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Introdução

A série As Crônicas de Nárnia foi escrita pelo irlandês C.S. Lewis narrando as aventuras que ocorrem em uma terra fictícia denominada Nárnia. Nestas histórias o bem combate o mal, animais podem falar e criaturas mitológicas estão em todo lugar.

Também é notável a presença de temas cristãos apresentados de forma sutil juntamente com algumas idéias do próprio autor. O leão Aslam é um personagem importante na série, pois é o único personagem presente em todos os livros. Segundo a interpretação que os cristãos dão ao livro ele representa Jesus Cristo.

Os livros da série já ganharam adaptações para o rádio, para a televisão e mais recentemente também para o cinema.

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O Filme

Sinopse:

Os irmãos Pedro, Susana, Edmundo e Lucia, separados dos pais em meio aos ataques nazistas a Londres durante a Segunda Guerra Mundial, são mandados para o interior da Inglaterra. Lá, eles descobrem um guarda-roupa mágico que leva ao maravilhoso mundo de Nárnia, onde vivem muitas aventuras que ultrapassam a barreira do tempo e trans forma suas vidas para sempre.

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Aslam, ou Aslan

Aslam é o verdadeiro rei de Nárnia e criou toda a terra através de seu canto. De certa forma esta posição de criador para Aslam não é conflitante com a visão de criação do Gênesis, pois pela visão do Novo Testamento, Jesus também tomou parte na criação.

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Lúcia Penvensie

A mais nova dos irmãos Pevensie, é a primeira a entrar em Nárnia. Lúcia descobre Nárnia e conhece o Sr. Tumnus, o fauno, quando volta tenta convencer seus irmãos da existência de Nárnia que não acreditam até que acidentalmente vão para lá. No final foi coroada como rainha de Nárnia junto com seus outros três irmãos e recebeu o título de Lúcia, a Destemida. Junto com Aslam, é protagonista.

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Susana Pevensie

A mais velhas da irmãs Pevensie, descobre Nárnia junto com seu irmão Pedro. Presencia o sacrifício de Aslam na Mesa de Pedra junto com sua irmã Lúcia. No final é coroada rainha de Nárnia junto com seus irmãos. Como rainha, passa a ser conhecida como a Gentil.

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Pedro Pevensie

O mais velho dos irmãos Pevensie, é o grande rei de Nárnia, possui grande fibra moral e cuida dos irmãos mais novos, no final é coroado rei e chamado de o Grande.

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Edmundo Pevensie

É o segundo a encontrar Nárnia, enfeitiçado pelas promessas da Feiticeira Branca,alia-se indiretamente à ela, fazendo com que posteriormente, Aslam se sacrifique por conta da sua traição. No final do filme, governa Nárnia junto de Pedro sendo chamado de o Justo.

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Jadis, a Feiticeira Branca

Jadis, a Feiticeira Branca é a principal vilã da série. Durante muito tempo, ela foi uma tirana, cruel e impiedosa, que usurpou a terra de Nárnia, mergulhando-a em um inverno eterno, quando os Pevensie chegam em Nárnia, já fazia 100 anos. Ela também bloqueou o Natal durante seu reinado.

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Sr. Tumnus

O Sr. Tumnus é um dos seres mitológicos que aparece nas Crônicas de Nárnia. É um fauno e o primeiro ser de Nárnia com quem Lúcia faz amizade. Ele conhece Lúcia no Ermo do Lampião. O fauno é aprisionado pela Feiticeira Branca por fraternizar com humanos e depois libertado por Aslam.

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Poucas pessoas sabem, mas as Crônicas de Nárnia foi criada na intenção de evangelizar jovens e adultos, sua temática cristã é muito forte e será um dos pontos estudados .

C.S Lewis baseou-se em histórias da Bíblia para escrever a obra, sendo este repassada para o cinema.

O conteúdo cristão da série é o centro de um caloroso debate entre os seus críticos e defensores. Muitos cristãos colocam a série como um grande meio de evangelização, enquanto outros colocam os livros como um meio subliminar de passar valores pagãos. Alguns críticos apontam que a temática cristã em vários dos livros é tão sutil que dificilmente é identificada por leitores que não estejam familiarizados com elas, embora tal sutileza permita a penetração no público não cristão.

