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Matéria-Prima Ano 7 • nº 14 • Abril de 2012 Segundo a ONU, os acidentes no trânsito ferem de 20 a 50 milhões de pessoas a cada ano. Em muitos países, os cuidados de emergência e outros serviços de ajuda às vítimas do trânsito são inadequados. A complicação no trânsito não é exclusividade de Atibaia – tanto motoristas quanto pedestres não estão adequadamente instruídos para o trânsito, com frequentes desrespeitos de ambos os lados. A Administração Pública promete ampliar e intensificar as ações na cidade. Páginas 4 e 5 Trânsito exige paciência de todos Programa do Governo trará energia para o Sudeste Escola João Rissardi tem a melhor média no IDESP Página 12 Rua Thomé Franco, no centro de Atibaia, em horário comercial: trânsito intenso dificulta movimentação de motoristas e pedestres Jornal-laboratório do Curso de Jornalismo da FAAT Faculdades Filas e demora no atendimento diminuem nota de Atibaia no IDSUS Página 3 SC Atibaia: melhorar para vencer Página 7 Artigos trazem reflexão sobre Caso Pinheirinho Página 6 Bragança investe 16 milhões em cultura; verba é usada em projetos e reformas Página 9 A linha de transmissão terá cerca de 28,5 km de extensão em Bragança Paulista. Página 10 KAREN SARRAF RUBENS PASCHOAL FERNANDA DOMINGUES Usuários falam sobre o transporte público em Bragança Página 2

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  • Matria-PrimaAno 7 n 14 Abril de 2012

    Segundo a ONU, os acidentes no trnsito ferem de 20 a 50 milhes de pessoas a cada ano. Em muitos pases, os cuidados de emergncia e outros servios de ajuda s vtimas do trnsito so inadequados. A complicao no trnsito no exclusividade de Atibaia tanto motoristas quanto pedestres no esto adequadamente instrudos para o trnsito, com frequentes desrespeitos de ambos os lados. A Administrao Pblica promete ampliar e intensificar as aes na cidade. Pginas 4 e 5

    Trnsito exige pacincia de todos

    Programa do Governo

    trar energia para o Sudeste

    Escola Joo Rissardi tem a melhor mdia no IDESP Pgina 12

    Rua Thom Franco, no centro de Atibaia, em horrio comercial: trnsito intenso dificulta movimentao de motoristas e pedestres

    Jornal-laboratrio do Curso de Jornalismo da FAAT Faculdades

    Filas e demora no atendimento diminuem nota de Atibaia no IDSUS Pgina 3

    SC Atibaia:melhorar para vencerPgina 7

    Artigos trazem reflexo sobre Caso Pinheirinho

    Pgina 6

    Bragana investe 16 milhes em cultura; verba usada em projetos e reformas Pgina 9

    A linha de transmisso ter cerca de 28,5 km de

    extenso em Bragana Paulista. Pgina 10

    KAREN SARRAF

    RUBENS PASCHOAL

    FERNANDA DOMINGUES

    Usurios falam sobre o transporte pblico em Bragana Pgina 2

  • maro/abril de 20122 MATRIA PRIMA Editorial

    Matria-PrimaAno 6, n 14 Maio-Junho de 2012

    Impresso em agosto de 2012

    Para contar nossas histrias

    O Jornalismo, no mbi-to acadmico, tem o obje-tivo, entre outros da mis-so que lhe cabe, de gerar debates produtivos que-les que vivenciam o coti-diano universitrio e tam-bm s comunidades das quais docentes e discentes so integrantes. Para tanto, indispensvel o estimulo reflexo sobre a capaci-dade de interveno do fu-turo profissional da rea na realidade social.

    Assim, o Matria-Pri-ma, jornal laboratrio da FAAT Faculdades, em cir-culao desde 2006, nas-ceu carregando a proposta de aprimorar habilidades dos estudantes, fazer o cruzamento entre teoria e prtica, sempre mantendo o compromisso de colocar o jornalista/aprendiz em contato com o mundo que o cerca, principalmente a partir dos grupos sociais regionais.

    Seis anos aps a criao da publicao, o MP pro-duzido nas aulas da Agn-cia de Jornalismo Expe-rimental da FAAT, opta, nesta edio, pela busca da ampliao do contato entre os alunos, professores e as questes de interesse p-blico. Dessa forma, temas como sade, educao, meio-ambiente, trnsito, entre outras, no poderiam ser excludos.

    Nesse caminho que tem como ponto final fazer emergir as necessidades

    da sociedade regional os nossos reprteres, do 3 ano de Jornalismo, foram, com superviso de professores, s ruas de Atibaia e Bra-gana Paulista e trouxeram discusses urgentes para o melhor funcionamento do equipamento pblico.

    Imersos na realidade, os jovens puderam partilhar da viso de moradores de diversos bairros a respeito do que premente aper-feioar para que as cidades tornem-se mais humanas e eficientes no atendimento ao cidado. E, os alunos, indubitavelmente, retorna-ram com histrias ricas em discursos e estatsticas, ge-radoras de questionamentos essenciais.

    Alm de toda a preocu-pao com a produo do contedo de reportagem e edio, o MP traz algumas mudanas estticas que podem ser vistas desde a capa. Escolheu-se, ainda, um modelo diferenciado nas editorias, contendo os indicativos do que est re-lacionado a cada munic-pio, para facilitar a vida do leitor.

    Acreditamos que esse um novo momento. E ele pode ser marcante. Pela produo, parabns para alunos e professores. E FAAT, por encampar o pro-jeto. Aos leitores, o agrade-cimento, j que so grande motivao e, ao mesmo tempo, muitos deles, nossas histrias.

    Usurios divergem sobre qualidade do servio

    Paulo Toledo

    O transporte coletivo em Bragana Paulista rea-lizado por uma empre-sa terceirizada pela Prefeitura, a Nossa Senhora de Ftima Auto-nibus que atua na cidade des-de 1 de maio de 1963. Nessa da-ta, a companhia de transporte contava com apenas dois nibus e duas linhas. No decorrer dos anos, a frota aumentou. De sete funcionrios na poca da contra-tao, atualmente possui aproxi-madamente 256, o que mostra o crescimento da demanda por par-te da populao.

    Hoje, em mdia, a empre-sa transporta mais de 4 mil pes-soas por dia no permetro urbano e mais de 26 mil, incluindo os transportes suburbanos, intermu-nicipais e os fretados. De acordo com a Nossa Senhora de Ftima Auto-nibus, a maior utilizao do transporte coletivo d-se aos trabalhadores no perodo comer-cial, os quais se utilizam da mes-ma linha todos os dias, tanto para o caminho de ida para o trabalho como o de volta para casa, oca-sionando uma reduo de quase 50% de passageiros nos fins de se-mana.

    E a populao?Entrevistamos, aproximada-

    mente, 40 pessoas em diversos pontos de nibus na cidade: rodo-viria nova, rodoviria velha, on-de hoje esto as linhas rurais, o ponto final do colgio So Luiz, que o setor do centro, e o pon-

    to da linha do Parque dos Esta-dos, uma das mais utilizadas por passageiros na avenida Pires Pi-mentel.

    Passageiros que utilizam os pontos do centro e da rodovi-ria nova elogiaram o comprome-timento com o horrio, visto que a empresa pontual e os nibus esto em bom estado.

    O morador Antnio Cl-vis de Freitas, que reside no bair-ro Uberaba, afirmou que est sa-tisfeito com transporte pblico e apresentou uma sugesto para a melhor eficincia. Dependo do meio de locomoo pblica to-dos os dias para ir at meu tra-balho e no tenho o que reclamar do servio. Porm, aproveitando a oportunidade, vou dar a suges-to para os responsveis que exis-ta uma linha do Uberaba na ave-nida Jos Gomes da Rocha Leal na altura da Casa do Pintor seria perfeito, sugere.

    Algumas reclamaes foram feitas por moradores do bairro Parque dos Estados, um deles, que no quis se identificar, afir-mou: O transporte aqui no Par-

    que dos Estados terrvel. Nos dois perodos que eu uso o ni-

    bus para ir trabalhar e para voltar para casa, os ni-bus esto lotados e tm

    vezes que os motoristas at passam direto por no

    ter mais espao, protesta. Precisamos de providncias

    urgentes com relao a esse problema, espero que seja feito

    alguma coisa, finaliza.A falta de linhas em determi-

    nados pontos atinge tambm a rea rural. Os moradores recla-mam pela falta de nibus. Joo Ferreira resume a situao: tenho problemas para ir casa de meus parentes na cidade, pois fico pen-sando o quanto vou ter que ficar esperando para voltar para casa, comenta.

    Posio da empresa A respeito dos horrios de pi-

    co, Victor Carreira Agostinho, gerente operacional da Nossa Se-nhora de Ftima, declarou ser al-go normal como em qualquer ci-dade brasileira. Ele apontou bre-vemente alguns problemas gerais, entre eles o de vandalismo aos nibus da frota. De 10 a 20 ni-bus do transporte coletivo urba-no, so atacados por vndalos to-dos os meses. Isso significa que todos os 115 veculos que com-pem a frota passam, pelo menos duas vezes ao ms, nas oficinas para alguma manuteno.

    No site da empresa, existe o Disque-Denncia, criado para aju-dar a combater o vandalismo aos nibus. O telefone 4882 9418.

