ªncia... · a língua, o instrumento fundamental da comunicação, é tratada como se fosse um...

182
CESÁRIA DIAS LEITE JOSÉ ESTEVES REI A COMPETÊNCIA DE ESCRITA Ensino dos textos e aprendizagem da sua produção Análise, tratamento, categorias e exemplos de erros e desvios em língua portuguesa, de alunos, à entrada do ensino superior, em Cabo Verde

Upload: others

Post on 23-Jul-2020

2 views

Category:

Documents


0 download

TRANSCRIPT

Page 1: ªncia... · A Língua, o instrumento fundamental da comunicação, é tratada como se fosse um esfregão. Os jovens saem da universidade a escrever mal e, quem escreve mal, não

CESÁRIA DIAS LEITEJOSÉ ESTEVES REI

A COMPETÊNCIADE ESCRITAEnsino dos textos eaprendizagem da sua produçãoAnálise, tratamento, categorias e exemplos de erros e desvios em língua portuguesa, de alunos,à entrada do ensino superior, em Cabo Verde

Page 2: ªncia... · A Língua, o instrumento fundamental da comunicação, é tratada como se fosse um esfregão. Os jovens saem da universidade a escrever mal e, quem escreve mal, não

Título A Competência de Escrita: Ensino dos Textos eAprendizagem da sua Produção

Autores Cesária Dias Leite José Esteves Rei

Organização CÁTEDRA EUGÉNIO TAVARES DE LÍNGUA PORTUGUESAUNIVERSIDADE DE CABO VERDE E CAMÕES, I.P.Diretora: Amália de Melo LopesVogal: Mariana Faria

Design e paginação Joemidia

Coordenação editorial DSDE - Maria Salomé Miranda

Edições Uni-CV Praça Dr. António Lereno, Caixa Postal 379-C Praia, Santiago, Cabo VerdeTel (+238) 334 0441 – Fax (+238) 261 2660 Email: [email protected]

Copyright Autores; Cátedra Eugénio Tavares de Língua Portuguesa e Universidade de Cabo Verde

ISBN 978-989-8707-67-3

Praia, fevereiro de 2020

UNIVERSIDADE DE CABO VERDEScientia via estwww.unicv.edu.cv

Page 3: ªncia... · A Língua, o instrumento fundamental da comunicação, é tratada como se fosse um esfregão. Os jovens saem da universidade a escrever mal e, quem escreve mal, não

Análise, tratamento, categorias e exemplos de erros e desvios em língua portuguesa, de alunos,à entrada do ensino superior, em Cabo Verde

A COMPETÊNCIa DE ESCRITA

CESÁRIA DIAS LEITEJOSÉ ESTEVES REI

ENSINO DOS TEXTOS EAPRENDIZAGEM DA SUA PRODUÇÃO

Page 4: ªncia... · A Língua, o instrumento fundamental da comunicação, é tratada como se fosse um esfregão. Os jovens saem da universidade a escrever mal e, quem escreve mal, não

A Língua, o instrumento fundamental da comunicação, é tratada como se fosse um

esfregão. Os jovens saem da universidade a escrever mal e, quem escreve mal, não consegue

pôr por escrito uma ideia.

José Saramago (2000. In Martins, 2010: 19)

Com efeito, todo o professor cedo toma consciência de que, por mais que informe o aluno do número e tipo de «erros» cometidos, não poderá esperar que ele os corrija ou supere a todos, ao mesmo tempo. Importa estar atento aos ritmos individuais, à capacidade, por parte do aluno, de processamento da informação fornecida, de modo a ajudá-lo a gerir o próprio processo corretivo.

Amor (1999: 157)

Page 5: ªncia... · A Língua, o instrumento fundamental da comunicação, é tratada como se fosse um esfregão. Os jovens saem da universidade a escrever mal e, quem escreve mal, não

ÍNDICE GERAL

SIGLAS E ACRÓNIMOS .............................................................................................. 8

NOTA DE APRESENTAÇÃO ........................................................................................ 9

AGRADECIMENTOS ..................................................................................................11

INTRODUÇÃO ...........................................................................................................12

DA COMPETÊNCIA COMUNICATIVA À COMPETÊNCIA DE ESCRITA

1.1 Competência comunicativa ...........................................................................16

1.2 Competência de escrita ..................................................................................251.2.1 Ato de escrever ................................................................................................... 281.2.2 Modelos de escrita ............................................................................................. 31

A ESCRITA COMO ATIVIDADE ESCOLAR

2.1 Crise da escrita ou crise do ensino da escrita? .........................................39

2.2 Para uma pedagogia da escrita .....................................................................462.2.1 Diretrizes pedagógicas .................................................................................... 462.2.2 Perfil do professor de línguas ......................................................................... 52

O PAPEL DO ERRO NA PEDAGOGIA DA ESCRITA

3.1 Perspetiva sobre a análise do erro ..............................................................563.1.1 Behaviorismo e o método de análise contrastiva (AC) .............................. 573.1.2 Construtivismo e o método de análise de erro (AE) .................................. 583.1.3 Para uma nova visão de erro ............................................................................ 60

3.1.3.1 Taxonomia de erros ............................................................................. 633.1.3.2 As causas do erro .................................................................................. 75

PARA A COMPREENSÃO DO ERRO NA ESCRITA, NO CONTEXTO LINGUÍSTICO CABO-VERDIANO

4.1 A situação linguística de Cabo Verde: para uma compreensão do erro .. 79

4.2 Implicações da diglossia e do bilinguismo no ensino da LP como LS em Cabo Verde ...............................................................................................................85

Page 6: ªncia... · A Língua, o instrumento fundamental da comunicação, é tratada como se fosse um esfregão. Os jovens saem da universidade a escrever mal e, quem escreve mal, não

ANÁLISE DO ERRO NA PRODUÇÃO ESCRITA DE ALUNOS CABO-VERDIANOS

5.1 Metodologia e constituição do corpus .......................................................905.1.1 Pressupostos metodológicos .......................................................................... 905.1.2 Constituição do corpus ..................................................................................... 92

5.2 Apresentação e análise dos resultados ......................................................935.2.1 Identificação e categorização dos erros ....................................................... 945.2.2 Análise dos erros nas produções escritas .................................................... 96

5.2.2.1 Erros de ortografia de uso .................................................................. 965.2.2.2 Os erros lexicais .................................................................................1005.2.2.3 Erros morfossintáticos ......................................................................1015.2.2.4 Erros morfológicos .............................................................................1055.2.2.5 Erros discursivos .................................................................................106

CONSIDERAÇÕES FINAIS ..................................................................................... 110

BIBLIOGRAFIA ....................................................................................................... 114

ANEXOS I - LISTA DOS CANDIDATOS ................................................................ 127

ANEXOS II – AMOSTRA DAS FICHAS DE ERROS E DESVIOS ......................... 1301. Ortografia .................................................................................................................130

1.1 Ortografia de uso .......................................................................................1301.2. Corte e aglutinação de palavras ...........................................................1411.3 Acentuação .................................................................................................1421.4 Uso de maiúscula e minúscula ...............................................................153

2. Léxico ........................................................................................................................1543. Morfossintaxe ..........................................................................................................157

3.1 Concordância nominal (nome, adjetivo, determinante) ..................1573.2 Concordância verbal (sujeito – verbo) .................................................1603.4. Regência verbal ........................................................................................1673.5 O “se” pronome (reflexo, recíproco e indeterminado) .....................168

4. Morfologia ................................................................................................................1704.1 Preposição ..................................................................................................1704.2 Artigo ...........................................................................................................172

5. Erros Discursivos ....................................................................................................1745.1 Pontuação ...................................................................................................1745.2 Conetores do discurso .............................................................................179

Page 7: ªncia... · A Língua, o instrumento fundamental da comunicação, é tratada como se fosse um esfregão. Os jovens saem da universidade a escrever mal e, quem escreve mal, não

ÍNDICE DE QUADROS

Quadro 1 - Competência da Linguagem ........................................................... 21

Quadro 2 - Taxonomia de erros de Viana ......................................................... 67

Quadro 3 - Taxonomia de erros de Torre .......................................................... 68

Quadro 4 - Taxonomia de Leiria ......................................................................... 72

Quadro 5 - Taxonomia de erros de Ramos ....................................................... 73

Quadro 6 - Taxonomia de Gonçalves de 2010 ................................................ 74

Quadro 7 - Caracterização da população alvo ................................................ 93

Quadro 8 - Grelha geral da tipologia de erros ................................................ 95

Quadro 9 - Distribuição dos erros por provas e postos de aplicação ........ 96

Quadro 10 - Tipos de erros de concordância nominal ................................102

Quadro 11 - Tipos de erros de concordância verbal ...................................103

ÍNDICE DE FIGURA

Figura 1 - Plano de abordagem da escrita na escola ....................................... 51

Page 8: ªncia... · A Língua, o instrumento fundamental da comunicação, é tratada como se fosse um esfregão. Os jovens saem da universidade a escrever mal e, quem escreve mal, não

8

CESÁRIA DIAS LEITEJOSÉ ESTEVES REI

SIGLAS E ACRÓNIMOS

AC Análise ContrastivaAE Análise de ErrosCE Comunicação e Expressão

E SUP Ensino SuperiorES Ensino Secundário

ILTEC Instituto de Linguística Teórica e ComputacionalL1 Língua PrimeiraLA Língua-Alvo

LCV Língua Cabo-verdianaLE Língua Estrangeira

LM Língua MaternaLO Língua Oficial / Língua de OrigemLP Língua Portuguesa

LS / L2 Língua SegundaPB Português do Brasil

PCV Português de Cabo VerdePE Português Europeu

PL2 Português Língua SegundaPLM Português Língua Materna

PLNM Português Língua não Materna

Page 9: ªncia... · A Língua, o instrumento fundamental da comunicação, é tratada como se fosse um esfregão. Os jovens saem da universidade a escrever mal e, quem escreve mal, não

9

COMPETÊNCIA DE ESCRITAEnsino dos Textos e Aprendizagem da sua Produção

NOTA DE APRESENTAÇÃO

Este trabalho nasce de uma investigação académica no âmbito da primeira realização do Mestrado em Ensino do Português Língua Segunda/Língua Estrangeira, da Universidade de Cabo Verde (março 2014 – julho 2017), e do projeto de investigação, “Erros e Desvios do Português em Cabo Verde (PCV) e o Português Europeu (PE), em escritas da academia (Uni-CV): identificação e estudo vertical – perspetiva didática”, integrado na Linha2, “Ensino do Português como Língua Segunda, em Cabo Verde”, da Cátedra Eugénio Tavares de Língua Portuguesa (CET-LP), um Centro de Investigação da mesma Universidade.

A escolha do tema, seu plano e desenvolvimento dessa investigação foram da autoria da Mestre Cesária Dias Leite, Professora do Ensino Secundário, empenhada e comprometida com a profissão, partilhando comigo o entusiasmo pelo ensino da Língua Portuguesa, em Cabo Verde e noutros quadrantes, para onde o destino a levou posteriormente. Como outros dos seus Colegas de Mestrado, trouxe para os seminários do Mestrado, do qual sou docente e Diretor, neste momento, as suas preocupações com a insatisfação generalizada a respeito do nível alcançado pelos alunos, no final da escolaridade secundária, em Cabo Verde. Todavia, não se ficou por aí e tentou ir mais longe na compreensão da situação e trazer contributos para a melhoria do estado das coisas. Disso dá testemunho, na “Introdução”:

“Incomodando-nos a situação do ensino-aprendizagem da LP e conduzida pelas nossas inquietações acumuladas ao longo da nossa experiência profissional, enquanto docente de LP no Ensino Secundário e cidadã, atenta e empenhada nas questões de interesse coletivo, iniciamos um percurso com esta dissertação, com o intuito de participar no debate sobre a problemática da LP em Cabo Verde, em geral, e sobre o ensino da

Page 10: ªncia... · A Língua, o instrumento fundamental da comunicação, é tratada como se fosse um esfregão. Os jovens saem da universidade a escrever mal e, quem escreve mal, não

10

CESÁRIA DIAS LEITEJOSÉ ESTEVES REI

escrita, em particular, esperando que os resultados e as conclusões desta dissertação possam contribuir, ainda que de forma modesta, para a sua compreensão.”

Mais-valia desta obra é o corpus final de erros e desvios, ao apresentar a forma incorreta seguida por proposta de correção e organizando-os em categorias, manifestadas em exemplos. Estes são tomados de textos autênticos de alunos de vários cursos e diferentes origens geográficas.

Antes, no desenvolvimento do trabalho, o erro é objeto de rigoroso estudo, sendo apresentado à luz das suas mais recentes abordagens, avançadas por investigadores de diferentes escolas e países. O mesmo se diga da nova perspetiva no ensino da escrita, ao deslocar-se o centro do ensino do texto – como um produto - para a aprendizagem dos processos da sua produção. Por arrastamento, o foco passa assim do professor e do ensino do texto para o aluno e a aprendizagem da produção textual.

Fizemos este percurso juntos, partilhando as dúvidas e congratulando-nos com a descoberta dos caminhos possíveis. Estes ficam agora disponíveis nesta obra, para quem com eles possa melhorar as suas práticas letivas e a competência de escrita dos seus alunos.

José Esteves ReiProfessor Catedrático Aposentado da UTAD, em exercício na Uni-CV

Page 11: ªncia... · A Língua, o instrumento fundamental da comunicação, é tratada como se fosse um esfregão. Os jovens saem da universidade a escrever mal e, quem escreve mal, não

11

COMPETÊNCIA DE ESCRITAEnsino dos Textos e Aprendizagem da sua Produção

AGRADECIMENTOS

O ensino é o diálogo contínuo e dinâmico que se estabelece com vários pares, através do qual logra-se a aprendizagem. A pesquisa que ora apresentamos em livro é o resultado de diálogos que estabelecemos ao longo do nosso percurso académico e da nossa carreira como docente de Língua Portuguesa.

Agradeço, por isso, a todos os que participaram neste diálogo. Uma menção honrosa a todos os meus professores, sem exceção, especialmente, à professora D. Aldina Sousa pela paciência na minha alfabetização, ao professor e orientador, Professor Doutor Esteves Rei, por partilhar comigo este percurso, por todas as sugestões oportunas e todas as correções apreciadas. Uma saudação aos meus alunos, razão das minhas indagações e da minha busca por melhores métodos e estratégias de ensino. Um abraço aos meus colegas pela partilha de inquietações e de descobertas, em especial Emanuel Costa, Dália Benholiel e Zenaida Tavares.

Uma palavra de reconhecimento também à Universidade de Cabo Verde (Uni-CV), que gentilmente autorizou o uso dos textos analisados.

É inevitável um agradecimento a todos os meus familiares e amigos, em especial, aos meus pais, ao meu esposo e às minhas filhas por todo o suporte em amor e oração.

A Deus, todo o louvor e toda a glória!

Cesária Dias LeiteMestre em Ensino do Português Língua Segunda Língua Estrangeira

Professora da Escola Secundária Amor de Deus

Page 12: ªncia... · A Língua, o instrumento fundamental da comunicação, é tratada como se fosse um esfregão. Os jovens saem da universidade a escrever mal e, quem escreve mal, não

12

CESÁRIA DIAS LEITEJOSÉ ESTEVES REI

INTRODUÇÃO

A escrita é uma atividade que marca todo e qualquer percurso académico, podendo ser de fracasso, de várias superações, culminando no sucesso. Ela é uma atividade complexa, relegada, muitas vezes, para o segundo plano, mas mais presente do que nunca em todo o percurso académico, iniciando-se na alfabetização, desenvolvendo-se na aquisição de conhecimentos, passando pela avaliação das aprendizagens e, consequentemente, ditando a capacidade ou não de prosseguir os estudos superiores e a satisfação do exercício pleno da cidadania. Assim se apresenta a escrita, para nós, um desafio constante, enquanto aluna e como professora, e em grande medida a razão da presente dissertação.

A Competência de Escrita. Ensino dos Textos e Aprendizagem da sua Produção: Análise, tratamento, categorias e exemplos de erros e em língua portuguesa de alunos, à entrada do ensino superior, em Cabo Verde, é o título que atribuímos à presente pesquisa académica, inserida no âmbito dos trabalhos de conclusão do Mestrado em Ensino do Português Língua Segunda/Língua Estrangeira. Tem o seu enfoque na Didática da Língua Portuguesa, enquanto língua não materna, e está inscrita na linha de investigação de “Ensino do Português como Língua Segunda em Cabo Verde”, uma das três linhas de investigação da Cátedra Eugénio Tavares da Língua Portuguesa (CET-LP), um centro de investigação cocriado pela Universidade de Cabo Verde e pelo Camões Instituto da Cooperação e da Língua.

O ensino e a aprendizagem das línguas têm sido uma grande preocupação da comunidade científica e objeto de várias pesquisas académicas, nos últimos cinquenta anos, abrangendo não apenas a esfera educacional, como também os domínios social, económico e político. Um olhar mais

Page 13: ªncia... · A Língua, o instrumento fundamental da comunicação, é tratada como se fosse um esfregão. Os jovens saem da universidade a escrever mal e, quem escreve mal, não

13

COMPETÊNCIA DE ESCRITAEnsino dos Textos e Aprendizagem da sua Produção

aprofundado sobre a problemática que envolve o ensino e a aprendizagem, remete-nos para a questão do sucesso e do insucesso escolar, que poderá envolver inúmeros fatores como: idade, motivação, ambiente de estudo, métodos e técnicas de ensino, utilizados pelos professores, além do domínio das ferramentas linguísticas por parte dos atores estudantis.

Ao contrário do que é comum pensar-se, o problema do ensino-aprendizagem da LP não se coloca apenas em Cabo Verde e nos outros PALOP, que adotaram o português como LO e LS. As mesmas dificuldades também são percetíveis no Brasil e em Portugal, onde a LP é a LM.

Amor (1999: 109) considera, a este propósito, que: “[…]- é inevitável falar-se da escrita e do baixo nível atingido pelos alunos, no termo da escolaridade obrigatória ou mesmo em níveis de ensino mais avançados, no que respeita a aptidões básicas desse domínio.” Fonseca (1994: 147) enfatiza que “[…] cada vez menos se escreve e se lê, na nossa sociedade do audiovisual e do imediato;” e Alves (2010) acrescenta que o insucesso na LP é considerado grave, uma vez que é o instrumento de acesso a outros conhecimentos, a despeito disto continua a ser a disciplina com maior índice de insucesso em Portugal.

Em Cabo Verde, decorridos os doze anos efetivos do ensino da LP o que se constata, em muitos casos, é que o aluno não atingiu a maturidade linguística desejada para dominar a LP como ferramenta de aprendizagem. Lopes (2003: 13), referindo-se aos seus antigos alunos do décimo segundo ano, afirma: “[…] pude verificar que os alunos chegam a esse nível de ensino sem terem adquirido o nível esperado no que respeita ao domínio da produção escrita.” Na mesma perspetiva, Morais (2011: 10) reitera que: “[…] a grande maioria dos alunos após doze anos de escolaridade e depois de terem sido avaliados com nota positiva, uma vez que têm um diploma que os certifica como tal, saem do ensino secundário sem dominarem a expressão oral e escrita na língua de Camões.”

Entretanto, a «Lei de Bases do Sistema Educativo Cabo-verdiano», n.º 113/V/99, de 18 de outubro, revista no B.O. da República de Cabo Verde, I Série - N°17, de 7 de maio de 2010, contempla como objetivos do sistema

Page 14: ªncia... · A Língua, o instrumento fundamental da comunicação, é tratada como se fosse um esfregão. Os jovens saem da universidade a escrever mal e, quem escreve mal, não

14

CESÁRIA DIAS LEITEJOSÉ ESTEVES REI

educativo, em Cabo Verde, o ensino da LP, que deverá iniciar na Educação Pré-escolar e ser continuado nos subsistemas subsequentes: na Educação Pré-escolar, propõe-se “Promover a aprendizagem das línguas oficiais e de, pelo menos, uma língua estrangeira.” (artigo 17º alínea e)); no Ensino Básico - “Promover o domínio da Língua Portuguesa como instrumento de comunicação e de estudo, reforçando a capacidade de expressão oral e escrita dos educandos” (artigo 22º alínea h)); e no Ensino Secundário - “Promover o domínio da escrita da língua materna cabo-verdiana, bem como da Língua Portuguesa, reforçando a capacidade de expressão oral e escrita” (artigo 25º alínea c)).

Incomodando-nos a situação do ensino-aprendizagem da LP e conduzida pelas nossas inquietações acumuladas ao longo da nossa experiência profissional, enquanto docente de LP no Ensino Secundário e cidadã, atenta e empenhada nas questões de interesse coletivo, iniciamos um percurso com esta dissertação, com o intuito de participar no debate sobre a problemática da LP em Cabo Verde, em geral, e sobre o ensino da escrita, em particular, esperando que os resultados e as conclusões desta dissertação possam contribuir, ainda que de forma modesta, para a sua compreensão.

Eis, para nós, algumas questões que abrange este debate: Será que, após doze anos de estudo da LP, os alunos possuem o domínio da competência de escrita? Quais são os erros mais frequentes nas produções escritas dos alunos que ingressam no Ensino Superior? Quais as causas desses erros? O que define um aluno competente, na produção escrita?

Procurando respostas para estas questões, propusemo-nos como objetivo principal fazer o diagnóstico da competência de escrita na LP, dos alunos à entrada do Ensino Superior, através da análise dos erros e com os seguintes objetivos específicos:

• Identificar os erros ou desvios mais frequentes, na produção escrita dos alunos que prestaram prova de ingresso na Uni-CV, nas cidades de S. Filipe, Praia e Assomada, no ano de 2015-2016;

• Categorizar e reconstruir a norma nesses erros;

Page 15: ªncia... · A Língua, o instrumento fundamental da comunicação, é tratada como se fosse um esfregão. Os jovens saem da universidade a escrever mal e, quem escreve mal, não

15

COMPETÊNCIA DE ESCRITAEnsino dos Textos e Aprendizagem da sua Produção

• Analisar e compreender as possíveis causas de tais ocorrências; • Indicar, a partir dos erros encontrados, as áreas críticas do ensino-aprendizagem do português em Cabo Verde.

Assim estruturamos o nosso estudo em cinco capítulos, sendo os quatro primeiros dedicados ao enquadramento teórico que suporta o quinto capítulo, relativo à parte prática.

O primeiro capítulo foi dedicado à compreensão do conceito de “competência”, sua perceção no ensino de línguas, à relevância do desenvolvimento da competência de escrita, pela importância da escrita na história da Humanidade, na vida social e académica do indivíduo.

O segundo capítulo foi destinado à escrita e ao lugar que ocupa hoje nas escolas, tendo em consideração as mudanças constantes de uma sociedade tecnológica em que vivemos e a necessidade de uma nova pedagogia, para a nova geração e para a nova conceção de escrita.

O terceiro e o quarto capítulos abordam o erro na escrita, começando pela controvérsia que marca o conceito de “erro”, passando pelas várias taxonomias de erro e o seu papel na nova pedagogia. Por último, temos a compreensão do erro na realidade sociolinguística cabo-verdiana.

O quinto capítulo foi dedicado ao esclarecimento dos procedimentos metodológicos e à análise do erro nas produções escritas, bem como à identificação das possíveis causas que estarão na origem desses erros.

Page 16: ªncia... · A Língua, o instrumento fundamental da comunicação, é tratada como se fosse um esfregão. Os jovens saem da universidade a escrever mal e, quem escreve mal, não

DA COMPETÊNCIA COMUNICATIVA À COMPETÊNCIA DE ESCRITA

… la competencia comunicativa se refiere a la habilidad de una persona para actuar conforme a normas lingüísticas propias de su idioma y variedad, de acuerdo con las intenciones que desee imprimir a su discurso, en correspondencia con ciertas reglas sociales de actuación y con el dominio adecuado para planear, revisar, corregir y emitir (no siempre en ese orden) mensajes, además de recibirlos para interactuar en una comunidad específica. De este modo, la competencia comunicativa puede ser analizada en un texto mediante indicadores gramaticales y ortográficos, conforme al tipo de texto, la organización del discurso y los procesos evidentes de planeación, revisión y corrección.

Aquilar (2014: 46)

1.1 COMPETÊNCIA COMUNICATIVA

À medida que a sociedade, as ciências e a tecnologia se vão desenvolvendo, maior vem sendo a necessidade de comunicação entre os seres humanos. O Homem precisa, em todas as esferas, de se comunicar com o outro, para alcançar os seus objetivos, como afirma Rei (2013: 13) “Vivemos no tempo da comunicação, o que significa que a nossa capacidade de comunicar passou a ser a medida que avalia o nosso trabalho, as nossas aptidões, o nosso projeto, em suma, a medida que nos avalia a nós próprios.” Nesta lógica, é necessário que a escola prepare o aluno, para que seja um cidadão capaz de interagir na sociedade e que seja competente em todas as esferas sociais.

1

Page 17: ªncia... · A Língua, o instrumento fundamental da comunicação, é tratada como se fosse um esfregão. Os jovens saem da universidade a escrever mal e, quem escreve mal, não

17

COMPETÊNCIA DE ESCRITAEnsino dos Textos e Aprendizagem da sua Produção

Para que este intento se concretize é imprescindível que o aluno domine a língua, que tem como função assegurar a comunicação, sobre a qual, Martinet (1960, in Galisson & Coste, 1983: 142) afirma “A função essencial deste instrumento que é uma língua é a de comunicação.” Galisson & Coste (1983: 142) continuam a enunciar as funções da língua: “A língua é um utensílio que permite aos seus utentes entrarem em relação uns com os outros e deve assegurar a compreensão mútua. As outras funções da língua são as de suporte do pensamento, de expressão e a função estética.”

Hoje dominar a língua, enquanto código de comunicação, é, portanto, muito mais que saber as regras gramaticais, como eram encaradas pelos estruturalistas nos anos cinquenta e sessenta. Dominar a língua é saber usar os recursos linguísticos em diferentes contextos comunicativos, por outras palavras, é ter competência comunicativa.

O conceito de competência é polissémico e interdisciplinar, está associado a várias ciências e vem sendo reformulado ao longo do tempo. A palavra é de origem latina competere que significa uma aptidão, conhecimento ou capacidade, para cumprir alguma tarefa ou função.

O termo teve a sua origem na Idade Média, associado às batalhas e conquistas, passando ao Direito como sinónimo de habilidade e conhecimento sobre determinado assunto. Segundo Dias (2010: 74), foi utilizado pela primeira vez na língua francesa no século XV, designando a legitimidade dos tribunais de tratarem determinados assuntos. No século XVIII, assumiu um viés mais individualista, designando a capacidade do indivíduo, tendo em consideração o seu saber e a sua experiência. Atualmente, o conceito de competência tem sido muito debatido a nível académico, organizacional e pessoal, daí que a palavra competência surja associada a vários adjetivos, como competência interacional, competência organizacional, competências interpessoais.

No âmbito do ensino das línguas, a palavra competência foi introduzida pelo linguista norte-americano, Noam Chomsky, nos finais dos anos cinquenta do século XX, que de acordo com Moura (2005) definiu a competência linguística como conhecimento da língua e o seu desempenho,

Page 18: ªncia... · A Língua, o instrumento fundamental da comunicação, é tratada como se fosse um esfregão. Os jovens saem da universidade a escrever mal e, quem escreve mal, não

18

CESÁRIA DIAS LEITEJOSÉ ESTEVES REI

tendo como princípio que a linguagem é: “[…] potencial biológico, inerente a todos os seres humanos; é constituída pelo conjunto de regras (conhecimentos gramaticais) que permitem que os indivíduos gerem uma infinidade de produções de linguagem (desempenho).” (Chomsky 1966, in Moura, 2005: 66). Chomsky (1977, in Perrenoud, s/d.) considera, ainda, competência linguística como uma faculdade genética, uma potencialidade de qualquer mente humana (desde que não possua nenhuma anomalia) de improvisar e inventar algo novo. Perrenoud (1999) continua afirmando que essa potencialidade do sujeito só se transforma em competências efetivas por meio de estímulo, a aprendizagem.

Na década de setenta, o também norte-americano e antropólogo, Dell Hymes alarga o conceito de competência linguística apresentado por Chomsky, acrescentando-lhe a dimensão social e designando-a de competência comunicativa. De acordo com Batista & Alarcón (s/d: 5),“ […] a competência comunicativa passa a ser o conhecimento da língua e a habilidade de usá-la em determinados contextos sociais.”

Segundo Dell Hymes (1995, in Padilha s/d: 2)

A competência comunicativa é a capacidade de o sujeito circular na língua-alvo, de modo adequado/apropriado, de acordo com os diversos contextos de comunicação humana. A competência comunicativa do falante está composta pelo conhecimento tácito, que o indivíduo sabe consciente ou inconscientemente, e a capacidade para usá-lo.

Segundo o exposto anteriormente, competência comunicativa é a capacidade de usar os conhecimentos da língua, ou seja, a habilidade de usar os conhecimentos linguísticos, tendo em conta as regras sociais do uso da língua e o saber adequá-los aos diferentes contextos, logo, esta habilidade é adquirida através da experiência social. Para Hymes (1972, in Guerreiro 2012: 18), “[…] esta competência assume-se por isso como um conjunto de conhecimentos, ou até mesmo de habilidades necessárias a qualquer indivíduo, visando a compreensão e participação dentro de uma comunidade linguística.”

Page 19: ªncia... · A Língua, o instrumento fundamental da comunicação, é tratada como se fosse um esfregão. Os jovens saem da universidade a escrever mal e, quem escreve mal, não

19

COMPETÊNCIA DE ESCRITAEnsino dos Textos e Aprendizagem da sua Produção

Canale & Swain (1980), Canale (1983) e Franco & Almeida Filho (2009) vêm atribuir à teoria de Hymes um carácter mais prático, cuja contribuição pedagógica tem sido uma mais-valia para o ensino-aprendizagem da L2 e LE, uma vez que apresentam um arcabouço teórico que objetiva uma abordagem comunicativa para o ensino, a avaliação de rendimento e proficiência de línguas, através da sustentação teórica de que a competência comunicativa é um sistema composto por subcompetências interdependentes. Primeiramente, Canale & Swain (1980) apresentam a competência comunicativa subdividida em três componentes:

a. competência gramatical – constituída pelo conhecimento da língua, em termos lexical, morfológico, sintático e fonético, que permite formar palavras e frases;

b. competência sociolinguística – engloba o conhecimento das regras socioculturais, que regulam o uso da língua e são importantes para a interpretação de enunciados, de acordo com o seu significado social;

c. competência estratégica – está relacionada com as ações verbais e não-verbais acionadas durante a comunicação, para compensar as limitações gramaticais e sociolinguísticas de uma comunicação real.

Posteriormente, Canale (1983) alarga o conceito de competência comunicativa, agregando-lhe mais uma subcompetência, a discursiva, que implica a combinação das formas gramaticais, associadas a diferentes géneros textuais, de modo a obter-se a coerência e a coesão do discurso. Na mesma linha de pensamento, Galisson & Coste (1983: 134-135), definem a competência comunicativa como:

A competência de comunicação supõe o domínio de códigos e de variantes sociolinguísticas e dos critérios de passagem de um código ou de uma variante a outras: ela implica também um saber pragmático relativamente às convenções enunciativas que estão em uso na comunidade considerada.

O professor e linguista, Bachman (1990), especialista em avaliação de aprendizagem de língua, afirma que a teoria da proficiência já não

Page 20: ªncia... · A Língua, o instrumento fundamental da comunicação, é tratada como se fosse um esfregão. Os jovens saem da universidade a escrever mal e, quem escreve mal, não

20

CESÁRIA DIAS LEITEJOSÉ ESTEVES REI

era suficiente1 para demostrar o desempenho numa língua e a teoria de competência comunicativa iniciada por Hymes (1972) e Canale & Swain (1980) trouxe avanços para a avaliação. Assim, a partir desses autores, ele alarga a teoria de competência comunicativa e apresenta uma “metáfora visual” que expõe os componentes interligados, seguindo uma relação hierárquica. Ao seu quadro teórico da competência comunicativa, Bachman (1990) designou de competência de linguagem. Esta encontra-se dividida em duas grandes competências, organizacional e pragmática, que se encontram, por sua vez, subdivididas em competência gramatical e competência textual, e competência elocutória e competência sociolinguística.

A competência gramatical é semelhante à de Canale & Swain (1980) e a competência textual assemelha-se à de Canale (1983) e distingue a competências elocutória de competência sociolinguística, considerando que a primeira permite uma maior manipulação do discurso com recurso aos atos ilocutórios e às funções de linguagens, enquanto que a segunda permite a apropriação da língua dentro do seu contexto, considerando os diversos condicionalismos existentes como o fator cultural e variedades linguísticas.

Estes componentes encontram-se descritos, detalhadamente, no diagrama abaixo:

1 Na década de sessenta, a proficiência linguística era medida segundo as habilidades (audição, fala, leitura e escrita) e compreensão dos conhecimentos (gramática, vocabulário, fonologia e grafia), mas não indicavam como estes elementos se interrelacionavam.

Page 21: ªncia... · A Língua, o instrumento fundamental da comunicação, é tratada como se fosse um esfregão. Os jovens saem da universidade a escrever mal e, quem escreve mal, não

21

COMPETÊNCIA DE ESCRITAEnsino dos Textos e Aprendizagem da sua Produção

Quadro 1 - Competência da Linguagem

COMPETÊNCIA DE LINGUAGEM(Language competence)

COMPETÊNCIA ORGANIZACIONAL COMPETÊNCIA PRAGMÁTICA

COMPETÊNCIAGRAMATICAL

COMPETÊNCIATEXTUAL

COMPETÊNCIAELOCUCIONAL

COMPETÊNCIASOCIOLINGUÍSTICA

Voca

bulá

rio

Mor

folo

gia

Sint

axe

Fono

logi

a

Coes

ão

Org

aniz

ação

retó

rica

Funç

ão id

eati

va

Funç

ão m

anip

ulat

ória

Funç

ão h

eurí

stic

a

Funç

ão im

agís

tica

Sens

ibili

dade

às

dife

renç

as d

o di

alet

o ou

va

ried

ade

Sens

ibili

dade

às

dife

renç

as d

e re

gist

o

Sens

ibili

dade

à a

uten

tici

dade

Inte

rpre

taçã

o de

refe

rênc

ias

cult

urai

s e

lingu

agem

figu

rada

No Quadro Europeu Comum de Referência para as Línguas (2001: 29), competência é considerada como “[…] conjunto dos conhecimentos, capacidades e características que permitem a realização de ações” e, na sequência, competência comunicativa em língua é o conjunto de conhecimentos “[…] que permitem a um indivíduo agir utilizando especificamente meios linguísticos.”

Estes conhecimentos, que compõem a competência comunicativa, encontram-se agrupados em três componentes: competências linguísticas – abrangem componentes de ordem lexical, gramatical, semântica, fonológica, ortográfica e ortoépica; competências sociolinguísticas – incluem a interação dos conhecimentos individuais, culturais e sociais, isto é, a capacidade sociocultural da língua; competências pragmáticas – dividem-se nas subcomponentes discursivas funcionais e esquemáticas.

Page 22: ªncia... · A Língua, o instrumento fundamental da comunicação, é tratada como se fosse um esfregão. Os jovens saem da universidade a escrever mal e, quem escreve mal, não

22

CESÁRIA DIAS LEITEJOSÉ ESTEVES REI

De acordo com Tavares (2007: 20), a competência comunicativa na língua materna e nas outras línguas não pode ser isolada das “competências individuais”, que compreendem as dimensões saber-ser, saber, saber-fazer e saber-aprender. Com efeito, as línguas não só contribuem para um melhor conhecimento do indivíduo e da sua cultura, mas também para o conhecimento e a compreensão do outro e da cultura deste. Permitem, assim, o melhor exercício da cidadania. Tavares (2007: 40-41) assegura, ainda, que as línguas fornecem os instrumentos operatórios às outras disciplinas, permitindo não só o acesso a outros conhecimentos e formas de tratamento desses conhecimentos; proporcionando o desenvolvimento da criatividade, da flexibilidade, da capacidade de aprender a aprender e a resolver os problemas. Viabilizam, assim, o desenvolvimento de valores, de atitudes, competências necessárias ao futuro cidadão.

Em suma, o objetivo do ensino de línguas consiste em proporcionar ao aluno um espaço favorável para que ele desenvolva a competência comunicativa na língua-alvo e esta concretiza-se no desempenho de determinadas ações ou atividades linguísticas que incluem a receção, produção e interação e cada uma dessas materializa-se quer na oralidade, quer na escrita, quer em ambas. Para tal, é necessária uma pedagogia que agregue as diretrizes de competência comunicativa, de modo a que estas se estendam aos currículos, programas e planos de aula.

A abordagem comunicativa teve o seu início nos anos setenta com os estudos de Dell Hymes (1971), com o desenvolvimento da teoria de competência comunicativa, que preconiza um ensino de línguas orientado para o uso da língua na comunicação e não para a memorização das regras gramaticais.

No entender de Schneider (2010), o propósito desta abordagem é proporcionar o desenvolvimento das quatro habilidades – ouvir, ler, falar e escrever –, levar o aluno a interagir e adquirir a competência comunicativa em sala de aula. Esta é norteada, segundo Richards (2006) e Schneider (2010), por princípios, que sintetizamos em quatro pontos: i) objetivo do ensino de língua; ii) tipo de aprendizagem e as atividades que a facilitam;

Page 23: ªncia... · A Língua, o instrumento fundamental da comunicação, é tratada como se fosse um esfregão. Os jovens saem da universidade a escrever mal e, quem escreve mal, não

23

COMPETÊNCIA DE ESCRITAEnsino dos Textos e Aprendizagem da sua Produção

iii) papel do aluno perante a sua aprendizagem; e iv) papel do professor em sala de aula.

A abordagem comunicativa tem como objetivo o desenvolvimento da competência comunicativa do aluno, através da interação na língua alvo, em detrimento da competência gramatical, uma vez que o conhecimento das regras gramaticais possibilita apenas a construção correta das frases. Isto não quer dizer que não seja importante, mas já não constitui o foco principal do ensino-aprendizagem. É imprescindível que o aluno reconheça os diferentes propósitos da comunicação e conheça os diferentes tipos de texto e as diversas estratégias comunicativas.

O desenvolvimento da competência comunicativa do aluno passa por prepará-lo para situações reais de comunicação. Segundo os organizadores do Quadro Europeu Comum de Referência para as Línguas (2001), a aprendizagem da língua deve ser orientada numa perspetiva acional, considerando que o aprendente da língua é um ator social. Assim sendo, a práxis é pautada pela realização de tarefas e através da interação social na língua alvo, num ambiente agradável, motivador, representativo das situações reais de comunicação. Daí o uso de materiais autênticos que espelham a realidade circundante e os erros perdem a carga semântica negativa de fracasso e assumem uma dimensão mais formativa, constituindo o ponto de partida para novas aprendizagens.

O aluno é parceiro ativo, na medida em que as suas necessidades de aprendizagem são as diretrizes para o funcionamento da aula e o ensino promove a autonomia do mesmo na descoberta de mecanismos e estratégias que potenciam a sua aprendizagem. Consequentemente, o professor deixa o seu posto de autoridade controladora, detentora e transmissora do conhecimento e passa a ser o orientador e facilitador da descoberta do mesmo.

O conceito de competência foi evoluindo e com ele novas abordagens pedagógicas têm surgido e nem sempre têm sido pacíficas estas transições. No entanto, poderemos constatar que mais do que oposições, os diferentes teóricos têm trabalhado na linha de desenvolvimento do conceito de acordo

Page 24: ªncia... · A Língua, o instrumento fundamental da comunicação, é tratada como se fosse um esfregão. Os jovens saem da universidade a escrever mal e, quem escreve mal, não

24

CESÁRIA DIAS LEITEJOSÉ ESTEVES REI

com as épocas. Portanto, competência comunicativa assume um carácter dinâmico, pois vivemos numa sociedade caracterizada pela complexidade e impressionismo e o objetivo da escola terá de ser preparar cidadãos para a constante mudança.

Através desta breve síntese cronológica de alguns autores, selecionados por nos parecerem mais significativos, poderemos concluir que alguns consideram a competência como capacidade inata, habilidade, aptidão, conhecimentos, processo, sistema e mobilização de recursos. Para além da conceptualização, houve mudança de designação, começou como competência linguística, passou a competência comunicativa e depois a competência da linguagem. Entretanto, mais importante do que a conceptualização e denominação é saber como trabalhar com eficácia o desenvolvimento da competência comunicativa. Trata-se de um sistema complexo, composto por uma multiplicidade de componentes que deverão ser trabalhados nas aulas de língua, para que se alcance a competência comunicativa no singular como é defendida por Canale & Swain (1980).

Das diferentes visões de língua, comunicação e ensino da língua, surgiu a abordagem por competência, perante a insatisfação com as abordagens anteriores para dar conta do ensino de língua estrangeira, diante das necessidades crescentes de um mundo que ensaiava seus primeiros passos rumo à globalização. Pretendia-se, portanto, rever os paradigmas do ensino da língua estrangeira e a abordagem comunicativa redimensiona a língua como meio para se comunicar, não como uma estrutura, e a aprendizagem não é o conhecimento das regras, mas, sim, o uso das mesmas em diversos contextos comunicativos.

No nosso estudo, interessa-nos particularmente a competência de escrita do aluno à entrada do Ensino Superior. Esta, no nosso entender, é a capacidade que o aluno manifesta na atividade linguística de produção e concretizada na linguagem escrita. Que patamar deverá ter ele atingido, ao concluir o ensino secundário? Que competência terá desenvolvido para manifestar a sua competência comunicativa?

Page 25: ªncia... · A Língua, o instrumento fundamental da comunicação, é tratada como se fosse um esfregão. Os jovens saem da universidade a escrever mal e, quem escreve mal, não

25

COMPETÊNCIA DE ESCRITAEnsino dos Textos e Aprendizagem da sua Produção

1.2 COMPETÊNCIA DE ESCRITA

As competências não se ensinam. Só podem ser criadas condições que estimulem a sua construção.

Perrenoud (1999: 23)

Ter a competência comunicativa significa possuir, entre tantas competências, a capacidade de usar o código escrito em diversos contextos e circunstâncias, como, por exemplo, elaborar um trabalho escolar, escrever um aviso, fazer a lista de compras, anotar um número telefónico ou um endereço, é dirigir o texto escrito a diferentes interlocutores (nós mesmos ou outras pessoas); tendo finalidades distintas como aconselhar, informar, solicitar ou, simplesmente, anotar, para não se esquecer de algo. Em suma, citando Rodriguez & García (2006: 58), “La escritura es la base de nuestra agenda, guía nuestra vida escolar y con prosterioridad nuestra vida profissional.”

Tendo em conta o exposto anteriormente, ter competência de escrita será possuir a capacidade de se expressar e comunicar por escrito, mobilizando todas as competências linguísticas, sociolinguísticas e pragmáticas. Cabe à escola o papel de “[…] estabelecer padrões de referência de desempenho objectiváveis em metas de aprendizagem válidas e conduzir os alunos em função dessas metas.” (Amor, 1999: 109). Daí que a intervenção do professor não se resuma apenas a solicitar a tarefa e denunciar as malformações e erros do texto, mas compreender a causa de tais ocorrências e buscar estratégias, visando a resolução dos problemas. Tendo em consideração que o erro é inevitável, no processo de aprendizagem de língua, fazem-se necessárias estratégias constantes para mitigar a ocorrência do erro.

Resumindo, a competência de escrita envolve contextualização, manobra e adequação, mobilização de conhecimentos, valores e decisões para se agir de modo pertinente numa determinada situação de escrita, que justifique o alto desempenho do indivíduo na produção escrita.

A escrita é a invenção que marca a era da civilização humana, muito embora se tenha a perceção de que ela vem perdendo terreno para as

Page 26: ªncia... · A Língua, o instrumento fundamental da comunicação, é tratada como se fosse um esfregão. Os jovens saem da universidade a escrever mal e, quem escreve mal, não

26

CESÁRIA DIAS LEITEJOSÉ ESTEVES REI

novas tecnologias de comunicação. Todavia, ela está mais presente do que nunca no nosso dia a dia, pelo que ter a competência de escrita torna-se imprescindível à vida social, escolar e profissional. No entanto, é uma das habilidades que tem levantado muitas questões no processo de ensino-aprendizagem, porque, muitas vezes, não se encara a escrita como um processo complexo com vários componentes, nem tão pouco se adequam as estratégias de ensino ao tempo em que se vive.

O surgimento da escrita constituiu uma revolução na vida humana e se foi aperfeiçoando ao longo dos tempos, decorrente de um trabalho laborioso. De certa forma, marcou a entrada do ser humano na era da civilização, constituindo, portanto, um marco na história da humanidade. Ela surge da necessidade sentida pelos homens, desde os tempos remotos, como uma forma transportável e conservável de informação e de comunicação.

O desenho é o primeiro registo da escrita, atribuído aos Sumérios entre 4000 e 3000 a. C., povo comerciante, que terá tido a necessidade de elaborar registos precisos e extensos, relativos ao transporte de produtos. A Enciclopédia Luso-brasileira da Cultura (s/d) afiança que todos os povos desenvolveram a comunicação oral, mas nem todos acederam à escrita, apesar da sua importância como processo de comunicação. Conforme o Grande Dicionário Enciclopédico (1997), diversas civilizações antigas de diferentes latitudes do globo desenvolveram a escrita, nomeadamente, a Suméria, a Chinesa, a Minoica, a Maia, a Egípcia e a Hitita, no entanto não houve uma influência entre os correspondentes povos, embora todos tenham tido como ponto de partida a pictografia e tenham ido, com algumas exceções, evoluindo da seguinte forma: pictografia => ideografia => fonografia (silabário-alfabeto). Assim, se desenvolveram os diferentes sistemas de escrita, para as numerosas línguas, de acordo com os seus respetivos sinais gráficos.