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No filme o Leão, a Feiticeira e o Guarda Roupa há uma cena em que o leão Aslam se sacrifica em nome dos humanos, por conta da traição do menino Edmundo, que impressionado pelas promessas da Feiticeira Jadis, colabora com ela em seu plano de dominar Nárnia para sempre.

Após esta cena, há um outra em que o leão aparece ressuscitado, já que as Leis de Nárnia foram escritas de modo que, se um sangue inocente for derramado por causa de um culpado, este ressuscitará e redimirá os pecadores de seus erros.

Lhe parece familiar? Isso é a Paixão de Cristo, adaptada de um modo mais atraente para jovens e crianças, C.S Lewis era um escritor cristão e quis dinamizar a Bíblia de modo que atingisse mais público.

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Aspectos Estruturais e a Temática Cristã

Alguém já parou para reparar porque o criador de Nárnia e grande Rei absoluto é um leão? Toda majestade personificada em um animal e não em uma pessoa? A resposta é simples e tocante: sendo o personagem um leão, C.S Lewis faz uma alusão à expressão “ Leão de Judá”, utilizada pelos cristãos para designar Jesus Cristo.

E por que a Feiticeira Branca é uma mulher? Porque nos conceitos cristãos, o mal possui uma face afeminada, também exemplificada no filme “ Paixão de Cristo.” Como é visto no filme, ela promete ao menino Edmundo o trono do reino de Nárnia, uma vez usurpado por ela.

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Outro ponto interessante é o fato de seres humanos serem a causa de toda história, poderiam ter sido escolhida qualquer outra forma de ser, mas os humanos foram escolhidos por serem os “ Filhos de Adão e Eva”, dando mais embasamento cristão à obra, quando “ o grande Rei se sacrifica em nome dos filhos de Adão e Eva” .

O filme se passa em um local frio, coberto de neve e com um ar de tristeza, isso durante o “ reinado” de Jadis, que bloqueou o Sol, a luz e até o Natal. Quando a Feiticeira é vencida, todo o gelo se derrete, tranzendo de volta à Nárnia o calor e a vida.

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O contexto da história já é conhecido: A 2º Guerra Mundial, e é fugindo deste guerra que os irmãos Pevensie chegam à casa do Professor Kirke, onde se encontra o guarda-roupa que leva à Nárnia, dando início à aventura.

No filme, a cronologia de Narnia não está em sincronia com o tempo na Terra. Quando Lúcia Pevensie entra em Nárnia pela primeira vez através do guarda-roupa, passa horas lá e, ao retornar, descobre que apenas se passaram alguns segundos na Terra, 1 ano na Terra equivalem a 1.000 em Nárnia, no final do filme isto é observado quando eles se tornam adultos em Nárnia e quando retornam à Terra, voltam a ser crianças e estão na mesma situação antes de entrarem no guarda roupa.

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Mercantilização e Comercialização

Com o sucesso do primeiro filme e a exibição da continuação Príncipe Caspian, diversos produtos foram lançados baseados nos personagens de Nárnia, fazendo sucesso entre crianças e adultos, entre os produtos mais vendidos estão livros ( lembrando que são vendidos tanto os livros da série como livro de estudo sobre a série), dvd’s, jogos, fantasias, materiais escolares, cd-rooms e bonecos.

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Recepção

Ao assistir o filme, a maioria das pessoas não compreendem a verdadeira intuição do C.S Lewis, talvez por sua temática estar inserida de um modo muito sutil, passando despercebida a maioria das vezes, o receptor julga a obra como sendo “ apenas mais uma obra fantasiosa feita para crianças”, mas sua história contém traços ainda mais profundos do que apenas simples fantasia, o filme possui uma mensagem bem mais complexa, sendo inclusive objeto de estudos de pedagogos e teólogos.

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Ação, poder e comunicação

Aplicando estes conceitos de Thompson ao filme, vemos antes de tudo o poder do leão, que possui poder supremo, podendo até criar seres para habitarem seu reino e julgá-los de acordo com suas ações, o poder simbólico de leão é tão forte que passa influencia as ações dos habitantes de Nárnia, mobilizando-os a travarem uma luta contra a Feiticeira Branca.

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Poder coercitivo:

Este tipo de poder pode ser observado em Jadis, a Feiticeira Branca,que se usa de repressões, terror e crueldade para tentar estabelecer seu reinado de uma vez por todas. É possível observar várias formas de seu poder coercitivo no filme, quando ela prende o Sr. Tumnus, acusando-o de desobediência e quando, usando seu poder, congela os animais que lhe foram infiéis.