    TRANSPORTE PBLICO

    Jornal-laboratrio do Curso de Comunicao Social, habilitao em Jornalismo, da FAAT Faculdades, produzido pelos alunos do Terceiro Ano. Os textos publicados so de responsabilidade dos autores, que os assinam, no refletindo a opinio da Instituio. FACULDADES ATIBAIA FAAT: Diretores da Mantenedora: Profa. Marilisa Pinheiro de Souza; Prof. Hercules Brasil Vernalha; Prof. Joo Carlos da Silva; Prof. Jlio Csar Ribeiro. Corpo Administrativo: Prof. Saulo Brasil Vernalha (Diretor de Normatizao Institucional); Profa. Maria Gorette Loureno (Diretora Administrativo-Financeira); Prof. Gilvan Elias Pereira (Diretor Acadmico). Professor Angel de Souza (Diretor de Comunicao); Orivaldo Leme Biagi (Coordenador de Captao de Alunos e Pesquisa e Extenso); Hilda Maria Cordeiro Barroso Braga (Coordenadora Geral da Ps-Graduao). Professores-orientadores: Moriti Neto (MTb 57.855) e Osni Dias (MTb 21.511). Coordenador do Curso de Jornalismo: Prof. Ms. Osni Tadeu Dias

    Viviani Reis

    Alunos do curso de Jornalismo da FAAT tiveram a oportunidade de participar, no ms de maio, de Oficina de Rdio ministrada pelo locutor, radialista e jornalista Cyro Cesar, nos estdios da instituio, em Atibaia. Intitulada Acreditando no Talento do Jovem Universitrio, a oficina teve o apoio da rdio 102 FM e ofereceu aos alunos tcnicas de locuo, linguagem e alcance e abordou os temas Rdio brasileiro e sua importncia e abrangncia; tica profissional e noes de inteligncia emocional; Linguagem do veculo e pblico; Linguagem do rdio; Tcnicas de produo radiofnica; Tcnicas de improviso no rdio; Concatenao de idias e Locuo em notcias.

    Apostando no talentoAlm da capacitao em rdio,

    com durao de 12h, os alunos ainda tiveram a oportunidade de se inscrever em um curso de radialismo oferecido pela equipe da 102 FM, que abre possibilidades de estgio na emissora.

    Cyro Cesar - Escritor, jornalista e radialista, faz parte de uma gerao de locutores que deu incio a nova linguagem das FM na dcada de 80. Passou por inmeras emissoras de So Paulo, como coordenador artstico, lo-cutor e produtor, dentre elas a Rdio Imprensa FM, Antena 1, Record AM/FM, Cidade FM e Manchete FM. O radialista coor-denou projetos promocionais junto s Rdios Jovem Pan, Tran-samrica e Band FM. Hoje, alm de colunista do portal Sou do Rdio, divide seu tempo entre a

    direo da Radioficina, instituio especializada na formao de radialistas e sua atuao na Rdio USP FM, onde apresenta programas e assessora a direo artstica da emissora. instrutor de projetos especiais de rdio dos alunos ECA/USP (Escola de Comunicao e Artes da Universidade de So Paulo). Cyro tambm preside a ABRAQUA (Associao Brasileira de Quali-ficao) e Ensino Pr Rdio.

  • 3maro/abril de 2012 MATRIA PRIMA

    Paloma Rocha Barra

    Atibaia tem 126.614 habi-tantes e conta com 11 unidades bsicas de sade municipal, alm de nove equipes do Pro-grama Sade da Famlia. Assim, a cidade deveria ter a mdia de 11.510 pessoas atendidas por unidade, j que as especialida-des mdicas so centralizadas. UBS (Unidades Bsicas de Sade) mais distantes, como a dos bairros Rosrio e Rio Aci-ma, porm, s possuem clnico geral, pediatra e ginecologista, que atendem apenas 4 horas se-manais, obrigando a populao a se deslocar at a unidade do Centro para especialidades, so-brecarregando-a. Essa a razo em no conseguir atendimento e das longas filas dirias. Segun-do a assessoria de Comunicao da Prefeitura, a responsabilida-de tambm recai sobre os pa-cientes, pois 30% faltam s con-sultas marcadas, prolongando a espera dos demais.

    A Secretaria de Sade de Atibaia justifica a centralizao por falta de demanda nos bair-ros distantes e os preos altos

    Sobrecarga na sade provoca filas e muita demora nos atendimentosMesmo com avanos Atibaia fica abaixo da mdia no ranking do IDSUS

    cobrados por mdicos especia-listas. Unidades de sade mais afastadas no possuem atendi-mento padro pela falta de m-dicos, no s especialistas, j que os profissionais destacados para esses locais so deslocados de outras unidades. No total, a cidade tem 61 mdicos na rede, que se dividem entre atendi-mentos em vrios postos.

    Com oramento de R$ 49

    milhes para 2012, Atibaia no possui leitos de Unidade de Te-rapia Intensiva (UTI) no nico hospital pblico a Santa Casa de Misericrdia nem quimiote-rapia e radioterapia. Os pacientes com essas necessidades so en-caminhados a cidades vizinhas para o tratamento adequado, muitas vezes desistindo pela distncia e pelas dificuldades en-frentadas durante o tratamento.

    Segundo a Secretaria de Sade esse tipo de atendimento de responsabilidade estadual, seria o Governo do Estado que precisaria disponibilizar vagas. A cidade possui espao fsico e equipamento para UTI, mas no tem verba para manter a equipe de funcionrios necessria para o atendimento. A Santa Casa de Atibaia, hospital pblico admi-nistrado pela Organizao So-

    cial Pr-Sade, possui 50 leitos e atende em mdia 400 pessoas por dia, sendo 12 mil por ms, das quais 390 ficam internadas. Para aliviar o fluxo do hospi-tal, foi entregue uma Unidade de Pronto Atendimento (UPA) do Jardim Cerejeiras, porm o atendimento ser feito apenas por pediatras, bem como a orto-pedia para curativos e casos de baixa complexidade.

    Desempenho ruim - No ndi-ce de Desempenho do Sistema nico de Sade (IDSUS), Ati-baia tem como mdia geral 4,83 enquanto a mdia estipulada pelo Ministrio da Sade sete. O IDSUS analisa e contextuali-za o desempenho e efetividade da Ateno Bsica, das Aten-es Ambulatorial e Hospitalar e das Urgncias e Emergncias.

    Tal nota confirma os da-dos anteriores, j que a mdia atibaiense cai bastante devido a falta de cobertura da sade bsica municipal (5,96) e pela falta de atendimentos de mdia a alta complexidade, com notas que variam de 2,37 a 3,29 bem distantes do ideal traado.

    Cristiane Ferreira

    Atualmente, em Atibaia, existem 27 escolas de ensi-no fundamental e 21 de en-sino pr-escolar que so de res-ponsabilidade do muni-cpio. Essas escolas atendem cerca de 9300 crianas nos diferentes bairros da cidade. As unidades de ensino na ci-dade tm se destacado pelos bons resultados que obtm em relao a qualidade dos servios oferecidos. As no-tas positivas obtidas no n-dice de Desenvolvimento da Educao Bsica (Ideb) em 2011, quando foi realizada uma nova prova para medir o ndice, mostram resulta-dos bastante satisfatrios.

    De uma forma geral, o municipio melhora a cada

    ano na prova do Ideb. Em 2009, a nota mdia atingida foi 5.6. J em 2011, o ndice che-gou a 6.4. O destaque a es-cola Maria Helena Ferraz, que superou as expectativas, pois a meta era alcanar a nota 7.1, no entanto, a unidade obteve 7.4. Essa escola fica localiza-da na regio central da cidade, como grande parte das que atingiram as metas propostas.

    As escolas de bairros afas-tados tiveram menor destaque no Ideb, mostrando cresci-mento mais lento. Por exem-plo, a unidade Educador Paulo Freire, no bairro da Usina, que tirou a nota 5.2. Ela superou a meta estabelecida, que era 4.8, mas ainda inspira cuidados.

    Esse fato pode ter causas diversas, como a falta de es-trutura das escolas pblicas, os

    Ideb evolui em Atibaiabaixos salrios dos professo-res, a m formao dos educa-dores, a falta de incentivo para o corpo docente e a ausncia de hbito de leitura do brasi-leiro.

    Professores da rede esta-dual de ensino afirmam que os estudantes chegam com mui-tas dificuldades, que podem ser consequncias de diversos fatores, por exemplo, a falta de interesse dos prprios alu-nos, o descaso de professores que muitas vezes s esto na profisso por conta da estabi-lidade profissional gerada pelo concurso pblico e at mesmo pela grade curricular imposta pela Secretaria de Educao, que no favorece o trabalho.

    Outro fator que pode ser considerado de fundamental im-portncia para a m formao

    desses alunos a progresso continuada, onde os estudantes no repetem sries quando no atingem o desempenho deseja-do e avanam sem ter o grau de instruo necessrio.

    Opinio diferente - Para a professora Marli Amlia Lu-cas Pereira, coordenadora do curso de Pedagogia da FAAT e orientadora nos cursos de ps-graduao, a educao no municpio de boa qualidade e a Secretaria de Educao in-veste na qualificao dos pro-fissionais da rede municipal. Em relao diferena dessa qualidade colocada pelos pro-fessores da rede estadual, a opinio de Marli de que al-guns bairros sofrem mais pela carncia social e econmica. Eles (os alunos) sofrem a in-fluncia do meio onde vivem,

    ou seja, muitos no tm a famlia presente. Isso, para o incentivo da aprendizagem, seria de fundamental impor-tncia, muitos dos pais no so letrados, no podendo ajudar no desenvolvimento das atividades propostas, ou-tros no tm o desempenho desejado por causa da ali-mentao inadequada ou at a falta dela e todos os outros problemas fora da escola, principalmente no mbito familiar, influenciam direta-mente na aprendizagem dos alunos das escolas de perife-ria, argumenta.

