mulheres e a tv produção, introjeção e reação aos modelos e valores produzidos na tv rachel...
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Mulheres e a TV
Produção, introjeção e reação aos modelos e valores produzidos na TV Rachel Moreno
Nosso ponto de partida Somos contra a censura (classificação etária é só
indicativa) Valorizamos a TV
A TV faz parte do cotidiano das mulheres A babá eletrônica a quem confiamos nossos filhos Concorrente ou auxiliar dos professores/ escola Uma janela para o mundo Objeto intermediário para o diálogo inter-geracional
Somos importantes para a TV 52% da população brasileira Maioria da audiência Responsáveis por 80% das decisões de consumo (cueca
do marido, fralda do nenê, alimento para todos, artigos de higiene para a casa, cosméticos para o casal etc.)
Mas não nos vemos nela, em nossa diversidade...
Produção
A TV não inventa comportamentos, tendências ou valores – sabemos.
Captura (e não invenção) de fluxos nômades – desterritorializados e re-significados (Deleuze e Guattari)
Stone washed jean Street wear Tendências
Pesquisas adequação/ refinamento/ impacto, compreensão, credibilidade – subsídios, pré e pós-teste
Monitoramento Marketing
Conceito Distribuição Vendas Comunicação comercial Embalagem Gimmicks Preço Ofertas
Produção
O que produz: Apelos competentes e eficientes Estilos de vida valorados
O que vende: Produtos Modelos de beleza Estilos de vida Valores Promessas Felicidade --- ditadura do gozo – tem que, só será se... A sociedade de consumo
Exemplo: Personagens de novela As apresentadoras As entrevistadas As mulheres nas programação As mulheres na propaganda A diversidade (raça/etnia valorizada; idade predominante, classes sociais, etv.)
Processo de subjetivação Toda apreensão da realidade é necessariamente uma
reconstrução subjetiva do real. Fatos não; representação do real
O mundo “é” aquilo que nos afeta – exposição seletiva e fragmentada – o foguete, o carro, o pedestre.
Percepção = atribuição de sentido aos fenômenos, associativa entre o real e conhecimento anterior
Exposição, atenção, percepção----------------------------------------------------------------------
Processo de subjetivação: o particular e o pertencimento
Discurso individualEu único X eu socialBusca particularização busca discriminação/
Pertencimento global
Introjeção de valores e mídia Opinião Pública anterior à individual
Ego – capacidade adaptativa q permite melhor adaptação entre princípio do prazer e princípio de realidade
Opinião pública é causa, determinante, fator e matéria prima para op ind. O homem/mulher socializado/a é uma condição de sua subjetividade Consciência = aprendizado simbólico, semiótico do social.
A força da opinião pública e a espiral do silêncio: 2 em 10 + assertivos (aceitação confronto e enfrentamento conflitos)
O mundo nos revela o que não podemos ver em nós A mídia é o “espelho do mundo”
Amplia fronteiras Censura – o que não mostrar Legitima e amplifica o que foca Seleção econômica – ideológica Dono da estrada e também dos veículos
Influência fundamental na formação da subjetividade O que lá vejo tem o peso da opinião pública - legitimado e valorizado - modelo
socialmente sancionado Valores, modelos e atitudes introjetadas enquanto modelo aspiracional
Mas mudamos mais na vida real do que na TV
Educação: Concluiram 2º. Grau ou+:
Homens: de 14,4% para 17,5% Mulheres: de 16,4% para 20,4%
No trabalho, 2º grau ou +: Homens: de 17,3% para 21,2% Mulheres: de 24,9% para 30,4%
Trabalho: Participação e valorização em todos os níveis (embora pirâmide) Importância no orçamento familiar – chefe de família ou chefia compartilhada
Sexualidade mais livre realidade e riscos a minimizar (contracepção, sexo seguro, direitos)
Casamento e maternidade não são mais única fonte de realização: Legítimo optar por ter ou não filhos Fontes adicionais de realização
Algum grau de partilha do trabalho doméstico Atitude a ser reforçada e mais disseminada
Negras, por exemplo
Invisibilidade e visibilidade
Loiras e TV brasileira x francesa Sociedade de Consumo x Critério Existência Ausência modelos e Auto-estima
Mas...