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Uso dos Meios de Comunicação

Toda forma simbólica possui um sentido, às vezes entendido de modo errado pelo receptor. O uso de meios de comunicação para disseminar seu conteúdo permite uma melhor fixação do tema do filme.

As Crônicas de Nárnia está disponível em diversos formatos, como: dvd, jogos, livros e cd-rooms, e a fixação de sua temática e compreensão da intenção de C.S Lewis depende da interpretação de seu receptor, que vai ler a mensagem e interpretar do modo que lhe convém, obedecendo suas competências e habilidades de interpretação.

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Atividade situada de rotina, realização especializada e processo hermenêutico

Ao receber a mensagem de Nárnia, o receptor é levado ao clímax da Segunda Guerra Mundial por um momento, logo depois é levado a um mundo fantasioso, repleto de seres mitológicos e fantásticos, isso faz o receptor experimentar outros contextos, outras realidades, mesmo uma delas não sendo real, isto faz com que haja um processo de compreensão do indivíduo, que colocado diante destas situação, comecará a fazer interpretações daquilo que ele vê , causando um processo hermenêutico, pois ele sempre precisará interpretar uma forma simbólica, que no caso de Nárnia, não são poucas.

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Interação Mediada

No caso de Nárnia, há uma interação monológica, pois o produtor não pode interagir com o receptor imediatamente, filme for produzido sem saber se seria aprovado ou não, sua interação é mesclada, pois é quase mediada com os receptores e face a face com os personagens.

Um fato curioso ocorre no final de filme, quando o professor Kirke “ fala” com quem está assistindo o filme.

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Lições Espirituais em “ O Príncipe Caspian”

1. O tempo é mesmo relativo

Num momento, os irmãos Pevensie estão em uma estação de trem, se preparando para voltar para a escola; e, no instante seguinte, eles se encontram de volta a Nárnia. Embora tenha passado muito tempo - 1300 anos desde a última visita -, quando eles voltam de Nárnia no fim do livro, não se passou quase tempo algum no mundo “real”.

O uso do tempo em “Príncipe Caspian” parece ser uma metáfora para o conceito bíblico encontrado em 2 Pedro: “Um dia para o Senhor é como mil anos, e mil anos são como um dia.” Os Pevensie aprendem que o que pode parecer importante agora não é necessariamente importante muitos anos depois - porém Aslam, o símbolo divino, é sempre o mesmo.

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2. Deixe de lado as grandes expectativas

Repetidamente, em “Príncipe Caspian”, C.S. Lewis examina as falsas suposições e expectativas de alguns dos personagens quando eles se baseiam em informações incorretas ou julgam os outros pela aparência.

Por exemplo, alguém poderia dizer que o guerreiro mais valente no livro não é Pedro ou um telmarino. Em vez disso, é um rato, Ripchip. Esse pequeno soldado quase dá uma surra no príncipe Caspian, que, com arrogância, pensa que alguém tão pequeno não conseguiria vencê-lo.

De modo semelhante, quando as crianças retornam a Nárnia, os atuais narnianos - assim como o príncipe Caspian - estão esperando que adultos, e não crianças, venham em seu socorro. Sem saber que as crianças realizaram atos de bravura no passado para salvar Nárnia, os narnianos os encontram com um certo desapontamento, como se dissessem: “São vocês?”

A Bíblia está cheia de histórias nas quais que Deus escolhe quem é pequeno ou tolo para demonstrar o Seu poder. Ainda assim, continuamos a julgar apenas pelas qualidades superficiais.

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3. A fé não deve ser decidida pelo voto da maioria

Lúcia é a única que consegue ver Aslam durante uma boa parte do livro. Ela primeiramente tenta convencer os irmãos de que Ele está perto, mas Susana e Pedro não acreditam nela. Edmundo acredita, mas também não consegue ver Aslam. Quando Lúcia pede que confiem nela, os outros decidem colocar o assunto em votação. A maioria decide que as visões de Lucy com Aslam são absurdas e continuam no caminho que haviam escolhido, apenas para se arrepender dessa decisão - e da falta de fé - logo depois.

É muito tentador deixar que outras vozes abafem aquela pequena e constante voz da fé que fala dentro de nós. Também é mais fácil simplesmente seguir a maioria, quando sabemos que deveríamos defender as nossas crenças. Mas, assim como Lúcia deixou que a sua fé fosse silenciada e se arrependeu disso, quando nós não agimos com fé, também não demorará muito até que soframos as conseqüências.