    Para Marli Amlia, ser um bom professor olhar o aluno e o aceitar com dificul-dades e possibilidades. Para isso, o profissional tem que estudar muito, conclui.

    Sade

    PALOMA ROCHA BARRA

    As longas filas nos postos de sade se devem falta de atendimento para as especialidades nos bairros afastados

    EDUCAO MUNICIPAL

  • maro/abril de 20124 MATRIA PRIMA

    Rubens Paschoal

    No ano passado nossa reportagem foi s ruas da cidade saber quais as principais complicaes no trnsito. A histria se repete. Quem transita pelas principais ruas do centro e bairros pr-ximos, convive com trnsito carregado, lento e que cau-sa prejuzos sade. Taxistas afirmavam que o trnsito em Atibaia s piorava, com mu-danas inadequadas, tais como instalao de semforos, rota-trias, lombadas, alterao de rotas.

    Izaas, 29 anos de praa, naquela ocasio disse que o aumento de cerca de 30% da populao aos finais de se-mana, segundo ele, tornava o trnsito ainda mais lento e propenso a incidentes, pois a administrao pblica fecha espaos e no oferece alterna-tivas. Citou o final da ala de acesso da Ferno Dias para a cidade, onde carros que saem da rodovia encontram os que vo do centro com destino aos bairros Cerejeiras e Imperial.Elias, 9 anos de praa, de-ta-lhou que a mudana de acesso da Ferno Dias para a cidade leva o motorista a trs faris, sendo que, em dois deles, h radares e uma rota-tria. Para dirigir-se ao hos-pital Albert Sabin ou ao bairro CTB, o motorista empurra-do para uma possvel multa. Todos mencionaram que o cruzamento da avenida Major Juvenal Alvim com a rua Al-bertina Mielli Pires, prximo a Praa Pio XII, um dos pio-res pontos. Quem deseja diri-gir-se ao Alvinpolis tem que cruzar a avenida, dois leitos carroveis com considervel trfego de nibus, motos, ca-minhes, vans, pois a prin-cipal via de acesso ao centro da cidade de quem vem dos bairros e da Ferno Dias.

    A instalao do semfo-ro na rua do Supermercado Extra foi criticada por todos. Mencionaram ainda no ha-ver opes de rotas alternati-vas para fugir dos pontos afu-nilados, estranguladores, que causam congestionamen-tos que poderiam ser evitados com a melhor estruturao do trnsito na cidade e arredores

    Complicaes no trnsito no so exclusividade de Atibaia

    com rotas de fuga. Todos ti-nham ideias e sugestes para melhorar o trnsito. A pedido, foram usados nomes fictcios.Mauro e Lcia Massaru, pro-prietrios h sete anos de bancas de revistas, relataram que a implantao da rotat-ria do Supermercado Extra aumentou sensivelmente o trnsito nos horrios de pico.Jos Luiz Santos e Robson Pinto, mototaxistas que tm ponto comercial h 12 anos nas imediaes da rodoviria, fazem coro a tais afirmaes e acrescentaram que transitar na cidade aps s 17h uma luta.

    Ressentimento e espantoOs entrevistados se ressentem de nunca terem sido consulta-dos pela administrao pblica para opinar nas mudanas no trnsito. Perguntados sobre o valor arrecadado com multas de trnsito pela municipalida-

    de, arriscam palpites e se assus-tam quando lhes informado que, segundo dados disponveis no site oficial da Prefeitura, o valor arrecadado de outubro de 2010 a maio de 2011 ultra-passava dois e meio milhes de reais (R$ 2.652.906,30).

    Todos questionaram: pra onde vai esse dinheiro?

    Novidade velhaAps dez meses, retorna-

    mos s ruas e encontramos Jos dos Santos e Fabiano Bernar-des, motoristas de nibus. Da

    Padaria Seletinha, leva cerca de 25 a 30 minutos para chegar na rotatria do Extra. Em ou-tros horrios, a gente leva uns 10 minutinhos.

    Nos horrios de pico, gas-tam o triplo do tempo e re-cla-mam de carros estacionados nos dois lados da rua Thom Franco desde a praa do Jos Alvim at a rua Joo Pires: quando vem um carro em di-reo contrria, o nibus no passa - a rua estreita; se fos-se mo nica, ficaria melhor.

    Luiz Zerbinatto, gerente da Lojas Marabrs, diz que a cada 10 minutos pra um nibus em frente loja e que a populao tratada com desprezo. O pon-to est totalmente abandonado. No h bancos suficientes. Ido-sos tm dificuldades de acesso aos nibus, sofrendo frequen-tes quedas. Vagas da zona azul so ocupadas pelos carros do Departamento de Trnsito, fis-cais s multam e interferem no trnsito quando est catico. No h rebaixamento de guias suficientes para cadeirantes. Falta sinalizao adequada.

    Na opinio de Zerbinatto, a rua deveria ser convertida em calado, ao menos aos fi-nais de semana, no trecho que vai da Praa do Mercado at a avenida So Joo. Alm disso, o trnsito de nibus deveria ser deslocado dois quarteires abaixo, pois no fica to longe do centro de forma a dificultar o acesso. Nos finais de semana, entre 400 a 600 pessoas entram

    Ainda que pontualmente, todos so unnimes em afir-mar que houve melhoras no trnsito, mas que as solues so sentidas a longo prazo. Instalao de rotatrias, se-mforos e sinais de trnsito dentre outras aes tem faci-litado a vida dos motoristas e dos pedestres que circulam pelo centro. No cruzamento

    da Rua Albertina Mielli, Praa Pio XII e Av. Major Alvim, um semforo j est instalado. No semforo antes do Centro de Convenes, o motorista con-verge direita sem necessidade de parada. A zona azul facili-tou estacionamento, embarque e desembarque de passageiros de txi, pois h vrios pontos de parada rpida (15m) e os

    donos do comrcio no es-tacionam mais seus veculos defronte aos estabelecimen-tos. A lombada eletrnica em frente ao Colgio Ma-jor, diminuiu radi calmente o nmero de ocorrncias. A instalao do semforo prximo ao Supermercado Saito racionalizou o acesso bairro-centro-bairro.

    Nem tudo se resume a crticas

    Trnsito

    Ponto em frente Lojas Marabrs: sem bancos o suficiente, idosos esperam em p

    Rua So Joo, no centro da cidade: horrios de pico repercutem nos horrios dos nibus que chegam da Dom Pedro

    FOTOS: RUBENS PASCHOAL

  • 5maro/abril de 2012 MATRIA PRIMAem seu estabelecimento. A administrao pblica no d importncia ao pedestre, diz.

    Mrcio Jos Ferreira, da Farmcia Sol Nascente, faz coro aos demais. Fiscais? S para multar quem est sem cinto e usando celular. Si-nalizao? Deficiente pa-rece que pintam a faixa com cal dois dias depois j no tem mais nem sinal dela.Educao? Tanto motoris-tas quanto pedestres no tm educao para o trnsito.

    Wanderley Franco, da Droga Regional na esquina da rua Be-nedito com a avenida So Joo e Vicente Cruz, funcionrio da Casa Rural, na esquina da rua Jos Pires com a Praa do Mer-cado, engrossam o discurso.

    Fbio Magro, secretrio municipal de Segurana P-bli-ca, relata que os motoris-tas respeitam bombeiros, ambuln-cias e viaturas policiais, nunca sendo registrado qualquer in-cidente de grandes propores, somente abalroamentos e atro-pelamentos sem gravidade. A Guarda Municipal, quando acionada, presta auxlio na si-nalizao e fiscalizao no trn-sito em eventos especiais que fecham ou alteram o fluxo de veculos no centro, comenta.

    Esclarecimentos - Nos trs primeiros meses do ano, o valor arrecadado com multas foi de R$ 649.950,16. Segundo o art. 320 da Lei 9.503/97 (Cdigo de Trnsito Brasileiro), A receita arrecadada com a cobrana das multas de trnsito ser aplicada, exclusivamente, em sinalizao, engenharia de trfego, de cam-po, policiamento, fiscalizao e educao de trnsito.

    Os artigos 74, 80 e 91 dis-ciplinam a forma que a verba deve ser aplicada. Cludia Ma-ria Nogueira, secretria muni -cipal de Transportes e Trnsito, relatou que os valores arreca-dados no so suficientes para desenvolver e executar todas as aes e projetos da pasta, que suplementada por verbas do Fundo de Assistncia ao Trn-sito (Fatran), criado pela lei municipal 2.875 de 29/4/1998. O Fundo conta com 14 agentes concursados de fiscalizao de

    trnsito e nos garante que as multas aplicadas so de carter educativo, pois as infraes restringem-se ao uso indevido de celulares, estacionamento em local proibido, falta do cin-to de segurana dentre outros. No ponto de vista de Cladia, a melhora na renda do povo brasileiro aliada a incentivos do governo para a indstria au-tomobilstica, proporcionou a muita gente a aquisio do pri-meiro automvel, deses-timu-lando o uso de transporte co-letivo. Apesar das vrias aes da pasta, afirma: no haver melhora no trnsito se o moto-rista no mudar a viso. Tem que pensar no coletivo.

    No trans-porte coletivo, informa que Atibaia conta com 27 linhas urbanas por onde trafegam 79 nibus diariamente, sendo que muitos bairros remotos no tem demanda de usurios nem estradas em condies ade-quadas para circulao. Atenta s necessidades , garante no medir esforos na implantao do transporte complementar. Isto , regularizar as vans, mas se refere a resistncia da concessionria de trans-porte coletivo do municpio.