Para Saussure (1973), há apenas dois sistemas de escrita: o sistema ideográfico, como é o da escrita chinesa, em que a palavra está representada por um signo único e estranho aos sons que a compõem; o segundo sistema é o fonético, que reproduz uma série de sons, dando origem à palavra. Segundo o mesmo autor, as escritas fonéticas são silábicas ou alfabéticas

Page 27: ªncia... · A Língua, o instrumento fundamental da comunicação, é tratada como se fosse um esfregão. Os jovens saem da universidade a escrever mal e, quem escreve mal, não

27

COMPETÊNCIA DE ESCRITAEnsino dos Textos e Aprendizagem da sua Produção

e as escritas ideográficas acabam por se tornarem mistas, tendo em conta que certos ideogramas se distanciaram do seu valor inicial. Um exemplo da escrita fonética silábica, apontado pela Enciclopédia Luso-brasileira da Cultura, é a japonesa, considerada silabária, embora tenha alguns ideogramas. A escrita das línguas europeias ocidentais, entre as quais se destacam as línguas românicas, é alfabética de origem greco-romana, visto que os sinais básicos representam consoantes e vogais, embora haja alguns ideogramas, como por exemplo, algarismos e o cifrão, entre outros. O alfabeto foi criado pelos gregos, com base num silabário do povo semita, do I milénio a. C., que se espalhou pela Europa e depois pelo mundo, assumindo características próprias da língua que representa. De entre as escritas mais conhecidas, atualmente, constam o alfabeto latino, o alfabeto cirílico, a escrita árabe e a escrita chinesa.

O suporte de circulação da escrita foi-se diversificando de acordo com a evolução tecnológica, indo de pequenos tijolos, tábuas de cera, papiro, pergaminho, papel ao moderno computador. Evoluiu também o instrumento de escrever, da madeira às matérias de origem animal (pena de aves, estilete de marfim) ao metal (caneta de aparo ou esferográfica) até, mais recentemente, à caneta digital. Este processo de evolução histórica aconteceu devido à necessidade que o homem foi sentindo de um registo que prevalecesse à passagem do tempo.

A escrita, por muito tempo, foi exclusiva de uma pequena classe, os escribas, mais tarde, os nobres, pois o que havia começado apenas para colmatar uma necessidade de registar o estoque de alimentos e a quantidade de animais, passou depois a registos de batalhas, proclamações governamentais, orações, entre outros. No século XVIII, com a revolução industrial e o surgimento da impressa, há uma revolução na divulgação do livro e consequentemente da escrita. No século XIX, regista-se a massificação do ensino e, a partir desta data, a competência de escrita passa a ser sinónimo de sucesso, portanto, hoje a escrita não é domínio exclusivo de alguns, mas necessidade e direito de todos.

Assim como a escrita da humanidade foi um processo evolutivo, a escrita individual também o é. Segundo as autoras Ferreiro e Teberosky (1986, in

Page 28: ªncia... · A Língua, o instrumento fundamental da comunicação, é tratada como se fosse um esfregão. Os jovens saem da universidade a escrever mal e, quem escreve mal, não

28

CESÁRIA DIAS LEITEJOSÉ ESTEVES REI

Mendonça & Mendonça, s/d) a aquisição da escrita passa por cinco fases: pré-silábica, silábica, silábica-alfabética, alfabética, ortográfica. Ferreiro (s/d), investigadora dos processos de adquisição da linguagem escrita, afirma que mais importante que o número de fases é entender o desenvolvimento do processo de escrita, que não se dá automaticamente nem tão pouco de forma linear. Ela ressalta a importância pedagógica do conhecimento dessas fases, pelo facto de se ver a evolução do aluno e ainda entender como este pensa. Assim, o professor poderá acompanhar individualmente cada aluno pois o processo não é linear, e, por vezes, há atrasos, que não significam a incapacidade, mas a necessidade de novas estratégias.

1.2.1 ATO DE ESCREVER

A escrita é uma costura de pensamentos, bainhas bem alinhadas, pontos elegantes, vincos só nos sítios próprios. Mas nenhuma peça de costura tem só o lado de fora e sem o avesso e o que por lá vai não haveria bordados nem fantasias. Tal como na escrita, onde é preciso revirar para encontrar a arte do ponto.

Maria Lúcia Lepecki (2001, in Figueiredo, 2013: 21)

Quando lemos uma obra literária ou um texto bem redigido, não ficamos indiferentes perante a arte de bem escrever e rasgamo-nos em elogios. Entretanto, muitas vezes, olvidamos todo o processo para se chegar a tal produto. A citação em epígrafe é uma bela comparação da escrita com a costura e nós professores somos convidados a ver o avesso para compreender os domínios da produção escrita e os seus subprocessos e a nossa reflexão começa pelo próprio ato de escrever, segundo vários estudiosos, e pela sua relação com a oralidade.

Falar e escrever são duas modalidades que compõem a linguagem verbal, que é a mais utilizada pelos seres humanos, na interação com os seus semelhantes, trocando mensagens, expressando sentimentos, pensamentos, experiências, cultura, afetividade e criatividade. A fala é espontânea, dinâmica, é adquirida de modo natural e repleta de elementos paralinguísticos, por esta razão, é utilizada por falantes de qualquer nível sociocultural. A escrita, ao contrário, ela é reflexiva e rigorosa. É mais

Page 29: ªncia... · A Língua, o instrumento fundamental da comunicação, é tratada como se fosse um esfregão. Os jovens saem da universidade a escrever mal e, quem escreve mal, não

29

COMPETÊNCIA DE ESCRITAEnsino dos Textos e Aprendizagem da sua Produção

exigente que a oralidade, na diversidade lexical, nas estruturas gramaticais e, ainda, há que considerar a correção ortográfica. O texto escrito encontra-se aliado à perfeição linguística, pois esta passa pelo processo de elaboração. Se a fala é adquirida espontaneamente, a escrita, por sua vez, é aprendida. Segundo Machado (prefácio, Calello, 2012: 9) “Aprendemos a falar bem antes de chegarmos à escola. A oralidade nos provê de um primeiro mapa de significações – um protomapa – para representar o mundo. Em geral à escola cabe a tarefa de nos alfabetizar, de nos iniciar no ensino da escrita.” É uma aprendizagem que se inicia com a alfabetização, durante o 1º ciclo do Ensino Básico, e se desenvolve numa atitude de aperfeiçoamento constante, conforme os estímulos recebidos.

A linguagem escrita, na perspetiva de Amor (1999), é, quase sempre, caracterizada por oposição à linguagem falada. Entretanto, constata-se que as diferenças vão além do suporte físico de comunicação, ou seja, cada modalidade (oral e escrita) revela traços distintos uma da outra. A mesma autora afirma, ainda, que a escrita não é um conjunto homogéneo de propriedades formais distintas do oral, pois o que as torna diferentes são a condição de produção e o uso.

A comunicação escrita é passível de controlo do tempo, permite uma melhor planificação, regulação prévia e requer mais exigência; é mais formal e valorizada nas sociedades letradas; o emissor deve ser mais preciso na organização das referências e as informações mais completas; desenvolve-se na dimensão espacial e temporal e apresenta uma distância enunciativa mais acentuada.

Segundo Lopes (2003), baseada em ideias vygotskianas, a escrita é tida como uma simbolização do oral, mas diferencia-se de forma clara deste, quer na estrutura quer no funcionamento. Ela exige uma representação ou recriação da situação, por não ser imediata e, por isso, exige um trabalho de organização consciente em todos os domínios. A fala interior e a escrita estabelecem uma relação diferente da que se estabelece entre ela e a oralidade. O ato de escrever implica uma tradução da fala interior diferente da implicada na oralidade. A diferença entre a sintaxe da fala interior e a da fala oral suscita dificuldades para a aprendizagem da escrita.

Page 30: ªncia... · A Língua, o instrumento fundamental da comunicação, é tratada como se fosse um esfregão. Os jovens saem da universidade a escrever mal e, quem escreve mal, não

30

CESÁRIA DIAS LEITEJOSÉ ESTEVES REI

Segundo a autora, existe uma interação entre o desenvolvimento da escrita (e da gramática) e o da fala, pois proporcionam à criança um desenvolvimento e aplicação conscientes da sua aprendizagem. Essas capacidades, bem como os conceitos/conhecimentos científicos (que aumentam a capacidade reflexiva da criança), são mais desenvolvidos ao longo do percurso escolar, enquanto estão na fase de amadurecimento. O significado de uma palavra é, do ponto de vista psicológico, uma união da palavra com o pensamento. Assim, considera-se a escrita uma variante enunciativa da língua (modo escrito), que ocorre em situações de produção diferentes da oralidade, apresentadas sob formas de géneros e tipos de textos.

De acordo com Rojo (1995, in Lopes, 2003), a língua oral e a língua escrita devem ser consideradas tendo em conta um conjunto de variantes enunciativas, às quais o falante se vai ajustar: conjunto de enunciações faladas, escritas e uma intersecção entre os dois conjuntos.

Kato (1990, in Lopes, 2003) tem a mesma opinião e conclui que existem diferenças observáveis entre a fala e a escrita, tendo em conta as condições de produção: a dependência contextual; o grau de planificação; a submissão consciente às regras prescritivas, convencionalizadas para a escrita. Existem múltiplas variações dentro das duas modalidades de linguagem, provocadas por diversos fatores: variáveis sociais e psicológicas; grau de letramento; estágio de desenvolvimento linguístico, género, registo e modalidade.

A escrita pelas suas características colmata as limitações do oral, quer pela dimensão temporal, quer pela dimensão espacial. Porém, ambas são formas de materialização da língua, torna-se necessário respeitar determinadas convenções (de uma determinada sociedade e cultura) e normas (ortográficas e de estilo), de modo a tornar a mensagem acessível aos seus destinatários.

A expressão escrita é um processo complexo e um poderoso meio de comunicação. O ensino da escrita não se limita à caligrafia ou à ortografia, trata-se de um processo cognitivo elaborado que requer: a planificação

Page 31: ªncia... · A Língua, o instrumento fundamental da comunicação, é tratada como se fosse um esfregão. Os jovens saem da universidade a escrever mal e, quem escreve mal, não

31

COMPETÊNCIA DE ESCRITAEnsino dos Textos e Aprendizagem da sua Produção

(mobilização de conhecimentos), a redação ou textualização (conversão dos conhecimentos adquiridos na etapa anterior em linguagem escrita) e a revisão (releitura e aperfeiçoamento do texto).

Para Rebelo (2008, in Pardal, 2009: 21) “Saber escrever é uma competência que as sociedades modernas exigem a todos os cidadãos […] uma necessidade básica.” Constitui, portanto, uma ferramenta fundamental para o exercício da boa cidadania, considerando que o processo da escrita permite desenvolver no cidadão um espírito crítico e reflexivo. É um processo que segundo Rei (1994: 13) começa pelo ouvir, “Escrever é, num primeiro momento, ouvir-se a si próprio, depois, revelar um pensamento, manifestar uma verdade, uma certeza ou uma dúvida, colocar uma interrogação.”

1.2.2 MODELOS DE ESCRITA

Definir o ato de escrever depende, em grande medida, da conceção do modelo de escrita adotado. A partir da década de setenta do século XX, verificou-se um número crescente de pesquisas sobre a escrita, nas diversas áreas do saber: Psicologia Cognitiva e Psicolinguística; Genética Textual, História, Antropologia, Sociologia e Etnologia, motivadas pelas dificuldades de escrita, apresentadas pelos alunos na atividade escolar, considerando-se que, até então, via-se a escrita apenas como o produto final.

Centraremos, no entanto, a nossa atenção nos modelos de John Hayes e Linda Flower (1980) e Bereiter e Scardamalia (1987) apresentados por Carvalho (2011 e 2012), que veiculam modelos de escrita não lineares, numa visão mais abrangente de escrita, considerando-a um processo complexo e dinâmico, uma descoberta de soluções constantes para resoluções de problemas e um conjunto de processos mentais, em constante interação. Isso contraria os processos lineares de Rohaman & Wleck (1964) e de King (1978), que foram considerados demasiado simplistas por julgarem que a escrita se desenvolve através de uma sequência fixa e linear de três fases: pré-escrita, que consiste na atividade de planificação; escrita ou articulação, que é a concretização do ato de escrever, tendo o texto como o produto final; e a reescrita, a avaliação e correção do texto de acordo com as intenções comunicativas daquele que escreve.

Page 32: ªncia... · A Língua, o instrumento fundamental da comunicação, é tratada como se fosse um esfregão. Os jovens saem da universidade a escrever mal e, quem escreve mal, não

32

CESÁRIA DIAS LEITEJOSÉ ESTEVES REI

Em 1980, Hayes e Flower (1981) apresentam um modelo de escrita, que tem sido o mais estudado e divulgado na didática da composição escrita. O modelo é composto por três componentes complexos que interagem de forma constante e não linear, ao longo do ato de escrever.

O primeiro componente é o ambiente da tarefa, também designado por contexto de produção, são as informações externas à mente do escritor que, entretanto, influenciam o desenvolvimento da tarefa, pois transformam-se em input no ato de escrever. Este componente subdivide-se em duas dimensões extratextuais (encontram-se aí aspetos como o tema, a ser desenvolvido, o público alvo e a situação motivadora.) e intratextuais (o texto já produzido/texto em produção).

O segundo componente, denominado de memória de longo prazo, diz respeito ao conhecimento mobilizado durante a escrita, nomeadamente, o assunto, o destinatário e o próprio texto que irá produzir-se. Constitui a ferramenta principal utilizada no processo de escrita.

O terceiro componente, o processo cognitivo da escrita, compreende o momento da escrita propriamente dito, incorpora os subprocessos da planificação (gerar e organizar ideias); da redação (tradução das ideias em linguagem escrita); e a revisão (avaliação e reformulação do texto). Os três componentes de escrita são interdependentes e ocorrem em boa parte dos casos em simultâneo. O modelo de Hayes e Flower apresenta, ainda, o monitor, mecanismo de controlo que determina a passagem de um subprocesso ao outro, o que envolve decisões do sujeito, condicionadas pelos seus hábitos de escrita e seu estilo pessoal.

Convém frisar que a componente processo de escrita constitui a principal contribuição do modelo de Hayes e Flower (1980), ao apresentar os subprocessos (planificação, redação e revisão) chamando a atenção para processos cognitivos mobilizados pelo sujeito no momento da escrita, em vez do produto final. A compreensão dos subprocessos permite uma ação pedagógica, visando o desenvolvimento da atividade de escrita.

A planificação consiste na mobilização dos conhecimentos adquiridos anteriormente, que são utilizados na construção do plano de texto a

Page 33: ªncia... · A Língua, o instrumento fundamental da comunicação, é tratada como se fosse um esfregão. Os jovens saem da universidade a escrever mal e, quem escreve mal, não

33

COMPETÊNCIA DE ESCRITAEnsino dos Textos e Aprendizagem da sua Produção

produzir. Trata-se de um subprocesso muito complexo que terá de ser ensinado, considerando o número de informações que interagem com o tema, destinatário, objetivos do texto (querendo dizer a tipologia textual) e, ainda, os critérios de avaliação, quando se tratar de um texto no contexto escolar. Segundo Amor (1999) durante a planificação há uma interação entre os componentes da memória a longo prazo e o contexto de produção, na seleção da informação, que orientam a organização discursiva do texto escrito.

A redação é a materialização em linguagem escrita e em texto, através de frases e parágrafos, da informação selecionada e organizada no subprocesso anterior. Segundo Carvalho (2001 b.) é o subprocesso que absorve mais tempo, devido à diversidade de aspetos a serem considerados. A primeira diversidade diz respeito ao domínio dos mecanismos ortográficos e da motricidade, num primeiro momento em que não estão automatizados ainda, seguindo-se as aptidões linguísticas, que asseguram a coesão e a coerência textual.

Por último, temos a revisão, embora nem sempre aconteça num momento derradeiro, uma vez que o sujeito escrevente muitas vezes vai revendo o seu texto no momento da redação. Entretanto é considerado o aprimoramento do texto e sua eventual transformação, sendo nesta lógica constituída por dois subprocessos a (re)leitura e a edição. A (re)leitura permite verificar a conformidade com o plano e a identificação das falhas, avaliando onde se poderá efetuar as mudanças, nomeadamente, a correção dos erros de vária ordem. Trata-se, também, de um subprocesso exigente e que, de acordo com Amor (1999), é preciso capacitar o aluno para que ele possa fazer a revisão do seu texto, através de estratégias diversificadas como autocontrole e heterocontrole das produções, trabalhos individuais e em grupos. Para isso é necessário apetrechá-lo com diversos recursos tais como fichas de autoavaliação, códigos de correção e lista dos critérios, a serem avaliados.

Page 34: ªncia... · A Língua, o instrumento fundamental da comunicação, é tratada como se fosse um esfregão. Os jovens saem da universidade a escrever mal e, quem escreve mal, não

34

CESÁRIA DIAS LEITEJOSÉ ESTEVES REI

Os subprocessos diferem das fases dos modelos lineares pela interatividade e recursividade existentes entre eles. Planificação, redação e revisão são atividades que, em diferentes momentos, com maior ou menor intensidade, ocorrem quando se escreve. Neste sentido Barbeiro (1999: 86) afiança que “[…] o facto de rever pode significar o ressurgimento dos outros subprocessos: a replanificação de unidades mais extensas, em fases de novas relações consideradas como pertinentes, levando à redação de novas reformulações.”

Outros modelos de escrita têm dado um grande contributo para a compreensão da escrita no contexto escolar, nomeadamente os modelos de Bereiter e Scardamalia (1987, in Carvalho, 2001 a.) que os construíram baseando-se em dois perfis de escritores: o inexperiente e o experiente. Estes procedem de forma diferente no tocante à planificação e aos objetivos.

O primeiro modelo chamado de modelo explicativo do conhecimento é o mais simples e utilizado pelos escreventes inexperientes que resumem o ato de escrever à extração direta da memória de tudo o que sabem sobre o assunto de forma quase automática e linear.

O segundo modelo de transformação de conhecimento é mais complexo e típico dos escreventes mais experientes. Nele assiste-se à interação entre os conteúdos (conhecimentos e crenças do sujeito escrevente) e o objetivo do texto a ser produzido. Isso requer um esforço e maior grau de abstração do escritor e começa-se a considerar os géneros textuais. Esses dois autores, de acordo com Barbeiro (1999), consideram que o processo de escrita adquire uma dimensão transacional que extrapola a transcrição do conhecimento pré-existente do sujeito, considerando que pode ocorrer a transformação do conhecimento.

A nosso ver, os modelos de escrita não-lineares, apresentados anteriormente, permitem ao professor ter uma ampla visão da escrita, considerando a sua complexidade e os processos cognitivos envolvidos no ato da produção escrita e considerando a experiência e o conhecimento do sujeito escrevente, os quais influenciam o produto final / texto.

Page 35: ªncia... · A Língua, o instrumento fundamental da comunicação, é tratada como se fosse um esfregão. Os jovens saem da universidade a escrever mal e, quem escreve mal, não

35

COMPETÊNCIA DE ESCRITAEnsino dos Textos e Aprendizagem da sua Produção

A nossa pesquisa consiste na análise da produção escrita de candidatos ao Ensino Superior, que estariam no grupo dos escritores experientes. Esses modelos apresentados permitem-nos compreender o processo de escrita que culminou num produto final /o texto e a partir deste reconhecer em que momento ocorreram falhas e compreender a ocorrência de eventuais erros.

Page 36: ªncia... · A Língua, o instrumento fundamental da comunicação, é tratada como se fosse um esfregão. Os jovens saem da universidade a escrever mal e, quem escreve mal, não

A ESCRITA COMO ATIVIDADE ESCOLAR

A escola é, desde há séculos, a instituição da escrita. É através da língua escrita que frequentemente se ensina, se aprende e se avalia quase todo o saber.

Sérgio Niza (2009: 7)

Historicamente, a necessidade de registar as informações por meio da escrita aumentou. Com a escrita foi possível acumular conhecimento e a sua posterior transmissão às gerações seguintes, com recurso a diversos suportes de difusão. Hoje, o mundo moderno precisa da escrita até para as coisas mais simples como passar instruções para montagem de equipamentos, anotações de recados até ao desenvolvimento das grandes teorias tecnológicas. Pesquisas recentes revelam que a escrita permite o desenvolvimento da capacidade de pensar e a aquisição de novos conhecimentos, o que, em certa medida, lhe confere um certo prestígio relativamente à fala.

Saussure (1973) apresenta quatro causas que estão na origem desse prestígio. Em primeiro lugar, a imagem das letras impressiona pelo seu carácter permanente e sólido. Em segundo lugar, as impressões visuais são mais duradouras do que as acústicas, assim a imagem visual prevalece sobre a acústica, para a maioria das pessoas. Em terceiro lugar, está o prestígio da língua literária, aquela que se afigura nas gramáticas, nas enciclopédias e nos livros. É que os textos dos últimos constituem o maior recurso das aulas, a língua acaba por ser regulada pelo código da escrita, que, por sua vez, se encontra submetido ao código rigoroso da ortografia. Em último lugar, o desacordo entre a língua falada e a ortografia, esta impera, por ser mais sólida e mais cómoda. No entender de Saussure (1973: 74), “La escritura se

2

Page 37: ªncia... · A Língua, o instrumento fundamental da comunicação, é tratada como se fosse um esfregão. Os jovens saem da universidade a escrever mal e, quem escreve mal, não

37

COMPETÊNCIA DE ESCRITAEnsino dos Textos e Aprendizagem da sua Produção

arroga de esta vetaja una importancia a que no tiene derecho.” porque, “ Se acaba por olvidar que se aprende a hablar antes que a escribir, y la relacion natural queda invertida.”

Também Fonseca (1994: 147), considera que, na sociedade atual, permanece a supremacia da escrita sobre o oral, apesar de ser questionado o nível da escrita atualmente: “[…] cada vez menos se escreve e se lê, na nossa sociedade audiovisual e do imediato; mas, apesar disso, continua alta a cotação social e simbólica do escrito. […] nenhuma modalidade de discurso oral conseguiu ainda anular ou sequer mitigar o prestígio e o poder simbólico do escrito”. Ela aponta, como um dos argumentos, o privilégio que se dá à escrita no sistema de avaliação escolar. Essa posição é reforçada por Carvalho & Pimenta (2005), quando afirmam que a relevância que a escrita assume não decorre apenas do facto da maioria das situações de avaliação ocorrer no registo escrito, mas pelo papel que assume enquanto ferramenta de aprendizagem.

Segundo Carvalho e Pimenta (2005: 1877), “A posse e competência do uso da linguagem escrita constitui, inegavelmente, um requisito essencial para o bom desempenho no contexto da escola […]”, considerando que grande parte da comunicação que aí tem lugar assenta em suporte escrito. Isso observa-se quer através dos manuais didáticos, quer pelos trabalhos escritos que lhe são solicitados, quer ainda pelas avaliações, as quais se realizam, na sua esmagadora maioria, por escrito. Assim sendo, os autores apontam a escrita como ferramenta de aprendizagem, com implicações no processo de aquisição e estruturação do conhecimento.

Barbeiro (1999: 85) assegura que “[…] a construção escrita ativa processos mentais próprios para resolução de problemas, com recurso a competências de vários níveis de complexidade […]. Desta ativação, não resulta apenas o desempenho para a produção de texto, mas resulta também a aquisição de novos conhecimentos.” E isto se deve, segundo ele, ao carácter não linear do processo de escrita que obriga o sujeito a recorrer aos outros subprocessos, procurando estabelecer novas relações.

Page 38: ªncia... · A Língua, o instrumento fundamental da comunicação, é tratada como se fosse um esfregão. Os jovens saem da universidade a escrever mal e, quem escreve mal, não

38

CESÁRIA DIAS LEITEJOSÉ ESTEVES REI

Um estudo efetuado pelos autores, Carvalho & Pimenta (2005), a um grupo de alunos da Universidade do Minho através de um ciclo de observação de três etapas: i) sistematização da informação para adquirir o conhecimento, ii) estruturação do conhecimento adquirido e iii) expressão do conhecimento pela redação de um texto, revelou que a dificuldade não se prende apenas com a expressão do conhecimento, mas também com o processo de receção da informação. Também Barbeiro (1999: 84) salienta o papel da escrita na aprendizagem quando afirma que, de acordo com o movimento “Language across the curriculum […] em qualquer disciplina a aprendizagem se completa quando o sujeito consegue recriar os conceitos dessa aprendizagem na sua própria linguagem.” Logo, a escrita expressiva constitui um meio privilegiado para a receção e sedimentação da aprendizagem.

Daí ser necessário que se veja a escrita como um processo complexo, interdisciplinar e transversal ao curriculum. Há que considerar os diversos componentes e os subprocessos até se chegar ao produto final / texto escrito, pois, segundo Carvalho (2011), a linguagem escrita é um elemento facilitador da estruturação do pensamento, uma vez que a escrita desafia o sujeito a ativar processos mentais que estimulam a sua cognição, como processar conceitos, colocar hipóteses, interpretar, sintetizar, confrontar ideias. Ainda Carvalho & Pimenta (2005: 1877) acrescentam que “[…] o acto de escrever facilita a geração, a organização e o aprofundamento das ideias.” Barbeiro (1999: 84) reforça esta ideia afirmando que “[…] a expressão escrita surge como instrumento para desenvolver a capacidade de pensar, logo desde a fase inicial da aprendizagem da escrita.”

Daí que a escrita constitua uma ferramenta de aprendizagem e meio de avaliação, não só nas disciplinas de línguas, pois deverá ser encarada como objeto de estudo comum a todas as disciplinas e, consequentemente, é importante que seja incentivada e se crie um contexto para o seu desenvolvimento em todas as disciplinas.

Page 39: ªncia... · A Língua, o instrumento fundamental da comunicação, é tratada como se fosse um esfregão. Os jovens saem da universidade a escrever mal e, quem escreve mal, não

39

COMPETÊNCIA DE ESCRITAEnsino dos Textos e Aprendizagem da sua Produção

2.1 CRISE DA ESCRITA OU CRISE DO ENSINO DA ESCRITA?

A opinião pública não tem poupado críticas ao atual estado do ensino da Língua Portuguesa, usando quase sempre como critérios o seu domínio pelas gerações anteriores e o ensino da escrita. Neste contexto, é comum ouvir-se afirmações do tipo: “Os alunos não gostam e não querem aprender a escrever” (Amor, 1999: 109), “[…] os professores de Português não ensinam, e a prova disso é que os alunos escrevem cada vez pior.” (Fonseca, 1994: 150). A este respeito, Carvalho (1993), (2012) e Fonseca (1994) têm posições claras.

No conceito de Carvalho (1993: 133), a comparação entre as gerações é uma constante e inevitável. Porém, comparar a competência de escrita da geração atual com a das gerações anteriores não é muito correto. Com efeito, as circunstâncias e os contextos são diferentes e são vários os fatores que inviabilizam tal comparação: massificação do ensino e mudança de paradigma. Fonseca (1994) anota como fatores para a crise da escrita: a sociedade atual, o influxo proveniente da área científica e más práticas pedagógicas. Carvalho (2012) acrescenta as influências da tecnologia como fator modificador da escrita, enquanto objeto de ensino.

Antigamente, a escola era para a elite e esta, segundo Carvalho (1993), conseguia dar resposta ao que se esperava dela, pois que esses alunos, oriundos da classe média e alta, atribuíam muito valor à linguagem escrita, favorecendo assim o natural desenvolvimento da competência de escrita. Hoje, têm acesso às escolas jovens de todas as camadas socioculturais, sendo que a grande maioria provém de meios onde a linguagem escrita não é tão valorizada.

A massificação do ensino é uma das formas de abertura da escola à sociedade, regista-se também a absorção de novos valores, típicos de uma sociedade moderna e que a escola terá de gerir, o que nem sempre se tem feito da melhor forma. Segundo Fonseca (1994: 148), a escola atual é o reflexo da sociedade em que vivemos, mas é esta mesma sociedade que aponta o dedo à instituição escolar como única responsável pela crise no ensino da escrita. Há, porém, que considerar o reverso da moeda:

Page 40: ªncia... · A Língua, o instrumento fundamental da comunicação, é tratada como se fosse um esfregão. Os jovens saem da universidade a escrever mal e, quem escreve mal, não

40

CESÁRIA DIAS LEITEJOSÉ ESTEVES REI

[…] a sociedade volta-se para a instituição escolar e responsabiliza-a, clamando em tom alarmista que a escola está doente porque não ensina a escrever. Perante um tão determinante diagnóstico, poderia alegar-se que, não sendo a escola uma instituição isolada e asséptica, são os vírus que vêm do exterior a causa da doença.

Assim, a autora aponta três traços da sociedade moderna que influenciam o ensino da escrita atualmente: a polarização do mediatismo, o culto do fácil, o mito de liberdade. Estas características contrariam, em certa medida, o processo da aprendizagem da escrita, pelo seu carácter diferido, por ser um processo complexo que se aprende gradativamente mediante disciplina e treinos constantes. Todavia, Fonseca (1994: 148) assevera que isso não deverá servir de argumento para desculpabilizar a instituição escolar, mas, sim, servir de reflexão para projetar a escola como uma “instituição de intervenção ativa no sentido de minorar os problemas e contradições que na própria sociedade se geram.”

Vigner (1982, in Carvalho, 1993: 133) refere-se à mudança dos paradigmas, na expressão escrita, que noutros tempos era vista como “[…] norma exclusiva da aprendizagem, sistematicamente confundida com a língua em si mesma, único modo de expressão aceitável, fim e meio de aprendizagem.” Perdeu-se este lugar. Até então, o paradigma de ensino privilegiava: a gramática da frase em detrimento da gramática do texto; a produção de textos descontextualizados e raramente se desenvolvia a dimensão comunicativa do texto escrito; a ortografia em detrimento da adequação dos objetivos de comunicação, a organização das ideias. Carvalho (1993: 134) afirma “[…] a verdade é que a maioria das pessoas se exprimia satisfatoriamente por escrito”, contrariamente às novas gerações que veem a escrita como mera representação gráfica da oralidade, devido a esta mudança de paradigma.

O mesmo autor ainda considera a situação de uma sociedade audiovisual que torna prescindível o recurso à linguagem escrita, quando se prescinde de uma carta pelas conversas telefónicas. Ele conclui que, assim, se vai perdendo a consciência da situação em que o texto escrito é geralmente produzido, das implicações e das suas características. De facto, o código

Page 41: ªncia... · A Língua, o instrumento fundamental da comunicação, é tratada como se fosse um esfregão. Os jovens saem da universidade a escrever mal e, quem escreve mal, não

41

COMPETÊNCIA DE ESCRITAEnsino dos Textos e Aprendizagem da sua Produção

oral e o código escrito são diferentes, mas, pouco a pouco, a coloquialidade foi ocupando grande parte do espaço das aulas.

Também Fonseca (1994) justifica esta aparente valorização do discurso oral pelo influxo proveniente da área científica no ensino das línguas, nomeadamente, da Linguística moderna, que põe o relevo no carácter primário e, fundamentalmente, oral da comunicação linguística; da Pragmática e da Sociolinguística, com os estudos da pluralidade dos discursos, que nos anos setenta contribuíram para a renovação do ensino das línguas estrangeiras, que alastrou ao estudo dos diversos discursos orais do quotidiano nas aulas de língua materna e diria, também, nas aulas de língua segunda.

A valorização do discurso oral, como as diversidades dos discursos sociais, ganha um espaço nas aulas de língua, dentro do conceito da “abertura da escola à vida”. Fonseca (1994), entretanto, pontua que toda a abertura implica sobretudo “fazer sair”. Não se pode conceber um ensino que preconize uma pluralidade de discursos sem proporcionar momentos de reflexão em torno das suas características e um ensino consciente das normas dos discursos orais. Por esta razão, defende uma distância necessária e um diálogo frutífero ente a Didática da língua e a Linguística para que cada uma conserve as suas especificidades e atue com eficiência nas respetivas áreas.

A importância e o contributo dessas ciências como a abertura da escola à sociedade são indiscutíveis. Fonseca (1994: 149-150), porém, contra-argumenta:

Quando a actuação pedagógica abdica da sua natureza de intervenção social para se limitar a ser um simples eco das práticas sociais correntes ou quando não assume sua especificidade e posicionamento crítico e se fica por uma transposição linear da perspetiva descritivo-explicativo das teorias, sofre imediatamente a sanção do desprestígio inerente a uma inapelável condenação por negligência e ineficácia.

Page 42: ªncia... · A Língua, o instrumento fundamental da comunicação, é tratada como se fosse um esfregão. Os jovens saem da universidade a escrever mal e, quem escreve mal, não

42

CESÁRIA DIAS LEITEJOSÉ ESTEVES REI

Resumindo, a mudança de paradigma, aliado à aplicação errada dos contributos das ciências da língua, convergiram nas más práticas pedagógicas. A primeira delas salientada por Fonseca (1994) é o facto de o ensino da escrita ser atribuído apenas ao professor de Português e os restantes assumirem a cómoda posição de culpabilizar este quando há maus resultados na sua disciplina, em vez de fomentarem a prática de interpretação e produção escrita sobre a matéria que lecionam. Isto fundamenta-se no que foi exposto anteriormente, que a escrita é uma ferramenta da aprendizagem que contribui para a receção e estruturação do conhecimento, bem como expressão do mesmo nos vários momentos de avaliação. Na mesma linha de pensamento, Carvalho (2012) assegura que a escrita, enquanto objeto de estudo, tem sido menorizado, comparativamente aos outros domínios da aula de língua materna e aponta três argumentos: remissão da tarefa de escrita para os momentos finais da aula e o menor tempo que lhe é dispensado; frequentes abordagens centradas em saberes de natureza declarativa e não processual; e a não problematização da tarefa que não promove a evolução, no sentido de motivar o aluno a uma escrita mais desenvolvida, pelo contrário, este tende a perpetuar-se num estágio menos desenvolvido.

O facto de a escrita ser remetida, sistematicamente, para os momentos finais da aula, decorrente de outras atividades e de lhe ser dicado menos tempo, não contribui para a criação de um ambiente propício ao desenvolvimento desta tarefa, que, pela sua natureza, exige tempo e concentração. Consideramos que sendo a escrita uma tarefa exigente, ela requer do aluno um grande esforço cognitivo, e ele, já vencido pelo cansaço do decorrer da aula, assume tal tarefa como trabalho para casa, ou, na pior das hipóteses, como matéria para a próxima aula. Por outro lado, o professor, bem-intencionado em cumprir o programa, já não retoma a atividade que considera finalizada, concluindo ter ensinado ao aluno a escrever depois de ter exposto o plano de escrita e alguns critérios de avaliação, não considerando todas as componentes e os subprocessos que compõem a atividade de escrita e que se vão desenvolvendo ao longo do tempo.

Page 43: ªncia... · A Língua, o instrumento fundamental da comunicação, é tratada como se fosse um esfregão. Os jovens saem da universidade a escrever mal e, quem escreve mal, não

43

COMPETÊNCIA DE ESCRITAEnsino dos Textos e Aprendizagem da sua Produção

Ainda na senda das más práticas pedagógicas, consideramos o artigo de Carvalho (2002) intitulado Tipologias da escrita: A Sua Abordagem no Contexto do Ensino-aprendizagem da Língua Materna, ao fazer uma análise crítica, partindo dos manuais escolares, considerou que: i) na aula de Língua Portuguesa, a escrita é mais veículo de comunicação do que objeto de ensino-aprendizagem; ii) quando se torna objeto de ensino-aprendizagem, privilegia-se o produto associado às situações lúdicas, proporcionadoras de prazer, expressões de sentimento e de ideias, pelo que raramente se promove reflexões mais profundas; iii) verifica-se o predomínio do produto sobre o processo de escrita; iv) na análise dos textos o foco é colocado nos aspetos formais; v) as tarefas de escrita situam-se, normalmente, em contextos pouco significativos para os alunos.

Carvalho (2002) examina, ainda, como um aspeto muito importante a ser considerado no ensino da escrita, a questão da tipologia textual, porque cada tipo de texto tem a suas especificidades, apesar dos aspetos em comum. Assim, na sua análise, considera que nos manuais: i) dá-se mais atenção aos textos narrativos e descritivos, em textos literários; ii) presta-se pouca atenção aos textos utilitários, que são contemplados como uma mera unidade letiva e, quando lecionados, o foco do ensino é o modelo e a estrutura formal; iii) considera que os textos que realmente interessam ao aluno, aqueles que fazem parte do seu dia a dia, são ignorados.

Calkins (1989: 19) apresenta um perfil semelhante ao de Carvalho, referente à realidade norte-americana “[…] na maioria das salas de aula norte-americanas, o foco do professor não está na criança, mas em uma unidade de estudo, no livro-texto, no curriculum elaborado com antecedência.”

Em suma, tudo isso contribui para a diminuição da qualidade da escrita, com isso não se quer dizer que não haja uma pedagogia de escrita, mas ela tem-se revelado assistemática, ocasional e não programada, no dizer de Fonseca (1994).

Um fator mais recente e que tem afetado e muito a qualidade da escrita, segundo Carvalho (2012), é a tecnologia. Ele refere-se às implicações que a tecnologia traz ao uso da linguagem escrita, modificando a escrita

Page 44: ªncia... · A Língua, o instrumento fundamental da comunicação, é tratada como se fosse um esfregão. Os jovens saem da universidade a escrever mal e, quem escreve mal, não

44

CESÁRIA DIAS LEITEJOSÉ ESTEVES REI

nas características e, consequentemente, como objeto de estudo e a emergência de novas formas textuais de carácter multimodal. A tecnologia revaloriza a escrita porque há mais gente a comunicar, usando a escrita e com mais frequência, estimulada pela massificação do uso do computador e de outros dispositivos como instrumentos de escrita. O autor apesenta duas implicações imediatas e óbvias: a facilidade na produção escrita permitida pelo processador de texto, que viabiliza uma melhor execução dos subprocessos, na medida em que se pode reescrever, repensar o plano ao mesmo tempo que se poderá efetuar as eventuais reformulações, sem custos adicionais ou perda de tempo. Outra implicação, esta do ponto de vista da motricidade, é a substituição do lápis e da esferográfica pelo teclado, considerando a transferência dos movimentos dos braços pelas mãos que são, segundo Carvalho (2012: 3), relevantes no processo da escrita.

A questão da motricidade é sobretudo relevante quando consideramos que a sua automatização é condição sine qua non para que o processo de escrita decorra com o ritmo adequado, resultante da articulação entre o fluir do pensamento e os movimentos pelos quais, no processo de redação, se torna possível a materialização das ideias na linguagem que se torna visível na superfície de um ecrã.

Contudo, no nosso ponto de vista, a maior implicação encontra-se na mudança dos traços que caracterizam a linguagem escrita e a comunicação por ela veiculada. Carvalho (2012) aponta o diferimento entre o momento de produção e o da receção que desaparece na escrita “telemática síncrona”, no contexto dos chats ou outros sistemas de mensagem instantânea, que se traduzem em enunciados com estruturas diferentes da tradicional, com o surgimento de novos vocábulos e de novas formas que põem em causa os princípios básicos da norma ortográfica estabelecida. Por último, Kress e Bezemer (2009, in Carvalho, 2012) apresentam a emergência de novas formas textuais, em que a escrita é apenas um dos modos de representação ao lado da imagem (sobretudo dos chamados emojis) e do som e, por vezes, a escrita ocupa um lugar secundário.

Examinando o exposto por Carvalho, Fonseca, Calkins e Colello, que nos apresentam espaços diferentes do ensino da escrita, podemos concluir que

Page 45: ªncia... · A Língua, o instrumento fundamental da comunicação, é tratada como se fosse um esfregão. Os jovens saem da universidade a escrever mal e, quem escreve mal, não

45

COMPETÊNCIA DE ESCRITAEnsino dos Textos e Aprendizagem da sua Produção

os problemas e a insatisfação com a escrita não se põem apenas em Cabo Verde, antes, são uma questão global. É consensual, para esses autores, que estamos perante uma “crise”. Será da escrita ou do ensino desta? A opinião pública, como observamos, afirma que “cada vez se escreve e se lê menos na sociedade audiovisual e do imediato; mas apesar disso, continua alta a cotação social e simbólica do escrito”, afirmação que Fonseca (1994) considera contraditória, corroborada, em certa medida, por Carvalho (2012), ao considerar que as tecnologias revalorizam a escrita e há mais pessoas a escrever e consequentemente a ler, embora em contextos e situações diferentes. O que se verifica, portanto, é a necessidade de uma nova pedagogia que acompanhe as mudanças que ocorrem na sociedade, a modificação dos objetos de ensino que, modernamente, têm posto em causa as normas e convenções estáveis e abrem caminhos para novos usos de linguagem. A escola não pode ignorar tais realidades, sob pena de se distanciar, cada vez mais, da sociedade onde está inserida e do seu propósito que é o de preparar os alunos para a vida.

Neste sentido respondemos à nossa pergunta: Não há uma crise da escrita, o que se verifica é uma “crise” no ensino da escrita, ou melhor nas suas pedagogias, porque não se pode ensinar a escrita usando os mesmos métodos e estratégias de há cinquenta anos, por mais que estes tenham, porventura, alcançado os objetivos almejados.

Os argumentos apresentados pelos teóricos conduzem-nos a uma profunda reflexão crítica e requerem uma mudança de paradigma do ensino, começando por conceber a escrita não como um produto, mas, sim, como um processo e parte da linguagem humana sujeita a mudanças. Assim, fazemos eco da urgência de uma pedagogia da escrita, proclamada por Fonseca (1994) e acrescentamos um perfil de professor de língua, com um espírito reflexivo e atento às mudanças, de modo que a sua atuação não se torne rapidamente obsoleta.

Page 46: ªncia... · A Língua, o instrumento fundamental da comunicação, é tratada como se fosse um esfregão. Os jovens saem da universidade a escrever mal e, quem escreve mal, não

46

CESÁRIA DIAS LEITEJOSÉ ESTEVES REI

2.2 PARA UMA PEDAGOGIA DA ESCRITA

Perante o facto consumado das constantes mudanças na sociedade em que vivemos, das implicações que a tecnologia tem imprimido nos hábitos de escrita e na modificação da própria linguagem escrita, aliado ao novo conceito de escrita como atividade cognitiva, complexa, multifacetada, que só se consegue numa progressão baseada na disciplina e no treino constante do fazer e refazer, não há outra alternativa, urge uma pedagogia que dê resposta às novas demandas do mundo atual. Neste sentido, Fonseca (1994), Colello (2012) e Carvalho (2012; 2013), ancorados em teorias e pesquisas recentes sobre a escrita e demais teorias linguísticas, apresentam propostas para uma nova pedagogia de escrita que satisfaça às necessidades atuais.

2.2.1 DIRETRIZES PEDAGÓGICAS

Fonseca (1994) propõe uma pedagogia interativa e transformadora, que não se limita a espelhar passivamente a sociedade em que está inserida, apresentando os diversos discursos orais sem promover uma reflexão sobre cada um deles. Colello (2012) sugere diretrizes pedagógicas e frentes de trabalho pedagógico perante a complexidade de fatores inerentes à construção da escrita. Carvalho (2012; 2013), considerando o ato de escrever uma ação multifacetada como o uso da linguagem, como o processo cognitivo e como a prática social, projeta uma pedagogia de escrita, propondo quatro planos: 1) plano do sujeito; 2) plano da relação da escrita com os outros domínios da língua portuguesa; 3) plano da implementação da escrita no quadro das outras disciplinas; 4) plano da participação, quadro mais alargado da escola enquanto comunidade e na(s) sociedade(s) em que está inserido o sujeito. Vejamos breves desenvolvimentos destes planos.

1) O plano do sujeito (aquele que aprende a escrever na aula de língua portuguesa) desenvolve-se no contexto de uma relação pedagógica tripartida entre o aluno, a escrita e o professor, tendo como meta atingir a competência de escrita, através de um percurso progressivo de diferentes estágios de desenvolvimento. Segundo Carvalho (2012: 9), “[…] tal desenvolvimento,

Page 47: ªncia... · A Língua, o instrumento fundamental da comunicação, é tratada como se fosse um esfregão. Os jovens saem da universidade a escrever mal e, quem escreve mal, não

47

COMPETÊNCIA DE ESCRITAEnsino dos Textos e Aprendizagem da sua Produção

não sendo passível de ser ensinado, necessita de processos de mediação e de um enquadramento em formas sociais de ensino-aprendizagem.” Assim, baseado no conceito vygotskiano de zona de desenvolvimento próximo, o sujeito manterá uma relação com a escrita mediada pelo professor, que funcionará como o “andaime” da construção cognitiva, o qual, segundo Colello (2012), não será nos moldes tradicionais, como transmissor e controlador da evolução das informações, mas de despertar o interesse, fomentar a atitude reflexiva, apoiar o desenvolvimento, estimular um ambiente rico em experiências e interações e promover ações pedagógicas, facilitadoras da elaboração de ideias e de conceção de hipóteses.

A escrita desenvolve-se, segundo Carvalho (2013), recorrendo à teoria de Kroll (1981), em quatro fases: preparação, consolidação, diferenciação e integração. A preparação corresponde à fase de aquisição de mecanismos da motricidade e da ortografia, esta é mais absorvente, considerando as características da escrita em português, como escrita alfabética cujo código é arbitrário. Acrescentam-se, ainda, as noções de delimitação da palavra, frase e a pontuação. Tudo isso resulta num texto rudimentar. Na fase seguinte, pressupõe-se a consolidação dos aspetos relacionados com a motricidade, e o texto é caracterizado pela presença de traços da oralidade, pela abundância de coloquialidade. “A criança escreve como fala, pois ainda não tomou consciência de que falar e escrever constituem variedades da linguagem diferentes, com funções, estruturas e padrões organizacionais próprios” (Carvalho, 2013: 189). O sujeito, ao consciencializar-se das diferenças entre a linguagem oral e a escrita, encontra-se na fase da diferenciação. Por último, a integração que consiste no desenvolvimento do estilo pessoal.

Carvalho (2013) frisa que o desenvolvimento das competências de escrita está indissocialvelmente ligado à consciencialização dos traços que diferenciam a escrita da oralidade, principalmente, pelo facto de a comunicação escrita se realizar, normalmente, na ausência do recetor e do referente. Isto requer uma maior autonomia do texto, devido à ausência das pistas fornecidas pelo interlocutor na comunicação oral. Assim, o sujeito terá de conceber o seu texto de modo a ter a referencialidade, que

Page 48: ªncia... · A Língua, o instrumento fundamental da comunicação, é tratada como se fosse um esfregão. Os jovens saem da universidade a escrever mal e, quem escreve mal, não

48

CESÁRIA DIAS LEITEJOSÉ ESTEVES REI

permite ao destinatário compreender a mensagem transmitida. É neste sentido que Carvalho (2012) afirma que a escrita vai-se distanciando do sujeito para se centrar no destinatário. Assim, a escrita inicialmente rudimentar e fortemente marcado pela oralidade, vai-se aperfeiçoando, em direção a uma escrita adulta e observa-se uma passagem progressiva de uma escrita de conhecimento explícito para uma escrita de transformação do conhecimento, no conceito de Bereiter e Scardamalia (1987). Importa, contudo, afirmar que é necessária a definição de tarefas pedagógicas potenciadoras de aprendizagem, considerando o nível do aluno, os seus recursos e limitações na mobilização dos diferentes componentes e na concretização dos subprocessos de escrita.