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4. Mantenha a fé em meio a uma cultura de descrença

Não há lampião mágico nesta Nárnia. Não há floresta encantada. A vida é sombria, triste e devastada pela batalha. Ninguém nesta Nárnia acredita em animais falantes, anões, nem em nenhum dos habitantes que originalmente agraciavam a terra. Mas, quando Lúcia e os outros tentam contar ao príncipe Caspian como tudo costumava ser, ele lentamente começa a acreditar na antiga Nárnia e deseja encontrar os antigos narnianos que têm vivido escondidos.

Neste sentido, Nárnia é uma excelente metáfora para uma sociedade pós-moderna na qual ceticismo, narcisismo, intelectualismo, elitismo e vários outros “ismos” criaram um ambiente de descrença, ansiedade, depressão e desespero que sufoca a beleza e o mistério da jornada da fé.

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5. Não tema, pois Deus está com você

Aslam faz mais de uma vez uma advertência sensata sobre não dar ouvidos ao medo. Trumpkin tem medo de Aslam quando o encontra pela primeira vez, mas apenas porque não conhece o caráter do Leão. Quando ele descobre a verdadeira natureza de Aslam, não sente mais medo.

Aslam também precisa acalmar os medos de Susana quando ela o encontra pela primeira vez nesta história. Aslam gentilmente diz a Susana que ela deve parar de ouvir a voz do medo. O medo foi um dos motivos pelos quais ela não conseguiu vê-lo quando ele apareceu para Lúcia no início da jornada. Para ajudar Susana a recuperar as energias e a colocar os pensamentos no lugar, Aslam então sopra sobre ela. Com esse sopro, o medo perde o controle sobre o coração de Susana e ela pode ser valente novamente.

Não é uma imagem reconfortante? Quando o medo toma conta do nosso espírito, nós apenas temos que buscar o sopro do nosso Criador para restaurar nossa paz e discernimento.

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6. Seja grato pelas bênçãos disfarçadas

Em certo momento, Pedro se sente responsável por ter levado seus irmãos e os antigos narnianos por um caminho difícil - através de uma garganta, abrindo caminho entre a vegetação cerrada em um terreno íngreme. Mas, quando Pedro se desculpa com os outros pelo erro, Trumpkin observa que, se eles tivessem ido pelo lado que haviam planejado originalmente, a situação teria sido bem pior.

Quantas vezes não precisamos de alguém como Trumpkin em nossas vidas para nos lembrar que a situação atual poderia ser bem pior se tivéssemos feito uma escolha diferente ou se tivéssemos nos recusado a ouvir um amigo de confiança?

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7. Separe um tempo para desfrutar da presença de Deus

Uma das minhas cenas favoritas no livro é quando os antigos narnianos estão reunidos com Aslam, o criador de Nárnia. Embora eles tenham passado por tempo difíceis e o perigo esteja à frente deles, eles gastam algum tempo desfrutando da companhia de Aslam, literalmente brincando e se divertindo com o enorme leão.

É uma bela maneira de lembrar que, não importa o que estejamos passando ou o quanto estejamos ocupados, temos que nos recordar que Deus deseja passar tempo conosco para simplesmente brincar. É um convite para confraternizamos com o nosso Criador.

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8. Atitudes podem ter conseqüências permanentes

Quando as crianças descobrem os presentes que ganharam na primeira aventura em Nárnia na sala do tesouro em Cair Paravel, Edmundo é mais uma vez lembrado de que, por causa da sua antiga traição contra os irmãos e contra Nárnia, ele não tem uma lembrança especial de sua primeira jornada. Embora Aslam tenha dado a sua vida voluntariamente em troca da de Edmundo em “O Leão, a feiticeira e o guarda-roupa”, isso não significa que não existem conseqüências para as escolhas que Edmundo fez.

É interessante notar que, mais uma vez, a jornada de Edmundo espelha mais a nossa do que qualquer outra. Deus perdoará prontamente os nossos pecados se pedirmos, mas isso não significa que nossas ações não terão efeitos a longo prazo.

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9. A vaidade corrompe o caráter

Quando Ripchip finalmente tem a chance de estar face a face com Aslam, ele não está preocupado com o futuro de Nárnia nem com o seu papel nele. O foco de Ripchip é uma mera vaidade - a sua cauda. Nesse momento, o rato poderia pedir qualquer coisa ao poderoso Aslam, mas ele só consegue pensar no constrangimento que sente por aparecer diante de Aslam sem sua bela cauda.