Propaganda Brasil (informação x ideal) Zezé Motta & tecido out-door Classe média negra crescente Nicho de Consumo interessante Interesse “Consumidor de Baixa Renda”
Nicho de Interesse Crescente
Indústria cosmético (Brasil campeão) Cerveja Produtos de consumo popular Etc. Tendência crescimento – onde há
demanda, há que se atender. Perspectiva crescimento
Minervas e Guerreiras x Musas e Mercantilização
As Mulheres Invisibilidades e estereótipos na programação
Mostre quem você é, pelo que você consome Bela e burra A “boa”
Mercantilização e venda, brinde, troféu Minerva, Diana, Amazonas em falta... Abundam as
Musas Mulheres brasileiras são as que mais se submetem a
sacrifícios para “ser bela” Inglaterra e Barbies – indústria, brinquedos Anorexia, abulimia - ind. farmacêutica e médicos Bisturi, botox & silicone – cirurgiões, hospitais
Pesquisa Unilever e baixa auto-estima mulheres
Mulher nos espaços “sérios”
QUESTÃO TV% JORNAL% RÁDIO % As mulheres são o centro da notícia? SIM 16 10 2 NÃO 89 70 13 NÃO SEI 2 6 0 A notícia destaca claramente assuntos relacionados à igualdade ou desigualdade
entre mulheres e homens? SIM 15 6 9 NÃO 95 71 15 NÃO SEI 0 7 0 A notícia desafia ou reforça claramente estereótipos femininos e/ou masculinos? Desafia 8 3 0 Reforça 2 9 0 ñ desf nem reforça 99 72 13 não sei 1 3 2
Auto-estima das brasileiras Só em 2003, as brasileiras gastaram R$ 17 bilhões na
compra de produtos cosméticos e de perfumaria. Uma ampla pesquisa realizada em dez países pela empresa
Unilever (Etcoff, 2004) mostra que, dos países investigados, entre eles Estados Unidos, Inglaterra e França, o Brasil aparece como aquele em que as mulheres estão mais desconfortáveis consigo mesmas.
O que as brasileiras declaram ver quando estão diante do espelho Uma pessoa nada sexy .........................100% Uma imagem pouco bonita ,,,,,,,,,,,,,,,,,,,. 98% Uma pessoa estressada ......................... 91% Alguém que precisa de plástica ............... 54% Uma silhueta meio gordinha ................... 51% FONTE: ETCOFF (UNILEVER/DOVE, 2004).
Nossas crianças...
Nossas crianças Crianças brasileiras são as que + vêem tv Crianças brasileiras são as mais precocemente
sexualizadas... Gravidez adolescente surpreende? Assistem à programação adulta
De babá eletrônica a objeto intermediário Fun-food, merchandising, obesidade e doenças
correlatas A perversidade da exclusão: o tenis de grife, o sabor do
toddinho A competição desigual com a escola Absorvem os modelos e valores que a TV valoriza
Propaganda em pauta Você é o que você consome Junto com (e + do que) os produtos, compra-se os
valores, estilo de vida Auto-estima (ter/não ter; poder/ não poder); bulimia,
anorexia O consumo e a desigualdade O consumo e a finitude dos recursos naturais
Educação para o consumo consciente e sustentável Legislação outros países Horário para determinados produtos Proibição ou auto-regulamentação? (crianças) Protestos e processos (CONAR, Ministério Público x
cerveja, funilaria, aborto)
Conteúdo TV
Forum pela ética na TV - Campanha contra a baixaria
Denúncias Ranking e pareceres Contato com a emissora Contato com anunciantes
Direito de resposta – João Kleber Direito de resposta - mulheres
Pressupostos finais TV é concessão pública Consequências responsabilidade social Jornalismo tem missão e regras Comunicação é direito humano Comunicação implica duas vias/mãos Veiculação imagens e realidades alternativas
amplia espectro formação subjetividades Retrato mais fiel da realidade acusa uma
diversidade (tipologia, realidades, problemática, conflitos, reivindicações) maior do que a que nos mostra a TV
Finalmente...
Queremos nos ver, em nossa diversidade, na TV
Queremos um tratamento respeitoso Queremos que a TV contemple mais a
sua responsabilidade social