    Explica que, com a implan-tao da zona azul, o trnsito na cidade ganhou maior fluidez. Antes, o motorista ficava dan-do voltas para achar uma vaga. Agora, a situao outra, at porque os comerciantes no es-tacionam veculos em frente aos

    estabelecimentos o dia todo.Quanto aos pontos crticos

    apontados pelos motoristas e comerciantes, Cludia apre-senta estimativa de custos das obras que so e sero execu-tadas. Para a semaforizao em frente a rodoviria e Praa Pio XII com rua Albertina, es-to sendo gastos cerca de R$ 350.000,00; para regularizar o farol da So Joo com a Jer-nimo. O projeto, em vias de fi-nalizao, est orado em apro-ximadamente R$ 500.000,00. Ela finaliza: A arrecadao s com multas no suficiente.

    No tocante s faixas de pe-destres, a secre-tria explica que h necessidade que seja pavi-mentada com asfalto quente e pintada com tinta termopls-tica, fato que

    encontra obstculo de execu-o pelo tombamento de gran-de parte do centro histrico. Assim, h necessidade de de-ferimento de pedidos admi-nis-trativos burocrticos que de-moram meses para acontecer.

    Cludia ainda lembra que a Secretaria responsvel por todo o setor de transportes da Prefeitura, assim como pela manuteno da frota de 250 veculos, estradas rurais que necessitam de frequentes reparos, principalmente em poca de chuvas, sinalizao e auxlio s outras secretarias no caso de enchentes, even-tos culturais, religiosos, es-portivos e apreciao de centenas de pedidos para sinalizao viria em escolas, praas e pontos comerciais.

    Contudo, no autuar de forma predatria regra im-posta aos agentes, que so instrudos a abordagens instru-tivas quando infraes so ve-rificadas, pois muitas delas so de competncia estadual (falta ou atraso de licenciamento, ha-bilitao vencida, acidentes de trnsito por uso de lcool, etc.)

    Para ser habilitado o mo-

    torista estuda as regras b-sicas de como se comportar no trnsito. Desobedece, leva multa e reclama. Isso um problema cultural. Antes era s multa, agora h os pontos na CNH com possibilidade de perda do direito de dirigir. Nem assim se muda a postu-ra do motorista brasileiro.

    Um a cada dois minutosA afirmao da secretria

    encontra respaldo na afirmao de que a lei deve ser rigorosa-mente cumprida, segundo Ro-dolfo Alberto Rizzoto, coorde-nador do SOS Estradas: No temos uma indstria de multas, mas uma fbrica de motoris-tas infratores, cuja produo est aumentando, estimulada pela impunidade. Milhares de pessoas morrem sem nenhu-ma justificativa. No podemos esperar que os infratores con-tumazes sejam conscientiza-dos, pois estamos vivendo uma epidemia. Basta ver os dados do site estradas.com (boxe).

    Tais dados servem de base para Cludia confirmar que o motorista brasileiro no tem o hbito, a cultura de obede-cer a regras e leis, revelando que recebe diariamente di-versas reclamaes de in-justiados por autuaes.

    Ainda segundo ela as vias pblicas so deficientes por que Atibaia conta mais de 350 anos de idade, com flu-xo intenso de pedestres e au-tomveis; por isso no com-porta grandes alteraes.

    Educao e conscientizaoEm 11 de maio de 2011, foi

    lanada pela ONU a campanha Dcada de Ao pelo Trnsito Seguro 2011-2020,( www.onu.org.br/decada-de-acao-pelo-transito-seguro-2011-2020) na qual governos de todo o mun-do se comprometem a tomar novas medidas para prevenir os acidentes, que matam cer-ca de 1,3 milho de pessoas por ano e so a nona causa de mortes em todo o mundo.

    Alm disso, os acidentes no trnsito ferem de 20 a 50 mi-lhes de pessoas a cada ano. Em muitos pases, os cuida-dos de emergncia e outros servios de ajuda s vtimas do trnsito so inadequados.

    O site www.estradas.com.br divulgou o seguinte qua-dro sobre morte no trnsito:Acidentes nas rodovias federais - 104.863, tendo 5.780 mortos, 60.326 feridos e 66.106 vtimas;Acidentes nas rodovias estaduais 134.240, tendo 6.156 mortos, 77.744 feridos e 83.900 vtimas;

    Acidentes nas rodovias municipais 24.960, tendo 1.200 mortos, 14.400 feridos e 16.600 vtimas; totalizando 2assim 64.063 acidentes, 13.136 mortos, 152.470 feridos e 166.600 vtimas envolvidas

    Segundo o site, todos os dias ocorrem 723 acidentes nas rodovias pavimentadas brasi-leiras, provocando a morte de 35 pessoas por dia, dei-xando 417 feridos, dos quais 30 mor-rem em decorrncia do aciden-te. A maior parte das mortes no trnsito ocorre nas rodovias e no nas vias urbanas. Os aci-dentes nas estradas so muito violentos, provocando mais mortes e ferimentos graves. Na avaliao do estudo, a melhoria das condies das rodovias no significa que teremos uma redu-o dos acidentes, pois 90% so provocados por falha humana.

    Constata-se que tanto mo-toristas quanto pedestres no esto adequadamente instru-dos para o trnsito, com fre-quentes desrespeitos de am-bos os lados, de forma que complicaes no trnsito no so exclusividade de Atibaia.

    Apesar das aes da Admi-nistrao Pblica, que no pode baixar a guarda, mas intensific-la e ampli-la, verifica-se que educar e conscientizar motoris-tas e pedestres sobre a necessi-dade de se obedecer as leis primordial para que no se faa do trnsito um campo de bata-lha onde no h vencedor, s um perdedor a cada dois minutos.

    Em pesquisa na rede, a reportagem extraiu do site estradas.com a seguinte es-tatstica: 42.000 pessoas morrem por ano vtimas de acidente de trnsito no Bra-sil; 24.000 pessoas mor-rem em razo de acidentes nas estradas; 13.000 mor-rem no local do acidente; 11.000 so feridos graves que morrem posteriormente.

    Ocorrem pelo menos 723 acidentes por dia nas rodovias pavimentadas brasileiras. - mdia de 30 por hora ou 1 a cada dois minutos. 65 pes-soas morrem por dia em vir-tude de acidente nas estradas.

    A cada 40 minutos uma pessoa morre num aciden-te nas rodovias e 411 pes-soas ficam feridas por dia em acidentes nas estradas. Destas pelo menos 30 mor-rem em decorrncia dos ferimentos. A cada hora 17 pessoas ficam feridas em acidentes nas estradas.

    65 pessoas morrem por dia em estradas

    Cludia confirma que o motorista brasileiro

    no tem o hbito, a cultura de obedecer

    a regras e leis

    Trnsito

    Farol da Rua So Joo, prximo rodoviria: fluxo de pedestres intenso

  • maro/abril de 20126 MATRIA PRIMA

    Felipe Brando

    Com a expanso natural das cidades do interior, Bragana Paulista tam-bm tem problemas com a vio-lncia. A soluo procurada pela populao tem sido as mora-dias em loteamentos fechados.

    O nmero de loteamentos na cidade vem crescendo des-de a dcada de 70. So vrios empreendimentos espalhados pela cidade. O valor dos terre-nos normalmente so maiores do que em bairros abertos ou at em bairros em torno dos prprios condomnios. Segun-do a Secretria de Planeja-mento, uma tendncia o crescimentos de loteamentos fechados na cidade e o prin-cipal motivo a segurana.

    Os terrenos so fechados por decretos, pela lei comple-mentar 534\04, Plano Diretor e 556\07 do Cdigo de Urba-nismo. Um levantamento da Prefeitura indica que o nme-ro de loteamentos na primeira dcada do sculo cresceu mais

    Procura por moradia em loteamento fechado tendncia em Bragana

    Dados apontam crescimento desse tipo de loteamento na cidade

    Por Mayra Bondana

    Toda a histria do Pinheirinho possui questionamentos e situaes instveis. A desocupao e reintegrao de posse podem ter sido apenas o estopim de irregularidades que perduram h anos. Primeiro, a forma com que a terra chegou s mos de Naji Nahas, depois da morte suspeita dos verdadeiros donos. O caso arquivado deixou muitas perguntas, mas nenhuma resposta. Quanto reintegrao, a instabilidade das decises do Judicirio e a quebra de hierarquia tornam tudo muito mais suspeito. Alm de proibies e liberaes para a desocupao, nada mais foi dito.A polcia desocupou a rea em data e horrio proibidos por lei, com armas de fogo e sem policiais com identificao. Casos de violncia sexual ocorreram na data, praticados por integrantes da Rota que no foram punidos. Existem casos de mortes e desaparecimentos, abafados pelo governo e pela grande mdia.Grande parte dos antigos moradores de Pinheirinho est nas ruas ou tenta se organizar em outros locais. O auxlio-aluguel oferecido pela prefeitura de So Jos no suficiente para encontrar uma nova casa.A verdade que tudo parece mais uma questo de interesses polticos e de pessoas vidas por dinheiro. O governo quis apagar o problema e fez o que era necessrio para que isso ocorresse sem gerar muitas despesas. A grande mdia, aliada a partidos polticos e defendendo os prprios interesses, achou por bem se calar e deixar de lado a funo de informar. Os antigos moradores, que deveriam ser protegidos, so os que mais tm direito quela terra. Foram expulsos, sem oportunidade para se defender ou ao menos juntar os trapos. Hoje, sofrem uma realidade calada e escondida, lutando para sobreviver a uma situao de interesses escusos e injustia.

    do que nas trs dcadas passa-das (confira o grfico acima).