2) Plano da relação da escrita com os outros domínios da língua: sendo a escrita apenas uma das habilidades que compõem a linguagem verbal, ela não poderá ser aprendida dissociada das demais (ler, ouvir, falar, bem como do conhecimento explícito da língua), logo, a proposta de Carvalho (2012; 2013) consiste numa ação pedagógica que articule todas essas habilidades de modo a se alcançar uma melhor eficácia na escrita. Começando pela leitura, enquanto compreensão de escrita, ele reconhece que esta permite uma tomada de consciência do modo da linguagem escrita; promove imagens mentais de formas e palavras; permite a familiarização com padrões sintáticos mais comuns na escrita; favorece o conhecimento mais profundo dos tipos e géneros textuais, bem como as implicações no processo da escrita, no desenvolvimento da planificação, redação e revisão, pelo carácter interativo e recursivo destes. Ainda, a leitura permite ao sujeito acumular conhecimentos vários que se encontram na memória de longo prazo, a que, posteriormente, recorre para escrever o seu próprio texto. No entanto, há o reverso da moeda, a escrita contribui igualmente para o desenvolvimento da leitura, correspondendo a primeira à produção e a segunda à receção da escrita, daí que sejam habilidades indissociáveis e as aprendizagens intrinsecamente ligadas.

No domínio da oralidade, tanto Fonseca (1994), como Carvalho (2012; 2013) estão de acordo que, embora seja importante o reconhecimento dos traços distintivos entre o modo oral e o escrito, eles não são em si suficientes.

Page 49: ªncia... · A Língua, o instrumento fundamental da comunicação, é tratada como se fosse um esfregão. Os jovens saem da universidade a escrever mal e, quem escreve mal, não

49

COMPETÊNCIA DE ESCRITAEnsino dos Textos e Aprendizagem da sua Produção

São necessárias tarefas pedagógicas bem definidas que conduzam o aluno à consciencialização dessas especificidades e de como tirar partido das potencialidades de cada uma. Por exemplo, como compensar a ausência dos interlocutores na comunicação escrita; como (re)construir o referente, de modo a que o texto possa permanecer, no dizer de Fonseca (1994: 159), “[…] como texto para além da situação em que foi produzido, […] estar construído de forma a ter condições de sobreviver ao corte do “cordão umbilical” que liga a produção discursiva ao seu contexto imediato, isto é, a teia de referências implícitas […]”, por outras palavras, assegurar a autonomização do texto através dos deíticos e conetores interfrásicos, por exemplo. De uma atividade de oralidade passou-se à escrita e desta surge a necessidade de explicitar a gramática para melhor organizar o discurso, alcançando a coesão e coerência do texto. Segundo Carvalho (2012; 2013), assim se configura uma pedagogia de escrita numa relação com os outros domínios da língua.

3) Plano da implementação da escrita no quadro das outras disciplinas: pela relevância da escrita no curriculum escolar, contemplado anteriormente, como meio e objeto de ensino, ferramenta de aprendizagem e instrumento e avaliação (Carvalho & Pimenta 2005), ela é frequentemente apresentada como uma competência transversal à escola. Assim sendo, deve ser promovida por todos os professores que fazem uso da escrita em diversos momentos das suas aulas e não exclusivamente pelo professor de línguas.

4) Plano da participação, quadro mais alargado da escola enquanto comunidade e nas sociedades em que está inserido o sujeito: neste plano, Carvalho (2012; 2013) apresenta uma ideia de ensino em contexto, associada aos géneros textuais, considerando os vários estudos que defendem esta linha de pensamento. Barbeiro (2003, in Carvalho, 2013: 199) define contexto como “O conjunto de fatores exteriores às palavras de um enunciado e à sua combinação, que influem na construção e reconstrução do significado desse enunciado”. Nesta linha, Camps (2005, in Carvalho, 2013: 199) considerou o contexto em três níveis: primeiro, “[…] situação, realidade objectiva que condiciona a produção textual e que inclui a situação em que se realiza a tarefa e as características do

Page 50: ªncia... · A Língua, o instrumento fundamental da comunicação, é tratada como se fosse um esfregão. Os jovens saem da universidade a escrever mal e, quem escreve mal, não

50

CESÁRIA DIAS LEITEJOSÉ ESTEVES REI

destinatário”; o segundo nível, perspetiva-o como comunidade discursiva, “[…] contexto partilhado que torna possível dar sentido e interpretar os textos”; finalmente, num terceiro nível, o contexto é entendido como “[…] esfera de actividade humana em que os textos são resultado e, ao mesmo tempo, instrumento de mediação na construção do diálogo como processo cultural.”

Resumindo, o contexto é a esfera onde se movimenta o sujeito, e a escrita, a ser desenvolvida, deverá facilitar a relação do sujeito com a sua comunidade, permitindo-lhe participar e interagir. Segundo Martins & Niza (1998), a escrita é uma atividade de comunicação que desempenha funções sociais de acordo com as necessidades e finalidades de quem escreve e de quem lê.

Assim sendo, é necessário que seja retirado o artificialismo que rodeia a escrita nas aulas de língua portuguesa, permitindo uma atividade que promova um uso utilitário e real da escrita, longe das atividades artificiais e, muitas vezes, longe da realidade dos alunos, sem um objetivo real ou um destinatário além do professor, que fará apenas a avaliação. Pretende-se dizer que, neste plano, quer-se uma escrita integrada nas próprias necessidades e interesses dos alunos, fomentada pela problematização e partindo das suas realidades. Voltando ao que Fonseca fomenta, visa-se uma escola interativa e interventiva, que não prolongue os problemas sociais, mas que busque uma forma de mitigá-los ao desenvolver o carácter integral do aluno.

Na integração dos quatro planos de Carvalho, eles interagem da forma como se mostra na figura abaixo.

Page 51: ªncia... · A Língua, o instrumento fundamental da comunicação, é tratada como se fosse um esfregão. Os jovens saem da universidade a escrever mal e, quem escreve mal, não

51

COMPETÊNCIA DE ESCRITAEnsino dos Textos e Aprendizagem da sua Produção

Figura 1 - Plano de abordagem da escrita na escola

Desenvolver a competência de escrita não significa, segundo Ramos (2002), tornar o aluno um literato, nem tão pouco fazer daquele que não gosta de escrever, um amante da escrita. Contudo, havendo necessidade, ele deve ser capaz de redigir um texto com destreza. O objetivo, portanto, deverá ser desenvolver no aluno a capacidade de escrever de modo a comunicar com o outro sem ruídos, para que todos entendam, isto é, fazer com que o aluno aprenda a escrever bem, sem falhas. Daí que Ramos (2002) proponha a análise de textos dos alunos numa perspetiva pedagógico-didática a partir da metodologia de análise de erro.

Assim sendo, uma nova pedagogia de escrita deverá partir daquilo que os alunos fazem para aquilo que poderão vir a fazer sozinhos, deste modo, a análise do erro poderá ser um ponto de partida para uma nova pedagogia do erro.

Page 52: ªncia... · A Língua, o instrumento fundamental da comunicação, é tratada como se fosse um esfregão. Os jovens saem da universidade a escrever mal e, quem escreve mal, não

52

CESÁRIA DIAS LEITEJOSÉ ESTEVES REI

2.2.2 PERFIL DO PROFESSOR DE LÍNGUAS

Enquanto ensino continuo buscando, procurando. Ensino porque busco, porque indaguei, porque indago e me indago. Pesquiso para constatar, constatando intervenho, intervindo educo e me educo. Pesquiso para conhecer o que ainda não conheço e comunicar ou anunciar a novidade.

Paulo Freire (1996; 2002: 16)

Projetar uma pedagogia atual para o ensino da língua, especificamente, para o ensino da LP em Cabo Verde, LS e LO, requer do professor um ensino efetivo, considerando o papel que ocupa na trilogia da relação pedagógica de Carvalho (2012; 2013) e da nova conceção da escrita, para que o aluno alcance a competência comunicativa. Pois, aprender a LP reveste-se de um valor individual e social, é uma condição para que se alcance sucesso escolar, pelo papel singular que ocupa no currículo escolar e o prestígio de que goza socialmente no país.

Pela natureza transversal e transdisciplinar da disciplina de LP e pela complexidade do seu objeto, exige-se ao professor de LP um perfil específico, acrescentado ao perfil comum que se requer dos demais professores – ser reflexivo, capaz de organizar, orientar e gerir a progressão das aprendizagens. Assim, baseando-nos no Projeto Português 2002 – O Ensino e a Aprendizagem do Português na Transição do Milénio (2001) (Lobo, 2002), apresentamos de forma resumida o perfil que lhe é exigido:

I. possuir a capacidade de diálogo com o aluno, com os pais/encarregados de educação e com os seus pares, para melhor gestão da sua pedagogia;

ser investigativo, mantendo um diálogo constante com as novas investigações nas áreas de língua e, também, desenvolver a investigação-ação através da sua prática pedagógica e da observação dos seus alunos, considerando as especificidades de cada um e do contexto escolar;

possuir um paradigma deontológico centrado na pessoa humana do aluno, na busca da verdade e do belo, animado por uma nova consciência de profissionalismo e exigência de qualidade.

Page 53: ªncia... · A Língua, o instrumento fundamental da comunicação, é tratada como se fosse um esfregão. Os jovens saem da universidade a escrever mal e, quem escreve mal, não

53

COMPETÊNCIA DE ESCRITAEnsino dos Textos e Aprendizagem da sua Produção

Acrescentam-se. Ainda, ao perfil do professor de LP, estas características:

II. ter um bom domínio da LP;III. ser estimulador da competência comunicativa, num ambiente

salutar que gere confiança e estimule as aprendizagens;IV. ser um praticante de metodologias ativas, diversificadas e conhecedor

das novas tecnologias de informação, que se transformam em suportes motivantes das aprendizagens, pela relação que a nova geração mantém com as tecnologias. Exige-se-lhe capacidade de diversificação de materiais e de atividades que permitam conhecer o aluno em diferentes situações e explorar as suas potencialidades;

V. ser regulador do processo de ensino-aprendizagem para melhor orientar o aluno e ir possibilitando diversos tipos de aprendizagem, corrigindo as imperfeições, abrindo pistas para novos caminhos. Deverá facultar tarefas adequadas de superação das dificuldades, daí que seja importante conhecer o histórico do aluno; construir instrumentos para os diversos momentos de avaliação (testes, grelhas de observação, questionários…), principalmente quando se trata do ensino da escrita em que a aprendizagem é processual e progressiva, esperando-se do professor uma maior atenção e seguimento nos diferentes subprocessos de escrita;

VI. gestor das diversidades: pela heterogeneidade da turma e pela diversidade linguística. Assim, deverá promover o ensino considerando as variedades da LP, não descorando nunca o lugar que a norma ocupa e o respeito pela diversidade cultural e linguística dos aprendentes;

VII. promotor de mudança, pela abordagem de temas do quotidiano e da reflexão rumo a uma mudança de atitude, visando a elevação dos valores universais. E poderá fazê-lo, recorrendo a textos autênticos e de géneros diferentes.

Quando se fala do professor de língua, muitas vezes, a questão que se coloca é se ele é, ou não é, um falante nativo e alguns estudos têm surgido visando a desmistificação do preconceito linguístico de que apenas o falante nativo seria o professor idóneo, mesmo se este terá as suas

Page 54: ªncia... · A Língua, o instrumento fundamental da comunicação, é tratada como se fosse um esfregão. Os jovens saem da universidade a escrever mal e, quem escreve mal, não

54

CESÁRIA DIAS LEITEJOSÉ ESTEVES REI

vantagens. Considerando o contexto cabo-verdiano, a esmagadora maioria dos professores não são falantes nativos da LP. Estes, no entanto, terão também as suas vantagens.

O estudo feito por Tabilo (2011), na sua dissertação intitulada O Ensino do Português como Língua Estrangeira por Professores não Nativos, aponta algumas vantagens do professor falante não nativo:

I. poderá ser um modelo a seguir no processo de aprendizagem, visto que demonstrou sucesso em aprender a língua;

II. por ser conhecedor dos dois sistemas linguísticos do conhecimento do aluno e por ter passado por situações de aprendizagem semelhantes, deverá propor estratégias de aprendizagem mais efetivas, baseadas na sua experiência e identificar antecipadamente certas dificuldades dos alunos;

III. desenvolver nos alunos um sentimento de empatia com a LP e suscitar a necessidade e os benefícios da aprendizagem da LA, no caso de Cabo Verde através da reconstrução da história comum e da influência desta na língua e na cultura cabo-verdiana.

A construção de tal perfil começa pela formação dos novos professores nas instituições competentes, passando pela formação contínua, promovida pelo Ministério que tutela a educação, como meio indispensável para a mudança. Todavia, consideramos o interesse do professor, na sua própria formação, um fator determinante, pois, se o seu principal objetivo é desenvolver a competência comunicativa do aluno, ele deverá também desenvolver em si a sua competência profissional, numa constante avaliação da sua prática. Quando se reflete sobre o ensino da língua, mais do que nunca, o professor deverá estar mais atento e atualizado devido às múltiplas mudanças e exigências sociais que não cessam, daí o grande desafio de se ser professor como um agente à disposição de uma pedagogia “ativa e transformadora” (Fonseca: 1994).

No que toca ao ensino da escrita, Niza, Segura & Mota (2011: 53) afirmam que: “Os professores que ensinam a escrever devem incorporar na sua

prática pedagógica as competências que têm de desenvolver nos seus alunos.”

Page 55: ªncia... · A Língua, o instrumento fundamental da comunicação, é tratada como se fosse um esfregão. Os jovens saem da universidade a escrever mal e, quem escreve mal, não

55

COMPETÊNCIA DE ESCRITAEnsino dos Textos e Aprendizagem da sua Produção

Consideram ainda que o professor funciona como o modelo, redator e mediador. Enquanto orientador do processo do ensino da escrita, ele deverá escrever com o aluno e não assumir a postura de “capataz”, que manda escrever e aguarda pelos resultados para avaliar atribuindo uma classificação genérica. Deverá estar atento ao processo e orientar, dialogar com o aluno nas diversas etapas de produção escrita.

Page 56: ªncia... · A Língua, o instrumento fundamental da comunicação, é tratada como se fosse um esfregão. Os jovens saem da universidade a escrever mal e, quem escreve mal, não

O PAPEL DO ERRO NA PEDAGOGIA DA ESCRITA

Como pudemos analisar no capítulo anterior, a escrita é uma atividade a ser desenvolvida na escola, que se reveste de uma grande complexidade e exige estratégias que visam o desenvolvimento progressivo dos alunos. Associada à complexidade do processo de escrita encontram-se as dificuldades na aprendizagem da linguagem escrita, enfrentadas pelos alunos em todos os níveis de ensino, que se traduzem em “erros”, a cujo estudo nos dedicaremos nos capítulos subsequentes. Uma reflexão séria e ponderada sobre os “erros” poderá conduzir a um melhor ensino-aprendizagem da escrita.

3.1 PERSPETIVA SOBRE A ANÁLISE DO ERRO

What is the relationship between what we teach and what is learned?

Pit Corder (in Glória Ficher, s/d: 253)

A preocupação com o erro no ensino das línguas começou nos meados dos anos quarenta do século passado, com a análise contrastiva (AC), também chamada hipótese da análise contrastiva (HAC), como forma de estudar o erro do aluno, anteriormente, visto como um empecilho para a aprendizagem e agora encarado como parte integrante do processo de aprendizagem. Assim, referiremos a seguir a AC como a precursora da Análise do erro (AE), pela importância que o estudo do erro tem hoje na comunicação pedagógica e pelo contributo que este método tem dado no ensino da língua.

3

Page 57: ªncia... · A Língua, o instrumento fundamental da comunicação, é tratada como se fosse um esfregão. Os jovens saem da universidade a escrever mal e, quem escreve mal, não

57

COMPETÊNCIA DE ESCRITAEnsino dos Textos e Aprendizagem da sua Produção

Considerando a teoria de Chomsky de que todos têm uma gramática universal da sua própria língua, o aluno cabo-verdiano quando inicia a sua escolarização, que acontece na LP, traz para a escola os seus conhecimentos da LM, isto é, da LCV, dos quais faz uso para se expressar na LP, através da testagem de hipóteses que muitas vezes são interpretadas pura e simplesmente como “erros”. Porém, um estudo detalhado poderá revelar se os desvios cometidos estão relacionados: com a fase transitória de aprendizagem, chamada de interlíngua; com erros de fossilização; ou se se trata de mudança da LP, falada nas ilhas de Cabo Verde, cuja delimitação, pelas limitações do nosso trabalho, ainda que a desejássemos fazer, não a conseguiríamos alcançar na plenitude.

Ficher et al. (s/d: 254) responde à questão colocada por Corder que se encontra na epígrafe  “[…] nem tudo o que é ensinado é efetivamente aprendido pelo aluno. É este quem controla o in put.” Por conseguinte, no processo de ensino aprendizagem de línguas, ocorrem realizações designadas genericamente por “erro”, concebido como um desvio da norma considerada culta e, no decurso dos anos, diversas teorias de ensino-aprendizagem de línguas têm ditado diferentes atitudes face ao erro e diferentes formas de tratamento.

3.1.1 BEHAVIORISMO E O MÉTODO DE ANÁLISE CONTRASTIVA (AC)

Segundo a teoria behaviorista, apoiada na teoria de comportamento de Skinner e na linguística estruturalista, aprender é um processo mecânico de formação de hábitos, através de condicionamentos clássicos – estímulo-resposta e dos reforços positivo e negativo. Assim, o método da AC ou HAC que dominou a investigação no ensino de língua, dos anos quarenta aos anos sessenta do século XX, considera o erro como algo a ser evitado e banido e o objetivo principal é prevenir o erro de produção na LE, por meio da predição. Tentou-se explicar o erro através da observação de dois sistemas linguísticos (LM e LE), procurando as semelhanças e as diferenças e assim prever as dificuldades e antecipar os erros dos aprendentes, pois considerava-se que a principal barreira para a aprendizagem de uma LE seria a interferência (transferência negativa) daquilo que é diferente na

Page 58: ªncia... · A Língua, o instrumento fundamental da comunicação, é tratada como se fosse um esfregão. Os jovens saem da universidade a escrever mal e, quem escreve mal, não

58

CESÁRIA DIAS LEITEJOSÉ ESTEVES REI

LM, contribuindo para o erro. Logo, recomenda o tratamento imediato, pelo professor, pois dessa forma diminuía-se o tempo entre a exposição ao erro e a apresentação da forma correta, recomenda exercícios de repetição mecânica, pois segundo Ellis (1998, in Maia F., 2009) o behaviorismo defendia que a aprendizagem de uma LE acontecia por meio da formação de hábitos, com atividades de imitação, repetição e estímulo-resposta.

Esta visão mecanicista de ensino foi contestada ao longo dos anos, por centrar-se no professor; focar-se mais nas diferenças e imputar às transferências a causa exclusiva dos erros2 e com o declínio do estruturalismo, nos finais dos anos sessenta, o interesse emergente pela teoria cognitivista e o surgimento de teorias de aquisição de L2 houve uma grande reformulação na teoria de ensino-aprendizagem e o surgimento de novo método.

3.1.2 CONSTRUTIVISMO E O MÉTODO DE ANÁLISE DE ERRO (AE)

O paradigma do construtivismo, postulado pelas teorias de aquisição da linguagem de Chomsky, da existência de uma Gramática Universal, uma espécie de dispositivo inato que guia a aquisição de uma ou mais línguas pela criança, através da interação com o ambiente linguístico e das teorias de que a aprendizagem se processa mediante a maturação do sistema cognitivo, num processo de interação, ditam o surgimento de um novo método de análise.

Segundo Fischer (s/d), este método surgiu no decurso das críticas à AC e às limitações da teoria behaviorista e com base nos trabalhos de Pit Corder, em 1967, que apresenta uma nova atitude perante o erro. Este passa a ser encarado como inevitável no processo de aprendizagem de uma língua e um elemento fundamental para o êxito. Assim, pedagogicamente, o conhecimento do erro é uma forma de clarificar e compreender o processo de aprendizagem, sem a preocupação de antecipá-lo e evitá-lo. Assim, Fisher (s/d: 256) defende: “Se aprender uma língua é um processo criativo,

2. Segundo Gargallo (2004, in Cristiano, 2010) apenas 30 a 50% das causas dos erros têm origem na transferência a LM para a LA.

Page 59: ªncia... · A Língua, o instrumento fundamental da comunicação, é tratada como se fosse um esfregão. Os jovens saem da universidade a escrever mal e, quem escreve mal, não

59

COMPETÊNCIA DE ESCRITAEnsino dos Textos e Aprendizagem da sua Produção

o erro deve ser encarado com mais tolerância, como um resultado dessa criatividade, como fruto de uma vontade de ultrapassar o conhecimento.”

O grande objetivo da AE continua a ser a eliminação do erro, mas mediante novas estratégias e uma atitude mais descritiva e menos prescritiva, de modo a compreender o aprendente. Assiste-se, portanto, a uma viragem na teoria de aprendizagem, e o erro é encarado numa perspetiva mais didática.

Rassul (2006) considera que a análise do erro tem uma tríplice importância: i) para o aluno, os erros servem de instrumentos pelos quais descobre as regras da LE e aprende com eles; ii) para o professor, fornece informações do que o aluno efetivamente aprendeu; iii) e para o investigador de língua, evidencia instrumentos pelos quais os aprendentes descobriram as regras na LE, o modo como a língua é aprendida e as estratégias utilizadas pelos alunos.

A pesquisa na AE abrange as quatro habilidades da língua e passa por cinco fases, de acordo com Corder (1974, in Fischer, s/d): i) coleta de dados da linguagem, a partir de um corpus; ii) identificação dos erros no corpus; iii) descrição dos erros identificados no corpus; iv) explicação das causas dos erros; e v) avaliação dos mesmos, visando encontrar a origem do erro, as consequências e a sua superação.

Apesar do sucesso alcançado pela AE, a nível pedagógico, alguns investigadores aconselham certa prudência devido às suas limitações. Primeiramente, por não fornecer a totalidade de informações das produções do aprendente, deixando de lado as estruturas corretas. Em segundo, por não considerar as lacunas, que muitas vezes são estratégias dos aprendentes para evitar as estruturas linguísticas que não dominam. Portanto, fornece informações parciais sobre a competência linguística dos aprendentes, mas não deixa de ser útil, pois fornece indicações das áreas críticas, a serem planificadas e trabalhadas pelo professor no ensino da LS.

Page 60: ªncia... · A Língua, o instrumento fundamental da comunicação, é tratada como se fosse um esfregão. Os jovens saem da universidade a escrever mal e, quem escreve mal, não

60

CESÁRIA DIAS LEITEJOSÉ ESTEVES REI

3.1.3 PARA UMA NOVA VISÃO DE ERRO

Com a viragem na teoria de aprendizagem e o surgimento de novo método de investigação, surge a problemática à volta da palavra “erro” e sua correção ou tratamento.

Segundo Torre (1985: 20) erro é “Tudo aquilo que constitui uma violação das normas que regem o comportamento linguístico do falante idealizado3 de uma qualquer língua.” Ainda define que “ …no domínio do ensino das línguas estrangeiras, o julgamento, a incorrecção ou correcção daquilo que os aprendentes produzem se faz com referência aos códigos da L2.”

De acordo com Gonçalves (2015), o erro constituiu um tópico polémico de maior intensidade, no contexto das sociedades pós-coloniais que adotaram as línguas dos ex-colonizadores como línguas oficiais, e que, na maior parte das vezes, não é a LM da maioria da população. Gonçalves (2015: 21) assegura que, dado o contexto multilingue, “[…] estas línguas são atingidas por um conjunto importante de mudanças – ou “erros” – cujo estatuto nem sempre é fácil gerir.” Isso porque há que se ter em atenção as variações linguísticas. Nesta linha de pensamento, Peres & Moia (1995) esclarecem que o “desvio” ou o “erro” linguístico nada têm a ver com alternativas fonéticas ou outras que poderão ser adotadas de modo razoavelmente permanente, por uma comunidade linguística (contribuindo para a definição de uma variante).

Stroud (1997, in Gonçalves, 2015: 24) considera que “[…] um erro não é um facto imutável, mas uma construção social; um erro só é erro na medida em que pode ser julgado em confronto com uma norma específica.” No caso particular das ex-colónias portuguesas, é importante que se tenha em consideração as variações que o português vem sofrendo para que se possa distinguir o erro da manifestação das variedades da LP.

A. Lamy (s/d, in Torre, 1985: 22) adotando uma perspetiva didática, chama a atenção para o seguinte: “[…] a noção de erro é em si imprecisa,

3. “…Falante nativo idealizado, algo que naturalmente, nunca existiu, nem existirá, senão na imaginação. Se tal falante existisse, usaria sempre a sua língua de forma perfeitamente correta e perfeitamente adequada a todas as situações.” Torres (1985: 21).

Page 61: ªncia... · A Língua, o instrumento fundamental da comunicação, é tratada como se fosse um esfregão. Os jovens saem da universidade a escrever mal e, quem escreve mal, não

61

COMPETÊNCIA DE ESCRITAEnsino dos Textos e Aprendizagem da sua Produção

ou antes, a escolha dos elementos a corrigir depende dos objetivos do ensino.” E, muitas vezes, o professor hesita na correção, por priorizar a comunicação na LA, ou preservar a pureza do código linguístico, ou ainda por desconhecer aquilo que ia no pensamento do aprendente no momento, e isto constitui uma barreira para a correção.

Maia, A. (2009) apresenta o “erro” na perspetiva sociolinguística laboviana e propõe o termo “desvio” em vez do erro linguístico, no contexto do ensino da LE, por considerar que a falha que ocorre, a níveis fonológicos, morfológicos, sintáticos, semânticos, discursivos e pragmáticos se deve às testagens de hipóteses da LM para a LE. Nesta linha de entendimento a autora não considera os extremos «errado» e «certo», mas, sim, o que existe são “desvios” a uma norma.

Norrish (1987, in Miranda, 2013:56) prefere também o termo “desvio” em vez do “erro”, “[…] por considerar uma expressão que acumula demasiado valor depreciativo.” Por razões idênticas, atualmente, muitos investigadores e pedagogos têm preferido os termos desvio, lapso, falta, infração, inadequação, rutura, para se referirem aos erros cometidos nas produções linguísticas dos falantes. Daí a necessidade, por vezes, de uma maior clarificação dos conceitos, devido às várias circunstâncias em que eles surgem.

Considerando que o erro não ocorre apenas nas produções dos aprendentes de uma LE ou LS e que os locutores nativos, com o domínio suficiente da língua, também cometem incorreções linguísticas, Corder (1967, in Torre, 1985) faz a distinção entre o erro e lapso. O erro é visto como a falta de competência linguística, o desconhecimento das regras que regem o código linguístico da LA. No lapso, não se trata de desconhecimento das regras da língua, mas, sim, de falhas devidas a situações de grande estresse ou falta de atenção e, havendo oportunidade, os falantes serão capazes de se autocorrigirem.

Nessa sequência disso, Torre (1985) apresenta ainda uma outra distinção, feita por Corder (1967), considerando o erro sistemático produto do desconhecimento total das regras, derivado da falta de competência

Page 62: ªncia... · A Língua, o instrumento fundamental da comunicação, é tratada como se fosse um esfregão. Os jovens saem da universidade a escrever mal e, quem escreve mal, não

62

CESÁRIA DIAS LEITEJOSÉ ESTEVES REI

linguística na LE/L2, o que revela uma competência transitória, denominada por Selinker (1972) dialeto transitório. Considera, ainda, o erro não sistemático, resultante da falha de performance, que reflete lapsos ocasionais, muito comum na produção dos falantes nativos.

Edge (1989, in Azevedo, 2000) subdivide os erros dos aprendentes de LS em erros de significação e erros de forma. Os primeiros afetam o significado e a comunicação e os segundos subdividem-se em três categorias: slips, error, attempt. Slips são deslizes que o aprendente comete e são passíveis de autocorreção, pois são ocasionados pelo descuido do aprendente ou do seu estado emocional. Error são erros, propriamente ditos, resultantes do desconhecimento da norma, logo, há uma incapacidade na autocorreção. Attempt são as tentativas de uso das estruturas e vocábulos ainda não aprendidos, logo designadas por Nemser (1971) por sistema aproximativo.

Compreendemos a carga depreciativa à volta do termo “erro”, pelo seu histórico e pela ligação à teoria behaviorista. Assim, quando o adotamos não estamos a atribuir-lhe tal conotação, apenas nos referimos às realizações dos alunos que fogem ao português padrão, buscando perceber tais ocorrências e perspetivar a melhoria da prática pedagógica, por isso, não nos iremos alongar nesta problemática de definição do erro. O que nos interessa é a visão da abordagem comunicativa que tem como fim último o desenvolvimento da competência comunicativa do aluno em que o “erro” é visto como um processo natural do ensino-aprendizagem, em que a correção deixa de ser exclusiva do professor e o aluno passa a ser o objeto de estudo. Isto quer dizer que os seus interesses e o seu ritmo de aprendizagem ganham importância, deixando a turma de ser um todo homogéneo e o “erro” já não é visto como marca do fracasso, que impede o progresso de um aprendente. Pelo contrário, no entender de Maia A. (2009: 41), “[…] é provavelmente um indício ativo do progresso de aprendizagem que está sendo feito por um aprendiz, como forma de testar estratégias de comunicação, na língua nova.”

Tanto Maia A. (2009) como Trigueiros (2010) consideram que muitos dos erros de aprendentes da uma LE/LS refletem diferentes estratégias

Page 63: ªncia... · A Língua, o instrumento fundamental da comunicação, é tratada como se fosse um esfregão. Os jovens saem da universidade a escrever mal e, quem escreve mal, não

63

COMPETÊNCIA DE ESCRITAEnsino dos Textos e Aprendizagem da sua Produção

de aprendizagem, adotadas pelos alunos durante o processo de ensino-aprendizagem. Segundo Ellis (1985, in Trigueiros 2010: 130):

[...] os aprendentes não se limitam apenas a memorizar regras da língua alvo para depois reproduzirem na sua fala. Constroem efectivamente as suas próprias regras na base de inputs recebidos e em alguns momentos, pelo menos, essas regras diferem das da língua alvo.

Quando tal acontece surge o “desvio” à norma da LA, ocasionando erros diversos dos quais destacaremos: os erros de omissões e generalizações de interferência, globais e locais.

Cristiano (2010), adotando uma perspetiva pedagógica, prefere considerar estes erros como parte integrante do processo de aprendizagem do aluno no âmbito da interlíngua. Corder (1980, in Maia, F., 2009) opta por chamar a realização linguística do aluno de dialeto idiossincrático, porque se trata do momento em que o aprendente procura aproximar-se da LA, a partir de mecanismos cognitivos; também é designado por Selinker (1971) de interlíngua; sistema aproximativo, por Nemser (1971); dialeto transitório, em Selinker (1972); e de gramática mental ou interlíngua por Ellis (1998).

3.1.3.1 Taxonomia de erros

São muitas as questões que o professor levanta no momento da correção da produção escrita do aluno e, muitas vezes, se vê perdido no meio de tantos erros, sem saber como gerir tal situação. Por vezes, culpabiliza o aluno e o sistema de ensino, outras vezes, a si mesmo, invadido por um sentimento de frustração, por ter ensinado e o aluno não ter aprendido. Todavia Salvadó (1990: 290) alerta: “Debe quedar bien claro que la instrucción no se convierte inmediatamente en aprendizaje.” Entretanto o professor reflexivo buscará resposta para as suas inquietações e procurará estratégias de remediação que se situam além da identificação dos erros, passando pela classificação e interpretação dos mesmos.

A insatisfação com o ensino da língua, da escrita em especial, e o modo de lidar com os erros em particular, nos vários níveis de ensino, tem sido uma

Page 64: ªncia... · A Língua, o instrumento fundamental da comunicação, é tratada como se fosse um esfregão. Os jovens saem da universidade a escrever mal e, quem escreve mal, não

64

CESÁRIA DIAS LEITEJOSÉ ESTEVES REI

preocupação dos docentes, ao longo dos tempos4. E Amor (1999) chama a atenção para o facto de os erros não serem homogéneos e absolutos. Daí os vários tipos de erros e várias as propostas de taxonomias, orientados por diversos critérios, nota-se um diálogo entre eles, por isso referir-nos-emos, de forma sintética, a alguns que consideramos mais pertinentes.

Começamos por apresentar a proposta de Corder (1980, in Rassul, 2006) que utilizou três critérios: i) o critério linguístico – abarca os erros de grafia e de gramática (sintaxe, morfologia, semântica, vocabulário e discurso); ii) o critério de processo – engloba os erros de omissão, adição, seleção e organização e coordenação); e iii) o critério de frequência – inclui os erros pré-sistemáticos, sistemáticos e pós-sistemáticos.

Fischer (s/d) considera, por seu turno, quatro critérios: i) a gravidade do erro (fonológico, gráfico, fonético e semântico); ii) a natureza do erro (erro de substituição, omissão e acréscimo); iii) unidade linguística (vogal, consoante, palavra, sintagma) e iv) partes do discurso (nome, adjetivo, pronome, verbo e preposição).

Segundo Santos Gargallo (1993, in Rey, 2011) são cinco os critérios para a classificação dos erros:

1. Critério descritivo – é baseado nas alterações de superfície, visíveis na forma da palavra, e é constituído por quatro tipos de erros: omissão, adição, formação errónea, alteração da ordem.

2. Critério pedagógico – baseia-se na noção de competência de Chomsky e é semelhante ao critério de frequência de Corder e abrange os erros: transitórios e sistemáticos.

4. A preocupação pelo ensino da língua remonta ao Renascimento, quando Di Martins protestou contra o absorvente e exclusivo ensino da gramática como um fim em si, tendo também Montaigne e Lutero feito o mesmo. Pelos mesmos motivos, o checo Coménio, em 1632 (in Torre, 1985), apresentou na sua publicação, Didática Magna, os objetivos do estudo da língua: aprender a língua como instrumento para adquirir instrução e comunicar com os outros.

Torre (1985) afirma que o combate ao erro começou muito cedo, daí a tentativa de buscar no ensino da gramática, através da memorização das regras a forma de abolir o erro, mas não se verificou eficiente, na medida em que os aprendentes se revelaram incapazes de manobrar a língua tal como era pretendido por Coménio.

Page 65: ªncia... · A Língua, o instrumento fundamental da comunicação, é tratada como se fosse um esfregão. Os jovens saem da universidade a escrever mal e, quem escreve mal, não

65

COMPETÊNCIA DE ESCRITAEnsino dos Textos e Aprendizagem da sua Produção

3. Critério etiológico-linguístico – relaciona-se com a causa, abarca os erros interlinguísticos e intralinguísticos.

4. Critério gramatical – tem a ver com a categoria gramatical onde o erro ocorre: fonológico, ortográfico, morfológico, sintático, semântico e pragmático.

5. Critério comunicativo – contempla os efeitos na compreensão da mensagem por parte do ouvinte, podendo ser: erros locais e erros globais.

Considerando esses critérios, vários pesquisadores têm construído as suas grelhas de erros. A primeira a ser aqui destacada data de 1962, foi apresentada numa conferência pedagógica, pela então estagiária Maria Helena Mira Mateus, hoje Professora da Universidade de Lisboa, que na introdução faz uma incursão pela história e tratamento dado à ortografia desde o século XVI. Mateus (1962: 90) afiança “[…] a crise da ortografia ocupa os pedagogos e preocupa os professores, ao passo que a actuação combinada de uns e de outros irrita os alunos e faz desesperar o país.” Assim, preocupada com esta “crise” da ortografia, ela analisou o comportamento ortográfico de alunos do primeiro ao quinto ano de escolaridade, de modo a distinguir a progressão em que se processava a aquisição dos conhecimentos ortográficos e estudar o caso particular de cada aluno e as possíveis causas dos erros. Nessa lógica agrupou os erros consoante a sua categoria, a saber:

I. Ortografia das regras gramaticais – erros cometidos pela decorrência das incorreções gramaticais:

1. Fomação do plural

2. Superlativo

3. Numeral

4. Verbo

4.1. Confusão de desinências temporais4.2. Desinências pessoais4.3. Formação de tempos4.4. Conjugação pronominal4.5. Conjugação reflexa

Page 66: ªncia... · A Língua, o instrumento fundamental da comunicação, é tratada como se fosse um esfregão. Os jovens saem da universidade a escrever mal e, quem escreve mal, não

66

CESÁRIA DIAS LEITEJOSÉ ESTEVES REI

5. Conjunções6. Locuções7. Interjeições8. Composição e derivação.

II. Ortografia do uso – erros relacionados com o desconhecimento da etimologia da palavra:

1. Confusão de letras2. Adição de letras3. Omissão de letras4. Homógrafas5. Homófonas

6. Composição.

III. Ortografia fonética e disfonética - que engloba os problemas fonéticos:

1. Adição de vogais2. Adição de consoantes3. Queda de vogais4. Queda de consonates5. Substituição de vogais6. Substituição de consoantes7. Metátese.

IV. Erros de acentuação - que apesar de numerosos possuem um valor diferente dos demais, por não afetarem o corpo da palavra, segundo Mateus (1962):

1. Acentuação

1.1. Troca de sílabas acentuadas1.2. Acentuação indevida1.3. Falta de acento1.4. Troca de acento

2. Corte e aglutinação de palavras2.1. Corte anormal2.2. Aglutinação.

Page 67: ªncia... · A Língua, o instrumento fundamental da comunicação, é tratada como se fosse um esfregão. Os jovens saem da universidade a escrever mal e, quem escreve mal, não

67

COMPETÊNCIA DE ESCRITAEnsino dos Textos e Aprendizagem da sua Produção

Viana (1964: 104 -117) afirma ser importante organizar a classificação graduadora dos erros para que os alunos tenham a consciência daquilo que constitui objeto de condenação.

Quadro 2 - Taxonomia de erros de Viana

ERROS ORTOGRÁFICOS E GRAMATICAIS

1. Pontuação: falta, troca ou excesso;

2. Outros sinais: falta, troca ou excesso;

3. Maiúsculas: emprego incorreto ou desabusado;

4. Minúsculas: emprego incorreto ou desabusado;

5. Translineação: erros na divisão silábica;

6. Notações lexicais: emprego errado da cedilha, til e outros acentos

7. Erros de concordância: sujeito predicado, substantivo, adjetivo, etc.

ERROS DE REDAÇÃO

1. Omissões: da ideia principal, de pormenores importantes ou de palavras que afetam a clareza ou a harmonia da frase; 2. Deturpações: falta de exatidão, falta de propriedade, contradição ou incoerência, confusão ou ambiguidade, sequência insatisfatória ou encadeamento desconexo; 3. Repetições e redundâncias: vocábulos repetidos da mesma ideia, uso de palavras excedentes ou desnecessárias; 4. Imperfeições sintáticas: períodos incorretamente construídos, com falta de elementos essenciais à oração; 5. Imperfeições ideológicas: coordenação defeituosa das ideias, desenvolvimento tumultuário do tema, emprego de terminologia inadequada.

ERROS FORMAIS

1. Ilegibilidade da grafia; 2. Falta de limpeza da prova;3. Falta de margens; 4. Emendas, rasuras [comprometendo] a boa apresentação do exercício; 5. Mudança de parágrafo para um mesmo assunto, manutenção do parágrafo em assuntos diferentes.

Page 68: ªncia... · A Língua, o instrumento fundamental da comunicação, é tratada como se fosse um esfregão. Os jovens saem da universidade a escrever mal e, quem escreve mal, não

68

CESÁRIA DIAS LEITEJOSÉ ESTEVES REI

Torre (1985), na sua tese de doutoramento, utilizou a seguinte classificação para analisar os erros no ensino da língua inglesa no Ensino Superior em Portugal (FLUP):

Quadro 3 - Taxonomia de erros de Torre

1. Estrutura da frase

1.1. Ordem dos elementos na frase 1.2. Frases ou elementos de frases decalcados em estruturas portuguesas 1.3. Omissão de palavras 1.4. Palavras redundantes

2. Erros que refletem incorreções fonológicas

---

3. Erros Ortográficos ---

4. Erros Lexicais

4.1. Falsos cognatos 4.2. Polissemia divergente 4.3. Inadequação contextual 4.4. Neologismos 4.5. Interferência de outras línguas

5. Erros gramaticais

5.1. Adjetivos5.2. Advérbios5.3. Artigos 5.4. O caso genitivo 5.5. Conjunções 5.6. Formação da interrogativa 5.7. Formas negativas 5.8. Numerais 5. 9. Orações finais 5.10. Preposições 5.11. Pronomes 5.12. Substantivos 5.13. Sujeito existencial “there” 5.14. Verbos 5.15. “Such as” 5.16. Formação de palavras 5.17. Erros complexos”

Page 69: ªncia... · A Língua, o instrumento fundamental da comunicação, é tratada como se fosse um esfregão. Os jovens saem da universidade a escrever mal e, quem escreve mal, não

69

COMPETÊNCIA DE ESCRITAEnsino dos Textos e Aprendizagem da sua Produção

Quanto a Gomes (1989, in Azevedo, 2000), os erros encontram-se agrupados em cinco categorias distintas: Erros que resultam da não correspondência som/letra; erros de morfossintaxe; erros de acentuação; erros de pontuação (e outros códigos); erros semântico-pragmáticos.

Sonsoles Fernandéz (1997, in Cristiano, 2010) exibe quatro categorias detalhadas de erros: lexicais, gramaticais, discursivos e gráficos:

1. Lexicais

a) Forma

Uso de um significante português próximo

• Formações não atestadas em português • Empréstimos• Género (como traço do nome) • Número.

b) Significado

• Lexemas com semas comuns, mas não equivalentes no contexto • Troca entre derivados da mesma raiz• Registo não apropriado à situação • Ser/estar• Perífrases• Outros.

2. Gramaticais

a) Paradigmas

• Género (formação)• Número (formação)• Verbos • Outros (pessoa, determinantes).

b) Concordâncias

• Em género• Em número • Em pessoa.

Page 70: ªncia... · A Língua, o instrumento fundamental da comunicação, é tratada como se fosse um esfregão. Os jovens saem da universidade a escrever mal e, quem escreve mal, não

70

CESÁRIA DIAS LEITEJOSÉ ESTEVES REI

c) Valores e usos das categorias

• Artigo

- Uso/omissão

- Seleção

- Outros determinantes (seleção)

- Pronomes.

• Verbos

- Pretéritos

- Outras formas.

• Preposições

- Valores próprios

- Valores idiomáticos.

d) Estrutura da oração

• Ordem• Omissão de elementos (não incluídos noutros domínios) • Outros erros• Troca de funções• Orações negativas.

e) Relação entre orações

• Coordenação

- Omissão de conector

- Polissíndeto

- Seleção errada de conector.

• Subordinação

- Adjetiva

· Omissão de conector ou conector sobrante

· Seleção de conector

· Concordância verbal

- Substantiva

· Omissão de conector ou conector sobrante

Page 71: ªncia... · A Língua, o instrumento fundamental da comunicação, é tratada como se fosse um esfregão. Os jovens saem da universidade a escrever mal e, quem escreve mal, não

71

COMPETÊNCIA DE ESCRITAEnsino dos Textos e Aprendizagem da sua Produção

· Seleção de conector

· Concordância verbal

· Coerência de outros elementos no discurso indireto

- Circunstanciais

· Omissão de conector ou conector sobrante

· Seleção de conector

· Concordância verbal.

3. Discursivos

c. Coerência global

d. Correferência: dêixis e anáfora

e. Tempo e aspeto

f. Conetores

g. Pontuação.

4. Gráficos

a. Pontuação

b. Acentos

c. Separação e junção de palavras

d. Alteração de ordem das letras

e. Confusão de fonemas

f. Omissão de letras e letras sobrantes

g. Confusão de grafemas para o mesmo fonema

h. Maiúsculas/minúsculas.

Taveira (2014), na sua dissertação de mestrado, utilizou e adaptou a tipologia de desvios de Leiria (2001) que se encontra subdividida em cinco categorias:

Page 72: ªncia... · A Língua, o instrumento fundamental da comunicação, é tratada como se fosse um esfregão. Os jovens saem da universidade a escrever mal e, quem escreve mal, não

72

CESÁRIA DIAS LEITEJOSÉ ESTEVES REI

Quadro 4 - Taxonomia de Leiria

TIPOLOGIA DE DESVIOS

DESVIOS FORMAIS

ortografia

acentuação

contração

flexão de nomes e adjetivos

flexão verbal

atribuição de género

concordância em género

VOCABULÁRIO INDISPONÍVEL

empréstimos

neologismos a partir de empréstimos

neologismos formais

desvios em combinatórias

DESVIOS NA SELEÇÃO DO LÉXICO nomes adjetivos verbos preposições outras categorias recategorização

OUTROS DESVIOS LEXICAIS

DESVIOS SINTÁTICOS E MORFOSSINTÁTICOS organização sintática e ordem das palavras determinação dos nomes morfologia flexional concordância verbal concordância nominal em género concordância nominal em número tempo verbal modo verbal aspeto verbal infinitivo outros

Page 73: ªncia... · A Língua, o instrumento fundamental da comunicação, é tratada como se fosse um esfregão. Os jovens saem da universidade a escrever mal e, quem escreve mal, não

73

COMPETÊNCIA DE ESCRITAEnsino dos Textos e Aprendizagem da sua Produção

Ramos (2002), preocupado com a avaliação formativa da escrita, estabelece alguns critérios para a sua avaliação, que antes de mais deverão ser exercitados para que o aprendente alcance a competência de redigir bem:

Quadro 5 - Taxonomia de erros de Ramos

Aspeto gráfico:Caligrafia, itálico, aspas, notação dos números, abreviaturas, notas de rodapé, divisão do texto em partes e notação destas, marcação de parágrafo, paginação, indicações bibliográficas, plano e índice…

Correção ortográfica:Acentuação, divisão silábica, uso do hífen, digramas ou trigamas para o mesmo grafema, uso de maiúsculas e minúsculas.

Correção semântico-lexical:Correta utilização de cada vocábulo em cada caso concreto, evitando o neologismo [e o empréstimo].

Correção morfossintática:[Corresponde à maior fonte de irregularidades pelo que é indispensável o recurso a instrumentos como gramáticas gerais da língua].

Harmonia linguística:Registo do discurso e nível de língua.

