos vem
crescendo assustadoramente, cativando crianças e jovens a ficar logado o maior tempo
possível. As redes sociais on-line crescem em grande escala nos últimos anos. E nem tudo o
que ali está posto somam para o bem estar coletivo. Pois nestas páginas estão impregnadas as
publicidades, o lançamento de novos produtos e o convite para a compra on-line 24 horas por
Referente ao valor de uma marca, Klein (2003, p. 32), explica que a
busca do verdadeiro significado das marcas, ou essência da marca, tem
importância fundamental para a vida de algumas pessoas, neste sentido as
corporações fabricam os produtos, mas as pessoas compram e consomem as
marcas que indicam status.
![Page 25: New DA ESCOLA PÚBLICA PARANAENSE 2009 · 2013. 6. 14. · 5 1 INTRODUÇÃO A Unidade Didática Sociedade de consumo na contemporaneidade: um tema de interesse no ensino de Geografia](https://reader036.vdocuments.site/reader036/viewer/2022081408/6070e884e59187328f63e95d/html5/thumbnails/25.jpg)
23
dia. [...] “Assim, invés de haver um convívio pacífico e amigável entre os seres humanos o
individualismo toma conta e um quer ter mais que o outro” (BAUMAN, p. 68 e 69).
Figura 2
Fonte: http://www.matorres.com.br/portal/images/stories/consumismo.jpg
O consumismo é o ponto chave para a sustentação do capitalismo. Ao mesmo tempo
em que este consumismo é um crédito para a aceleração do capital é também um déficit à
destruição desordenada da natureza, principalmente dos seus recursos não renováveis.
O crescimento industrial ao longo do tempo vem sendo tão acelerado que a
reprodução dos recursos naturais renováveis não tem condições de acompanhar, por isso,
alguns já esgotaram-se e outros estão em risco.
Com este modelo ou estilo de desenvolvimento e com o modo de vida atual que
vem se construindo não tem como dar sustentabilidade à natureza. A crise ambiental em
parte está insustentável. Pois quanto mais consumimos descontroladamente, mais
colaboramos para o desgaste do meio ambiente de nosso planeta.
REFERÊNCIAS:
BAUMAN, Zygmut. Vida para Consumo: A transformação das pessoas em mercadorias.
2007. Cambridge. Inglaterra. Tradução Carlos Alberto Medeiros. Rio de Janeiro. Ed. Zahar
2008.
KLEIN, Naomi. Sem Logo – A Tirania das Marcas em um Planeta Vendido. Tradução
Ryta Vinagre. Ed. Record. 3ª Edição. Rio de Janeiro e São Paulo. 2003.
MÉSZAROS, Isteván. Produção Destrutiva e Estado Capitalista. 2ª Edição. São Paulo. Ed.
Ensaio. 1996.
PONTUSCHKA, Nídia, Nacib. Reflexões sobre a presença de Geografia no ensino. Médio.
Revista Geográfica de Ensino. UFMG – Departamento de Geografia. Belo Horizonte. 1982.
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24
4.4 – ATIVIDADE 4
Tema: A influência da publicidade na definição de nossas necessidades de consumo
Esta atividade dará oportunidade de percepção do quanto os meios midiáticos
influenciam na hora de definir nossas necessidades. Mostra também o quanto somos
dependentes ao que a mídia impõe. O objetivo principal é entender as formas de motivação
que nos levam, enquanto indivíduos, ao consumo abusivo, as quais nos tiram a liberdade de
definir plenamente nossas necessidades.
- Analisar em sala de aula propagandas e publicidades elaboradas pela criatividade do
mercado atual. Para esta atividade, com alguns dias de antecedência, devem ser dadas as
seguintes orientações aos alunos, como tarefa extra classe: a) Escolher um programa de TV
- assistir por meia hora - anotar o nome, horário e quais os comerciais que mais chamaram a
atenção (trazer estes dados na próxima aula); b) Revistas e Jornais – observar os produtos
propagados (trazer para a próxima aula); c) Observar na Internet – que tipo de propaganda
é mais freqüente e como estão colocadas visualmente. d) Atividade no caderno:
1) Quem são os maiores interessados em divulgar novos produtos?
