neuroftalmologia parte ii

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Neuroftalmologi a Parte II Residente: Diego R. Lucena H. Mascato (R1) Preceptores: Dr. José Clóvis Barreto Dr. Thiago Russo UNIVERSIDADE FEDERAL DO AMAZONAS HOSPITAL UNIVERSITÁRIO GETÚLIO VARGAS PROGRAMA DE RESIDÊNCIA MÉDICA SERVIÇO DE OFTALMOLOGIA

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Page 1: Neuroftalmologia parte II

Neuroftalmologia Parte IIResidente: Diego R. Lucena H. Mascato (R1)Preceptores: Dr. José Clóvis Barreto Dr. Thiago Russo

UNIVERSIDADE FEDERAL DO AMAZONASHOSPITAL UNIVERSITÁRIO GETÚLIO VARGAS

PROGRAMA DE RESIDÊNCIA MÉDICASERVIÇO DE OFTALMOLOGIA

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Nervo Óptico• É composto de 1,2 milhão de fibras aferentes que tem origem

nas células ganglionares da retina;• Cerca de 1/3 das fibras corresponde aos 5° centrais do campo

visual;• Apresenta bainhas circundantes: a) A capa mais interna é a pia-máter vascular;b) A bainha externa

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Subdivisões Anatômicas:

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Nervo Óptico• Intraocular• Intraorbitário• Intracanalicular• Intracraniano

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Pontecial Evocado Visual:

• É o registro da atividade elétrica do córtex visual criado por estímulo da retina.

• Indicações: a) Monitoramento da função visual em bebês;b) Investigação de neuropatia óptica;c) Monitorar função da via macular.

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Interpretação do PEV

• Tanto a latência como a amplitude são avaliadas;• Na neuropatia óptica, ambos os parâmetros são afetados;

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Sinais da Disfunção do Nervo Óptico:

• Redução da acuidade visual;

• Defeito pupilar aferente relativo;

• Discromatopsia;

• Diminuição da sensibilidade ao brilho luminoso;

• Deifeito de campo visual.

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Atrofia Óptica Primária:

• Ocorre sem edema prévia da cabeça do NO;

• As lesões anteriores ao quiasma óptico resultam em atrofia unilateral;

• Lesões no quiasma e no trato óptico irão causar alterações bilaterais;

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Sinais:

• Disco óptico branco e plano com margens bem definidas;

• Redução no número dos pequenos vasos sanguíneos na superfície do disco;

• Atenuação dos vasos sanguíneos peripapilares e afinamento da camada de fibras nervosas;

• A atrofia pode ser difusa ou setorial;

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Causas:

• Neurite óptica;

• Lesões compressivas por tumor e aneurismas;

• Neuropatias opticas hereditárias;

• Neuropatias ópticas tóxica e nutrional;

• Trauma. 8

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Atrofia Óptica Secundária:

• É precedida por edema da cabeça do nervo óptico de longa duração;

Sinais:

• Disco óptico de cor branca ou acinzentada, discretamente elevado, com margens pouco delineada;

• Redução do número dos pequenos vasos sanguíneos da superfície do disco;

• “Marcas-d’água” circundantes.

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Causas:• Papiledema crônico;

• Neuropatia óptica anterior isquêmica;

• Papilite .

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Atrofia Óptica Consecutiva:

• É provocada por doenças da retina interna ou de seu suprimento sanguíneo.

Causas:

• Retinite pigmentosa;• Vasculite antiga;• Necrose retiniana;• Excessiva fotocoagulação retiniana.