Cardoso (2005: 92) defende que

A tipologia de erros mais utilizada é aquela que se baseia em categorias linguísticas tradicionais […]. Estas tipologias de erro baseadas na forma linguística têm a vantagem de localizar as áreas gerais de dificuldade na aquisição de uma estrutura linguística e de serem acessíveis ao técnico não especialista que precisa de um panorama geral daquilo que é fácil ou difícil

numa situação de aprendizagem de língua.

Assim apresenta as seguintes categorias: i) categorias lexicais (substantivos, verbos, adjetivos, etc.); ii) características morfológicas (género, número, tempo, etc.); iii) categorias sintáticas (sintagmas nominais,

Page 74: ªncia... · A Língua, o instrumento fundamental da comunicação, é tratada como se fosse um esfregão. Os jovens saem da universidade a escrever mal e, quem escreve mal, não

74

CESÁRIA DIAS LEITEJOSÉ ESTEVES REI

tipo de orações, etc.); iv) unidades fonológicas (vogais, consoantes, acentuação, etc.)

Na taxonomia de Gonçalves (2010), os erros podem ser agrupados em quatro áreas: léxico, léxico-sintaxe, sintaxe e morfossintaxe.

Quadro 6 - Taxonomia de Gonçalves de 2010

ÁREA TIPO DE ERRO

LÉXICO

Neologismo de forma

Neologismo semântico

Conversão

LÉXICO-SINTAXE

Seleção categorial

Seleção semântica

Expressões quantitativas

Expressões temporais

Pronome pessoal reflexo

SINTAXE

Pronome pessoal - colocação

Encaixe

Determinação

Artigo

Ordem de palavras

MORFOSSINTAXE

Concordância verbal

Concordância nominal

Infinitivo

Modo verbal

Tempo verbal

Formas de tratamento

Pronome pessoal - flexão

Gonçalves (2007) põe a tónica nas potencialidades da taxonomia de erros, no ensino formal de uma LS, pois segundo ela, uma categorização estável permite não só identificar as categorias mais atingidas como

Page 75: ªncia... · A Língua, o instrumento fundamental da comunicação, é tratada como se fosse um esfregão. Os jovens saem da universidade a escrever mal e, quem escreve mal, não

75

COMPETÊNCIA DE ESCRITAEnsino dos Textos e Aprendizagem da sua Produção

mostrar os erros mais frequentes e sistemáticos. Ainda, num estágio posterior e numa análise mais profunda, na investigação das causas do erro, possibilita a caracterização das especificidades da gramática do aprendente e, consequentemente, servirá de base para a planificação do processo de ensino-aprendizagem.

3.1.3.2 As causas do erro

A reflexão sobre a produção escrita poderá levar o professor não só à identificação de erros, como a compreender as causas de tais ocorrências. Contudo, esta tarefa se reveste de uma complexidade pela vasta gama de sintomas e fatores. Pois, no dizer de G. Abbot (1980, in Torre, 1985: 29), “[… ] ninguém pode pretender conhecer com precisão aquilo que leva determinado estudante a cometer um determinado erro. A causa pode ser complicada: ou pode haver mais que uma causa.”

A identificação da origem de erro, no português língua materna (PLM) e no português língua não materna (PLNM), tem sido alvo de muitos estudos pela sua importância pedagógica. Assim, faremos uma síntese das causas apontadas por Azevedo (2000) e Sebastião (2009) numa análise do erro no contexto PLM (PE); Gomes (2012), contexto PLM/(PB), Cardoso (2005) e Rassul (2009), analisando os erros em crianças de origem cabo-verdiana, portanto com o PLS.

Gomes (2012) analisando o contexto de ensino na LM, no Brasil, afirma que as causas podem ser de origem direta e indireta. As causas de origem direta estão relacionadas com a complexidade da própria língua e da norma ortográfica, designados por Rey (2011) de erros intralinguais, comuns nas crianças, no processo de aprendizagem da sua LM, chamados de erros de desenvolvimento. Este fenómeno dá-se no interior da própria língua, pela aplicação incompleta de regras, uso de falsos conceitos e generalização5 de regras desssa língua. Ela considera que o mesmo acontece no ensino da LE. Ainda no âmbito dos erros intralinguais, podemos encontrar uma outra

5. O erro de omissão acontece quando o aprendente simplifica a apendizagem, ignorando os factos gramaticais. Dulay, Burt, Krashen (1982, in Rey, 2011) sugerem que esses acontecem quando há falta de um item que, obrigatoriamente, deve aparecer numa

Page 76: ªncia... · A Língua, o instrumento fundamental da comunicação, é tratada como se fosse um esfregão. Os jovens saem da universidade a escrever mal e, quem escreve mal, não

76

CESÁRIA DIAS LEITEJOSÉ ESTEVES REI

subclassificação, os erros únicos, que surgem a partir do processo de ensino/apredizagem, induzidos por excesso de prática, de determinada estrutura sintática, num contexto não apropriado. As causas de origem indireta relacionam-se com a falta de hábito de leitura, ensino descontextualizado da gramática, o despreparo, não intencional, do professor em lidar com o erro e, por vezes, a sua pronúncia inadequada6 e a própria pronúncia do aluno, por exemplo, dentro das variedades do PB e não tendo a capacidade de distinguir a norma coloquial da culta.

Embora as crianças não sejam o nosso público-alvo, começaremos por enunciar as causas dos erros apontados por Pereira (1989, in Azevedo, 2000) nesta faixa etária, por acreditarmos que ainda há falhas no início da aprendizagem que poderão persistir nas fases subsequentes. A primeira causa reside no facto de as ideais fluírem mais rapidamente do que o registo escrito, ocasionando erros de omissão de palavras, repetições; segue-se a falta de estrutura de leitura durante o processo de composição; surge depois a falta de domínio de estruturas gramaticais, mais complexas, que ainda não estão totalmente dominadas, como, por exemplo, as relativas e concessivas, sobretudo, na faixa etária dos nove aos treze anos; e, por último, aparece o uso de construções que são aceitáveis na oralidade, mas que na escrita não são admissíveis.

Sebastião (2009), no estudo A competência da escrita e o erro ortográfico, tendo como público-alvo os alunos de PLM, afirma que os erros ortográficos são indicadores das dificuldades na expressão escrita, primeiramente, pelo sistema alfabético que nem sempre é de correspondência biunívoca. Assim, a ambiguidade grafémica ou fonética é uma das causas do erro ortográfico, que pode ainda ser agravada pelo desconhecimento da palavra e a má compreensão sonora.

frase bem formada. Já os erros de generalização (sobregeneralização) são os que derivam da criação de estruturas erradas com base em outras estruturas de LA.

6. Esses erros, Nancy Stenson (in Torre, 1985: 31) designou-os de erros induzidos, quando “[…] os estudantes são facilmente levados a fazer erros no decurso da sua participação na sala de aula…”

Page 77: ªncia... · A Língua, o instrumento fundamental da comunicação, é tratada como se fosse um esfregão. Os jovens saem da universidade a escrever mal e, quem escreve mal, não

77

COMPETÊNCIA DE ESCRITAEnsino dos Textos e Aprendizagem da sua Produção

No estudo efetuado por Rassul (2006), sobre PLNM, com crianças de origem cabo-verdiana em Portugal, são apontados como dificuldades na aprendizagem da LP, o fraco domínio da oralidade e a falta de contacto com a escrita no seio familiar e social, antes da escolarização. Consequentemente, elas possuem pouco vocabulário e dificuldades de expressão. Cometem erros, sobretudo, de concordância e má pronúncia, devido à interferência da LCV na LP. São designados por Rey (2011) de erros de interlingua, que se manifestam pela interferência da LM na LE/LS, chamada de interferência ou transferência negativa. Conforme Corder (1981, in Rey, 2011), são frequentes nos estágios iniciais da LS, e os erros intralinguais não têm a interferência da LM, a pópria LA é a responsável pelos erros nas produções linguísticas. Rassul (2006) observa, ainda, que muitas vezes, perante as dificuldades em expressar-se na LP o aluno esconde-se por detrás do silêncio, como estratégia para evitar o erro. Como solução, ela alude à necessidade do professor conhecer a estrutura básica da LCV; os efeitos do contacto entre a LP e a LCV; os métodos do ensino de LS e a cultura cabo-verdiana.

Torre (1985: 21) explica que “[…] toda a sorte de desvios podem ocorrer devido às estratégias que o aprendente utiliza no seu processo de aprendizagem.” Ainda acrescenta, como causa potencial de erros no contexto do binómio de ensino-aprendizagem, o material didático e a aptidão dos alunos para aprenderem línguas.7

7. Segundo a metodóloga Ruth Montalvan (in Torre, 1985), nos Estados Unidos, o sucesso de uma lição na LE depende da aptidão natural do aluno em 33%, do seu coeficiente de inteligência 20%, da sua perseverança 33% e os restantes 14% competem aos materiais adotados no ensino. Contudo, ao professor caberá 50% da responsabilidade pela perseverança dos alunos.

Page 78: ªncia... · A Língua, o instrumento fundamental da comunicação, é tratada como se fosse um esfregão. Os jovens saem da universidade a escrever mal e, quem escreve mal, não

PARA A COMPREENSÃO DO ERRO NA ESCRITA, NO CONTEXTO LINGUÍSTICO CABO-VERDIANO

O português é o filho adotivo e muito estimado. O crioulo é o filho gerado e

muito amado.

Veiga (in Cardoso, 2005: 72)

A distância que vai do verbo estimar a amar se traduz na real situação linguística de Cabo Verde. Convivemos diariamente com as duas línguas cada uma ocupando lugares distintos na vida social do cabo-verdiano. A língua portuguesa (LP) foi adotada como língua oficial, após a independência e a língua cabo-verdiana (LCV) foi gerada, ao longo dos séculos de convivência entre a língua portuguesa e as línguas bantu.

A LP foi sempre a língua de prestígio, de acesso aos bens culturais, sociais, tecnológicos, língua das situações formais de comunicação, dos documentos oficias, língua da escola e do contacto internacional. A LCV, por seu lado, foi muito reprimida no período colonial, não obstante ter sido o instrumento de resistência e afirmação da nossa cabo-verdianidade, língua da tradição oral, da afetividade, do quotidiano, pois, como disse Veiga (2014: 90), “A vida, em Cabo Verde decorre em crioulo e está presente em todas as situações informais de comunicação, tanto junto da elite letrada, dos políticos como da grande massa popular”. Hoje, apesar das vozes defensoras da LCV, esta continua por oficializar e permanece ainda à margem do ensino, a despeito dos debates sobre o papel das duas línguas na sociedade cabo-verdiana, das experiências dos projetos bilingues e da divulgação de estudos que difundem as vantagens de um ensino bilingue.

4

Page 79: ªncia... · A Língua, o instrumento fundamental da comunicação, é tratada como se fosse um esfregão. Os jovens saem da universidade a escrever mal e, quem escreve mal, não

79

COMPETÊNCIA DE ESCRITAEnsino dos Textos e Aprendizagem da sua Produção

A desigualdade de posição e o tratamento diferenciado dado às duas línguas têm gerado algumas dificuldades em todo o processo de ensino-aprendizagem em Cabo Verde, uma vez que a LP é simultaneamente objeto de estudo e instrumento de ensino. Muitas crianças iniciam a sua escolaridade sem o domínio da expressão oral em LP, quando também a língua materna não é tida em consideração no processo inicial da alfabetização.

4.1 A SITUAÇÃO LINGUÍSTICA DE CABO VERDE: PARA UMA COMPREENSÃO DO ERRO

Ninguém pode ignorar que tanto a língua portuguesa como a cabo-verdiana, embora de formas diferentes, corporizam a nossa história, enformam a nossa cultura e moldam nosso modo de estar no mundo.

Veiga (2014)

Veiga (2014: 99) declara: “À primeira vista, pode parecer que o que caracteriza a nossa paisagem linguística é o bilinguismo. Seria, de facto, uma oportunidade ímpar de desenvolvimento se assim fosse. Porém apesar de sermos diglóticos, não somos bilingues, na verdadeira aceção da palavra.” Entretanto, Veiga (2009) acrescenta que a situação de diglossia8, no sentido atribuído por Charles Ferguson9, é a que melhor se adapta ao contexto linguístico de Cabo Verde.

8. Segundo Linhares & Alencar (2016), o conceito de diglossia foi utilizado pela primeira vez por Jean Psichari, ao fazer referência a duas variedades da língua grega (a coloquial e a clássica). Entretanto o termo ganhou uma maior dimensão e precisão teórica com Ferguson em 1959.

9. Fergunson (1959) definiu diglossia como situação de coexistência, numa comunidade, de duas variedades com estatutos sociopolíticos diferentes, sendo uma considerada a variedade alta (A), mais prestigiada, aprendida no contexto formal, de uso formal e literário e padronizada, com instrumentos normativos e didáticos. A ela contrapõe-se a variedade baixa (B), menos prestigiada, adquirida naturalmente no ambiente familiar, de uso informal e predominantemente oral.

Page 80: ªncia... · A Língua, o instrumento fundamental da comunicação, é tratada como se fosse um esfregão. Os jovens saem da universidade a escrever mal e, quem escreve mal, não

80

CESÁRIA DIAS LEITEJOSÉ ESTEVES REI

Efetivamente, Veiga tem sido um dos principais defensores da LCV e da sua oficialização, visando a construção do real bilinguismo em Cabo Verde:

As duas línguas, em Cabo Verde, já fazem parte, por direito próprio, da nossa idiossincrasia e do nosso património cultural. A Nação é convocada a preservá-las e a valorizá-las. E se isto acontecer, a diversidade linguística ficará reforçada na nossa terra, a comunicação ficará mais “empoderada”, e Cabo Verde entrará no clube dos países que souberam tirar o melhor proveito possível das suas línguas em contacto.

(Veiga, 2015: 186)

A distinção entre o bilinguismo e a diglossia, numa situação de línguas em contacto, depende da perspetiva adotada, considerando a perspetiva individual fala-se de bilinguismo e da perspetiva social diglossia. Assim, optando pela primeira perspetiva, o bilinguismo parece ser a classificação possível para descrever a situação linguística de Cabo Verde, embora, como defendem vários estudiosos, tal bilinguismo possua uma qualidade variável. Segundo Vilela (2005: 633):

No momento actual encontramos três tipos de situações: i) bilinguismo total, em que os falantes percebem bem e exprimem-se bem nas duas línguas; ii) bilinguismo parcial, em que os falantes percebem bem as duas línguas, mas exprimem-se bem em cabo-verdiano e mal em português; iii) monolinguismo total, em que os falantes falam o cabo-verdiano e não percebem nem fala o português.

Sendo a última classificação, a meu ver, pouco provável ou um caso pontual, como o próprio investigador contra-argumenta no seu estudo, com o depoimento de um dos seus inquiridos e a sua experiência pessoal de contacto com os cabo-verdianos nas ilhas. Também Freitas (2011: 30) descarta tal classificação quando afirmação que:

[…] os cabo-verdianos estão expostos à LP praticamente desde o seu nascimento, à excepção de uma ou outra pessoa que tenha sido criada de forma muito isolada e em zonas bastante encravadas, sem acesso à comunicação social, à escola ou a outras formas de comunicação oficial. Mesmo nesses casos pensamos que a semelhança entre a LCV e a LP contribui para que haja algum grau de compreensão.

Page 81: ªncia... · A Língua, o instrumento fundamental da comunicação, é tratada como se fosse um esfregão. Os jovens saem da universidade a escrever mal e, quem escreve mal, não

81

COMPETÊNCIA DE ESCRITAEnsino dos Textos e Aprendizagem da sua Produção

Para Veiga (2014: 90) “O bilinguismo, em Cabo Verde, está presente apenas numa franja muito reduzida da nossa sociedade - a elite letrada - e mesmo neste caso, o seu bilinguismo é sobretudo oral, na medida em que muito poucos letrados escrevem em crioulo;” Cardoso (2005: 72) acrescenta que o bilinguismo em Cabo Verde caracteriza-se pela diglossia e argumenta que embora a maioria da população (75%) use os dois sistemas linguísticos que vigoram nas ilhas, a proficiência na LCV é superior à da LP e uma minoria (25%) usa apenas a LCV.

Lopes A. (2011) defende que, em Cabo Verde, há um bilinguismo social, mas não descarta a existência do bilinguismo individual. Ela argumenta, baseando-se em Thomason (2001) quando afirma que, pelo facto de existir um número significativo de falantes bilingues, ocorre um bilinguismo extensivo. Entretanto, quando analisa a relação do bilinguismo individual e da diglossia, enquanto fator social, considera a situação linguística cabo-verdiana de diglossia com bilinguismo. Lopes F. (2011: 37) continua afirmando que:

[…] diglossia com bilinguismo se caracteriza por na comunidade (que pode ser uma nação) ocorrer um bilinguismo social extensivo e uma diglossia relativamente estável, em que as duas línguas são adquiridas de modo distinto e têm uma distribuição funcional e apoio institucional diferenciados. Na diglossia com bilinguismo, mantêm-se inalteradas quer a percepção etnocultural das duas línguas como ‘nossas’ (ou seja, nenhuma delas é percebida como estrangeira, ainda que uma delas ou ambas tenham sido assim percebidas em algum ponto da história) quer a percepção de que as duas línguas estão em complementaridade funcional, em congruência com os comportamentos e valores de cada uma.

Lopes F. (2011), no seu artigo intitulado, O bilinguismo e a problemática da diglossia no processo de letramento: o caso de Cabo Verde e suas diásporas, defende que há em Cabo Verde o bilinguismo individual, mas considera que, ao analisar a sociedade e o bilinguismo social, depara-se com uma situação de diglossia. Entretanto, defende também (Lopes, 2011: 172) a necessidade do bilinguismo funcional.

Page 82: ªncia... · A Língua, o instrumento fundamental da comunicação, é tratada como se fosse um esfregão. Os jovens saem da universidade a escrever mal e, quem escreve mal, não

82

CESÁRIA DIAS LEITEJOSÉ ESTEVES REI

Cabo Verde tem grandes potencialidades para ser um país bilingue nos moldes desejados e a ponto de encarar o bilinguismo como uma condição a ser aspirada e acarinhada, ao invés de ser evitada ou remediada. Mas a situação sociolinguística caboverdiana, mesmo após 35 anos da sua independência continua sendo a de pura diglossia.

Freitas (2011), na sua tese de doutoramento, estudou a coexistência da LCV e da LP no contexto educativo cabo-verdiano e, na sua análise, classifica a situação linguística de Cabo Verde como bilinguismo com diglossia e é clara a sua posição quanto à construção do bilinguismo funcional que trará melhores resultados no ensino da LP.

A realidade sociolinguística de Cabo Verde, que é uma situação de bilinguismo com diglossia, poderia aproximar-se mais de um bilinguismo coordenado se em vez de apenas se preocupar com o desenvolvimento de uma competência linguística em português, a teleologia da educação focalizasse o desenvolvimento de uma competência comunicativa.

(Freitas, 2011: 57)

Nesta citação, Freitas (2011) apresenta a situação linguística de Cabo Verde e chama a atenção para a problemática do ensino da LP nas ilhas, que deveria desenvolver-se num contexto bilingue, entretanto, o que se verifica é exatamente o contrário, apesar das várias recomendações saídas de diversos fóruns realizados ao longo dos anos, desde a nossa independência.

O contacto permanente entre a LCV e a LP no mesmo território tem deixado alterações numa e noutra línguas. Segundo Mota (2005), o contacto entre línguas é um fenómeno que faz parte da história linguística e social da maior parte das comunidades linguísticas do mundo, pelo facto das fronteiras linguísticas não coincidirem, muitas vezes, com as fronteiras territoriais e nacionais, pelos fenómenos da emigração e da colonização. Ela assegura, ainda, que a maioria das línguas estão sujeitas a influências exógenas pela proximidade, ou por interesse tecnológico e/ou cultural, designada de mudança inerente. Contudo, a mudança que decorre em situação de contacto linguístico designa-se de mudança decorrente do contacto. De acordo com Mota (2005: 511),

Page 83: ªncia... · A Língua, o instrumento fundamental da comunicação, é tratada como se fosse um esfregão. Os jovens saem da universidade a escrever mal e, quem escreve mal, não

83

COMPETÊNCIA DE ESCRITAEnsino dos Textos e Aprendizagem da sua Produção

Este último tipo de mudança é realizado pelos falantes que, numa situação de contacto tendem a aproximar-se progressivamente do sistema desta (do sistema da LA) introduzindo-lhe modificações em parte explicável pelo sistema prévio que possuem (LO). […] poderá, contudo, acontecer que a LA venha a ser afectada pela versão que dela própria falam os nativos da LO, ou

pela própria LO.”

Referindo-se ao contexto cabo-verdiano, Lopes A. (2011: 15) defende:

Em Cabo Verde, a comunidade, como um todo, não mudou de língua, já que a língua crioula (a LCV) não foi abandonada, mantém grande vitalidade, sendo a língua materna ou a primeira aprendida de grande parte da população; mas a sua influência no português, quando adquirido como língua segunda, é fortemente previsível, contribuindo para a formação do português cabo-verdiano (LP) que não é, em sentido estrito, uma variedade formada em situação de mudança de língua. Paralelamente, a LCV não pode deixar de ser influenciada pelo português […].

Esta constatação de Lopes A. (2011) vai no mesmo sentido de Ludi Py (1986, in Mota, 2005: 515) quando declara que:

[…] um falante bilingue não é a soma de dois monolingues. Assim, quando um bilingue fala qualquer uma das línguas que domina não as fala como os monolingues em cada uma delas – no seu falar bilingue há características originais cujo surgimento é favorecido pelo facto de o falante estar ou ter estado exposto a outra gramática, características essas que podem ser

totalmente idiossincráticas.

Por vezes, na produção linguística do cabo-verdiano, constatam-se transferências que, segundo Lopes A. (2011), vão desde empréstimos lexicais a interferências estruturais. Thomason (2001, in Lopes, 2011) analisa as interferências estruturais conjugando os condicionantes sociais como a intensidade de contacto, atitudes dos falantes, o tipo e o grau de aprendizagem da LA, os condicionantes linguísticos e a distância tipológica entre a LM e a LA. Nesta linha de pensamento Lopes (2011: 16), afirma ainda:

Page 84: ªncia... · A Língua, o instrumento fundamental da comunicação, é tratada como se fosse um esfregão. Os jovens saem da universidade a escrever mal e, quem escreve mal, não

84

CESÁRIA DIAS LEITEJOSÉ ESTEVES REI

Como destaca Thomason (2001), na aquisição da L2, pode haver transposição de alguns traços da língua materna para a língua alvo, construindo-se, assim, uma nova versão da língua alvo, ou haver integração nessa língua de “erros” que decorrem de falha ou mesmo de recusa da aprendizagem de determinados traços da LA, especialmente os marcados.

Assim, para compreender melhor as produções linguísticas dos alunos cabo-verdianos, o professor de LP/L2, em Cabo Verde, deverá conhecer bem a situação das línguas em contacto, as consequências deste convívio no processo de ensino-aprendizagem, no geral, e na LP, em particular. E, não menos importante, perceber as particularidades da LP falada em Cabo Verde, que não podem, simplesmente, ser rotuladas de “erros” e nem tão pouco assumidos como norma. Voltamos ao posicionamento de Fonseca (1994) quando ressalta a importância de conhecer as variedades de uma língua e das particularidades do oral, mas sem perder de vista o compromisso da escola com a norma, sobretudo quando se fala da produção escrita, pelas particularidades que esta modalidade impõe.

Reconhecemos a importância de compreender a fundo a questão do bilinguismo, que é complexa e exige uma clarificação e teorização, que extrapola os objetivos deste estudo. No entanto, interessa-nos, antes, compreender as consequências do contacto das duas línguas na aquisição da língua segunda e a necessidade de um real bilinguismo (funcional) defendido por Veiga (2004; 2015), para melhor comunicação e expressão nas duas línguas.

Page 85: ªncia... · A Língua, o instrumento fundamental da comunicação, é tratada como se fosse um esfregão. Os jovens saem da universidade a escrever mal e, quem escreve mal, não

85

COMPETÊNCIA DE ESCRITAEnsino dos Textos e Aprendizagem da sua Produção

4.2 IMPLICAÇÕES DA DIGLOSSIA E DO BILINGUISMO NO ENSINO DA LP COMO LS EM CABO VERDE

Assim, negar o crioulo não só significa negar a nossa identidade como também dificulta a pedagogia do português.

(Veiga, 2004: 12)

Durante muito tempo, considerou-se o bilinguismo um fenómeno prejudicial a nível do desenvolvimento cognitivo, social e, consequentemente, a nível pedagógico. Todavia os casos de evolução e estabilidade a nível educacional, financeiro e cultural dos países como Luxemburgo, Noruega, Suíça, Bélgica e Canadá têm contrariado tal ideia. A despeito do sucesso desses países, há um cuidado a ter em conta num contexto de ensino bilingue ou multilíngue, que hoje se tornou um imperativo no mundo da globalização e, quando se considera o contexto africano, em especial, o cabo-verdiano, são vários os fatores a serem tidos em conta.

No entender de Sim-Sim (1998), as dificuldades de aquisição de uma LS não podem ser atribuídas à situação do bilinguismo, mas, sim, a incapacidades da escola e da comunidade para resolverem esta questão. Por outras palavras, crianças expostas a situações de bilinguismo ou diglossia, não significa obrigatoriamente que tenham ou venham a ter atrasos na linguagem, nem tão pouco insucesso na aprendizagem. Todavia, é necessária uma atenção especial para compreender os vários fenómenos do contacto de línguas, como, por exemplo: as transferências negativas, as mudanças automáticas e as sobregeneralizações. As transferências negativas consistem no uso de padrões linguísticos pertencentes à L1 para a L2 de forma errada. As mudanças automáticas de língua acontecem quando os falantes, no decorrer de uma conversa, mudam de uma língua para a outra, por vezes, no meio das frases. As sobregeneralizações consistem nas extensões abusivas de um item lexical ou uso de regras gramaticais, no sentido de um prosseguimento de um padrão regular e a desadequação do nível de elaboração da frase ou o discurso, exagerando a complexidade, evitando conscientemente determinados sons, palavras ou estruturas da L2, assumidas como difíceis.

Page 86: ªncia... · A Língua, o instrumento fundamental da comunicação, é tratada como se fosse um esfregão. Os jovens saem da universidade a escrever mal e, quem escreve mal, não

86

CESÁRIA DIAS LEITEJOSÉ ESTEVES REI

O caso do ensino do Português como LS tem chamado a atenção de investigadores exatamente pela caracterização do seu panorama linguístico, pois as situações são diversas, havendo casos de plurilinguismo e de bilinguismos. Mateus (2005) apresentou no XX Encontro Nacional da Associação Portuguesa de Linguística, quatro dificuldades decorrentes do ensino da LP em África: a primeira delas, e a nosso ver a mais complexa, é o problema enfrentado pelas crianças nos primeiros anos de ensino, associada à complexidade cognitiva de aprender a ler, a escrever e a motricidade, acrescenta-se-lhe ainda um ensino numa língua que muitas vezes desconhecem; a segunda é a carência de materiais didáticos adequados ao contexto que valorize a LM e apresente pedagogias de ensino-aprendizagem de LS; a terceira consiste em saber qual é a variedade da LP falada no país; e a última, as políticas de cooperação que deverão respeitar as especificidades do país.

Trazendo essas dificuldades para o caso específico de Cabo Verde, verificamos que se enquadram perfeitamente. Uma parte das nossas crianças iniciam os estudos primários sem o domínio total da expressão oral na LP, pois acredito que a exposição à LP pelos meios de comunicação, através dos bonecos animados e canções infantis, no seio familiar, em certa medida, permite que algumas crianças tenham um grau de compreensão considerável. No que tange à valorização da LM nos materiais didáticos, ainda é uma dificuldade e o conhecimento do PCV carece de estudos.

A este respeito, Cardoso (2005), Rassul (2006), Lopes F. (2011) e Freitas (2011), referindo-se as duas primeiras autoras ao caso dos alunos de origem cabo-verdiana em Portugal e os dois últimos à realidade do território cabo-verdiano, apresentam-nos, através dos seus estudos, conclusões esclarecedoras.

Lopes F. (2011) afirma que, apesar de Cabo Verde ter atingido as metas do milénio na luta contra o analfabetismo, outra questão maior se levanta, o letramento. Ele assume com este conceito, surgido após as duas grandes guerras, que o mundo esperava mais do sistema educacional. Esperava-se do cidadão muito mais do que saber ler, escrever e fazer contas, precisava-se de uma intervenção maior da sua parte e que ele fosse capaz de mudar o

Page 87: ªncia... · A Língua, o instrumento fundamental da comunicação, é tratada como se fosse um esfregão. Os jovens saem da universidade a escrever mal e, quem escreve mal, não

87

COMPETÊNCIA DE ESCRITAEnsino dos Textos e Aprendizagem da sua Produção

que não estaria em conformidade. Nesta ótica, ele defende que a situação de bilinguismo disfuncional, denominado de diglossia, em Cabo Verde, coloca obstáculos não só à aquisição do letramento, como também da alfabetização eficaz. A primeira alegação por ele apresentada prende-se com a violação de um direito humano universal de escolarização e desenvolvimento da identidade na LM e, consequentemente, um tratamento desigual dado às duas línguas, que em nada abona para o sucesso escolar.

Freitas (2011) acrescenta que as atitudes dispersas perante as duas línguas e as políticas educativas não conduziram à valorização da LCV. Outro ponto é o posicionamento pouco claro e consistente dos professores, especificamente os da LP, sobre a importância da LM no contexto educativo em Cabo Verde, pela falta de ferramentas e estratégias pedagógicas para capitalizar a LCV, como um recurso importante na aquisição da LP /LS. Ambos os investigadores defendem a necessidade de uma sociedade realmente bilingue, através da educação bilingue.

Cardoso (2005) e Rassul (2006) reconhecem que a LM, muitas vezes, é apontada como a causa do insucesso dos alunos de origem cabo-verdiana em Portugal, porém, esta em si, segundo as autoras, não poderá ser apontada como único facto, pelo que se deve ter em conta a situação socioeconómica aliada às atitudes pouco pedagógicas, que passam pelas críticas à forma como os alunos se expressam na LP; pela ausência da LM no processo de ensino-aprendizagem e pela ausência de estratégias de ensino da LP como LS, desses alunos. Para que tudo isso seja ultrapassado, Rassul (2006: 48) assume:

Para que os alunos possam desenvolver as competências de LP, enquanto L2, é necessário que o professor conheça as estruturas básicas da LM; os efeitos do contacto de línguas na produção linguística individual; os métodos de ensino de L2; a cultura crioula de Cabo Verde e a forma como tem evoluído no contexto da emigração, pela sua influência nas regras de produção e interpretação linguística.

Sendo conhecida esta situação, em Portugal e nos EUA, têm-se desenvolvido estudos académicos sobre o assunto e iniciativas têm sido levadas a cabo para facilitar a adaptação das crianças cabo-verdianas,

Page 88: ªncia... · A Língua, o instrumento fundamental da comunicação, é tratada como se fosse um esfregão. Os jovens saem da universidade a escrever mal e, quem escreve mal, não

88

CESÁRIA DIAS LEITEJOSÉ ESTEVES REI

nestes países de acolhimento, e simultaneamente adquirirem a língua do país. Assim, seguindo políticas adotadas por diversos distritos nos EUA, onde há uma comunidade cabo-verdiana significativa, as crianças iniciam os estudos, simultaneamente, na LM e na língua inglesa, até que desenvolvam as condições necessárias para progredirem nos estudos apenas na língua inglesa. Em Portugal, têm-se desenvolvido projetos de ensino bilingue, através do ILTEC, no seio das comunidades onde há grande aglomeração de alunos de origem cabo-verdiana.

Em Cabo Verde, após as experiências na diáspora, iniciou-se no ano letivo 2013/2014 o projeto bilingue com turmas experimentais em Ponta d´Água, na cidade da Praia e Flamengos, em São Miguel. O projeto depois estendeu-se à cidade do Mindelo.

Em outras realidades, como é o caso dos países árabes, nomeadamente Emirados Árabes Unidos - Dubai, o ensino do árabe tornou-se uma exigência do governo, mesmo nas escolas privadas e internacionais em que os alunos são na esmagadora maioria estrangeiros. Assim, para além de estudarem o árabe, a língua é também língua veicular nas disciplinas de Estudos Sociais e Religião Islâmica (para os alunos oriundos dos países árabes).

Toda esta movimentação e demanda deve-se às recomendações da UNESCO relativas à valorização das línguas maternas, que trazem consigo vantagens a todos os níveis:

I. A nível intelectual, facilita a aprendizagem de outras línguas estrangeiras; melhora os resultados académicos no ambiente escolar de segunda língua e permite um maior desenvolvimento cognitivo;

II. A nível económico, as crianças bilingues e multilingues têm uma posição inicial melhor no mercado de trabalho;

III. A nível psicológico, desenvolve a autoestima e identidade pessoal.

Na opinião de Pereira (1994, in Cardoso, 2005), a solução do problema da aprendizagem da LP é libertar as línguas. A nosso ver, essa libertação quer dizer retirar-lhes os rótulos que possuem, há séculos e que não mais satisfazem o cabo-verdiano. É construir uma sociedade efetivamente bilingue como defende Veiga (2014: 129):

Page 89: ªncia... · A Língua, o instrumento fundamental da comunicação, é tratada como se fosse um esfregão. Os jovens saem da universidade a escrever mal e, quem escreve mal, não

89

COMPETÊNCIA DE ESCRITAEnsino dos Textos e Aprendizagem da sua Produção

[…] ao português que já é língua oficial e de situações formais de comunicação, torna-se necessário alargar o seu ensino e conferir-lhe o estatuto de língua do quotidiano informal, em paridade com a LCV. Quanto à LCV que já é língua do quotidiano informal, há que reconhecer-lhe o estatuto oficial em paridade com a LP, reforçar o seu uso formal e implementar o seu ensino, do primário ao universitário. Agindo deste modo, estaremos não só a assumir como também a construi um bilinguismo funcional em Cabo Verde. Tal política linguística é uma exigência da nossa história, da nossa cultura e da nossa identidade.

Freitas (2011) e Lopes F. (2011) consideram que a solução está no programa de ensino bilingue, que permitirá o desenvolvimento da consciência metalinguística dos alunos na LCV e favorecerá a aprendizagem da LP e de outras LEs, tendo em conta que a LP seria ensinada com base em métodos próprio de uma LS. Entretanto, são várias as razões alegadas para a não concretização desta iniciativa, desde a não estandardização da LCV, à falta de recursos financeiros, que Lopes F. (2011) considera que poderão ser ultrapassados pela via da cooperação com a diáspora cabo-verdiana em Portugal e nos EUA, que já possuem experiência no ensino bilingue.

Page 90: ªncia... · A Língua, o instrumento fundamental da comunicação, é tratada como se fosse um esfregão. Os jovens saem da universidade a escrever mal e, quem escreve mal, não

ANÁLISE DO ERRO NA PRODUÇÃO ESCRITA DE ALUNOS CABO-VERDIANOS

5.1 METODOLOGIA E CONSTITUIÇÃO DO CORPUS

5.1.1 PRESSUPOSTOS METODOLÓGICOS

Para a realização de uma investigação, é necessário adotar um método e técnicas de análise, tendo em conta a afirmação de Morconi & Lakatos (2010) de que o método científico é o conjunto das atividades que se segue para se alcançar um conhecimento. São várias as etapas do método do científico: 1) descoberta do problema; 2) colocação precisa do mesmo; 3) procura de conhecimento ou instrumentos relevantes para sua compreensão/resolução; 4) tentativa de solução do problema com auxílio dos meios identificados. Assim, a nossa primeira atividade foi formalizar o problema - o ensino da escrita em Cabo Verde pelo elevado número de erros e pelas críticas que o ensino da escrita vem recebendo.

Escolhemos o método indutivo, pois como afirmam Silva & Muszkat (2001:63):

Indução é o processo mental por intermédio do qual, partindo de dados particulares, suficientemente constantes, infere-se uma verdade geral ou universal, não contida nas partes examinadas. Portanto, o objetivo dos argumentos indutivos é levar a conclusões cujo conteúdo é muito mais amplo do que o das premissas nas quais se basearam.

Claro está que, tratando-se de um estudo de caso, não poderemos generalizar as conclusões a todos os alunos do nosso arquipélago, mas

5

Page 91: ªncia... · A Língua, o instrumento fundamental da comunicação, é tratada como se fosse um esfregão. Os jovens saem da universidade a escrever mal e, quem escreve mal, não

91

COMPETÊNCIA DE ESCRITAEnsino dos Textos e Aprendizagem da sua Produção

pretendemos diagnosticar a competência de escrita dos candidatos ao Ensino Superior na Uni-CV, das ilhas de Santiago e do Fogo no ano letivo de 2015/2016. Pois o estudo de caso permite, segundo Bell (2010: 23), aprofundar o estudo num determinado aspeto em pouco tempo, como é a nossa situação.

Adotamos a abordagem quantitativa, para analisar a frequência dos erros e a qualitativa, uma vez que esta permitiu-nos analisar um universo de fatores na sua generalidade e desta forma proceder à descrição do perfil dos candidatos à Uni-CV.

Recorreremos à análise do conteúdo e à análise do erro. A análise do conteúdo é uma técnica de análise utilizada tanto para a abordagem quantitativa como para a qualitativa. No dizer de Olabuenaga & Ispizúza (1989, in Moraes, 1999) “[…] é uma técnica para ler e interpretar o conteúdo de toda a classe de documentos, que analisados adequadamente nos abrem portas ao conhecimento de aspetos e fenómenos da vida social de outro modo inacessíveis.”

Ela requer um trabalho metódico e faseado que Moraes (1999) dividiu em cinco etapas: 1) preparação das informações; 2) unitarização ou transformação do conteúdo em unidades; 3) categorização ou classificação das unidades em categorias; 4) descrição; 5) interpretação.

Assim sendo, procederemos à análise das produções escritas, seguindo a metodologia da análise do erro e observando as seguintes etapas: 1) identificação dos erros no seu contexto, o qual permitiu reconhecê-los e apurar os seus efeitos na transmissão e na receção da mensagem; 2) categorização desses erros, que possibilita a distinção dos diferentes tipos de erros, analisando a frequência dos mesmos; 3) reconstrução para a norma europeia, através de uma proposta de correção feita em simultâneo com a categorização; 4) explicação das possíveis causas dos erros cometidos e o reconhecimento das áreas de maiores dificuldades na aprendizagem da LP em Cabo Verde.

Para o efeito da categorização dos erros, consultamos várias taxonomias de erro e adaptamo-las à nossa análise, recorrendo a vários critérios,

Page 92: ªncia... · A Língua, o instrumento fundamental da comunicação, é tratada como se fosse um esfregão. Os jovens saem da universidade a escrever mal e, quem escreve mal, não

92

CESÁRIA DIAS LEITEJOSÉ ESTEVES REI

descritivo, (baseando-nos nas alterações de superfície, visíveis na forma da palavra, que abrangem os erro de omissão, adição, troca de letras ou palavras); critério etiológico-linguístico (relacionando as causas que abrangem os erros interlingual e intralingual) e o critério pedagógico.

Convém, entretanto, ressaltar que nem todos os erros identificados serão objeto de descrição e explicitação, dada a extensão da análise que isso implicaria. Assim, ilustraremos os aspetos mais representativos de cada tipo de erro, através da sua exemplificação e da sua influência na competência de escrita.

5.1.2 CONSTITUIÇÃO DO CORPUS

A população alvo da presente pesquisa é constituída por candidatos ao Ensino Superior na Uni-CV, de diversos cursos de licenciatura oferecidos, pela Universidade no ano letivo 2015/16.

O corpus que serve de base ao trabalho é constituído a partir de cinquenta e sete produções escritas, extraídas das provas de ingresso na Uni-CV, de Língua Portuguesa (LP) e de Comunicação e Expressão (CE) nesse ano. A prova de LP foi destinada aos candidatos dos cursos de letras, tinha como terceiro grupo de exercícios uma produção escrita, que apresentava a opção de dois temas e solicitava a produção de um texto coeso e coerente, de 25 linhas. A prova de CE, igualmente, solicitava a produção escrita de um texto argumentativo, coeso e corrente, de 200 a 250 palavras.

A seleção das produções escritas foi em certa medida aleatória, pois tivemos acesso limitado às provas, de entre as que nos foram disponibilizadas consideramos as seguintes variáveis: natureza da prova prestada (Comunicação e Expressão e Língua Portuguesa), local de realização (as cidades de Assomada, Praia e São Filipe) e a classificação (escolhemos os melhores, os medianos e os menos bons), para que pudéssemos ter uma visão mais abrangente dos erros cometidos. As provas foram devidamente codificadas, apresentando um número, a cidade e a especificidade da prova realizada, como exemplificamos (001/PR/LP). A caracterização da população alvo está apresentada no quadro seguinte.

Page 93: ªncia... · A Língua, o instrumento fundamental da comunicação, é tratada como se fosse um esfregão. Os jovens saem da universidade a escrever mal e, quem escreve mal, não

93

COMPETÊNCIA DE ESCRITAEnsino dos Textos e Aprendizagem da sua Produção

Quadro 7 - Caracterização da população alvo

Subvariáveis N.º %

Natureza da prova

Língua Portuguesa 11 19.3

Comunicação e Expressão

46 80.7

Local de realização

Assomada 22 38.6

Praia 19 33.4

São Filipe 16 28

*Curso pretendido

TMC 10

ECVP- 8

Jornalismo 8

RID 7

RPSE 6

C. Edu 6

Psic. 6

Ed. Física 4

Filo. Pol. 3

TCL 3

SexoMasculino 22 38.6

Feminino 35 61.4

Estamos conscientes que, pela nossa amostra, os resultados não poderão ser generalizados, nem temos essa pretensão. Contudo, permitem-nos, enquanto professora, promover a reflexão e uma procura de melhores práticas pedagógicas.

5.2 APRESENTAÇÃO E ANÁLISE DOS RESULTADOS

As produções escritas apresentam um total de 7330 palavras, que daria uma média de 128.6 palavras por aluno. Entretanto os textos apresentam dimensões diferentes, sendo o mais logo de 293 palavras e o mais curto de 23 palavras. Após apreciação dos textos, fizemos a identificação e construção da grelha com os erros. Assim, centralizamos a nossa atenção nos erros mais relevantes em termos quantitativos.

Page 94: ªncia... · A Língua, o instrumento fundamental da comunicação, é tratada como se fosse um esfregão. Os jovens saem da universidade a escrever mal e, quem escreve mal, não

94

CESÁRIA DIAS LEITEJOSÉ ESTEVES REI

5.2.1 IDENTIFICAÇÃO E CATEGORIZAÇÃO DOS ERROS

Na análise das cinquenta e sete produções escritas, da prova de ingresso na Uni-CV, foram identificados 627 erros, agrupados em seis categorias: ortografia, léxico, morfossintaxe, morfologia e discurso. Estas subdividem-se em dezasseis tipos de erro, analisados sob diferentes critérios. A categoria que se apresentou como a mais crítica foi a ortografia com 55.7% dos erros, seguida da morfossintaxe com 21.2%, já o léxico não apesentou muitos erros 4.5%, como se pode constatar no quadro geral da distribuição dos erros.

Page 95: ªncia... · A Língua, o instrumento fundamental da comunicação, é tratada como se fosse um esfregão. Os jovens saem da universidade a escrever mal e, quem escreve mal, não

95

COMPETÊNCIA DE ESCRITAEnsino dos Textos e Aprendizagem da sua Produção

Quadro 8 - Grelha geral da tipologia de erros

Cate

gori

as

Tipos de erro

Totais

N.º de ocorrências Percentagem

Tipo de erro Categoria Tipo de

erro Categoria

1.O

rtog

rafi

a de

uso

1.1 Ortografia (confusão, adição, omissão de letras) 113

349

32.4

55.7

1.2 Corte e aglutinação de palavras 16 4.6

1.3 Acentuação gráfica (indevida, omissão e troca de acento)

204 58.4

1.4 Uso maiúscula e minúscula 16 4.6

2. L

éxic

o 2.1 Neologismo de forma 7

28

25.0

4.52.2 Neologismo semântico 20 71.4

2.3 Conversão 1 3.6

3. M

orfo

ssin

taxe

3.1 Concordância nominal 34

133

25.6

21.2

3.2 Concordância verbal 36 27.1

3.3 Tempo e modo verbais 27 20.3

3.4 Regência verbal 12 9.0

3.5 Pronome “se” 24 18.0

4. M

orfo

logi

a

4.1 Preposição 11

31

35.5

4.9

4.2 Artigo

20 64.5

5. D

iscu

rso

5.1 Pontuação 72

86

83.7

13.75.2 Conetores do discurso

14 16.3

Totais 627 100

Page 96: ªncia... · A Língua, o instrumento fundamental da comunicação, é tratada como se fosse um esfregão. Os jovens saem da universidade a escrever mal e, quem escreve mal, não

96

CESÁRIA DIAS LEITEJOSÉ ESTEVES REI

5.2.2 ANÁLISE DOS ERROS NAS PRODUÇÕES ESCRITAS

Como já foi dito, as produções escritas foram extraídas das provas de Língua Portuguesa (LP) e Comunicação e Expressão (CE) e estas foram realizadas em três cidades do país, que funcionaram como centros de aplicação. No quadro a seguir, encontra-se a distribuição dos erros por categoria, em cada tipo de prova e por cidade. Assim, averiguamos que 70.5 % dos erros praticados foram da responsabilidade dos alunos de CE e a cidade que apresenta mais erros é a Assomada, com 39.1 % dos erros e aquela que se apresenta com menos erros é São Filipe, com 29.3%. Todavia, em termos percentuais, a diferença não é muito grande entre as três cidades.

Quadro 9 - Distribuição dos erros por provas e postos de aplicação

Centro de aplicação Provas

Tipos de errosTotal

Ort

ogra

fia

Léxi

co

Mor

foss

inta

xe

Mor

folo

gia

Dis

curs

o

N.º % N.º %

PraiaLP 21 2 15 0 2 40 20.2

198 31.6CE 88 8 28 3 31 158 79.8

AssomadaLP 14 0 2 2 2 20 8.1

245 39.1CE 128 13 42 24 18 225 91.9

São FilipeLP 29 3 26 1 9 68 36.9

184 29.3CE 69 2 20 1 24 116 63.1

5.2.2.1 Erros de ortografia de uso

Na categoria dos erros ortográficos, adotamos, em termos simplificativos, o modelo de Mateus (1962), que apresenta de forma exaustiva a classificação dos erros ortográficos, já apresentada anteriormente.Nela

Page 97: ªncia... · A Língua, o instrumento fundamental da comunicação, é tratada como se fosse um esfregão. Os jovens saem da universidade a escrever mal e, quem escreve mal, não

97

COMPETÊNCIA DE ESCRITAEnsino dos Textos e Aprendizagem da sua Produção

inclui-se os erros que infringem a ortografia oficial10 por omissão ou adição de determinados morfemas, a confusão de letras, devido à relação entre a fonética e a grafia; os erros de acentuação, ligação e cortes anormais de palavras e acrescentamos a esta categoria a diferença de emprego entre letras maiúsculas e minúsculas11.