2) Os produtos observados são mesmo necessários?
3) Qual é a forma de descarte do produto observado na propaganda?
4)Em sua opinião, o poder das mídias está em mãos de qual camada da sociedade? Por quê?
- Comentar a título de informações sobre a existência de leis para controlar ou condenar a
propaganda enganosa, bem como a falta de ética dentro do mundo publicitário.
- Comentar sobre o uso das datas comemorativas para influenciar ao consumismo. Leitura do
texto 3, seguido de explicações e comentário, complementando o assunto.
- Orientar os alunos para que façam individualmente um texto analisando os seguintes itens:
a) influência da publicidade na decisão de nossos sonhos de consumo; b) a interferência das
ações do sistema capitalista de produção em relação ao desequilíbrio ambiental; c) em
relação às diferentes classes sociais, quais são mais consumistas?
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25
TEXTO 3
Consumismo na Sociedade Atual
(MEIRA, Maria Lurdes. PDE. 2010 – Texto adaptado para fins didáticos)
Qual sua preferência:
Comer um hambúrguer acompanhado de uma coca-cola no ambiente
refrigerado do Mc Donald?
Comer um lanche na feira do pequeno produtor acompanhado de um caldo
de cana?
De acordo com sua preferência para onde vai o dinheiro de sua compra?
A política capitalista tem como papel principal colocar em oferta produtos
irresistíveis. Segundo Mészáros (1996, p. 36), desenvolve-se assim um sistema no qual se
destaca ideologicamente o luxo como algo positivo, existente nas classes dominantes, cujo
valor é medir o status social ou o poder econômico das pessoas. Varia na sua concepção e
estilo conforme variam as condições sociais dos indivíduos e as diferentes épocas históricas
da humanidade. Por isso, podemos afirmar que há contradição em relação ao que a
sociedade necessita para o conforto e o que a sociedade consome em exagero.
Mészáros (1996, p. 28) também explica que o padrão de consumo, no decorrer da
História, vem sendo modificado pelas inovações e aprimoramento das tecnologias produzidas.
Inovam-se os bens assim como se inovam os instrumentos de tal produtividade. No decorrer
do processo, com os avanços alcançados que refletem na agilidade da produtividade, decai a
taxa de utilização dos produtos. Criam-se artigos cada vez mais descartáveis que garantem
maior velocidade de consumo. Bens que eram duráveis, em épocas anteriores, passam a ser
produzidos com vida de uso bem mais reduzida, indo muito cedo para o lixo, antes mesmo de
esgotar sua utilidade. Há um desperdício muito grande na produção de artigos socialmente
inúteis.
Determinados objetos são transformados pela mídia em poder de sedução consensual,
provocando nas pessoas desejos doentios em obtê-los. A propaganda sempre os coloca acima
daquilo que é a sua real funcionalidade ou utilidade.
Desta forma, algumas camadas sociais usam produtos supérfluos, cujas sobras
acumulam-se rapidamente em lixos, ao mesmo tempo em que outras ficam longe de ter este
![Page 28: New DA ESCOLA PÚBLICA PARANAENSE 2009 · 2013. 6. 14. · 5 1 INTRODUÇÃO A Unidade Didática Sociedade de consumo na contemporaneidade: um tema de interesse no ensino de Geografia](https://reader036.vdocuments.site/reader036/viewer/2022081408/6070e884e59187328f63e95d/html5/thumbnails/28.jpg)
26
acesso. Esta contradição social pode ser observada no exemplo de condição sub humana
mostrado na gravura a seguir, fatos tão comuns nas grandes cidades.
Figura 3
Fonte: http://www.diaadia.pr.gov.br/tvpendrive/arquivos/Image/conteudos/imagens/2geografia/5catlixa.jpg
No Manual de Educação / Consumo Sustentável, IBAMA, (2002, p. 123), há uma
análise referente ao tipo de pessoas que mais aparecem nas imagens e anúncios publicitários
comerciais: geralmente pertencem à classe média alta, bonitas, saudáveis, felizes e bem
sucedidas. Mulheres trabalhadoras que cuidam sozinhas de seus filhos ou donas de casa que
vivem nas favelas não são interessantes, assim como a pobreza e suas características é um
problema completamente alheio ao mundo da publicidade.