    De acordo com o ex-de-legado seccional de Polcia de Bragana Paulista, Mar-celo Fabio Vitta, que deixou a funo em maio passado, a procura por morar em lotea-mentos fechados tem vrias

    razes. Normalmente, os condomnios so construdos com rea de lazer, rea ver-de, poltica de vizinhana, qualidade de vida e esses so

    os fatores que as pessoas procuram e no somen-te a segurana, avalia.

    Marcelo relata que Bragana tem um bom nvel de segurana e, alm disso, como em toda cidade do inte-rior, as pessoas se conhecem e isso facilita a convivncia.

    Mesmo com a cidade em expanso, a cidade

    preserva as caracte-rsticas de interior. O delegado tam-

    bm conta que as polcias da cidade se integram bem, que tm convivncia pacfica e contato frequente, garantin-do a eficincia da segurana. Ele destaca tambm que a populao deve contribuir. O esforo no sentido de mostrar que a populao tem que fazer denncias, tomar cuidados bsicos e alertar os vizinhos, argumenta.

    Habitao

    Caso Pinheirinho

    A Ponta do Iceberg

    Condecoraes aos violadores

    FOTOS: MARIA EUGNIA S E VINICIUS SOUZA

    Grande parte dos antigos

    moradores de Pinheirinho

    est nas ruas ou tenta se

    organizar em outros locais

    Por Tet Longobardi

    Completo absurdo o que define a desocupao no Pinheirinho. Primeiramente, pela forma como a ao foi planejada, surpreendendo os moradores da ocupao que, apesar de j estarem de sobreaviso, no esperavam que fosse ocorrer naquele domingo, 22 de janeiro. At porque, uma ao como aquela, por lei, no poderia ter sido realizada da forma como foi.Depois, pela falta de humanidade com que a operao foi conduzida. As armas utilizadas e a presso psicolgica desesperaram os moradores, entre eles, crianas, adolescentes, adultos e idosos. Ningum foi poupado.Os ex-moradores foram retirados das casas e levados a abrigos como se fossem criminosos. Para piorar, os mentores da ao quiseram convencer de que tudo foi feito de forma legal e que nenhum direito foi violado. Ningum foi punido at o momento, pelo contrrio, foi condecorado. E a populao do Pinheirinho, marginalizada.

  • 7maro/abril de 2012 MATRIA PRIMA

    Karen Sarraf

    Depois de temporadas complicadas dentro e fora de campo, com declaraes polmicas feitas pela antiga gesto, o Sport Clube Atibaia tenta seguir novos caminhos. Com uma direo disposta a trabalhar pelo crescimento do clube, apesar da eliminao no Campeonato Paulista da Se-gunda Diviso 2012 pelo time do Osasco, em julho, o clube busca novos projetos. Para tanto, necessrio romper al-gumas barreiras.

    No s a diretoria do clube, como tambm os membros da torcida organizada Guerreiros do Falco permanecem apreen-sivos. Em abril, o Estdio Mu-nicipal Salvador Russani no pde ser o palco da estreia no Paulista em razo do Campeo-nato Sulamericano de Fanfar-ras, realizado pela Prefeitura em parceria com entidades.

    A tumultuada relao entre a Administrao Municipal e o clube chama ateno desde o ano passado, quando o ex-di-retor do SC Atibaia, Salvador Soares, reclamou a um jornal local que o time passava por dificuldades financeiras e que

    Com nova direo, Sport Clube Atibaia tenta afastar longa m fase

    Time de futebol da cidade quer melhorar estrutura para vencer em campo

    nem mesmo a Prefeitura os in-centivava.

    A reforma - Em 2012, com nova gesto assumindo o clu-be, a Prefeitura se responsabi-lizou em reformar o estdio. A utilizao para a competio de fanfarras beneficiou o time. A promessa da Prefeitura, no entanto, foi cumprida apenas em partes. O estdio recebeu manuteno. A grama foi cor-tada, as marcaes do campo foram feitas, alm de pintura e troca das instalaes eltri-cas. Contudo, as arquibanca-das, que desde o ano passado

    haviam sido prometidas, no foram construdas. Em vez disso, foram colocadas arqui-bancadas mveis, j utilizadas no carnaval de rua da cidade. De acordo com a Secretaria de Esportes e Lazer, existe um projeto que visa construo dessas arquibancadas, porm no h data certa para o incio das obras.

    Segundo Emerson, caseiro do Estdio Salvador Russani h 15 anos, seria iniciada at maio a construo do setor. Todo ano, a Prefeitura faz re-formas no estdio. mentira o

    que a torcida falou, a Prefeitu-ra investe, aponta, rebatendo as crticas dos membros da torcida Guerreiros do Falco, reafirmando, em seguida, que em breve o estdio passar por uma reforma.

    Polmica - Entretanto, a torcida reclama que o Poder Pblico no se comprome-te a ajudar o clube e, quando auxi-lia, no com boa von-tade. Estamos desde 2007 sem apoio. Quando o Poder Pblico ajuda, faz as coisas com muito m vontade e isso uma coisa que nos incomo-

    da, reclama Bruno Sabadini, diretor da torcida Guerreiros do Falco.

    J para o atual vice-presi-dente do SC Atibaia, Leonardo Silvrio, atualmente a relao do clube com a Prefeitura est em completa harmonia. Des-de que assumimos o SC Ati-baia, tudo o que precisamos da Prefeitura eles vm cumprin-do. At agora, no houve nada de diferente do que foi trata-do, esclarece, coincidindo com a declarao da Secretaria de Esportes e Lazer, que afir-ma ter uma boa relao com o clube.

    Contudo a agremiao no conta com apoio financeiro di-reto da Prefeitura. Segundo o vice-presidente do SC Atibaia, no teria motivo para um rgo pblico auxiliar nesse sentido. Eles no ajudam. A gente que corre atrs. Por ser rgo pblico, no poderia, explica. Ele conta que, logo aps a nova gesto assumir o SC Atibaia, a Administrao Municipal indicou empresas que poderiam colaborar com o clube financeiramente. Desde o comeo do ano, a diretoria tem buscado apoio de empresas que invistam em patrocnio.

    Violncia familiar continua sendo recordista de registrosMaria Cleidiane

    Em 2011 a Secretaria de Segurana Pbli-ca do Estado de So Paulo (SSP) divulgou esta-tstica de casos de estupros em Atibaia. Foram 45 ca-sos oficialmente registrados no ano, numa mdia de 3,7 ocorrncias por ms. Feve-reiro e maro representa-ram a maior quantidade de ataques, totalizando 12 du-rante o perodo mdia que representa 1,3 ataque por semana. O delegado Her-mes Jun Nakashima atribui o elevado nmero ao Car-naval. Durante o perodo redobrada a segurana, pois existe o consumo excessi-vo de bebidas alcolicas, em que as pessoas tornam-

    se mais vulnerveis. Ele chama a ateno para outro fato importante: dos 45 es-tupros registrados, cerca de dois teros se originam de violncia familiar. Para Na-kashima este fato o mais problemtico, pois depende exclusivamente da denn-cia da vtima ou da denn-cia de um familiar.

    Em caso de estupros em vias pblicas, a delegacia in-formou que ocorreram dois ataques no bairro do Jardim Paulista, cujo agressor era usurio de drogas e j fora indiciado. Quando so re-gistrados casos de estupros em vias pblicas, como o caso do Jardim Paulista, costumamos fazer campa-nas com cerca de um a qua-tro PMS descaracterizados,

    afirma o delegado. Ele expli-ca que os procedimentos so os mesmos. A vtima deve se dirigir at uma delegacia mais prxima e denunciar o agressor e, se possvel, apre-sentar testemunhas para me-lhor esclarecimento.

    Conselho Tutelar Para a coordenadora do Conselho Tutelar de Atibaia, Carmem Monari, os nmeros divulga-dos so alarmantes. Ela apon-ta ainda que as regies menos favorecidas so as mais afe-tadas, o que vai de encontro com a opinio do delegado. Para ele, os nmeros no so to espantosos por se tratar de uma cidade com 126 mil habitantes. Segundo Mona-ri preciso responsabilizar o agressor e oferecer para a vtima um atendimento hu-

    mano. Atibaia deu um passo importante com a ins-tala-o do CREAS (Centro de Referencia Especializado de Assistncia Social), diz Mo-nari.

    CREAS - A coordenado-ra do CREAS, Andrea Silva da Mata, explica que o Con-selho funciona como um Pronto Socorro Psicossocial, com atuao de psiclogo contratado pela instituio. feito tambm um trabalho de Escuta Protetiva, chamado de humanizao de relatos, no qual a vitima levada para uma sala e relata o aconte-cimento para uma equipe de psiclogos. Ao trmino do relato, o relatrio da vitima encaminhado para a Vara da Infncia ou para a Delegacia

    da Mulher, onde sero anali-sados por psiclogos Forenses que emitiro um laudo con-clusivo. Nosso olhar volta-do para o social, cujo principal objetivo reintegrar a vtima e o agressor ao convvio so-cial, explica Andrea.

    No caso de vtimas vio-lentadas e que dependem fi-nanceiramente do agressor, o rgo oferece assistncia que envolve desde abrigo at o deslocamento da v-tima at outra localidade. Segundo a coordenadora, a demanda est muito alta, demonstrao de que as v-timas esto procurando aju-da. Atualmente o CREAS conta com trs psiclogos e quatro assistentes sociais, bem como orientadores de medidas scio-educativas.