Segundo Mateus (1962: 91), “ […] a ortografia continua a ser (e é-o mais do que nunca) a bitola de uma certa eficiência e categoria social.” Por outras palavras, é um fator indicador das capacidades do aluno no que respeita à expressão escrita, adquirida no ensino formal e sujeita a uma avaliação social. A mesma autora afirma que não se pode avaliar as potencialidades do aluno pelo seu comportamento ortográfico, mas deve-se estar consciente que a tarefa de todo o professor, independentemente da disciplina que leciona, é primar pela «ciência de escrever corretamente», pelo seu valor social e pelas consequências que o desconhecimento das regras acarreta para a vida do aluno.

Ao analisarmos o quadro geral, podemos constatar que a categoria em que ocorrem mais erros é a de ortografia, (349), com destaque para a acentuação gráfica (204), seguindo-se a confusão de letras, grande parte pela relação fonia/grafia (72), a omissão de letras (28), o uso indevido de maiúsculas /minúsculas, o corte e aglutinação de palavras (16 cada), e, por último, a adição de letras (13).

A confusão de letras resulta, na maior parte das vezes, da relação fonia/grafia, sendo os casos mais expressivos: a troca do <e> pelo <i> com (18) dos erros (1.1.1a)) e o inverso (1.1.1b)), (8) ocorrências; o <o> foi representado pelo <u>, também em (8) dos casos (1.1.1c)).

a) (019/SF/CE) – “… o disporto tambem tem um papel importante afirmação internacional do pais.” (= desporto)

(004/PR/LP) - “Eu descordo do testo acima …” (= discordo)

10. Ao considerar a ortografia não consideramos os desvios à nova norma ortográfica, porque julgamos que a sua divulgação e familiarização precisam de mais tempo.

11. Designação dada por Ramos (2002). Também Fernandez (in Cristiano, 2010) contempla a oposição maiúscula /minúscula na categoria dos erros gráficos.

Page 98: ªncia... · A Língua, o instrumento fundamental da comunicação, é tratada como se fosse um esfregão. Os jovens saem da universidade a escrever mal e, quem escreve mal, não

98

CESÁRIA DIAS LEITEJOSÉ ESTEVES REI

(041/ASS/CE ) – “Os médicos estão a recumendar…” (= recomendar).

(025/ASS/CE) – “Para alem disso alarga-lhe o conhecimento e a aprendisagem em sobre outras línguas.” (= aprendizagem)

(031/ASS/CE) – “A inportancia do domínio da língua do paìs de acolhimento pelo emigrante…” (= importância)

No caso da alínea a) o que acontece é que o som do /e/ mudo é realizado por muitos falantes cabo-verdianos, sobretudo do sul, como /i/, consideramos que há nesse caso uma transferência da LCV para LP. O inverso, representado pelo exemplo da alínea b), constitui uma tentativa de evitar o erro, pelo fenómeno de hipercorreção, pelo motivo acima explicado. Entretanto, não podemos atribuir a mesma causa ao erro da alínea c), cuja natureza é de origem interlingual. Uma vez que se trata de dificuldade oferecida pela própria LP, pela complexidade da sua norma ortográfica. O mesmo acontece com as trocas das letras <s/z>, <z/x>, <s/x>, <n/m>, <c/s>, <g/j> exemplificados nas d) e e), nestes últimos casos, altera-se a grafia e mantém-se o mesmo som das palavras.

Identificamos (28) erros pela omissão de letras, sendo a mais frequente a letra <h> (12), que afeta a grafia da palavra por não ter a realização auditiva, sobretudo quando se refere à forma verbal do verbo haver «há». Exemplos, as alíneas 1.1.2 a) e b). Outro caso de omissão é de um <r>, quando ocorre o duplo <rr>, tendo sido registadas (4) ocorrências, exemplificadas em (1.1.2 c)). Aqui poderemos estar perante a interferência da LCV na LP, pois os falantes do sul, com mais frequência do que os do norte, realizam o som /r/ mais fraco, daí sua representação comum de apenas um <r>.

1.1.2 a) (052/PR/CE) – “A água se infiltra praticamente em tudo o que fazemos, nas construções, no nosso dia-a-dia, para a idratação do corpo humano.” (= hidratação)

(052/PR/CE) – “… não a trabalho para alunos que já terminaram os seus cursos.” (= há)

Page 99: ªncia... · A Língua, o instrumento fundamental da comunicação, é tratada como se fosse um esfregão. Os jovens saem da universidade a escrever mal e, quem escreve mal, não

99

COMPETÊNCIA DE ESCRITAEnsino dos Textos e Aprendizagem da sua Produção

(006/ASS/LP) – “As consequência das construção clandistina são vasto tais como, casa não alinhadas coretamente, as construção mal estruturado ᴓ porque não tem base como planta de casa. (= corretamente)

(043/PR/CE ) – “…antes éra um pais colonizados pelos português em que comandava todo o teritorio nacional… (= território)

As restantes omissões, bem como a adição de letras, ocorrem pela pouca exposição do aprendente a determinadas formas escritas e pelo desconhecimento da etimologia das palavras, por exemplo na situação 1.1.3 a), assim como a pronúncia própria do falante derivada da sua LM (1.1.3 b) e c)). Consideremos os exemplos:

1.1.3 a) 007/SF/LP) -“As famílias, não tendo possibilidade de construir casas nos meios hurbanos …” (= urbanos)

(018/SF/CE) - “…com o desporto, muitos jovens, que gostam de ser atiletas, futibolista entre outros, realizará o seu sonho.. ” (= atletas)

(055/PR/CE) - “ O governo precisa criar stratégias.” (= estratégias)

O corte e aglutinação anormal de palavras ocorreram (16) vezes, exemplificados em 1.2 a) e b), que também atribuímos às questões fonetíco-fonológico. Segundo Gonçalves & Vicente (2010) e Delgado Martins (in Azevedo, 2000), trata-se, também, da transposição da fala do aluno para a escrita, mas não deixamos de lado a possibilidade de falta de familiaridade com estas palavras, devido à ausência de hábito da leitura, conforme os exemplos seguintes:

1.2 a) (007/SF/LP) - “… há um aumento celerado de construções clandestina em Cabo Verde sobre tudo na cidade da Praia…” (= sobretudo)

(003/PR/LP) - “Uma cidade ideal é aquela que não encontra-se animais assolta a andar na rua, àguas pouçadas etc..” (= à solta)

A acentuação gráfica corresponde a 55,8% dos erros de ortografia. Portanto, o maior problema da ortografia está na acentuação. Nela incluímos as omissões do acento gráfico (182), a troca do acento, isto é, uso do acento grave no lugar do agudo (13), a acentuação indevida (colocação

Page 100: ªncia... · A Língua, o instrumento fundamental da comunicação, é tratada como se fosse um esfregão. Os jovens saem da universidade a escrever mal e, quem escreve mal, não

100

CESÁRIA DIAS LEITEJOSÉ ESTEVES REI

do acento onde não existe) (9). A não marcação gráfica das sílabas tónicas é mais frequente, como exemplificado na alinea 1.3 a); também é digna de registo a omissão do acento na contração da preposição a com o artigo a (à)12 e a falta de acento na terceira pessoa do singular do presente do indicativo do verbo ser, levando à confusão com a conjunção coordenativa aditiva, casos semelhantes aos da alínea 1.3 b). Os exemplos 1.3 c) e d) são menos expressivos, mas chamam a atenção para um provável insucesso na aprendizagem, pelo desconhecimento das regras de acentuação; em 1.3 c) pela não distinção dos acentos agudo e grave e em 1.3 d) por uma hipercorreção.

a) (034/ASS/CE) - “Desporto - é o acto pelo qual o individuo pratica a educação fisica ou seja dentro do desporto existem varias modalidades…” (= indivíduo), (= física); (= várias)

b) (045/PR/CE) – “Uma vez que o emigrante tem por diver adapta as culturas do país acolhedor, pois com objetivo de lhe facilitar a vida o domínio da língua e muitíssimo importante para o emigrante. (= às) (= é)

c) (054/PR/CE) -“ … mas ainda hà coisas a serem mudadas como è o caso da criminalidade…” (= há) , (= é)

d) (012/SF/CE) - “… se não conhecemos a língua como vàmos realizar a actividades diarias…” (= vamos)

5.2.2.2 Os erros lexicais

A categoria dos erros lexicais apresenta 28 erros, representando 4,5% do total dos erros, dos quais 46% foram praticados pelos candidatos de Assomada. Para o efeito da análise, adotamos a tipologia de Gonçalves (2010), que inclui nesta categoria os neologismos de forma (7), exemplificados em 2.1 a), referindo-se às palavras que não constam do dicionário do PE; neologismo semântico (20), 2.1 b), onde se agrupam as palavras existentes no PE, às quais é atribuído um outro significado; por

12. Este erro poderá estar relacionado com a omissão do artigo ou com a regência verbal, em que o aluno não se apercebe da necessidade da contração.

Page 101: ªncia... · A Língua, o instrumento fundamental da comunicação, é tratada como se fosse um esfregão. Os jovens saem da universidade a escrever mal e, quem escreve mal, não

101

COMPETÊNCIA DE ESCRITAEnsino dos Textos e Aprendizagem da sua Produção

último, os casos de conversão em que se altera a categoria sintática da palavra (1), 2.1c), com pouca expressividade.

2.1 a) (019/SF/CE) – “…muitos jogadores nossos estão a entrar … em times muitos famados…” (= afamados / renomados)

b) (005/ASS/LP) – “Casas clandestinas são construídas vagamente…;” (= sem a urbanização)

c) (057/PR/CE) – “… Eu vejo Cabo Verde um país muito evoluído e liberto.” (=livre)

Como podemos constatar, o caso mais problemático, nesta categoria, é o de neologismo semântico b), com mais de 71.4% das ocorrências, facto entretanto que não inviabiliza a perceção da mensagem, contudo são desvios à norma. Ocorreram, ainda, no âmbito desta categoria, alguns estrangeirismos do inglês, pouco significativos.

5.2.2.3 Erros morfossintáticos

A categoria da morfossintaxe vem após a categoria dos erros ortográficos, quanto à frequência, representando 21,2% dos erros. Selecionamos os erros que simultaneamente afetam a morfologia e a sintaxe, nomeadamente a concordância nominal (34) e a verbal (36), tempo e modo verbais (27), a regência verbal (12) e, por último, a questão de utilização do “se” enquanto pronome reflexo, recíproco e indicativo de um sujeito indeterminado (24).

Analisando a concordância nominal consideramos três subtipos de erros, a concordância nominal quanto ao número (24), género (10) e pessoa (0), sendo estudados nas relações: determinante - nome e nome - adjetivo. Assim sendo, apuramos que quanto à concordância nominal de número, a relação determinante - nome, 3.1.1 a) é mais afetada do que a relação nome - adjetivo 3.1.1 b), com (15) e (9) erros, respetivamente.

No tocante à concordância nominal de género, os dados apontam para (6) erros na relação determinante - nome, exemplificados no ponto 3.1.2 a), e (4) para nome-adjetivo, exemplificados em 3.1.2 b).

Page 102: ªncia... · A Língua, o instrumento fundamental da comunicação, é tratada como se fosse um esfregão. Os jovens saem da universidade a escrever mal e, quem escreve mal, não

102

CESÁRIA DIAS LEITEJOSÉ ESTEVES REI

1.1.1 a) (029/SF/CE) – “O desporto é uma das atividade mais importantes do país. ” (= das atividades)

(006/ASS/LP) _ “Constução Clandistinas” (= Construções Clandestinas)

3.1.2 a) (004/PR/LP) _ “Eu descordo do testo acima porque eu tenho uma cidade ideal e todo o mundo tem o seu cidade ideal…” (= a sua cidade)

b) (043 /PR/CE) – “…vejo, Cabo Verde como um pais autonoma.” (= país autónomo)

Tudo leva a crer que parte desses erros se deva à interferência da LM na LS, pois, em regra, regista-se uma economia na aplicação do plural na LCV, marcada, muitas vezes, apenas uma vez no sintagma nominal, pelo determinante. Relativamente à marca do género, se aplica com mais frequência nos seres humanos e alguns animais, assim, quando os adjetivos se referem a nomes [- humano e - animal] não se constatou a concordância.

Quadro 10 - Tipos de erros de concordância nominal

N.º %

Concordância Nominal

(34)

Número (24)Determinante - nome 15 62.5

Nome - adjetivos 9 37.5

Género(10)

Determinante - nome 6 60

Nome - adjetivos 4 40

A maioria dos erros de morfossintaxe ocorreu devido à falta de concordância entre o sujeito e o verbo (36). Destes (23) sucederam no período composto, (3.2.2 a) e b)), sendo a maioria (17) relativos ao sujeito simples, igualmente no período simples, não há a realização da concordância referente ao sujeito simples (12), 3.2.2 a) b) e c) como se pode observar nos exemplos seguintes e no quadro 11.

1.1.1 a) (041/ASS/CE ) – “Eu sou a prova disso porque foi representar Cabo Verde…” (= fui)

Page 103: ªncia... · A Língua, o instrumento fundamental da comunicação, é tratada como se fosse um esfregão. Os jovens saem da universidade a escrever mal e, quem escreve mal, não

103

COMPETÊNCIA DE ESCRITAEnsino dos Textos e Aprendizagem da sua Produção

(040/ASS/CE) –“ Porque a uns tempos a traz era poucas pessoas que praticavam o desporto mais hoje temos milhares de atleta.” (= eram)

1.1.2 a) (018/SF/CE) – “…com o desporto, muitos jovens, que gostam de ser atiletas, futibolista entre outros, realizará o seu sonho.” (= realizarão)

(044/PR/LP) – “Para Além de sermos um país pobre por não possuírem ouro, nem petróleo mas o que não nos falta é a esperança …” (= possuirmos)

(036/ASS/CE) – “As vezes, a pessoa sentem dores e vão ao hospital…” (= as pessoas sentem

Quadro 11 - Tipos de erros de concordância verbal

N.º %

Concordância Verbal

(36)

Período simples

(13)

Sujeito simples 12 92.3

Concordância do verbo ser 1 7.7

Período composto

(23)

Sujeito simples 17 73.9

Sujeito pronome relativo 4 17.3

Sujeito subentendido 1 4.35

Concordância do verbo ser 1 4.35

Expostos estes dados, acreditamos, por um lado, que se está perante uma área crítica na LP, em Cabo Verde, motivada pela interferência, considerando que na LCV não há concordância sujeito-verbo, pois a forma verbal mantém-se a mesma, independentemente da pessoa e do número do sujeito.

No que diz respeito à flexão verbal de tempo e modo contabilizaram-se (27) erros, de morfossintaxe, dos quais (17) relativos ao modo, sendo maioritariamente devidos ao não cumprimento do uso obrigatório do conjuntivo, 3.3.1 a) e b). Acreditamos que este facto deve-se, também, à interferência pela não representação do conjuntivo na LCCV. Relativamente ao tempo, houve (10) erros, sendo que (5) ocorreram no uso do infinitivo,

Page 104: ªncia... · A Língua, o instrumento fundamental da comunicação, é tratada como se fosse um esfregão. Os jovens saem da universidade a escrever mal e, quem escreve mal, não

104

CESÁRIA DIAS LEITEJOSÉ ESTEVES REI

quando deveria ser o presente do indicativo, 3.3.2 b) e os outros casos são de pouca frequência em tempos diferentes. Neste caso, não quero crer que a interferência seja a grande causa, mas um insucesso na aprendizagem. Consideremos os exemplos:

3.3.1 a) (015/SF/CE) – “Para que isso acontece temos que saber a língua…” (= aconteça)

b) (031/ASS/CE) – “…espero que de aqui a alguns anos cabo verde vai ter mais seleções competentes…” (=Venha a ter / tenha )

3.3.2 a) (028/ASS/LP) _ “… se uma pessoa emigra e não domina a língua do país que o acolhe, a sua vida nesse país seria extremamente difícil…” (= será)

b) (013/SF/LP) – “Bom, a grande importância do domínio da língua do pais de acolhimento pelo emigrante e que quando irmos áprendemos mais a língua do país para onde irmos e também ensinarmos aos que lá vivem.”

O quarto tipo de erros que analisamos, na categoria da morfossintaxe, foi a regência verbal com (12) dos erros. Observamos que a relação entre o verbo e os seus complementos, pela seleção errada (8) ou omissão (5) da preposição, influencia a função sintática e o sentido da frase.

Isso se pode ver nos exemplos que se seguem.

3.4.1 a) (040/ASS/CE) – “Por isso, é aconselhável para todos as que queiram visitar, residir em outro país para fazerem pesquisas básicas sobre as línguas utilizada …” (= aconselhavel a)

b) (053/PR/CE) – “Não reclama os seus direitos…” (= pelos seus diretos)

c) (007 /SF/LP) _ “(…) não tendo a possibilidade de construir casas nos meios urbanos recorrem as encostas …” (= às enconstas)

No exemplo 3.4.1 c), omitiu-se a preposição a, o que levou à mudança sintática do complemento do verbo, logo, em vez de um SP tem-se um SN. No caso dos exemplos 3.4.1 a) e b) ocorreu a seleção errado das preposições que regem os respetivos verbos, logo, altera-se o SP e o sentido da frase pelo valor semântico das preposições escolhidas. Segundo os estudos

Page 105: ªncia... · A Língua, o instrumento fundamental da comunicação, é tratada como se fosse um esfregão. Os jovens saem da universidade a escrever mal e, quem escreve mal, não

105

COMPETÊNCIA DE ESCRITAEnsino dos Textos e Aprendizagem da sua Produção

de Cardoso (2000) e Elvira (2011) a preposição a, na LCV é quase sempre substituída pela preposição «pa» equivalente ao para em PE.

Finalizando a categoria da morfossintaxe, estudamos o comportamento do “se”, enquanto pronome reflexo, recíproco e indício de um sujeito indeterminado, com 24 ocorrências de erros, pelos critérios de adição (5), omissão (11) e colocação (8). Podemos inferir que o erro que ocorreu com mais frequência foi a omissão do “se” reflexo, (8), já o recíproco apenas (2) ocorrências, sendo que este último, normalmente, é substituido pelas expressões “uns aos outros”, pelo que. neste caso. não assinalamos como erro.

5.2.2.4 Erros morfológicos

Os erros morfológicos continuem 4,9% dos erros cometidos, entre eles encontra-se o uso do artigo e da preposição. Esta é outra classe morfológica analisada no corpus em estudo, com (11) erros, neste âmbito analisamos as situações em que os erros decorrem de omissão (7), (cf. 4.1 a)) e a troca (4) (cf. 4.1 b)), originada pela confusão dos valores preposicionais de cada um.

4.1 a) (032/ASS/CE) – “Certas práticas de desporto servem ᴓ terapias.” (=de)

b) (018/SF/CE) _ “Um médico ao passar uma receita para um paciente …” (= a)

O artigo foi o mais afetado com (20) erros, sendo (16) por omissão, exemplificados em 4.2 a) e (4) por adição, exemplificados no ponto 4.2 b).

4.2 a) (031/ASS/CE) – “ᴓ Desporto é muito importante para a saúde individual, pois permite ter uma saúde saudavel e contribui para o desenvolvimento físico e psicológico do individuo.” (= O desporto)

b) (027/ASS/CE) _”Concluímos que a interação social seria mais fácil num país cujo a língua oficial…” (= cuja língua)

O artigo é uma classe morfológica que não consta da gramática da LCV, daí o elevado número de omissões se deva à transferência da LM e 75% dos casos ocorram no grupo de Assomada.

Page 106: ªncia... · A Língua, o instrumento fundamental da comunicação, é tratada como se fosse um esfregão. Os jovens saem da universidade a escrever mal e, quem escreve mal, não

106

CESÁRIA DIAS LEITEJOSÉ ESTEVES REI

5.2.2.5 Erros discursivos

A última categoria de erros em análise ocupa-se dos erros discursivos (86) e contempla os elementos linguísticos que afetam a organização do discurso, nomeadamente a pontuação (72) e os conetores discursivos (14).

Na pontuação, avaliamos apenas dois sinais que saltaram mais à vista, pela tipologia textual requerida na prova, o texto argumentativo. Assim identificamos o uso da vírgula como o erro mais frequente com (65) ocorrências, que se subdividiram entre a omissão (63), (cf. 5.1.1 a)) e o uso indevido (cf. 5.1.1 b)). No que toca ao ponto final (7), assinalamos os casos mais críticos de omissão (5), (cf. 5.1.1 b)), e (2) casos do uso indevido pouco representativo. (cf. 5.1.2 a) e b)).

5.1.1 a) (036/ASS/CE) – “…uma péssima imagem para o país porque muitos turistas ᴓ por exemplo ᴓ que querem visitar um país já não vai mais ᴓ porque está cheio de doenças…”

b) (043/PR/CE) – “Amilcar Cabral, foi quem lutou pela indemdencia.”

5.1.2 a) (002/PR/LP) – “ Os noticiarios nos lembram do protocolo de Quioto. Pelas razões erradas!”

b) (034/ASS/CE) – “Devemos sempre. Colocar nossa saúde em primeiro plano …”

Estes são alguns exemplos da ocorrência de erros de pontuação, mas há, também, casos relacionados com a organização dos parágrafos, os quais surgem, em média de 3 por cada aluno. Todavia, registaram-se (22) casos em que as produções escritas se resumem a 1 ou 2 parágrafos.

Nos conetores do discurso verificaram-se (14) erros, na sua maioria pela seleção errada do conetor discursivo (8) e (3) casos de omissão e adição. Vejamos os exemplemos seguintes.

5.2.1 a) (009/SF/LP) – “… permitindo que não se tome o verdadeiro pelo falso, com a taxa de alfabetização muito pessoas não conhecem as letras ou seja não sabe ler um livro ᴓ não obtém conhecimento do mundo.”

Page 107: ªncia... · A Língua, o instrumento fundamental da comunicação, é tratada como se fosse um esfregão. Os jovens saem da universidade a escrever mal e, quem escreve mal, não

107

COMPETÊNCIA DE ESCRITAEnsino dos Textos e Aprendizagem da sua Produção

a. (057/PR/CE) –“Certamente quando eu nasci Cabo Verde já era independente (…) ”

b. (055/PR/CE) – “Enquanto ao ambiente, muitas vezes as águas provindas das chuvas podem destruir o ambiente, destruindo stradas…” (= No que toca)

Embora, tenhamos destacado, na categoria dos erros discursivos, apenas os erros de uso de conetores e de pontuação, queremos fazer uma breve referência a outros aspetos que interferem nesta categoria, como a coerência e coesão textual. De acordo com Cristiano (2010:70) “… a coerência e a coesão dos textos são essenciais para que a comunicação se estabeleça de forma eficaz entre quem os produz e quem os interpreta…”. Deste modo, referimos a relação no desenvolvimento e organização das ideias considerando: a relevância das informações vinculadas, a repetição das ideias e o princípio da não contradição.

Constatamos que em muitos casos os candidatos simplesmente reproduziram as palavras do enunciado das provas, sem desenvolver as ideias, portanto, o conteúdo é praticamente nulo (9). Em contrapartida, registaram-se, em outros casos, algumas repetições desnecessárias de palavras, que, a nosso ver, apareceram porque os autores queriam apresentar um texto mais elaborado e incluíram um palavreado, que embora exista no PE, no contexto em que estão inseridos não faz sentido. Outro aspeto a ser contemplado, ligado à pontuação, conectores e organização dos parágrafos está na estrutura do discurso, que pelo número reduzido de parágrafos (38.6% dos candidatos escreveram apenas entre um a dois parágrafos) não se obedeceu aos critérios da elaboração do plano do texto: introdução, desenvolvimento e conclusão. Isto é um indicativo de que tenham falhado as estratégias de escrita, sobretudo dos subprocessos de escrita como a planificação e a revisão.

Comparando os candidatos dos três centros de aplicação de prova, verificamos que, na globalidade, os resultados não são muito diferentes, com 10% de margem, a separá-los. No que diz respeito às categorias separadas podemos observar que:

Page 108: ªncia... · A Língua, o instrumento fundamental da comunicação, é tratada como se fosse um esfregão. Os jovens saem da universidade a escrever mal e, quem escreve mal, não

108

CESÁRIA DIAS LEITEJOSÉ ESTEVES REI

Na ortografia 40.7% dos erros ocorreu no grupo da Assomada, com elevado índice de erros na acentuação gráfica, 35.8%, lugar que divide com a Praia com igual número. Contudo é também problemática a confusão entre as letras com 50% dos erros.

O léxico não constitui uma categoria com grandes dificuldades, tendo em conta que é a categoria que ofereceu menos erros, com 4.5% deles, a Assomada liderando com 46,4% desses erros.

A categoria que se segue imediatamente à ortografia, com o maior número de erros, é a morfossintaxe, com destaque para São Filipe 34.6%, mas com resultados próximos dos outros centros da Praia 32.3% e da Assomada com 33.1%. O grande problema reside na concordância verbal e nominal.

Contrariamente à morfossintaxe, a morfologia apresentou apenas 4.9% dos erros na globalidade, mas o problema maior reside entre os candidatos de Assomada com 83.9% desses erros, sobretudo quando se trata do uso do artigo, com 95% dos erros.

Tal como a morfossintaxe, a categoria de erros discursivos apresenta um equilíbrio entre os grupos da Praia e de São Filipe com 38.4% e o maior foco de erros é a pontuação com 43.1 %, dos erros para São Filipe.

As causas que estarão na origem desses erros são diversas e durante a apresentação dos dados tentamos identificá-las, deste modo, as sintetizamos em quatro causas:

I. de natureza interlinguística, como no caso da ortografia (confusão de letras, devido a interferência da pronúncia na LM); na morfossintaxe (a concordância nominal e verbal e o tempo e modo verbal, devido à flexão reduzida do plural, do género e do verbo na LCV); na morfologia (a ausência do artigo definido na gramática da LCV).

II. de natureza intralingual, referindo-se às dificuldades que a LP oferece, independentemente do aprendente, como, por exemplo, a ortografia, pelas convenções ortográficas.

III. de natureza do processo de ensino-aprendizagem, pelo predomínio da competência linguística, em detrimento da competência

Page 109: ªncia... · A Língua, o instrumento fundamental da comunicação, é tratada como se fosse um esfregão. Os jovens saem da universidade a escrever mal e, quem escreve mal, não

109

COMPETÊNCIA DE ESCRITAEnsino dos Textos e Aprendizagem da sua Produção

comunicativa e do ensino da escrita desgarrada do seu contexto, que poderão estar na origem dos erros de pontuação e acentuação; devido às estratégias deficientes da escrita, que não privilegiam a escrita como um processo complexo e progressivo; pela fossilização de erros, por diferentes razões, pois ao longo do tempo deixaram de receber o tratamento devido.

IV. de natureza emocional, havendo a considerar o tempo e o momento da realização das provas, após um ano árduo de trabalho, para a grande maioria que concluiu o décimo segundo ano, e a limitação do tempo para resolver as várias questões da prova, entre elas escrever um texto. Portanto, a exiguidade do tempo, o cansaço e a tensão do momento poderão também estar na origem de alguns desses erros.

Em suma, as áreas críticas do ensino da LP, apresentadas neste corpus foram: a acentuação gráfica, confusão de letras, a pontuação, a concordância e uma ressalva para o uso obrigatório do conjuntivo, muitos desses erros decorrem da interferência, mas esta não é a única causa, embora tenha sido mencionada mais vezes. Acreditamos que há também a falta da prática da escrita, pois é pela prática que o aluno se familiariza com as palavras e aprende a escrever.

Page 110: ªncia... · A Língua, o instrumento fundamental da comunicação, é tratada como se fosse um esfregão. Os jovens saem da universidade a escrever mal e, quem escreve mal, não

110

CESÁRIA DIAS LEITEJOSÉ ESTEVES REI

CONSIDERAÇÕES FINAIS

Para proceder à avaliação diagnóstica da competência de escrita dos candidatos ao Ensino Superior, com um estudo de caso na Uni-CV, no ano 2015/2016, foi necessário compreender a dimensão da expressão competência de escrita, analisar a situação da escrita, enquanto atividade escolar, analisar os erros na escrita, conhecer o contexto sociolinguístico em que eles ocorrem e, a finalizar o nosso estudo, analisar o erro como um componente linguístico, da grande competência comunicativa.

Desenvolver no aprendente a competência comunicativa foi sempre a grande preocupação do ensino das línguas, que consiste em proporcionar um ambiente de aprendizagem da língua com vista à comunicação, ensinando a aprender a língua como um meio para se comunicar e não simplesmente conhecer uma estrutura da língua. O conhecimento das regras deverá ser encarado ao serviço da comunicação. Assim, a competência de escrita é ter a capacidade de usar a língua em todas as situações, mobilizando as diversas competências: linguística, pragmática e sociolinguística.

Ter ou não a competência de escrita influencia no percurso académico do aluno, pois a escrita tem implicações diretas no seu sucesso ou insucesso. Considerando que a dificuldade na escrita não se prende apenas com a expressão dos conhecimentos adquiridos, mas também afeta a receção, o processamento e a estruturação da informação escrita, e, consequentemente, é um instrumento importante para desenvolver a capacidade de pensar.

Pois a escrita é uma atividade cognitiva e processual, que se vai aperfeiçoando com a prática de planificar, redigir e rever. Pela análise das produções escritas, depreende-se que uma grande maioria dos candidatos não possui este hábito de escrever, revelando um perfil de escreventes inexperientes, pelo modelo simples e pela postura explicativa adotada de transcrever linearmente, sem a transformação das informações que vêm da memória. Esta falta de experiência revela-se em erros, muitos dos quais comprometem a perceção da mensagem.

Page 111: ªncia... · A Língua, o instrumento fundamental da comunicação, é tratada como se fosse um esfregão. Os jovens saem da universidade a escrever mal e, quem escreve mal, não

111

COMPETÊNCIA DE ESCRITAEnsino dos Textos e Aprendizagem da sua Produção

Ao partimos da análise do erro nas produções escritas, concluímos que as grandes áreas críticas são a ortografia e a morfossintaxe, por apresentarem mais erros. Na ortografia, os erros ocorreram com mais frequência na acentuação gráfica e na ortografia de uso pela confusão de determinados grafemas, fugindo à norma ortográfica. Na morfossintaxe, as grandes dificuldades apresentadas pelos candidatos foram a concordância nominal, a concordância verbal e a regência verbal. Destacamos na categoria dos erros discursivos os erros de pontuação porque, além da frequência, em determinados momentos, comprometeram a comunicação.

As causas desses erros são diversas. A primeira é de natureza interlinguística como no caso da ortografia, da morfossintaxe e da morfologia. Esta, porém, não é a causa exclusiva, no entanto foi a mais percetível pela natureza da nossa análise. A segunda das causas é a de natureza intralingual, referindo-se às dificuldades que a LP oferece, independentemente do aprendente. A terceira causa, de natureza emocional e psicológica, é provocada pela tensão que os exames acarretam, pela pressão do tempo e, ainda, pela falta de concentração. A acrescentar às três causas mencionadas, apontamos as más práticas pedagógicas: influência da oralidade na escrita, falta de orientação da escrita como um processo que contém momentos específicos e retroativos de planificação, redação e revisão. Concluímos que muitos erros poderiam ser evitados se houvesse o momento da revisão textual; uma maior valorização da escrita, no espaço da sala de aula; uso recorrente às diversas tipologias textuais; o privilégio da competência comunicativa em detrimento da competência linguísticas e do ensino da escrita contextualizada.

A escrita evoluiu ao longo dos séculos e, como parte integrante na dinâmica da língua, ela também sofreu modificações, sobretudo, com a era tecnológica e, ao contrário do que se quer fazer crer, não há uma crise da escrita. Com efeito, nunca se escreveu tanto como atualmente, há mais pessoas escolarizadas, mais pessoas atraídas pela tecnologia e que escrevem nos chats de mensagens e há mais publicações na internet. Assim, mudando a forma de ver a escrita, a sociedade que a usa também mudou, não se pode manter os mesmos métodos e técnicas de ensino.

Page 112: ªncia... · A Língua, o instrumento fundamental da comunicação, é tratada como se fosse um esfregão. Os jovens saem da universidade a escrever mal e, quem escreve mal, não

112

CESÁRIA DIAS LEITEJOSÉ ESTEVES REI

Concluímos, através deste estudo, que se faz necessária uma pedagogia que assuma a escrita como um processo a ser desenvolvido num plano interativo, que tenha em atenção o ritmo de aprendizagem e experiência pessoal do aluno, inserido dentro de um conjunto para se atingir a competência comunicativa através da oralidade, da leitura e da gramática; concebendo o desenvolvimento em colaboração com as outras disciplinas que lhe darão conteúdo para escrever; e, por último, uma escrita prática que vá ao encontro das necessidades do aluno, diversificando os géneros textuais. Uma pedagogia, que dê atenção aos erros, fazendo uso deles para ajudar o aluno a perceber as suas dificuldades e fornecer-lhe ferramentas que o levem a crescer num continuum de sua interlíngua em direção à língua alvo, através de tarefas e atividades que potenciem o seu desenvolvimento na LA.

O professor deverá ponderar sobre como gerir o erro, que deverá começar por identificá-lo e categorizá-lo; ponderar as decisões a tomar; e o momento de atuar face ao erro. Este último é o momento da intervenção propriamente dito, momento de ponderação, considerando vários fatores, nomeadamente: o modo de comunicação, o momento do processo de ensino-aprendizagem; a natureza do erro ou problema detetado; o tempo disponível e a gestão global dos problemas; as necessidades da própria turma; por último, definir os modos de tratamento do erro.

As sugestões de atuação do professor são várias. Contudo, deverão ser adequadas ao aluno e ao contexto e os erros encarados com tolerância, como parte do processo, um fenómeno transitório, em que o aprendente vai ser gradativamente corrigido, pelo professor até que consiga se autocorrigir. O facto é que não se pode ignorar o erro, podendo originar a fossilização, nem tão pouco corrigir sistematicamente sobre o pretexto de preservar aspetos formais da língua, isto é, a norma, correndo o risco de inibir o aluno. No caso, prevalece a ética altruísta filosófica de Aristóteles “é no meio que está a virtude.”

A LM é um recurso a ser utilizado para tratar o erro, sendo que pode servir de metalíngua. O seu recurso deve ser feito no momento exato e

Page 113: ªncia... · A Língua, o instrumento fundamental da comunicação, é tratada como se fosse um esfregão. Os jovens saem da universidade a escrever mal e, quem escreve mal, não

113

COMPETÊNCIA DE ESCRITAEnsino dos Textos e Aprendizagem da sua Produção

sem interferências constantes na LA, a fim de não fazer aumentar as interferências.

Ficou patente que trabalhar com e sobre os erros dos alunos de uma forma geral, e na escrita em particular, constitui um desfio para os professores de LP/ L2, que vai além de ler, assinalar os erros e apontar possíveis soluções. Da nossa parte, quisemos refletir sobre a competência de escrita dos candidatos ao ensino superior e acreditamos que apesar de apresentarmos os dados, na generalidade, há textos bons e com poucos erros. Contudo, há textos que apresentam várias falhas que devem ser tratadas, para que os candidatos se tornem estudantes universitários com sucesso na vida académica.

Apesar das limitações do corpus e da nossa análise, cremos que este estudo poderá contribuir para a reflexão sobre os erros na escrita, no final do ensino secundário, início do superior, em Cabo Verde.

Page 114: ªncia... · A Língua, o instrumento fundamental da comunicação, é tratada como se fosse um esfregão. Os jovens saem da universidade a escrever mal e, quem escreve mal, não

114

CESÁRIA DIAS LEITEJOSÉ ESTEVES REI

BIBLIOGRAFIA

ALVES, Célia Maria Vaz (2010). O Insucesso Escolar em Língua Portuguesa. Um Estudo de Caso. Relatório de Estágio para obtenção o grau de Mestrado, Escola Superior de Educação João de Deus, Lisboa, Portugal. Recuperado em 10/ 2015, de http://comum.rcaap.pt/bitstream/10400.26/2255/6/C%C3%A9liaAlves.Tese.pdf.

AMOR, Emília (1999). Didáctica do Português – Fundamentos e Metodologia (5.ª ed.). Lisboa: Texto Editora.

ANÇÃ, Maria H. (1999). Ensinar Português – Entre Mares e Continentes (1.ª ed.). Aveiro: Universidade de Aveiro.

AQUILAR, María Dolores Flores (2014). “La Competencia Comunicativa Escrita de los Estudantes de Ingeniería y la Responsabilidade Institucional”. In Inovación Educativa. Vol. 14, n.º 65. Recuperado em 04/2017, da SciELO (Scientific Eletrocnic Library On line): http://www.scielo.org.mx/pdf/ie/v14n65/v14n65a4.pdf.

AZEVEDO, Flora (2000). Estudar e Aprender a Escrever – Através e Para Além do Erro. Porto: Porto Editora.

BACHMAN, Lyle (1990). “Communicative Language Ability”. In Fundamental considerations in Language Testing. Oxford: Oxford University. Tradução Niura Fontana. In Linguagem e Ensino. Vol. 6, n.º 1, 2003. Recuperado em 28/02/2017 de http://www.rle.ucpel.tche.br/index.php/rle/article/view/231/198.

BARREIRO, Luís Filipe (1999). Os alunos e a Expressão Escrita – Consciência Metalinguística e Expressão Escrita. Lisboa: Fundação Calouste Gulbenkian.

BATISTA, Marília Carvalho & ALARCÓN, Yeris Gerardo Láscar (s/d). “Competência e Desempenho: Armadilhas da Comunicação?” In Revista Desempenho. Programa de Pós-graduação de Linguística Aplicada. Universidade de Brasília. Recuperado em 02/2017 de http://periodicos.unb.br/index.php/rd/article/view/16396/11676.

Page 115: ªncia... · A Língua, o instrumento fundamental da comunicação, é tratada como se fosse um esfregão. Os jovens saem da universidade a escrever mal e, quem escreve mal, não

115

COMPETÊNCIA DE ESCRITAEnsino dos Textos e Aprendizagem da sua Produção

BELL, Judite (2010). Como Realizar um Projeto de Investigação (5.ª ed.). Lisboa: Gradiva.

CALKINS, Lucy McCormick (1989). A Arte de Ensinar a Escrever – Desenvolvimento do Discurso Escrito. Porto Alegre: Artes Médicas.

CANELE, Michael & SWAIN, Mirriell (1980). “Theoretical bases of communicative approachees to second language teaching and testing”. In Applied Linguistics. Vol. I., n.º 1 (pp. 1-47). Recuperado em 20/02/2017 de

https://www.researchgate.net/publication/317554820_The_perceptions_of_a_situated_learning_experience_mediated_by_novice_teachers’_autonomy.

CARDOSO, Ana Josefa Gomes (2005). As Interferências Linguísticas do Cabo-verdiano no Processo de Aprendizagem do Português. Dissertação de Mestrado, Universidade Aberta, Lisboa, Portugal. Recuperado 07/2015, de http://repositorioaberto.uab.pt/bitstream/10400.2/633/1/LC225.pdf.

CAREGNATA, Rita Catalina Aquino & Regina MUTTI (2006). Análise do Discurso Versus Análise do conteúdo. (pp. 679-684). Recuperado em maio de 2015, de http://www.scielo.br/pdf/tce/v15n4/v15n4a17.

CARVALHO, José António Brandão (1993). “A Importância da Consciencialização da Situação de Comunicação Escrita no Ato de Escrita”. In Ensino-Aprendizagem da Língua Portuguesa. (pp. 133-137). Escola Superior de Educação, Instituto politécnico de Leiria, Portugal. (Editores: Filipe Barbeiro, Eduardo Fonseca, Cristina Nobre, Eugenia Machado).

__________ (2001 a.). O Ensino-Aprendizagem da Escrita: Avaliar Capacidades, Promover Competências. (pp.143-150). Braga: Universidade do Minho. Recuperado em 02/ 2017, de http://repositorium.sdum.uminho.pt/bitstream/1822/534/1/JoseCarvalho.pdf.

__________(2001 b.). O Ensino da Escrita. (pp. 73-92). Braga: Universidade do Minho. Instituto de Educação e Psicologia. Recuperado 02/2017,

Page 116: ªncia... · A Língua, o instrumento fundamental da comunicação, é tratada como se fosse um esfregão. Os jovens saem da universidade a escrever mal e, quem escreve mal, não

116

CESÁRIA DIAS LEITEJOSÉ ESTEVES REI

de http://repositorium.sdum.uminho.pt/bitstream/1822/481/1/Jos%C3%A9%20Brand%C3%A3o%2073-92.pdf.

__________(2002). “Tipologia do escrito: A sua abordagem no contexto do Ensino Aprendizagem da Escrita Na Aula de Língua Materna.” In II Jornada Científico-Pedagógicas de Português. (pp. 89-99) Instituto de Língua e Literatura Portuguesa Faculdade de Letras Universidade de Coimbra. Coimbra: Almedina.

_________(2011). “Escrever para aprender contributo para a caracterização do contexto português”. In Interacções. N.º XIX (pp. 219-237). Braga: Universidade do Minho. Recuperado em 05/2017, de https://cld.pt/dl/download/a9ef75d3-cc14-48f2-a895-8a33384efd80/ESCREVER%20PARA%20APRENDER.pdf.

___________(2012). “Ensinar e Aprender a Escrever no Século XXI . (Re)configurando um Velho Objeto Escolar.” In Anais do SIELP. Vol. II, n.º 1. (pp. 1-15) Uberlândia: EDUFU. Recuperada em 5/2017 de http://www.ileel.ufu.br/anaisdosielp/wpcontent/uploads/2014/07/volume_2_artigo_155.pdf.

_________ (2013). “A Escrita na Escola: Uma Visão Integradora”. In Interacções. N.º 27, (pp. 186-206). Braga: Universidade do Minho. Recuperado em 05/2017, de http://revistas.rcaap.pt/interaccoes/article/view/3408.

CARVALHO, José. A. B., & Pimenta, J. M. R. (2005). Escrever para Aprender, Escrever para Exprimir o Aprendido. (pp. 1877 - 1886). Braga: Universidade do Minho. Recuperado em 03/2017 de https://repositorium.sdum.uminho.pt/bitstream/1822/5495/1/Escrever%20para%20aprender%2c%20escrever%20para%20exprimir%20o%20aprendido.pdf.

COLELLO, Silvia M. Gasparian (2012). A Escola que (não) Ensina a Escrever (2.ª ed.) (pp. 1-25), São Paulo: Summus editorial. Recuperado, em 08/05/2017 de http://gruposummus.com.br/indice/10246.pdf.

CONSELHO DA EUROPA (2001). Quadro Europeu de Referência Para as Línguas – Aprendizagem, Ensino, Avaliação. Porto: Edições ASA.

Page 117: ªncia... · A Língua, o instrumento fundamental da comunicação, é tratada como se fosse um esfregão. Os jovens saem da universidade a escrever mal e, quem escreve mal, não

117

COMPETÊNCIA DE ESCRITAEnsino dos Textos e Aprendizagem da sua Produção

CRISTIANO, José Manuel (2010). Análise de erros em falantes nativos e não nativos. Lisboa: Edições Lidel.

CUNHA, Celso & CINTRA, Luís Filipe Lindley (1999). Nova Gramática do Português Contemporâneo. Lisboa: Edições Sá da Costa.

DELGADO-MARTINS, Maria Raquel (1992). “Eu Falo, Tu Escutas, Ele Lê, Nós Escrevemos”. In Para a Didáctica do Português Seis Estudos de Linguística. Lisboa: Edições Colibri.

DIAS, Isabel Simões (2010). “Competência em Educação: Conceito e Significado Pedagógico”. In Psicologia Escolar e Educacional (pp. 73-78). Vol. XIV, n.º 1. Paraná. Brasil. Recuperado, em 11/04/2017 de http://www.redalyc.org/pdf/2823/282321831008.pdf.

DUARTE, Dulce Almada (1998). Bilinguismo ou diglossia. Mindelo: Edições Spleen.

Enciclopédia Luso-brasileiro da Cultura. (s/d). Vol. 7. Lisboa: Editorial Verbo.

FERGUNSON, Charles A. (1959). “Diglossia”. In Word. (pp. 325-340). Recuperado em 14/06/ 2017 de http://dx.doi.org/10.1080/00437956.1959.11659702.

FERREIRO, Emília (s/d). “La Construcción de la Escritura en el Niño”. In Lectura y Vida. Recuperado em 16/05/2017, de http://www.lecturayvida.

fahce.unlp.edu.ar/numeros/a12n3/12_03_Ferreiro.pdf.

FIGUEIREDO, Maria de Lurdes Coelho de (2013). Do Domínio da Expressão Escrita à Escrita Criativa. Relatório de Estágio Mestrado de Português no 3º ciclo do Ensino Básico e Ensino Secundário, em Francês, Universidade de Coimbra, Coimbra, Portugal. Recuperado em 22/03/2015 de https://estudogeral.sib.uc.pt/bitstream/10316/23619/1/DO%20DOM%C3%8DNIO%20DA%20EXPRESS%C3%83O%20ESCRITA.pdf.

FISCHER, Glória. JUSTINO, Lucília José, MARQUES, Maria Emília Ricardo, PERALTA, Maria Helena, BARROSO, Maria Raquel (s/d). Lisboa. Didáctica das Línguas Estrangeiras (pp. 253-259). Lisboa: Universidade Aberta.

Page 118: ªncia... · A Língua, o instrumento fundamental da comunicação, é tratada como se fosse um esfregão. Os jovens saem da universidade a escrever mal e, quem escreve mal, não

118

CESÁRIA DIAS LEITEJOSÉ ESTEVES REI

FONSECA, Irene Fernanda (1994). Gramática e Pragmática – Estudos de Linguística Geral e de Linguística Aplicada ao Ensino Do Português. Porto: Porto Editora.

FRANCO, Marilda Macedo Souto & ALMEIDA FILHO, José Carlos (2009). “O Conceito de Competência Comunicativa em Retrospectiva e Perspectiva”. In Revista Desempenho (pp. 4-22). Vol. X, n.º 1, jun/2009. Brasília: Universidade de Brasília. Recuperado em 23/02/2017 de periodicos.unb.br/index.php/rd/article/download/16431/11711.