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Reflexos Pupilares

• O reflexo fotomotor é mediado pelos fotoreceptores da retina e passa por 4 neurônios:

1. O primeiro (sensorial)conecta cada retina a ambos os núcleos pré tectais no mesencéfalo.

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Reflexos Pupilares

• O reflexo fotomotor é mediado pelos fotoreceptores da retina e passa por 4 neurônios:

2. O segundo (internuncial) conecta cada núcleo pré-tectal a ambos os núcleos de Edinger-Westphal;

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Reflexos Pupilares

• O reflexo fotomotor é mediado pelos fotoreceptores da retina e passa por 4 neurônios:

3. O terceiro (neurônio motor pré-ganglionar) conecta o núcleo de Edinger-Westphal ao gânglio ciliar.

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Reflexos Pupilares

• O reflexo fotomotor é mediado pelos fotoreceptores da retina e passa por 4 neurônios:

4. O quarto (neurônio motor pós-ganglionar) deixa o gânglio ciliar e passa através dos nn. ciliares curtos para inervar o esficter da pupila. 14

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Defeito pupilar aferente absoluto:

É causado por lesão completa do nervo óptico, caracterizado por:

• Olho envolvido completamente cego;• Ambas as pupilas iguais em tamanho;• Quando estimulado por luz, pupila

não reage;• Quando o olho normal é estimulado,

ambas as pupilas reagem normalmente.

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Defeito Pupilar Aferente Relativo (PUPILA DE MARCUS GUNN):

• É causado por lesão incompleta do NO ou doença retiniana grave.

• Os aspectos clínicos são aqueles da pupila amaurótica, porém mais sutis.

• A diferença entre as reações pupilares dos olhos é mostrada pelo “teste da alternância luminosa”.

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Paralisia Oculossimpática (Síndrome de Horner)

O suprimento simpático envolve três neurônios:

1. O primeiro (central) começa no hipotálamo posterior e desce, sem cruzamento, até o tronco cerebral, terminando no centro cilioespinal de Budge (entre C8 e T2).

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Paralisia Oculossimpática (Síndrome de Horner)

O suprimento simpático envolve três neurônios:

2. O segundo (pré-ganglionar) passa do centro cilioespinal até o gânglio cervical superior do pescoço.

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Paralisia Oculossimpática (Síndrome de Horner)

O suprimento simpático envolve três neurônios:

3. O terceiro (pós-ganglionar) sobe ao longo da a. carótida interna até o seio cavernoso, onde se junta à divisão oftálmica do trigêmeo. 19

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Causas da Síndrome de Horner:

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1. Central 2. Pré-ganglionares (2° neurônio)

3. Pós-ganglionares (3° neurônio)

Dç do tronco encefálico (tu, vasculares, desmielizantes)

Tumor de Pancoast Cefaleia “em salvas”

Siringomielia Aneurismas e dissecção de carótida e aorta

Tumores de nasofaringe

Sd. Medular lateral Lesões cervicais Otite médiaTumores da medula espinal

Massa no seio cavernoso

Neuropatia autônoma diabética

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Sinais:

• Ptose discreta;

• Miose decorrente da falta de oposição ao músculo esfícter da pupila;

• Heterocromia hipocrômica se congênita ou de longa duração.

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Pupilas de Argyll Robertson • São causadas por neurossífilis e

caracterizadas:

1. Sob luz fraca, ambas as pupilas são pequenas e podem ser irregulares;

2. Sob luz forte, nenhuma pupila contrai;

3. Na acomodação ambas se contraem;

4. Após a instilação de pilocarpina a 0,1% em ambos os olhos, nenhuma pupila se contrai.

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Quiasma

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Vias neurais quiasmáticas:

• As fibras nervosas do nervo óptico que passam através do quiasma são dispostas da seguinte maneira:

1. Fibras nasais inferiores atravessam a região anteroinferior do quiasma.

• São mais vulneraveis a danos por lesões hipofisárias expansivas, sendo o quadrantes temporais superiores dos campos visuais os primeiros envolvidos;

2. Fibras nasais superiores atravessam as regiões superior e posterior do quiasma e são envolvidas primariamente por lesões acimado quiasma.

3. Fibras maculares decussam através de todo o quiasma.

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Vias Retroquiasmáticas:

• As radiações ópticas estendem-se do corpo geniculado lateral ao córtex estriado, que é localizado na face medial do lobo occipital, acima e abaixo da fissura calcarina.

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OBRIGADO!

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