    Esporte

  • maro/abril de 20128 MATRIA PRIMA

    Por Cris Lustosa

    Embora haja projetos de melhoria na sade do municpio e algumas pesquisas apontem para um desenvolvimento no setor de sade em Bragana nos lti-mos anos, grande o nmero de reclamaes de pacientes que todos os dias procuram assistncia mdica, sejam elas consultas rotineiras, exames ou casos mais graves. A si-tuao no pronto atendimento tambm alvo de muitas crti-cas. E h exemplos individuais que retratam com nitidez a si-tuao mdia da sade pblica no municpio.

    No dia 9 de abril, sentin-do fortes dores musculares, a camareira Deise Carvalho da Silva, de 56 anos, foi at a Santa Casa de Misericrdia de Bragana Paulista. Chegou por volta das 14h e aguardou at s 19h. Ela conta que nes-se perodo apenas 20 pessoas foram chamadas para a sala do pr atendimento e que con-versou com pessoas que dis-seram estar l desde o perodo da manh e ainda no haviam sido atendidas. No perodo em que Deise permaneceu no hospital, houve quatro atendi-mentos de emergncia do Ser-vio de Atendimento Mvel

    Conflito em nmeros e atendimentoexpem incoerncias na rea da sade

    Segundo moradora, espera por atendimento pode durar mais de 5 horas

    de Urgncia (SAMU). Havia apenas um mdico no planto para atender toda a demanda de pacientes. Depois da longa espera, cansada, com fome, e ainda com dores, a camareira decidiu voltar para casa mes-mo sem ser atendida.

    Deise procurou o posto de sade PACS Pedro Megale, localizado na Vila Garcia, mas tambm no recebeu atendi-mento mdico. A atendente alegou que seria necessrio ter o carto do posto para poder marcar a consulta e que o mes-mo s poderia ser feito quando os agentes de sade fossem at a minha casa para comprovar o local de moradia, diz a ca-mareira. Segundo ela, no h data certa para a visita.

    Projetos e Verbas

    Em janeiro de 2012, a Se-cretaria de Sade de Bragana Paulista assinou um convnio com o Ministrio da Sade, que garantiu uma verba de R$ 350 mil para contribuir com a construo do Centro de aten-o Psicosocial II (CAPS II). Trata-se de um centro de psi-quiatria para doentes graves. No inicio de 2012, o Governo

    O ndice Firjan de De-senvolvimento Municipal (IFDM) foi criado pela Fe-derao das Indstrias do Estado do Rio de Janeiro (Firjam) para acompanhar a evoluo socioeconmica dos 5.564 municpios brasi-leiros.

    O IFDM considera trs reas de desenvolvimento Emprego & Renda, Edu-cao e Sade e utiliza-se de estatsticas oficiais muni-cipalizadas divulgadas pelos Ministrios do Trabalho, Educao e Sade. O ndi-ce varia de 0 (mnimo) a 1

    do Estado autorizou o repas-se de recursos financeiros ao Hospital Universitrio So Francisco (HUSF) de Bra-gana Paulista. A partir de primeiro de maro, a unida-de de sade passou a receber R$ 1,2 milho por ms para a manuteno dos servios comunidade e implantao de medidas que resultem na regionalizao do atendimen-to aos pacientes. O oramen-

    to para o setor de sade em 2010 foi de R$ 67.135.442,00 milhes. Para 2012 previsto um total de R$ 75,9 milhes. Bragana possui 37 Estabele-cimentos de sade SUS, com 31 unidades de ateno bsi-cas de Sade.

    De acordo com o Sistema de ndice de Desempenho do Sistema nico de Sade (ID-SUS), que considera bem ava-liadas as cidades que obtm mdias de sete para cima, Bra-gana encontra-se abaixo da mdia na classificao geral. J no ranking regional Bra-gana lidera com 5.65, segui-da por Atibaia com 4.83, Bom Jesus dos Perdes com 4.75, Piracaia com 4.61 e Nazar Paulista com 3.98.

    (mximo) para classificar o nvel de cada localidade. Os critrios de anlise estabele-cem quatro categorias: baixo (de 0 a 0,4), regular (0,4001 a 0,6), moderado (de 0,6001 a 0,8) e alto (0,8001 a 1) de-senvolvimento.

    Desde o ano 2000, o IFDM (ndice Firjan de Desenvolvimento Muni-cipal) realiza em Bragan-a Paulista, pesquisas que avaliam o desenvolvimento do municpio nas reas de Emprego & Renda, Educa-o e Sade.

    Pesquisa paralela

    Seria necessrio ter o carto do posto para poder marcar a consulta. Isso s poderia ser feito quando os agentes de sade fossem at a minha casa para

    comprovar o local de moradiaDeise Carvalho da Silva

    ndice Firjan de Desenvolvimento Municipal (IFDM)

    Sade

    Deise Carvalho da Silva

  • 9maro/abril de 2012 MATRIA PRIMA

    Um prdio Suntuoso!, assim definiu o professor ngelo Magrini Liza, o prdio que conheceu como Colgio So Luiz, apesar de se lembrar dos relatos da poca em que foi erguido como Teatro Carlos Gomes.

    Inaugurado oficialmente em 12 de fevereiro 1898, com a companhia de Operetas do Teatro Apollo do Rio de Janeiro executando O Guarany em homenagem ao maestro que deu nome ao local, obteve elogios da im-prensa, recebeu vrias peas, orquestras e at cinemat-grafo para exibio dos primeiros filmes mudos.

    Mas a distncia maior do centro que os teatros con-correntes (sim, tnhamos mais de um teatro na poca, s que bem menores), a grandiosidade do espao interno, que induzia a sensao de vazio, mesmo com dezenas de pessoas presentes, a falta de cadeiras para a plateia, entre outras questes, fizeram com que, aos poucos, o teatro fosse abandonado, principalmente depois da que-da de parte do telhado, no incio do sculo 20.

    Fechado o teatro, o edifcio foi locado para diversos usos e, por pertencer a uma associao bastante infor-mal, mal administrado pelos scios, os impostos em atraso levaram a Cmara Municipal a adquirir o que restou do edifcio para reform-lo como um Colgio para Moos, atendendo reivindicao para transfor-mar a cidade em sede de diocese catlica, recebendo o nome de Colgio So Luiz. Doado diocese para fins educacionais, o edifcio ganhou paredes internas e um ptio no centro, enterrando as pretenses artsticas, mas adquirindo carter educacional.

    O professor ngelo, que l trabalhou por 35 anos, relatou, no documentrio O Belo Parado, vrias his-trias sobre a poca em que era inspetor de alunos e depois professor. Depois da fase dos freis agostinianos e com os desdobramentos que a sada deles do Colgio So Luiz causou, veio o segundo perodo de abandono do edifcio,

    No incio da dcada de 1970, a recm criada Fun-dao Municipal de Ensino de Bragana Paulista transferiu cursos para as precrias instalaes do que tinha restado do j fechado So Luiz e, durante alguns anos, somente a manuteno de emergncia era reali-zada para que as aulas pudessem ocorrer. Alguns anos mais tarde, o professor Nelson Carrozzo fez um acordo com a diocese e reformou todo o prdio, mantendo as principais caractersticas do antigo colgio e l criou a Escola tcnica Professor Joo Carrozzo, que manteve o local em uso at o final do sculo 20, quando, devido a discordncia de valores da locao, o edifcio volta a fechar as portas.

    Em 2003, o ento prefeito de Bragana, Jesus Che-did (DEM) recompra o edifcio da diocese e se inicia a srie de obstculos e desencontros que tem impedido a soluo definitiva para que o prdio volte a ter algum uso. De l para c, muita coisa se falou, muito se so-nhou e se disse sobre o edifcio, mas, infelizmente, as poucas obras para a manuteno da fachada no foram suficientes para evitar o abandono e o descaso permitiu que o prdio sofresse dois incndios. Assim, corremos o risco de perder esse maravilhoso prdio histrico e o pior: sem perspectivas de que uma deciso seja tomada pela atual administrao municipal.

    *Gustavo Ninni La Salvia ativista e produtor cultural

    O abandono da histriaPor Gustavo Ninni La Salvia *

    Investimento em cultura chega a 16 mi

    Suelem Oliveira

    A Secretaria Municipal de Cultura e Turismo recebe anualmente cer-ca de 16 milhes de reais para investir em cultura e turismo na cidade. Parte deste valor vem do governo estadual e passa a ser vinculado para projetos como construo de centros de convenes e corredores tu-rsticos. Para que a verba seja utilizada, a secretaria munici-pal de cultura tem que apre-sentar um projeto que viabilize a construo de um centro de convenes, por exemplo, en-tretanto, todo o ano parte do dinheiro que no usado volta aos cofres pblicos.

    Cerca de 10% da verba aplicada em eventos como Na-tal, Festivais Culturais, Car-naval e outros que integram a programao anual do munic-pio, alm de convnios com o terceiro setor, aquisio de ma-terial de consumo, folha de pa-gamento, material permanente, entre ou-tros. Os projetos rea-lizados na cidade seguem um calendrio previamente esta-belecido em anos anteriores.

    De acordo com o IBGE, a populao de Bragana j pas-sa de 146 mil habitantes, e de acordo com Raul Lencini, se-cretrio de cultura, o grande desafio da secretaria levar a formao e o conhecimento populao. Alm da grande di-

    ficuldade em divulgar os even-tos que ocorrem na cidade, existe uma dependncia conti-nua do poder pblico para com os meios de comunicao, que poderiam levar informao de forma sistemtica aos quatro cantos da cidade.

    Segundo o secretrio de cultura, a reforma e restauro do Teatro Carlos Gomes, somado em 8 milhes de reais, esto previstos dentro do oramento da secretaria. Alm dessa obra, a verba est comprometida com a reforma do Matadouro, avaliada em 2 milhes e 700 mil reais, alm da reforma do Museu Municipal, que totaliza 1 milho e 500 mil reais.