Ninguém nasce consumista. O consumismo é uma ideologia, um hábito
mental forjado que se tornou uma das características culturais mais marcantes
da sociedade atual. Não importa o gênero, a faixa etária, a nacionalidade, a
crença ou o poder aquisitivo. Hoje, todos que são impactados pelas mídias de
massa são estimulados a consumir de modo inconseqüente. As crianças, ainda
em pleno desenvolvimento e, portanto, mais vulneráveis que os adultos, não
ficam fora dessa lógica e infelizmente sofrem cada vez mais cedo com as
graves conseqüências relacionadas aos excessos do consumismo: obesidade
infantil, erotização precoce, consumo precoce de tabaco e álcool, estresse
familiar, banalização da agressividade e violência, entre outras. Nesse
sentido, o consumismo infantil é uma questão urgente, de extrema
importância e interesse geral.
Diponível em: http://www.alana.org.br/CriancaConsumo/ConsumismoInfantil.aspx
Acesso em 25/03/2010.
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A Agenda 21, documento elaborado em 1992, visando o bem estar da convivência da
sociedade com a natureza, faz recomendações à humanidade para desenvolver-se de forma
sustentável, para fins de garantir as necessidades do presente sem prejudicar a vida das futuras
gerações. É um apelo para que a sociedade como um todo busque desenvolver novas idéias
para traçar novos caminhos, considerando que o sistema neoliberal, da forma que vem sendo
praticado, precisa ser modificado, já que grande parte tanto da sociedade como da natureza
vem sofrendo prejuízos em conseqüência de tal prática. Para isso nós (que somos a
sociedade), precisamos buscar por melhores conhecimentos, no sentido de nos reeducar,
principalmente quanto as nossas atitudes consumistas impulsivas que atualmente
vivenciamos.
Nas últimas décadas, cresce o número de pessoas que organizam-se em grupos ou
instituições para fins de resistência e combate aos danos naturais do planeta cometidos pela
ação desordenada da sociedade capitalista. Visando um melhor futuro ao nosso planeta, o
documento “A Carta da Terra”, que envolveu o mais inclusivo e participativo processo
associado à criação de uma declaração internacional, cujo teor é a preocupação com o
homem no Planeta Terra, buscando a construção de uma sociedade global justa,
sustentável e pacífica (grifos da autora), faz os seguintes chamados:
São necessárias mudanças fundamentais dos nossos valores, instituições e
modo de vida. Devemos entender que, quando as necessidades básicas forem atingidas, o desenvolvimento humano será primariamente voltado a
ser mais, não a ter mais. Temos o conhecimento e a tecnologia necessários
para abastecer a todos e reduzir nossos impactos ao meio ambiente. O
surgimento de uma sociedade civil global está criando novas oportunidades para construir um mundo democrático e humano. [...] Incluir totalmente os
custos ambientais e sociais de bens e serviços no preço de venda e habilitar
os consumidores a identificar produtos que satisfaçam as mais altas normas sociais e ambientais”.[...] Defender o direito de todas as pessoas no sentido
de receber informação clara e oportuna sobre assuntos ambientais e todos
os planos de desenvolvimento e atividades que poderiam afetá-las ou nos quais tenham interesse (CARTA DA TERRA, p.1-.2, 4, 6). Disponível http://pt.wikipedia.org/w/index.php?title=A_Carta_da_Terra&oldid=17242420>.
Acessado em: 20/09/2009.
Neste contexto, ainda há de se observar que nem tudo está perdido. É possível
direcionar caminhos para a união entre os povos da Terra no sentido de lutar por um mundo
de maior equilíbrio social e ambiental.