FREITAS, Elvira Gomes dos Reis (2008). A Transferência Linguístico-Comunicativa: Atitudes e Representações dos Professores. Dissertação de Mestrado, Universidade de Aveiro, Aveiro, Portugal. Recuperado em 06/ 2017, de http://www.portaldoconhecimento.gov.cv/bitstream/10961/4647/1/Edlvira%20Gomes%20-%20todos%20os%20ficheiros%20juntos.pdf.

_____________________(2011). O Crioulo em Cabo Verde e as Suas Implicações no Currículo Escolar Desenvolvido em Língua Portuguesa. Tese de Doutoramento, Universidade de Santiago, Santiago, Espanha.

FREIRE, Paulo (1996; 2002, digitalização). Pedagogia da Autonomia. Saberes Necessários à Prática Educativa. EGA. Recuperado de https://tinyurl.com/ydzw52v8

GALISSON, R. & COSTE, D. (1983). Dicionário de Didáctica das Línguas. Coimbra: Livraria Almedina.

GOMES, Altair Martins (2008). A Influência da Oralidade na Escrita – Uma Análise Sociolinguística sobre as Redações Escolares de uma Escola Pública do Distrito Federal. Dissertação de Pós-graduação, Universidade de Brasília, Brasília, Brasil. Recuperado em 03/ 2017,de https://oportuguesdobrasil.files.wordpress.com/2015/02/2008_

altairmartinsgomes.pdf.

GOMES, Rejane Radtke (2012). A Importância da Descrição e Análise dos “Erros”: como Identificar e Trabalhar as Dificuldades Recorrentes na Escrita dos Alunos. Artigo (Especialização em Letras) – Universidade

Page 119: ªncia... · A Língua, o instrumento fundamental da comunicação, é tratada como se fosse um esfregão. Os jovens saem da universidade a escrever mal e, quem escreve mal, não

119

COMPETÊNCIA DE ESCRITAEnsino dos Textos e Aprendizagem da sua Produção

Federal de Pelotas, Programa de Pós-Graduação em Letras, Pelotas. Recuperado em 23 de fevereiro 2017 de, http://wp.ufpel.edu.br/letras-pos/especializacao/files/2012/02/A-import%C3%A2ncia-da-descri%C3%A7%C3%A3o-e-an%C3%A1lise-dos-erros-como-identificar-e-trabalhar-as-dificuldades-recorrentes-na-escrita-dos-alunos.pdf.

GONÇALVES, Perpétua (2007). “Pesquisa e Ensino do Português L2: Potencialidades da Taxinomia de Erros”. In Revista de Estudos Linguísticas da Universidade do Porto. Vol. II, (pp. 61-76). Recuperado em abril 2016 de http://ler.letras.up.pt/uploads/ficheiros/6865.pdf.

_______(2010). “Perfil Linguístico os Estudantes Universitários: Áreas críticas e Instrumentos de Análise”. In O português escrito por estudantes Universitários: Descrição linguística e estratégias didáticas. Maputo: Texto Editores Moçambique.

_______(2015). “Afinal, o que são erros de Português?” In GONÇALVES, Perpétua & SIOPA, Conceição (org.). Didática do Português L2. Caderno de pesquisa n.º 01. Cátedra de Português – Língua Segunda e Estrangeira. Universidade Eduardo Mondlane, Maputo.

GONÇALVES, Perpétua & VICENTE, Francisco (2010). “Erros de Ortografia no Ensino Superior”. In O português escrito por estudantes universitários: Descrição linguística e estratégias didáticas. Maputo: Texto Editores Moçambique.

Grande Dicionário Enciclopédico (1997). Vol. II. Lisboa/ São Paulo: Editorial Verbo.

GUERREIRO, Gonçalo F. Ferro (2012). Acção Didáctica e Competência Comunicativa em Manuais de Português Língua Estrangeira. Dissertação de Mestrado, Universidade de Lisboa, Lisboa, Portugal. Recuperado 09/ 2016, de https://run.unl.pt/handle/10362/7373.

LEI DE BASES DO SISTEMA EDUCATIVO CABO-VERDIANO, n.º 103/III/90 de 29 de Dezembro. In Suplemento ao “Boletim Oficial” de Cabo Verde, n.º 52, Praia, Imprensa Nacional de Cabo Verde, 1990.

Page 120: ªncia... · A Língua, o instrumento fundamental da comunicação, é tratada como se fosse um esfregão. Os jovens saem da universidade a escrever mal e, quem escreve mal, não

120

CESÁRIA DIAS LEITEJOSÉ ESTEVES REI

LIBERALI, Fernanda (1994). O Desenvolvimento Reflexivo do Professor (pp. 3-10) Dissertação de Mestrado, LAEL/PUC, São Paulo, Brasil.

LINHARES, Miguel Afonso & ALENCAR, Claudina Nogueira (2016). “Repensando o conceito de diglossia à luz de Michel de Certeau”. In Revista de Estudos da Linguagem, Belo Horizonte. Vol. 24, N.º 2 (pp. 492-518). Recuperado em 15/06/2017 de http://www.periodicos.letras.ufmg.br/index.php/relin/article/view/7811/9135.

LOBO, Aldina Silveira, et al. (2002). Projeto Português 2002 – O Ensino e a Aprendizagem do Português na Transição do Milénio. Associação de Professores de Português. Recuperado em 10/05/2017 de https://www.app.pt/atividades/projetos/projeto-portugues-2002-o-ensino-e-a-aprendizagem-do-portugues-na-transicao-do-milenio.

LOPES, Amália M. Vera-Cruz de Melo (2003). A Aula de Português – Reflexão Crítica sobre a Prática de Ensino da Produção Escrita. Mindelo: Edições Calabedotche.

__________(2011) As Línguas de Cabo Verde, uma Radiografia Sociolinguística. Tese de Doutoramento, Universidade de Lisboa, Lisboa, Portugal. Recuperado em 2014, de http://repositorio.ul.pt/bitstream/10451/4699/16/ulsd061593_td_tese.pdf.

LOPES, Francisco (2011). “O Bilinguismo e a Problemática da Diglossia no Processo de Letramento: o caso de Cabo Verde e suas Diásporas”. In Papia: revista brasileira de estudos do contacto linguístico. Vol. XXI, n.º 1 (pp. 123-136). Recuperado em 06/2017 de http://www.revistas.fflch.usp.br/papia/article/view/1724.

MAIA, Francisca Paula Soares (2009). “O ‘Erro’ Linguístico a Partir de uma Perspectiva Sociolinguística Laboviana”. In Anais do V CIEL – Ciclo de Estudos em Linguagem. UEPG- Ponta Grossa. Paraná. Recuperado em 08/ 2016, de https://tinyurl.com/yj9z5nmd.

MAIA, Ana Meire Bezerra da (2009). Os Erros na Produção Escrita da LE (inglês): Um Estudo com Alunos de uma Escola Pública do Distrito Federal. Dissertação de Mestrado, Universidade de Brasília, Brasília,

Page 121: ªncia... · A Língua, o instrumento fundamental da comunicação, é tratada como se fosse um esfregão. Os jovens saem da universidade a escrever mal e, quem escreve mal, não

121

COMPETÊNCIA DE ESCRITAEnsino dos Textos e Aprendizagem da sua Produção

Brasil. Recuperado em 04/2015, de http://pgla.unb.br/wp-content/uploads/2009/04/Ana-Meire-Bezerra-da-Maia.pdf.

MARCONI, Mariana de Andrade & LAKATOS, Eva Maria (2010). Fundamentos de Metodologia Científica (7.ª ed.). São Paulo: Editora Atlas.

MARTINS, Isabel Maria Dias Estevão (2010). A Escrita em Alunos Universitários Contributo para a Revisão do Processo. Dissertação de Mestrado. Universidade de Coimbra. Recuperado em 15/05/2017 de https://estudogeral.sib.uc.pt/bitstream/10316/15621/1/A%20Escrita%20em%20Alunos%20Universitários.pdf

MARTINS, Margarida A. & NIZA Ivone (1998). Psicologia da Aprendizagem da Linguagem Escrita. Lisboa: Universidade Aberta.

MARTINY, Franciele Maria & MENONCIN, Camila (2013). “O Estudo do Bilinguismo e da Diglossia para uma Perspectiva Linguística Educativa”. In Web-Revista Sociodialeto. Vol. IV. N.º 11 (pp. 301-322). Recuperado em 05/2017, de http://www.sociodialeto.com.br/edicoes/16/10012014015013.pdf.

MATEUS, Maria Helena Mira. (1962) “O Problema da Ortografia, Métodos de Ensino”. In Palestra, n.º 14, Abril (pp. 89-113).

________ (2005). “O Português em África”. In Acta do XX Encontro Nacional da Associação Portuguesa de Linguística. Duarte, Inês & Leiria, Isabel (Org.). Associação Portuguesa de Linguística. Lisboa. Recuperado em 23/05/2017, de

http://www.apl.org.pt/docs/actas-20-encontro-apl-2004.pdf.

____________ (2011). “Diversidade Linguística nas Escolas Portuguesas.” In Revista Lusófona. Vol. XVIII, (pp. 13-24). Recuperado em 23/05/ 2017, de http://www.scielo.mec.pt/pdf/rle/n18/n18a02.pdf.

MENDONÇA, Onaide Schawartz & MENDONÇA, Olympio Correa de (s/d). Psicogêneses da Língua Escrita: Contributo, Equívocos e Consequências para Alfabetização. São Paulo: Universidade Estatual Paulista. (pp.

Page 122: ªncia... · A Língua, o instrumento fundamental da comunicação, é tratada como se fosse um esfregão. Os jovens saem da universidade a escrever mal e, quem escreve mal, não

122

CESÁRIA DIAS LEITEJOSÉ ESTEVES REI

36-57). Recuperado em 05/2017, de https://acervodigital.unesp.br/bitstream/123456789/40138/1/01d16t03.pdf.

MIRANDA, Jacinto da Veiga (2013). O Erro, uma Análise Necessária: sua Implicação no Ensino da Língua Portuguesa em Cabo Verde. Dissertação de Mestrado, Faculdade de Letras, Universidade de Lisboa, Lisboa, Portugal. Recuperado 04/ 2015, de

http://repositorio.ul.pt/bitstream/10451/10053/1/ulfl148010_tm.pdf.

MORAES, Roque (1990). “Análise de Conteúdo”. In Revista Educação, Vol. XXII, N.º 37, (p.7-32). Porto Alegre. Brasil.

MORAIS, Rosa Maria (2011). Práticas de Avaliação do Ensino da Língua Portuguesa numa Escola Secundária de Cabo Verde: Contribuitos para uma Avaliação Formativa. Dissertação de Mestrado, Universidade do Minho, Braga, Portugal. Recuperado em 02/2015, demento.gov.cv/bitstream/10961/1562/1/Dissertação%20%20Práticas%20de%20Avaliação%20-%20Rosa%20Morais-corrigido.pdf.

MOTA, Maria Antónia (2005). “Línguas em Contacto”. In FARIA, Isabel Hub et al. (2005). Introdução à Linguística Geral e Portuguesa (2.ª ed.). Lisboa: Editorial Caminho.

MOURA, Gerson Araújo (2005). A Humanização da Linguagem do Professor de LE – da Pática Funcional à Práxis Comunicacional. Dissertação de Mestrado, Universidade de Brasília, Brasília, Brasil. Recuperado, em 02/2017 http://pgla.unb.br/wp-content/uploads/2007/01/Gerson_Araujo_de_Moura.pdf.

NIZA, Ivone, SEGURA Joaquim & MOTA, Irene (2011). Escrita Guião de Implementação do Novo Programa de Português. Lisboa. Ministério da Educação. Recuperado em 05/2017 de http://happyslide.org/doc/291586/escrita---dire%C3%A7%C3%A3o-geral-da educa%C3%A7%C3%A3o.

NIZA, Sérgio et al. (2009). Criar o Gosto Pela Escrita, Formação de Professores. (2ª ed.). Lisboa: ME

Page 123: ªncia... · A Língua, o instrumento fundamental da comunicação, é tratada como se fosse um esfregão. Os jovens saem da universidade a escrever mal e, quem escreve mal, não

123

COMPETÊNCIA DE ESCRITAEnsino dos Textos e Aprendizagem da sua Produção

OSÓRIO, Paulo (s/d). Abordagem Metodológica para o Ensino da Escrita em Contexto de Português Língua Não Materna. Covilhã. Universidade da Beira Interior. Recuperado em 06/2016, de http://www.ufjf.br/revistaveredas/files/2009/12/artigo12.pdf.

OSÓRIO, Paulo & MEYER, Rosa M. (coord) (2008). Português Língua Segunda e Língua Estrangeira. Lisboa e Porto: Lidel.

PADILHA, Emanuel Coimbra (s/d). Reflexões Sobre a Competência e a Formação de Professores de Língua Estrangeira e suas Competências. Artigo desenvolvido na disciplina de Linguagem e Interação, do Programa de Pós-Graduação em Letras, da Universidade Federal de Santa Maria/UFS. Recuperado, em 02/2017 de http://jararaca.ufsm.br/websites/l&c/download/Artigos13/08Emanuele.pdf.

PARDAL, Eugénia da Conceição Calado Rodrigues. (2009). A competência da Escrita: em Manuais do 10º ano de Português. Dissertação de Mestrado em Ciências da Educação, Faculdade de Psicologia e de Ciências da Educação, Coimbra, Portugal. Recuperado, em /05/2016 de https://estudogeral.sib.uc.pt/bitstream/10316/12102/1/A%20Compet%C3%AAncia%20da%20Escrita%20em%20Manuais%20de%2010%C2%BA%20ano_Eug%C3%A9nia%20Parda.pdf

PERES, João Andrade & MOIA, Telmo (1995). Áreas Críticas da Língua Portuguesa. Lisboa: Editorial Caminho.

PERRENOUD, Philippe (1999). Construir as Competências Desde a Escola. Porto Alegre: Artamed Edições.

RAMOS, Manuel (2002). “Avaliação Formativa da Capacidade de Redigir”. In Como pôr os alunos a trabalhar? Experiências formativas na aula de Português. Lisboa: Lisboa Editora.

RASSUL, Nélia Eufénia Silva (2006). A Interpretação do Erro e a Consciência Metalinguística – Um Estudo Com Alunos de Origem Cabo-verdiana. Dissertação de Mestrado, Universidade de Aveiro, Aveiro, Portugal. Recuperado em 04/2017, de http://ria.ua.pt/bitstream/10773/1285/1/2007001139. pdf.

Page 124: ªncia... · A Língua, o instrumento fundamental da comunicação, é tratada como se fosse um esfregão. Os jovens saem da universidade a escrever mal e, quem escreve mal, não

124

CESÁRIA DIAS LEITEJOSÉ ESTEVES REI

REI, José Esteves (2000). Curso de redação I – A Frase. Porto: Porto Editora.

__________ (2000). Curso de redação II – O Texto. Porto: Porto Editora.

__________ (2013). Faça-se Ouvir – Domine o Discurso em Qualquer Situação. Porto: Porto Editora.

__________ (2017). Erros e Desvios do Português em Cabo Verde (PCV) e o Português Europeu (PE), em escritas da academia (Uni-CV) identificação e estudo vertical – Perspetivas Didáticas. (Não publicado). Projeto de investigação no âmbito da Cátedra Eugénio Tavares de Língua Portuguesa, Uni-CV, Praia, Cabo Verde.

REY, Rocío Alonso (2011). La Transferencia en la Producción Escrita de PLE-HE (nivel iniciación): una Teoria Explicativa de asl. Tese de Doutoramento, Universidade de Salamanca, Salamanca, Espanha.

RICHARDS, J. C. (2006). Communicative Language Teaching Today. Cambridge: Cambridge University Press. Recuperado em 02/2017 de https://www.researchgate.net/profile/Jack_Richards4/publication/242720833_Communicative_Language_Teaching_Today/links/5580c02808aea3d7096e4ddb.pdf.

RODRÍGUEZ, Angel Cervera & GARCÍA, Guillermo Hernández (2006). Saber Escribir (2.ª ed.). Lobato, Jesús Sánches (coor.) Madrid: Aguilar.

ROEGIERS, Xavier (s/d). O que é a APC? Abordagem por Competência e a Pedagogia da Integração Explicadas aos Professores. EDICEF. Recuperado, em 01/2015 de http://www.ebief.be/angola/courses/AP11/document/APC_brochura_verde.pdf?cidReq=AP11

SALVADÓ, Josep María Ferran (1990). “La Corrección del Error: Fundamentos, Critérios, Técnicas”. In Didácticas de las Segundas Lenguas – Estrategias y Recursos Básicos. Madrid: Santillana.

SAUSSURE. Ferdinand de (1973). Curso de Linguística General (12.ª ed.). Buenos Aires: Editorial Losada S.A.

SCHNEIDER, Maria Nilse (2010). “Abordagens de Ensino e Aprendizagem de Línguas: Comunicativa e Intercultural”. In Contingentia. (pp. 68-

Page 125: ªncia... · A Língua, o instrumento fundamental da comunicação, é tratada como se fosse um esfregão. Os jovens saem da universidade a escrever mal e, quem escreve mal, não

125

COMPETÊNCIA DE ESCRITAEnsino dos Textos e Aprendizagem da sua Produção

75). Vol. V., n.º 1. Recuperado, em 04/03/2017 de http://seer.ufrgs.br/contingentia/article/view/13321/7601.

SEBASTIÃO, Isabel dos Santos (2009). “A compreensão Escrita e o Erro Ortográfico”. In Actas do X congresso Internacional Galego-Português de Psicopedagogia. (pp. 2585-2597) Braga: Universidade do Minho. Recuperado em 02/ 2017 de http://www.educacion.udc.es/grupos/gipdae/documentos/congreso/Xcongreso/pdfs/t7/t7c188.pdf.

SIGUAN, M & MACKEY, W.F. (1986). Educacion y Bilinguismo. Madrid: Santillana.

SIGUÁN, M. (1996). Bilingüismo y lenguas en contacto. Madrid: Alianza Editorial.

SILVA, Edna Lúcia e MENESES Muszkat Estera (2001). Metodologia da Pesquisa e Elaboração de Dissertação (3.ª ed.). Florianópolis: UFSC.

SIM-SIM, Inês (1998). Desenvolvimento da linguagem. Lisboa: Universidade Aberta.

TABILO, Lia (2011). O Ensino do Português como Língua Estrangeira por Professores Não Nativos. Dissertação de Mestrado, Universidade Nova de Lisboa. Lisboa, Portugal. Recuperado em 05/05/2017. de http:/7 hdl.handle.net./10362/7160.

TAVARES, Clara Ferrão & BARBEIRO, Luís Filipe (2011). As Implicações das TIC no Ensino da Língua. Lisboa: Direcção Geral de Inovação e Desenvolvimento Curricular. Recuperado, em 09/05/2017 de http://www.dge.mec.pt/sites/default/files/Basico/Documentos/implicacoes_tic_pnep.pdf.

TAVARES, Clara Ferrão (2007). Didáctica do Português – Língua Materna e Não Materna – no Ensino Básico. Porto: Porto Editora.

TAVEIRA, Cláudia Alves (2014). Aquisição do Português Língua Não Materna: Transferências Lexicais, Sintáticas e Morfossintáticas. Dissertação de Mestrado, Universidade Aberta, Lisboa, Portugal. Recuperado em 09/2017, de http://repositorioaberto.uab.pt/handle/10400.2/3457.

Page 126: ªncia... · A Língua, o instrumento fundamental da comunicação, é tratada como se fosse um esfregão. Os jovens saem da universidade a escrever mal e, quem escreve mal, não

126

CESÁRIA DIAS LEITEJOSÉ ESTEVES REI

TESTILLANO, Carmen Orti (1988). Bilinguismo e Desarrollo Cognitivo. Palma de Mallorca: Univesidad de Les ILLES.

TORRE, Manuel Gomes da (1985). Uma Análise de Erros – Contributo para o Ensino da Língua Inglesa em Portugal. Vol. I. Tese de Doutoramento, FLUP, Universidade do Porto, Porto, Portugal.

TRIGUEIROS, Maria Santos (2010). Ensino-aprendizagem da Língua Inglesa em Cabo Verde – Um Contributo para a História de Educação no Arquipélago. Praia: Instituto da Biblioteca Nacional e do Livro.

VIANA, Mário Gonçalves (1964). “10. Correção de Erros”, In Revista de Portugal. Série A. Língua Portuguesa, N.º 222, Vol. XXIX, Fev. (p. 104 – 117).

VEIGA, Manuel (1995). O Crioulo de Cabo Verde: Introdução à Gramática. Lisboa: Instituto Cabo-verdiano do Livro/ Plátano Editora.

_____________ ( 2 0 0 9 ) “O crioulo e o Português em Cabo Verde”. In Sibilia Revista de Poesia e Critica Literária. Recuperado em 05/2017, de http://sibila.com.br/mapa-da-lingua/o-crioulo-e-o-portugues-em-cabo-verde/2753.

____________ (2014). A Construção do Bilinguismo. Praia: Biblioteca Nacional.

_____________ (2015). “Cabo Verde: da Diglossia à Construção do Bilinguismo”. In Papia 25(2). São Paulo (pp. 177-187), Recuperado em 05/2017, de http://docplayer.com.br/44037166-Cabo-verde-da-diglossia-a-construcao-do-bilinguismo.html.

VILELA, Mário (1999). Gramática da Língua Portuguesa (2.ª ed.). Coimbra: Livraria Almedina.

_______________ (2005). “O Cabo-verdiano Visto por Cabo-verdianos: Ou contributo para uma Leitura da Situação Linguística em Cabo Verde”. In Revista da Faculdade de Letras - Línguas e Literaturas. II Série. Vol. XXII (pp. 633-653). Porto. Recuperado em 05/2017, de http://ler.letras.up.pt/uploads/ficheiros/4749.pdf.

VENTURA, Helena & CASERIRO, Manuela (2004). Guia Prático de Verbos (2.ª ed.). Lisboa: Lidel.

Page 127: ªncia... · A Língua, o instrumento fundamental da comunicação, é tratada como se fosse um esfregão. Os jovens saem da universidade a escrever mal e, quem escreve mal, não

127

COMPETÊNCIA DE ESCRITAEnsino dos Textos e Aprendizagem da sua Produção

ANEXOS I - LISTA DOS CANDIDATOS Id

enti

fica

ção

codi

fica

da

Sexo

Test

e

Curs

o13

Post

o de

ap

lica

ção

Cla

ssifi

caçã

o

001 F LP ECVP Praia 3

002 M LP ECVP Praia 11,4

003 F LP ______ Praia 1,1

004 F LP ECVP Praia 5

005 F LP ECVP Assomada 10,3

006 F LP ECVP Assomada 4,05

007 F LP ECVP Fogo 6,8

008 F LP ECVP Fogo 10,55

009 F LP ECVP Fogo 4,55

010 F LP RPSE Fogo 2,7

011 F LP RPSE Fogo 2,9

012 M C. EXP Jornalismo Fogo 9,45

013 F C. EXP TMC Fogo 9

014 M C. EXP Ciências da Edu. Fogo 5,1

015 F C. EXP TMC Fogo 5,0

016 F C. EXP Jornalismo Fogo 2,2

017 M C. EXP TMC Fogo O

13. Identificação da sigla no final deste quadro

Page 128: ªncia... · A Língua, o instrumento fundamental da comunicação, é tratada como se fosse um esfregão. Os jovens saem da universidade a escrever mal e, quem escreve mal, não

128

CESÁRIA DIAS LEITEJOSÉ ESTEVES REI

018 F C. EXP Jornalismo Fogo 4,95

019 F C. EXP TMC Fogo 5,8

020 F C. EXP Psicologia Fogo 8,05

021 M C. EXP C. Edu. Assomada 5,45

022 F C. EXP RID Assomada 7,3

023 F C. EXP Ed. Física Assomada 2,7

024 F C. EXP C. Edu. Assomada 3,0

025 F C. EXP RPSE Assomada 6,0

026 F C. EXP RPSE Assomada 8,2

027 M C. EXP TMC Assomada 14,5

028 F C. EXP TMC Assomada 9,5

029 F C. EXP C. Edu. Fogo 4,90

030 F C. EXP RPSE Fogo 7,3

031 F C. EXP RPSE Assomada 4,85

032 M C. EXP RID Assomada 7,6

033 M C. EXP RID Assomada 5,6

034 F C. EXP C. Edu. Assomada 6

035 M C. EXP E. Física e TMC Assomada 5,4

036 F C. EXP TCL Assomada 5,0

037 M C. EXP RID. Assomada 9,6

038 F C. EXP C. Edu. Assomada 1,9

039 M C. EXP TMC Assomada 7,8

040 F C. EXP Psicologia Assomada 6,9

041 F C. EXP Ed. Fícica Assomada 5,5

042 M C. EXP Ed. Fís. Assomada 3,4

043 F C. EXP Psicologia Praia 3,9

044 M C. EXP TMC Praia 1,5

045 M C. EXP TMC Praia 4,4

046 F C. EXPFilo. Pol.

RIDPraia 1,6

Page 129: ªncia... · A Língua, o instrumento fundamental da comunicação, é tratada como se fosse um esfregão. Os jovens saem da universidade a escrever mal e, quem escreve mal, não

129

COMPETÊNCIA DE ESCRITAEnsino dos Textos e Aprendizagem da sua Produção

047 F C. EXP Filo. Pol. e RID Praia 6,3

048 F C. EXP Filo. Pol. e RID Psic; TCL Praia 3,9

049 M C. EXP TCL Praia 6,8

050 F C. EXP Jornalismo Praia 5,85

051 F C. EXP Jornalismo Praia 5,55

052 M C. EXP Psic. Praia 2,75

053 M C. EXP Psic. Praia 5,0

054 F C. EXP Jornalismo Praia 5,6

055 F C. EXP Jornalismo Praia 9,9

056 F C. EXP Jornalismo Praia 10,75

057 F C. EXP _____ Praia 6,1

LP – Teste de língua portuguesa

C. EXP – Teste de Comunicação e expressão

RPSE - Relações Públicas e Secretariado Executivo

TMC - Tecnologia Multimédia e comunicação

RID - Relações Internacionais e diplomacia

Filo. Pol. - Filosofia Política

TCL - Turismo Cultura e Lazer

C. Edu. – Ciências da Educação

Psic. – Psicologia

Ed. Física – Educação Física

Page 130: ªncia... · A Língua, o instrumento fundamental da comunicação, é tratada como se fosse um esfregão. Os jovens saem da universidade a escrever mal e, quem escreve mal, não

130

CESÁRIA DIAS LEITEJOSÉ ESTEVES REI

ANEXOS II – AMOSTRA DAS FICHAS DE ERROS E DESVIOS

1. ORTOGRAFIA

1.1 Ortografia de uso

1.1.1 Confusão de letras

Código Identificação do erro Proposta de reconstrução

004/PR/LPEu descordo do testo acima porque eu tenho uma cidade ideal …

Eu discordo do texto acima porque eu tenho uma cidade ideal …

012/SF/CE

E então, para adaptar-se é preciso superar varias deficuldades do dia-a-dia. E é assim que a língua surge como um elemento relevante para essa adaptação …

E então, para adaptar-se é preciso superar várias dificuldades do dia-a-dia. E é assim que a língua surge como um elemento relevante para essa adaptação …

046/PR/CE ... previnir … … prevenir …

055/PR/ CE

057/PR/ CE… sobrevive … … sobrevive …

050/PR/ CE … porque nenhum país consegui … … porque nenhum país consegue …

035/ASS/CEHoje em dia nos países estrangeiros para consiguir trabalho facilmente …

Hoje em dia, nos países estrangeiros, para conseguir trabalho facilmente …

037/ASS/CE

Tambem devem apostar no ensino de novas modalidades e aprimorar o que já estava insirido e não só também …

Também devem apostar no ensino de novas modalidades e aprimorar o que já estava inserido e não só, também …

032/ASS/CE

… instrumento essencial no processo de comunicação porque através domínio da língua a pessoa consegue interagir na sociedade de modo que consegue conpriender as pessoas.

… instrumento essencial no processo de comunicação porque, através do domínio da língua, a pessoa consegue interagir na sociedade, de modo que consegue compreender as pessoas.

012/SF/CE

… é algo estranho (podendo assim dizer) porque vai se deparar com novas caras, novos lugares, novos costumes, novas gastronomia, novas musicas enfim uma nova cultura que se desemvolve num quotidiano diferente.

… é algo estranho (podendo assim dizer) porque vai se deparar com novas caras, novos lugares, novos costumes, nova gastronomia, novas músicas, enfim, uma nova cultura que se desenvolve num quotidiano diferente.

Page 131: ªncia... · A Língua, o instrumento fundamental da comunicação, é tratada como se fosse um esfregão. Os jovens saem da universidade a escrever mal e, quem escreve mal, não

131

COMPETÊNCIA DE ESCRITAEnsino dos Textos e Aprendizagem da sua Produção

006/ASS/LP

Comtrução clandestina – São casas ou conjunto de casas comtruida sem licenças, ou documento necessárias para a construção.

Construção clandestina – São casas ou conjunto de casas, construídas sem licenças ou documentos necessários para a construção.

032/ASS/CEEzistem varios tipos de desportos no mundo …

Existem vários tipos de desportos no mundo …

021/ASS/CE… porque não é fácil para um extrangeiro gostumar com a cultura.

… porque não é fácil para um estrangeiro acostumar-se com a cultura.

007/SF/LP

A casa clandestinas são constrições feitas nas encontras, nas rebeiras dos bairros mas as causas destas construções …

As casas clandestinas são construções feitas nas encostas, nas ribeiras dos bairros mas as causas destas construções …

015/SF/CE … acolhemento … … acolhimento …

016/SF/CE

… quando os emigrantes vieram para o país de acolhemento devem dominar a língua e uma manera específica para que possa ser compreendida por eles.

… quando os emigrantes vão para o país de acolhimento, devem dominar a língua. É uma maneira específica para que possam ser compreendidos.

018/SF/CE

… com o desporto, muitos jovens, que gostam de ser atiletas, futibolista entre outros, realizará o seu sonho.

… com o desporto, muitos jovens que gostariam de ser atletas, futebolistas entre outras modalidades, realizarão os seus sonho.

025/ASS/CE… esse domínio evita o esolamento do indivíduo no país de acolhimento.

… esse domínio evita o isolamento do indivíduo no país de acolhimento.

009/SF/LP… e permiti-nós conhecer frases ou palavras que não o conhecemos os que são as mais dificieis …

… e permite-nos conhecer frases ou palavras que não conhecemos e que são as mais difíceis …

019/SF/CE… o disporto tambem tem um papel importante afirmação internacional do pais …

… o desporto também tem um papel importante na afirmação internacional do país …

030 /SF/CE … ixercício … … exercício …

029/SF/CE … ixercíci la fora … … exercício lá fora …

023/ASS/CE … intender … … entender …

Page 132: ªncia... · A Língua, o instrumento fundamental da comunicação, é tratada como se fosse um esfregão. Os jovens saem da universidade a escrever mal e, quem escreve mal, não

132

CESÁRIA DIAS LEITEJOSÉ ESTEVES REI

025/ASS/CE

Uma vez que o emigrante tem por diver adapta as culturas do país acolhedor, pois com objetivo de lhe facilitar a vida o domínio da língua e muitíssimo importante para o emigrante.

Uma vez que o emigrante tem por dever adaptar-se às culturas do país acolhedor, com o objetivo de isso lhe facilitar a vida, o domínio da língua é muitíssimo importante para o emigrante.

035/ASS/CE … desciplina … … disciplina …

041/ASS/CE Os rapazes consiguiram … Os rapazes conseguiram …

026/ASS/CE

Hoje em dia, poe-se notar, que o desporto na saúde individual, é um os requesitos que domina a sociedade, a sociedade visto que de agora preucupa-se mais com a saúde do que antigamente.

Hoje em dia, pode-se notar que o desporto na saúde individual, é um dos requisitos que domina a sociedade, visto que a sociedade de agora preocupa-se mais com a saúde do que antigamente.

041/ASS/CEO desporto é muito importante para a saúde porque ajuda a privinir certas doenças.

O desporto é muito importante para a saúde porque ajuda a prevenir certas doenças.

039/ASS/CE… contribui para o enrequecimento cultural e na difundição a língua …

… contribui para o enriquecimento cultural e a difusão a língua …

004/PR/LP

A minha cidade ideal é onde em dá conforto e paz uma paisagem bem bunita onde consigo viver e sobre viver …

A minha cidade ideal é a que me dá conforto e paz, uma paisagem bem bonita onde consigo viver e sobreviver …

017/SF/CEA língua é muito importante no dominiu do nosso país …

A língua é muito importante no domínio do nosso país …

048/PR/CECabo Verde, é hoje um país livre e demogrático … pulitica …

Cabo Verde é hoje um país livre e democrático … política …

033/ASS/CE

… quanto au domínio da língua é importante porque o emigrante no país de acolhimento, precisa de ter o domínio da língua para se poder trabalhar …

… quanto ao domínio da língua é importante porque o emigrante, no país de acolhimento, precisa de ter o domínio da língua para poder trabalhar …

034/ASS/CE… dentro do desporto existem varias modalidades como: Andebol, Basquetboal, Voleiboal, fotebol.

… dentro do desporto existem várias modalidades como: andebol, basquetebol, voleibol, futebol.

034/ASS/CE… em Cabo Verde é mas praticada pelos homens, fotebol também por 6 jogadores …

… em Cabo Verde, é mais praticada pelos homens, o futebol também é jogado por 6 jogadores …

Page 133: ªncia... · A Língua, o instrumento fundamental da comunicação, é tratada como se fosse um esfregão. Os jovens saem da universidade a escrever mal e, quem escreve mal, não

133

COMPETÊNCIA DE ESCRITAEnsino dos Textos e Aprendizagem da sua Produção

041/ASS/CEOs médicos estão a recumendarem para fazerem exercicio físicos …

Os médicos estão a recomendar para fazerem exercícios físicos …

010/SF/LP

À leitura hoje em dia é muito importante pois atravez da leitura descobrimos coisas novas sobre o mundo …

A leitura, hoje em dia, é muito importante, pois através da leitura descobrimos coisas novas sobre o mundo …

025/ASS/CEPara alem disso alarga-lhe o conhecimento e a aprendizagem em sobre outras línguas.

Para além disso alarga-lhe o conhecimento e a aprendizagem sobre outras línguas.

031/ASS/CE… pois com isso aprendemos cada ves mais e a desenvolver a nossa mentalidade.

… pois com isso aprendemos cada vez mais e a desenvolver a nossa mentalidade.

041/ASS/CE … incluizive … … inclusive …

054/PR/CE… pais que não possuí nenhuns meios económicos como é o nosso caso podemos disser …

… país que não possuí nenhuns meios económicos, como é o nosso caso, podemos dizer …

028/ASS/CE …exencial … …essencial …

010/SF/LPAtravéz da leitura descobrimos coisas novas, e cada vez que lemos adquirimos novos conhecimentos …

Através da leitura descobrimos coisas novas e todas as vezes que lemos adquirimos novos conhecimentos …

041/ASS/CE

Os médicos estão a recumendar para fazerem exercício físicos … porque existe muitas pessoas com excesso de pesso.

Os médicos estão a recomendar a pessoas para fazerem exercícios físicos … porque existem muitas pessoas com excesso de peso.

019/SF/CEO desporto tem um papel importante … ajuda a diminuir doensas …

O desporto tem um papel importante …ajuda a diminuir doenças …

041/ASS/CE … esforsar … … esforçar …

023/ASS/CE … cituações … …situações …

Page 134: ªncia... · A Língua, o instrumento fundamental da comunicação, é tratada como se fosse um esfregão. Os jovens saem da universidade a escrever mal e, quem escreve mal, não

134

CESÁRIA DIAS LEITEJOSÉ ESTEVES REI

053/PR/CE

Ao meu ver Cabo Verde evoluiu muito em relação aos primeiros anos … muitos jovens desempregados sem o que se ocupar, uma população muito passifica que não reclama os seus direitos e tentam viver com o que têm, somos poucos ambiciosos …

A meu ver, Cabo Verde evoluiu muito em relação aos primeiros anos …; muitos jovens desempregados, sem com que se ocuparem, uma população muito pacífica que não reclama pelos seus direitos e tenta viver com o que tem, somos pouco ambiciosos …

023/ASS/CE … precissa … … precisa …

028/ASS/CEA muitos casos de pessoas que sofrem depresão.

Há muitos casos de pessoas que sofrem depressão.

051/PR/CE… o ser humano sem mais necessidade da água …

… o ser humano tem mais necessidade da água …

056/PR/CE … alcansar … … alcançar …

005/ASS/LPCasas clandestinas são construídas vagamente, melhor dizendo, de qualquer geito;

Casas clandestinas são construídas sem urbanização, melhor dizendo, de qualquer jeito;

031/ASS/CEA inportancia do domínio da língua do paìs de acolhimento pelo emigrante …

A importância do domínio da língua do país de acolhimento pelo emigrante …

035/ASS/CE

… uma vez que ajuda o emigrante a comunicar maior facilidade as outras pessoas e, tamben ajuda a entender mais sobre a cultura do paìs acolhedor.O domínio da língua não só é inportante como se torna obrigatoria para o estrangeiro …

… uma vez que ajuda o emigrante a comunicar facilmente com as outras pessoas e, também, ajuda a entender a cultura do país acolhedor.O domínio da língua não só é importante como se torna obrigatório para o estrangeiro …

014/SF/CEHoje em dia, o Desporto não é só praticada por jovens como tanben por parte dos idosos.

Hoje em dia, o desporto não é só praticado por jovens como também por idosos.

014/SF/CE

Em Cabo Verde, o desporto ven-se evoluindo com o decorrer do tempo o governo esta a apostar-se fortemente no desporto.

Em Cabo Verde, o desporto vem evoluindo com o decorrer do tempo, o governo está a apostar fortemente no desporto.

Page 135: ªncia... · A Língua, o instrumento fundamental da comunicação, é tratada como se fosse um esfregão. Os jovens saem da universidade a escrever mal e, quem escreve mal, não

135

COMPETÊNCIA DE ESCRITAEnsino dos Textos e Aprendizagem da sua Produção

034/ASS/CE… não quer dizer que os homens não praticam, Basquetibol também praticada por 12 jogadores …

… não quer dizer que os homens não praticam basquetebol, também praticado por 12 jogadores …

042/ASS/CE

… tudo isso depende dos nosso profissionais que iram nus dar uma base bem firme e forte por nós os iniciantes …

… tudo isso depende dos nossos profissionais, que nos irão dar uma base bem firme e forte para nós, os iniciantes …

054/PR/CE… quero que Cabo Verde sigua esse caminho que possa ultrapassar todas as barreiras …

… quero que Cabo Verde siga esse caminho, que possa ultrapassar todas as barreiras …

037/ASS/CE

Na minha óptica deve apostar no desporto mais em zonas rurais do país a pouco entretedimento e há muito talento.

Na minha óptica, deve-se apostar mais no desporto nas zonas rurais do país, onde há pouco entretenimento e há muito talento.

015/SF/CE

Quando falam utilizam as duas línguas a do país de origem com a do acolhimento como tem menos vocabulário não assimulando que aprenderam do país de acolhimento.

Quando falam, utilizam as duas línguas, a do país de origem e a do país de acolhimento, mas como têm menos vocabulário não assimilam o que aprenderam da língua do país de acolhimento.

040/ASS/CE

Porque a uns tempos a traz era poucas pessoas que praticavam o desporto mais hoje temos milhares de atleta.

Porque, há uns tempos atrás, eram poucas as pessoas que praticavam desporto, mas hoje temos milhares de atletas.

039/ASS/CE

Desde o império grego o desporto começou a tomar proporção pelo mundo inteiro, assim favorecendo o bem estar e a suade do indivíduo.

Desde o império grego o desporto começou a tomar proporção pelo mundo inteiro, assim favorecendo o bem-estar e a saúde do indivíduo.

012/SF/CEEntão com o objetivo de não teres problemas de adaptação quando emigrar aqui vai o meu concelho …

Então, com o objetivo de não teres problemas de adaptação, quando emigrares, aqui vai o meu conselho …

018/SF/CE

O disporto tem um papel muito importante na saúde porque ela nos ajuda a diminuir doensas quem pratica desporto tem uma vida saudável.

O desporto tem um papel muito importante na saúde porque ela nos ajuda a diminuir as doenças. Quem pratica desporto tem uma vida saudável.

Page 136: ªncia... · A Língua, o instrumento fundamental da comunicação, é tratada como se fosse um esfregão. Os jovens saem da universidade a escrever mal e, quem escreve mal, não

136

CESÁRIA DIAS LEITEJOSÉ ESTEVES REI

041/ASS/CE

Os medicos estão a recumendarem para fazerem exercicio físicos … porque existe muitas pessoas com excesso de pesso …

Os médicos estão a recomendar que as pessoas façam exercícios físicos … porque existem muitas pessoas com excesso de peso …

006/ASS/LP Constução Clandistinas Construções Clandestinas

004/PR/LPEu descordo do testo acima porque eu tenho uma cidade ideal e todo o mundo tem o seu cidade ideal…

Eu discordo do texto acima porque eu tenho uma cidade ideal e todo o mundo tem a sua cidade ideal…

1.1. 2 Adição de letras

Código Identificação do erro Proposta de reconstrução

003/PR/LP… com igiene do meio e construções civeis em melhores condições que apresenta todos que necessitamos …

… com higiene do meio e construções civis em melhores condições que apresentam tudo o que necessitamos …

007/SF/LPAs famílias, não tendo possibilidade de construir casas nos meios hurbanos …

As famílias, não tendo possibilidade de construir casas nos meios urbanos, …

007/SF/LP

… e isso cria consequências porque tendo as construções nas encostas das nossos cidades tira a beleza que adequire e essas construções não tem nenhuma segurança …

… e isso cria consequências porque, tendo construções nas encostas das nossas cidades, isso tira a beleza que adquire e essas construções não têm nenhuma segurança …

018/SF/CE

…com o desporto, muitos jovens, que gostam de ser atiletas, futibolista entre outros, realizará o seu sonho.

… com o desporto, muitos jovens, que gostariam de ser atletas, futebolistas, entre outras modalidades, realizarão os seus sonhos.

019/SF/CE … ateletas… … atletas …

034/ASS/CE… dentro do desporto existem varias modalidades como: Andebol, Basquetboal, Voleiboal, fotebol.

… dentro do desporto, existem várias modalidades como andebol, basquetebol, voleibol, futebol.

Page 137: ªncia... · A Língua, o instrumento fundamental da comunicação, é tratada como se fosse um esfregão. Os jovens saem da universidade a escrever mal e, quem escreve mal, não

137

COMPETÊNCIA DE ESCRITAEnsino dos Textos e Aprendizagem da sua Produção

041/ASS/CEEu pratico andebool e amo muito, não porque me faz bem a saúde mais ele é meu mundo.

Eu pratico andebol e gosto muito, não porque me faz bem à saúde, mas porque ele é meu mundo.

040/ASS/CE

Porque a uns tempos a traz era poucas pessoas que praticavam o desporto mais hoje temos milhares de atleta.

Porque, há uns tempos atrás, eram poucas as pessoas que praticavam desporto, mas hoje temos milhares de atletas.

053/PR/CE

Ao meu ver Cabo Verde evoluiu muito em relação aos primeiros anos (…) muitos jovens desempregados sem o que se ocupar, uma população muito passifica que não reclama os seus direitos e tentam viver com o que têm, somos poucos ambiciosos …

A meu ver, Cabo Verde evoluiu muito em relação aos primeiros anos (…); muitos jovens desempregados, sem com que se ocuparem, uma população muito pacífica que não reclama pelos seus direitos e tenta viver com o que tem, somos pouco ambiciosos …

006/ASS/LP

As consequência das construção clandistina são vasto tais como, casa não alinhadas coretamente, as construção mal estruturado porque não tem base como planta de casa.

As consequências da construção clandestina são vastas tais como, casas não alinhadas corretamente, construções mal estruturadas porque não têm projetos de construção.

003/PR/LPUma cidade ideal é aquela que não encontra-se animais assolta a andar na rua, àguas pouçadas etc..

Uma cidade ideal é aquela onde não se encontram animais à solta na rua, águas empoçadas etc..

036/ASS/CE

Porque a uns tempos a traz era poucas pessoas que praticavam desporto mais hoje temos milhares de atleta.

Porque há algum tempo eram poucas as pessoas que praticavam desporto, mas hoje temos milhares de atletas.

Page 138: ªncia... · A Língua, o instrumento fundamental da comunicação, é tratada como se fosse um esfregão. Os jovens saem da universidade a escrever mal e, quem escreve mal, não

138

CESÁRIA DIAS LEITEJOSÉ ESTEVES REI

1.1.3 Omissão de letras

Código Identificação do erro Proposta de reconstrução

003/PR/LP … igiene … … higiene …

043/PR/CE … erói … … herói …

018/SF/CE … abilidade ... … habilidade ...

052/PR/CE

A água se infiltra praticamente tudo o que fazemos, nas construções, no nosso dia-a-dia para a idratação do corpo humano.

A água é necessária para praticamente tudo o que fazemos, nas construções, no nosso dia-a-dia para a hidratação do corpo humano.

010/ SF/LP

É sempre bom se na nossa sociedade fosse mais alfabetizada, Pois, hoje Em dia à muitos jovens a abandonar os estudos fazendo com que a sociedade fique mais analfabético melhor dizendo.

Era bom que a nossa sociedade fosse mais alfabetizada, pois, hoje em dia, há muitos jovens a abandonar os estudos, fazendo com que a sociedade fique mais analfabetos.

032/ASS/CE A muitos casos de pessoas … Há muitos casos de pessoas …

028/ASS/CEA muitos casos de pessoas que sofrem depresão.

Há muitos casos de pessoas que sofrem de depressão.

040/ASS/CE

Porque a uns tempos a traz era poucas pessoas que praticavam o desporto mais hoje temos milhares de atleta.

Porque, há uns tempos atrás, eram poucas as pessoas que praticavam desporto, mas hoje temos milhares de atletas.

037/ASS/CE… a pouco entretedimento e há pouco talento …

… há pouco entretenimento e há pouco talento …

038/ASS/CE… não a trabalho para alunos que já terminaram os seus cursos.

… não há trabalho para alunos que já terminaram o curso.