Aslam louva os atos de heroísmo e bravura de Ripchip, mas também o lembra de que ele dá importância demais a uma coisa que é apenas questão de vaidade e aparência, e não um reflexo verdadeiro de caráter.

Nós também podemos dar muita importância a manter a aparência exterior de fé e piedade, sem nutrir a vida interior de que precisamos para crescer espiritualmente.

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10. Lealdade e sacrifício serão recompensados

Um dos gestos mais comoventes de amor e sacrifício nessa história é quando o exército de anões implora que Aslam cure o seu valente líder Ripchip, que perdeu a cauda na batalha. Os seguidores de Ripchip declaram que cortarão suas próprias caudas em solidariedade, caso Aslam não restaure a de seu líder. Comovido pelos ratos e por sua disposição de se sacrificarem em favor de Ripchip, Aslam concede o que lhe é pedido.

Esse tipo de devoção, raramente encontrada em nosso mundo, é o mesmo exemplo de lealdade e sacrifício que a Bíblia nos dá em todo o Novo Testamento. Como diz a passagem de João: “Ninguém tem amor maior do que este, de dar a vida pelos seus amigos.” Somos desafiados a colocar isso em prática em nossas próprias vidas.

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11. Fique perto da sua família espiritual

Embora o tio Miraz seja o parente vivo mais próximo de Caspian, não há nenhum vínculo entre eles. Miraz é o falso rei de Nárnia que matou o próprio irmão, Caspian IX, para poder assumir o trono.

Depois de Caspian fugir da tirania do tio, ele entra em contato com os Pevensie e, mais tarde, com os antigos narnianos, os que ainda se lembram da Era de Ouro de Nárnia. Quando os encontra, Caspian sente em relação a eles uma afinidade imediata, como nunca sentira antes. Os antigos narnianos são a sua verdadeira família espiritual.

Assim é também para alguns de nós. Podemos não ter nascido em uma família afetuosa, que nos completa. Entretanto, podemos, se quisermos, desenvolver uma família espiritual com pessoas de fé e caráter semelhantes aos nossos, para que possamos prosseguir na jornada.

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12. Líderes não são natos, e sim preparados

Embora Pedro e Caspian seja jovens rapazes destinados a reinar em Nárnia, eles não são líderes naturais. Vemos através da série de livros que, independente de destino ou direito de nascença, tornar-se um líder de verdade é um processo - e não é nada fácil. Tanto Caspian quanto Pedro cometem erros. Na verdade, os dois rapazes a princípio têm dificuldade para trabalhar juntos, e precisam de uma lição de humildade e trabalho em equipe antes de finalmente obterem a vitória contra os telmarinos.

Na nossa cultura hoje em dia, não damos nem uma chance aos nossos líderes - seja no nosso bairro ou no governo - quando eles cometem erros. Talvez o melhor presente que podemos dar a eles é sermos mais como Susana e Lúcia, encorajando e dando o nosso apoio para que eles possam aprender e crescer como líderes.

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Referências Bibliográficas

Mundo Nárnia. Disponível em <mundonarnia.com>. Acesso em 03 de junho.

As Crônicas de Nárnia: o Leão, a Feiticeira e o Guarda Roupa. Produção de Walt Disney Pictures. Estados Unidos, 2005. DVD (140 minutos): DVD, sonoro, colorido. Português.

Bassham Gregory, Jerry L. Walls. As Crônicas de Nárnia e a Filosofia. Editora Madras: São paulo. 288 p.

Gregersen, Gabriele. O Evangelho em Narnia. Editora Vida Nova: São Paulo, 2006. 127 p.

Luteranos. Disponível em < www.luteranos.com.br/articles/7011/1/Cronicas-de-Narnia-adapta-evangelho-para-jovens-e-criancas/1.html.> Acesso em 03 de junho.

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Assembléia de Deus da Apucarana. Disponível em: <http://www.adapucarana.com.br>. Acesso em 03 de junho.

Vida Nova. Disponível em: http://www.vidanova.com.br/teologia_gabr05.html. Acesso em 03 de junho.

Duriez, Colin. Manual Prático de Nárnia. Editora Novo Século: São Paulo. 272 p .