De nossa parte também poderemos colaborar de várias formas, uma delas é diminuir
o consumo das coisas que não necessitamos. Para esta prática, precisamos ter em mente
sempre quando compramos um produto: Será que eu realmente preciso disso? Isso vai
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realmente ser útil para mim? Eu não tenho condições de ficar sem este produto? Não
seria melhor eu usar este dinheiro para comprar outra coisa que necessito mais? Estou
certo que quero este produto ou estou me enganando? Se optarmos por adotar tais
atitudes, possivelmente contribuiremos para evitar desgaste dos recursos naturais bem como,
controlar para que nosso dinheiro seja usado para adquirir coisas que possam melhorar nossa
qualidade de vida.
REFERÊNCIAS:
AGENDA 21. Documento da Eco/92. Rio de Janeiro. 1992.
ALANA, Instituto < http://www.alana.org.br/CriancaConsumo/Educacao.aspx?v=2&id=34>.
Acesso em: 19 nov. 2009.
BRASIL, Ministério do Meio Ambiente, Instituto de Defesa do Consumidor. Consumo
Sustentável: manual de educação. São Paulo. Impressão: Produções Gráficas Editoriais.
2002 .
MÉSZAROS, Isteván. Produção Destrutiva e Estado Capitalista. 2ª Edição. São Paulo. Ed.
Ensaio. 1996.
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5 SISTEMÁTICA DE AVALIAÇÃO
As sugestões de atividades referentes ao tema “Como ensinar a questão do
consumismo na sociedade atual”, abordado através da reflexão sobre consumo necessário e
consumismo, cujo objetivo é despertar nos alunos a sensibilidade quanto aos danos
ambientais causados pelo consumismo na sociedade atual, serão avaliados de acordo com
critérios estabelecidos no Projeto Político Pedagógico da Escola. Considerar-se-á o
desempenho dos alunos em sala de aula através da participação das atividades diárias, como
apresentação dos trabalhos individuais e em grupo, questionamentos, experiências, pesquisas,
relatos, testes e avaliações escritas no decorrer do processo ensino aprendizagem, valorizando
sempre a qualidade, a criatividade, a coerência e a expressividade dos trabalhos por eles
produzidos.
REFERÊNCIAS:
COLÉGIO ESTADUAL DA REDE PÚBLICA ESTADUAL. Presidente Costa e Silva –
Ensino Fundamental Médio. PPP da Escola do Projeto em Desenvolvimento. Núcleo
Regional de Cascavel/Paraná, 2009.
PARANÁ, Secretaria de Estado de Educação. Departamento de Educação Básica. Diretrizes
Curriculares da Educação Básica de Geografia. Curitiba. 2008.
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6 CRONOGRAMA PARA IMPLEMENTAÇÃO
Local: Colégio Estadual Presidente Costa e Silva – Ensino fundamental e Médio
Série de aplicação: 8ª - Turma: A - Turno: Matutino
Período Letivo: 2º Semestre / 2010
Horário: quarta-feira: 08h20min às 10h00min e quinta- feira: 09h10min às 10h00min
Total de aulas previstas para implementação com os alunos: 15 horas aulas
Observação: A socialização ou exposição de alguns trabalhos dos alunos a toda escola, será
feita neste período, ou a critério da determinação da Equipe Pedagógica.
Data Nº de
aulas
Implementação da Proposta Pedagógica na Escola
11 a 13/08 - Início das atividades do 2º Semestre Letivo - Semana Pedagógica
13/08 - Apresentação da proposta para a Equipe Pedagógica e demais
Professores da Escola
18/08 2 h/a Início das atividades com os alunos - Introdução da Atividade 1
19/08 1 h/a Continuação da Atividade 1 – conceitos complementares
25/08 2 h/a Continuação da Atividade 1 – assistir vídeo – Leitura/ texto1
26/08 1 h/a Introdução da Atividade 2 – assistir fragmentos de filme - reflexão
01/08 2 h/a Continuação da Atividade 2 – pesquisa orientada em classe e
encaminhamento de entrevista extra-classe
02/09 1 h/a Continuação da Atividade 2
08/09 2 h/a Introdução da Atividade 3 – trabalho com embalagens
09/09 1 h/a Continuação da Atividade 3 – Leitura texto 2
15/09 2 h/a Atividade 4 – Análise de publicidade e leitura texto 3
16/09 1 h/a Conclusão dos trabalhos