055/PR/CE … e sta actividade também … … e esta actividade também …

055/PR/CE ... o governo precisa criar stratégias … ... o governo precisa criar estratégias …

055/PR/CE… muitas vezes as águas provindas das chuvas podem destruir o ambiente, destruindo stradas …

… muitas vezes as águas provindas das chuvas podem destruir o ambiente, destruindo estradas …

Page 139: ªncia... · A Língua, o instrumento fundamental da comunicação, é tratada como se fosse um esfregão. Os jovens saem da universidade a escrever mal e, quem escreve mal, não

139

COMPETÊNCIA DE ESCRITAEnsino dos Textos e Aprendizagem da sua Produção

033/ASS/CE…precisa de ter o domínio da língua para se poder trabalhar…fazer amigos e eriquecer …

… precisa de ter o domínio da língua, para poder trabalhar, fazer amigos e enriquecer …

037/ASS/CE… com isso icentiva-os a prática do desporto …

… com isso incentiva-os à prática do desporto …

016/SF/CE

…quando os emigrantes vieram para o país de acolhemento devem dominar a língua e uma manera específica para que possa ser compreendida por eles.

… quando os emigrantes vão para o país de acolhimento devem dominar a língua de uma maneira específica para que possa ser compreendida por eles.

034/ASS/CE… em Cabo Verde é mas praticada pelos homens, fotebol também por 6 jogadores.

… em Cabo Verde, é mais praticada pelos homens, o futebol também, [é jogado] por 6 jogadores.

019/SF/CE … os trenadores … … os treinadores …

006/ASS/LP

Comtrução clandestina – São casas ou conjunto de casas comtruida sem licenças, ou documento necessárias para a construção.

Construção clandestina – São casas ou conjunto de casas construídas sem licenças ou documentos necessários para a construção.

006/ASS/LP

Nas situações atuis nas vias urbanas como na cidade da prais são: falta de emprego, ir buscar melhor condições nas vias urbanas, pobreza.

Nas situações atuais, nos meios urbanos como a cidade da Praia, (…) são: falta de emprego, ir buscar melhores condições nos meios urbanos, pobreza.

007/SF/LP

… há um aumento celerado de construções clandestina em Cabo Verde sobre tudo na cidade da Praia …

… há um aumento acelerado de construções clandestinas em Cabo Verde, sobretudo, na cidade da Praia …

006/ASS/LP

As consequência das construção clandistina são vasto tais como, casa não alinhadas coretamente, as construção mal estruturado porque não tem base como planta de casa.

As consequências da construção clandestina são vastas tais como, casas não alinhadas corretamente, construções mal estruturadas porque não têm projetos de construção.

043/PR/CE…antes éra um pais colonizados pelos português em que comandava todo o teritorio nacional …

… antes era um país colonizado pelos portugueses, que comandavam todo o território nacional …

Page 140: ªncia... · A Língua, o instrumento fundamental da comunicação, é tratada como se fosse um esfregão. Os jovens saem da universidade a escrever mal e, quem escreve mal, não

140

CESÁRIA DIAS LEITEJOSÉ ESTEVES REI

034/ASS/CE… dentro do desporto existem varias modalidades como: Andebol, Basquetboal, Voleiboal, fotebol.

… dentro do desporto, existem várias modalidades como andebol, basquetebol, voleibol, futebol.

055/PR/CE … devemos popá-la … … devemos poupá-la …

015/SF/CEVão entender e interpretar os assuntos politos, não vão deixar-se de ser enganados.

Vão entender e interpretar os assuntos políticos, não se vão deixar enganar.

014/SF/CE…quando praticamos certos tipos de desporto o nosso corpo vai ficar com mas saúde …

… quando praticamos certos tipos de desporto, o nosso corpo vai ficar com mais saúde …

037/ASS/CE … individo … … indivíduo …

003/PR/LPUma cidade ideal é aquela que não encontra-se animais assolta a andar na rua, àguas pouçadas etc..

Uma cidade ideal é aquela onde não se encontram animais à solta na rua, águas empoçadas etc..

024/ASS/CEAssim estamos a prender algumas coisas que nos sirvam para frente.

Assim, estamos a aprender algumas coisas que nos servirão no futuro.

019/SF/CE…muitos jogadores nossos estão a entrar … em times muitos famados…

… muitos jogadores nossos estão a entrar … em equipas muito afamados…

029/SF/CE

O desporto é muito importante na saúde saudável do indivíduo uma vez que proporciona uma disposição mais rica Um individuo que pratica esporte tem melhores condições de vida.

O desporto é muito importante na saúde do indivíduo, uma vez que proporciona uma disposição mais rica. Um individuo que pratica desporto tem melhores condições de vida.

021/ASS/CE… porque não é fácil para um extrangeiro gostumar com a cultura.

… porque não é fácil para um estrangeiro acostumar-se com a cultura.

016/SF/CE

… quando os emigrantes vieram para o país de acolhemento devem dominar a língua e uma manera específica para que possa ser compreendida por eles.

… quando os emigrantes vão para o país de acolhimento, devem dominar a língua. É uma maneira específica para que possam ser compreendidos.

Page 141: ªncia... · A Língua, o instrumento fundamental da comunicação, é tratada como se fosse um esfregão. Os jovens saem da universidade a escrever mal e, quem escreve mal, não

141

COMPETÊNCIA DE ESCRITAEnsino dos Textos e Aprendizagem da sua Produção

1.2. Corte e aglutinação de palavras

Código Identificação do erro Proposta de reconstrução

007/SF/LP

…há um aumento celerado de construções clandestina em Cabo Verde sobre tudo na cidade da Praia …

…há um aumento acelerado de construções clandestinas em Cabo Verde, sobretudo, na cidade da Praia …

025/ASS/CE

Eu acho um pouco complicado ter conhecimento de todo os vocabulários de um país (…) como por exemplo nà alguma variedade a língua que uma sociedade usa.

Eu acho um pouco complicado ter conhecimento de todo os vocábulos de um país (…) como, por exemplo, nalguma variedade da língua que uma sociedade usa.

031/ASS/CE…espero que de aqui a alguns anos cabo verde vai ter mais seleções competentes …

… espero que daqui a alguns anos Cabo Verde vá ter mais seleções competentes …

036/ASS/CE Em fim … Enfim, …

035/ASS/CE

O domínio da língua estrangeira também ajuda na convivência com os outros emigrantes, também ajuda o a encontrar trabalho facilmente …

O domínio da língua estrangeira também ajuda na convivência com os outros emigrantes, ajuda-o também a encontrar um trabalho facilmente …

043/PR/CE Sinto me … Sinto-me …

048/PR/CESinto Cabo Verde como um país livre espero dá aqui a 10 anos que seremos um país desenvolvido.

Sinto Cabo Verde como um país livre, espero que daqui a 10 anos que sejamos um país desenvolvido.

003/PR/LPUma cidade ideal é aquela que não encontra-se animais assolta a andar na rua, àguas pouçadas etc..

Uma cidade ideal é aquela onde não se encontram animais à solta na rua, águas empoçadas, etc..

027/ASS/CE

…língua essa que também é a língua dos Cabo Verdianos que por sua vez facilitou nosso diálogo não só como médico como também os nossos amigos e vizinhos.

… língua essa que também é a língua dos cabo-verdianos que por sua vez facilitou nosso diálogo não só com o médico, como com os nossos amigos e vizinhos.

051; 056; 057/PR/CE Cabo verdinhos … Cabo-verdianos …

Page 142: ªncia... · A Língua, o instrumento fundamental da comunicação, é tratada como se fosse um esfregão. Os jovens saem da universidade a escrever mal e, quem escreve mal, não

142

CESÁRIA DIAS LEITEJOSÉ ESTEVES REI

056/PR/CE … Cabo Verdiano … … cabo-verdiano …

014/SF/CE Hoje-em- dia … Hoje em dia …

039/ASS/CE

Desde o império grego o desporto começou a tomar proporção pelo mundo inteiro, assim favorecendo o bem estar e a suade do indivíduo.

Desde o império grego o desporto começou a tomar proporção pelo mundo inteiro, assim favorecendo o bem-estar e a suade do indivíduo.

1.3 Acentuação

1.3.1 Acentuação indevida

Código Identificação do Erros Proposta de reconstrução

005/ASS/LPA construção … tráz, ou aliás tem trazido dános significativos ao país ou a própria região.

A construção … traz ou aliás tem trazido danos significativos ao país e à própria região.

025/ASS/CE

Eu acho um pouco complicado ter conhecimento de todo os vocabulários de um país (…) como por exemplo nà alguma variedade a língua que uma sociedade usa.

Eu acho um pouco complicado ter conhecimento de todo os vocábulos de um país (…) como por exemplo nalguma variedade a língua que uma sociedade usa.

012/SF/CE

…se não conhecemos a língua como vàmos realizar a actividades diarias como por exemplo … e entre outras varias coisas que não é necessario elencar.

…se não conhecermos a língua, como vamos realizar as atividades diárias como, por exemplo, … e entre outras várias coisas que não é necessário elencar.

013/SF/LP

Bom, a grande importância do domínio da língua do pais de acolhimento pelo emigrante e que quando irmos áprendemos mais a língua do pais para onde irmos e também ensinarmos aos a que lá vivem.

A grande importância do domínio da língua do país de acolhimento pelo emigrante é que, quando formos, aprenderemos mais a língua do país, para onde formos e também ensinaremos outras coisas aos que lá vivem.

009/SF/LP… porque nos ajuda melhor o nosso ponto de vista e permiti-nós conhecer frases ou palavras …

… porque nos ajuda a melhorar o nosso ponto de vista e permite-nos conhecer frases ou palavras …

Page 143: ªncia... · A Língua, o instrumento fundamental da comunicação, é tratada como se fosse um esfregão. Os jovens saem da universidade a escrever mal e, quem escreve mal, não

143

COMPETÊNCIA DE ESCRITAEnsino dos Textos e Aprendizagem da sua Produção

043/PR/CE… antes éra um pais colonizados pelos português em que comandava todo o teritorio nacional …

… antes era um país colonizado pelos portugueses, que comandavam todo o território nacional …

009/SF/LP… e permiti-nós conhecer frases ou palavras que não o conhecemos os que são as mais dificieis …

… e permite-nos conhecer frases ou palavras que não conhecemos e que são as mais difíceis …

010/SF/LP

À leitura hoje em dia é muito importante pois atravez da leitura descobrimos coisas novas sobre o mundo …

A leitura, hoje em dia, é muito importante, pois através da leitura descobrimos coisas novas sobre o mundo …

048/PR/CESinto Cabo Verde como um país livre espero dá aqui a 10 anos que seremos um país desenvolvido.

Sinto Cabo Verde como um país livre, espero que daqui a 10 anos que sejamos um país desenvolvido.

1.3.2 Omissão do acento gráfico

Código Identificação do erro Proposta de reconstrução

001/PR/LP

Os produtos e serviços tende a afastar dos locais de consumo devido a necessidade de deslocações constantes …

Os produtos e serviços tendem a afastar-se dos locais de consumo devido à necessidade de deslocações constantes …

011/SF/LPNa ilha do Fogo, uma ilha linda cheio de amor pra dar. (…) A beira da igreja existe uma escola carente.

Na ilha do Fogo, uma ilha linda, cheia de amor pra dar. (…) À beira da igreja existe uma escola carente.

005/ASS/LPA construção … tráz, ou aliás tem trazido dános significativos ao país ou a própria região.

A construção … traz, ou aliás tem trazido danos significativos ao país e à própria região.

036/ASS/CE … a medida … … à medida …

Page 144: ªncia... · A Língua, o instrumento fundamental da comunicação, é tratada como se fosse um esfregão. Os jovens saem da universidade a escrever mal e, quem escreve mal, não

144

CESÁRIA DIAS LEITEJOSÉ ESTEVES REI

045/PR/CE

Uma vez que o emigrante tem por diver adapta as culturas do país acolhedor, pois com objetivo de lhe facilitar a vida o domínio da língua e muitíssimo importante para o emigrante.

Uma vez que o emigrante tem por dever adaptar-se às culturas do país acolhedor, com objetivo de lhe facilitar a vida, o domínio da língua é muitíssimo importante para o emigrante.

048/PR/CE… devido a independência …… impossível …

… devido à independência …… impossível …

047/PR/CEAgua é um componente indispensável a vida …

Água é um componente indispensável à vida …

007 /SF/LP

…mas as causas destas construções clandestinas estão sobretudo na falta de emprego, na falta de condições minimas de sobrevivencia das familias. (…) não tendo a possibilidade de construir casas nos meios urbanos recorrem as encostas …

…mas as causas destas construções clandestinas estão sobretudo na falta de emprego, na falta de condições mínimas de sobrevivência das famílias. (…) não tendo a possibilidade de construir casas nos meios urbanos recorrem às encostas ...

055/PR/CE … devido a falta … … devido à falta …

001/PR/LP…as alterações climáticas começam a surgir como reias e irreversíveis …

…as alterações climáticas começam a surgir como reias e irreversíveis …

002/ PR/LPAs políticas globais teem que ter este tema em conta aquando de qualquer toada de decisão.

As políticas globais têm que ter este tema em conta aquando de qualquer tomada de decisão.

002/ PR/LPOs noticiarios nos lembram do protocolo de Quioto.

Os noticiários nos lembram o protocolo de Quioto.

032/ASS/CEA língua é muito importante porque permite o usuario as suas actividades …

A língua é muito importante porque permite ao usuário realizar as suas atividades …

012/SF/CE

… é algo estranho (podendo assim dizer) porque vai se deparar com novas caras, novos lugares, novos costumes, novas gastronomia, novas musicas enfim uma nova cultura que se desemvolve num quotidiano diferente.

… é algo estranho (podendo assim dizer) porque vai se deparar com novas caras, novos lugares, novos costumes, novas gastronomias, novas músicas, enfim, uma nova cultura que se desenvolve num quotidiano diferente.

Page 145: ªncia... · A Língua, o instrumento fundamental da comunicação, é tratada como se fosse um esfregão. Os jovens saem da universidade a escrever mal e, quem escreve mal, não

145

COMPETÊNCIA DE ESCRITAEnsino dos Textos e Aprendizagem da sua Produção

012/SF/CE

… se não conhecemos a língua como vàmos realizar a actividades diarias como por exemplo… e entre outras varias coisas que não é necessario elencar.

… se não conhecermos a língua, como vamos realizar as atividades diárias como por exemplo… e, entre outras, várias coisas que não é necessário elencar.

012/SF/CE

E então, para adaptar-se é preciso superar varias deficuldades do dia-a-dia. E é assim que a língua surge como um elemento relevante para essa adaptação …

E então, para adaptar-se, é preciso superar várias dificuldades do dia-a-dia. E é assim que a língua surge como um elemento relevante para essa adaptação …

013/SF/CEA importância do dominio da lingua do pais de acolhimento pelo emigrante …

A importância do domínio da língua do país de acolhimento pelo emigrante …

003/PR/LP … camara municipais … … câmara municipais …

043/PR/CE … independencia… …independência…

043/PR/CE Pais … País …

002/ PR/LP

Estamos a emitir equivalentes em CO superiores às metas estabelecidas, trará repercussões a nivel económico, devido às multas.

Estamos a emitir equivalentes em CO superiores às metas estabelecidas, isso trará repercussões a nível económico, devido às multas.

057/PR/CE Pais … País …

043/PR/CE …. Autonomo … … autónomo …

043/PR/CE Amilcar …. Amílcar ….

043/PR/CE …. Português … … português …

044/PR/CE … indispensável … … indispensável …

052/PR/CE

A água tem um papel muito importante porque é a fonte de oxigenio, desempenha um papel importante para que as árvore produza o oxigénio…que o nosso corpo precisa. … se não houver água para abastecer as plantas … não haverá oxigenio para a nossa respiração e o ar se torna poluído com o fumo das fabricas …

A água tem um papel muito importante porque é a fonte de oxigénio, desempenha um papel importante para que as árvores produzam o oxigénio…que o nosso corpo precisa. … se não houver água para regar as plantas … não haverá oxigénio para a nossa respiração e o ar se torna poluído com o fumo das fábricas …

Page 146: ªncia... · A Língua, o instrumento fundamental da comunicação, é tratada como se fosse um esfregão. Os jovens saem da universidade a escrever mal e, quem escreve mal, não

146

CESÁRIA DIAS LEITEJOSÉ ESTEVES REI

052/PR/CE

A importancia da água para a sociedade, saude do ser humano é algo indispensavel porque a água é fonte vital no planeta terra com a abundancia de água no planeta todos os seres vivos irão beneficiar porque a água tem indeterminadas utilidades.

A importância da água para a sociedade, saúde do ser humano é algo indispensável porque a água é fonte vital no planeta terra com a abundância de água no planeta todos os seres vivos irão beneficiar porque a água tem inúmeras utilidades.

014/SF/CE … saúde … … saúde …

039/ASS/CE … saúde … … saúde …

019/SF/CE … saudável … … saudável …

018/SF/CEO desporto, é muito importante na saude do individuo.

O desporto é muito importante na saúde do indivíduo.

018/SF/CEUm medico ao passar uma receita para um paciente para praticar… exercicios físicos … os musculos…

Um médico ao passar uma receita ao paciente para praticar … exercícios físicos … os músculos …

036/ASS/CE Fisico … Físico …

013/SF/CEBom, a grande inportancia do dominio da lingua do pais de acolhimento pelo emigrante …

Bom, a grande importância do domínio da língua do país de acolhimento pelo emigrante …

038/ASS/CE…língua …Vocabulario …

… língua …Vocabulário …

014/SF/CE A importância do domínio … A importância do domínio …

015/SF/CE …domínio … …domínio …

O17/SF/CEA língua é muito importante no dominiu do nosso país …

A língua é muito importante no domínio do nosso país …

018/SF/CE

E a nivel na afirmação internacional do país o desporto da varias vantagens ao país com a competência e capacidade de um indivíduo …

E a nível da afirmação internacional do país o desporto dá várias vantagens ao país com a competência e capacidade de um indivíduo …

043/PR/CE… escolas e jardins, farmaria, bombeiros, camaras municipais, C.t.t. …

… escolas, jardins, farmácias, bombeiros, câmaras municipais, C.t.t. …

Page 147: ªncia... · A Língua, o instrumento fundamental da comunicação, é tratada como se fosse um esfregão. Os jovens saem da universidade a escrever mal e, quem escreve mal, não

147

COMPETÊNCIA DE ESCRITAEnsino dos Textos e Aprendizagem da sua Produção

044/PR/CEÈ possivel dominar todos os vocabulários de um país estrangeiros?

É possível dominar todos os vocábulos de um país estrangeiros?

031/ASS/CEA inportancia do domínio da língua do país de acolhimento pelo emigrante.

A importância do domínio da língua do país de acolhimento pelo emigrante.

033/ASS/CEA importancia do dominio da língua do pais de acolhimento pelo emigrante …

A importância do domínio da língua do país de acolhimento pelo emigrante …

009/SF/LP… permiti-nós conhecer frases ou palavras que não conhecemos os que são as mais dificieis …

… permite-nos conhecer frases ou palavras que não conhecemos e que são as mais difíceis …

010 /SF/LP

No mundo em que vivemos hoje deparamos com varias crises, Portanto se cada familia tivesse um membro que tinha trabalho a crise seria menor.

No mundo em que vivemos hoje deparamo-nos com várias crises, portanto, se cada família tivesse um membro com trabalho a crise seria menor.

011/ SF/LPVarias crianças hoje sabe perfeitamente a leitura, os mais velhos já não são analfabetos.

Várias crianças hoje sabem perfeitamente a leitura e os mais velhos já não são analfabetos.

032/ASS/CEEzistem varios tipos de desportos no mundo …

Existem vários tipos de desportos no mundo …

031/ASS/CETodavia é necessario pensar em futuro do país, pois o desporto pode trazer varias vantagens …

Todavia, é necessário pensar no futuro do país, pois o desporto pode trazer várias vantagens …

037/ASS/CE

… pratica …… optica …... tambem … … nível … So …… individo …

… prática …… óptica …… também …… nível …Só …… indivíduo …

039/ASS/CE … também … … também …

043/PR/CE… vejo, Cabo Verde como um pais autonoma …

… vejo Cabo Verde como um país autonómo …

Page 148: ªncia... · A Língua, o instrumento fundamental da comunicação, é tratada como se fosse um esfregão. Os jovens saem da universidade a escrever mal e, quem escreve mal, não

148

CESÁRIA DIAS LEITEJOSÉ ESTEVES REI

025/ASS/CEPara alem disso alarga-lhe o conhecimento e a aprendisagem sobre outras línguas.

Para além disso alarga-lhe o conhecimento e a aprendizagem sobre outras línguas.

031/ASS/CE

Desporto é muito importante para a saúde individual, pois permite ter uma saúde saudavel e contribui para o desenvolvimento físico e psicológico do individuo.

O desporto é muito importante para a saúde individual, pois permite ter uma boa saúde e contribui para o desenvolvimento físico e psicológico do individuo.

035/ASS/CE

… uma vez que ajuda o emigrante a comunicar maior facilidade as outras pessoas e, tamben ajuda a entender mais sobre a cultura do paìs acolhedor.O domínio da lìngua não só é inportante como se torna obrigatoria para o estrangeiro.

… uma vez que ajuda o emigrante a comunicar facilmente com as outras pessoas e, também ajuda a entender mais sobre a cultura do país acolhedor.O domínio da língua não só é importante como se torna obrigatório para o estrangeiro.

016/SF/CE

Esse domínio de língua não só é importante como tambem para serem usadas e compreendida de forma clara objetiva.

Esse domínio de língua não só é importante como também para permitir a comunicação.

019/SF/CE

… pais …… tambem …… la…… so … … nível …

… país …… também …… lá …… só …… nível …

030/SF/CE

… dominio …… lingua …… pais …… dificil …… propria …

… domínio …… língua …… país … … difícil … … própria …

040/ASS/CE

… pais …… basicas…… lingua …… facil …… necessario …

… país …… básicas …… língua …… fácil …… necessário …

Page 149: ªncia... · A Língua, o instrumento fundamental da comunicação, é tratada como se fosse um esfregão. Os jovens saem da universidade a escrever mal e, quem escreve mal, não

149

COMPETÊNCIA DE ESCRITAEnsino dos Textos e Aprendizagem da sua Produção

035/ASS/CE

O domínio da língua estrangeira também ajuda na convivência com os outros emigrantes, também ajuda o a encontrar trabalho facilmente, uma vez que hoje me dia não esta a ser facil encontra-lo, por isso é muito importante saber dominara a língua.

O domínio da língua estrangeira também ajuda na convivência com os outros emigrantes, ajuda a encontrar trabalho facilmente, uma vez que hoje em dia não está a ser fácil encontrá-lo, por isso é muito importante saber a língua.

031/ASS/CE

No entanto o desporto ajuda o individuo a ter o espírito desportivo, a conviver em equipa o que é muito importante saber estar no grupo, visto que é muito importante saber conviver com os outros, pois com isso aprendemos cada ves mais e a desenvolver a nossa mentalidade.

O desporto ajuda o indivíduo a ter o espírito desportivo, a conviver em equipa, poi é muito importante, saber estar em grupo, visto que é muito importante saber conviver com os outros. Com isso aprendemos cada vez mais e a desenvolver a nossa mentalidade.

034/ASS/CE

Desporto - é o acto pelo qual o individuo pratica a educação fisica ou seja dentro do desporto existem varias modalidades

O desporto é o ato pelo qual o indivíduo pratica a educação física, ou seja, dentro do desporto existem várias modalidades.

031/ASS/CENo que diz respeito a firmação internacional eu afirmo que é muito util…. Todavia é necessaria…

No que diz respeito à afirmação internacional eu afirmo que é muito útil…. Todavia é necessária…

031/ASS/CEQuanto mais desporto praticamos mais saúde vamos ter e mais beneficios o país vai ter…

Quanto mais desporto praticarmos mais saúde vamos ter e mais benefícios o país vai ter…

033/ASS/CE … la … … lá …

045/PR/CEAgua …… tambem …

Água …… também …

041/ASS/CE

… medicos …… estao … … esta … … exercicos … … fisicos … … saude … … pais …

… médicos …… estão …… está …… exercícios …… físicos … … saúde …… país …

Page 150: ªncia... · A Língua, o instrumento fundamental da comunicação, é tratada como se fosse um esfregão. Os jovens saem da universidade a escrever mal e, quem escreve mal, não

150

CESÁRIA DIAS LEITEJOSÉ ESTEVES REI

042/ASS/CE

Saude …... pais …… necessario …… tambem …… maximo …… proximos …

Saúde… … país …… necessário …… também …… máximo …… próximos …

055/PR/CE… esta …… varios …

… está…… vários…

055/PR/CE … ela é indispensavel … … ela é indispensável …

050/PR/CE

… varios …… economico …… possivel …… politica …

… vários …… económico …… possível …… política …

051/PR/CEPodemos sentir como, é bom ter uma nação com os seus proprios valores …

Podemos sentir como é bom ter uma nação com os seus próprios valores …

054/PR/CE… pais que não possui nenhuns meios económicos como é o nosso caso podemos …

… país que não possuí nenhuns meios económicos como é o nosso caso podemos …

051/PR/CE

Actualmente se vê um pais com grande sabedoria …… A independência tornou cabo verde num pais de … e prespectiva.

Atualmente se vê um país com grande sabedoria… … A independência tornou Cabo Verde num país de … e prespetiva.

054/PR/CEEu acho que o nosso pais se desenvolveu nesse periodo de tempo.

Eu acho que o nosso país se desenvolveu nesse período de tempo.

052/PR/CE

Agua … … importância …… saude …… indispensavel … … oxigenio … … arvore …… tambem …

Água …… importância …… saúde …… indispensável … … oxigénio … … árvore …… também …

Page 151: ªncia... · A Língua, o instrumento fundamental da comunicação, é tratada como se fosse um esfregão. Os jovens saem da universidade a escrever mal e, quem escreve mal, não

151

COMPETÊNCIA DE ESCRITAEnsino dos Textos e Aprendizagem da sua Produção

052/PR/CE

A importancia da água para a sociedade, saude do ser humano é algo indispensavel porque a água é fonte vital no planeta terra… abundancia de água todos os seres vivos irão benificiar … de indeterminadas utilidades.

A importância da água para a sociedade e a saúde do ser humano é algo indispensável porque a água é fonte vital no planeta terra… abundância de água todos os seres vivos irão beneficiar … de determinadas utilidades.

052/PR/CE

A água tem um papel muito importante porque é a fonte de oxigenio, desempenha um papel importante para que as árvores produza o oxigénio… torna poluido com o fumo das fabricas …

A água tem um papel muito importante porque é a fonte de oxigénio, desempenha um papel importante para que as árvores produzam o oxigénio… torna poluído com o fumo das fábricas …

055/PR/CE … ela é indispensável … … ela é indispensável …

055/PR/CE Tambem … Também …

006/ASS/LP

As consequência das construção clandistina são vasto tais como, casa não alinhadas coretamente, as construção mal estruturado porque não tem base como planta de casa.

As consequências da construção clandestina são vastas tais como, casas não alinhadas corretamente, construções mal estruturadas porque não têm projetos de construção.

019/SF/CE… o disporto tambem tem um papel importante afirmação internacional do pais …

… o desporto também tem um papel importante na afirmação internacional do país …

1.3.3 Troca de acento

Código Identificação do Erros Proposta de reconstrução

003/PR/LPUma cidade ideal é aquela que não encontra-se animais assolta a andar na rua, àguas pouçadas etc..

Uma cidade ideal é aquela onde não se encontra animais à solta a andar na rua, águas empoçadas etc..

045/PR/CE … àgua … … água …

054/PR/CE… mas ainda hà coisas a serem mudadas como è o caso da criminalidade …

… mas ainda há coisas a serem mudadas como é o caso da criminalidade …

Page 152: ªncia... · A Língua, o instrumento fundamental da comunicação, é tratada como se fosse um esfregão. Os jovens saem da universidade a escrever mal e, quem escreve mal, não

152

CESÁRIA DIAS LEITEJOSÉ ESTEVES REI

011/ SF/LP

Com ajuda da população a senhora Ana que antes era analfabeta hoje ela è professora para os analfabetos aprendizados.

Com ajuda da população a senhora Ana que antes era analfabeta, hoje, é professora de alfabetização.

025/ASS/CEÈ possivel dominar todos os vocabulários de um país estrangeiros?

É possível dominar todos os vocábulos de um país estrangeiros?

031/ASS/CEA inportancia do domínio da língua do paìs de acolhimento pelo emigrante …

A importância do domínio da língua do país de acolhimento pelo emigrante …

009/ SF/LP

… muito pessoas não conhecem as letras ou seja não sabe ler um livro não obtém conhecimento do mundo.

… muito pessoas não conhecem as letras ou seja não sabe ler um livro não obtêm conhecimento do mundo.

010/ SF/LP

É sempre bom se na nossa sociedade fosse mais alfabetizada, Pois, hoje Em dia à muitos jovens a abandonar os estudos fazendo com que a sociedade fique mais analfabético melhor dizendo.

Era bom que a nossa sociedade fosse mais alfabetizada, pois, hoje em dia há muitos jovens a abandonar os estudos, fazendo com que a sociedade fique mais analfabeta.

035/ASS/CE

… uma vez que ajuda o emigrante a comunicar maior facilidade as outras pessoas e, tamben ajuda a entender mais sobre a cultura do paìs acolhedor.O domínio da lìngua não só é inportante como se torna obrigatoria para o estrangeiro.

… uma vez que ajuda o emigrante a comunicar-se facilmente com as outras pessoas e, também ajuda a entender mais a cultura do país acolhedor.

O domínio da língua não só é importante como se torna obrigatória para o estrangeiro.

Page 153: ªncia... · A Língua, o instrumento fundamental da comunicação, é tratada como se fosse um esfregão. Os jovens saem da universidade a escrever mal e, quem escreve mal, não

153

COMPETÊNCIA DE ESCRITAEnsino dos Textos e Aprendizagem da sua Produção

1.4 Uso de maiúscula e minúscula

Código Identificação do erro Proposta de reconstrução

027/Ass/CE

… língua essa que também é a língua dos Cabo Verdianos que por sua vez facilitou nosso diálogo não só como médico como também os nossos amigos e vizinhos.

… língua essa que também é a língua dos cabo-verdianos que por sua vez facilitou nosso diálogo não só como médico como também os nossos amigos e vizinhos.

010/SF/LP

É sempre bom se na nossa sociedade fosse mais alfabetizada, Pois, hoje Em dia à muitos jovens a abandonar os estudos fazendo com que a sociedade fique mais analfabético melhor dizendo.

Era bom que a nossa sociedade fosse mais alfabetizada, pois, hoje em dia há muitos jovens a abandonar os estudos, fazendo com que a sociedade fique mais analfabeta.

034/ASS/CE… dentro do desporto existem varias modalidades como: Andebol, Basquetboal, Voleiboal, fotebol …

… dentro do desporto existem varias modalidades como: andebol, basquetebol, voleibol, futebol …

050/PR/CEPara Além de sermos um país pobre … o que não nos falta é a esperança.

Para além de sermos um país pobre … o que não nos falta é a esperança.

014/SF/CEHoje em dia, o Desporto não é só praticada por jovens como tanben por parte dos idosos …

Hoje em dia, o desporto não é só praticado por jovens como também por idosos …

034/ASS/CE… não quer dizer que os homens não praticam, Basquetibol também praticada por 12 jogadores …

… não quer dizer que os homens não praticam, basquetebol também praticada por 12 jogadores …

031/ASS/CE

… tal como a equipa de cabo verde “Tubarões Azuis” daram um grande contributo para o desenvolvimento do país …

… como por exemplo, a equipa de Cabo Verde, os “Tubarões Azuis” deram um grande contributo para o desenvolvimento do país …

043/PR/CE cabo verde … Cabo Verde …

006/ASS/LP

Nas situações atuis nas vias urbanas como na cidade da prais são: falta de emprego, ir buscar melhor condições nas vias urbanas, pobreza.

Nas situações atuais nos meios urbanas como na cidade da Praia … são: falta de emprego, ir buscar melhor condições nos meios urbanos, pobreza.

Page 154: ªncia... · A Língua, o instrumento fundamental da comunicação, é tratada como se fosse um esfregão. Os jovens saem da universidade a escrever mal e, quem escreve mal, não

154

CESÁRIA DIAS LEITEJOSÉ ESTEVES REI

051/PR/CE

Actualmente se vê um pais com grande sabedoria … A independência tornou cabo verde num pais de … e perspectiva.

Atualmente se vê um país com grande sabedoria … A independência tornou Cabo Verde num país de … e perspetiva.

031/ASS/CE… espero que de aqui a alguns anos cabo verde vai ter mais seleções competentes …

… espero que daqui a alguns anos Cabo Verde vá ter mais seleções competentes …

018/SF/CEVejamos um exemplo seguinte no caso de cabo verde …

Vejamos o seguinte exemplo no caso de Cabo Verde …

053/PR/CE… alargamento do porto da praia, mais espaços para os navios …

… alargamento do porto da Praia, mais espaços para os navios …

2. LÉXICO

Código Identificação do erro Proposta de reconstrução

005/ASS/LPCasas clandestinas são construídas vagamente, melhor dizendo, de qualquer geito;

Casas clandestinas são construídas sem urbanização, melhor dizendo, de qualquer jeito;

006/ASS/LP

Nas situações atuis nas vias urbanas como na cidade da prais são: falta de emprego, ir buscar melhor condições nas vias urbanas, pobreza.

Nas situações atuais, nos meios urbanos como na cidade da Praia, … são: falta de emprego, ir buscar melhores condições nos meios urbanos, pobreza.

033/ASS/CE… enquanto não tiver o domínio da língua não consegue se satisfazer com os seus estudo e trabalhos.

… enquanto não tiver o domínio da língua não consegue realizar-se nos seus estudos e no trabalho.

034/ASS/CE… Basquetibol também praticada por 12 jogadores e 6 afetivos.…

… basquetebol também praticada por 12 jogadores e 6 efetivos …

014/SF/CE… na vida do individuo vejamos que no caso de saúde o desporto é um papel muito importante …

… na vida do individuo, vejamos que, no caso de saúde, o desporto desempenha um papel muito importante …

Page 155: ªncia... · A Língua, o instrumento fundamental da comunicação, é tratada como se fosse um esfregão. Os jovens saem da universidade a escrever mal e, quem escreve mal, não

155

COMPETÊNCIA DE ESCRITAEnsino dos Textos e Aprendizagem da sua Produção

036/ASS/CE… e quando o corpo transpira em que tira calor a pessoa ganha mais caloria e fica mais saudável …

… e quando o corpo transpira e perde calor a pessoa ganha mais calorias e fica mais saudável …

051/PR/CEActualmente se vê um país com grande sabedoria …

Atualmente, reconhece-se um país com grandes capacidades…

052/PR/CE

A água se infiltra praticamente tudo o que fazemos, nas construções, no nosso dia-a-dia para a idratação do corpo humano.

A água é necessária para praticamente tudo o que fazemos, nas construções, no nosso dia-a-dia, para a hidratação do corpo humano.

052/PR/CE

A água tem um papel muito importante porque é a fonte de oxigenio, desempenha um papel importante para que as árvore produza o oxigénio…que o nosso corpo pressisa … se não houver água para abastecer as plantas … não haverá oxigenio para a nossa respiração e o ar se torna poluído com o fumo das fabricas….

A água tem um papel muito importante porque é a fonte de oxigénio, desempenha um papel importante para que as árvores produzam o oxigénio … que o nosso corpo precisa … se não houver água para regar as plantas … não haverá oxigénio para a nossa respiração e o ar se torna poluído com o fumo das fábricas …

052/PR/CE

A importancia da água para a sociedade, saude do ser humano é algo indispensavel porque a água é fonte vital no planeta terra com a abundancia de água no planeta todos os seres vivos irão beneficiar porque a água tem indeterminadas utilidades.

A importância da água para a sociedade, e a saúde do ser humano é algo indiscutível porque a água é fonte vital no planeta terra, com a abundância de água no planeta todos os seres vivos irão beneficiar porque a água tem inúmeras utilidades.

056/PR/CECabo Verde superou a independência …

Cabo Verde adequiriu a independência …

053/PR/CE… se temos ciência de que há algo além da conta podemos …

… se temos consciência de que há algo além da conta, podemos …

035/ASS/CE

O domínio da língua estrangeira também ajuda na convivência com os outros emigrantes, também ajuda o a encontrar trabalho facilmente, uma vez que hoje me dia não esta a ser facil encontra-lo, por isso é muito importante saber dominar a língua.

O domínio da língua estrangeira também ajuda na convivência com os outros emigrantes, ajuda a encontrar trabalho facilmente, uma vez que hoje em dia não está a ser fácil encontrá-lo, por isso é muito importante dominar a língua.

Page 156: ªncia... · A Língua, o instrumento fundamental da comunicação, é tratada como se fosse um esfregão. Os jovens saem da universidade a escrever mal e, quem escreve mal, não

156

CESÁRIA DIAS LEITEJOSÉ ESTEVES REI

052/PR/CE

A importancia da água para a sociedade, saúde do ser humano é algo indispensável porque a água é fonte vital no planeta terra… abundancia de água todos os seres vivos irão benificiar … de indeterminadas utilidades.

A importância da água para a sociedade, saúde do ser humano torna-a indispensável porque a água é fonte vital no planeta terra… com a abundância de água todos os seres vivos irão beneficiar … é de inúmeras utilidades.

024/ASS/CEAssim estamos a prender algumas coisas que nos sirvam para frente.

Assim, estamos a aprender algumas coisas que nos servirão mais tarde.

031/ASS/CE

… muitos países tiveram reconhecimento no mundo através do desporto…através da natação entre outras práticas.

… muitos países tiveram reconhecimento no mundo através do desporto … através da natação entre outras modalidades.

021/ASS/CE...com o domínio a língua é fácil habituar-se com a cultura, costume, direitos de cada país…

… com o domínio da língua é fácil habituar-se à cultura, aos costumes e às leis de cada país…

010/SF/LP

Antigamente mulher era mais analfabético, do que hoje, Pois, a mulher não Podia ir para escola, apenas fazia as tarefas de casa mas hoje à mulher ganhou um novo estatuto, e ela é a mais alfabetizado do que os homens.

Antigamente, a mulher revelava maior analfabetismo, do que hoje, pois a mulher não ia à escola, apenas fazia as tarefas de casa, mas hoje a mulher ganhou um novo estatuto e ela manifesta uma taxa de alfabetização mais elevada do que a dos homens.

010/ SF/LP

É sempre bom se na nossa sociedade fosse mais alfabetizada, Pois, hoje Em dia à muitos jovens a abandonar os estudos fazendo com que a sociedade fique mais analfabético melhor dizendo.

Era bom que a nossa sociedade fosse mais alfabetizada, pois, hoje em dia há muitos jovens a abandonar os estudos, fazendo com que a sociedade fique mais analfabetizada.

008/SF/LP

… as crianças andam a sofrer as injustiças, que normalmente são produzidas pelas pessoas mais velhas, ou seja, adultos que são pessoas analfabéticos …

… as crianças andam a sofrer as injustiças, que normalmente são produzidas pelas pessoas mais velhas, ou seja, adultos que são pessoas analfabetas …

019/SF/CE… muitos jogadores nossos estão a entrar … em times muitos famados …

… muitos jogadores nossos estão a entrar … em equipas muito afamados …

Page 157: ªncia... · A Língua, o instrumento fundamental da comunicação, é tratada como se fosse um esfregão. Os jovens saem da universidade a escrever mal e, quem escreve mal, não

157

COMPETÊNCIA DE ESCRITAEnsino dos Textos e Aprendizagem da sua Produção

039/ASS/CE… contribui para o enrequecimento cultural e na difundição a língua …

… contribui para o enriquecimento cultural e a difusão da língua …

026/ASS/CE

O desporto individual ajuda as pessoas não só a manter a forma física como também livrar as pessoas do stress.

O desporto individual ajuda as pessoas não só a manter a forma física como também a evitar o estresse.

057/PR/CEEu vejo Cabo Verde um país muito evoluído e liberto.

Eu vejo Cabo Verde um país muito evoluído e livre.

3. MORFOSSINTAXE

3.1 Concordância nominal (nome, adjetivo, determinante)

Código Identificação do erro Proposta de reconstrução

044/PR/CE… antes éra um pais colonizados pelos português em que comandava todo o teritorio nacional …

… antes era um país colonizado pelos portugueses, que comandavam todo o território nacional …

009/SF/LPOs livros nas biblioteca tem influeciado muito para as leituras para quem gosta de ler.

Os livros nas bibliotecas têm influenciado muito a leitura, especialmente, de quem gosta de ler.

023/ASS/CE… a linguagem tem uma função importante na vida dos homem.

… a linguagem tem uma função importante na vida dos homens.

036/ASS/CE

Porque a uns tempos a traz era poucas pessoas que praticavam desporto mais hoje temos milhares de atleta.

Porque há algum tempo, eram poucas as pessoas que praticavam desporto, mas hoje temos milhares de atletas.

006/ASS/LPAs solução são construir mais casa para todos, ajuda do governo.

A solução é construir mais “casa para todos”, com a ajuda do governo.

029/SF/CEO desporto é uma das atividade mais importantes do país.

O desporto é uma das atividades mais importantes do país.

Page 158: ªncia... · A Língua, o instrumento fundamental da comunicação, é tratada como se fosse um esfregão. Os jovens saem da universidade a escrever mal e, quem escreve mal, não

158

CESÁRIA DIAS LEITEJOSÉ ESTEVES REI

054/PR/CE

… podemos dizer que ao longo desse 40 anos muitas coisas aconteceram algumas boas e outras nem por isso.

…. podemos dizer que ao longo desses 40 anos muitas coisas aconteceram, algumas boas e outras nem por isso.

051/PR/LPAntigamente Cabo verde era colónia dos português, aonde existiam …

Antigamente, Cabo Verde era colónia portuguesa, aonde existiam …

051/PR/CENesse 40 anos de liberdade, tornou-se um país desenvolvido …

Nestes 40 anos de liberdade, tornou-se um país desenvolvido …

006/ASS/LP Constução Clandistinas Construções Clandestinas

040/ASS/CE

Eu acho que é muito importante os emigrantes dominam a língua do país de acolhimento … torna mais fácil a interação com aqueles que vivem lá e as burocracia aquele país …

Eu acho que é muito importante que os emigrantes dominem a língua do país de acolhimento … isso torna mais fácil a interação com aqueles que vivem lá e com a burocracia do país …

040/ASS/CE

Por isso, é aconselhável para todos as que queiram visitar, residir em outro país para fazerem pesquisas básicas sobre as línguas utilizada …

Por isso, é aconselhável a todos que queiram visitar, ou residir em outro país a fazerem pesquisas básicas sobre as línguas utilizadas …

006/ASS/LP

Nas situações atuis nas vias urbanas como na cidade da prais são: falta de emprego, ir buscar melhor condições nas vias urbanas, pobreza.

Nas situações atuais, nos meios urbanos como na cidade da Praia, … são: falta de emprego, ir buscar melhores condições nos meios urbanos, pobreza.

007/SF/LPA casa clandestinas são construções feitas nas encostas …

As casas clandestinas são construções feitas nas encostas…

007/SF/LP

… há um aumento celerado de construções clandestina em Cabo Verde sobre tudo na cidade da Praia …

… há um aumento acelerado de construções clandestinas em Cabo Verde, sobretudo, na cidade da Praia …

022/ASS/CE

… sabendo que cada vez mais outras pessoas de países diferente e cultura diferente esta a interessar por aprender a língua do país …

… sabendo que, cada vez mais, outras pessoas de países diferentes e de culturas diferentes estão a interessar-se em aprender a língua do país …

Page 159: ªncia... · A Língua, o instrumento fundamental da comunicação, é tratada como se fosse um esfregão. Os jovens saem da universidade a escrever mal e, quem escreve mal, não

159

COMPETÊNCIA DE ESCRITAEnsino dos Textos e Aprendizagem da sua Produção

006/ASS/LP

Contrução clandestina são casas ou conjunto de casas sem licenças, ou documento necessárias para a construção ou seja são casas não autorizada a construção.

Construções clandestinas são casas ou conjunto de casas sem licenças ou documentos necessários para a construção, ou seja, são casas que não estão autorizadas para a sua construção.

006/ASS/LP

As consequência das construção clandistinas são vasto tais como, casa não alinhadas coretamente, as construção mal estruturado porque não tem base como planta de casa.

As consequências das construções clandestinas são vastas tais como casas não alinhadas corretamente, construções mal estruturadas porque não têm na base uma planta da casa.

038/ASS/CE …vai ter um grande importância… … vai ter uma grande importância…

050/PR/CE

… ainda a muito que fazer mas isso acontece paulatinamente, comparando Cabo Verde de ontem de hoje a nível com educação poucas pessoas frequentavam a escola havia pouca estabelecimento de ensino comparando com hoje …

… ainda há muito que fazer, mas isso acontece paulatinamente. Comparando Cabo Verde de ontem com o de hoje, a nível da educação, poucas pessoas frequentavam a escola porque havia poucos estabelecimentos de ensino …

009/SF/LP… muito pessoas não conhecem as letras (…) não sabe ler um livro não obtém conhecimento do mundo.

… muitas pessoas não conhecem as letras … não sabem ler um livro e não obtêm conhecimento do mundo.

004/PR/LPEu descordo do testo acima porque eu tenho uma cidade ideal e todo o mundo tem o seu cidade ideal …

Eu discordo do texto acima porque eu tenho uma cidade ideal e todo o mundo tem a sua cidade ideal …

016/SF/CE

O domínio da língua é importante no país de acolhimento porque permite que os emigrantes têm mais conhecimento em relação aos outros pessoas …

O domínio da língua é importante no país de acolhimento porque permite aos emigrantes terem mais conhecimento em relação às outras pessoas …

043 /PR/CE…vejo, Cabo Verde como um pais autonoma …

…vejo Cabo Verde como um país autonómo …

Page 160: ªncia... · A Língua, o instrumento fundamental da comunicação, é tratada como se fosse um esfregão. Os jovens saem da universidade a escrever mal e, quem escreve mal, não

160

CESÁRIA DIAS LEITEJOSÉ ESTEVES REI

007/SF/LP

… e essas construções não tem nenhuma segurança, a melhor opção seria que o estado criasse novos postos de trabalho e construísse habitações dignas para pessoas mais necessitados …

… e essas construções não têm nenhuma segurança, a melhor opção seria que o estado criasse novos postos de trabalho e construísse habitações dignas para pessoas mais necessitadas …

008/SF/LP

… as crianças andam a sofrer as injustiças, que normalmente são produzidas pelas pessoas mais velhas, ou seja, adultos que são pessoas analfabéticos …

… as crianças andam a sofrer as injustiças que normalmente são produzidas pelas pessoas mais velhas, ou seja, adultos que são pessoas analfabetas …

036/ASS/CE… antigamente o desporto não era muito valorizada… hoje em dia é muito praticada …

… antigamente, o desporto não era muito valorizado… hoje em dia é muito praticado…

3.2 Concordância verbal (sujeito – verbo)

3.2.1 No período simples

Código Identificação do erro Proposta de reconstrução

006/ASS/LP As solução são construir mais casa para todos, ajuda do governo.

