Morte Descendente da Seringueira

Novembro de 2017

Produção Brasileira

No Triângulo Mineiro: Produção – 6.774 ha Formação – 6.118 ha

Produtividade: 2.700 a 4.000 kg ha-1 coágulo DRC 53%

Fonte: Alvarenga (2017)

Histórico

• Émil August Goeldi

• 1892 descreve a Moléstia do Cafeeiro na Província do Rio de Janeiro:

Meloidogyne exigua

Seringueira x Café

• Meloidogyne exigua

• 1992 – Itiquira, MT – Plantações E. Michelin (Santos et al.)

• 2000 – Raças fisiológicas de M. exigua (Carneiro e Almeida)

• Meloidogyne coffeicola

• Meloidogyne exigua

• Meloidogyne incognita

• Meloidogyne paranaensis

*Algodão, Deltapine 61; tomate, Rutgers; fumo, NC95; pimenta, Early California Wonder; melancia, Charleston Gray; amendoim, Florunner; (-) indica um não-hospedeiro, (+) indica um hospedeiro.

Meloidogyne spp. e raças fisiológicas

(R)

Plantas Hospedeiras Diferenciadoras*

Hospedeiros Naturais

Algodão Tomate Fumo Pimenta Melancia Amendoim Café Hevea

M. incognita R.1 - + - + + - + -

M. incognita R.2 + + - + + - + -

M .incognita R.3 + + - + + - + -

M. paranaensis - + + - + - + -

M. exigua R.1 - - - + - - + -

M. exigua R.2 + + - - + -

M. exigua R.3 - - - - - - - +

M. coffeicola - - - - - - + -

Diferenciação de espécies e raças de Meloidogyne spp. do cafeeiro e seringueira

M. exigua raça 3

Limiar de Dano

• Clone Tjir 16 x Jir 1 (porta-enxerto)

• Meloidogyne exigua

– 1, 10, 100, 1.000 e 10.000 ovos por muda

• Vasos de 10 kg, 3 anos e 4 meses depois...

• 1 ovo por kg de solo reduziu 30% do peso das plantas

• 10 ovos por kg de solo reduziram 30 % do diâmetro e altura das plantas

(Sharma ; Junqueira, 1996)

Qual é o diagnóstico desta doença?

• Morte descendente de seringueiras = associação de fungos / coleobrocas (Scolytinae e Platypodinae) em MG (1 município), SP (15 municípios) e MT (1 município).

• Informação pessoal do primeiro autor: 30 municípios em SP e 2 em MG.

Go

nça

lves

, et

al. (

20

14

)

Escolitídeos - “As fêmeas procuram árvores decadentes ou madeira recém cortada ... para a realização da postura e cultivo de um fungo (de coloração preta) que lhe serve de alimentação.” Costa et al. 2014. Entomologia Florestal. 3ª Ed. p. 227

Qual é o diagnóstico desta doença?

• Lasiodiplodia theobromae

• ‘Quanto à severidade do fungo L. theobromae, não houve diferenças entre os tratamentos, e embora tenha causado sintomas nas plantas (inoculado com ferimento), não foi agressivo o suficiente para causar a morte das plantas’ (Takahashi, 2015).

Qual é o diagnóstico desta doença?

• Coleobrocas (Scolytinae e Platypodinae)?

• Lasiodiplodia theobromae?

• Estresse hídrico?

• Nematoide – Meloidogyne exigua raça 3?

Plantio 2015 (2 anos de idade)

Março 2017

Plantio 2015 (2 anos de idade)

Março 2017

Plantio 2015 (2 anos de idade)

Março 2017

Plantio 2015 (2 anos de idade)

Plantio 02/2008 (3 anos de idade)

Junho 2011

Plantio 02/2008 (5 anos de idade)

Novembro 2013

Plantio 02/2008 (5 anos de idade)

Novembro 2013

Novembro 2013

Nematoides em seringais de São Paulo

Pratylenchus 66,0%

Paratrichodorus 2,6%

Criconematidae 1,3%

Rotylenchulus 5,3%

Meloidogyne 49,3%

Wilcken et al. (2015)

Junho de 2009

Março de 2013

2015

2013 2007

2007

2007

02/2009 Buritama

02/2009 Goianésia

Outubro de 2016

Crescimento da Seringueira e densidade populacional de M. exigua

Gontijo (2017)

Crescimento da Seringueira e população de M. exigua

População de M. exigua Mortalidade de seringueira Gontijo (2017)

Crescimento da Seringueira e população de M. exigua

BA = 133.11 - 0.0043 x (Nematodes in soil + roots)

R² = 0.0682

0

20

40

60

80

100

120

140

160

180

200

0 2000 4000 6000 8000

Bas

al A

rea

( m

² h

a-1 )

Nematodes in Soil + Roots

Mortality = 0.0017x (Nematodes in soil + roots) + 22.008

R² = 0.042

0

10

20

30

40

50

60

70

80

90

100

0 1000 2000 3000 4000 5000 6000 7000 8000

Mort

alit

y (

% )

Nematodes in Soil + Roots

Gontijo (2017)

Crescimento da Seringueira e população de M. exigua

BA = 168.26 -1.7339 x Mortality

R² = 0.7997

0

20

40

60

80

100

120

140

160

180

200

0 10 20 30 40 50 60 70 80 90 100

Bas

al A

rea

( m

² ha-1

)

Mortality ( % )

Gontijo (2017)

Sensoriamento Remoto

Lemes (2017)

Sensoriamento Remoto

Lemes (2017)

Sensoriamento Remoto

Correlações entre os índices espectrais de vegetação NDVI ou RS e a densidade de nematoides no solo, raiz e total (solo + raiz)

NDVI1 RS2

Correlações Solo3 Raiz4 Total5 Solo Raiz Total

PearsonP -0,318** -0,322* -0,249* 0,216 -0,222 -0,101

SpearmanS 0,066 -0,288* -0,174 0,130 -0,250* -0,122

KendallK 0,048 -0,183* -0,105 0,093 -0,159* -0,072

Lemes (2017)

02/2008 Buritama

02/2008 Goianésia

Análise Técnico-Econômica

Machado (2017)

Análise Técnica

Machado (2017)

Tarefa Sangrador Sobrevivência

(%)

Sangria

(%)

Retiradas da

Sangria (%)

Área Basal

(m2 ha -1)

CAP Média

(cm)

“Boa” A 99 82 0 9,59 49,4

“Boa” B 99 80 1 9,82 50,1

“Ruim” A 88 66 5 8,12 48,2

“Ruim” B 80 55 3 7,0 46,9

Análise Econômica

• Produção (valores fornecidos pelo produtor)

Machado (2017)

Tarefa Sangrador Produção látex

(kg ano-1)

M. exigua

(g raiz-1)

M. exigua

150 cm-3 solo

Área

(ha)

Produtividade

(kg ha-1)

“Boa” A 9.868 452 620 2,56 3.855

“Boa” B 10.009 358 143 2,61 3.835

“Ruim” A 9.443 4.199 641 3,75 2.518

“Ruim” B 6.896 4.659 495 4,73 1.458

Próximos Passos

• Avaliação da ocorrência de Meloidogyne exigua no Triângulo Mineiro utilizando imagens orbitais e NDVI

• Manejo da Morte Descendente da Seringueira

– Plantas antagonistas

– Controle químico

– Controle biológico

• Interação patógeno-hospedeiro-ambiente

Leituras Sugeridas

EQUIPE

Obrigado Prof. Lísias Coelho, Ph.D.

Patologia Florestal e Silvicultura lisias@ufu.br

(34) 99162-0091