    Diversos so os projetos realizados na cidade. De uma forma geral podemos desta-car primeiramente o Festival Internacional de Inverno, o Carnaval e em seguida o Maio

    Cultural e o Natal Encantado, diz o secretrio. Alm disso, tem o Romaria das guas; Gri-to Rock; Festival Sertanejo; Semana do Folclore; Festa da Linguia; Semana da Ptria; Encontro das Naes; Dia da Criana; Dia da Cultura; Dia da Conscincia Negra; Miss Bragana; Aniversrio da Ci-dade; Reveillon; Escola de Msica; Escola de Ballet; Au-las de Teatro; Banda Sinfnica Jovem; Banda Marcial Muni-cipal; Orquestra de Viola Cai-pira; e, por fim, teatros e espe-tculos musicais e de dana.

    Alm dos eventos que fa-zem parte do calendrio anual, a Se-cretaria investe na difu-so de cultura durante todo o ano. O maior destaque da Se-cretaria se d pela acessibili-dade cultural proposta atravs dos convnios com o terceiro setor que beneficiam mais de 5.000 crianas e adolescentes no aprendizado da msica e da dana afirma o secretrio.

    Os projetos para formao de crianas esto espalhados por toda a cidade. Entre os cur-sos oferecidos esto Escola de Msica Arte e Vida, Academia de Ballet Arte e Vida, Curso de Violinos Arte e Vida, Banda Marcial Municipal, Aulas de Teatro Bragana enCena, Au-las de dana Projeto Semear, Aulas de percusso Projeto Semear e Aulas de Teatro Pro-jeto Semear.

    Raul Lencini: cultura precisa ser mais difundida na cidade

    Segundo secretrio, o grande desafio levar conhecimento populao

    Cultura

  • maro/abril de 201210MATRIA PRIMA AmbienteLinha de transmisso de energia cortar o lado sul de Bragana

    Empreendimento do Governo Federal ter mais de 300 km de extenso

    O Governo Federal, por meio do Programa de Acelerao de Cres-cimento (PAC), realiza gran-de investimento para a rea energtica do pas, prevendo a construo de mais de 36 qui-lmetros de linhas de trans-misso entre 2012 e 2014. A Linha de Transmisso 500 KV Araraquara II Taubat parte do projeto. Com o ob-jetivo de escoar energia pro-veniente das usinas hidrel-tricas de Jirau e Santo Ant-nio, no Estado de Rondnia, para a regio Sudeste do Esta-do de So Paulo, ela possibi-litar que a energia chegue at os principais centros de con-sumo do interior paulista.

    Em Bragana Paulista, as linhas de transmisso atin-giro o lado sul do munic-pio com, aproximadamente, 28,5 quilmetros de extenso. O percurso comea na divisa com Morungaba, corta uma parte do bairro Campo Novo, passa pela Montanha do Lei-te Sol, ponto turstico da cida-de, localizada nas proximida-des da rodovia SP-063 (Bra-gana Itatiba), segue para propriedades rurais do bairro Caet, defronte a rodovia BR-381 SP-010 (Ferno Dias) e vai at a divisa com o munic-pio de Piracaia.

    O Departamento de Ava-liao de Impacto Ambien-tal (DAIA) da Companhia de Tecnologia de Saneamen-to Ambiental (Cetesb), rgo ligado Secretaria de Meio Ambiente do Estado de So Paulo, analisa estudo e relat-rio de impacto ambiental pa-ra saber se o empreendimen-to ambientalmente adequa-do. Procurado para falar sobre o assunto, o assessor de im-prensa da Cetesb, Renato Alonso, informou que o rgo se manifestar somente aps a realizao da anlise, que no tem data prevista de trmino.

    Segundo o secretrio mu-nicipal de Meio Ambiente,

    Joaquim Gilberto de Oliveira, o primeiro contato da Com-panhia Paranaense de Ener-gia (Copel) com a Prefeitu-ra (veja box ao lado) ocorreu no 2 semestre do ano passa-do, quando foi fornecido para a empresa a Certido de Uso e Ocupao do Solo. Esse do-cumento atesta se h ou no alguma lei municipal que im-pea a passagem das linhas de transmisso por reas de conservao ambiental ou de reas com proteo perma-nente. Se a Prefeitura no dis-ponibilizar este documento, a empresa no consegue licen-ciar o empreendimento, ex-plicou.

    Depois disso, em outu-bro de 2011, foi realizada, em Bragana, uma audincia p-blica regional com as cidades da regio bragantina, autori-dades e sociedade civil, onde houve a discusso dos impac-tos locais do empreendimen-to. A audincia pblica foi coordenada por um represen-tante da Secretaria de Meio Ambiente do Estado, que anotou e encaminhou para o

    DAIA as sugestes e solicita-es. Joaquim Gilberto conta que, a principal reclamao sobre as linhas de transmisso foi dos proprietrios rurais, que no querem uma torre de alta tenso nos terrenos.

    O motivo dessa recla-mao a desvalorizao do imvel e a dvida sobre a quantia e a forma que se-r feita a desapropriao. A Copel ir desapropriar e pagar pelo trecho por onde passar a linha, porm tem uma rea adjacente s torres, chama-da de zona de segurana, que tem algumas restries. No se pode construir nem plan-tar nessa rea para no causar risco de operao do sistema. Essa zona de segurana con-tinua sendo do proprietrio e no desapropriada, alegou Joaquim.

    Segundo KrausVonsecca, artista plstico e representan-te da sociedade civil na cida-de de Piracaia, nos pases de-senvolvidos, como a Finln-dia, por exemplo, essa faixa de trezentos metros. No Bra-sil, so somente sessenta

    trinta metros de cada lado a partir do eixo da linha. Eles dizem que o campo magnti-co causa prejuzos sade hu-mana, porm a Copel afirma que, no Brasil, no h nenhu-

    ma comprovao cientfica sobre o assunto. Se realmente existir problemas, infelizmen-te, descobriremos em um fu-turo no muito distante, co-menta.

    A linha de transmisso Araraquara II Taubat ter, aproximadamente, 28,5 km de extenso em Bragana Paulista

    Os proprietrios rurais no querem que uma torre de alta tenso passe por seus terrenos

    Joaquim Gilberto de Oliveira

    A sociedade civil tem que se organizar,

    fiscalizar e ter uma participao maior

    nos problemas de sua cidade e de seu pas

    Kraus Vonsecca

    Fernanda Domingues

  • 11maro/abril de 2012 MATRIA PRIMAAmbienteEm Piracaia, a sociedade

    civil tenta uma compensao ambiental pelos impactos lo-cais que a linha de transmis-so causar. Eles no com-pensaro o impacto visual, que ser muito forte, princi-palmente nas reas que aten-dem o turismo. Nossa luta de que tudo seja feito den-tro da normalidade e que as recompensas sejam realiza-das no municpio afetado. O pessoal de Bragana tem que pensar em Bragana, o de Ati-baia em Atibaia, etc. A com-pensao ambiental permiti-da por lei, tem um percentual do valor da obra. A maioria das empresas degrada um de-terminado local e planta rvo-res nativas em uma rea ou re-serva ambiental longe do mu-nicpio, isso um absurdo, destaca Kraus.

    Ele solicitou Copel que as torres fossem mais altas pa-ra evitar o corte em algumas reas de mata nativa; que se-ja realizada a recuperao da mata ciliar do Rio Cachoeira em toda a extenso do muni-cpio de Piracaia; colocao de mirantes para observao das linhas, pastos, rvores e da natureza; que sejam feitos corredores ecolgicos para unir os fragmentos de matas nativas; e, por ltimo, a refor-ma de um espao para a cria-o do Centro de Educao Ambiental, com espao mul-tiuso e amplo auditrio.

    Ateno - Enquanto a Cetesb analisa os impactos da obra, as prefeituras e secretarias

    devem acompanhar o estudo e ficar atentas para novas solicitaes da sociedade. Se houver manifestaes de interesse coletivo, a secretaria

    informa o DAIA sobre esses questionamentos para anlise dos casos. Porm, se as reclamaes forem realizadas depois das anlises, ou seja,

    depois que o licenciamento ambiental for aprovado, o atendimento ser mais difcil. De acordo com o secretrio de Meio Ambiente de Bragana, Joaquim Gilberto, se a licena for aprovada e a secretaria no concordar, a nica soluo entrar na Justia. A Prefeitura pode entrar com uma ao contra o Estado, no entanto nunca vi isso em nenhum lugar, mas essa a nica maneira, esclarece.

    KrausVonsecca declara que a Copel s ir fazer o que es-tar no licenciamento ambien-tal, com isso, as prefeituras e secretarias devem ouvir a so-

    ciedade e colocar todas as rei-vindicaes como um plei-to, para que constem no li-cenciamento. funo deles saber o que a sociedade civil tem a dizer e fazer com que as solicitaes sejam atendidas. muito importante tambm que ONGs ambientais parti-cipem, estabelecendo dilogo e organizao nas aes a se-rem tomadas, ressalta.

    Fiscalizao - O Ministrio Pblico (MP) tambm deve acompanhar a anlise da Cetesb, j que um rgo fiscalizador. Eles tm, por obrigao, que acompanhar todos os licenciamentos ambientais. Contudo, ningum do MP estava presente na audincia pblica da Copel em Bragana Paulista e, at agora, ningum veio at a secretaria e leu ou pediu cpia dos estudos da Copel. Ento, a princpio, entende-se que o MP est acompanhando e no tem nada contra esse empreendimento, frisa Joaquim Gilberto. O Ministrio Pblico de Bragana foi procurado pela reportagem do Matria-Prima, porm no comentou o assunto.