A solução é construir mais “casa para todos”, com a ajuda do governo.

022/ASS/CE

… sabendo que cada vez mais outras pessoas de países diferente e cultura diferente esta a interessar por aprender a língua do país

… sabendo que cada vez mais outras pessoas de países diferentes e de culturas diferentes estão a interessar-se por aprender a língua do país …

031/ASS/CE … mais saúde para as gerações que virá.

… mais saúde para as gerações que virão.

038/ASS/CENo nosso país as pessoas não respeitas uns aos outros, falamos tudo que quizer…

No nosso país, as pessoas não respeitam uns aos outros, falam tudo que querem…

034/ASS/CE … hoje em dia há muitas doenças que atinge o ser humano …

… hoje em dia, há muitas doenças que atingem o ser humano …

Page 161: ªncia... · A Língua, o instrumento fundamental da comunicação, é tratada como se fosse um esfregão. Os jovens saem da universidade a escrever mal e, quem escreve mal, não

161

COMPETÊNCIA DE ESCRITAEnsino dos Textos e Aprendizagem da sua Produção

052/PR/CE

A água tem um papel muito importante porque é a fonte de oxigenio, desempenha um papel importante para que as árvores produza o oxigénio …

A água tem um papel muito importante porque é a fonte de oxigénio, desempenha um papel importante para que as árvores produzam o oxigénio …

007/SF/LP

… e essas construções não tem nenhuma segurança, a melhor opção seria que o estado criasse novos postos de trabalho e construísse habitações dignas para pessoas mais necessitados …

… e essas construções não têm nenhuma segurança, a melhor opção seria que o estado criasse novos postos de trabalho e construísse habitações dignas para pessoas mais necessitadas …

040/ASS/CE

Porque a uns tempos a traz era poucas pessoas que praticavam o desporto mais hoje temos milhares de atleta.

Porque há uns tempos eram poucas as pessoas que praticavam desporto, mas hoje temos milhares de atletas.

009/SF/LPOs livros nas biblioteca tem influeciado muito para as leituras para quem gosta de ler.

Os livros nas bibliotecas têm influenciado muito a prática da leitura, especialmente, para quem gosta de ler.

036/ASS/CE As vezes, a pessoa sentem dores e vão ao hospital…

As vezes, as pessoas sentem dores e vão ao hospital…

019/SF/CE…os trenadores internacionais vê que temos profissionais também no nosso país.

… os treinadores internacionais vêem que temos profissionais também no nosso país.

057/PR/CE Antes da independência os povos cabo-verdiano lutavam.

Antes da independência o povo cabo-verdiano lutava…

041/ASS/CE

Os medicos estão a recumendarem para fazerem exercicio físicos … porque existe muitas pessoas com excesso de pesso ….

Os médicos estão a recomendar que as pessoas façam exercícios físicos … porque existem muitas pessoas com excesso de peso….

Page 162: ªncia... · A Língua, o instrumento fundamental da comunicação, é tratada como se fosse um esfregão. Os jovens saem da universidade a escrever mal e, quem escreve mal, não

162

CESÁRIA DIAS LEITEJOSÉ ESTEVES REI

3.2.2 No período composto

Código Identificação do erro Proposta de reconstrução

041/ASS/CEEu sou a prova disso porque foi representar ….

Sou a prova disso porque fui representar…

044/PR/CE

Para além de sermos um país pobre por não possuírem ouro, nem petróleo mas o que não nos falta é a esperança de crescer dia após dia sou cabo verdiano e sinto orgulho disso.

Apesar de sermos um país pobre, por não possuímos ouro nem petróleo, o que não nos falta é a esperança de crescer dia após dia. Sou cabo-verdiano e sinto orgulho disso.

006/ASS/LP

As consequência das construção clandistinas são vasto tais como, casa não alinhadas coretamente, as construção mal estruturado porque não tem base como planta de casa.

As consequências das construções clandestinas são vastas: tais como casas não alinhadas corretamente, construções mal estruturadas porque não têm na base uma planta de casa.

027/ASS/CE

Tendo em conta que a língua é um veículo de comunicação importa afirmar que a mesma têm muita importância …

Tendo em conta que a língua é um veículo de comunicação, importa afirmar que a mesma tem muita importância …

030/SF/CE

Como fala o texto pessoas que não entendem muito bem a sua própria língua vai a um outro país, mistura as duas línguas.

Como refere o texto, as pessoas que não entendem muito bem a sua própria língua vão a um outro país e misturam as duas línguas.

016/SF/CE

… quando os emigrantes vieram para o país de acolhemento devem dominar a língua e uma manera específica para que possa ser compreendida por eles.

… quando os emigrantes vão para o país de acolhimento, devem dominar a língua para que possam ser compreendidos.

016/SF/CEDeve ser dominadas muito bem para que os emigrantes possa compreender da melhor forma.

Deve ser dominada muito bem para que os emigrantes possam compreender da melhor forma.

020/SF/CEOs emigrantes que dominam a língua tem maior capacidade de adaptar ao meio.

Os emigrantes que dominam a língua têm maior capacidade de adaptarem-se ao meio.

Page 163: ªncia... · A Língua, o instrumento fundamental da comunicação, é tratada como se fosse um esfregão. Os jovens saem da universidade a escrever mal e, quem escreve mal, não

163

COMPETÊNCIA DE ESCRITAEnsino dos Textos e Aprendizagem da sua Produção

018/SF/CE… com desporto, muitos jovens , que gostam de ser atiletas, futibolista entre outros, realizará o seu sonho.

… com o desporto, muitos jovens, que gostariam de ser atletas, como futebolistas, realizarão os seus sonhos.

008/SF/LP

… as crianças andam a sofrer as injustiças, que normalmente são produzidas pelas pessoas mais velhas, ou seja, adultos que são pessoas analfabéticos, não sabem distinguir entre o justo e o injusto, com razão, porque não sabem ler e talvez tem que ler para saber o que deve ou não fazer …

… as crianças andam a sofrer as injustiças que normalmente são praticadas pelas pessoas mais velhas, ou seja, os adultos, que são pessoas analfabetas. Não sabem distinguir entre o justo e o injusto, com razão, porque não sabem ler e talvez tivessem de ler para saberem o que devem ou não fazer ...

056/PR/CE… há um certo egoísmo da parte dos que tem o poder.

…há um certo egoísmo da parte dos que têm o poder.

056/PR/CE… dia após dia se nota novas mudanças …

… dia após dia notam-se novas mudanças …

009/SF/LP

… permitindo que não se tome o verdadeiro pelo falso, com a taxa de alfabetização muito pessoas não conhecem as letras ou seja não sabe ler um livro não obtém conhecimento do mundo.

… permitindo que não se tome o verdadeiro pelo falso. Com a taxa de alfabetização, muitas pessoas não conhecem as letras, ou seja, não sabem ler um livro e não obtêm conhecimento do mundo.

008/SF/LP

… mas nem sempre essas pessoas estão interessadas em aprender a ler, interessam-se em fazer outras coisas, de que procurar quem sabe ler que a ensine a ler

… mas nem sempre essas pessoas estão interessadas em aprender a ler, interessam-se em fazer outras coisas, não procuraram quem saiba ler e que lho ensine.

036/ASS/CE

… uma péssima imagem para o país porque muitos turistas por exemplo que querem visitar um país já não vai mais porque está cheio de doenças…

… uma péssima imagem para o país porque muitos turistas, por exemplo, que queriam visitar o país já não o fazem porque está cheio de doenças…

036/ASS/CEA pessoa ganham mais calorias e fica mais saudável …

A pessoa ganha mais calorias e fica mais saudável …

Page 164: ªncia... · A Língua, o instrumento fundamental da comunicação, é tratada como se fosse um esfregão. Os jovens saem da universidade a escrever mal e, quem escreve mal, não

164

CESÁRIA DIAS LEITEJOSÉ ESTEVES REI

051/PR/CE

Antigamente Cabo verde era colónia dos português, aonde existiam preconceitos e escuridão, eram maltratados e obrigados fazerem trabalhos pesados.

Antigamente, Cabo Verde era colónia portuguesa, onde existiampreconceitos e escuridão, os cidadãos eram maltratados e obrigados a fazerem trabalhos pesados.

055/PR/CEMas, olhando com olhar positivo as águas contribui …

Mas olhando positivamente a água contribui …

3.3 Tempo e modo verbais Código Identificação do erro Proposta de reconstrução

008/SF/LP

… mas nem sempre essas pessoas estão interessadas em aprender a ler, interessam-se em fazer outras coisas, de que procurar quem sabe ler que a ensine a ler.

… mas nem sempre essas pessoas estão interessadas em aprender a ler, interessam-se em fazer outras coisas, em vez de procurarem quem saiba ler e que lho ensine.

010/SF/LP

No mundo em que vivemos hoje deparamos com varias crises, Portanto se cada família tivesse um membro que tinha trabalho a crise seria menor.

No mundo em que vivemos, deparamo-nos com várias crises. Portanto, se cada família tivesse um membro que tivesse trabalho a crise seria menor.

015/SF/CEPara que isso acontece temos que saber a língua …

Para que isso aconteça, temos que saber a língua …

015/SF/CE

Portanto para que dominam a língua do país … devem saber os vocabulários, e as regras gramaticais.

Portanto, para que dominem a língua do país… devem saber o vocabulário, e as regras gramaticais.

016/SF/CE

O domínio da língua é importante no país de acolhimento porque permite que os emigrantes têm mais conhecimento em relação aos outros pessoas…

O domínio da língua é importante no país de acolhimento porque permite que os emigrantes tenham mais conhecimento em relação às outras pessoas …

030/SF/CE

… uma pessoa sai do seu pais e ir a outro sempre vai com algum objetivo e para que foi este objetivo vai ter que dominar a língua.

… uma pessoa sai do seu país e vai para outro, vai com algum objetivo e qualquer que seja este objetivo, vai ter que dominar a língua.

Page 165: ªncia... · A Língua, o instrumento fundamental da comunicação, é tratada como se fosse um esfregão. Os jovens saem da universidade a escrever mal e, quem escreve mal, não

165

COMPETÊNCIA DE ESCRITAEnsino dos Textos e Aprendizagem da sua Produção

031/ASS/CE… espero que de aqui a alguns anos cabo verde vai ter mais seleções competentes …

… espero que daqui a alguns anos Cabo Verde vá ter mais seleções competentes …

041/ASS/CE

Os medicos estão a recumendarem para fazerem exercicio físicos … porque existe muitas pessoas com excesso de pesso ….

Os médicos estão a recomendar que as pessoas façam exercícios físicos … porque existem muitas pessoas com excesso de peso….

043/PR/CE

Agora sinto me bem, por me e pelos todos, se não for a libertação, até ainda estava-mos a ser torturado, vendido e traficados…

Agora sinto-me bem, por mim e por todos, se não fosse a libertação, ainda estaríamos a ser torturados, vendidos e traficados…

014/SF/CE

Hoje em dia, o Desporto não é só praticada por jovens como tanben por parte dos idosos por causa do corpo que talvez pode estar a envelhecer…

Hoje em dia, o desporto não é só praticado por jovens como também por idosos, por causa do corpo que talvez possa estar a envelhecer…

027/ASS/CE

Contudo ao analisar o caso concluímos que a nossa interação social seria mais fácil num país cujo a língua é o português.

Contudo, ao analisar o caso, concluímos que a nossa interação social seria mais fácil num país cuja língua fosse o português.

038/ASS/CEEu acho que é importante usar lingua no nosso país para que o nosso país vai melhorar…

Eu acho que é importante usar a língua no nosso país para que o nosso país melhore …

040/ASS/CEEu acho que é muito importante que os emigrantes dominam a língua …

Eu acho que é muito importante que os emigrantes dominem a língua …

040/ASS/CE… caso não compreender para pedir ajuda…

… caso não compreenda, para pedir ajuda …

048/PR/CEEspero daqui a 10 anos seremos, país desenvolvido…

Espero que, daqui a 10 anos, sejamos um país desenvolvido…

049/PR/CE… devemos sempre poupá-la de forma a economizá-la, utilizá-la sempre que preciso …

… devemos sempre poupá-la de forma a economizá-la, utilizá-la sempre que precisemos …

057/PR/CE… embora Amílcar Cabral e Aristides Pereira são considerados, para mim autores desta história.

… embora Amílcar Cabral e Aristides Pereira sejam considerados por mim autores desta história.

Page 166: ªncia... · A Língua, o instrumento fundamental da comunicação, é tratada como se fosse um esfregão. Os jovens saem da universidade a escrever mal e, quem escreve mal, não

166

CESÁRIA DIAS LEITEJOSÉ ESTEVES REI

024/ASS/CEAssim estamos a prender algumas coisas que nos sirvam para frente.

Assim estamos a aprender algumas coisas que nos servirão no futuro.

013/SF/LP

Bom, a grande importância do domínio da língua do pais de acolhimento pelo emigrante e que quando irmos áprendemos mais a língua do país para onde irmos e também ensinarmos aos que lá vivem.

A grande importância do domínio da língua do país de acolhimento para os emigrantes é que quando formos, aprenderemos mais a língua do país, para onde formos e também ensinaremos outras coisas aos que lá vivem.

031/ASS/CEQuanto mais desporto praticamos mais saúde vamos ter e mais benefícios o país vai ter …

Quanto mais desporto praticarmos mais saúde teremos e mais benefícios para o país …

016/SF/CE

O domínio da língua é importante no país de acolhimento porque permite que os emigrantes têm mais conhecimento em relação aos outros pessoas…

O domínio da língua é importante no país de acolhimento porque permite aos emigrantes terem mais conhecimento em relação às outras pessoas …

028/ASS/LP

… se uma pessoa emigra e não domina a língua do país que o acolhe, a sua vida nesse país seria extremamente difícil…

… se uma pessoa emigra e não domina a língua do país que o acolhe, a sua vida nesse país será extremamente difícil…

031/ASS/CE

… tal como a equipa de cabo verde “Tubarões Azuis” daram um grande contributo para o desenvolvimento do país …

… tal como a equipa de Cabo Verde, os “Tubarões Azuis”, darão um grande contributo para o desenvolvimento do país …

018/SF/CE

… com o desporto, muitos jovens, que gostam de ser atiletas, futibolista entre outros, realizará o seu sonho.

… com o desporto, muitos jovens , que gostariam de ser atletas, futebolistas entre outras modalidades, realizarão o seu sonho.

038/ASS/CENo nosso país as pessoas não respeitas uns aos outros, falamos tudo que quizer.

No nosso país, as pessoas não se respeitam uns aos outros, falamos tudo que queremos.

Page 167: ªncia... · A Língua, o instrumento fundamental da comunicação, é tratada como se fosse um esfregão. Os jovens saem da universidade a escrever mal e, quem escreve mal, não

167

COMPETÊNCIA DE ESCRITAEnsino dos Textos e Aprendizagem da sua Produção

009/SF/LP

Importância da leitura e da alfabetização para a sociedade porque nos ajuda melhor o nosso ponto de vista e permiti-nós conhecer frases ou palavras que não o conhecemos os que são as mais dificieis …

A leitura e a alfabetização são importantes para a sociedade porque nos ajudam a melhorar o nosso ponto de vista e permitem-nos conhecer frases ou palavras que não conhecíamos e que são as mais difíceis …

012/SF/CE… visto que se não conhecemos a língua como vamos realizar as atividades…

… visto que, se não conhecermos a língua, como vamos realizar as atividades?

055/PR/CE… precisamos dela para matar a sede preparas os alimentos …

… precisamos dela para matar a sede e preparar os alimentos …

3.4. Regência verbal

Código Identificação do erro Proposta de reconstrução

007 /SF/LP… não tendo a possibilidade de construir casas nos meios urbanos recorrem as encostas …

… não tendo a possibilidade de construir casas nos meios urbanos recorrem às encostas ...

009/SF/LP… porque nos ajuda melhor o nosso ponto de vista e permiti-nós conhecer frases ou palavras …

… porque nos ajuda a melhorar o nosso ponto de vista e permite-nos conhecer frases ou palavras …

016/SF/CE

O domínio da língua é importante no país de acolhimento porque permite que os emigrantes têm mais conhecimento em relação aos outros pessoas …

O domínio da língua é importante no país de acolhimento porque permite aos emigrantes terem mais conhecimento em relação às outras pessoas …

032/ASS/CEA língua é muito importante porque permite o usuario as suas actividades …

A língua é muito importante porque permite ao usuário exercer melhor as suas atividades …

032/ASS/CE… o modo como ela proporciona com que o usuario seja capaz de interagir em tudo …

… o modo como ela proporciona ao usuário, para que este seja capaz de interagir em tudo …

040/ASS/CE

Por isso, é aconselhável para todos as que queiram visitar, residir em outro país para fazerem pesquisas básicas sobre as línguas utilizada …

Por isso, é aconselhável a todos os que queiram visitar, residir em outro país para fazerem pesquisas básicas sobre as línguas utilizadas …

Page 168: ªncia... · A Língua, o instrumento fundamental da comunicação, é tratada como se fosse um esfregão. Os jovens saem da universidade a escrever mal e, quem escreve mal, não

168

CESÁRIA DIAS LEITEJOSÉ ESTEVES REI

041/ASS/CEPenso que o Cabo Verde está a evoluir sobre o nivel de desporto …

Penso que Cabo Verde está a evoluir a nível de desporto…

047/PR/CEAgua é um componente indispensável a vida …

Água é um componente indispensável à vida …

053/PR/CE Não reclama os seus direitos … Não reclama pelos seus direitos

021/ASS/CE... com o domínio da língua é fácil habituar-se com a cultura, costume, direitos de cada país…

… com o domínio da língua é fácil habituar-se à cultura, aos costume e aos direitos de cada país

3.5 O “se” pronome (reflexo, recíproco e indeterminado)

Código Identificação do erro Proposta de reconstrução

001/PR/LP

Permitindo que cidadãos com mobilidade condicionada não fiquem impossibilitados de deslocarem por ma gestão do espaço publico.

Permitindo que cidadãos com mobilidade condicionada não fiquem impossibilitados de se deslocarem por má gestão do espaço público.

003/PR/LP

As políticas de mobilidade têm de permitir o usufruir prazeroso das cidades por parte das populações permitindo que cidadãos com mobilidade condicionada não fiquem impossibilitados de deslocarem por má gestão o espaço público.

As políticas de mobilidade têm de permitir o usufruir prazeroso das cidades, por parte das populações, permitindo que cidadãos com mobilidade condicionada não fiquem impossibilitados de se deslocarem por má gestão o espaço público.

037/ASS/CE

Na minha óptica deve apostar no desporto mais em zonas rurais do país a pouco entretedimento e há muito talento.

Na minha ótica, deve-se apostar mais no desporto nas zonas rurais do país, onde há pouco entretenimento e há muito talento.

022/ASS/CE

… sabendo que cada vez mais outras pessoas de países diferente e cultura diferente esta a interessar por aprender a língua do país

… sabendo que cada vez mais outras pessoas de países diferentes e de culturas diferentes se interessam em aprender a língua do país…

Page 169: ªncia... · A Língua, o instrumento fundamental da comunicação, é tratada como se fosse um esfregão. Os jovens saem da universidade a escrever mal e, quem escreve mal, não

169

COMPETÊNCIA DE ESCRITAEnsino dos Textos e Aprendizagem da sua Produção

025/ASS/CE

Uma vez que o emigrante tem por diver adapta as culturas do país acolhedor, pois com objetivo de lhe facilitar a vida o domínio da língua e muitíssimo importante para o emigrante.

Uma vez que o emigrante tem por dever adaptar-se às culturas do país acolhedor, com objetivo de lhe facilitar a vida, o domínio da língua é muitíssimo importante para o emigrante.

051/PR/LPEntretanto, só tornou um país independente no ano de 1975 …

Entretanto, só se tornou um país independente no ano de 1975 …

020/SF/CEOs emigrantes que dominam a língua tem maior capacidade de adaptar ao meio.

Os emigrantes que dominam a língua têm maior capacidade de adaptarem-se ao meio.

026/ASS/CE

O desporto individual ajuda as pessoas não só a manter a forma física como também livrar as pessoas do stress.

O desporto individual ajuda as pessoas não só a manter a forma física como também a livrarem-se do estresse.

030/ASS/CE

O domínio da língua do país de acolhimento é muito importante, porque se não dominar a língua não consegue nada.

O domínio da língua do país de acolhimento é muito importante porque se não se dominar a língua não se consegue nada.

054/PR/CE

… pais que não possuí nenhuns meios económicos como é o nosso caso podemos disser… que Cabo Verde se evoluiu e tanto nesses anos …

… país que não possui nenhuns meios económicos como é o nosso caso podemos dizer … que Cabo Verde evoluiu e muito nesses anos …

033/ASS/CE

… quanto au domínio da língua é importante porque o emigrante no país de acolhimento, precisa de ter o domínio da língua para se poder trabalhar …

… quanto ao domínio da língua, é importante porque o emigrante, no país de acolhimento, precisa de ter o domínio da língua, para poder trabalhar …

014/SF/CE

Em Cabo Verde, o desporto vem-se evoluindo com o decorrer do tempo o governo esta a apostar-se fortemente no desporto.

Em Cabo Verde, o desporto vem evoluindo, com o decorrer do tempo, o governo está a apostar fortemente no desporto.

036/ASS/CE

Muitas vezes as pessoas se rejeitam a não praticar desporto principalmente as pessoas mais idosas.

Muitas vezes as pessoas rejeitam a prática do desporto, principalmente, as mais idosas.

012/SF/CEEntão para adaptar-se é preciso superar várias dificuldades.

Então, para se adaptar é preciso superar várias dificuldades.

Page 170: ªncia... · A Língua, o instrumento fundamental da comunicação, é tratada como se fosse um esfregão. Os jovens saem da universidade a escrever mal e, quem escreve mal, não

170

CESÁRIA DIAS LEITEJOSÉ ESTEVES REI

015/SF/CEQuando domina-se a língua do país de acolhimento, vão ter mais acesso às informações.

Quando se domina a língua do país de acolhimento, tem-se mais acesso às informações.

015/SF/CEVão entender e interpretar os assuntos politos, não vão deixar-se de ser enganados

Vão entender e interpretar os assuntos políticos, não se vão deixar enganar.

051/PR/CEActualmente se vê um país com grande sabedoria.

Atualmente, vê-se um país com grandes capacidades.

052/PR/CE

A água se infiltra praticamente tudo o que fazemos, nas construções, no nosso dia-a-dia para a idratação do corpo humano.

A água infiltra-se em praticamente tudo o que fazemos, nas construções, no nosso dia-a-dia para a hidratação do corpo humano.

052/PR/CE… não haverá oxigenio para a nossa respiração e o ar se torna poluído com o fumo das fabricas …

… não haverá oxigénio para a nossa respiração e o ar torna-se [tornar-se-á] poluído com o fumo das fábricas …

033/ASS/CE… enquanto não tiver o domínio da língua não consegue se satisfazer nos seus estudos.

… enquanto não se tiver o domínio da língua não se consegue satisfazer nos seus estudos. (= se realizar)

056/PR/CE… dia após dia se nota novas mudanças…

… dia após dia notam-se [nota-se] novas mudanças…

4. MORFOLOGIA

4.1 Preposição

Código Identificação do erro Proposta de reconstrução

036/ASS/CEAs pessoas têm conhecimento da importância e vantagens que vão ganhar com a pática do desporto.

As pessoas têm conhecimento da importância e das vantagens que vão ganhar com a pática do desporto.

033/ASS/CE… enquanto não tiver o domínio da língua não consegue se satisfazer … trabalhos.

… enquanto não tiver o domínio da língua não consegue realizar-se … nos trabalhos.

032/ASS/CECertas práticas de desporto servem terapias.

Certas práticas de desporto servem de terapias.

Page 171: ªncia... · A Língua, o instrumento fundamental da comunicação, é tratada como se fosse um esfregão. Os jovens saem da universidade a escrever mal e, quem escreve mal, não

171

COMPETÊNCIA DE ESCRITAEnsino dos Textos e Aprendizagem da sua Produção

052/PR/CE

A água se infiltra praticamente tudo o que fazemos, nas construções, no nosso dia-a-dia para a idratação do corpo humano.

A água infiltra-se em praticamente tudo o que fazemos, nas construções, no nosso dia-a-dia para a hidratação do corpo humano.

053/PR/CE… ainda há muitos jovens desempregados sem o que se ocupar …

…. ainda há muitos jovens desempregados sem nada com que se ocuparem …

018/SF/CEUm medico ao passar uma receita para um paciente para praticar …

Um médico, ao passar uma receita a um paciente para praticar, …

042/ASS/CE

… tudo isso depende dos nosso profissionais que iram nus dar uma base bem firme e forte por nós iniciantes …

… tudo isso depende dos nossos profissionais que nos darão uma base bem firme e forte para nós, os iniciantes, …

032/ASS/CE

... de modo que consegue conpriender as pessoas que falam com ele, consegue dar opinioes de certos assuntos…

... de modo que consegue compreender as pessoas que falam com ele, consegue dar opinião sobre certos assuntos...

050/PR/CE

… ainda a muito que fazer mas isso acontece paulatinamente, comparando Cabo Verde de ontem de hoje a nível com educação poucas pessoas frequentavam a escola havia pouca estabelecimento de ensino comparando com hoje…

… ainda há muito que fazer, mas isso acontece paulatinamente. Comparando Cabo Verde de ontem com o de hoje, a nível da educação, poucas pessoas frequentavam a escola porque havia poucos estabelecimentos de ensino …

056/PR/CEMas será que todos pensam nisso? Esta é uma pergunta pela qual não falta resposta.

Mas será que todos pensam nisso? Esta é uma pergunta para a qual não falta resposta.

033/ASS/CE… enquanto não tiver o domínio da língua não consegue se satisfazer com os seus estudo …

… enquanto não tiver o domínio da língua não se consegue realizar nos seus estudo ...

025/ASS/CEPara alem disso alarga-lhe o conhecimento e a aprendisagem sobre outras línguas.

Para além disso alarga-lhe o conhecimento e a aprendizagem de outras línguas.

Page 172: ªncia... · A Língua, o instrumento fundamental da comunicação, é tratada como se fosse um esfregão. Os jovens saem da universidade a escrever mal e, quem escreve mal, não

172

CESÁRIA DIAS LEITEJOSÉ ESTEVES REI

4.2 Artigo

Código Identificação do erro Proposta de reconstrução

006/ASS/LPAs solução são construir mais casa para todos, ajuda do governo.

A solução é construir mais “casa para todos”, com a ajuda do governo.

007/SF/LP

… e essas construções não tem nenhuma segurança, a melhor opção seria que o estado criasse novos postos de trabalho e construísse habitações dignas para pessoas mais necessitados …

… e essas construções não têm nenhuma segurança, a melhor opção seria que o estado criasse novos postos de trabalho e construísse habitações dignas para as pessoas mais necessitadas …

038/ASS/ CE

Eu acho que é importante usar língua no nosso país … devemos respeitar vocabulário quando estamos a falar com pessoa.

Eu acho que é importante usar a língua no nosso país … devemos respeitar o vocabulário quando estamos a falar com uma pessoa.

040/ASS/CE

Porque a uns tempos a traz era poucas pessoas que praticavam o desporto mais hoje temos milhares de atleta.

Porque há uns tempos eram poucas as pessoas que praticavam desporto, mas hoje temos milhares de atletas.

031/ASS/CETodavia é necessário pensar em futuro do país, pois o desporto pode trazer varias vantagens …

Todavia, é necessário pensar no futuro do país, pois o desporto pode trazer várias vantagens …

031/ASS/CE

Desporto é muito importante para a saúde individual, pois permite ter uma saúde saudavel e contribui para o desenvolvimento físico e psicológico do individuo.

O desporto é muito importante para a saúde individual, pois permite ter saúde e contribui para o desenvolvimento físico e psicológico do individuo.

021/ASS/CE... com o domínio a língua é fácil habituar-se com a cultura, costume, direitos de cada país …

… com o domínio da língua é fácil habituar-se à cultura, aos costume e aos direitos de cada país …

027/ASS/CE… facilitou nosso diálogo não só com médico, como também com os nossos amigos e vizinhos.

… facilitou o nosso diálogo não só com o médico, como também com os nossos amigos e vizinhos.

Page 173: ªncia... · A Língua, o instrumento fundamental da comunicação, é tratada como se fosse um esfregão. Os jovens saem da universidade a escrever mal e, quem escreve mal, não

173

COMPETÊNCIA DE ESCRITAEnsino dos Textos e Aprendizagem da sua Produção

031/ASS/CE

… tal como a equipa de cabo verde “Tubarões Azuis” daram um grande contributo para o desenvolvimento do país…

… como por exemplo, a equipa de Cabo Verde, os “Tubarões Azuis”, deram um grande contributo para o desenvolvimento do país …

035/ASS/CE

O domínio da língua estrangeira também ajuda na convivência com os outros emigrantes, também ajuda o a encontrar trabalho facilmente, uma vez que hoje em dia não esta a ser facil encontra-lo, por isso é muito importante saber dominar a língua.

O domínio da língua estrangeira também ajuda na convivência com os outros emigrantes, ajuda a encontrar um trabalho facilmente, uma vez que hoje em dia não está a ser fácil encontrá-lo, por isso é muito importante dominar a língua.

037/ASS/CE

Na minha óptica deve apostar no desporto mais em zonas rurais do país a pouco entretenimento e há muito talento.

Na minha ótica, deve-se apostar mais no desporto nas zonas rurais do país, onde há pouco entretenimento e há muito talento.

042/ASS/CE

… tudo esta a depender dos nossos profissionais que iram nus dar uma base bem firme por nós iniciantes acreditar …

... tudo está a depender dos nossos profissionais que nos irão dar uma base bem firme para nós, os iniciantes, acreditarmos …

041/ASS/CE… fui representar Cabo Verde em Mali.

… fui representar Cabo Verde no Mali.

030/SF/CE

Como fala o texto pessoas que não entendem muito bem a sua própria língua vai a um outro país, mistura as duas línguas.

Como refere o texto, as pessoas que não entendem muito bem a sua própria língua vão a um outro país e misturam as duas línguas.

036/ASS/CEO desporto é a prática do exercício físico que favorece a boa saúde a pessoa…

O desporto é a prática de exercício físico que favorece a boa saúde da pessoa…

041/ASS/CEPenso que o Cabo Verde está a evoluir sobre o nivel de desporto …

Penso que Cabo Verde está a evoluir a nível de desporto ...

027/ASS/CEConcluímos que a interação social seria mais fácil num país cujo a língua oficial …

Concluímos que a interação social seria mais fácil num país cuja língua oficial …

Page 174: ªncia... · A Língua, o instrumento fundamental da comunicação, é tratada como se fosse um esfregão. Os jovens saem da universidade a escrever mal e, quem escreve mal, não

174

CESÁRIA DIAS LEITEJOSÉ ESTEVES REI

031/ASS/CE

No entanto o desporto ajuda o individuo a ter o espírito desportivo, a conviver em equipas o que é muito importante saber estar no grupo, visto que é muito importante saber conviver com os outros, pois com isso aprendemos cada vés mais e a desenvolver a nossa mentalidade.

O desporto ajuda o indivíduo a ter o espírito desportivo, a conviver em equipa, pois é muito importante, saber estar em grupo, visto que é muito importante saber conviver com os outros. Com isso aprendemos cada vez mais e a desenvolver a nossa mentalidade.

018/SF/CE

O disporto tem um papel muito importante na saúde porque ela nos ajuda a diminuir doensas quem pratica desporto tem uma vida saudável.

O desporto tem um papel muito importante na saúde porque ela nos ajuda a diminuir as doenças. Quem pratica desporto tem uma vida saudável.

5. ERROS DISCURSIVOS

5.1 Pontuação

Código Identificação do erro Proposta de reconstrução

002/PR/LPAs políticas globais teem que ter este tema em conta aquando de qualquer tomada de decisão.

As políticas globais têm que ter este tema em conta, aquando de qualquer tomada de decisão.

006/ASS/LP

As consequência das construção clandistinas são vasto tais como, casa não alinhadas coretamente as construção mal estruturado porque não tem base como planta de casa.

As consequências das construções clandestinas são vastas tais como casas não alinhadas corretamente, construções mal estruturadas porque não têm na base uma planta de casa.

009/SF/LP… muito pessoas não conhecem as letras ou seja não sabe ler um livro não obtém conhecimento do mundo.

… muitas pessoas não conhecem as letras, ou seja, não sabem ler um livro nem obtêm conhecimento do mundo.

010/SF/LP

No mundo em que vivemos hoje deparamos com varias crises, portanto se cada família tivesse um membro que tinha trabalho a crise seria menor.

No mundo em que vivemos hoje, deparamo-nos com várias crises. Portanto, se cada família tivesse um membro que tivesse trabalho a crise seria menor,

Page 175: ªncia... · A Língua, o instrumento fundamental da comunicação, é tratada como se fosse um esfregão. Os jovens saem da universidade a escrever mal e, quem escreve mal, não

175

COMPETÊNCIA DE ESCRITAEnsino dos Textos e Aprendizagem da sua Produção

011/ SF/LPVarias crianças hoje sabe perfeitamente a leitura, os mais velhos já não são analfabetos.

Várias crianças hoje sabem, perfeitamente, a leitura e os mais velhos já não são analfabetos.

012/SF/CE

… é algo estranho (podendo assim dizer) porque vai se deparar com novas caras, novos lugares, novos costumes, novas gastronomia, novas musicas enfim uma nova cultura que se desemvolve num quotidiano diferente.

… é algo estranho (podendo assim dizer) porque vai se deparar com novas caras, novos lugares, novos costumes, novas gastronomias, novas músicas, enfim, uma nova cultura que se desenvolve num quotidiano diferente.

012/SF/CE

Quando se emigra principalmente pela primeira vez o estrangeiro é visto como um território novo, pois desconhece-se quase tudo visto que ali tudo que vai se encontrar é algo estranho.

Quando se emigra, principalmente pela primeira vez, o estrangeiro é visto como um território novo, pois desconhece-se quase tudo visto que ali tudo que se vai encontrar é algo estranho.

012/SF/CEEntão com o objetivo de não teres problemas de adaptação quando emigrar aqui vai o meu concelho …

Então, com o objetivo de não teres problemas de adaptação, quando emigrares, aqui vai o meu conselho …

015/SF/CE

Quando falam utilizam as duas línguas a do país de origem com a do acolhimento como tem menos vocabulário não assimulando que aprenderam do país de acolhimento.

Quando falam, utilizam as duas línguas, a do país de origem e a do acolhimento. Como têm menos vocabulário, não assimilam o que aprenderam da língua do país de acolhimento.

015/SF/LPPortanto para que dominam a língua do país … devem saber os vocabulários, e as regras gramaticais.

Portanto, para que dominem a língua do país … devem conhecer o vocabulário e as regras gramaticais.

014/SF/CE

Em Cabo Verde o desporto vem-se evoluindo muito com o tempo o governo esta a apostar-se fortemente no desporto.

Em Cabo Verde, o desporto vem evoluindo muito com o tempo, o governo está a apostar fortemente no desporto.

014/SF/CE Praticam futebol de 11 ou seja … Praticam futebol de 11, ou seja, …

Page 176: ªncia... · A Língua, o instrumento fundamental da comunicação, é tratada como se fosse um esfregão. Os jovens saem da universidade a escrever mal e, quem escreve mal, não

176

CESÁRIA DIAS LEITEJOSÉ ESTEVES REI

018/SF/CE

O disporto tem um papel muito importante na saúde porque ela nos ajuda a diminuir doensas quem pratica desporto tem uma vida saudável.

O desporto tem um papel muito importante na saúde porque ela nos ajuda a diminuir as doenças. Quem pratica desporto tem uma vida saudável.

029/SF/CE

O desporto é muito importante na saúde saudável do indivíduo uma vez que proporciona uma disposição mais rica Um individuo que pratica esporte tem melhores condições de vida.

O desporto é muito importante na saúde do indivíduo, uma vez que proporciona uma disposição mais rica. Um individuo que pratica desporto tem melhores condições de vida.

041/ASS/CE

Os medicos estão a recumendarem para fazerem exercicio físicos … porque existe muitas pessoas com excesso de pesso ou seja a obesidade.

Os médicos estão a recomendar para as pessoas fazerem exercícios físicos … porque existem muitas pessoas com excesso de peso, ou seja, são obesos.

043/PR/CE… antes éra um pais colonizados pelos português em que comandava todo o teritorio nacional …

… antes era um país colonizado pelos portugueses, que comandavam todo o território nacional …

044/PR/CE… é uma das razões da nossa existência mas se não cuidarmos bem dela …

… é uma das razões da nossa existência, mas se não cuidarmos bem dela …

016/SF/CE

Esse domínio de língua não só é importante como tambem para serem usadas e compreendida de forma clara objetiva.

Esse domínio de língua não só é importante, como também para permitir a comunicação.

050/PR/CE

… ainda a muito que fazer mas isso acontece paulatinamente, comparando Cabo Verde de ontem de hoje a nível com educação poucas pessoas frequentavam a escola havia pouca estabelecimento de ensino comparando com hoje…

… ainda há muito que fazer, mas a mudança acontece paulatinamente. Comparando Cabo Verde de ontem com o de hoje, a nível de educação poucas pessoas frequentavam a escola porque havia poucos estabelecimentos de ensino …

Page 177: ªncia... · A Língua, o instrumento fundamental da comunicação, é tratada como se fosse um esfregão. Os jovens saem da universidade a escrever mal e, quem escreve mal, não

177

COMPETÊNCIA DE ESCRITAEnsino dos Textos e Aprendizagem da sua Produção

052/PR/CE

A importancia da água para a sociedade saúde do ser humano é algo indispensável porque a água é fonte vital no planeta terra abundancia de água todos os seres vivos irão benificiar … de indeterminadas utilidades.

A importância da água para a sociedade, saúde do ser humano é algo indispensável porque a água é fonte vital no planeta terra. Com a abundância de água todos os seres vivos irão beneficiar porque a água tem determinadas utilidades.

054/PR/CE… podemos dizer que ao longo desse 40 anos muitas coisas aconteceram algumas boas e outras nem por isso.

… podemos dizer que, ao longo desses 40 anos, muitas coisas aconteceram , algumas boas e outras, nem por isso.

056/PR/CE

No entanto, eu creio que, os nossos jovens, que são os futuros políticos acreditam na fé dos seus antepassados.

No entanto, eu creio que os nossos jovens, que são os futuros políticos, acreditam na fé dos seus antepassados.

036/ASS/CE

… uma péssima imagem para o país porque muitos turistas por exemplo que querem visitar um país já não vai mais porque está cheio de doenças…

… uma péssima imagem para o país porque muitos turistas, por exemplo, que querem visitar um país, já não vão mais porque está cheio de doenças…

037/ASS/CE

Na minha óptica deve apostar no desporto mais em zonas rurais do país a pouco entretedimento e há muito talento.

Na minha ótica, deve-se apostar mais no desporto nas zonas rurais do país, onde há pouco entretenimento e há muito talento.

037/ASS/CE

Se tudo isso for feito o nosso país so saí a ganhar quer no desporto internacional e no bem estar físico e psicológico da população.

Se tudo isso for feito, o nosso país saí a ganhar quer no desporto internacional quer no bem-estar físico e psicológico da população.

036/ASS/CE

Porque a uns tempos a traz era poucas pessoas que praticavam o desporto mais hoje temos milhares de atleta.

Porque há algum tempo eram poucas as pessoas que praticavam desporto, mas hoje temos milhares de atletas.

Page 178: ªncia... · A Língua, o instrumento fundamental da comunicação, é tratada como se fosse um esfregão. Os jovens saem da universidade a escrever mal e, quem escreve mal, não

178

CESÁRIA DIAS LEITEJOSÉ ESTEVES REI

010/SF/LP

Antigamente mulher era mais analfabético, do que hoje, Pois, a mulher não Podia ir para escola, apenas fazia as tarefas de casa mas hoje à mulher ganhou um novo estatuto, e ela é a mais alfabetizado do que os homens.

Antigamente, a mulher revelava maior analfabetismo, do que hoje, pois a mulher não ia à escola, apenas fazia as tarefas de casa, mas hoje a mulher ganhou um novo estatuto e ela manifesta uma taxa de alfabetização mais elevada do que a dos homens.

048/PR/CE

Cabo Verde, hoje é um pais livre e demogratico devido a independencia. Podemos expressar o sentimentos participar na pulitica dar opinião e sugestão de melhoria.

Cabo Verde hoje é um país livre e democrático devido à independência. Podemos expressar os sentimentos, participar na política, dar opinião e sugestão de melhoria.

018/SF/CEO desporto, é muito importante na saude do individuo.

O desporto é muito importante na saúde do indivíduo.

043/PR/CEAmilcar Cabral, foi quem lutou pela indemdencia…

Amilcar Cabral foi quem lutou pela independência…

045/PR/CETendo em conta o meio ambiente ela também é muito importante, isto, porque, ajuda-nos na agricultura…

Tendo em conta o meio ambiente, ela também é muito importante porque ajuda-nos na agricultura…

048/PR/CE

Temos um país em via de desenvolvimento, devido a independência, Cabo Verde, é conhecido no mundo todo…

Temos um país em vias de desenvolvimento, devido à independência, Cabo Verde é conhecido no mundo todo…

002/PR/LPOs noticiarios nos lembram do protocolo de Quioto. Pelas razões erradas!

Os noticiários nos lembram do protocolo de Quioto, pelas razões erradas!

034/ASS/CEDevemos sempre. Colocar nossa saúde em primeiro plano …

Devemos sempre colocar nossa saúde em primeiro plano …

Page 179: ªncia... · A Língua, o instrumento fundamental da comunicação, é tratada como se fosse um esfregão. Os jovens saem da universidade a escrever mal e, quem escreve mal, não

179

COMPETÊNCIA DE ESCRITAEnsino dos Textos e Aprendizagem da sua Produção

5.2 Conetores do discurso

Código Identificação do erro Proposta de reconstrução

009/SF/LP

… permitindo que não se tome o verdadeiro pelo falso, com a taxa de alfabetização muito pessoas não conhecem as letras ou seja não sabe ler um livro não obtém conhecimento do mundo.

… permitindo que não se tome o verdadeiro pelo falso. Com a taxa de alfabetização, muitas pessoas não conhecem as letras, ou seja, não sabem ler um livro e não obtêm conhecimento do mundo.

050/PR/CE

… ainda a muito que fazer mas isso acontece paulatinamente, comparando Cabo Verde de ontem de hoje a nível com educação poucas pessoas frequentavam a escola havia pouca estabelecimento de ensino comparando com hoje…

… ainda há muito que fazer, mas isso acontece paulatinamente. Comparando Cabo Verde de ontem com o de hoje, a nível de educação, poucas pessoas frequentavam a escola porque havia poucos estabelecimentos de ensino …

048/PR/CEEspero daqui a 10 anos seremos, país desenvolvido…

Espero que, daqui a 10 anos, sejamos um país desenvolvido…

050/PR/CEPara além de sermos um país pobre … o que não nos falta é a esperança

Apesar de sermos um país pobre, … o que não nos falta é a esperança…

055/PR/CE

Enquanto ao ambiente, muitas vezes as águas provindas das chuvas podem destruir o ambiente, destruindo stradas …

Quanto ao ambiente, muitas vezes, as águas provindas das chuvas podem destruí-lo, destruindo estradas …

008/SF/LP

… mas nem sempre essas pessoas estão interessadas em aprender a ler, interessam-se em fazer outras coisas, de que procurar quem sabe ler que a ensine a ler.

… mas nem sempre essas pessoas estão interessadas em aprender a ler, interessam-se em fazer outras coisas, em vez de procurarem quem saiba ler e que lho ensine.

Page 180: ªncia... · A Língua, o instrumento fundamental da comunicação, é tratada como se fosse um esfregão. Os jovens saem da universidade a escrever mal e, quem escreve mal, não

180

CESÁRIA DIAS LEITEJOSÉ ESTEVES REI

031/ASS/CE

Desporto é muito importante para a saúde individual, pois permite ter uma saúde saudavel e contribui para o desenvolvimento físico e psicológico do individuo.No entanto o desporto ajuda o individuo a ter o espírito desportivo, a conviver em equipa o que é muito importante saber estar no grupo, visto que é muito importante saber conviver com os outros, pois com isso aprendemos cada ves mais e a desenvolver a nossa mentalidade.

Desporto é muito importante para a saúde individual, pois permite ter saúde e contribui para o desenvolvimento físico e psicológico do individuo.E, ainda, o desporto ajuda o individuo a ter o espírito desportivo, a conviver em equipa, pois é muito importante saber estar em grupo, visto que é muito importante saber conviver com os outros. Com isso aprendemos cada vez mais a desenvolver a nossa mentalidade.…

050/PR/CE

Para Além de sermos um país pobre por não possuírem ouro, nem petróleo mas o que não nos falta é a esperança de crescer dia após dia sou cabo verdiano e sinto orgulho disso.

Apesar de sermos um país pobre por não possuirmos ouro, nem petróleo, o que não nos falta é a esperança de crescer dia após dia. Por isso sou cabo-verdiano e sinto orgulho nisso.

055/PR/CE

Enquanto ao ambiente, muitas vezes as águas provindas das chuvas podem destruir o ambiente, destruindo stradas…

No que toca ao ambiente, muitas vezes, as águas provindas das chuvas podem destruí-lo, destruindo estradas …

057/PR/CECertamente quando eu nasci Cabo Verde já era independente …

Naturalmente que, quando eu nasci, Cabo Verde já era independente …

051/PR/CE

Antigamente Cabo Verde era colónia dos portugueses, aonde existiam preconceitos…Entretanto, só tornou um país independente no ano de 1975…

Antigamente, Cabo Verde era colónia portuguesa, onde existiam preconceitos …Só se tornou um país independente no ano de 1975 …

Page 181: ªncia... · A Língua, o instrumento fundamental da comunicação, é tratada como se fosse um esfregão. Os jovens saem da universidade a escrever mal e, quem escreve mal, não
Page 182: ªncia... · A Língua, o instrumento fundamental da comunicação, é tratada como se fosse um esfregão. Os jovens saem da universidade a escrever mal e, quem escreve mal, não