    A populao tambm de-ve acompanhar as anlises, mas o tema ainda pouco co-nhecido pela maioria das pes-soas. Joaquim Gilberto desta-ca que, o estudo est dispo-nvel na Secretaria do Meio Ambiente para quem quiser consultar, mas desde que ns recebemos esse material, no fim do ano passado, no hou-ve procura por ningum.

    Para Walter Resende Mar-tins Pereira, presidente do Conselho Municipal de Defesa do Meio Ambiente (COMDE-MA), provavelmente, quando esse assunto aparecer na mdia, as pessoas vo procurar saber mais. Por enquanto, ainda muito fraca a procura, enfa-tiza. Ele completa: O COM-DEMA est aberto para a po-pulao e proprietrios que queiram se manifestar. Ns, com certeza, analisaremos e discutiremos as solicitaes.

    O representante da so-ciedade civil, Kraus, ressal-ta que as pessoas devem re-pensar o jeito de viver. En-quanto isso no acontece necessrio que a socieda-de civil se organize, fiscali-ze e tenha uma participao maior nos problemas de sua cidade e de seu pas. Pois no adianta achar que est fazendo alguma coisa ape-nas votando de dois em dois anos, finaliza.

    A Copel a empresa responsvel pelo empreen-dimento e ganhou o lei-lo realizado em 2010 pela Agncia Nacional de Ener-gia Eltrica (ANEEL). Se-gundo a companhia, o Esta-do de So Paulo o maior consumidor de energia do pas, sendo que grande par-te desse consumo decor-rente de atividades indus-triais (47%) e do setor de transportes (31%).

    Com 335 km de extenso e operando em circuito sim-ples, a Linha de Transmis-so Araraquara II - Taubat passar pelos municpios de Araraquara, Boa Esperana do Sul, Ibat, Ribeiro Bo-nito, So Carlos, Itirapina,

    Entenda o trajeto do empreendimentoAnalndia, Corumbata, Rio Claro, Araras, Cordeirpolis, Limeira, Cosmpolis, Paul-nia, Artur Nogueira, Holam-bra, Jaguarina, Campinas, Pedreira, Amparo, Morunga-ba, Bragana Paulista, Atibaia, Piracaia, Igarat, So Jos dos Campos, Caapava e Taubat.

    A linha cortar importantes rodovias federais, como a De-putado Rog Ferreira, que liga o Estado de So Paulo ao Es-tado do Paran; Anhanguera, que liga a capital ao norte do Estado de So Paulo; Washin-gton Lus, que liga as vias Anhanguera e Bandeirantes regio noroeste; Ferno Dias, que liga So Paulo Belo Ho-rizonte e ao Esprito Santo; e Presidente Dutra, que conecta

    as duas principais regies me-tropolitanas do pas, Rio de Ja-neiro e So Paulo.

    Passar tambm pelas Ba-cias Hidrogrficas do Tiet Ja-car (nos municpios de Arara-quara, So Carlos, Boa Espe-rana do Sul, Ibat, Itirapina e Ribeiro Bonito), Mogi Guau (Araras), Piracicaba /Capivari / Jundia (Analndia, Corum-bata, Rio Claro, Cordeirpo-lis, Limeira, Cosmpolis, Pau-lnia, Artur Nogueira, Holam-bra, Jaguarina, Campinas, Pedreira, Amparo, Morunga-ba, Bragana Paulista, Atibaia e Piracaia) e Paraba do Sul (Igarat, Caapava, So Jos dos Campos e Taubat).

    Cortar a Reserva da Bios-fera da Mata Atlntica (nos

    municpios de So Jo-s dos Campos, Caapava e Taubat) e a Reserva da Biosfera do Cinturo Ver-de da Cidade de So Pau-lo (em Bragana Paulista, Piracaia, Nazar Paulista, Igarat e So Jos dos Cam-pos). Passando, por fim, pe-las linhas frreas dos mu-nicpios de Itirapina, Ara-ras, Jaguarina e Caapava, e sobre os gasodutos Brasil Bolvia (TGB) e Z.

    De acordo com a Copel, a obra custar, aproxima-damente, R$ 230 milhes e deve ser concluda, se apro-vada, no prazo de 24 meses, contados desde o incio dos estudos ambientais no fim do ano passado.

    Montanha do Leite Sol, um dos pontos onde a linha de transmisso passar, na cidade de Bragana

  • maro/abril de 201212MATRIA PRIMA

    Ronaldo Catadori

    O Governo de So Pau-lo divulgou no ms de maro deste ano, o n-dice de Desenvolvimento da Educao do Estado de So Paulo (IDESP) 2011. Com base nesses nmeros, os bra-gantinos podem acompanhar o desenvolvimento das escolas estaduais da cidade de Bragan-a Paulista.

    O crescimento global anun-ciado pelo Governo como uma melhoria na rede estadual em relao ao ano de 2010 no quer dizer nada, uma vez que em 2009 o rendimento foi me-lhor que em 2011, o que revela um retrocesso. Isso, sem contar que o ndice das escolas com notas iguais e inferiores a trs muito grande em todo o estado.

    Entre as metas das escolas estaduais de Bragana, a maior nota ficou com a E.E. Joo Ris-sardi Jnior, alcanando o ndi-ce de 5,05, no 5 ano do Ensino Fundamental, melhorando a nota de 4,80 do ano passado. A meta estabelecida pelo Go-verno era de 4,92 e, pelo 2 ano consecutivo, a escola cumpre a meta estabelecida.

    J em todo o estado de So Paulo, o melhor ndice foi al-canado pela escola Reverendo Augusto da Silva Dourado, em primeiro lugar no ranking, com a nota de 9,3.

    Essa modalidade do quinto ano do ensino fundamental foi a que se sobressaiu em relao educao na rede estadual de So Paulo, pois o 9 e o 3 anos do ensino mdio no tiveram o mesmo resultado.

    Das 3694 escolas do 9 ano do ensino fundamental avalia-das no Estado de So Paulo, 2743 ficaram com notas iguais ou menores que trs, ou seja, mais de 70% delas esto em um nvel muito baixo em relao ao que o Brasil pretende che-gar em 2022 mdia seis, nota base dos pases desenvolvidos.

    Em uma situao muito pior, o 3 ano do ensino mdio apresenta os seguintes nme-ros: das 3551 escolas avalia-das no Ensino Mdio da Rede

    Joo Rissardi tem a melhor mdia de Bragana Paulista no IDESP Incidncia de notas iguais ou inferiores a trs muito alta no estado

    Estadual, apenas 109 ficaram com o ndice superior a trs, o que mostra uma quantidade de 3442 escolas com a mdia igual ou inferior a trs. Sendo assim, mais de 95% das esco-las obtiveram ndices iguais ou piores que trs.

    S mesmo no 5 ano do

    Ensino Fundamental, 11,4% das escolas ficaram com no-tas iguais ou inferiores a trs, demostrando que a situao melhor nas escolas das sries iniciais. Das 1.754 escolas ava-liadas nessas sries, 1555 fica-ram com ndices acima de trs, somente 199 ficaram com m-

    dias iguais ou menores a trs.Algumas cidades tm pou-

    cas escolas que pertencem ao Estado, por exemplo, Bragan-a Paulista, em que apenas trs escolas do municpio esto sob comando da rede estadual. As demais so de competncia da Prefeitura, que no disponibili-

    za os ndices alcanados pelas escolas municipais.

    Alm da Joo Rissardi J-nior, mais oito escolas cumpri-ram a meta estabelecida. Cas-per Lbero, Dom Jos, Eemaba, Mathilde Teixeira de Moraes, Paulo Silva, Sebastio Ferraz, Siles Coli e Silvio de Carvalho Pinto. J as outras dez restan-tes, no conseguiram atingir o ndice imposto pelo Governo Estadual no Idesp e as duas piores notas foram das escolas E. E. Marcos Guimares, 1,43; e a E. E. Fernando Amos Siria-ni, com 1,66.

    As escolas mais bem co-locadas no 5 ano do EF de Bragana Paulista foram: Joo Rissardi Jnior com a mdia de 5,05, na posio 439 do ran-king, a segunda foi Professor Siles Coli, com o ndice de 2,54 e na colocao de 1672 no ran-king, e a terceira melhor escola foi Professora Sebastio Ferraz de Campos, com nota 2,5, ocu-pando apenas a 1681 lugar.

    As do 9 ano do EF foram: Inaldo Manta, com a mdia de 3,31, na posio de 520 do ran-king, deixando na segunda co-locao das escolas de Bragan-a, a escola Paulo Silva, com a nota 3,15 e na colocao de 714 no ranking. Dessa vez, o tercei-ro lugar ficou para escola do EEMABA (Ministro Alcindo Bueno de Assis), com ndice de 2,99 e 974 posio no ranking do Idesp.

    Finalizando, as mais bem colocadas de Bragana Paulista esto na modalidade do 3 ano do Ensino Mdio: Paulo Silva, com mdia 2,86, ocupando a 174 no ranking, a escola Siles Coli, com o segundo melhor lu-gar no ranking, com a nota de 2,84, e a posio de 184, e a Inaldo Manta, com o ndice de 2,71 e a 255 lugar no ranking.

    O Idesp global cresceu de 2,57 em 2010 para 2,61 no ano passado. O resultado do 5 ano do Ensino Fundamental au-mentou de 3,96 para 4,24. No 9 ano do Ensino Fundamen-tal, tambm subiu de 2,52 para 2,57. E no Ensino Mdio caiu de 1,81 para 1,78.

    Educao

    Matria-Prima